O Sonho de Gina



*p**b*CAPÍTULO TREZE – *i*O Sonho de Gina*/i**/b**p*
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*p* As duas primeiras semanas do décimo primeiro mês do ano estavam sendo frias e úmidas. O inverno parecia ter chegado para ficar, e o vento frio e a umidade penetravam no castelo junto com o ar que respiravam. Todas as árvores da escola haviam perdido suas folhas com exceção dos pinheiros que continuavam verdes e fortes. O céu, que nas últimas semanas havia permanecido azul na maioria das vezes, agora estava cinza chumbo, havia muitas nuvens e os que viam o sol eram poucos. Embora o frio ainda não fosse capaz de produzir neve, as nuvens descarregavam fortes chuvas sobre o castelo; pingos grossos como pequenas balas de revólver açoitavam as vidraças das salas de aula, fazendo com que prestar atenção em uma aula com Binns fosse ainda mais difícil que o normal. As chuvas tornavam aulas antes agradáveis, como Trato de Criaturas Mágicas e Herbologia, verdadeiros tédios mórbidos; além de se molharem no caminho das estufas ou do picadeiro ao lado da cabana de Hagrid, tinham o desprazer de serem mordidos por gerânios dentados e tinham de ficar escutando o canto melancólico e chato do Agoureiro.
*p*– Por favor, tentem entender a melancolia do passaro! – pedia Hagrid encarecidamente aos seus alunos conforme o passaro soltava notas graves e desconexas. Todos pareciam mais preocupados em se abrigar dos grossos pingos de chuva que açoitavam suas cabeças. Antes mesmo que a sineta tocasse Hagrid pediu uma redação sobre o canto do Agoureiro e o discurso invertido do Dedo-Duro e os dispensou em direção ao castelo.
*p*Os alunos grifinórios começaram a subir as escadarias rumo ao castelo enquanto os sonserinos caminhavam rumo as estufas atrás do castelo. A cabeça loura de Malfoy se destacava no aglomerado verde. Rony riu e disse sarcástico. – Se ele sair um dedo da linha eu tiro cinqüenta pontos dele, se tiro. Por ordem da Ordem! – os três riram e se encaminharam para a sala de Flitwick, já que o segundo tempo daquela quarta-feira era Feitiços.
*p*Naquela manhã Flitwick os ensinou como poderiam enfeitiçar objetos para que pudessem executar ordens. Todos receberam pequenos peões de xadrez, com os quais poderiam praticar o feitiço. Logo no início do exercício o peão de Hermione já andava sobre a carteira com extrema facilidade, enquanto o de Rony pareciam não querer receber ordens e quando Rony fazia algum progresso, o peão sai correndo desesperado e se espatifava no chão.
*p*– *i*Reparo*/i*! – exclamou Rony pela sexta vez aquela manhã quando seu peão jazia imóvel e quebrado no chão. Hermione olhava com desprezo o peão de Rony. O peão de Rony já estava novamente sobre a carteira.
*p*Rony ergueu a varinha.
*p*– *i*Odientti Vite*/i*... – Hermione tocou na mão do amigo impedindo que prosseguisse com o movimento da varinha. Rony corou, parecia um enorme tomate. – Rony, vire a varinha deste modo. Rony seguiu o conselho da amiga e continuou.
*p*– *i*Odientti Vitera*/i*! – o peão de Rony permanceu imóvel por alguns segundos. Hermione sorriu descontente, mas no mesmo instante o peão de Rony ganhou vida e caminhou até a carteira da Mione. O peão de Mione se encontrou com o de Rony e ficaram de frente um para o outro como se aguardassem uma reação imediata. O peão de Rony, assim como seu controlador, parecia se desesperar. Correu e se espatifou novamente no chão duro de madeira da sala. Harry riu, Rony corou, Hermione resmungou.
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*p*A segunda reunião da AD naquele semestre ocorreu na primeira quarta-feira de novembro. Estava uma noite fria, as janelas estavam embaçadas como o vapor de água proveniente da chuva incessante. O frio cortante começava a se instalar entre os moradores do castelo como uma força invisível que aos poucos tomava presença. Enquanto Harry, Rony e Mione saiam pelo buraco sob o quadro da mulher gorda, Gina entrava apressada junto com um colega quinto-anista. Harry notou que Gina tinha em sua mão uma moeda dourada, que refulgia à luz bruxelante dos archotes. A pequena Weasley piscou para os três que prosseguiram rumo a tapeçaria de Barnabás, o Amalucado.
*p*Quando os três ali chegaram, aguardaram alguns minutos e entraram na Sala Precisa desejando encontrarem um ampla sala de aula com todos os suplementos necessários para poderem aprender qualquer feitiço contra magia das trevas. E foi o que obtiveram. Os três entraram, e só o que escutaram foi o bater dos sapatos no chão de madeira. O piso era recortado em tábuas de tamanhos idênticos de madeira lisa e lustrosa.
*p*As paredes do aposento eram revestidas com as mesmas tábuas, porem cortadas em tamanhos maiores; eram ocupadas pelos mais diversos livros de feitiços e azarações que eles podiam imaginar. Havia também um armário com Espelhos de Inimigos, Sensores de Mentira, Lembróis e muitos outros artefatos anti-magia das trevas que Harry nem sabia o nome.
*p*Ao fundo da sala havia uma grande mesa redonda, vazada na parte interna, como um grande pneu de madeira. Ao redor da mesa circular, havia dezenas de cadeiras iguais dispostas da mesma forma. Quando os três já haviam se sentado na grande mesa, que ali havia sido posta na primeira reunião, diversos integrantes começaram a atravessar a porta e compor a mesa.
*p*Embora fosse muito estranho, Harry sentia um sentimento de medo no ar, talvez fosse pelo simples fato de todos ali terem presenciado um ataque de quatro Comensais, ou então porque agora todos presentes tinham a certeza absoluta de que Lorde Voldemort havia voltado e isso significava que seus pais corriam perigo.
*p*Após todos terem se sentado uma cadeira, o burburinho das conversas se silenciar por completo, Harry se levantou; e com ele também levantaram Rony, Mione, Gina, Neville e Luna. Hermione se preparou para começar a falar, e antes que ela começasse, superando quaisquer expectativas de que aquilo pudesse ocorrer, Harry viu Rony erguer, trêmulo, a mão ao seu lado.
*p*Mione embora parecesse muito ofendida intelectualmente, permaneceu em silêncio. Rony corou ainda mais ao ver os olhares de reprovação da amiga. Embora reprimido Rony começou a falar, ele não gaguejou, porém o nervosismo era constante em sua voz.
*p*– Eu acho, que ao invés de continuarmos com a Azaração do Bicho-Papão, poderíamos praticar o feitiço Escudo da Rainha. – Harry se espantou que o amigo fizesse tal proposta para a Associação de Defesa. Nem eles haviam dominado o feitiço completamente e ele estava propondo ensinar tal feitiço? Hermione e Neville olharam exasperados para Rony, que no silêncio da pausa corou ainda mais. Luna quebrou o silêncio, entusiasmada.
*p*– Que feitiço é esse? – perguntou com a voz eloqüente.
*p*– Um poderoso. – respondeu Hermione rispidamente. – Nem os alunos mais aplicados do sexto ano conseguiram executá-lo com perfeição! – os integrantes mais novos, que ali estavam presentes, se empolgaram com a idéia de aprender um feitiço do sexto ano. Colin Creevery se levantou erguendo a mão, e após o término da fala de Hermione começou.
*p*– Muitos aqui não imaginavam aprender a conjurar um Patrono corpóreo, e foram muitos que conseguiram. – ouve um burburinho de aprovação que correu toda a mesa redonda – Acredito que com esforço podemos executar o feitiço que Weasley propôs. – Hermione amarrou a cara para o garoto. Respirou fundo e declarou.
*p*– Quem prefere continuar a praticar a Azaração do Bicho-Papão, levante a mão! – foram muito poucos os que o fizeram, apenas Hermione e Ana Abbot. Hermione parecia descrente. Harry pensou em discorda do amigo, mas não via porque se negar a praticar algo novo, afinal ele já conseguia conjurar a seta dourada completamente, apenas não tinha força para alcançar o feitiço. Hermione continuou – Quem prefere começar a praticar um feitiço complexo e muito poderoso que ninguém sabe executar com perfeição, ergam as mãos. – todos ergueram as mãos, até mesmo Ana Abbot que tinha votado contra. Fora unanimidade e Rony pareceu satisfeito com a resposta do grupo. Ainda que Harry tivesse votado à favor do Escudo da Rainha, não via como ensinar algo que não sabia.
*p*Todos se levantaram de suas cadeiras e se adiantaram para a parte posterior do aposento, onde havia um grande espaço vazio onde poderiam praticar os feitiços e azarações que achassem convenientes. Quando todos os membros já haviam formado um grande círculo, todos estavam de pé com varinhas em punho. Ficaram estáticos e silenciosos por alguns segundos. Hermione empurrou Rony para o centro do círculo e Harry escutou a palavra “assuma”.
*p*– Eh... – Rony parecia confuso. – Bem o feitiço que vocês vão aprender se chama o Escudo da Rainha. A intenção é bloquear um feitiço mais forte. Ninguém segura um estuporamento com apenas um escudo Protego. A fórmula do feitiço é a seguinte: Boccaggio. Repitam comigo! Boccaggio! – Rony caminhou até Antônio Goldstein e disse. – Fale para fora! Diga Bocaggio! Entonação máxima nos “g’s”! – Rony caminhou até o centro do círculo e continuou falando. – O efeito esperado deste escudo é o seguinte. Rony chamou por Harry. – Harry! Lance um feitiço estuporante em mim!
*p*Harry pareceu descrente ao pedido do amigo. Rony olhou severo em seus olhos, embora Harry enxergasse a confiança nos olhos do amigo, a coragem lhe faltava naquele momento.
*p*– Vamos Harry!
*p*Harry ergueu a varinha. Hesitou. Ergueu novamente.
*p*– *i*Estupefaça*/i*! – Um jato de luz vermelha jorrou da ponta de sua varinha e caminhou em direção ao peito do amigo, antes que atingisse o amigo, Harry escutou.
*p*– *i*Boccaggio*/i*! – a visão de Harry foi ofuscada pelo brilho intenso do feitiço que Rony lançava. Harry teve um vislumbre dourado antes de escutar uma explosão. Quando Harry abriu os olhos viu que todos aplaudiam a execução de Rony. Hermione parecia chocada de ver que Rony havia dominado o feitiço com tamanha precisão.
*p*Rony pediu que se organizassem em pares para praticarem, assim a reunião transcorreu perfeitamente bem até as nove horas quando todos foram embora, para que não corressem os riscos de serem pegos por Argo Filch, o patrulheiro dos corredores de Hogwarts.
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*p*Ao final da semana, depois do belo feitiço de Rony, ocorreria o segundo jogo da temporada de quadribol da Copa Intercasas, Lufa-lufa contra Sonserina. Rony e Gina sentados na mesa do café da manhã daquele sábado faziam as constas para que conseguissem uma vantagem com a derrota da sonserina.
*p*– É só a Lufa-lufa ganhar por uma diferença de trinta pontos. Se os sonserinos ganharem com vantagem de até sessenta pontos, a situação complica! – disse Rony com um pedaço de bacon na boca e outro no garfo.
*p*– Não Rony! – começou Gina antes de ver que ele havia chegado. – Oi! Harry. Explica para o teimoso do meu irmão que só ficamos enrolados se a vantagem da sonserina for maior que sessenta
*p*– Rony! – chamou a atenção do amigo. – Ela tem razão!
*p*– Só uma coisa. – disse Mione que acabara de chegar – Faltam menos de cinco minutos para o jogo começar. Vocês vão ficar aí discutindo?
*p*Os quatro se levantaram e foram caminhando até o campo de quadribol. O dia estava perfeito para uma partida, o céu estava limpo e sem nuvens, o sol iluminava os gramados da escola, mas não ofuscava a visão dos que olhavam para cima e o vento ondeava os terrenos sem causar estragos.
*p*Quando chegaram às arquibancadas o jogo já havia começado, fazia pouco tempo, e Creevery já narrava voraz a partida alucinante de quadribol. Harry só conseguia distinguir pequenos borrões de cor. Creevery indicava que o time verde e prata já marcara quatro gols enquanto Lufa-lufa permanecia no zero.
*p*Transcorridos uma finta mal feita de Malfoy e uma falta de Goyle contra Justino, o capitão do time da Lufa-lufa, o time amarelo conseguiu marcar cinco gols, abrindo o próprio placar e começando a ganhar. Sonserina se recuperou com mais dois gols de Nott, o garoto seboso que agora vivia ao lado de Malfoy. Creevery berrou.
*p*– Uma bela partida, Professora! – Sessenta à Cinqüenta para o time de Sonserina!
*p*Antes que Nott ou os outros dois artilheiros do time sonserino pudessem marcar mais gols, os três artilheiros do time negro e amarelo voaram como canhõezinhos em direção as balizas adversárias e marcaram sete vezes seguidas fazendo com que, para a felicidade de Rony e todos da Grifinória, a vantagem do time de Sonserina fosse inferior ao do time da casa vermelha e dourada.
*p*O goleiro sonserino lançou, raivoso, a goles nas costas de um dos artilheiros, criando um pênalti que garantiu mais um gol para o time amarelo. Malfoy rondava o campo à procura do pomo-de-ouro, mas nada parecia visível. Harry que embora estivesse das arquibancadas já havia visto o pomo duas vezes, neste momento, a pequena bolinha dourada encontrava-se brincando na parte mais baixa das balizas da Lufa-lufa. O apanhador de Lufa-lufa havia avistado a bolinha e descia num mergulhos vertical muito perigoso. Creevery anunciava que podia apenas ser uma finta de Wronsky, mas Harry tinha certeza de que aquilo não era uma finta. Malfoy vinha atrás do apanhador adversário, mas estava longe demais. Crabbe que estava por perto brandiu firmemente a maça contra um balaço na direção do apanhador que contundido caiu no chão. Ouviu-se o apito agudo de Madamme Hooch.
*p*– Falta! – berrou Colin Creevery – Não parece educado lançar balaços contra os adversários. Essa deve ter doído. – Madamme Hooch soou o apito duas vezes seguidas e Creevery entendeu o recado. – Pênalti a favor da Lufa-lufa. E Justino vai cobrar. – Justino lançou a goles que atravessou a baliza mais baixa da esquerda. – Oitenta à Sessenta.
*p*Os artilheiros sonserinos voaram na direção das balizas adversária e marcaram mais um gol, porém o lançamento que o goleiro Lufa-lufa fez para Justino garantiu três gols seguidos, dois por rebote. Naquele instante Malfoy parecia muito infeliz, mas quando o garoto louro passou próximo à arquibancada da Grifinória, Harry viu em seus olhos um brilho de trunfo. Harry fez uma varredura no campo e encontrou a bolinha dourada a apenas quinze metros de Draco. O garoto se inclinou na vassoura e ganhou velocidade. O apanhador amarelo não teve nem tempo para pensar o que fazer. Malfoy capturara o pomo.
*p*– FIM DE JOGO! MALFOY CAPTURA O POMO! DUZENTOS E VINTE A CENTO E DEZ PARA SONSERINA!
*p*Embora o resultado não estivesse sendo o esperado, todos voltaram ao castelo satisfeitos por terem tido um dia tão bonito. O gramado até o castelo estava lamacento devido as fortes chuvas da semana, e Gina que caminhava ao seu lado escorregou e segurou firme no braço de Harry. A garota fixou o olhar de Harry e os dois ficaram ali se olhando pelo que pareceu ser uma hora, muito confortáveis por sinal; os dois só se soltaram após Luna chegar perto e erguer a amiga caída. Harry ficou muito aborrecido de que Luna tivesse aparecido justo naquele momento, mas guardou se aborrecimento no bolso e continuou caminhando rumo ao castelo. Tinha que aparecer? Perguntou nervoso a si mesmo.
*p*Hermione ficou um pouco atrás junto com Rony. Harry se virou para trás e viu os dois conversavam alegremente. A garota pausou por um instante para amarrar os sapatos. Rony resmungou e continuou o caminho deixando-a para trás. Passados alguns segundos, Hermione passou por eles tão rápida que mais parecia uma sombra. Rony deu com os ombros e novamente continuou o caminho rumo ao castelo.
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*p*Na manhã de segunda-feira, todos compareceram a aula de feitiços, onde continuavam praticando o feitiço Controlador de Objetos. Rony parecia estar mais precavido quanto às ações que ordenava seu pequeno peão praticar. Hermione fazia com que sua torre dançasse pela superfície plana de sua carteira enquanto Harry deixava seu cavalo galgar feliz pela carteira. Flitwick viu o quanto os três haviam aprimorado o feitiço e deu quinze pontos para cada um. Na aula de História da Magia, Binns recolheu as redações que havia pedido aos alunos na aula anterior sobre a Confederação Internacional dos Bruxos e começou a lecionar sobre a reunião de cúpula que os líderes da confederação reuniram por volta do século XV para definir quais animais eram realmente animais. O tópico da aula parecia muito complicado além de ser chato, com isso Harry passou a maior parte do tempo da aula apenas admirando o teto de pedra côncava. Quando a sineta tocou, Hermione desceu para o Salão Principal enquanto Rony lembrou Harry sobre a pesquisa sobre Cronomancia pedida por Trelawney.
*p*– Vamos passar na biblioteca e pegar alguns títulos sobre o tema. – disse Rony com os livros embaixo do braço. – Eu enfeitiço a pena e ele escreve a redação para nós.
*p*– Desde quando você sabe enfeitiçar penas para escreverem ao bel-prazer? – perguntou Harry curioso enquanto atravessavam uma multidão de corvinais que descia faminta para o Salão Principal.
*p*– A Mione me ensinou, é bem simples. – disse Rony tímido. Quando atingiram o quarto andar, os dois apressaram o passo antes que Irma Pince fechasse para almoço. Alcançaram a bibliotecária ainda sentada em sua mesa.
*p*– Vocês deviam estar almoçando. – disse ríspida ao dois.
*p*– Precisamos de uns dois ou três títulos sobre Cronomancia. – pediu Rony ainda ofegando da corrida até a biblioteca.
*p*– Porque a pressa? – perguntou desconfiada – Trabalhos em cima da hora?
*p*– Não! – mentiu Harry, como se o que a bibliotecária tivesse lhe ofendido – Apenas algumas dúvidas que podemos tirar durante o almoço. – mentiu mais uma vez.
*p*– Sei. – disse descrente – *i*Accio! Accio! Accio*/i*! – três pesados volumes saíram de três cantos do aposento e se acomodaram perfeitamente alinhados sobre a mesa da bibliotecária. – Creio que saibam como manusear um bom livro. Sr... – ela olhou para os dois e continuou – Potter e Weasley. Tudo certo. Devolução na quarta-feira. Sem atrasos ou desculpas.
*p*Os dois garotos saíram dali o mais depressa que podiam e antes mesmo de descerem as escadarias de mármore, Harry já havia tirado dois pergaminhos da mochila e enfeitiçado os mesmos para que permanecessem flutuando, conforme caminhavam. Rony já havia enfeitiçado as penas para que começassem a escrever. Cada um lia o conteúdo do livro e a pena o escrevia com forme iam lendo. Quando chegaram perto do salão principal, guardaram tudo para que ninguém visse o que faziam, principalmente os professores. Os dois correram para se sentarem próximos de Gina, Hermione e Neville que conversavam entretidos.
*p*– O que vocês têm nas mãos? – perguntou Hermione curiosa ao ver os livros distribuídos nas mãos dos garotos.
*p*– Deveres atrasados Mione. – Harry respondeu com a tristeza na voz. Harry esticou novamente seu pergaminho e apoiou a pena para que conforme lesse a pena copiasse. Rony fez a mesma coisa. – Oi Gina! Oi Neville!
*p*– Logo, os ponteiros quando alinhados sobre o número doze indicam a plenitude extrema, logo seu melhor horário para sonhar...
*p*– Por falar em sonho! – Gina ofegou – Tive um sonho muito estranho essa noite. – Harry começou a se servir de uma pequena porção de vitela com molho madeira.
*p*– Adoro sonhos! – disse entusiasmado Neville – Minha avó sempre interpreta os meus. – Harry embora não tivesse o mesmo gosto de Neville com sonhos escutou a história de Gina que envolvia sapos, espadas e escolas.
*p*– Bem, havia um homem trajando longas vestes roxas, ele parecia muito feliz por colocar seu sapo em um ninho de palha, - Gina deu com os ombros enquanto enchia a boca com uma porção de batatas – depois esse mesmo bruxo ofereceu um sapo em um outro ninho para um jovem que tinha na cabeça um belo arranjo de flores lilás.
*p*Neville estava fascinado com a história enquanto Hermione intrigada. Gina continuou. – Então de repente o garoto virou homem e usava uma armadura muito bonita. – Gina parecia viajar em pensamento conforme ia contando o sonho. – Haviam várias pessoas com o arranjo de flores na cabeça inclusive um senhor alto de longas barbas escuras. Mas o que realmente foi intrigante foi o jovem perguntar a um outro cavaleiro sobre uma escola Nórdica de Magia. Aí eu aparecia na conversa e respondi que Hogwarts era uma excelente escola.
*p*– Como terminou? – perguntou Neville empolgado.
*p*– Já contei. Depois que falei de Hogwarts acordei assustada.
*p*Neville fez cara de decepcionado. Hermione expunha uma feição de preocupada e pensativa. Rony que nem atenção tinha prestado disse inconsciente. – Legal! – Harry embora preocupado não expressou seus sentimentos, continuou a ler para sua pena escrivã.
*p*– Que foi? – perguntou Gina indignada com a reação de todos.
*p*– Nada Gina. Nada. – respondeu Hermione cética.
*p*– Poxa! Só contei por esse sonho me pareceu tão real! E me assustou!

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