Fuga pelo Sotão



Capítulo 5
FUGA PELO SÓTÃO

Harry, Ron e Mione estavam na sala de estar da Casa dos Granger assistindo televisão que se tornara, há uma semana, o hobby preferido de Rony, que ainda não acreditava como os trouxas tinham conseguido transmitir uma imagem a quilômetros de distância sem usar mágica. Eles esperavam por Tonks ou Lupin que tinham enviado a seguinte carta, há dois dias atrás:

Harry

Avise M e R. Fiquem prontos antes do pôr-do-sol do dia 14. Eu e Tonks vamos passar aí. Arrume suas coisas. As de M e R estão n’A Toca.
Abraço,
R.L. e N.T.

Todas as cartas, naqueles tempos, eram tão curtas quanto as cartas de Lupin, afinal era preciso dizer o mínimo necessário no caso de serem confiscadas. Porém Harry, Rony e Mione estavam bem preocupados, pois o pôr-do-sol já tinha acontecido há algumas horas e nem Tonks, nem Lupin tinham aparecido.

A sala estava silenciosa pois o Sr. Granger ainda não tinha voltado no trabalho e a Sra. Granger preparava o jantar na cozinha. Rebecca, como sempre, estava trancafiada em seu quarto e Rony não permitia que Mione ou Harry abrissem a boca já que estava concentrado no showbizz apresentado por um trouxa muito simpático chamado Melman Goldden. Quebrando o silêncio, Harry rompeu o silêncio com uma dúvida.

- Vocês sabem a senha da Tonks?

- Sshhhh! Ela não me disse – Comentou Rony baixinho em respeito ao apresentador.

- Acho que ela tinha me dito – Disse Mione.

- Sshhhh! Será que vocês não sabem calar a boca enquanto tem gente falando? – Resmungou Rony referindo-se ao apresentador.

Mione irritou-se, pegou o controle remoto e desligou a TV. Rony fez um bico e amarrou a cara.

- Agora sim agente pode conversar! – disse Mione irritada.

- O que o Melman Goldden vai pensar se souber que você desligou na cara dele?

- Cala boca Rony, ele não vai pensar nada porque ele nunca vai nem sonhar com isso! – Disse Mione frustrada – E Harry: ela tinha me dito... Acho que era... “Eu não amo o Lupin”!

- Não entendi. Eles não estão namorando? – Perguntou Harry.

- Sim Harry, mas ela criou justamente para não ser óbvia, entende?

- Naquele momento, Harry viu um par de pés no alto da escada. “Rebecca!”, pensou ele. Mas ela não desceu. Harry chamou silenciosamente a atenção de Mione e Rony que olharam na direção dos pés dela. Hermione murmurou baixinho um “ela não vai descer” e então ouviram a menina gritar:

- Mamãe, eu estou com fome! O jantar sai ou não sai?

- E então eles ouviram a voz da Sra. Granger da cozinha.

- Sai, minha filha, mas hoje é o seu dia de ajudar na cozinha e eu tenho que fazer tudo sozinha porque você não quer descer.

- Peça pra Mionizinha ajudar!

- Mione corou. Harry percebeu que a amiga tinha amarrado a cara quando ouviu sua irmã debochando dela chamando-a de “Mionizinha”. E então foi a gota d’água quando Rebecca disse: “Ela não tem dois amiguinhos anormais? Então! Peça pra eles ajudarem!”. Mione então levantou-se do sofá e foi ao pé da escada:

- Rebecca, eu não vou ajudar porque hoje é a sua vez! Se você é uma fresca que não quer descer o problema é seu, mas não culpe a mamãe!

- Do que você me chamou Mionizinha?

- De fresca! E de... Vadia!

Harry viu que a discussão tinha engrossado. Nunca vira Mione gritar assim com ninguém, nem mesmo com Draco. Mas quando disse “Vadia”, Harry viu os pés de Rebecca descerem as escadas e então pode enfim ver a irmã misteriosa de Mione. Era muito bonita e Harry arriscava-se a dizer que era até mais bonita que Mione.

Tinha traços bem leves que lembravam o senhor Granger, mas mantinha as mesmas expressões da Sra. Granger e de Mione. Ela tinha os cabelos mais lisos e escuros como o pai, mas continuavam alourados. Era realmente mais velha que Mione, Harry calculou que ela tinha vinte cinco ou vinte e seis anos.

- Do que você me chamou?

- Você ouviu, e pare de bancar a infantil – disse Mione que parecia uma tigresa. Seus olhos perfuravam a irmã que, no entanto, não parecia abalada pela fúria da melhor amiga de Harry.

Harry e Rony estavam calados. Não tinham idéia do que fazer pois não queriam se intrometer, mas achavam que se não interviessem, as duas poderiam se agarrar ali. Por sorte, a Sra. Granger veio da cozinha apartando a briga.

- Calem-se as duas. Mione: limpe essa sua boca! Rebecca: se não for ajudar não reclame, porque você não tem direito nenhum de reclamar!

Antes que qualquer uma das duas pudessem dizer qualquer coisa para se defender do sermão da mãe, ouviu-se baterem na porta. Rebecca olhou para o lado como se dissesse “atenda você”. Então, Mione foi nervosa até a porta, estava de cabeça quente e não conseguia raciocinar direito, mas Harry a lembrou.

- Mione, pergunte antes quem é.

Mione então disse um “quem é” bem alto e, na sua voz, ainda podia-se perceber que estava muito nervosa, pronta para socar o primeiro ser que visse na sua frente. No entanto, uma voz masculina respondeu do outro lado da porta: “eu odeio lua Cheia”. Mione olhou para Harry e Rony perguntando se poderia abrir a porta, mas Harry fez que não:

Eles iam vir aparatando não iam? – Lembrou Harry.

- É o Lupin, Harry! – Advertiu Rony – Pode abrir Mione. Só devem ter mudado de planos.

Mas quando Mione virou-se para abrir a porta uma voz feminina disse “Eu amo o Lupin”. Os três pararam estáticos. Mione tinha acabado de dizer que a senha de Tonks era “eu não amo o Lupin” justamente para não parecer óbvia. Mas e agora? O que iam fazer? Rony e Harry puxaram suas varinhas e Mione gritou um “já vai” enquanto também pegou sua varinha e apontou para a porta. Estavam ali os três apontando para a porta e nem Rebecca nem a Sra. Granger estavam entendendo o que estava acontecendo.

- Vocês vão atacá-los? – Perguntou Rebecca.

- Vê se faz alguma coisa e protege a mamãe. Eu acho que, quem quer que esteja atrás dessa porta, não são nossos amigos.

Rebecca desceu as escadas e entrou na frente da Sra. Granger ficando na porta da cozinha. Viram a maçaneta girar, lentamente. Então a porta se escancarou e dois Comensais entraram pela porta. Uma delas era Belatriz Lestrange que todos puderam reconhecer na hora, mas o outro só Harry pôde identificar de primeira, era Greyback – o bruxo-lobisomem.

- Estupefaça! – Gritou Belatriz.

Mione foi disparada contra a porta da cozinha derrubando sua irmã e sua mãe. Greyback logo apontou para as duas:

- Se fizerem alguma coisa, Potter. As três amiguinhas de vocês vão pro espaço.

- O que querem aqui? – Perguntou Harry com a voz trêmula enquanto ele apontava para Greyback e Rony para Belatriz.

- Nós queremos Agnaldo e Magnólia Granger, onde estão? – perguntou Belatriz.

Hermione estava estuporada no chão. Rebecca e Magnólia estavam assustadas na porta da cozinha. “Não diga nada, não diga nada Magnólia”, pensou Harry. Ela tinha que ficar quieta. Harry percebeu que Rebecca estava com a varinha de Mione, mas não sabia se ela podia usar e, principalmente, se sabia usar.

- Voc-cê matou a minha filha! – Gritou Magnólia chorando.

Harry pensou “Não!”. Magnólia não fechou a boca! Ela acabara de se denunciar! Mas também, o que faria ele em seu lugar? Ela não conhecia feitiços e pensava que Mione tinha morrido.

- Ela não morreu bruxa tola! Mas você vem conosco se não quiser que eu mate sua outra filha!

- O que querem com ela? – Perguntou Rony num ato de coragem.

- Precisamos dos Granger, Weasley! O Mestre os quer! Nós viemos buscar!

Harry viu a mão de Rebecca coçar. Ela podia fazer mágica? Era uma trouxa! Como poderia? O braço de Rebecca de levantou e ela gritou “Estupefaça!”, mas uma raio azul saiu da varinha e atingiu Greyback. Ele foi derrubado para trás caindo de costas no chão.

Nem Harry nem Rony tinham entendido. Aquilo não foi um estupefaça cuja cor teria que ser vermelha. Além disso o Estupefaça teria lançado Greyback mais longe. Mas tudo bem, a tentativa de Rebecca funcionara enfim.

Agora estavam os três apontando para Belatriz. Greyback resmungou, já estava ficando consciente de novo. Rebecca apontou para Belatriz e Harry viu que ela estava disposta a qualquer coisa.

- Estupef...!

- Sectusempra! – Gritou Belatriz.

Rebecca caiu para traz sangrando. Harry já tinha visto aquele feitiço porque ele mesmo já o tinha usado contra Malfoy, era o feitiço do Príncipe Mestiço. Rebecca estava chorando de dor e Magnólia ficara ainda mais desesperada. Então Greyback se levantou, e antes que Belatriz pudesse reagir, Harry e Rony agiram.

- Esturgium! – Gritaram os dois.

O belo assoalho da casa dos Granger perto da porta, explodiu. Belatriz e Greyback foram disparados para fora da casa e uma grande fumaça se levantou invadindo a sala de estar. Era uma fumaça densa. Harry e Rony foram para a cozinha apressados.

- Não os matamos. Só explodimos a entrada da casa. – Disse Harry como se isso fosse totalmente normal - Eles estão atordoados ou, no máximo, desmaiados. Temos que fugir.

- Enervate! – Gritou Rony apontando para Mione que tossiu.

Magnólia segurou Mione entre os braços.

- Está viva!

- Dona Magnólia. Temos que sair daqui! – Disse Harry apressadamente.

- Pelo sótão! – Disse Rebecca ainda sangrando um pouco.

Harry pegou seu malão e sua vassoura. Rony ajudou Mione, que já estava bem, e eles também pegaram suas varinhas e suas vassouras. Hermione não estava entendendo muito do que tinha acontecido, mas estava apoiada em Rony que a levou para o sótão seguindo Rebecca. Logo atrás foram Magnólia e Harry:

- Ali! A entrada do sótão é pelo banheiro!

Então Mione subiu sendo ajudada por Rony. Depois dele foram Rebecca e Magnólia. Então Harry passou a gaiola de Edwiges pelo buraco que levava ao sótão e começou a ouvir passos e vozes no andar de baixo. “Rápido Harry, passe o seu malão”, disse Rony que já estava no andar de cima pronto para pegar o malão de Harry.

Então Harry pegou sua varinha, girou, sacudiu e disse:

- Wingardium Leviossa - E o pesado malão começou a flutuar, porém, quando chegou ao buraco que levava ao sótão, o malão não passava. Era grande demais.

- Não passa Harry, não passa! – Gritou Rony lá de cima.

Então Harry ouviu os passos de Belatriz e Greyback subindo as escadas. Para seu alívio, uma voz feminina que Harry identificou como sendo a de Hermione disse “Reduccio” e o malão diminui de tamanho podendo enfim passar pelo buraco.

- Vem agora Harry! – Disse a voz desesperada de Rony.

Mas quando Harry foi se apoiar na escada do banheiro que levava ao sótão, já era tarde. Ele largou da escada e apontou para a porta do banheiro. Belatriz ou Greback surgiriam ali a qualquer momento.

- Expelliarm... – Ia gritar Harry, mas Belatriz foi mais rápida:

- Impedimenta!

Harry sentiu suas pernas tremerem. Seu corpo foi lançado contra a parede e suas pernas estavam moles, agora. Para sua sorte, Mione pôs a cara através do buraco no teto e gritou “Accio Harry!”. Então, no instante seguinte, Harry foi puxado no andar de cima.

- Não sabia que Accio funcionava para gente!

- Nem eu! – Comentou Mione.

Então, Harry, Rony e Mione saíram de perto do buraco. Belatriz e Greyback lançavam todo tipo de feitiço para cima. E muitos raios de luz coloridos eram vistos saindo pelo buraco no chão.

- Saiam de perto! – Advertiu Harry vendo os raios de luz – Como vamos sair daqui?

- Destruam essas telhas! – Disse Mione.

O sótão era bem apertado, e todos, principalmente Harry, Rony e Rebecca, que eram mais altos, tinham que ficar bem curvados. Mas como destruir aquelas telhas:

- Vamos usar o Esturgium, Harry! – Disse Rony apressado.

- Não! O Esturgium causa pequenas explosões... Se o chão do sótão explode teremos um problema...

- E estamos num lugar apertado, Rony, temos que pensar em outra coisa – Disse Harry.

Magnólia e Rebecca estavam bem assustadas. Mas foi então que Harry ouviu lá de baixo, Belatriz gritando “Esturgium!” e uma parte do chão onde estavam desabou. Rebecca foi lançada para frente e desmaiou ao cair no chão, os outros não foram atingidos.

- Eles vão explodir tudo! – Disse Mione ao ver a irmã desmaiada, e sangrando, aos seus pés. Mione então engoliu o orgulho e segurou-a:

- Eu tenho que me entregar! – Disse Magnólia desesperada.

- Não! – Disse Harry quando mais uma parte do chão, mas dessa vez bem longe deles, explodiu. – Temos que aparatar.

- Mas e minha mãe e minha irmã, Harry?

- Elas vão junto conosco! – Disse Harry apressado segurando seu malão diminuido, Edwiges e sua vassoura – Quando eu disser “três”, aparatamos para frente da casa! – Mione segurou sua irmã e sua vassoura e fechou os olhos. Rony deu as mãos para Magnólia - Um... Dois... Três!

Harry tinha ouvido todo o chão explodir, mas, se tinha explodido, tinham aparatado bem na hora. Mais uma vez sentiu aquela sucção com a qual, apesar de ainda desagradável, Harry já estava se acostumando. Quando abriu os olhos Mione e sua irmã estavam no meio da rua. Harry viu que ela estava bem preocupada porque Rebecca não acordava.

- Ela não tem pulso, Harry! Não tem pulso!

Então Rony e Magnólia apareceram também no meio da rua. Magnólia correu para sua filha e começou a chorar. Harry fez um sinal para que não falassem alto, porque Belatriz e Greyback ainda estavam dentro da casa. Então, Harry viu um carro vindo em sua direção, bem no final da rua. “É meu marido”, alertou a Sra. Granger.

O carro se aproximou, o Sr. Granger estava muito assustado, mas antes que pudesse perguntar qualquer coisa diante de sua filha desmaiada e de sua casa explodindo, a Sra. Granger abriu a porta de traz. Mione, Harry e Rony entraram e Rebecca foi colocada deitada no colo dos três. Magnólia rapidamente colocou o malão, as vassouras e a gaiola com Edwiges do porta-malas e entrou no banco da frente:

- Para onde vamos, crianças?

- Para A Toca! – Disseram os três em uníssono.

N/A: Olá, espero que estejam gostando da história! Me desculpem se desapontei vocês em algum momento, mas estou tentando escrever o mais rápido possível, O.K.? Só gostaria que os leitores dessa fic deixassem mais comentários, porque nunca sei se as pessoas estão gostando ou não... Por favor, comentem senão eu nunca vou poder saber onde preciso melhorar. ^_^
Abraços, [email protected]

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