O Feitiço Contra o Feiticeiro



Capítulo 41
O FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO


Os corredores de Hogwarts estavam cada vez mais gelados, mas Harry Potter não podia parar de correr: ele tinha que chegar o mais depressa possível a sala de RAB para contar a ela do sonho que acabara de ter. Ainda eram cinco horas da manhã daquele domingo, mas Harry sentia que não podia esperar mais.
Chegou então sozinho a um corredor comprido onde, no final, podia se ver a grande águia esculpida que era a passagem secreta para a sala da diretoria. Harry estava cansado de tanto correr, mas quando estava a poucos metros da grande águia, uma figura negra surgiu a sua frente.
Era um gigantesco dementador: uma figura encapuzado e escura que agora avançava diante de Harry fazendo-o recuar pelo longo corredor de que viera. Mas o que um dementador daquele tamanho viera fazer em Hogwarts?, perguntou-se Harry.
Puxando sua varinha, Harry recuou alguns passos a mais para traz para espantar a figura das trevas que não parecia ter medo nenhum em avançar. A boca sem lábios da figura encapuzada avançou sobre Harry e ele já começava a se sentir mais fraco. Não tinha forças nem para dizer o feitiço quando de repente uma luz branca atravessou o corpo do dementador.
Harry viu então a imagem de uma zebra atravessando o dementador e o enfraquecendo. O grande animal postou-se entre Harry e o ser das trevas, fazendo esse último recuar e ficar menor até que de repente: sumiu.
A figura saiu pela janela como um fantasma e desapareceu de vista. Ao final do corredor Harry pode ver RAB ali com sua varinha de sininhos na mão abrindo um sorriso para um Harry meio atordoado.

- Sempre gostei de zebras. – Disse ela dirigindo-se a Harry e ajudando-o a se levantar. – E então Harry, o que faz aqui tão cedo?

- Eu tive um sonho... Pude ver o que vai acontecer... Esta noite.

RAB nesse momento convidou Harry para tomar chá com ele na sua sala. Os dois subiram e Harry contou todos os detalhes do seu sonho de que podia se lembrar e explicou também que, conforme Sibila tinha previsto, o seu sonho só poderia ocorrer naquela noite de domingo para segunda feira.
Harry e RAB ficaram alguns minutos vendo o sol nascer através da janela. Harry adorava assistir ao nascer e por do sol ali porque as janelas de RAB davam uma visão privilegiada do nascer do sol.

- Agora eu me pergunto... Será que vou ver novamente o sol de uma segunda feira nascer?

- Estranho você perguntar isso, Harry... É a mesma pergunta que eu me faço todos os dias quando acordo: será que vou ver o sol de amanhã nascer?

- Eu tenho medo. – Confessou Harry para RAB.

- Eu também, Harry... Eu também. Mas o medo em si não é de todo mal, o ruim é ter medo de sentir medo. Porque o medo por si só é uma resposta do nosso corpo para nós mesmos. Uma forma de fazer-nos perguntar a nós mesmos se estamos fazendo a coisa certa. Porque quando nós sabemos que estamos fazendo a coisa certa ou achamos isso, nós não temos medo...

Uma longa pausa se deu seguida ao que RAB dissera e Harry ficou ainda algum tempo refletindo sobre aquilo. Ele não estava certo se concordara plenamente ou não, mas, naquele momento, isso não era importante.

- Hoje nós vamos nos armar, Harry. Todas aquelas pessoas que você viu no seu sonho estarão lá para te proteger do male você nunca estará sozinho... O Elo da Rosa Branca prova que você tem amigos Harry e é porcausa desse elo que você deve ter esperanças... A ordem da fênix também estará lá, é verdade... Eu, Lupin, os Weasley, Girassol, Tonks... Snape... – RAB olhou para Harry ao dizer esse último nome: Snape estava no último sonho, mas ainda sim a presença dele ali era incômoda. – Mas é o elo que te salvará, Harry... É por causa dele que eu tenho esperanças na nossa vitória.

O Elo da Rosa Branca, murmurou Harry a si mesmo olhando para o anel de ouro branco no seu dedo.

***

- Harry Potter, Denetra Lopez, Ronald e Gina Weasley, Hermione Granger, Neville Longbottom e Luna Lovegood. Ha! É engraçado…

- O que é engraçado, Ron…? – Indagou Mione analizando o seu anel na palma da mão.

- Os sete... Depois de um ano de aventuras juntos pra uma coisa que agente nem sabe o que é...

- É... Tudo começou com eu chegando na cabine do expresso de Hogwarts eu perguntando “Vocês viram um sapo?”.

Alguns deles riram. Os sete estavam agora sentados em poltronas na antiga cabana de Hagrid e conversavam sobre tudo o que lhes vinha na cabeça. A conversa já durava horas, mas eles sabiam que chegaria uma hora que teriam que sair dali e enfrentar o fim.

- Isso está parecendo uma despedida, credo! – Exclamou Gina olhando para Harry que retornou um olhar preocupado. – Não quero pensar em despedidas!

- Temos que pensar que é o fim que virá para um novo começo... – Disse Denetra concordando com Gina. – Hoje termina a fase de trevas da vida de todos nós e de amanhã em diante teremos um vida normal... Sem Voldemort, sem comensais...

- Eu quero que todos vocês saibam... – Disse Harry com grande aperto no coração. – Que Voldemort cairá essa noite, nem que eu caia também!

- Não fale isso, Harry!

- Eu falo sério. Nem que eu tenha que morrer, Voldemort também morrerá... Eu devo isso a vocês... Devo a vocês um vida descente que a amizade comigo tirou de vocês...
- Cala a boca, Harry! – Gritou Ron triste. – Nós escolhemos ser seu amigo!

- É Harry... Você não nos deve nada! – Disse Gina juntando lágrimas nos olhos. – E se você morrer... Eu vou te odiar pra sempre... – Deu-se uma pausa, Harry viu que Gina estava triste. - Porque... Sabe Harry... Eu tenho um sonho... Um sonho desde que... Desde que você me salvou na câmara... – Agora chorando. – Eu ainda quero descer, Harry... Eu ainda vou descer do céu... Num enorme tapete de veludo... Com uma rosa branca desenhada... No quintal da Toca... Com um vestido de seda... Todo de rosa... Trazendo... Um... Buquê de Rosas Brancas... E ouvindo... – Nesse momento as lágrimas escorriam sem parar pelo rosto de Gina. – Meu pai dizer: sej... Sejam felizes... Para sempre... Harry e Gina... Potter.

Harry nesse momento abraçou fortemente a namorada e os dois choravam muito. Todos perceberam que aquele momento era deles e decidiram deixá-los sozinhos na Toca... Poderia ser a última vez que Harry e Gina se encontrariam.
Harry então sentou-se na larga poltrona ao lado dela e eles começaram a se beijar como nunca. Os lábios de Gina pareciam mais doces e mais suaves... Harry sentia a namorada beijando-o e sentiu que amor dos dois era mais forte do que nunca naquele momento.
Harry amava Gina. O cheiro, o gosto, o toque daquela garota... Tudo nela o fazia se sentir acolhido, protegido e amado. Harry e Gina tiveram ali um tarde de amor belo e puro como jamais poderia ter sido. Harry sorriu para a namorada em seus braços.

- Eu não quero que esta tenha sido a nossa última vez.

- Não, seu bobo, essa foi a primeira.

***

Às oito horas estavam todos prontos. Os alunos de Hogwarts já tinham ido dormir por medidas de segurança, e ficariam aos cuidados de Flitwick, Sprout, Sibila e os outros professores da escola.
No grande salão agora estavam Lupin, Tonks, Molly, Arthur, Gui, Fleur, Carlinhos, RAB, Snape, os gêmeos, Quim, Moody, quatro aurores que Harry não conhecia e o Elo da Rosa Branca. Faltava ali só um pessoa: Girassol.

- Não posso partir sem ela... Ela me pediu. – Disse Harry para todos.

- Não há mais tempo, Harry... Ela saberá onde nos encontrar.

Harry pôs a mão no bolso. O medalhão estava lá... Ele ainda teria que entregá-lo! Todos estavam cada um com sua vassoura e varinha em mãos. Os componentes do Elo, inclusive Minerva, tinham vassouras Firebolt Master enquanto os outros usavam as Comet e Cleansweep da escola.

- Voldemort está nos esperando no cemitério com aproximadamente quarenta comensais. – Anunciou RAB a todos. – E nós... somos em vinte e cinco.

- Como sabe o número de comensais, RAB? – Indagou um auror que Harry não conhecia que usava cabelo azul.

- Harry sonhou com um parte do que acontecerá hoje a noite. Eu consegui pôr o sonho dele na penseira e vi... Preparem-se... A luta vai ser dura.

Todos desejaram-se boa sorte e dirigiram-se em fila indiana dupla, como soldados, à parte externa de Hogwarts. Harry percebeu que seus amigos estavam com medo, mas nenhum deles demonstrava isso. Gina, Mione e Luna tinham prendido seus cabelos, parecendo competidoras de um torneio. As vassouras foram ao ar.

***

Já estavam voando a mais de duas horas por entre a neblina até que então Lupin fez sinal para que descessem. Harry desceu rapidamente e viu o mesmo cenário que enxergara em seu sonho. O cemitério era escuro e cheio de névoa, fazendo com que a visão de tudo ficasse bem embassada.
- Finite Incantatem! – Rogou Minerva fazendo grande parte da névoa alagar o chão. – Como eu pensei... Muito dessa névoa é resultado de “Ennevo” para confundir nossa visão. Truque barato.

- Vamos nos separar em três grupos... – Murmurou Lupin enquanto deixavam suas vassouras a um canto. – O elo segue pelo centro. Eu, Snape, Tonks e os Weasley vamos por ali... RAB e os aurores que são mais experientes podem ir pelo outro lado...

RAB encarou Harry com o olhar. Ela estava preocupada e parecia não querer se separar de Harry enm por um minuto.

- Harry... Você sabe o que fazer... Pegue a sua vassoura e suba novamente... Você vai campear o cemitério lá de cima... Onde os comensais não podem te enchergar... Você saberá o momento certo de agir... Vá em paz, meu filho...

RAB deu um beijo na testa de Harry que pegou sua vassoura e se despediu dos outros do elo.

- Tchau Harry... Até daqui a pouco... – Disse Mione ao lado de Rony que disse baixinho “se cuida, cara...”.

No entanto, Gina não queria se separar de Harry e decidiu subir ao céu ao lado dele. Estarei com você para sempre, meu amor. Todos se separaram e Harry sentiu um aperto... Apesar de estar do lado de Gina, sentiu como se fosse a última vez que vira Rony, Mione, RAB e os outros. Ele e Gina pegaram suas vassouras e subiram de novo ao céu cheio de nuvens negras e névoa.

***

Minerva, Rony, Mione, Luna, Denetra e Neville seguiam pela passagem principal do cemitério. Luna estava particularmente com medo, assim como seu namorado, mas nem um dos dois demontrava. Figuras negras começaram a se mover rapidamente de tumba em tumba e um estampido anunciou o começo da batalla.
Num instante, seis ou sete comensais pularam d etraz da tumba e deu-se início ao duelo. Mione e Rony sairam na frente e, de cara, já estuporaram um comensal. Os dois, no entanto, não tiveram tempo de correr muito longe porque viram que Draco e Narcisa estavam ao seu encalço.

- Estupefaç...

- Protego! – Gritou Mione desviando o feitiço de Draco.

- Dois contra dois... – Disse Draco com sua voz manhosa. – Eu pego a sangue ruim, mãe!

Uma raiva enorme brotou no coração de Rony e então os quatro lançaram o estupefaça ao mesmo tempo. O feitiço de Mione e o de Narcisa se anularam no ar assim que se encontraram, o feitiço de Rony, no entanto, acertou Narcisa no peito enquanto o de Draco foi errado e acertou uma lápide.
Narcisa foi jogada com toda força contra uma lápide e sua cabeça começou a sangrar. Draco encarou a mãe ensanguentada caído no chão e começou a chorar, mas não deixava de apontar a varinha para Rony e Hermione.

- Você matou a minha mãe, seu Weasley sujo! Traidor da raça bruxa! Porco!

- Pare de me ofender, Malfoy, sua mãe, assim como você protegem as trevas... Se ela morreu foi bem feito! – Draco não aguentou mais, apontou a varinha para Rony e rogou: “Avada Kedav...”

- Refleccis! – Defendeu-se Rony. Uma parte da maldição de Malfoy foi desviada com o feitiço de Rony, mas mesmo assim o Weasley foi atingido caindo no chão. Porém, o Avada Kedavra desviado não acertou em Draco.

- Rony! RONY! – Gritava Mione desesperadamente com o namorado entre os braços. – Rony, meu amor!

- Pare de chorar sua porca imunda! Levante-se para mim poder acabar com você, assim como fiz com o seu namoradinho traidor.

Mione estava chorando muito, mas mantinha a varinha em mãos. Ela já não aguentava mais ouvir as ofensas de Malfoy e levantou-se vagarosamente.

- Malfoy, você é cruel! Para se lançar duas vezes uma maldição dessas contra pessoas puras, tem que ser muito sujo e cruel.

- Cale a b...

- Você me ofende, Malfoy, mas o porco, imundo e burro aqui é você! E tem mais: você é tão fraco que deixou as trevas te dominarem!

- Avada...

- Refleccis! – Gritou Mione quando Draco Malfoy terminou de dizer a maldição: “Kedavra!”.

Mas era tarde. O escudo de cristal mágico de Mione já tinha se formado e a maldição de Draco voltou com a mesma força que foi de tão perfeito que era o feitiço-espelho criado por Mione. A menina sentiu um solavanco quando a maldição atingiu o espelho, porém o estampido verde voltou-se completamente contra o peito de Malfoy.
O louro foi jogado para traz e caiu no chão ao lado da mãe. Morto. As lágrimas de Mione não paravam de escorrer pelo seu rosto quando viu então que Narcisa se levantava, mas Mione não teve medo: A varinha da bruxa havia se partido com a queda.
Ao se levantar com a mão na cabeça, que parecia doer muito, Narcisa viu o filho com a pele ainda mais pálida estirado no chão.

- O que foi que você fez com o meu filho, sua porca?

- Não fui eu quem fez, Narcisa, foi ele. Draco era mal, assim como você. Ele se deixou corromper pela maldade e pela crueldade.

- Eu vou te matar!

- Incarceorus! – Gritou Mione prendendo Narcisa em cordas. – Você não tem varinha nem está em condições de matar ninguém, sua porca! Seu filho se matou... Eu não fiz nada... O feitiço se virou contra o feiticeiro!

-----------------------------------------------------------------------------------------------
NOTA DO AUTOR: Olá pessu! Espero que estejam gostando, ok? Daqui pra frente os capitulos vaum ser super-curtinhos pra dar um suspense maior... E sim, o Draco morreu! É tudo q eu posso dizer por enquanto...

Grande abraço,
o_arteiro

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.