A MELHOR PARTIDA DE QUADRIBOL



O espelho de Ojesed, junto ao livro de Stephen, foram guardados sobre sete chaves e inúmeros feitiços em uma das portas da sala redonda do Departamento da Magia, no Ministério. Os corpos recolhidos pelo vale do Tronco, tiveram seu repouso definitivo no cemitério em Londres. Menos Snape, que fora enterrado nas covas obscuras de Azkaban.
Já fazia duas semanas que o Profeta noticiara uma batalha travada entre o Comensal Snape, os membros da Família Washiman, sob imperius, e os Aurores do Ministério. Todos os cartazes com as fotos de Snape, foram retirados assim que sua morte foi anunciada.
Era uma tarde de junho, o sol brilhava mais que nunca. A mesa de jantar da Mansão Potter, como sempre, estava recheada de guloseimas. Harry, Rony e Hermione se deliciavam.
- Eu já conheço um caso parecido com esse. – disse Hermione rasgando um pão ao meio com os dedos.
- Qual?! – Harry a indagou.
- O seu, Harry... – a garota por pouco pensou que não deveria estar falando daquilo, mas continuou. – Muda apenas o fato dele já ter 10 anos... e na situação dele, não foi o temido Voldemort quem...
- Mione, acho que o Harry já entendeu...
- É sim, Hermione! Mas no meu caso, os meus pais não foram usados como corpos só para reencarnar espíritos das Trevas. – Harry não ficara constrangido. Tinha certeza que a dor de Douglas era bem maior que a dele.
- A família toda. Se fosse comigo eu não... eu não queria continuar vivo... – Rony descansou a torrada no prato e abaixou a cabeça.
- Ele vai morar mesmo na casa da tia em Paris?
- Acho que sim, Mione. Apesar, de que eu preferiria voltar pra Hogwarts!
- E o Draco? Se ele soubesse que matou o próprio... uh... se pode dizer que era o pai dele mesmo.
- Nem imagino o que ele faria... mas...
- Ih gente, chega de drama! Já estamos atrasados, sabiam? – Rony consultou o relógio.
- É mesmo. Mas, vocês acham que todos os ex-alunos irão mesmo para essa partida?
- Claro, Mione! Você acha que alguém vai perder a última partida de Quadribol do ano letivo de Hogwarts?!
- O Rony tem razão. Foi uma ótima idéia a Minerva promover o enceramento das aulas com uma partida de Quadribol com os antigos alunos.
Rony e Hermione se entreolharam ao se levantar.
- Harry, er... nós queríamos que você fosse a primeira pessoa a saber.
- O que aconteceu agora? – Harry parou de imediato quando levantava da cadeira.
- Nada... não é nada de ruim não. – Hermione sorriu encabulada, entrelaçou seus dedos com o de Rony.
- Harry, vamos marcar a data do nosso... casamento para o próximo mês! – exclamou Rony, apertando mais firme a mão da menina.
- QUE ÓTIMO! – Harry abriu um longo sorriso e correu para abraçar os amigos. – Já estava na hora, heim?!
- Que bom que você gostou cara! Queríamos que você fosse o nosso padrinho, algum probl...
- Problema? Já estou até pensando em que terno comprar!
Todos riam abobados.

A Sra. Weasley junto com Hermione, Arthur e os dois elfos domésticos, Dobby e Dorathy, usavam gorros dourados com fitinhas vermelhas e gritavam em coro: “Ô lá, lá... a Grifinoria vai arrebentar!”. As arquibancadas do campo que Harry tanto conhecia, estavam lotadas. Boa parte dos pais dos alunos, estava ansiosa para assistirem o tão renomado, Harry Potter, jogar.
Luna novamente ficara responsável pelo megafone. O cabelo loiro extenso da garota, tapava boa parte da cabine dos professores. Ela acenou bondosamente quando Harry passou voando próximo.
- Hum... todos os jogadores em campo, então podemos começar... – Harry escutava a voz doce da garota, que pausou e logo continuou. – Er... antes vamos apresentar nossos jogadores que fizeram questão de estarem aqui hoje...
A arquibancada fez um silêncio repentino. Luna pareceu se assustar:
- Uh, A Grifinória conta com a presença de: Fred...
Os pequenos aplausos deram sentido ao rodopio que o garoto alto dera no meio do campo
- Jorge! – mais aplausos. O gêmeo arriscou duas cambalhotas bem sucedidas. - Angelina, Katie Bell, Peakes, Rony...
Os aplausos continuaram em bom nível, ainda mais quando Rony fora anunciado. Os alunos do primeiro ano davam gritinhos eufóricos. Mas foi impossível escutar a voz de Luna quando ela disse:
- Harry Potter! – várias bombinhas, gritos, palmas, coros, tomaram conta do campo. Harry rabeou sua vassoura próxima a arquibancada e agradecia com acenos.
Depois de logos minutos de gritinhos contidos por um aceno de Minerva, Luna continuou:
- Do outro lado a Sonserina... – uma equipe trajando vestis verdes e pretas saíram alinhadas do vestiário, ocupando o lado oposto do campo. – Urquhart, Craby, Harper, Vausey, Bletchley, Goyle... Draco Malfoy!
Os Grifinorianos pararam de aplaudir, mas pouco depois, seguiam o exemplo de Harry, que aplaudia calorosamente o rival.
- Então, O nosso professor de DACT, comanda a partida... – Harry viu Lupin sair de onde a pouco saíram os Sonserinos. – Remo Lupin...
Lupin retirou um Galeão do bolso. Harry e Draco se olhavam com simpatia. Aquilo felizmente, não seria um jogo de rivalidade e sim de diversão.
- Capitães apertem as mãos... – disse Lupin, e pela primeira vez no quadribol, Harry sentiu que as mãos de Draco não eram monstruosas. – Montem suas varinhas...
A zoada do apito de Lupin ecoou o campo.
- A posse é da Soncerina... Harper corre em direção aos aros da Grifinória, Uhhhhhhhh.... Angelina toma e dispara na outra direção...
Harry e Draco ainda não haviam saído de suas posições. Os dois ficaram se encarando por uns minutos até que a bolinha dourada passou exatamente entre os dois. Deram um riso e mergulharam juntos atrás do pomo.
A bolinha tinha desaparecido de vista novamente. Harry sobrevoou o perímetro procurando-o, tentava olhar para Draco, que ziguezagueava bem abaixo dele. E voltou a escutar a voz da locutora.
- Ah, e aí vem o Urquhart na tentativa de marcar o primeiro ponto da Sonserina... e...
Os olhos de Harry viraram-se rapidamente para os aros onde Rony socou a Goyle ao meio do campo.
- Weasley faz uma defesa excepcional... Ar... – Luna deu um gritinho. Harry riu.
Vausey mirara um balaço nas costas de Fred, quando Harry passou disparado mais a superfície da arquibancada. Fred abaixou bem a tempo.
Parecia que a Soncerina estava deixando a Grifinoria vencer. Repetidamente a equipe goleava e repetidamente, no lado oposto do campo, Rony defendia todas com visível facilidade. O sorriso de Harry não tinha mais tamanho. Foi capaz de rir, quando recebeu um balaço no meio da barriga e quase caiu da vassoura.
A multidão não parava de saldar todas as defesas e ataques por parte do time de vermelho. Harry admirava todos os gritinhos que chegavam aos seus ouvidos ao subir pouco mais dos aros atrás do pomo. Malfoy rondava pouco acima do gramado.
- E acho que Draco da Soncerina avistou o pomo. – ansiou a voz doce pelo megafone. – Sim, sim, ele decididamente viu o pomo... ele dispara para cima da bolinha... sua vassoura está quase arrastando no chão... e Harry chega ao encalço de Draco...
Harry descera veloz para perto do Draco, os dois lado a lado. O vento baixo assobiava em seus ouvidos e a multidão gritava ainda mais, com a emparedada dos dois.
- Esse é meu, Potter! – Draco não tirou os olhos da bolinha que insistia em acelerar ainda mais.
- Vai ter que esperar mais alguns anos, Draco! – Harry riu nocivamente e apertou os dedos na vassoura. Seu nariz estava a tão poucos centímetros do chão, que dava pra sentir o cheiro da grama.
Os ombros dos garotos se encostaram quando fizeram a curva do campo. Harry viu que os dedos de Malfoy tinham acabado de tocar no pomo. Mesmo não sendo mais rivais, nem Harry querer ganhar a taça de quadribol, ele queria manter seu orgulho de melhor apanhador de Hogwarts. Acelerou ainda mais a Firebolt e se jogou, usando todo o impulso que tinha.
A Firebolt fincou o chão e Harry tombou com as mãos fechadas, ricocheteando um dos aros. Malfoy levantou o voou novamente.
Quando a multidão percebeu o que acontecera, subiu um grito ainda maior que no início da partida. A arquibancada parecia que ia desabar com os pulinhos. O apito sinalizador do fim foi completamente abafado.

- Parabéns, parabéns... Harry! – gritou um grupo de meninas que passavam por Harry, Rony e Hermione na caminhada para o castelo.
- Obrigado!
Os passos acelerados de Hagrid para acompanhar os garotos, foram ouvidos metros antes. - Ah, Harry... se você não fosse auror...
- Com certeza... Hagrid! – disse o garoto com um sorriso incontrolável.
- Hagrid... mandaremos um convite para você, mas é bom que fique logo sabendo que vamos nos casar! – Rony deu um abraço firme em Hermione.
- Serio? Meus parabéns... só notícia boa esses dias... – Hagrid mostrou seus longos dentes. – A Resfine está grávida...
- Nossa, Hagrid... quem é o pai? – Harry continuou com o sorriso, mas Rony assustou-se imediatamente.
- Existe outra coisa daquele no mundo?
Todos riram gostosamente.

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