UMA AVENTURA PARA NÓS



Pela manhã, bem cedo, os alunos já começaram a se arrumar para sair de suas casas e descobrir se os professores resolveram o problema das escadas. Porém, assim que o primeiro aluno chegou à sua Sala Comunal, deu de cara com o diretor de sua casa, que pediu que sentasse e aguardasse os outros alunos. Assim que todos se aprontaram, os diretores das quatro casas levaram todos os alunos, através de passagens secretas para o Grande Salão, onde a diretora MacGonagall os aguardava. Sinal de que as coisas não iam muito bem.

– Bom dia, alunos. Como já é de conhecimento de todos, ontem uma coisa inédita aconteceu em Hogwarts. Pela primeira vez em mais de 1000 anos, as escadas que se movem, pararam. Alguns alunos e o professor Potter foram testemunhas do acontecimento. Após uma primeira averiguação, eu e os professores de Hogwarts não pudemos identificar uma causa específica para o fenômeno. Nestes próximos dias, peritos do Ministério da Magia estarão em Hogwarts para avaliar os danos e encontrar uma solução para esta questão.

Alguns alunos pareciam realmente preocupados.

– Isto não afetará a nossa rotina de aulas, trabalhos e provas – os murmúrios de lamento foram gerais dentro do Grande Salão – Contudo, eu terei de me ausentar das aulas.

Foi difícil segurar o sorriso de alegria no rosto dos primeiro-anistas, principalmente. MacGonagall era uma professora muito boa e como não poderia deixar de ser, bastante exigente. Sem falar que o fato de os alunos estudarem com a diretora da escola era, no mínimo, tenso. Após ignorar a iluminação no rosto dos jovens, ela continuou.

– Portanto, durante este período, o Professor Hermito Pratevil assumirá a aula de Transfiguração.

Os alunos ainda não tinham percebido a figura que se encontrava sentada no final da mesa. O Professor Pratevil se levantou ao ser anunciado. Suas vestes eram de um preto esverdeado, bem alinhado e passado. Com estatura de um adolescente de 16 anos e de um porte razoável, ele chamou a atenção das meninas. Seu cabelo era ruivo, liso e amarrado em uma trança que ia até sua cintura. Seu rosto era fino, sua pele alva e sua barba bem aparada. À primeira vista, era o professor dos sonhos. Seus olhos, entretanto, pareciam janelas de outra alma, pois destoavam de um conjunto harmonioso. Eram duros, frios e sem vida, dissimulados e nada confiáveis.

– Agora, preciso da atenção de todos vocês. Durante o período em que as escadas estiverem interditadas, nós usaremos um sistema de passagens secretas de Hogwarts. Nesta sala ao lado, conhecida como Câmara Vazia, existem diversos quadros. Cada um deles leva a um andar diferente da escola. Utilizaremos as passagens por trás destes quadros para termos acesso ao segundo andar em diante. É bom anotar!

Barulhos de pergaminhos sendo abertos foram ouvidos por todo o salão.

– A quarta pintura da direita nos dá acesso ao 2º andar e a senha é Rabo de porco. A primeira da esquerda, ao 3º andar e a senha é Pêlo de Javali. A quarta da esquerda ao 4º andar e a senha é Carrapato de Testrálios. A segunda da direita ao 5º andar, a senha é Pena de Coruja. A terceira da direita ao 6º andar, a senha é Piolho de Cobra. A segunda da esquerda ao 7º andar, a senha é Fagulhas de Fênix. A terceira da esquerda ao Corujal e a senha é Folha de Salgueiro. Durante a noite, os professores fizeram o possível para que o caminho seja o menos tortuoso possível, através destas velhas passagens. Não será nada fácil. Bom, agora, vamos ao café da manhã.

Em instantes as mesas ficaram cheias de comida. Após um breve desjejum, James sinalizou para a prima encontrá-lo lá fora e chamou Nick. A expressão dele mudou quando ela surgiu acompanhada de Jonathan.

– O que ele está fazendo aqui?

– Eu disse que ele podia participar.

– Mas é uma aventura de família!

– Se o Nicolau pode, por que ele não pode? Além disso, Jonathan também viu o que aconteceu com as escadas. Sem falar que ele também faz parte da família Grifinória! E...

– Tá, tá bom! Chamou o Alvo?

– Ele já está vindo. Está terminando o café.

– Vocês vão mesmo procurar essa voz? - perguntou Longbottom.

– Vamos descobrir o que está acontecendo com Hogwarts, como nossos pais fizeram. - James falou animado.

– Então vamos precisar de mais alguém.

– Do que você está falando? - perguntou ao amigo.

– Ora, se vai ser como antigamente, temos que chamar a Lucy. Não podemos fazer as coisas sem uma Lovegood. Lembra? Potter, Weasley, Granger, Longbottom, Lovegood...

– Tá, tá. Você também, hein? Caramba! Chama ela, então. Vamos fazer uma mini-reunião ali. Mas corre porque já vamos começar!

Em instantes saíram Alvo, Peter, Lucy e Nick.

– O Peter também?

– Lógico! Ele é o meu amigo, James. E também viu tudo o que aconteceu. Sem falar que ele está mais perto de descobrir o que está acontecendo do que a gente.

– Como assim? - James torceu o nariz, olhando para o garoto.

– Não foi bem assim. Eu apenas fiz umas suposições loucas e foi Al quem viu.

– Viu o que? - Rose estava curiosa.

– Vamos sentar que eu explico para vocês.

Sentados nas rochas do lado do castelo, os sete amigos falaram o mais baixo possível e recapitularam o que havia acontecido na noite anterior. Lucy ficou sabendo da misteriosa voz. Rose contou que o Prof Longbottom tinha dito que os professores achavam que havia uma ligação das escadas com a infiltração e que era possível que o feitiço das escadarias houvesse acabado. Alem disso, deixou claro que a diretora MacGonagall estava bastante preocupada porque se eles não conseguiam acabar com a infiltração, conseqüentemente, não conseguiriam resolver a questão das escadas.

– E pelo que a gente viu no Grande Salão, eles também não conseguiram descobrir de onde vem esta misteriosa voz. Com certeza não tem nada a ver com o basilisco da Câmara Secreta porque todos nós ouvimos a tal voz e não somos fidioglotas. Pelo menos, eu sei que não sou. E não deve ser de um fantasma porque ela mandou os fantasmas das casas procurarem também.

– Ah! Então foi por isso mesmo que o Frei não apareceu e a gente pôde dormir! - todos olharam repreensivos para Peter que havia desviado do assunto.

– Bom, antes de sair pesquisando sobre a possibilidade de lançar feitiços no castelo, eu lembrei que li no livro Hogwarts: uma história que existem muitos feitiços de proteção, portanto, não é difícil de imaginar que alguém tenha feito isso agora. Por exemplo, a gente não pode aparatar dentro da escola, as penas têm feitiço anticola, não podemos usar feitiços de memorização, podemos usar magia dentro de Hogwarts, sem falar nas precauções antitrouxas.

– Então qualquer um pode lançar feitiços em Hogwarts - James afirmou.

– É! - Rose foi categórica.

– Aposto que foi alguém da Sonserina. Tem aquele menino do 3º ano, sabe? O que ganhou o torneio. Como é mesmo o nome dele?

– Jack Goudinail - Lucy respondeu a James.

– Isso. A família dele mexe com arte das trevas, eu tenho certeza.

– Mas se fosse assim, tia Hermione já tinha achado. Sabe que com ela no Ministério...

– Sim, Nick, mas acontece que ele deve ter contatos lá dentro, né? Ninguém me tira da cabeça que ele está envolvido com essas coisas.

– James, você está atrás de confusão. - Lucy avisou.

– Pior. Ele está atrás de aventura. - Rose disse. – Você sabe não somos nossos pais, né? Isso tudo pode não dar em nada, sabia?

– Por que você tem que ser tão estraga prazer? Ontem estava toda animada!

– Alguém tem que ter o pé no chão, né, primo?

– Acabou? Então é a nossa vez de contar o que sabemos - Alvo disse, seguro – Bom, depois da gente contar pra todo mundo da Lufa-Lufa o que tinha acontecido, fomos conversar na lareira, bem embaixo do quadro de Helga Lufa-Lufa para tentar entender o que tinha acontecido. Aí Peter veio com a idéia do vírus de computador.

– Hã? O que isso tem a ver com a gente? - James estava confuso – Isso é coisa do mundo dos trouxas!

– Deixa ele terminar! - Lucy pediu.

– Aí o Peter teve a idéia do vírus. Fala aí!

– Olha, eu só disse que, como Hogwarts foi reconstruída e os novos pedreiros não foram os fundadores, algo podia ter dado errado, entende? Tipo...um feitiço pode ter se misturado com outro e criado um tipo diferente de magia, como uma reação química, e seria esse vírus que está afetando Hogwarts.

– Isso é loucura! - Rose foi a primeira a se manifestar – As pessoas que reconstruíram Hogwarts são bruxos muito experientes!

– Além disso, não existe essa coisa de reação química entre feitiços gerando outro - James falou.

– Bom, não que a gente saiba, né?

Lucy abriu a cabeça para a possibilidade. Ela sempre foi a mais sensível do grupo.

– Gente, gente! Eu também achei que era uma teoria de conspiração muito doida da cabeça de Peter!

– Então, Al! Por que você apóia essa idéia maluca?

– Por causa da Madame Lufa-Lufa, James.

– O que a fundadora da Lufa-Lufa tem a ver com isso? - foi a vez de Nick perguntar.

– Então, eu disse que existe um quadro dela na nossa Sala Comunal, não disse?

– Sim - Rose confirmou.

– Acontece que quando Peter falou isso e eu fiz pouco dele, olhei para cima e vi que ela estava com os olhos arregalados de espanto desse tamanho ó!

E mostrou com as mãos o tamanho um tanto quanto exagerado dos olhos da pintura.

– Você não pode estar falando sério - Rose tentou ser realista.

– Eu tô sim! O que eu ia ganhar com uma mentira dessas? Tô dizendo! Peter deve ter dito alguma coisa que fez sentido para ela. Eu até perguntei pra ela...

– Você perguntou algo ao retrato dela? Al, você tá delirando, sério.

– Ah, é, espertalhona? Então me responde essa: por que alguns retratos falam e outros não?

– Ah, é porque...hu-hum...porque...tá, eu não sei, mas posso perguntar pra minha mãe!

– Não! - James interveio – Essa é uma aventura nossa. Não podemos sair perguntando tudo para nossos pais, senão eles vão desconfiar. Se acharem que estamos tentando descobrir o que está acontecendo, vão mandar a gente ficar de fora e vão ficar de olho em todos os nossos passos. Temos que fazer um pacto.

– Que tipo de pacto? - Jonathan finalmente se manifestou.

– Um pacto do tipo fiel do segredo.

– Hein? - John não estava entendendo nada.

– Olha, tudo o que nós descobrirmos fica entre a gente. Ninguém pode saber que estamos procurando pistas para o que está acontecendo. Isso significa que você não pode contar nada para sua irmã. Então, você está conosco ou com ela? Porque se estiver com ela, eu sei muito bem como usar um feitiço de esquecimento. E então? Você jura que não vai contar nada a ela?

Jonathan passou o olhar por James, Nick, Lucy, Peter, Alvo e Rose. Baixou a cabeça por alguns instantes para refletir. Era a primeira vez que ele tinha a oportunidade de fazer parte de um grupo no qual Lizzie não estava inclusa e isso o motivava e ao mesmo tempo criava um receio. Ele não queria trair a irmã. Ele não queria ter que afastá-la por causa do segredo com seus amigos. Bom, mas ela já estava afastando ele para conseguir amigos sonserinos, então, ela tinha dado o primeiro passo. Ele não estaria fazendo nada de errado em manter um segredo entre amigos e olhou de novo para James.

– Eu não vou contar nada pra Lizzie. Será um segredo nosso!

– Jure que irá vomitar lesmas por 1 semestre se contar alguma coisa a ela - James falou sério.

Jonathan fez uma cara de nojo e olhou para Rose, com uma expressão meio incrédula. Ao passo que ela permaneceu séria e deu um leve aceno com a cabeça ele entendeu que James realmente quis dizer aquilo.

– Juro que vou vomitar lesmas por 1 semestre se eu contar alguma coisa para Lizzie.

– Ótimo. Então estamos acertados de que nada do que for discutido aqui será dito a alguém sem uma reunião prévia e consenso geral?

– Estamos - todos responderam.

– Então, Alvo, qual é o plano de vocês?

– Eu e Peter achamos que devemos procurar o retrato da Madame Lufa-Lufa que possa falar com a gente.

– E quanto a voz? Eu acho que a gente não deve deixar de procurar o dono dela - Rose afirmou.

– A gente pode se dividir em 2 grupos: Alvo, Peter, Jonathan e Rose procuram o retrato da Madame Lufa-Lufa ou de qualquer outro fundador, enquanto eu, Nick e Lucy procuramos a voz, já que isso parece ser a coisa mais perigosa.

– Por que você tem que decidir as coisas? - Alvo perguntou.

– Porque eu sou o mais velho.

– Isso não quer dizer nada!

– Claro que quer dizer. Além disso, a idéia dos quadros foi de vocês. Nada mais justo que os primeiro-anistas fiquem juntos.

– Mas fomos nós que ouvimos a voz! - Alvo ainda argumentou.

– Mas fui eu que decidi montar esse grupo.

– Mas as idéias foram nossas. Além disso, você não sabe nem por onde começar!

– Você é um pé-no-saco, sabia? Por que não fica calado e faz o que eu mando? Se fizesse isso talvez não fosse parar na Lufa-Lufa!

James fez pouco caso as casa do irmão, o que o irritou bastante.

– O que há de errado com a Lufa-Lufa?? Hein??? Só porque não é a Casa dos nossos pais? Pois eu tenho muito orgulho de fazer parte dela!!

– Por que vocês têm sempre que brigar? - Nick questionou o amigo.

– Somos irmãos, Nicolau. É o instinto natural. O mais forte sobrevive.

– Na verdade - Rose se voltou para o primo – É o mais adaptável que sobrevive.

Antes que James pudesse dizer alguma coisa, Rose se levantou de repente, assustando as pessoas que pararam para olhar para ela. Como um raio, ela desceu das pedras correndo e foi até boa parte do terreno. Voltou ainda desconfiada.

– O que foi, Rose? - Lucy perguntou.

– Tinha alguém ali, ouvindo nossa conversa.

– Tem certeza? - James olhou ao redor.

– Não. Vocês ficaram discutindo aí e chamando a atenção...mas eu não vi ninguém correndo ou reações de que alguém passou por aqui. Mas se tinha alguém, eu não sei dizer o quanto ele ouviu.

***

Elizabeth tinha sido muito viva ao escalar rapidamente a parede do castelo, se escondendo de Rose. Esperou que todos entrassem no castelo para não correr o risco de ser vista. Descer, contudo, parecia muito mais difícil. Um simples deslize e ela se esborracharia no chão. Alguns corvinais do 3º ano pararam para apreciar a cena. Ignorando todos, Lizzie entrou correndo no castelo, pois já estava mais do que atrasada para a aula do novo professor e ainda tinha que pegar seus livros. Quando chegou na aula, foi direto para os meninos, que estavam surpresos pelo seu atraso.

– O que aconteceu com você? Onde estava? - Khai perguntou.

– Vocês não vão acreditar! Depois da aula vamos conversar, tá?

– Eu não permito conversas na minha aula, Srta...

– Carter, Prof. Pratevil.

– Pensei que era Dumbledore.

– Ah, é...bom...eu prefiro Carter, senhor. É a família que conheço.

– Hum...

Elizabeth caminhou até seu lugar e sentou-se ao lado de Veruska.

– Levante-se, Srta Dumbledore.

Elizabeth se levantou com a expressão de quem não havia gostado de mais um professor se recusar a aceitar seu pedido. Todos da turma esperavam que ele a recriminasse por alguma coisa, mas ele fez com que ela permanece de pé enquanto discursava.

– Nas minhas aulas eu não tolero conversas, não tolero pescas e muito menos cópias. Plágio nos meus trabalhos são encaminhados diretamente aos diretores das casas. Meus métodos de ensino podem ser questionáveis, mas são eficientes. Por isso estou aqui: para trazer o que há de melhor em transfiguração para Hogwarts, atualizando a disciplina. Eu procuro o melhor do melhor em cada um, primo a perfeição e não tolero erros. Não faço avaliações surpresa, pois como já estou falando delas, vocês não precisam se surpreender. Comigo ou você aprende, ou você aprende. E, lógico... ele se dirigiu para Elizabeth e ficou diante dos seus olhos. – ...não me importo com coisas fúteis. Srta Dumbledore, por favor, sente-se na primeira cadeira, em frente a minha mesa.

– Mas tem gente sentada.

– Isso quer dizer que vocês devem trocar de lugar, não é?

Alguns alunos soltaram risinhos, inclusive Alvo e Peter.

– Muito engraçado! - ela balbuciou diante deles.

– Muito engraçado!

Alvo balbuciou afetado para Peter que sorriu e parou, de repente. Parecia que estava diante de um fantasma pela forma que empalideceu.

– Ele está atrás de mim, não está? - balbuciou.

– Sr Potter.

– Sim, professor? - deu um sorriso desconcertado.

– Acompanhe a Srta Dumbledore, por favor.

Ele se levantou, com cara de poucos amigos, pegou seus livros e sentou-se ao lado de Elizabeth que estava sorrindo irônica para ele e limpando o assento. Após algumas mudanças, os alunos perceberam que o professor procurou misturar bem a turma, colocando sonserinos e lufos sentados juntos. Malfoy ficou sentado com Collins, filha de trouxas; Khai com Detrio, colega de quarto de Alvo; Peter com Cascavel e Goyle com o pequeno Leão da Lufa-Lufa, Timmy.

– Gravem bem este lugar e seus parceiros. Enquanto eu for professor de vocês, isso não vai mudar.

Alguém da sonserina ensaiou um muxoxo, mas foi coibido pelo parceiro.

– Suas notas serão dadas por trabalhos em dupla, portanto, se o seu parceiro tem dificuldades, você terá que ajudá-lo. Agora, podemos começar a nossa aula.

Foi uma aula difícil para muitos alunos, que sequer conseguiam olhar para o parceiro ao lado. Todos pareciam bastante apáticos e quando Malfoy olhou para Carter e fingiu se enforcar, foi repreendido por um feitiço que o deixou tonto e logo depois ele só conseguia olhar para o quadro e o professor. Ao fim da aula, todos pareciam loucos para deixar a sala o mais rápido possível. E já tinham que praticar transfigurar alfinetes em insetos.

– Carter, como você agüentou o Potter a aula toda? Senti pena de você - Malfoy falou.

– Foi fácil! Ignorei a existência dele. - e seus amigos riram.

– O que você queria contar? - Khai voltou ao assunto do início da aula.
Elizabeth já ia falar, quando se calou e esperou Alvo e Peter passarem.

– Vamos para outro lugar.

No pátio, os três se sentaram no banco mais afastado e ela pôde contar tudo o que ouviu o grupo discutir.

– Se eles vão atrás dessa tal voz, nós também vamos! - Malfoy foi categórico. – Está na hora de acabar com a era de descobertas dos Potter. Vamos mostrar que os sonserinos mandam.

– É! - os dois vibraram com o amigo.

– Eles podem estar em maior número, mas nós temos a astúcia da cobra a nosso favor. Acho que antes de sair procurando as pinturas, temos que saber porque algumas falam e outros não. Podemos simplesmente perguntar a algum retrato na escadaria.

– Mas não podemos ir para lá, Elizabeth. É uma área proibida. Vamos sofrer detenções e sonserina pode perder pontos - Khai lembrou aos amigos.

– Mas nem à noite podemos fazer isso? Acho que ninguém vai ver.

– Não, Carter. Filch e sua gata ficam vasculhando a escola de noite. - foi a vez de Malfoy falar. – Posso tentar pedir ao meu pai a capa da invisibilidade dele.

– Seu pai tem uma capa de invisibilidade?

– Sim, mas é daquelas vendidas na Índia, sabe? Porque não existe mais o tipo de inseto que tecia a seda das capas de verdade. E como ela já é um pouco velha, tem alguns fios puxados, o que faz ela dar defeito algumas vezes.

– E você quer se arriscar com isso?

– Alguma outra idéia brilhante, Macbeer?

– Com isso a gente vai poder andar pela escola?

– Sim, Carter.

– Então a gente não pode esquecer de dar uma olhada naquela infiltração também. Quando você consegue essa capa?

– Não sei. Meu pai viajou com minha mãe e não sei quando voltam para casa. No Natal, com certeza, senão minha avó mata ele.

– É muito tempo até lá. O que vamos fazer esse tempo todo? - Lizzie quis saber.

– Que tal, tentar se dar bem nas matérias? Essa sua varinha é um perigo, se quer saber minha opinião. Ela tá quebrada?

– Não, Malfoy. Ela é temperamental. Só funciona quando quer.

– Por que não pede outra ao Sr. Olivaras? Escreve para ele e a coruja leva.

– Acho que vou fazer isso, Khai e depois passar na biblioteca

– Para quê?

– Então se esqueceu? Tenho uma lista de livros para pegar. Até mais!

Ao correr em direção à escada, tropeçou e caiu com a cara e livros na grama. Malfoy e Macbeer vieram atrás dela e puderam ouvir a gargalhada de um grupo de sonserinos bem ao lado de onde ela caiu.

– Tropeçando do nada, Dumbledore?

– Você me fez tropeçar de propósito, não foi? Lançou um feitiço em mim!

– O que foi? Vai chorar agora, vai?

A voz de Amélia estava mais irritante do que nunca. Elizabeth sacou sua varinha e a apontou para a sonserina.

– Por favor, você vai acabar se machucando com sua habilidade com feitiços!

Todos no grupo riram da cara dela e Elizabeth foi se enfurecendo cada vez mais. Os amigos logo chegaram e ficaram ao lado dela.

– Olha só, Dumbledore arranjou guarda-costas! Um inexpressivo e um desprezível!

Malfoy e Khai também sacaram as varinhas depois do comentário de Goyle e o mesmo fez todo o outro grupo. Os alunos que estavam por perto se afastaram. Outros, correram para avisar a algum professor. E o restante ficou próximo o suficiente para ver uma possível briga. Peter e Alvo foram atraídos pela multidão. Ao ver a movimentação de alunos falando com professores ao longe, Elizabeth falou com os amigos.

– Guardem as varinhas e vamos embora.

Os dois olharam incrédulos para ela.

– Vamos embora.

Khai estava indeciso, porém Deymon estava decidido a não fugir.

– Eles não valem a pena. Vamos embora! - e olhou direto nos olhos de Deymon – Vamos embora, Malfoy.

Algo no olhar dela o fez retroceder e abaixar sua varinha. Os três se viraram e tomaram o caminho para dentro do castelo. Os sonserinos vaiaram.

– Isso mesmo, fracotes, vão se mandando! - vociferou Bella Parkison.

A respiração dos meninos foi ficando pesada e Elizabeth tentou acalmar os ânimos.

– Vocês são três covardes que não têm poder suficiente para meter medo em ninguém - Goyle gritou.

O sangue de Malfoy já estava fervendo e ele já ia se voltar quando ela segurou em seu braço e avisou sobre os professores que se aproximavam. Eles perderiam pontos preciosos para a Sonserina.

– Não sei onde o Chapéu Seletor estava pensando quando colocaram vocês, covardes e fracotes, na Sonserina. Vocês não são dignos de carregar essa insígnia no peito. Seu trio de aberrações!

Não foi preciso dizer mais nada. Tomados por uma raiva imensa e que não dava mais para controlar, os três sacaram novamente suas varinhas e lançaram feitiços para os sonserinos que não conseguiram se defender.

Vomítulos hours!
– Furunculus totalis!
– Solitárias externai!


Em pouco tempo Bella estava com uma coloração verde e jatos de gosma saíam de sua boca, fazendo-a cair de joelhos. Amélia estava sentindo muita dor cada vez que um furúnculo nascia e estourava em todo o seu corpo e Goyle estava colocando para fora uma taenia imensa, que parecia não acabar mais, o que estava fazendo ele perder o fôlego. O restante dos sonserinos olhavam com espanto para as três caras triunfantes do lado oposto.

Finite Incantatem!

A voz da Prof. Trelawney foi um alívio para os três adoecidos. Junto a ela, estava o Prof. Pratevil.

– Muito bem, alguém quer me explicar o que está acontecendo aqui?

Ao passo que todos os sonserinos começaram a falar ao mesmo tempo, o Prof. Pratevil fez sinal para que todos se calassem.

– Melhor levá-los para o diretor de suas casas e para a diretora MacGonagall, Prof. Trelawney.

– Excelente idéia, professor. Vamos, todos vocês, andando! - e virou-se para os três mais encrencados – Por que vocês aprendem essas bobagens com facilidade e têm dificuldades nos feitiços simples?

O Prof Pratevil pegou alguns alunos como testemunhas do que aconteceu e levou com eles. Os sonserinos foram levados à sala do Prof Slughorn, nas masmorras, próximo à sala de poções. Ficaram sentados em um imenso banco, esticado pela Prof Trelawney para que todos coubessem. As 3 testemunhas que Pratevil trouxe ficaram nas cadeiras ao lado. Em pouco tempo, o Prof Slughorn apareceu vermelho como um pimentão, seguido por uma diretora de cara fechada e lábios retraídos.

– Onde vocês estavam com a cabeça para atirarem feitiços uns nos outros??? Que vergonha para a nossa casa! Uns contra os outros!!!

O Prof. Slughorn parecia que ia explodir a qualquer minuto. Elizabeth delicadamente se levantou e pediu a palavra.

– Até você, Srta Dumbledore.! Eu nunca esperaria...

– Imagino, senhor, que esteja muito zangado conosco, assim como todos os adultos aqui presentes.

– Imagina?? - perguntou, incrédulo.

– E não lhes tiro a razão. O que fizemos foi infantil, errado e inadmissível.

Os sonserinos estavam sem entender o que ela pretendia assumindo tudo.

– Sabemos que devemos ser punidos por isso, todos nós: os que provocaram e os que aceitaram a provocação. Contudo, senhor, peço para que olhe com mais cuidado para o que aconteceu.

– E o que aconteceu, Srta Dumbledore? - a diretora MacGonagall estava curiosa com a postura da sonserina.

– Estamos apenas começando o ano letivo, diretora MacGonagall. Estamos conhecendo nossas novas famílias e é perfeitamente normal, durante esse processo, que existam conflitos. Por exemplo, o Sr Potter, aqui presente, já deve ter brigado milhões de vezes com seu irmão, não é?

– Bom...sim...é normal.

– Exatamente. É normal. A questão é que somos bruxos e, portanto, temos uma varinha em nossas mãos, o que agrava um pouco mais estas brigas de irmãos. Não justifica o que aconteceu. Toda briga deve ser desencorajada, por isso, aceitamos ser punidos pelo nosso erro. Para provar isto, peço desculpas a minha colega de quarto, Amélia, por lhe lançar um feitiço. Sinto muito, não quis lhe ofender ou machucar de verdade. Não vale a pena ficarmos brigando quando nosso interesse maior é a união pela Sonserina, não é?

Elizabeth fez sinal para que Amélia entrasse no jogo. Ela não entendeu.

– Eu também lhe peço desculpas, Bella. - Khai tentou ajudar. – Nós temos que ficar unidos pela Sonserina e não brigando entre nós.

Eles ainda não tinham entendido o sentido da coisa e Malfoy relutava a pedir desculpas a Goyle.

– Amélia, você me desculpa? Sinto muito. Vamos deixar essa briga para trás e seguir adiante para conquistarmos, todos juntos, pontos para a nossa Casa.

Agora todos pareciam entender a situação.

– Bom, sabe, o que você fez foi muito injusto porque nem me deu a chance de me defender. Mas tudo bem, eu desculpo você. Vamos aprender com isso - e deram um aperto de mão.

Logo, quase todos os sonserinos pediam desculpas uns aos outros e falavam em nome da união pela Sonserina.

– Pedimos desculpas também aos professores por não obedecermos aos limites das regras da escola e aos alunos por dar um exemplo negativo - concluiu Lizzie.

– Desculpe! - repetiram em coro os sonserinos.

O Prof Slughorn estava orgulhoso da atitude de seus alunos.

– Bom, para mim está ótimo...

O olhar da diretora MacGonagall pedia um pulso mais firme do diretor da casa Sonserina.

– ...contudo, todos vocês sofrerão detenções, prestando serviços à escola. O tempo livre de vocês será passado na sala comunal. Só não vou retirar pontos de minha própria casa, por causa da posição madura com a qual vocês enfrentaram esta situação.

– Bom, eu também devo dizer que aprecio a maturidade de vocês. Espero, sinceramente, que tenham aprendido a lição. Caso isto volte a ocorrer, vocês podem receber uma punição ainda mais grave. Duelar sem a supervisão de um adulto não será permitido. Vocês podem ser expulsos.

As expressões dos sonserinos era de medo diante das palavras da diretora MacGonagall. Todos abaixaram as cabeças.

– Sr Pratevil, pode acompanhá-los até a sala da Sonserina? Infelizmente, estou no meio de uma poção muito importante.

– Claro, Professor. Vamos crianças.

As três testemunhas foram as primeiras a sair correndo assim que possível. Alvo tinha que correr para ainda pegar o treino de quadribol da Lufa-Lufa, Jack tinha que chegar mais rápido à sala comunal da Sonserina para comunicar o acontecido e Tiago, da Corvinal, teria mesmo que esperar uma outra oportunidade para falar com os sonserinos.

Uma a uma, as crianças foram entrando na sala. O Prof. Pratevil segurou Elizabeth por alguns instantes.

– Bela saída, Srta Dumbledore.

– Do que está falando, professor?

– Não precisa fingir para mim. Alvo e Tiago me contaram o que aconteceu. Belo discurso para não perder inúmeros pontos para a casa, Srta Dumbledore. E seriam muitos mesmo. Sei observar um talento, quando vejo um.

– Hum...obrigada, então. - disse, desconcertada e orgulhosa por dentro.

– Você pensa rápido e esta é uma qualidade importante no mundo da magia. Mas não pense que ganhará com a mesma jogada sempre.

– Não se preocupe, professor. Penso em uma coisa original, sem plágios.

Ela sorriu para ele. Quando entrou na Sala Comunal da Sonserina, os alunos presentes estavam olhando para ela num misto de desconfiança e reconhecimento. Era de conhecimento geral que ela, Malfoy e Macbeer executaram feitiços nojentos em plena área externa na frente de diversos alunos e professores, quebrando algumas regras, e que todos saíram ilesos da confusão, sem perder um ponto sequer para a Sonserina. E graças a Jack, todos sabiam que ela era a responsável pela manutenção dos pontos da casa. Claro, nem todos estavam satisfeitos.

– Aproveite o seu dia de princesa, Dumbledore. Mas você ainda me paga! - Amélia disse afastada das ovações e se retirou para o quarto de Bella.

– Você foi fantástica! - Khai sorria para a amiga.

– Ah, pára! - respondeu, encabulada.

– Sério, você foi demais!! A melhor, não foi, Malfoy?

– Impressionante. Sua varinha funcionou, não foi?

– Pois é! Fiquei surpresa!

– De onde você conhecia aquele feitiço? – Malfoy perguntou meio desconfiado.

– Ah, sei lá! Devo ter lido em algum livro.

Khai puxou um outro assunto, mas Deymon continuou a olhá-la, desconfiado.

***

Quando Alvo chegou para o treino da Lufa-Lufa, o time já estava se retirando.

– Não acredito que você perdeu isso, cara! – Peter falou, ainda excitado – Foi a melhor coisa que já vi na vida. Esse lance de Quadribol é realmente o máximo!! Quero muito fazer parte do time!

– Eu não acredito que perdi tudo.

– Ei, mocinho! Você tinha dito que viria nos ver!

Lena estava com as mãos na cintura, fingindo estar com muita raiva.

– Desculpa! O Prof Pratevil me levou para as masmorras por causa da confusão dos sonserinos.

– Nós ficamos sabendo, Peter nos contou. – Lucy falou enquanto se aproximava deles.

– No que resultou? Espero que tenham perdido vários pontos! – Lena exclamou.

– Na verdade, não perderam nenhum.

– Como assim? – perguntaram juntos.

– Pois é! A irmã de Jonathan, Elizabeth, passou uma lábia no diretor da casa e na Diretora MacGonagall. Ela enganou todo mundo dizendo que eles erraram e aprenderam com o erro.

– Rá!! Duvido!! – Lena foi irônica – Eles nunca aprendem, sempre repetem as maldades deles! Os diretores foram muito inocentes.

– Bom, mas ela foi bem convinvente, sabe? Ela é muito esperta. Se eu já não soubesse da fama dos sonserinos, eu desconfiaria.

– Mas ela é uma sonserina! – Lena esbravejou – Será que todo mundo pirou?

– Bom, mas ela também é uma Dumbledore. Os professores ficam meio abobalhados perto dela. – Alvo falou seriamente – Então, quando é o primeiro jogo?

– Daqui a três semanas. – Peter se adiantou – Lufa-Lufa contra Grifinória.

– Vocês vão ganhar, com certeza!

– Esperamos isso, Potter. Trabalhamos novas jogadas para este ano, mas a Grifinória está impossível desde que James e Oliver entraram.

– Mas isso não é motivo para desistir, não é?

Lucy deu um belo sorriso que alegrou a todos. No caminho de volta para a escola, Alvo viu Hagrid resmungando perto da plantação de abóboras gigantes e se despediu das amigas.

– Oi, Hagrid!

– Oh! Como vai, Alvo? Esse deve ser o Peter, imagino.

Peter olhava com curiosidade para Hagrid. Ele parecia ainda maior do que da primeira vez que o viu.

– É...sou eu.

– O que houve, Hagrid?

– São essas lagartixas.

– Não estou vendo nenhuma.

– Ora, porque eu já espantei todas as que apareceram aqui hoje. Estão me dando um bom trabalho, sabiam? Essas abóboras só têm até o Halloween para crescerem e eles ficam aqui comendo suas folhas e elas ficam tristes, muito tristes. Já perdi duas esta semana.

– Por que não bota uma magia pra proteger as abóboras? – Peter quis saber.

– Ora, que tipo de Guarda-Caças eu seria se não soubesse cuidar disso sem a magia? Passei tantos anos cuidando de tudo aqui sem ela...não são meras lagartixas d’água venenosas que vão me deter.

– Lagartixas d’água venenosas? Uau! Parece o máximo!

– Não se elas mordem você! A dor é muito grande, sem falar na possibilidade de perder o que foi mordido.

O grande Hagrid olhou com remorço para o dedinho de sua mão esquerda.

– Ah! Então foi para você que o Prof Slughorn estava fazendo a poção!

– Como você sabe disso, Alvo?

– Ele comentou. E essas lagartixas são novas por aqui?

– Não. Elas sempre estiveram no Lago. Elas se alimentam de kramim, que são umas plantinhas que nascem no fundo do Lago por causa da magia de Hogwarts. Se elas estão saindo é porque as plantas devem estar morrendo como a magia da escola.

Os dois amigos se entreolharam e ficaram muito assustados.

– Eu não devia ter dito isso. Eu não devia ter dito isso.

– Hagrid, os professores também acham que Hogwarts está morrendo?

– Eu não posso falar dessas coisas, Alvo. Tenho que ficar de olho nas abóboras até minha próxima aula.

Dito isso, Hagrid virou as costas para os alunos e começou a afugentar uma lagartixa que vagarosamente se aproximava da plantação. Os lufos entenderam o recado e voltaram para o castelo.

– Peter, se essas lagartixas estão saindo por causa do kramim, já é uma prova de baixa magia. Se Hagrid estava afirmando isso, com certeza, os professores também já estão assumindo a possibilidade de Hogwarts “morrer”.

– Mas a escola não pode morrer. Não de uma hora para outra.

– Talvez já esteja morrendo há 19 anos, desde que começou a ser construída. Nós temos que ajudar a escola.

– Eu também quero ajudar, Alvo, mas eu fico pensando: a gente só tem 11 anos. A gente mal conhece os feitiços. Como vamos achar um jeito de salvar a escola?

– Sendo leais a Hogwarts. Meu pai vive dizendo que se nós encontramos uma coisa ruim pelo caminho, a gente tem que acreditar que tudo vai passar. A escola não pode se ajudar sozinha, né? Depende dos alunos e dos professores. E se depender de mim, eu dou o meu sangue pra escola continuar viva, porque se Hogwarts fechar, a gente não vai mais existir.

– Bom, se você vai ajudar a escola, eu também vou. Você é o meu melhor amigo e eu não vou deixar você sozinho.

– Obrigado, Peter.

– Amigos são para isso.

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Comentários (2)

  • Sheila Costa

    A Lizzie é uma ótima manipuladora... FATO!!Penso nela exatamente assim =DTenho uma queda pela Lizzie. Queria ser que nem ela =PHardcore, tô nem aí, falando o que penso e detone-se o mundo! \o/Mas quando a gente tem chefe, descobre que não dá para ser assim não. E aí vem os sapos... Oh, vida. Por que não nasci como uma personagem do livro de JK? =D   

    2012-11-09
  • Rosie Bolger

    a lizzie é uma otima manipuladora, e com certeza bem mais do que uma simples sonserina. 

    2012-11-02
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