Madamme Marchbanks



CAPÍTULO VINTE E QUATRO – Madame Marchbanks





Quando Harry leu a notícia no Profeta Vespertino de Hermione, ele não acreditou no que havia acontecido. Sabia da importância da vitória de Madame Marchbanks para a Ordem da Fênix, era imprescindível que o Ministério passasse para o lado da Ordem, visto que até o Fudge não era um aliado, mas um inimigo visto que muitas das ações de Comensais passaram desapercebidas.


Na hora do jantar daquele mesmo dia ele viu que Dumbledore sorria de felicidade, no entanto seu sorriso parecia ser um pouco inconsistente, Harry sabia que aquilo era o fardo de carregar uma organização inteira de bruxos poderosos que lutavam contra um outro feiticeiro, este mais poderoso do que os anteriores juntos. Dumbledore bebericava sua taça de prata, no entanto Harry sentiu que ele parecia muito mais preocupado do que satisfeito. Um novo ministro não era a solução para os problemas.


Harry sabia que a real solução dos problemas de todos no mundo mágico, praticamente se resumia em um único nome, Voldemort. Assim como Dumbledore, o sorriso de Harry ficou inconsistente, ele tinha em suas costas o maior de todos os fardos, derrotar e exterminar Voldemort, o Lorde das Trevas, Tom Riddle, muitos nomes para uma só praga, o egoísmo.


Os dias seguintes às eleições passaram tranqüilos e o assunto mais comentado eram as reportagens do Profeta Diário, que trouxe durante toda semana especiais sobre as ações da nova ministra. Madame Marchbanks estava comandando o ministério a mãos de ferro. Todos os funcionários, agora eram obrigados a ir trabalhar com vestes de manga curta, para que a marca negra fosse exposta, medida essa que fez com que mais de dez funcionários de diferentes escalões do ministério sumissem do mapa. Uma medida de precaução também foi aplicada, aqueles funcionários que tiveram uma passado obscuro foram convidados a se afastar por um tempo, entre eles ex-comensais. Uma comissão especial foi criada para enviar representantes do ministério às montanhas, para que desta forma os gigantes não passassem para o lado das trevas como haviam feito. Harry lamentou que tal comissão fosse feita em vão.


O jornal também trouxe notícias do antigo ministro Cornélio Fudge de seu assistente pessoal Percy Weasley, irmão de Rony, ambos havia desaparecido e não se encontravam em suas residências, Percy que morava sozinho em Londres nunca mais foi visto no beco em que morava e a enorme mansão de Fudge em Coventry também está abandonada, nem mesmo sua mulher se encontrava na residência.


A nova ministra também nomeou como Auror Chefe do Departamento de Defesa, o excêntrico Olho-Tonto Moody, antigo auror que tem uma certa desconfiança exagerada, além de reduzir as qualificações para Auror, visto que até então, tornar-se um era algo tão fácil como matar um dragão.


As aulas de Herbologia estavam ficando realmente difíceis, já havia estudado todas as plantas das estufas número um, dois, três e quatro. Apenas a cinco ainda não havia sido explorada. No entanto agora aprendiam a extrair o sumo de folhas, as técnicas de reprodução, e mistura de espécies.


– Sr. Weasley, creio que o sumo das folhas destes zimbros seja de coloração alaranjada e não azul. – corrigiu a pequena professora, que usava um chapéu torto e as unhas estavam sempre cheias de terra.


McGonnagal ficou muitíssimo contente que as eleições tivessem um saldo positivo e sua felicidade exacerbada foi refletida em suas aulas, que ficaram, um pouco, menos difícil, mas mesmo assim Harry teve muito trabalho para transfigurar sua perna em algo sólido e imóvel. Apenas Hermione havia conseguido fazer de sua perna um bloco sólido de concreto.


– Srta. Granger! Parabéns, esta é uma transfiguração de nível muito avançado! Parabéns! Quinze pontos para Grifinória! – comentou McGonnagal com a felicidade na voz.


Caminhando com pressa, Harry saiu da aula de McGonnagal e bateu de frente com Malfoy. O garoto de cabelos louro prateados encarou Harry com muita fúria, no entanto Malfoy sabia que depois de ter sido suspenso, qualquer motivo simples levaria a uma expulsão. Ele não ousou brincar com fogo. Harry sentiu satisfeito do sonserino ter passado reto, mas já tinha a mão dentro das vestes segurando a varinha.


– O que houve aqui? – perguntou Hermione – Você e Malfoy brigaram?


– Não, só nos esbarramos.


– Que pena. – afirmou Rony sarcástico.


– Eu me esqueci de contar a vocês, ontem enquanto vocês se divertiam visitando suas memória com Sibila, eu contei ao professor Ivan sobre aquelas runas e ela achou fantástica minha capacidade de percepção! – comentou a garota enquanto subiam até a torre da grifinória.


– Sabemos que você é inteligente, Mione, você não precisa nos contar. – Eles chegaram em frente ao retrato de Mulher gorda, disseram a senha, (Pedra Velha), e entram no salão comunal da grifinória. Era um aposento alto e redondo. Próximo ao buraco do retrato, havia uma escada circular que levava aos dormitórios masculino e feminino. A um canto uma enorme janela acompanhava o alto pé direito e próximo à alta janela estava a lareira que sempre crepitava e aquecia-os sentados em frente as poltrona vermelhas fofas e confortáveis. Atrás da lareira e das poltronas, havia dezenas de mesas altas com banquetas altas, utilizadas para a execução de tarefas, planos e brincadeiras.


Eles largaram as mochilas próximas às poltronas e se largaram sobre seus sofás preferidos. Harry sentou muito cansado e ficou admirando o fogo que ardia na lareira, ele dançava de forma simpática e atraente, Harry lembrou-se de quando um rosto com a barba não-feita e cabelos compridos aparecia no meio das chamas laranjas, sentiu um vazio enorme, sentiu-se sozinho e desprezado. Ele olhou para os dois amigos e viu o quanto eles se divertiam juntos. Embora estivesse ocorrendo algo entre ele e Gina, ele preferia não estabelecer nada fixo, já que sendo sua mais querida, ela poderia se tornar vítima dos comensais loucos para lhe matar. Era algo péssimo de se imaginar, no entanto ele lutava a cada dia contra suas próprias vontades e instintos. Sempre que via Gina tinha vontade de abraçá-la e mimá-la, no entanto observava ao seu redor e todos o observavam. Fosse, Dumbledore, Snape, McGonnagal ou Draco. Hermione ou Rony, ele se sentia estranho como se aquilo fosse mais difícil que qualquer outra coisa no mundo, até mesmo derrotar Voldemort.


– Hei! Harry! – disse Hermione rindo – Rony está me contando que você chegou um pouco atrasado do treino de quadribol!


– É eu tive que procurar o pomo – disse Harry com os olhos desviados para a janela. – ele saiu da caixa de bolas. Deu realmente muito trabalho.


– Sei. – afirmou Mione sarcástica. – Mas o que eu queria dizer é sobre aquelas runas?


– Eu já sei Mione, você conseguiu decifrar tudo, no entanto não sei o que isso nos interessa! – disse Rony com a fala muito polida lembrando de longe Gilderoy Lockhart.


– Não Rony, – interrompeu Harry. – Eu quero escutar.


Rony ergueu as sobrancelhas, Hermione sorriu.


– Bem, o professor Ivan ele releu todas as runas e confirmou tudo o que eu tinha lhes dito. Tudo que está ali escrito faz sentido e é verdade. – disse animada – Ele ainda afirmou que talvez, ninguém ainda tenha decifrado essa pedra desta forma, só o que havia conseguido encontrar era o nome de várias espécies de cobra.


– O que faz muito sentido quando se fala do Fundador da Sonserina. – disse Gina, que havia acabado de chegar, ela deixou sua mochila sobre as demais e sentou-se no mesmo sofá que Harry, ficando assim Harry e Gina de frente para Rony e Hermione. – Afinal, ele era o língua de cobra!


– Assim como Voldemort é. – afirmou sério – E eu também.


– Sabemos disso – disse Gina – Mas sabemos que você saber falar com cobras é apenas uma conseqüência do feitiço mal feito de Voldemort.


– É mesmo. – Mas então, Rathan Salzriels e Salazar Slytherin são anagramas um do outro! Agora eu não entendo o que é esse poder.


– Eu sei.


– Como assim você sabe, Harry? – perguntou Gina.


– No dia em que perdemos o pomo, – Harry olhou para Gina que pareceu não entender o porque de esconder algo que não era errado – aquela medalha que Dumbledore me deu estava brilhando muito e quando disse meu nome para mesmo eu fui transportado para a Sala de Reuniões da Ordem. Lá o Dumbledore deu algumas instruções sobre como proceder nas eleições e então quando eu estava voltando ele pediu que eu esperasse.


– Vamos! – disse Rony – Conta logo!


– Ele me explicou que a maior força de Voldemort, é a morte, ele embora não tenha morrido conheceu muitas coisas enquanto era um espírito vagante, e que eu de certa forma tinha um poder tão grandioso como o dele, mas que teria de descobri sozinho.


– Isso faz muito sentido! – disse Hermione – As runas nos falam da amistad ond ali era celta e No seio da Bretanha fundou. As runas estão falando de Salazar e Godrico!


– Gryffindor? – questionou Harry.


– É Harry! Eles foram muito amigos antes de se separarem, juntos edificaram Hogwarts! Vocês nunca leram Hogwarts: uma História? Mesmo eu lhes dando o livro, vocês nunca lêem?


– Temos você. – afirmou Rony.


– Engraçado. – disse Hermione séria. Hermione respirou fundo. – Essa informação que você me deu, se encaixa nesse grande quebra-cabeça!


– O que a morte tem a ver com o Reino Celta, Hogwarts, Harry e Voldemort? – perguntou Gina confusa para a amiga.


– Gina se tudo for verdade, e Salazar realmente for Rathan, este era um príncipe celta, e os celtas acreditavam no poder da vida nascer da morte. E talvez o poder que as runas não nos contam esteja exatamente na relação entre os Celtas e as origens de Salazar Slytherin.


– Mas e o poder do Harry? – perguntou Rony.


– Bem, se Voldemort conhece as faces da morte, Harry conhece as faces da vida?


– Não é tão simples assim. – disse Harry – Dumbledore disse que o poder que se encerra em mim é algo que não pode ser medido em palavras. – Hermione fica estática olhando para o fogo da lareira, Gina encosta-se à poltrona e vira a cabeça para cima e fica olhando teto. Harry olha para o amigo Rony e ambos dão com os ombros.


Harry também se recosta e fica imaginando quão seria difícil derrotar Voldemort, além de ser obrigado a utilizar uma maldição tão forte que mataria seu oponente Harry teria, antes disso reconhecer dentro de si seu poder maior, algo pior que a morte e que as palavras não explicavam. Algo tão forte que só a imaginação de Harry fez com que todos os pelos de sua nuca se arrepiassem.

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