Mansào dos Potter



N/A: Oi, eu não morri, nem fui seqüestrada, muito menos desisti da fic... rs. Mas a razão da demora, somente uma... estou sem internet. É, o modem ficou com problema e até agora não se resolveu nada... Eu ia entrar na lan semana passada, mas minha mãe fez o favor de não me dar dinheiro... fazer o quê? Mas essa semana ela finalmente deixou... Bem, não vai dar para eu responder os comentários dessa vez, mas prometo que quando a net voltar em casa eu vou responder todos... Então, vamos ao cap e peço desculpas pela demora.


Cap. 33 – A Mansão Potter


Lílian olhou para relógio com um suspiro. Duas horas da manhã e Thiago ainda não havia obtido uma única melhora... Ela o encobriu melhor e tornou a passar o pano na testa dele.
-Será que você vai ficar mesmo bem?

A ruiva lançou um olhar preocupado para o rosto um pouco pálido do maroto e soltou um longo suspiro. Thiago balbuciava coisas sem sentido, no que a ruiva constantemente o acalmava numa voz doce.

O maroto começou a mover a cabeça rapidamente para o lado e para o outro e as pálpebras tremiam levemente... Lílian lançou um olhar assustado para Thiago e começou a sacudi-lo levemente.

-Potter?

O maroto começou a balbuciar de um modo esquisito, como se chamasse por alguém, e começava a mover as pernas e os braços lentamente, como se quisesse sair do lugar, se mover, mas sem contudo conseguir. Lílian começou a ficar preocupada, imaginando qual seria a sua reação se o maroto morresse por causa disso.

-Thiago... isso é só um sonho... um pesadelo... respire fundo e abra os olhos, você só precisa abrir os olhos. – falou ela docemente ao pé do ouvido dele.

Segundos depois Thiago se senta na cama bruscamente,e enquanto arregalava os olhos assustado. Ele puxa uma boa quantidade de ar para os pulmões e depois fecha os olhos lentamente. Lílian percebeu que as pálpebras dele ainda tremiam e um suor frio descia em sua face.

Ela rapidamente passa o pano pelo rosto dele num gesto dócil, no que Thiago pula de susto e a encara.

-Lily? – a ruiva percebe que os olhos dele ainda estavam febris.

Ela apenas assente com um sorriso.

-Mas...

-É melhor você se deitar... e dormir um pouco.

Thiago ficou um pouco mais pálido e a encarou num olhar assustado.

-E-eu... não quero mais dormir. – disse ele com a voz rouca.

-Mas você precisa... – ela falou rapidamente. – É necessário que você reponha as forças.
Os olhos de Thiago tornou a exibir um medo profundo, no que Lílian sentiu seu corpo inteiro se arrepiar.

-Thiago...

-Não, Lily... pelo Amor de Merlim. – ele suplicou. – Eu não quero.

-Aquilo só foi um pesadelo, nada mais.

Thiago soltou um longo suspiro, no que Lílian viu que ele havia se arrepiado... ela não soube dizer se foi da febre ou outra coisa. O maroto sabia perfeitamente que a morte de Lily NÃO era um pesadelo. Ele fechou os olhos e sente alguém sentar do seu lado e colocar a mão no seu ombro.

-Qualquer coisa que acontecer... eu vou estar aqui ao seu lado. – disse ela baixinho.
Ela recostou-se na cabeceira da cama rapidamente.

-Vem, deita aqui. – ela falou no mesmo tom, no que Thiago obedeceu e ela o aconchegou em seus braços.

Ela começou a acariciar os cabelos dele, no que o maroto fechou os olhos lentamente.
-Vai ficar tudo bem... – ela disse num sussurro, no que Thiago rapidamente dormiu.


~~~~~~


Já passava das nove da manhã quando Thiago acordou, abriu os olhos lentamente, sentiu aquele calor que emanava daquele corpo junto ao seu. Num gesto cauteloso, ele tirou a mão da ruiva de cima do seu ombro e a colocou no colo da ruiva enquanto se sentava na cama.
Ele sorriu fracamente e colocou a garota numa posição mais confortável.

-Obrigado... – ele passou a mão de leve pelos cabelos dela e se levantou da cama cuidadosamente, para não acorda-la.

Lílian soltou um longo suspiro e abraçou um travesseiro. Thiago pôs os óculos e andando silenciosamente, se dirigiu para a varanda.

Com um longo suspiro ele passou a olhar o movimento da rua, debruçado nas grades da varanda. Ele sentia uma brisa leve sobre o rosto e fechou os olhos lentamente... sentindo uma calma reconfortante, ainda sentia o corpo um pouco dolorido e a cabeça pesada, mas certamente já estava melhor do que antes.

Buscou na mente todos os acontecimentos recentes... e por mais que forçasse a memória, a única coisa que se lembrava era Voldemort lançando o feitiço nele... e a dor cortante da Cruciatus. Fora isso, nada. Mas ele sabia, pela melancolia que sentia, que havia sonhado com alguma coisa novamente, mas não conseguia lembrar de nada...

-THIAGO! – ele olha para trás com um sorriso divertido no rosto.

Lílian estava em pé com os braços cruzados e o rosto totalmente corado de raiva.

-Agora eu sou Thiago?

Ela revirou os olhos e ele se recostou nas grades, ficando de frente para ela.

-Potter, o que você acha que teve ontem à noite para se dar ao luxo de tomar essa friagem?

Thiago ergueu uma sobrancelha. O tempo nem estava tão frio assim, afinal, estavam no verão.

-Mas...

A ruiva rapidamente revirou os olhos e o puxou pelo braço, fechando a porta da varanda logo depois.

-Lily...não precisa me tratar como se eu fosse uma criança de dois anos... Eu já me sinto bem melhor! Seria até capaz de jogar uma partida de Quadribol contra a Corvinal nesse exato momento, numa baita tempestade e ainda venceria!

-E provavelmente tornar a ter uma baita febre alta, como teve ontem à noite.

-Lily, febre de feitiço não é igual a febre de doença.

-Mas mesmo assim é arriscado. – ela tornou a puxa-lo e o empurrou para que se sentasse na cama.

-Não me diga que você vai dar uma de Sra Potter e me prender na cama, vai? – disse ele numa careta, no que a ruiva riu.

-Acho que vou te dar uma poção enraizante... logo assim me certifico que você não sairá daí nem tão cedo. – ela falou num tom risonho, desabando na cama, ao lado dele. – Posso saber o que você sonhou para ficar daquela maneira? – disse ela séria.

Os olhos de Thiago rapidamente perderam o brilho quando a ruiva o encarou.

-Eu... não me lembro.... mas sei que não foi algo bom. – ele rapidamente abriu um fraco sorriso e acariciou a mão dela amavelmente. – Obrigado por cuidar de mim, Lil.

-Era o mínimo que eu poderia fazer... – disse ela corada, no que ele alargou o sorriso. – Afinal, a culpa foi inteiramente m...

-Não, não foi.

-Mas...

Ele olhou sério para a garota.

-Lily... – ele rapidamente segurou a mão dela.

-Mas...

-Não vamos falar sobre isso, ok? - disse ele seriamente, no que ela assentiu.

O silêncio reinou entre eles. Thiago fitava o céu através da porta da varanda num ar distraído e a ruiva fazia o mesmo, só que, ao invés de ser o céu, era a porta do guarda-roupa. Lílian sentiu Tiago acariciar a mão dela que estava entrelaçada a dele com o polegar.

-O que foi que aconteceu...depois que eu desmaiei? – Lily rapidamente se virou para encara-lo. – Não me lembro de quase nada...

Lílian soltou um longo suspiro e Thiago soltou a mão dela. A ruiva se consertou e passou a contar tudo o que acontecera, desde a hora em que ele desmaiou até o que Dumbledore disse.

-Coitada da Alice, dever ser muito duro para ela ver o pai nesse estado.

-Como você soube de Voldemort? – ela tremeu um pouco.

-Bem, meu pai é auror... E o Sirius me contou que na casa dele os parentes estavam tendo uma conversa de um tal bruxo louco que quer acabar com os trouxas... e... e... ah... sangue-ruins. – ele abaixou o tom de voz na última palavra.

O silêncio tornou a reinar entre eles e Lílian ao olhar para o maroto percebeu que ele sorria.

-Potter...?

-Em parte eu agradeço a Voldemort por ter me lançado aquela maldição.

-Ficou maluco? Você quase morreu!

-Sim –disse ele alisando o rosto da garota - mas graças a ele nos tornamos mais próximos... – seus lábios estavam quase se tocando quando...

-Irmãzinha, mamãe esta perguntando se ele está melhor... – disse Petúnia abrindo a porta bruscamente.

Rapidamente os dois se separaram.

-Está Petúnia. – falou a ruiva revirando os olhos.

-Então ela disse pra descerem, isto é, se ele esta em condições de descer.

-Eu tenho nome sabia? – falou irritado.

-Não me dou o trabalho de saber o nome de aberrações como você.

Para pirraçar a irmã dela mais ainda passou a mão pelos cabelos assanhando-os e novamente ela fez aquela cara de quem estava tendo indigestão.

-Ante ser aberração do que ter essa cara de cavalo, esse pescoço de girafa, e um namorado que mais parece um elefante( e deve comer como um porco) e precisa ser empurrado para poder passar pela porta da frente.

Lílian prendeu o riso e olhou para Thiago de soslaio. Ele exibia o típico sorriso maroto no rosto.

-Ora seu... – disse Petúnia e logo depois deu meia-volta , saindo do quarto irritada.

-Bom dia para você também. – gritou ele em resposta e Lílian riu. – Muito simpática ela, não? – ele se voltou para a ruiva com um sorriso.

-Sinto muito por seu encontro com sua amada ter sido tão frustrante.

Eles se entreolharam e começaram a rir sem parar.

-Acho melhor descermos... – disse a ruiva se levantando, no que o maroto a seguiu.

Eles novamente se calaram, como se perdessem a fala por aqueles minutos. Lílian apesar de ter saído primeiro, seguia atrás do maroto.

Distraído, Thiago desce o último degrau da escada, e por pouco não caíra para trás quando uma mulher alta, de cabelos negros e olhos castanhos-esverdeados o abraçou fortemente.

-Filho, como é que você está? Ele te machucou? Aconteceu alguma coisa?

-Eu estou bem mãe...

-Seu pai ficou uma fera, como você some assim? Quer nos matar do coração? Se você morresse?

-Estou bem. – disse ele baixinho.

-Não queria nem pensar no que iria ser de minha vida sem você...

-Mãe! – disse ele risonho, no que ela rapidamente o encarou. – Se fosse algo mais grave Prof. Dumbledore teria tomado as providências necessárias, sem falar que nem o St Mungus teria um tratamento melhor do que eu tive aqui.

Lílian corou levemente do meio da escada.

-Ah, essa aqui é a Lílian Evans, minha enfermeira particular e amiga de Hogwarts. Lílian essa aqui é Sarah Potter, minha mãe.

A ruiva desceu lentamente e se postou de frente à mãe de Thiago.

-Muito prazer Sra Potter. – ela estendeu a mão.

-Ah, querida, o prazer é todo meu... – ela rapidamente não só apertou a mão, como abraçou a ruiva, que corou furiosamente. – Obrigada por cuidar do Thiago. – disse ela quando se separaram.

-Não foi nada, Sra Potter.

-Me chame apenas de Sarah. – disse ela sorrindo, e depois olhou para Thiago meio que desconfiada.


~~~~~


Assim como a mãe de Thiago, a mãe da Lily abraçou a filha e depois o maroto, perguntando se os dois estavam melhor.

Thigo e Lílian se sentaram na mesa um de frente para o outro e começaram a se servir. A Sra Evans e a Sra Potter começaram a conversar como se já fossem velhas amigas... e o assunto principal... filhos.

A Sra Potter começou a falar do quanto Thiago era bagunceiro e muitas vezes teimoso e desobediente... e que o lado maroto dele era um problema... entre outras coisas. O maroto achou a torrada que comia MUITO interessante, enquanto seu rosto corava furiosamente. A Sra Evans por sua vez começou a falar que Lílian, apesar de ser bem arrumada , era muito geniosa e irritada e que, já tivera muitas reclamações sobre ela quando era mais nova e estudava na escola trouxa.

A ruiva engasgou com o suco e encarou Thiago...

-Mães... todas iguais. – disse ele baixinho, no que ambos prenderam o riso.

Lílian terminou de tomar café e saiu da cozinha. Soltando um longo suspiro ela desaba na poltrona, fechando os olhos lentamente.

A cena de Thiago sendo atingido pela Cruciatus volta a sua mente rapidamente e ela pula de susto quando sente alguém por a mão em seu ombro.

-Ah, Potter... é você. – disse ela ofegante, pondo as mãos no peito.

-Atrapalho?

-Hum... não. – disse ela olhando para o chão.

-Quando eu sai, minha mãe estava perguntando para a sua se deixaria você passar uns dias lá em casa... – ela rapidamente o encarou e percebeu que ele sorria fracamente. – Você iria?

A ruiva assentiu lentamente.

-Verdade? – ele se ajoelha ao lado dela, mal contendo sua felicidade.

-Sim... – ela sorri fracamente e solta um longo suspiro. – Acho melhor vermos o que nossas mães estão fazendo, não?

Thiago assentiu e eles voltaram para a cozinha.

-Não sei se Petúnia vai gostar dessa idéia... Sabe, ela é minha filha mais velha, e ela não gosta muito de magia... posso permirtir que ela durma uns dias na casa do noivo... mas quanto à... – a Sra Evans olha rapidamente para a filha e abre um sorriso.

-O que a Petúnia não vai gostar, mãe?

-Eu estava falando Lílian, que poderíamos fazer alguns feitiços simples de proteção na sua casa... nada demais. – respondeu a Sra Potter.

-Por que isso? – disse ela rapidamente.

-Você não acha mais seguro?

A ruiva suspirou.

-Tem razão.

-Bem... – disse a Sra Potter se levantando rapidamente. – Acho melhor irmos não, Thiago? – ela encarou o filho com um sorriso, no que ele assentiu. – E como eu estava conversando co sua mãe... eu ficaria muito honrada se você passasse uns dias lá em casa... – disse ela se virando para Lílian. – mas, se você não gostar da proposta... eu vou entender.

A ruiva sorriu.

-Eu aceito o convite, Sra... Sarah. Muito obrigada.

Lílian rapidamente subiu para o quarto, no que Thiago, meio que receoso a seguiu. Ele abriu a porta do quarto lentamente e encontrou a ruiva pegando algumas roupas no guarda-roupa.

-Lílian?

A ruiva rapidamente deixou as roupas caírem da sua mão e se virou para o maroto.

-Merlim, mais uma dessas hoje e eu acabo morrendo de susto.

-Desculpe.

Ele rapidamente se recostou no vão da porta e olhou para o chão.

-Hum, gostaria de saber se... você está indo obrigada por puro remorso.

Lílian o encarou numa expressão confusa

-Como?

Thiago ainda olhava para baixo.

-Digo... se está com remorso por causa do que aconteceu comigo.

-Potter, eu...

Ele soltou um longo suspiro e a encarou firmemente.

-Não precisa se sentir obrigada a ir para minha casa só porque eu quase morri.

-Mas...

-Se você... – ele a interrompeu novamente.

-Posso falar? – disse ela irritada, o interrompendo também.

Thiago deu de ombros e pôs as mãos no bolso.

-Eu não estou indo por me sentir obrigada... eu quero ir. – disse ela com um suspiro. – Entendeu?

-Hum, certo.

O silêncio reinou novamente entre eles... Thiago ainda estava recostado no vão da porta e Lílian estava atenta, arrumando suas malas distraída.

A ruiva pôs a mala no chão ofegante. O maroto rapidamente a seguiu para ajuda-la, mas a garota o impediu.

-Você não pode.

-Ah, não. Não venha me tratar como se eu estivesse cinco anos... Eu estou bem.

Lílian revirous os olhos diante da teimosia do maroto e, depois de minutos de discussão, a ruiva desistiu de contestar e deixou o maroto carregar a mala.

-O que você pôs aqui? Chumbo? – disse ele carregando a mala. – Ou está levando o guarda-roupa inteiro aqui dentro?

A ruiva corou, mas sorriu fracamente.

-Bem, você disse que podia fazer tudo sozinho... – disse ela quando estavam no corredor.
-E consigo mas... está um pouco pesada. – ele disse ofegante.

...

Eles viajaram via flu ( a Casa dos Evans foi conectada temporariamente) e a ruiva se sentiu levemente enjoada, pois foi a primeira vez que usara esse meio de transporte. Somente Thiago e Lílian seguiram para a mansão dos Potter, pois Sarah seguiu direto para o Ministério da Magia.

Thiago ajudou Lílian a se levantar e, com um sorriso divertido no rosto, percebeu que a ruiva estava um pouco pálida.

-Merlim, não sei como vocês conseguem pegar isso!

-Com o tempo você acostuma. – disse ele quando ela estava ao seu lado.

-Ah, que lindo!!!

Os dois rapidamente olham para a direção da voz e avistam um Sirius recostado numa das paredes com um sorriso maroto no rosto.

-E Thiago Potter consegue trazer Lílian Evans para a casa dele a força... posso saber como conseguira esse feito? – completou ele de desencostando da parede e indo ao encontro dos amigos.

Thiago e Lílian se entreolharam, cientes de que o maroto não sabia de nada devido a pergunta que fizera.

-Segredo, caro Sirius... – disse ele num sorriso maroto e olhou para Lílian de soslaio. – Depois eu te cont... – ele moveu os lábios rapidamente.

-Ah... Thiii!!!!

Thiago sorri quando sente um peso extra na suas costas e a careta que Sirius exibiu automaticamente devido à ação da garota.

-Ah, estava morrendo de saudades! – ele abriu um sorriso maroto quando ela o abraçou fortemente.

-Vocês se viram ONTEM! – disse Sirius com um visível ciúme, no que Lílian encarava o mesmo numa feição divertida.

-Ah, mas mesmo assim senti saudades do meu gatinho...

-E quanto ao cachorrinho aqui, hein? – ele cruzou os braços irritado. – Olha que eu abraço a Lily, seu cervo de uma figa!

A ruiva apenas riu quando viu que Sirius ficava levemente corado.

-Ah, Lily! – disse Lisa rapidamente, abraçando a amiga fortemente. – Que bom que você veio!!!

-E você se mostrou uma grande traidora, não foi Sta Delacourt? – disse ela erguendo uma sobrancelha quando se separaram.

-Ah, não Lily... só por causa desse abraço? Eu não prometi devolver ele inteiro? Que eu saiba não falta um único pedaço. – a ruiva revirou os olhos, no que Thiago sorriu pelo canto dos lábios e os outros riram.

-Sta Delacourt, eu estava falando de uma certa carta...

-Ah... eu não fiz por querer... a ideia foi toda do Thiago! Ele ME obrigou.

-Ah ta, tenho certeza de que essa frase é inteiramente verdadeira!

A ruiva revirou os olhos, no que os outros dois riram.

-Hey, cadê o Aluado? – disse Thiago levantando uma sobrancelha.

-Ah... – Sirius sorriu maliciosamente. – Bem, podemos dizer que ele esta matando as saudades da Aninha.

-Mente poluída a sua, não Sr Sirius Black? – disse Remo fingindo irritação.

-Ah, Remo... você estava aí? – disse ele rapidamente, no que o outro revirou os olhos e os outros riram.

-Ah, Lily... – foi a vez de Ana abraçar a amiga e logo depois Remo.

Sirius ergueu uma sobrancelha e por fim, num gesto muito discreto, ele separa Aluado de Lílian e a abraça.

-Eu não ia perder para os outros, não é? – ele se justificou quando se separou dela, no que todos riram.- Se você precisar de qualquer coisa é só falar... A casa não é minha, mas é como se fosse...

Thiago revirou os olhos no que a ruiva prendeu o riso.

-Ele adora tomar posse do que é dos outros, não? – disse Lisa arrancando riso de todos.

-Ah, não se preocupe... já estou acostumado. – Thiago enlaçou Lisa pelo pescoço. – Eu bem que posso tomar posse dos dele de vez em quando, não... – ele piscou o olho para a garota, que sorriu pelo canto dos lábios. – afinal, somos grandes amigos.

-Tem razão... – ela sorriu no que Remo, Ana e Lílian prenderam o riso quando Sirius cruzou os braços e ficou vermelho.

-Já chega, não?

Thiago para pirraçar a abraçou mais ainda.

-Dá pra parar com esse agarramento? – falou irritado.

-Com ciúmes Sirius? – disse Lisa passando a mão pelo peito de Thiago.

Sirius corou levemente, e os outros se acabaram de rir.

-Thiago Potter!

Lisa rapidamente se separou de Thiago e todos olharam ao mesmo tempo para o corredor ao lado deles.

-Ai, estou ferrado! – Thiago exibiu uma fraca careta ao ver um homem com os cabelos castanhos-escuros, rebeldes ( igual o de Thiago.Diferente do filho,o pai fazia de tudo para penteá-los,mas não conseguia, por fim sentia-se derrotado e desistia),olhos verdes, por trás de um óculos de formato meio redondo.

O Sr Potter rapidamente correu o olhar por todos no meio da sala e parou em Lílian, que corou fortemente.

-Ah, olá! – ele rapidamente se aproximou, ainda observando a ruiva. – Você eu não conheço...Deve ser a Lílian Evans, eu sou Alan Potter, pai desse marmanjo aqui... – disse olhando para Thiago, com um olhar de “Agora passou dos limites” e voltou a sorrir para Lily. – Muito prazer. – abraçou a garota. – Obrigada por ter cuidado de meu filho...Sinta-se em casa.

-Muito obrigado Sr...

-Alan, por favor. – ele passou a mão pelos cabelos num sorriso... Lílian ergueu a sobrancelha e olhou para Thiago de soslaio.

-Muito Obrigada...Alan, o prazer é todo meu.

-Agora...me siga rapazinho, teremos um boa conversa. – dizendo isso tornou a mão pelos cabelos.

Lílian percebeu que essa mania de Thiago era de família... apesar de ter os cabelos e olhos da mãe, Thiago tinha as feições e manias do pai.

Thiago seguiu o pai exibindo uma feição de quem havia sido condenado a cem anos de prisão. Sirius sorriu marotamente e desabou em um dos sofás negros e confortáveis que ocupavam a área de aquecimento da lareira. Rapidamente os outros os seguiram, de um jeito mais cuidadoso.

-Preparem os ouvidos... porque aí vem bronca.

...

A porta se fechou e Thiago engoliu em seco ao ver a feição irritada do pai. Ele se sentou lentamente numa das poltronas e Alan cruzou os braços e ficou de frente para ele.

-Er...

-Muito bonito hein, Sr Thiago Potter!

-Pai, foi que...

-Rodamos a casa INTEIRA, os arredores do povoado e nada...

-Bem... mas aí.

-Sai SEM AVISAR... NOS DEIXA NA MAIOR PREOCUPAÇÃO! – Lílian pula de susto ao ouvir o tom irritado da voz de sr Potter... ela, achou, logo pela feição do homem, que ele era uma pessoa extremamente calma.

-Pai...

-NADA DE PAI...MALDITA HORA QUE EU TE DEI AQUELA CAPA DE INVISIBILIDADE! VOCÊ JÁ PENSOU SE FOSSE VISTO? OS PROBLEMAS QUE IRIA CAUSAR À COMUNIDADE BRUXA?

-Mas eu não fui visto.

-SORTE QUE NÃO, POIS SERIA MUITO PIOR MOCINHO.

-Eu já me arrependi...

-NÃO SE TRATA DE ARREPENDIMENTO, VOCÊS PODIAM SER EXPULSOS DE HOGWARTS POR DESOBEDECER A LEI DO USO DE MAGIA POR MENORES... MAS CONSEGUIMOS CONVENCER O MINISTRO A NÃO FAZER COM QUE COMPARECESSEM A UMA AUDIÊNCIA, E TAMBÉM MEU FILHO, VOCÊ SABE QUE ESTAMOS A BEIRA DE UMA GUERRA E SAI SOZINHO ASSIM, SEM AO MESMO TER PEDIDO PERMISSÃO A MIM OU A SARAH? VIU NO QUE DEU SUA ATITUDE IMATURA?QUASE MORRERAM OS DOIS, VOCÊ E AQUELA GAROTA!

Todos se entreolharam e depois olharam para a Lílian. A ruiva estava com os olhos marejados.

-PAI, EU NÃO IRIA IMAGINAR QUE VOLDEMORT ESTARIA NUM LUGAR PÚBLICO DE UMA COMUNIDADE TROUXA, TORTURANDO UMA PESSOA, QUE DROGA! NÓS QUASE MORREMOS, ENFRENTAMOS ESSE CARA E MAIS DOIS BRUXOS SOZINHOS, E AINDA NEM TEMOS DESSESSEIS ANOS. – Thiago falou com a voz trêmula e depois soltou um longo suspiro.– Você podia pelo menos agradecer pelo fato de seu filho estar vivo. E como auror você devia saber o que estamos sentindo no momento! – completou mais calmo.

-Eu sei filho – disse ele abraçando-o – Por isso mesmo que eu estou assim. Por um momento achei que o tivesse perdido. – ele olhou para o pai e percebeu que estava chorando.

-E você pensou que iria ficar livre das minhas travessuras assim tão cedo? Terá que agüentar as cartas de Hogwarts por mais dois anos. – falou rindo.

...

O silêncio reinou na sala quando nenhum grito foi ouvido e, passado minutos assim, Sirius foi o primeiro a se manifestar.

-Eu... eu ouvi o que eu pensei ter ouvido? Vocês dois...

A ruiva assentiu com um soluço.

-E foi tudo culpa minha... ele quase morreu e foi tudo minha culpa.

-Lily... – as amigas rapidamente a abraçaram no que Siriu e Remo se entreolharam.

-Não sabia que ele já estava começando a agir... dessa maneira. – falou o maroto sério.

-Seria minha culpa, inteiramente minha...

A porta do escritório bate rapidamente e Thiago solta um longo suspiro. Rapidamente Sirius e Remo olham para ele e Thiago exibi uma feição surpresa.

-Thiago, a Lily...

A ruiva rapidamente se levanta e num gesto rápido abraça o maroto. Todos os outros se entreolham incrédulos enquanto Thiago a abraça fortemente.

-Lily...

-Me desculpa... a culpa foi toda minha.

-Calma, o que foi que houve?

-Er, nós vamos pra cozinha procurar alguma coisa para comer. – disse Remo segurando a mão de Ana. – Vocês vêm com a gente...?

-Boa idéia...estou morrendo de fome, você não vem Lisa? – Sirius se levantou também e olhou para a garota.

-Ah, claro.

Eles saíram deixando os dois a sós.

-Foi minha culpa, eu sei...

-Não, não foi sua culpa.

-Foi sim, se eu tivesse aceitado o convite de passar os dias na sua casa, você não iria para minha casa e conseqüentemente não encontraríamos ele... – disse entre soluços.

-Já disse, eu fui por livre e espontânea vontade. – falou abraçando-a mais forte e acariciando seus cabelos, não agüentava vê-la assim. –Não se culpe.

-Se você não tivesse tomado a minha frente...

-Ele me atacaria do mesmo jeito, eu estuporei um dos capachos dele.

-E se você tivesse morrido?

-Lily, você por acaso me obrigou a fazer essas coisas?

-Não, mas...

-Por Merlim, Lily, não precisa ficar se culpando.

-Mas se você morresse...

Ele levantou o queixo dela e a olhou nos olhos.

-Eu não morri, estou aqui na sua frente, ou não estou?

Ela assentiu sorrindo fracamente.

-Isso mesmo, eu gosto de vê-la sorrindo, sabia que você fica linda quando ri?

Lílian sentiu o rosto corar furiosamente quando encarou os olhos castanho-esverdeados do maroto e percebeu que eles brilhavam fortemente.

-Não fique assim, se fosse preciso eu faria tudo novamente só pra vê-la sorrir...

O maroto passou a mão pelo rosto dela de leve e acariciou os lábios da ruiva com a ponta dos dedos... Lílian sentiu o corpo se arrepiar e fechou os olhos lentamente, enquanto Thiago se aproximava dela, enlaçando-a pela cintura com a outra mão, até que...

-Thiaguito! –um vulto de cabelos castanhos o agarrou por trás.

Lílian tomou um susto e abriu os olhos. Já Thiago revirou os dele afinal, era a segunda vez, segunda vez que alguém o impedira de beijar a Lílian, e no mesmo dia!

-Quem é essa? – falou Lílian surpresa.
-Minha adorada prima Morgause. – sussurrou para a garota.

-A quanto tempo Thiaguito.

-Morgause quantas vezes já te falei para não me chamar de Thiaguito, eu odeio esse apelido.

-Quem é a sua amiga? – disse ainda empoleirada nos ombros do maroto.

-Essa aqui é Lílian Evans.

-Prazer, Morgause Potter.

-Se não for muito incômodo querida prima, será que dar pra sair de minhas costas? Até onde eu saiba, não sou animal de carga...

-Desculpa...foi a emoção, pois faz um ano que eu não te vejo.

“Graças a Deus” pensou ele. Ele nunca gostou muito da prima, ainda mais quando ela cismou que queria namora-lo...todas as férias era sempre a mesma coisa, ela saia da Irlanda e vinha passar o ‘resto’ das férias (digamos que quase toda) na casa dos tios, e desde quando chegava não largava do pé do garoto, era um saco... Era por essas e outras razões que ele adorava ter a capa de invisibilidade.

-Sabe, eu acho uma pena eu não poder estudar em Hogwarts...

“ Se ela um dia estudar lá eu irei me internar no St Mungus, ou me afogar no lago, ou me jogar da torre de Astronomia”. Pensou Thiago.

-...Mas infelizmente não aceitam transferências...

“Graças a Merlim.”

-Lily, vamos comer alguma coisa, eu estou com fome.

-Eu tam...

-Que ótima idéia, porque não vamos todos? –disse agarrando o braço do garoto e o puxando para a cozinha. Thiago olhou para Lílian numa feição entediada e a ruiva prendeu o riso.


~~~~~~


Quando Thiago chegou na cozinha para comer alguma coisa, todos seguraram o riso ao verem a cara do maroto.

Todos comeram em silêncio... a não ser Morgause que ‘falava’ o tempo todo com Thiago, que só respondia com monossílabos como “Sim”, “Hum”, “Não”, “Talvez”, “É”...

Até que ele se levantou.

-Vai pra onde Thiaguito?

-Será que uma pessoa não pode ir ao banheiro sozinha?

-Claro, mas não demora... eu ainda não te contei o que aconteceu quando eu enfeiticei a tartaruga com o encantamento errado e...

“Como se eu quisesse saber” pensou irritado.

Era incrível como a garota calava a boca quando Thiago não estava por perto, o ambiente ficava tão calmo e tranqüilo. Eles foram para os jardins, todos menos a adorada prima de Thiago, que disse que iria procura-lo, pois estava demorando muito...

Sirius e Remo riram.

-Ela é sempre assim?

-Desde quando cismou que queria namorar o Pontas... Ou seja, desde os oito anos.

-O Thiago, você quer dizer... – falou Lisa levantando a sobrancelha no que Sirius e Remo se entreolharam. – Posso saber...

-Ele odeia essa garota. – Remo rapidamente desconversou. – E ela não se toca disso.

-Ou sabe e finge que não vê... –concluiu Lílian. – Se ele odeia tanto essa garota, por que não fala de uma vez? – ela franziu o cenho.

-Vejamos... – disse Sirius risonho. – Você diz que odeia o Thiago com todas as forças do Universo e mais algumas... E ele desistiu de você por um acaso?

-É... eu acho que é de família... – ela revirou os olhos, no que os outros riram.

Eles ficaram conversando por algumas horas, sendo que Lílian era a mais deslocada das conversas... A ruiva constantemente abraçava os joelhos e suspirava. Ana e Lisa constantemente se entreolhavam, mas nada diziam. A cena se repetiu várias e várias vezes até que a ruiva finalmente resolveu se manifestar.

-Gente eu acho que eu já vou subir, eu estou com sono... – disse Lílian – Provavelmente o Potter ainda deve estar fugindo da amada dele.

Todos riram.


~~~~~~


Lílian estava a caminho do seu quarto, quer dizer, a procura dele quando sente alguém puxa-la pelo braço.

-Quero que você me diga uma coisa...O que há entre você e o Thiago?

-Nada. Porque? Se tivesse teria algum problema?

-Estou lhe avisando garota, fique longe do Thiago, ele é meu esta me ouvindo?

-Ai, eu estou morrendo de medo... se enxerga vai garota, se eu tivesse alguma coisa com o Potter você acha que uma nanica( apesar de terem a mesma idade, Lílian é um pouco mais alta) mimada como você iria me impedir?

-Acho sim, Leila...

-É Evans para você.

-Evans, você não sabe com quem esta se metendo.

-Larga de infantilidade garota, não esta vendo que o Thiago...

-Potter pra você Evans.

-O THIAGO não gosta de você? Ele vive fugindo de você como um basilisco de um galo... Não demonstra um minuto sequer que quer algum dia ter algo com você... Que eu saiba, isso não é amar alguém. E não é obrigando que você vai conseguir o amor dele.

-Ele gosta de mim sim, só que não percebe isso.

-É mesmo tipo... ele na Terra e você em outra galáxia?De preferência dentro de um buraco Negro ?Para que não volte mais?

-E você acha que ele gosta de você?


-Não, mas de você tenho certeza que ele não gosta. Agora, se me der licença, eu vou dormir... Não quero perder meu precioso tempo para ficar aqui a ouvir baboseiras e infantilidades.

A ruiva deu as costas para a outra e Morguase fechou os punhos com raiva.

-Veremos quem vai vencer essa, Evans. – disse ela irritada.

-Por mim, não serei eu nunca... mas com certeza, você não será a vencedora também. – falou ela tranqüilamente.

Lílian conseguira enfim achar o quarto dela. Com um suspiro a ruiva abre a porta do quarto. E, mal ela a fecha, sente alguém abraça-la por trás com uma das mãos e segurar sua boca com a outra.

O grito de susto é abafado pela mão que tapava sua boca... a ruiva começa a se debater, mas percebe que, quem quer que estivesse segurando-a, era muito mais forte do que ela.

-Eu vou te soltar... mas, pelo Amor de Merlim, não grita comigo, ok? – ele sussurrou no ouvido dela, no que a garota sentiu seu corpo se arrepiar.

A ruiva assentiu e ele a largou aos poucos.

-Potter, o que é que esta fazendo aqui! – sussurrou ela de volta, se virando para encara-lo.

-Estou me escondendo do meu carma.

Lílian riu.

-Porque é que você não se tranca no seu quarto?Eu quero dormir!

-Não dá! Não sei como ela descobriu uma passagem que dá para o meu quarto, através de um quadro do 1º Andar. Já tentei de todas as formas... mudei o guarda-roupa de lugar, já foi enfeitiçado para barrar a passagem... mas nada. Minha mãe suspeita que tenha sido um feitiço antigo de algum antepassado, não sabemos como reverte-lo.

-Porque você não fala que não gosta dela?

-E você acha que eu não já disse isso?

-E qual o problema de você ir dormir no seu quarto? – disse ela desconfiada.

-Não me agrada nem um pouco a ideia de acordar com essa garota ao meu lado novamente.
Lílian abriu a boca incrédula.

-Você já...

-Não, nunca. – ele rapidamente falou imaginando os pensamentos da ruiva. – Mas meu pai pensou o mesmo quando viu que tínhamos acordado no mesmo quarto.

-Ah, sei... – ela ergueu uma sobrancelha.

-Posso contar algumas mentiras, mas isso é a mais pura verdade... – disse ele numa careta. – Não me imagino beijando ou fazendo qualquer coisa do tipo com ela, mas... – ele a olhou de cima a baixo. – quanto a você... é outra história.

A ruiva revirou os olhos.

-Mais um motivo para você ir dormir no seu quarto!

-Mas, Lily...

-Thiaguito...cadê você?

-Diga que eu não estou. – ele se cobre com a capa e no minuto seguinte a porta se abre.
-Ah, é você – disse ela sem emoção. – O Thiago está aqui?

-Não sei...deixe-me pensar... Quem sabe ele não esta na minha mala, no meu bolso, ou quem sabe dentro da fechadura...Não esta vendo que ele não esta aqui!

-Então, se você o ver por aí diga que eu estou procurando ele.

-Claro terei o prazer de ajudar.

-Certo... – ela bateu a porta rapidamente e seguiu seu caminho. – Thiago Potter, mais cedo ou mais tarde você vai ter que aparecer... ou então eu te acho!

-Seus pais não falam nada?

-Falam, mas não adianta...eles não gostam muito dela também, mas fazer o quê? Ela é da família ... mas os dias piores, são os dias que meus pais não estão em casa, como é o caso de hoje. Ela fica insuportável, quer dizer... mais insuportável do que já é... – a ruiva sorriu fracamente. – e vive me procurando pela casa toda. – ele revirou os olhos.

-Seus pais não estão em casa? – disse ela surpresa, a casa era tão grande que ela achava que eles podiam estar em qualquer outro lugar.

-Sim... São aurores, meu pai saiu agora a pouco. Já minha mãe, está fora desde à tarde.
-Você não fica preocupado?

-Às vezes...tem dias que me pego pensando se eles morrerem...qual seria a minha reação, eu não vejo minha vida sem ter meus pais ao meu lado. – disse ele se sentando numa poltrona.

-Eu penso o mesmo...

Ela parou de falar,tinha escutado passos.

-Vamos se esconda, deve ser ela novamente. – disse ela se deitando na cama e se cobrindo, apesar de estar sem camisola.

-Ele apareceu? – disse irritada, abrindo a porta, tinha a leve impressão de que a garota estava escondendo ele no quarto dela... desde o primeiro momento não simpatizara com a Lílian (ainda mais depois do que ela disse).

-Olha pra minha cara. – disse Lílian irritada. – Você acha que eu ia esconder seu Thiaguito no meu quarto a essa hora da noite?Em primeiro lugar, ele é um garoto e eu não confio em garotos, principalmente no arrogante do Potter...Segundo, porque eu perderia meu tempo escondendo ele aqui? Ele não é nada meu para eu fazer isso!... Terceiro, eu acho que já são meia-noite, não acha que é um pouco tarde para sair gritando pelo Potter e acordando a casa toda?Aposto que a uma altura dessas ele já deve estar dormindo.

-É tem razão...porque você esconderia o meu Thiaguito aqui no seu quarto?– disse irritada. “Mas eu tenho certeza que ouvi a voz dele aqui nesse quarto.”.

-Já vai tarde. – falou irritada.

-Valeu Lily, e obrigada por me chamar de arrogante e pelo eu não confio em garotos.

A garota segurou o riso.

-Aposto que agora ela desiste...

Thiago soltou um longo suspiro.

-Não tenho tanta certeza...

-Vou fazer o seguinte... eu durmo no seu quarto e você dorme aqui. Afinal, a casa é sua, não é mesmo?

Thiago concordou, mas sorriu amarelo.

-Er... não acho que seja uma boa ideia.

-Ah, sei... posso dizer que estaria invadindo sua privacidade. – a ruiva corou. – Me admira alguém como você ser assim.

-Não é isso... – ele coçou a cabeça nervosamente. – É mais pela bagunça mesmo.

-Ah, ta... mas não seria tão ruim assim, seria?

Ele deu de ombros.

-É você quem decide se quer ir ou não.

-Ok, não custa ver. – disse ela pegando uma camisola para dormir.

Thiago rapidamente pôs a capa de invisibilidade e saiu. Lílian levantou a sobrancelha ao perceber que o quarto dele ficava de frente ao dela.

-Não é nem muito longe, não é? – disse ela irônica quando viu a porta abrir sozinha e rapidamente entrou no quarto.

Alguns papéis e livros abertos no chão, a cama ainda por fazer e, em cima dela, algumas roupas espalhadas. Em cima da escrivaninha ainda se encontrava a carta que Lílian havia escrito para ele e, um pouco a vista, a foto da ruiva que o maroto tinha. Thiago foi o primeiro a ver e, disfarçadamente, andou até a escrivaninha e recostou-se nela, ficando de frente para a ruiva.

-Bem, não tive muito tempo para arruma-lo. – disse ele num sorriso amarelo.

-Hum, até que não está tão bagunçado assim... – disse ela rindo. – Alias, bonito quarto.

-Obrigado. – ele rapidamente afastou a foto e a carta para dentro da gaveta e a fechou no instante seguinte, quando viu que a ruiva pegava um livro no chão.

-Antigas civilizações bruxas e suas lendas... Nossa, desde quando você se interessa por história? – ela o encarou surpresa.

-Bem, o que o tédio não faz com a gente.

Thiago sentou-se na cama e começou a dobrar as roupas de qualquer maneira. A ruiva pegou todos os livros e papéis e os colocou em cima da escrivaninha. Percebendo um pergaminho meio para fora da gaveta da mesma. Ela olhou de soslaio para Thiago e depois voltou seu olhar para gaveta. Encontrou a carta escrita por ela e uma foto sua... ela franziu o cenho... então fora aquilo que ele escondera. Por incrível que pareça a ruiva não sentiu raiva, apenas tornou a olhar para a gaveta, onde um outro pergaminho estava. Ela tornou a olhar para Thiago e colocou a carta e a foto no lugar, enquanto tirava a outra.

Ela começou a lê-la com uma expressão incrédula no rosto.

-Amor... – ela franziu o cenho.

-Omnia Vincit? – ele falou com a voz rouca, no que Lílian pulou de susto quando percebeu que ele estava ao seu lado.

Lílian corou fortemente.

-Sabia que é falta de educação fazer isso? – disse ele sério.

-Me... desculpa... – disse ela corada. – Eu fiquei...

-Curiosa? Certo, entendo. – disse ele ainda no mesmo tom.

Lílian rapidamente dobrou a carta e a colocou de volta na gaveta, no que Thiago a fechou.

-Olha... eu realmente sinto muito... me desculpe. Eu... – ela engoliu em seco e olhou para baixo totalmente corada.

O maroto voltou a se sentar na cama.

-Não vai mais se repetir... prometo. Mas... o garoto do sonho era mesmo seu filho?

-Sim... – disse ele com um suspiro.

-E... tem como você saber quem seria a mãe?

Thiago encarou Lílian profundamente e escondeu um sorriso ao ver aqueles mesmos olhos verdes que o garoto possuía.

-Não... – falou ele distante. – Só sei que ele é muito parecido comigo...Bem, acho melhor eu ir dormir. Certamente você também deve estar com sono... não vou atrapalha-la.

-Ok... Hey, Potter. – ela falou rapidamente quando ele pegava a capa de invisibilidade.

-Sim?

-Você está irritado, por causa disso?

Thiago sorriu.

-Devia estar, mas não estou... E você, está irritada por causa da foto?

-Não sabia que eu era assim dormindo. – ela sorriu fracamente, no que Thiago colocou a capa.

-Hey...

-O que foi? – ele tornou a tirar a capa e a encarou surpreso.

-A capa fica aqui...

-Hã?

-Quem me garante que você vai mesmo embora e não vai ficar aqui espiando eu trocar de roupa?

-Eu? – ele sorriu marotamente. – Você acha que eu faria algo do tipo ruivinha?

-Ah, não imagina...

Lílian pegou a capa de Thiago e a pôs no ombro, logo depois abriu a porta do quarto espiando o corredor.

-Pode passar...

- Lílian você é um anjo.– ele se aproximou para abraça-la.

-Nem vem, ou eu mudo de idéia... – falou ela rapidamente, no que ele passou a mão pelos cabelos.

-Ok. – disse ele risonho. – Boa Noite.

-Boa noite... e nada de espiar MEU malão, Potter. Está me ouvindo? Uma coisa fora do lugar e você vai se arrepender de ter nascido.

-Certo... – disse ele entrando no quarto. – Até amanhã ruivinha... e tenha bom sonhos comigo.

A ruiva revirou os olhos e bateu a porta levemente, trancando-a logo depois. Segundos depois Thiago fez o mesmo e soltou um longo suspiro.

Lílian rapidamente se trocou e se deitou na cama do maroto. Ela ajeitou o travesseiro e recostou a cabeça, sentindo o perfume de Thiago que exalava do mesmo... e, com isso, dormiu segundos depois.


n/a: bem, aqui termino mais um cap, eu nào sei quando a net volta la em casa, mas vou tentar postar o proximo cap semana que vem, beijos e mais uma vez, desculpem pela demora.

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