A Dívida de Snape



Capítulo 45
A DÍVIDA DE SNAPE


- Raviolla! – Gritou Lupin que, com Tonks, aproximava-se de RAB que estava visivelmente fraca após a batalha com os Dementadores.

Lupin e Tonks estavam visivelmente preocupados com saúde da professora que apoiava-se de lápide em lápide para não cair no chão. RAB tentava falar algumas palavras, mas era impossível... Então ela levantou se varinha ao ar e escreveu para que Lupin e Tonks lessem:

EU FRACA, NÃO POSSO MAIS, PROCUREM HARRY

RAB nesse momento caiu no chão com as pernas bambas. Lupin abaixou-se e conferiu o coração da professora: ainda batia, mesmo que fracamente.

- Temos que ir, Lupin. – Disse Tonks apressando-o. – O momento final se aproxima... Harry precisa de nós.

- Ocultos! – Rogou o professor tornando invisível o corpo de RAB. – Vamos.

***

Harry continuou no chão de pedra de olhos fechados um pouco à frente ao túmulo de Tom Riddle. Ele não poderia abrir os olhos, ficaria ali esperando o momento certo para agir. Gina... Vou te proteger para sempre, meu amor, pensava ele lembrando-se da nova vida que ela tinha lhe dado.
O vento que passava trazia um frio cortante que misturava o ar gelado, com o cheiro ruim e o medo. Harry, de olhos fechados, caído no chão pode ouvir a conversa de seus amigos com Voldemort:

- Não me chame assssim! – Berrava o Lord das Trevas de quem Hrary agora, mais do que nunca, sentia nojo.

- É eu o seu nome! TOM MARVOLO RIDDLE... Você acha mesmo que a profecia é tudo não é... – Disse a voz mais bela do mundo: a de Gina Weasley.

- A profecia dizia... Um morrerá pelas mãos do outro...!

- Ah Riddle, como você é tolo... Em toda sua vida você não foi amado nenhuma vez! Nenhuma! A profecia se concluiu, você tem razão... Mas novamente se esqueceu de prever o que poderia acontecer depois que a profecia se concluisse!

- Prosssiga! – Disse Voldemort com seu ar de imperador como se todos fossem seus escravos. Harry estava perdendo a paciência com ele, mas, de fato, não podia fazer nada pois a última horcrux – que era a sua varinha – derretia no sangue diante dos pés dele.

- A professia dizia que um morreria para o outro poder viver... Isso significa que a partir de agora, nada mais está na profecia. Tudo o que acontecer a partir desse momento não está em profecia nenhuma.

- Mas que diabos você está dizendo?

Voldemort não percebeu, mas à medida que falava, Gina avançava o passo e isso fazia com que Voldemort recuasse cada vez mais para traz. Harry foi percebendo que as vozes se distanciavam cada vez mais dele e entendeu o plano de Gina: ela o estava empurrando para o precipício. Harry então sentiu seu anel se aquecer e percebeu que era Gina chamando por ele. Ela sabia que ele já tinha voltado a si!

- Eu estou dizendo... Que mais uma vez você errou... Se você tivesse me matado, Harry teria morrido... Mas eu estando viva... Harry pode voltar!

- Que seja, Avada...

Harry então surge no meio no semicírculo formado por seus amigos e pelos comensais, atendendo ao chamado do anel de Gina. Impondo seu corpo pra frente ele empurra Voldemort que, com um passo em falso, cai para trás.
Nesse momento, Harry ouve que seus amigos começam a lutar com os comensais bem atrás dele. Ouve também a voz de Lupin e Tonks aproximando-se para ajudá-los. Harry agora estava deitado, à beira do precipício e uma de suas mãos segurava o corpo de Voldemort: se ele soltasse Voldemort cairia.

- Não me solte, Potter, porque será em vão. Eu sou IMORTAL.

- Não é mais! Está mentindo! Com as horcrux destruida, Voldemort, você não passa de lixo!

- Não, Potter! Há uma coisa que você não sabe: - Voldemort aproxima o rosto de Harry e murmura. – Você teria que ter me matado bem na hora que destruiu a última horcrux... Eu já sinto a minha alma voltando a mim!

- CALE-SE!

Nesse momento, Harry vê que uma figura negra surge, de pé, atrás dele: era Severo Snape que, nesse momento, apontava uma varinha para Voldemort. O Lord das Trevas estava segurando-se com apenas uma mão, na mão de Harry.

- Eu quase matei seu pai, Potter. – Disse Snape fuzilando Voldemort com o olhar. – Depois disso, infernizei a sua vida... O meu ódio por ele ainda existe, mas Dumbledore me disse uma vez que eu estaria sempre em dívida com você por tudo o que eu fiz.

- Porque está me dizendo isso agora?

- Porque chegou a hora de eu pagar minha dívida. Avada Kedavra!

Harry sentiu sua mão forçar para baixo e Voldemort se soltou. O estampido de luz verde acertou o Lord das Trevas na cabeça e o impacto o fez cair penhasco abaixo. Harry ouviu a voz de Voldemort ao gritar em desespero quando seu corpo foi jogado muitos metros abaixo.

- Se eu não tive força uma vez para faze-lo. Eu o fiz hoje... E minha consciência me diz que minha dívida está paga. Agora suma da minha frente!
Harry se levantou e ao olhar para traz viu que todos os comensais estavam no chão e os que não estavam estuporados tinham sangue saindo do pulso, bem no lugar onde um dia estivera a marca Negra.

- Você! Você é o culpado! – Dizia a voz esganiçada de Lúcio que tinha mais de dez varinhas apontadas para ele. Mesmo assim, o bruxo se arrastava sem medo aproximando-se cada vez mais numa expressão de ódio. – Você matou o meu filho! – Lúcio apontava para Harry.

- Não, Malfoy! – Gritou Rony num ato de coragem. – Seu filho se matou... Coisa que você deveria fazer... Por toda maldade que fez a mim, a minha família, a Mione e a Dumbledore. Eu vou te matar!

- Não, Rony! – Disse Mione impedindo-o enquanto Malfoy estava um pouco a frente dos seus pés. – Ele não merece a morte. A morte não é o pior dos fins...

- Mas, Mione – Adiantou-se Lupin falando com a garota. – de Azkaban ele vai conseguir escapar.

- Não... Eu tenho pra ele um fim muito pior... – Disse Mione apontando a varinha para o bruxo.

- Tenha piedade... O que vai fazer? – Dizia um esganiçado Malfoy arrastando-se no chão. Lágrimas falsas saiam de seu rosto, mas Mione deu lhe outro belo chute fazendo ir de cara no chão.

- Seu sangue sujo! O seu fim será esquecer! Esquecer quem você é, esquecer que sabe fazer magia, esquecer Voldemort, esquecer seus preconceitos, esquecer de toda sua vida... E vai ficar preso na solitária da Azkaban, onde vai entrar em desespero sozinho e sem saber nem sobre magia... Sem saber do seu nome... Sem saber do seu passado. OBLIVIATE!

O estampido azul que emanou da varinha de Mione foi direto contra a cabeça de Malfoy e o fez gritar de dor. O bruxo enfim desmaiou. Harry encarou Rony que estava assustado com as palavras e o ato da namorada...

- Venham. Vamos voltar para Hogwarts e chamar alguém para prender esses imbecis. - Disse a voz de Lupin que estava distante na cabeça de Harry.

Harry então voltou a olhar a escuridão no fim do precipício enquanto o frio da madrugada ainda cortava o seu rosto. Sentiu então um calor por trás de si e viu que era Gina que passava os braços por trás de Harry abraçando-o.

- É, Harry... Acabou tudo...

- Eu nem posso acreditar...

- O que?

- O quanto eu te amo... Mais do que nunca... – Gina sorriu para ele enquanto ele bradiu a varinha dizendo Orchideos e fazendo emanar da ponta da varinha, uma rosa branca. – Assim como a minha mãe... Você deixou em mim uma marca que me deu uma nova vida...

Harry viu então que Rony e Mione se aproximavam dos dois. Mione abraçou Gina por um lado e Rony abraçou Harry pelo outro e os quatro ficaram ali parados enquanto o sol nascia no horizonte.

- O Elo vai sempre existir não é Harry? Mesmo sem os anéis?

- É, Rony... Os anéis só representam uma coisa que sempre existiu: a nossa amizade.

Nesse momento, Denetra, Luna e Neville aproximam-se deles e ficam os sete ali unidos.

- Acho que o oitava componente nunca foi fixo não é? – Disse Luna brincando enquanto ela e o namorado se postavam ao lado de Rony.

Todos deram risadinhas do comentário de Luna, mas então pararam para observar a paisagem. Harry então contemplou o novo sol de segunda feira que nasceu respondendo à pergunta que ele tinha feito a RAB: ele veria o sol nascer de novo por muitas vezes na sua vida.

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NOTA DO AUTOR: É isso gente... Agora já tah quase no fim... ainda há um pequeno segredo a ser revelado e os próximos capitulos darão toda a explicação para ele, mas estamos quase chegando no fim! NÃO DESISTAM AGORA E NAUM DEIXEM DE DIVULGAR E COMENTAR!

Gde Abraço
o_arteiro

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