RESULTADOS DOS NÍVEIS



Molly, juntamente com Dorothy, arrumou a cozinha depois do café. Dobby já estava melhor, mas olhou desconfiado quando Hermione e Rony passaram por ele. Os noivos subiram as escadas e caminhavam juntos degraus a cima.
- O que está havendo, Rony? – perguntou Hermione – Harry está estranho!
- Não sei ao certo. A única coisa que eu sei é que Harry está nos deixando fora de tudo. Ele nos exclui.
- É. Ando percebendo isso desde a morte... ah... da Gina – Hermione constrangeu-se, mas Rony não pareceu dar bola; não queria continuar o assunto de sua irmã.
- Hum. É. Mas por que ele não aceita nossa ajuda? Não consigo entender.
- Ele deve se sentir culpado e não quer que algo aconteça conosco.
- Ah, mas não quero que ele fique me protegendo – Rony gesticulava – Sou tão velho quanto ele e sei me virar sozinho.
- Harry, querendo ou não, não parece achar isso.
- Gostava mais do Harry antes...
Eles pararam no meio do corredor. O sol pulsava sua luz dourada no céu, e seus raios de luz invadiam o cômodo pela grande abertura na parede. Lufadas de vento entravam por uma fresta na janela, o cheiro doce das plantas e o cristalino som das aves tornavam o local paradisíaco. O dia estava maravilhoso. Pelo menos no tempo.
- Rony, o que você achou daquela garota magricela que esteve aqui antes do café? – Hermione olhava fixamente nos olhos do garoto ruivo.
- Ah, ela é bonita e tudo o mais – os olhos de Hermione entraram em chamas, e o braço de Rony ardeu com um beliscão de ciúmes da garota – Outch, Mione... Bom, continuando, Harry não parecia estar interessado em garotas por agora.
- Não acho isso. Viu como ele a olhava? E o jeito no qual ele nos tratou?
- Demos motivos para isso, não é? – perguntou Rony, esfregando o braço que ardia.
O vento penetrava por uma pequena fresta numa das janelas do quarto de Rony, fazendo a cortina balançar. O garoto sentou-se no meio de várias almofadas confeccionadas por sua mãe, que haviam sido cuidadosamente escoradas nas pernas da cama.
- Harry poderia ter sido mais gentil conosco, mesmo a gente tendo espiado ele – Hermione ainda encontrava-se inconformada.
- Nada explica as atitudes do Harry, ele tem agido como um bocó!
- Imaturo é a palavra, Rony – Hermione caminhava inquieta de um lado para o outro – e egoísta também.
- Harry está agindo como uma criança de dez anos que perdeu a varinha e não consegue encontrar! – Uma das almofadas atingiu a parede em cheio, captando o olhar de Hermione, que encontrava Rony altamente furioso. – Eu perdi minha varinha quando tinha dez anos e isso não é legal! – Encarou a namorada.
- Rony, temos que fazer algo! Temos que ajudá-lo – Hermione constantemente tropeçava no tapete – Mas não consigo pensar em nada que preste!
- Ahhh, Mione – Rony forçou um sorriso – Se você não consegue pensar, imagine eu.
- Mas não podemos deixar o Harry assim, você não...
‘PLOFT’
Uma pequena bola de penas acabara de invadir o quarto pela brecha da janela, logo em seguida rolou pelo chão e acertou em cheio um baú de carvalho já atacado pelos cupins. Ela se levantou, esticando as pernas, que logo cambalearam. Ela piou e endireitou-se, mantendo-se em pé. Rony sorriu.
- Essas corujas ainda me matam do coração! – Exclamou Hermione com a varinha aposta.
- Píchi! – Rony correu em direção a ave, colocou-a na palma de sua mão, acariciando-lhe o pescoço. Em seguida, retirou uma pequena carta com o selo já conhecido de Hogwarts – É de Hogwarts, Mione!
Outras duas corujas, agora pardas, também vinham em direção ao quarto, mas por serem maiores, pararam nas esquadrias. Eram de Hogwarts, como percebeu Hermione, reconhecendo-as do poleiro em sua antiga escola. Ela foi até lá, abrindo um pouco mais a janela, deixando-as entrar. Ela tentava desatar os nós que prendiam os pergaminhos em suas patas, mas seus dedos vacilavam e tremiam. Estava nervosa.
- Devem ser os resultados dos NIEM’s! – finalmente conseguiu arrancar os envelopes. Leu o 1º remetente e constatou que era para Harry. O segundo era seu, e logo rasgou o selo – Ahh, estou tão ansiosa!

“Srtª . Hermione Granger, é com imenso prazer que enviamos seus resultados do NIEM’s – Níveis Incrivelmente Exaustivos de Magia!


Notas de Aprovação:

Ótimo (O)
Excede Expectativa (E)
Aceitável (A)

Notas de Reprovação:

Péssimo (P)
Deplorável (D)
Trasgo (T)

RESULTADOS:

Aritmância - O
Astronomia - O
Defesa contra as artes das trevas - E
Herbologia - O
História da Magia - O
Poções - O
Runas Antigas - O
Transfiguração - O
Trato das Criaturas Mágicas - Não Realizado

Excelente! Parabéns por sua aprovação!

Atenciosamente, Sr. McGonagall”

Hermione leu diversas vezes sua carta. Não parecia animada. Resmungava cada vez que via seu “Excede Expectativas” em Defesa Contra as Artes das Trevas. Continuava caminhando impaciente pelo quarto. As corujas piavam constantemente:
- O QUE É? – Mione lançou um olhar mortal às corujas – COMIDA? ÁGUA?
As corujas conseguiram confirmar com algumas piadas o desejo por água, saciado quando Hermione lançou um Aguamenti em um pote vazio sob a mesa de cabeceira.
- Passei! Eu passei! – Gritou Rony, excitado – Sempre soube que conseguiria!
- Quantos “Os", Rony? – A garota correu pelo quarto, indo olhar o boletim de seu noivo.

RESULTADOS OBTIDOS POR RONALD WEASLEY


Adivinhação - A
Astronomia - E
Defesa contra as artes das trevas - E
Herbologia - O
História da Magia - A
Poções - A
Transfiguração - A
Trato das Criaturas Mágicas - Não Realizado

Bom! Parabéns por sua aprovação!



- Eu consegui um! – Rony pulava, com Píchi pulando e piando junto, dividindo a felicidade com o dono – Não é fantástico?
O garoto pegou o pergaminho de Hermione e parou de pular na hora. Sua boca abriu.
- Como você consegue? – perguntou Rony, espantado – Quase todos “O”s. Apenas um “E”!
- E...O que tem demais?
- Como consegue ficar chateada com essas notas? Quem me dera tirar essas notas! Quiçá minha mãe até me desse uma vassoura nova! – pensou iludido.
- “Quiçá”, Rony?! – Mione estava espantada – Onde aprendeu essa palavra? Nem eu sei ao certo usá-la.
- Aprendi ontem. Li no jornal e olhei no dicionário.
Hermione sorriu e logo gargalhou. Pulou no colo de Rony, que a segurou e a beijou ardentemente.
- Rony, meu querido. És uma figura mesmo!
- Parabéns, meu amor, por suas notas. – disse Rony – Me orgulho de você.
E ficaram ali, enlaçados, girando lentamente. Só saíram de seu abraço quando escutaram as corujas brincando ao seu redor. Pareciam rir deles.
- E as notas de Harry, Rony? – perguntou Hermione, apontando para o envelope deixado sobre a cama – Devemos abri-lo?
- Ah, certamente que não, Mione. Do jeito que anda o Harry, quiçá – ambos riram – ele nos estupora! Vamos esperar ele chegar para o almoço.
Hermione confirmou, guardando a carta em um bolso.
- Não seria uma ótima hora para você aprender Xadrez de Bruxo? - perguntou Rony, sorrindo.
- Ótima idéia! – Hermione caminhou com Rony, com as mãos dadas.

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