Hogwarts



N/A: Olá meu povo e minha pova do meu Brasil guaranil! * Quem er aque falava isso???? Não me lembro* Huahahahahahaha. Como estão? Bem, cá estou eu com mais um cap. Peço desculpas novamente pela demora, mas eu realmente tava atolada de coisas para fazer... u.u. Quase não peguei no computador por esses dias. Hum, muito original o nome do cap, não? * risos * Ah, e para quem perguntou - que cabeça a minha, sempre esqueço de colocar o nome da música - A musica usada no cap anterior foi More Than Words, da banda The Extreme. Ela foi regravada também por Westlife. Mas, eu prefiro a original mesmo... apesar da nova não ficar atrás(^.^) E eu simplesmente AMO essa música. Eu gostaria de agradecer aos comentários, vocês não sabem o quanto me deixam feliz com isso (^.^). E mil perdões para quem chorou lendo o cap anterior... Bom, realmente é muito comentário ( obrigada novamente para todos ) e eu só irei responder a alguns... eu realmente lamento mesmo.



Mari Buffy - Megamorfa? Huahahaha~. Não, é metamorfomaga. rsrsrsrsrs. Sim, você acertou. Ela explica nesse cap.



Nathalia - Uma fic com essa música??? Ah, não tem problema. Quantas pessoas não já fizeram várias songs com músicas iguais?? My Immortal mesmo é uma delas... hehehehehehehe. * muito linda a música por sinal*. Mas, eu pelo menos, não condeno ninguém por causa disso. É só a mesma música, as cenas não são diferentes? Então? Por que o receio? Pense nisso.



Pati - Eu não respondi no msn? o.O Ah, mil perdões... eu devo ter caído... u.u. Foi mal... que bom que gostou (^.^).



Theka Radcliffe - Te deu inspiração para terminar a sua fic??? Que bom! Fico feliz! Passe o nome mesmo. (^.^)



Taliteska - Você não gosta muito da parte das cartas? o.O Nossa, você foi a primeira pessoa a me dizer isso... Mas, eu gosto tando dessas partes (^.^). Bom, mas não se preocupe, não te muitas. Hum, eu não me esqueci da Lice. É que ela não estava na casa dos marotos. Ela viajou com o Frank e quando eles escreveram a carta, ela ainda não tinha voltado para casa. Ela explica nesse cap. Ela soube do pai, mas a mãe disse que não era para ela voltar só por causa disso. E, bem, a carta demoraria muito para chegar se os marotos mandassem ela para a França e a coruja do Thiago não ia gostar nada dessa história.



Illnath - Um garoto comentando na minha fic? (^.^) Realmente, não se vê muitos mesmo... tem o Franco, mas está a muitos caps atras...(^.^). Nossa, fiquei muito feliz! Bom, eu acho, particularmente, que não são muitos os homens que lêem fics ( comparado com a quantidade de mulheres ) e os que lêem - pelo menos a minha - não comentam... hehehehehehehehe. Eu fico muito feliz mesmo! Apareça mais vezes! Hehehehehe



N/A: Bem, beijos para todos que estão lendo e/ou comentam na fic. A cena em itálico é mais um flashback, eu simplesmente adorei escreve-lo (^.^). Hum, eu ia falar outra coisa aqui, mas acabei me esquecendo... u.u. Que cabeça a minha. Ah, tudo bem. Chega de enrolações e vamos ao cap!



Cap 38 – Hogwarts



O dia amanheceu tranqüilo na mansão do Potter e Thiago abre um sorriso ao perceber que dali a algumas horas estariam no trem, indo para Hogwarts. Com um bocejo, ele se levanta lentamente, indo para o banheiro. Mas, antes mesmo que ele conseguisse esse feito, a porta do quarto de abre bruscamente, mostrando um Sirius extremamente pálido e desesperado, já devidamente arrumado.

-Sirius? – Thiago indagou, levantando uma sobrancelha. – O que aconteceu?

-É hoje, não é?

-Hoje o quê? – ele diz com o cenho franzido. – Ah, sim... é hoje que você vai ver a Liz.

A cor do rosto de Sirius adquiriu um forte tom rubro e Thiago riu.

-Você está...

-Para dizer a verdade, nem ao menos sei como eu estou. – ele disse num suspiro. – Não preguei o olho essa noite e muito menos consegui ficar sem fazer nada. Fui para a biblioteca... e fiquei tentando ler alguns livros, depois, vendo que não adiantava nada... passei a andar pela casa. Vi o dia amanhecer e resolvir ir para o quarto... depois de exatas sessenta e duas voltas pelo quarto, andando em círculos, decidi me aprontar e, passei as ultimas duas horas fitando o teto, deitado na minha cama, depois me levantei e vim até aqui.

-Você está péssimo. – ele comentou.

-Devo concordar... – ele suspirou, se observando no espelho. – Hoje, estou me sentindo o ser mais imperfeito da face da terra. Terrivelmente fora do peso, ou seja, extremamente gordo...terríveis olheiras. E olha só para o tamanho dessas orelhas... e hoje achei que meu cabelo estava tão ou mais oleoso do que o do Ranhoso. Ah, e o nariz também não fica atrás.

Sem mais se conter, Thiago começou a gargalhar.

-Temos um fato inédito... Sirius Black descobrindo que tem defeitos. – Thiago se aproximou de Sirius aos poucos, mudando a face risonha para uma séria. – Se ela gosta de você... é do ser em si. Com todos os defeitos e qualidades. – disse ele o observando pelo reflexo do espelho. – Acho que você não tem que mudar seu jeito de ser, basta ser você mesmo. Tirando é claro, o fato de sair com várias garotas.

Sirius não pode deixar de sorrir e Thiago retribuiu o sorriso.

-Só espero não estragar tudo. – Almofadinhas suspirou.

-Bem, se estragar... é porque jamais teria dado certo.

-Você é realmente consolador... – ele disse numa careta.

-Sou apenas sincero. – Thiago riu. – Bom, agora vou me aprontar... você não quer chegar atrasado no seu “encontro”, vai?



***




-Quer parar de ficar andando de um lado para o outro? Está me deixando tonta. – disse Lílian, ao que parecia ser a quinta vez.

-Bem, quando eu recebi a resposta dele, faltava dois dias para regressarmos a Hogwarts. Eu mal me preparei para o momento... – Lisa comentou desesperada. – O que eu vou falar? O que devo fazer? Ele fala comigo primeiro ou eu primeiro com ele? Será que ele vai vir falar comigo? Será que não... E se ele...

-LISA!

A garota pulou de susto e levou uma das mãos ao coração.

-LILY!

-Quer ficar... parada? – disse Ana rapidamente. – Acho que você não precisa ficar assim tão nervosa, tenho plena certeza de quê, o que vocês menos irão fazer nesse encontro é conversar... – ela sorriu marotamente.

-ANA! – a garota corou furiosamente.

-Ela falou alguma coisa de errado? – disse Alice sorridente.

-Hunft! – Lisa cruzou os braços, mas não deixou de sorrir marotamente.



***




-Pontas, simplesmente eu não estou acreditando nisso. – Sirius falou, ao que Thiago revirou os olhos, enquanto empurrava o carrinho pela estação.– EU NÃO SEI O QUE FALAR NA HORA!

Remo, que havia se juntado a eles pouco minutos antes, soltou um longo suspiro.

-Po, Aluado, me diz. O que eu devo fazer, hein? – ele pediu em tom de suplica. – Como foi para você ter se declarado para a Ana?

Remo corou furiosamente, enquanto Thiago começava a rir.

-Sirius Black, o conquistador, pedindo ajuda? O mundo vai acabar...

-A parte mais difícil você já fez... que foi se declarar. – disse Remo calmamente.

-Mas eu não QUIS me declarar para ela! VOCÊS que fizeram isso por mim... aliás, uma certa pessoa. – ele lançou um olhar mortífero para Thiago, que sorriu amarelo.

-Bom, já aconteceu... não podemos mudar os fatos.

Sirius revirou os olhos.

-Acontece que eu NÃO estava preparado para UMA confissão, assim como não me sinto preparado para ter esse encontro agora. – disse ele seriamente. – Ah, pelo Amor de Merlim, Remo... ME AJUDA! – disse ele num tom tão desesperador que Remo arregalou os olhos e corou fracamente e Thiago começou a gargalhar tão alto, que chamou a atenção de diversos trouxas ali presentes.

-Como assim... te ajudar? – sussurrou Aluado, lançando um olhar irritado para Thiago, que ainda ria.

-Sei lá... como se ajuda uma pessoa? – disse ele erguendo uma sobrancelha. – Ajudando, oras! – completou indignado.

Os risos de Thiago aumentaram e o mesmo já tinha lágrimas nos olhos e o rosto vermelho de tanto rir. Sirius suspirou.

-Certo... ajudando. – repetiu o outro calmamente. – Mas... que tipo de ajuda? – ele sorriu pelo canto dos lábios.

O maroto suspirou irritadamente.

-Como eu... – ele corou fracamente. – Como eu me aproximo dela... sabe? Sem ela pensar que... – ele tornou a suspirar. – que eu não quero nada sério com ela? Sendo que é o que... – ele engoliu em seco. – ... eu realmente quero. – ele completou, num fio de voz..

Thiago suspirou, tentando controlar a respiração ofegantes, seus lábios ainda se abriam em um sorriso e os olhos estavam brilhando por causa das lágrimas que ele deixara cair com o esforço do riso.

-Tente não ser muito... impulsivo. – disse Remo seriamente, lançando um novo olhar mortífero para Thiago

-Já parei de rir. – disse ele seriamente, erguendo os braços como quem se rendesse.

-Eu sei... mas pretende rir novamente. – disse Remo erguendo uma sobrancelha.

-Eu??? – ele se fez de desentendido, alargando o sorriso. – Quem está querendo rir aqui?

-Você devia cooperar, não percebe o meu estado deplorável e minha terrível aflição, meu intenso nervosismo... Eu estou DESESPERADO!

Thiago prendeu o riso e tornou a gargalhar novamente. Remo revirou os olhos. Os três se encontravam, parados, em frente à plataforma seis. A coruja de Thiago soltou um pio indignado por ter sido acordada mais uma vez pela gargalhada espalhafatosa do dono, chamando mais a atenção ainda para o estranho grupo parado ali.

-Quer parar de rir? – disse Sirius corado.

-Desculpe, Sirius. – respondeu Thiago ofegante. – É que... você está realmente hilário hoje.

-Você adora tirar uma com a cara dos outros, não?

-Ainda mais dos amigos. – ele sorriu marotamente.

-Quero ver como você vai ficar quando conseguir sair com sua ruvinha... – disse Sirius emburrado, mas começou a rir quando Thiago corou furiosamente.

-Não trouxemos ruivas para essa conversa ainda...

Remo prendeu o riso, e meneou a cabeça.

-Vocês não tem jeito mesmo...

-Isso é uma coisa altamente comum entre nós... não temos jeito. – disse Thiago sorridente.

-Se tivéssemos, eu não fugiria de casa e todas aquelas detenções que pagamos serviria para alguma coisa. – completou Sirius.

-Se bem que elas serviram... – disse Remo sorrindo pelo canto dos lábios. – Serviram para os estimular a aprontar mais.

Os outros dois riram do comentário de Aluado, no que ele os acompanhou.

-Sim, mas estamos nos desviando do real assunto. O que eu faço quando encontrar a Liz?

-Se vire... o encontro é seu, não? – Thiago murmurou, dando de ombros, enquanto recomeçava a arrastar o carrinho. – Você não espera que eu vá no seu lugar, não é?

Sirius reprimiu uma careta.

-Não preciso de ajuda com isso, Pontas! Preciso de ajuda com as palavras.

-Acho que você devia ser um pouco direto, mas não tanto quanto “Eu sou homem, você é mulher... e aí, está a fim?”. – Thiago sorriu marotamente e Sirius reprimiu uma careta, essa fora uma das primeiras cantadas de Almofadinhas em uma garota. – Nem tão meloso quanto... “Você é o amor da minha vida, sem você eu não vivo, você é a razão da minha existência, o ar que eu respiro, a água que mata minha sede, e a miragem pela qual eu me arrasto em um deserto escaldante...”. – Sirius revirou os olhos. – Ah, também não deve ser muito tímido quanto... “L- lisa... E-eu t-t-t-te a-a-a-amo”.Não deve ser tão rápida quanto um “Quernamorarcomigo?”. – Thiago franziu o cenho. – Ah, e não deve ser tão eng...

-Sim, Pontas. – disse Sirius, já emburrado, enquanto passavam pela oitava plataforma. – E o que DEVE ser?

-Bom... – ele pôs a mão no queixo pensativo. – Se você não se sente preparado para isso... Fale menos e agarre mais. – ele sorriu marotamente, no que Remo revirou os olhos. – Era o que eu faria se estivesse no seu lugar.

-Não acho que essa seja a coisa certa a fazer. – disse Remo, sério. – Ela vai pensar que tudo não passou de uma tática para iludi-la e de faze-la com que finalmente aceite sair com o Sirius.

Thiago deu de ombros.

-Devo concordar que você está correto.

-Talvez ela queira um reforço... – ele rapidamente parou com o olhos arregalados. – Merlim, eu tinha que trazer flores, algum presente... qualquer coisa.

Thiago parou tão bruscamente que quase tombava para frente.

-Você não vai querer comprar agora, vai? – ele revirou os olhos.

-Não vai dar tempo, Sirius. – disse Remo, ainda num tom calmo, só que beirando ao riso

Eles recomeçaram a andar, empurrando os carrinho e Sirius parou bruscamente ao ver a parede que os separava da plataforma nove e meia.

-Não acho que estou preparado para isso. – ele empalideceu.

Remo e Thiago reviraram os olhos.

-Você não vai desistir agora, vai?

Ele respirou fundo.

-Acho que não.

Eles atravessaram a plataforma e rapidamente o som costumeiro de alunos conversando, de malões sendo arrastados e parentes se despedindo se fez presente. O pio das corujas tentavam, em vão, se sobrepor a balburdia que se instalara no local. Sirius olhava para o expresso, como se sua vida dependesse disso.

-Ah, ali estão elas!

-Onde? – ele rapidamente olhou e corou furiosamente ao perceber que Lisa estava entre elas. Nenhuma das três garotas haviam notado a chegada dos marotos, o que fez Sirius suspirar aliviado.

-Bem, acho melhor procurarmos uma cabine para colocarmos o malão. – disse ele com a voz trêmula e Thiago percebeu que havia um nítido brilho de nervosismo em seu olhar. Sem falar que Almofadinhas apertava a barra de ferro do carrinho com força.

-Nervoso? – disse ele zombativo.

-Nem um pouco. – ele rapidamente deu meia volta. – Vamos procurar uma cabine.

Remo rapidamente segurou o braço de Sirius.

-Tarde demais, Almofadinhas, você já foi visto.

A ruiva vinha ao encontro dos marotos, exibindo um sorriso no rosto.

-Oi Remo, Oi Potter... Olá Sirius. – a ruiva rapidamente sorriu.

Thiago fez um aceno com a cabeça, exibindo um sorriso maroto, Remo sorriu em resposta e Sirius se virou exibindo uma feição nervosa.

-Como foram o resto de férias?

Thiago murmurou um “Boas”, ao mesmo tempo que Remo disse “Ótimas” e Sirius, “Péssimas”. Ele podia perceber que Lisa o estava observando.

-Hum, acho que você e a Lisa tem muito que conversar... – ela sorriu marotamente. – Pode deixar que eu levo suas coisas para uma cabine, juntamente com os marotos.

Sirius sorriu amarelo, agora não tinha como escapar.

-Hum... o-ok.

Thiago prendeu o riso ao perceber que ele tinha gaguejado. Caminhando a passos quase lentos, Sirius rapidamente deixou o carrinho que guiava de lado e foi ao encontro de Lisa.

-Tchauzinho, até mais Lisa. – disse Ana rapidamente, no que a amiga a segurou pelo braço.

-Ann, fica aqui e se eu não souber o que fazer? – disse ela com os dentes cerrados, exibindo um sorriso quase que desesperador. – A Alice já me abandonou, a Lily também, você vai fazer o mesmo com sua amiga?

-Ah, Lisa, não me diga que está com medo? Sinto muito, mas deixei alguém a minha espera.

-Anaa... – foi com um desespero no olhar que ela viu a amiga sair de perto dela, e foi a seguindo com o olhar que ela evitou ver Sirius se aproximar cada vez mais.

“Pronto, cheguei. E agora, o que eu falo?” pensou Sirius desesperado, colocando as mãos no bolso e corando furiosamente.

-Ah, er... oi, Liz.

A garota rapidamente corou furiosamente e o encarou com os olhos brilhando. “Merlim, por que tudo era tão fácil quando ele vinha me provocando?”.

-Oi. – ela disse rapidamente.

O silencio reinou entre eles, e os dois não fizeram nada mais além do que evitarem se encarar. Sirius olhava para os esforços inúteis que três primeiranistas faziam para subir o malão de um deles. Lisa ficou ligeiramente interessada numa garotinha de cabelos negros e olhos escuros que se despedia do irmão com voz chorosa. Sirius arriscou um olhar de soslaio para ela, enquanto assobiava uma canção qualquer. Só então que ele reparou na roupa que ela estava usando.

Usava uma blusa preta, colada no corpo e que valorizava muito bem o belo colo que a garota possuía. A calça boca de sino também era da mesma cor, adornada com contornos de prata. O cabelo estava arrumado em um gracioso rabo de cavalo e ela utilizava apenas uma leve maquiagem.

-Você está muito bonita. – ele rapidamente desviou o olhar, ainda podendo presenciar a queda de um dos garotos que agora, tentavam levantar o segundo dos malões.

-Ah, obrigada. – ela rapidamente olhou para o chão. – Posso dizer que você também está.

Ele usava uma calça preta e uma blusa de manga azul, combinando perfeitamente com o azul dos olhos dele. Sirius sorriu.

-Eu sempre sou bonito, cara Lisa. – ele tornou a olhar de soslaio e sorriu pelo canto dos lábios.

Ela ergueu o olhar para ele levemente, e sorriu da mesma forma quando os olhares se encontraram.

-Sabia que iria me arrepender de ter dito isso. – disse ela com a voz rouca.

Novo silencio. Sirius com um sorriso desviou o olhar e revirou os olhos ao perceber uma certa ruiva começar a bater no braço de um garoto de cabelos espetados, enquanto esse ria. Além de dois pares de olhos o observarem firmemente.

-Acho que temos platéia. – ele rapidamente apontou com a cabeça para os amigos.

Lisa não pode deixar de rir ao olhar na direção dos amigos e ver a Lílian corada, e Thiago gargalhar novamente...

-Ora, não disse que você não era de bisbilhotar a vida dos outros? O que é que está fazendo aqui então? – murmurou Thiago ainda risonho. – Você não disse que ia ficar com a Alice e o Frank?

-Você não quer lever novos tapas, não é Potter?

-Lily, Lily... estou apenas dizendo a verdade. Quando eu propus espiar a Lisa e o Sirius, você disse que não compactuaria com tal invasão de privacidade... e agora esta fazendo parte dela. – ele tornou a rir. – Você realmente é impossível.

-Potter! – Lílian ficou vermelha de raiva e cruzou os braços emburrada.

-Ah, e se eu não me engano, estamos a menos de vinte centímetros um do outro.

-É, mas o que estou fazendo aqui não me agrada nem um pouco!

-Você ainda não me disse a que esse vinte centímetros você se referia... posso dizer que tudo tem um limite, não é?

Ela corou furiosamente.

-POTTER!

Thiago começou a rir.

-Querem parar de namorar vocês dois? Estou tentando prestar atenção! – disse Remo risonho. – E com vocês se movendo toda hora fica impossível!

-Está bem. – disserram os dois ao mesmo tempo.

-Eles não perdem tempo mesmo. – disse Sirius depois de um período.

-Você acha que eles perderiam essa oportunidade? – ela o encarou firmemente. – Não é todo dia que Sirius Black não sabe o que fazer quando encontra uma mulher.

Sirius sentiu o rosto perder a cor e corar fortemente.

-C-co-como...

-Também me sinto assim. – disse ela corada. – Tentei pensar em como agir... mas não me veio nada.

Sirius não pode deixar de se sentir mais confiante e aliviado.

-O mesmo aconteceu comigo.

-Hum, é mesmo verdade? – disse ela receosa.

-O quê, Liz? – ele a encarou firmemente.

-Que você... que você...

-Que eu te amo? – ele sorriu ao vê-la corar furiosamente. – Hum, se tivesse dúvidas, elas seriam instintas. Estou tendo um comportamento tolo demais para ser simples atração. – ele suspirou. – E aliás, não faço a mínima idéia do que devo fazer agora.

-Não tem mesmo? – ela ergueu a sobrancelha desconfiada. Sirius sorriu marotamente.

-Bom, a depender do que você está propondo. Posso não ser muito bom em palavras, mas sou ótimos em outras coisas.

-Sirius!

Ele riu fracamente.

-Só estou dizendo a verdade!

-Hum, vamos entrar então? – disse ela rapidamente, ao ouvir o trem apitar. – Daqui a alguns minutos o trem já vai partir.

Ela rapidamente se virou para entrar no trem e corou furiosamente ao perceber que ele segurou a mão dela.

-Tenho a permissão, não? – ele sorriu galanteador.

-Claro. – ela sorriu de volta.

Segundos depois eles já estavam dentro do trem a procura de uma cabine. Ela passou direto pela dos marotos e, com um sorriso, Sirius percebeu o que ela pretendia fazer.

Thiago abriu um sorriso maroto ao ver a silhueta de Sirius passar pela cabine, ele fez um ok com a mão e sorriu pelo canto dos lábios.

-Para onde eles vão? – disse Pedro, que tinha acabado de chegar, e mantinha o cenho franzido.

-Não está óbvio? – Thiago revirou os olhos. – Eles querem ficar um pouco a sós.

-Só espero que o Black não estrague a minha amiga... – Lílian disse num suspiro, no que todos riram.

-Encontro à sós, querida Lisa?

-Ah, não, apenas quero encontrar uma cabine vazia para conversarmos. – ela o olhou de soslaio e sorriu marotamente.

-Onde estava a garota envergonhada de minutos atrás? – ele ergueu uma sobrancelha.

-Talvez, escondida em um canto obscuro da minha mente... você não quer que ela entre em ação agora, vai?

Sirius sorriu.

-Ah, aqui.

Ela puxou Sirius para dentro da cabine e a bateu a porta ao passar.

-Por onde começamos? – ele sorriu marotamente, enquanto trancava a cabine com um feitiço e conjurava cortinas para que nenhum curioso os espiasse pela parte de vidro da porta da cabine.

-O que pretende Sr Black? – ela sorriu marotamente.

-Ora, não era isso que você pretendia? – disse ele enquanto o trem começava a se locomover.

Sirius se aproximou lentamente da garota, enquanto a mesma se recostava na janela.

Com um sorriso maroto, ele a enlaçou pela cintura e se aproximou lentamente dos lábios dela, mas foi impedido por uma mão que pousou em seus lábios.

Sirius abriu os olhos e exibiu uma feição entediada.

-O que eu fiz errado agora? Não me diga que é mais um fingimento seu...

-Ah, não... quero te mostrar algo.

Ele a soltou lentamente, enquanto a garota fechava os olhos e exibia uma careta. Foi com um rosto estupefato que ele viu o cabelo da garota adquirir o intenso tom acaju, além do nariz e boca mudarem de forma. Quando ela abriu os olhos, alguém lhe sorria... e o encarava com intensos olhos verdes, os olhos verdes de Lílian.

-Lily? Quer dizer... que... você está aqui... e a Lisa... lá? – ele corou de raiva. – Ah, não, ela fez de novo!

A ruiva começou a gargalhar, enquanto a feição de Sirius se tornava confusa. Aquele riso era idêntico ao de Lisa.

-Você é realmente incrível, Sirius.

-Poxa, Lily, até você, compactuando com as idéias dessa maluca!

A ruiva revirou os olhos e tornou a exibir uma careta. Dessa vez seus cabelos mudaram para um tom negro e os olhos ficaram extremamente cinzentos.Com uma careta, Sirius pode perceber que estava olhando para sua “adorada” prima Belatriz. Na mesma rapidez, eles tornaram a acastanhar e olhos clarearem, voltando a forma normal.

-Espera... deixa eu ver se eu entedi... você... você... você é uma...

-Metamorfomaga. – ela suspirou.

O rosto de Sirius se abriu em um sorriso.

-Merlim, eu disse que você era perfeita para mim... agora você é perfeita ao cubo! Imagine! Ter todas as formas possíveis de mulher em uma só!

-SIRIUS BLACK! – disse ela emburrada.

-Imagine... quando eu tiver entediado dessa sua forma, é só eu pedir para você mudar de forma e... isso é perfeito! – ele sorriu marotamente. – Lisa, você pode aumentar um pouco mais? – ele apontou para os seios dela. – Sabe, igual os da Catharine do sétimo ano, eles realmente me fascinam.

Lisa abriu a boca e fechou várias vezes, seu rosto adquirindo cada vez mais o tom vermelho.

-SIRIUS ALMOFADINHAS BLACK! COMO VOCÊ PODE M…

Ela rapidamente foi calada com um beijo de Sirius e, as mãos dela rapidamente subiram pelo peito dele para enlaça-lo pelo pescoço. Ele inclinou-a levemente para trás, enquanto segurava sua nuca com uma das mãos e a outra a enlaçava pela cintura. Ele rapidamente interrompeu o beijo e quando Lisa abriu os olhos, viu que ele sorria marotamente. Recuperada, ela pegou fôlego para ralhar com ele.

-VOCÊ REALM...

Ele a puxou mais para perto de si, a calando com um novo beijo. Ele subiu a mão lentamente pela nuca e entrançou os dedos por entre os cabelos dela e, com um movimento rápido e gentil, foi retirando o prendendor dos cabelos dela. Sirius sorriu fracamente ao sentir o doce aroma de rosas que exalavam deles.

Ele foi dando beijos a intervalos regulares, ate que finalmente se separaram.

-Sirius! Você arrancou... a presilha do... meu cabelo! – disse ela em tom reprovador, um pouco ofengante.

-Queria que fosse... outra coisa? – ele disse marotamente, também ofegante.

-SIRIUS! – disse ela corada e percebeu que os olhos azuis dele brilharam intensamente.

Lisa sorriu ao perceber que podia sentir o coração do maroto bater fortemente, e que o peito dele arfava no mesmo ritmo que o do dela.

-Quer que eu minta? – ele ergueu uma sobrancelha. – E muito difícil controlar meus instintos marotos quando você me beija dessa maneira.

Ela não pode deixar de sorrir.

-Sirius, foi você que me beijou.

-Que seja. – ele sorriu marotamente. – Sem falar que... – ele passou os dedos levemente entre os cabelos dela. – Você fica realmente linda de cabelos soltos.

Dessa vez, ela reprimiu uma careta.

-Não agora depois de você os bagunçar.

Ele observou o rosto dela, com a cabeça meio inclinada.

-Tem toda razão.

-SIRIUS!

-Ah, Lisa, tem mais uma coisa... eu nunca namorei uma ruiva... será que você poderia mudar a cor do seu cabelo? Quem sabe uns olhos verdes também cairia bem... – ele sorriu marotamente.

Lisa o olhou com o rosto corado e emburrado. Sirius se apressou em beijar o pescoço dela, enquanto a apertava mais contra si. Ela ainda continuou parada, resistindo a tentação de segurar os cabelos dele.

-Isso não teve nenhuma graça, Sirius. – disse ela em tom irritado.

-Com ciúmes? – disse ele com a voz extremamente rouca, ao pé do ouvido dela. – Estou brincando. Você é perfeita...perfeita para mim.

-Conta outra. – disse ela rapidamente, reprimindo um sorriso e segundos depois ele parou de beija-la no pescoço, e encarando-a.

-Você vai começar com a crise de ciúmes só por causa dessa brincadeira?

-Não foi só essa, Black.

Sirius rapidamente fechou a cara emburrado.

-Você realmente não tem senso de humor.

Ela abriu um sorriso.

-E você, se irrita por tudo.

Ele revirou os olhos, no que ela o puxou para um novo beijo.



~~~~~~~




Sirius e Lisa voltaram de mãos dadas para a cabine em que os amigos estavam, antes mesmo de abrirem a porta, uma explosão e um riso abafado foi ouvido. Eles se entreolharam, um pouco curiosos e abriram a porta da cabine lentamente.

Thiago e Ana estavam sentados no chão da cabine, sendo que o primeiro se encontrava com o rosto todo sujo e exibia uma feição emburrada. Sirius e Lisa prenderam o riso.

-Ganhando muito, Thiago? – ele ergueu uma sobrancelha e se sentou no assento da cabine.

Lisa fechou a porta lentamente e se sentou ao lado de Sirius.

-Ah, muito! – disse ele revirando os olhos. – Eu sempre soube que era péssimo nesse jogo.

-Nossa, Thiago Potter admitindo que não é bom em alguma coisa? – disse Lisa risonha. – Onde está a Lily para presenciar esse feito?

Thiago exibiu uma nova careta.

-Está na reunião com os monitores... ela e o Remo.

-Ah, Thiago, não se preocupe, ninguém vai agarrar sua ruivinha. – disse Sirius risonho, no que todos riram. – Muito menos o Aluado... afinal, ele já tem uma lobinha. – ele olhou de soslaio par Ana, que corou furiosamente.– Aliás, o que você fazia com ela à sós aqui? Acho que o Remo não vai gostar nada dessa história.

-SIRIUS! – disse Ana, corada.

-Muito engraçado, Sr Black. – ele cruzou os braços e se sentou de frente para Sirius, Ana rapidamente se sentou ao lado dele. – O que eu e a Ana fizemos aqui nessa cabine não se compara ao que você e a Lisa fizeram em outra. – ele sorri marotamente, no que Lisa cora furiosamente e deixa uma maleta cair no chão e a mesma bufou irritada.

-THIAGO POTTER! VIU O QUE VOCÊ ME FEZ FAZER? – disse ela mais vermelha ainda.

-O quê? – disse ele com uma sobrancelha erguida, enquanto a garota pegava a “mala” novamente, só então percebeu que a mesma havia uma grade, e um par de contas o encarava firmemente.

-Isso... isso é um bicho? – ele perguntou curioso.

-Um amasso para ser mais precisa.

-Desde quando você tem uma bola peluda de quatro patas? – Sirius ergueu uma sobrancelha. – Ainda mais um gato?

-Algo contra, sr Black? – disse ela abrindo a porta, no que o animal saltou com leveza em cima do colo da dona.

O amasso era extremamente cinza e seus olhos eram dourados, ele encarou Sirius firmemente e este fez o mesmo, depois de ter olhado de soslaio para a mão da namorada, que acariciava as costas animal docemente.

-Acho que rolou uma inimizade entre eles... – disse Thiago risonho. – Olha só para a cara do Sirius.

Ana prendeu o riso, mas rapidamente o soltou, juntamente com Thiago. Sirius olhava para seu mais novo “rival” com um “odío profundo”. Já o gato o encarava indignado, por te-lo chamado de “bola peluda de quatro patas”.

-Não era melhor um cachorro?

-Não. – disse ela sorrindo. – Afinal, já tenho você.

Ana e Thiago riram novamente, quando Sirius abriu a boca e tornou a fecha-la.

-Sim mas... eu não acho nem um pouco agradável você ter um animal de estimação... ainda mais um GATO!

O amasso soltou um miado indignado e virou o rosto, passando a encarar Thiago.

-Ah, Sirius, você ofendeu o coitado... – disse Ana docemente.

-Seria a forma animaga falando mais alto? – sussurrou Thiago para a morena, no que esta riu fracamente.

-Devo concordar... Será que ele vai se transformar e sair correndo atrás do amasso?

Thiago gargalhou.

-Querem parar de cochichar vocês dois? Onde está a Alice e o Pedro?

-Bem, o Pedro foi pegar mais guloseimas... e o Frank e a Alice saíram. – disse Ana, a voz se sobrepondo aos risos de Thiago.

O maroto sorriu e abraçou Lisa pela cintura, ele se encostou mais na garota, no que ouviu um ronronar irritado. Quando olhou para baixo, percebeu que algo o encarava firmemente, com a cabeça deitada no colo da dona e o resto do corpo no banco da cabine.

-Ah, não! – murmurou emburrado. – O que você esta fazendo aqui no meio?

O amasso se espreguiçou lentamente e, consequentemente, pregou as garras na perna de Sirius levemente, como se estivesse disposto a afastar o mesmo da sua amada dona.

-Ele não gostou de mim. – murmurou emburrado.

-Claro, você o ofendeu. – disse Lisa emburrada. – Ah, ele não é uma gracinha? – ela sorriu para o amasso, coçando atrás da orelha dele.

Sirius recostou no banco e cruzou os braços, ouvindo os risos dos amigos.

-Isso é um absurdo. Quando a conquisto, tenho que dividi-la com um animal.

Lisa riu fracamente.

-Você é muito exagerado, Sirius.

A porta da cabine se abriu, mostrando uma Lílian entediada e um Remo sorridente.

-Como foi a reunião, ruivinha?

-Péssima. – disse a ruiva, se jogando ao lado do Thiago.

-A “amada” prima do Sirius resolveu pegar no pé dela novamente. – explicou Remo, enquanto Ana se levantava para dar lugar a ele. – E, nesse ano, elas quase saem no tapa.

Remo se sentou lentamente e, com um sorriso, puxou a namorada para sentar em seu colo.

-E eu perdi essa? – disse Sirius animado. – Lily, você quase conseguiu fazer o que há anos eu tenho vontade!

Todos riram.

-E o que foi que ela te disse, Lílian? – uma nuvem transpassou o brilho no olhar de Thiago.

-O de sempre. – ela sorriu fracamente. – Que tinha nojo de olhar para minha cara, que eu era um ser inferior, manchava a imagem dos bruxos... – ela riu. – Idiota.

-Ela te xinga e você ainda ri? – falou Thiago, surpreso. A ruiva deu de ombros.

-E, por que então a feição emburrada? – disse Sirius curioso.

-Ela disse que a Lílian era a nova meretriz do Thiago e que ela não passaria disso quando ele conseguisse o que realmente queria com ela. Era o máximo que ela conseguiria ser no mundo bruxo e era o mais próximo que ela conseguiria chegar de um sangue-puro, sendo a sangue-ruim que era. – disse Remo seriamente.

Sirius fechou os punhos irritado, Lisa olhou para a amiga firmemente, Remo abaixou o olhar, Ana pôs as mãos na boca e os olhos deThiago brilharam furiosamente, enquanto ele observava a ruiva, que fitava o banco vazio a sua frente.

-Ela... ela disse isso mesmo, Lily? – ele segurou as mãos dela firmemente.

Lílian o encarou firmemente e assentiu.

-E eu respondi que, eu preferia ser sua meretriz, a ser uma pessoa sem coração como ela, e sai da cabine.

-Isso depois de ter dado um tapa na cara dela. – disse Remo, risonho. – Aliás, belo tapa Lily. A Narcisa ficou tão irritada, que os outros monitores resolveram dar a reunião por encerrada.

-Você está magoada por causa disso, Lily? – indagou Thiago, mal ouvindo as palavras de Remo. – Está triste?

-Eu estou bem, Potter. – ela sorriu fracamente. – Só estou um pouco irritada, só isso.

-Você não vai ficar achando que aquilo tudo que a idiota da Black disse era verdade, vai?

-Não, Potter. – disse ela séria.

-Fico aliviado. – ele soltou as mãos dela e se recostou no banco.

Uma forte chuva começara a cair, no que o céu escureceu bruscamente, como se já fosse noite, as luzes da cabine se ascenderam e Lisa suspirou.

-Parece que vamos chegar em Hogwarts debaixo de uma forte tempestade. – ela murmurou, quando um relâmpago iluninou o céu, um pouco distante. Os outros assentiram.

O silêncio reinou entre eles. Lílian puxou um livro e começou a folhea-lo, Thiago entoava uma canção baixinho, lançando olhares para Lily de vez em quando. Remo e Ana conversavam entre si, no que a garota dava risinhos, e Remo corava furiosamente, exibindo um fraco sorriso. Sirius fitava o teto da cabine com um olhar distraído e Lisa acariciava Neo com um fraco sorriso no rosto. A porta se abre novamente, mostrando uma Alice sorridente.

-Já não era sem tempo, não é, Srta Filbet!? – disse Lílian rapidamente.

-Só uma pergunta... – disse Thiago com o cenho franzido, enquanto Alice se sentava ao lado de Sirius. – Como vocês esperam que caibam oito pessoas dentro de uma cabine onde são permitidas, aparentemente, apenas seis?

-O Remo e a Ana já resolveram uma parte. – disse Sirius sorrindo marotamente, apontando para a garota que se recostava na parede do trem, sentada no colo do namorado e de frente para a porta da cabine. – Agora, quando o Pedro chegar, eu resolverei a segunda. – ele olhou significativamente para Lisa.

Como se estivesse ouvindo a conversa, Neo – que estava espojado no colo da dona – moveu as orelhas e abriu os olhos lentamente, ele piscou várias vezes e bocejou, virando as contas douradas para encarr Sirius firmemente.

O maroto revirou os olhos. Lisa, Ana e Lílian se entreolharam. Perguntariam ou não para a amiga sobre o pai? Em nenhum momento a garota mencionara sobre ele, tanto em cartas que mandavam para as amigas, ou quando elas se encontraram na plataforma. E, ela parecia tão feliz...

-Alice? – Thiago começou, num murmúrio. – Eu... eu queria te fazer uma pergunta.

Lílian encarou Thiago firmemente, enquanto Alice fazia o mesmo.

-Pode perguntar.

-O seu pai... ele... ele já está melhor? – a loira arregalou os olhos e eles ficaram levemente marejados. – É que... – ele coçou a cabeça, num gesto constrangido. – sabe... eu presenciei o fato, assim como a Lily, e... eu realmente... realmente fiquei preocupado.

-Continua na mesma. – ela suspirou. – Posso dizer que a recuperação dele não foi tão rápida quanto a sua.

-Lamento. – murmurou Thiago, sinceramente.

A loira sorriu fracamente.

-Mas, não há razões para tristezas. Sei que meu pai não gostaria de me ver triste por causa disso.

-E onde ele está? – disse Lílian, com uma voz rouca.

-No St Mungus. O prof. Dumbledore disse que vai me dar permissão para visita-lo duas vezes por semana.

-Tem alguma probabilidade de quando ele acordar, ficar... louco? – indagou Remo, seriamente. Ana o olhou repreendedora.

-Existir, existe... nada concreto. – ela suspirou. – Os curandeiros não me informaram nada. Talvez minha mãe saiba, e não quer me preocupar. Ela até ficou receosa de me contar, para eu não voltar da viagem que estava fazendo com o Frank. - ela corou furiosamente. - Ela me disse que não tinha necessidade de voltar para casa por causa disso, e que, se eu voltasse, ela ficaria realmente chateada comigo. Eu expliquei isso na carta que escrevi para a Lily. Ah, eu gostaria de agradecer à vocês dois. – ela olhou para Thiago e Lílian. – Se não fossem por vocês, talvez meu pai não estivesse vivo ainda. – os olhos dela tornaram a ficar marejados.

Os outros seis lançaram olhares significativos um ao outro. Ana, Lisa e Lílian rapidamente se prepararam para se levantarem e consolarem a amiga, mas Sirius, que estava ao seu lado, foi mais rápido e a trouxe para perto de si, abraçando-a pelos ombros.

-Calma, Lice. – falou Sirius docemente, enquanto afagava os cabelos da garota. – O importante é que ele está vivo.

Thiago afundou no banco e suspirou. Lílian o encarou um pouco irritada, ele a olhou de soslaio.

-Eu precisava saber. – falou seriamente.

-Eu sei, mas esperava que você fosse mais discreto. – murmurou Lílian, repreendedora.

A ruiva se levantou, juntamente com Ana e Lisa. Thiago fez o mesmo e impediu as outras três, no que elas obedeceram e voltaram aos seus lugares. Ele se ajoelhou aos pés da garota, segurando sua mão firmemente.

-Alice... – a garota virou o rosto lentamente e o encarou, com o rosto um pouco manchado pelas lágrimas. – me desculpe... eu, realmente, não queria te fazer sofrer e...

-Tudo bem. – ela apertou a mão dele e sorriu fracamente. – Eu é que sou uma manteiga derretida. Não se importa que eu aluge o ombro de seu namorado um pouco, não é Lisa?

A garota sorriu fracamente.

-Você e o Frank estão namorando? – indagou Sirius, receoso. – Ele esta nos olhando com uma cara feia...

A loira corou furiosamente e se separa de Sirius, olhando para a porta da cabine, vendo que não tinha ninguém, ela se vira para o maroto irritada.

-SIRIUS!

Todos riem fracamente, no que Alice suspira.

-Vocês estão namorando? – disse Thiago sorridente, voltando a sentar em seu lugar.

-E-estamos. – ela corou mais uma vez.

Thiago sorriu fracamente. Alice se esquecera rapidamente do pai, ao tomar aquele susto. Ele olhou de soslaio para Sirius, que piscou o olho para ele e voltou a olhar para Alice.

-Sabe, ele não iria gostar nada dessa história de te ver agarrada ao maior conquistador que Hogwarts já viu e vai ver.

-O segundo. – disse Thiago rapidamente. – O primeiro sou eu.

-Se não era, agora vai passar a ser, não é, Sr Black? – inqueriu Lisa com a sobrancelha levantada.

-Claro, Liz, com certeza. Não duvide disso. – todos riram.

-É Lily, pelo jeito, somos os únicos encalhados por aqui.

A ruiva revirou os olhos.

-Estou sozinha por opção. Mas, você, terá muito o que fazer não é, Potter? Já que seu “concorrente” saiu do ramo.

-Eu...

Thiago rapidamente se calou quando ouviu aporta da cabine se abrir novamente, mostrando um Pedro extremamente satisfeito, já com as vestes de Hogwarts e com os bolsos abarrotado de doces.

-Assaltou o carrinho novamente, Rabicho?

Ele sorriu constrangido.

-Onde é que eu sento? – ele murmurou.

-Preparada Lisa?

Ela sorri fracamente, no que Neo sai do seu colo. A garota se levanta no que Sirius se senta no lugar dela, mas, antes mesmo que Lisa se sentasse no colo do namorado. Uma bola cinzenta se apossa do lugar.

-Merlim, eu disse que ele tinha algo contra mim. – resmungou Sirius, sobre os risos dos presentes.

-Neo... vamos, saia daí. – disse Lisa calmamente.

O amasso olhou feio para ela e se levantou, rodou levemente e começou a amassar a perna de Sirius com as patas dianteiras, “ajeitando a área”.

Sirius exibiu uma careta.

-Que raios ele está fazendo? – indagou irritado.

O amasso saltou com leveza para o chão e virou os olhos de contas para a dona. No exato momento que Lisa se senta no colo de Sirius, ele volta para o colo da dona.

-Ele só estava checando a área. – disse Lisa sorridente. – Para ver se era boa para mim. Pelo jeito, ele aprovou.

-Porque não aprovaria? Sou perfeito!

Todos automaticamente reviraram os olhos e Neo ronronou, como se discordasse. Pedro se sentou ao lado de Alice, que se afastou para perto de Sirius.

Almofadinhas sorriu marotamente e moveu a mão lentamente para abraçar a cintura da namorada, mas foi impedido por uma enorme quantidade de pêlos.

-Ótimo! – disse irritado.

Lisa se ajeitou no colo de Sirius, ficando assim, de frente para a porta da cabine, assim como Ana estava. A garota passou um dos braços por trás dos ombros de Sirius, enquanto ele olhava emburrado para o amasso.



(...)



Já devidamente trocados, os garotos seguiam a viagem em silêncio. Thiago bocejava entediado, por Pedro já ter se trocado, eles fizeram o mesmo logo depois, mas só quando já o tinham feito, perceberam que ainda estavam na metade do percurso ao olhar as horas. De repente, o maroto sente um peso extra sobre o seu ombro. E encontra uma juba avermelhada perto de si. Com um fraco sorriso ele percebe que a ruiva adormecera.

-Essa bola de pêlos está de marcação comigo! – murmurou Siriusirritado, quando pela quinta vez tentava beijar Lisa e Neo o atrapalhava. Ora cravando as unhas levemente na barriga dele, ora cravando as unhas levemente na perna da dona.

Os outros riram da cara de Sirius. Thiago prendeu o riso, dando um breve solavanco e Lílian murmurou algo inteligível, ainda dormindo.

-Sirius, não chame o Neo de bola de pêlos... – falou Lisa indignada.

-Eu não o chamo disso, ele é uma bola de pêlos disposta a atrapalhar e atormentar a vida dessa pobre alma...

Lisa sorriu marotamente.

-Eu te disse certa vez que iria arranjar um bichinho de estimação melhor do que um cachorro...

-Assim você ofende a minha pessoa Lisa, preferir um gato a um cachorro!

-Claro, o Neo é uma ótima companhia.

-Não acredito que você prefere essa bola de pêlos andante quando possui Sirius Black a sua inteira disposição.

O gato soltou um miado de como se tivesse sido ofendido, mais na verdade ele se esfregou em Sirius, que revirou os olhos.

Os outros riram novamente, Thiago apenas sorriu, contendo o riso novamente para não acordar a ruiva.

-Chega, eu desisto. – disse Sirius. – Cansei de competir com esse maldito gato!

Os outros riram e pra melhorar a situação o gato ronronou alto pousou a cabeça no braço de Sirius que fez uma careta. Thiago dessa vez não agüentou e começou a gargalhar, no que Lílian acorda assustada.

-Acho que ele gostou de você! – pirraçou Ana, segurando o riso.

-É Almofadinhas, mesmo você xingando o pobre coitado... –falou Remo divertido.

-Poxa, vocês nunca deixam ninguém dormir. – disse a ruiva emburrada, bocejando levemente.

-Ah, Lily, não é hora para dormir. – disse Alice divertida.

-Para você, não é... mas para mim, é. – ela lançou um olhar fuzilante para a amiga, voltando a folhear o livro aberto em seu colo.

-Gostou do travesseiro, Lily? – disse Lisa divertida.

-Hã?

Thiago corou furiosamente.

-O travesseiro fez de tudo para conter o riso e você não acordar.

-Desculpe, Potter. – murmurou a ruiva, corada.

-Não tem problema Lily.

Passado alguns minutos, a ruiva novamente cai de sono nos ombros de Thiago. O maroto cora furiosamente quando todos os olhares se voltam para ele.

-Algum problema? – ele ergue a sobrancelha.

-Eu achava que você devia abraçar a Lily por trás, nessa posição ela está tão desconfortável... – disse Lisa seriamente.

-Para ela me espancar quando acordar? – ele sussurrou. – Nem sonhando.

-Ah, qual é, Thiago? – Sirius sorriu marotamente. – Você está doido para fazer isso.

O maroto sentiu seu corpo se arrepiar lentamente, e suas bochechas arderem.

-Ah, calem essa boca. – murmurou ele, irritado, sobre os risos prendidos dos amigos.



( ...)



-Espero que a maquina presencie esse feito. – disse Remo, sorridente.

Thiago, depois de alguns minutos, passou a mão por trás dos ombros da ruiva, fazendo-a recostar em seu pescoço. O maroto agora dormia com a bochecha recostada nos cabelos dela, enquanto tinha uma das mão pousada em seu ombro, já Lily, tinha uma das dela em cima da perna dele.

-Ah, eles não ficam bonitinho juntos? – disse Alice sorridente.

-Só quero saber da reação da Lily quando ver isso. – falou Sirius receoso.



~~~~~~~~




-Ô, dorminhocos, chegamos. – disse Lisa lentamente, cutucando Thiago.

-Hã? – falaram Thiago e Lílian ao mesmo tempo.

Thiago tirou a bochecha da ruiva e encarou a amiga.

-Chegamos? – a ruiva esfregou os olhos levemente e levantou a cabeça

-Nossa, estou exausto. – Thiago murmurou, para logo depois bocejar.

-Potter? – Lilian se virou para ele.

-Sim?

-Você... nós...

-Dormiram abraçados. – disse Sirius rapidamente.

Num gesto cauteloso Thiago tirou a mão dos ombros da ruiva enquanto ela tirava rapidamente a mão de cima da perna dele, ambos se entreolharam e coraram furiosamente.

-Desculpe, Potter. – ela sorriu amarelo.

-Quando é que você vai voltar a me chamar de Thiago definitivamente?

A ruiva deu de ombros.

-Acho que Potter soa melhor.

-Dá mais gosto de falar... – Lisa sorriu marotamente. – Thiago é para ocasiões especiais, não é, dona Lily?

-LISA! – a ruiva corou furiosamente, no que todos riram.



***




-Olá, meu pequeno amigo! – disserram Sirius, Thiago e Remo ao mesmo tempo, se expremendo por entre os garotos do primeiro ano, que olhavam assustados para Hagrid.

Um sorriso foi percebido por entre as barbas espessas do gigante.

-Olá garotos. – ele olhou atentamente para os três. – Olá garotas. – ele deu um aceno para as quatro, que sorriram e acenaram de volta.– Onde está o Pedro?

-Bem, ele correu para pegar uma carruagem, alegando que os doces da viagem não foram suficientes. Andamos meio sumidos, não?

-Ah, claro. – ele os olhou inquisidoramente. – Há meses que não os vejo, o Remo ia de vez em quando lá.

-Algo ocupava a cabeça desses dois. – Remo sorriu marotamente. – Uma certa garota de cabelos castanhos e uma certa ruiva.

Sirius e Thiago sorriram amarelo.

-Ainda tentando sair com a Lílian, Thiago? – ele tornou a sorrir.

-Ele é um maroto e marotos não desistem nunca. – disse Sirius sorridente. – Mas eu consegui... estou oficialmente amarrado. – completou pondo as mãos no peito, o estufando e olhando para cima.

Hagrid riu fracamente, no que os alunos – que ainda esperavam as instruções dele – pularam de susto.

-A Lisa, suponho.

-Como adivinhou, meu caro amigo?

-Hum, Hagrid... – começou Remo. – Você não tem que levar os outros alunos?

-Oh, sim! – disse ele rapidamente. – Estava esquecido. Apareçam qualquer dia lá, para me verem. – ele rapidamente se virou. – Alunos do primeiro, me sigam.



( ... )



-Vocês demoraram! – disse Lisa irritada.

Algumas quartanistas passaram por eles e acenaram para Sirius, dando risinhos irritantes. Sirius retribuiu o aceno e elas soltaram gritinhos agudos. “Ele acenou para mim!”, uma disse animada. Sirius voltou o olhar para as garotas. Lisa o encarava mortiferamente.

-Foi só um aceno, amor. O que tem demais? – ele sorriu marotamente.

-Eu não me preocupo com os acenos, Sirius. Estou mais preocupada com o que vem depois deles.

Todos riram.

-Hum... ainda estou me acostumando a idéia de estar amarrado. – disse ele, enlaçando-a pela cintura, e a puxando levemente, fazendo-a acompanha-lo. – A mesma coisa será com os outros.

-E desde quando estamos namorando? – ela ergueu uma sobrancelha.

-Não estamos? – ele parou bruscamente e arregalou os olhos, os amigos prenderam o riso.

-Você não fez nenhum pedido oficial.

-Er... tem razão. – ele sorriu amarelo e eles voltaram a andar.

-Não vai fazer? – ela ergueu uma sobrancelha. Mais risos.

-Faremos um seguinte. Estamos num pré-namoro. Quando eu me sentir devidamente preparado, eu faço o pedido. – disse pomposamente, fechando os olhos e com o rosto voltado para a direção do dela.

-Ah... ok. – ela respondeu confusamente. Os amigos riram mais ainda.

Sirius sorriu marotamente, pensaria num pedido inesquecível.



~~~~~~~




“Tudo que lhes peço é um pouco de atenção

Que não se assustem os novatos, irei apenas entoar uma canção

Sou eu, o chapéu seletor

Apesar de ter boca, eu não mordo

Não há razão para tanto temor...

Da cabeça de um dos fundadores, eu nasci...

E é com grande pesar que vos digo que envelheci...

Somente no corpo, mas nunca na alma...

Estive em momentos de tormentas e também de pronfunda calma...

Estive em momentos de profunda tristeza e incansáveis alegrias...

Estive em coisas que me causavam alívio ou então profunda agonia...

Mas sempre estive aqui...

Para testa-los e separa-los...

Hogwarts foi criada com um fim comum... Ensinar

Mas devido as discordâncias entre os fundadores...

Em vez de uma, quatro casas eles se empanharam em criar...

Godric Gryffindor, sangue-frio, ousado e destemido...

Só pessoas como ele, em sua casa seriam admitido.

Na casa da sábia Rowena Ravenclaw,

Somente aqueles de inteligência evidente.

Para o astuto Salazar Slytherin,

Ser sangue-puro era o fator essencial...

E a prestativa Helga Hufflepuffy,

Acolhia a todos restantes, sem nenhum preconceito...

Mas, mesmo sendo tão grandiosos,

Sendo humanos, nossos fundadores possuíam defeitos.

E foi devido a eles que quase sucumbimos

Entre guerras e combates entre casas e fundadores

Se tornando cada vez mais constantes

O fim de Hogwarts era nítido.

E, mesmo depois da saída do astuto Slytherin...

A rivalidade de outrora ainda nos ronda.

Peço-vos então, apesar de separa-los

Meu erro profundo, jamais consertado,

Uni-vos...

Não sabemos o que nos espera no futuro.

Uni-vos...

Para assim, com laços fortes e sinceros...

Vencermos a ameaça, visível ou invisível...

Que eu sinto cada vez mais perto...”




Thiago e Lílian rapidamente se entreolharam, sentindo um arrepio percorrer na espinha.

-É minha impressão ou isso foi um aviso? – disse Lisa, séria.

-Será que esse tal de Voldemort está tão forte assim? – disse Pontas, um pouco preocupado.

-Quem é Voldemort? – perguntou Pedro, confuso.

-Isso é uma longa história, Pedro.

Eles rapidamente se calaram, devido ao olhar fuzilante da professora Mcgonagall. Thiago suspirou e decidiu prestar atenção na seleção das casas, Lílian o olhava de soslaio com um olhar preocupado. Sirius e Lisa cochichavam algo entre si, ignorando o olhar que Mcgonagall a pouco lhes lançara. Alice fitava um ponto da mesa, com um olhar vago, enquanto Ana a abraçava levemente. Remo estava um pouco pálido e Pedro olhava atentamente para o prato.

-Alvin, Jonh. – um moreno de cabelos compridos se aproximou, um pouco receoso, do chapéu.

Thiago deixou escapar um sorriso entre seus lábios, enquanto sustentava o queixo nas mãos, cujos cotovelos estavam apoiados na mesa, e rapidamente as lembranças de seis anos atrás lhe vieram à mente.



“Hogwarts, Setembro de 1970, Ante-sala do Salão Principal



Uma coisa que Thiago Potter não gostava de sentir, era ansiedade. E, naquela noite, ele se sentia como se tivesse absorvido toda a ansiedade do mundo. Seus pais, muito menos seus padrinhos resolveram não contar como era feita a seleção e, inexplicavelmente, todos os livros que ele poderia pesquisar sobre o assunto, desapareceram da biblioteca da casa dele.

E, foi ali, naquela ante-sala que avistou as pessoas que, no futuro, seriam seus grandes amigos.

Um garoto de cabelos castanho-claros estava recostado à parede, mais pálido do que nunca, fitando o nada, enquanto aguardava a chegada da professora. Outro de cabelos negros estava recostado na mesma parede, só que um pouco mais afastado do primeiro, olhando com desdém para outros presentes, enquanto tinha as mãos sobre a cabeça. Um gordinho comia uma imensa barra de chocolate, dando pulinhos assustados e olhando para os lados. Uma ruiva e a morena cochichavam ansiosas no meio da sala. A loira e que o acompanhou na travessia de barco e uma garota de cabelos castanhos, que ele reconhecia ser Lisa e com quem ele viera no trem, juntamente com um garoto de cabelo castanho, estavam juntos, mas não conversavam, apenas ficavam observando os outros alunos.

Thiago suspirou. Ele correu o olhar pela ante-sala, e dando de ombros, se juntou ao garoto pálido – ele realmente não aparentava estar bem, e quase ninguém notara isso.

-Está tudo bem com você? – ele perguntou gentilmente.

-A-a-acho que sim. – respondeu o garoto, extremamente corado.

-Me chamo Thiago Potter. – ele falou, sorrindo gentilmente.

-Remo Lupin. – ele sorriu timidamente em resposta.

-Tem idéia de que casa vai ficar?

Ele deu de ombros.

-Provavelmente Corvinal. – Remo prometera a si mesmo que faria de tudo para não fazer amizades, mas estava tão nervoso que se esquecera de cumpri-la e deixava-se conversar com aquele garoto de cabelos arrepiados e ar encrenqueiro. – E você?

-Sinceramente... eu não sei... – ele suspirou. – Mas, eu gostaria muito de ir para a Grifinória.

-E... se não houver casa para mim? – disse garotinho gorducho, que Thiago observara a pouco, indagar nervoso, no que Thiago e Remo rapidamente o encararam confusamente.

-Se não tivesse casa para você, certamente não seria chamado. – resmungou Sirius com descaso, ainda na mesma posição, só que de olhos fechados. – Não seu qual é o drama... – ele abriu os olhos e encarou os outros com um sorriso pelo canto dos lábios. – São selecionadas as pessoas que mais se identifiquem com a personalidade de determinado fundador... Salazar Slytherin, Godric Gryffindor, Rowena Ravenclaw e Helga Hufflepuffy, se você não se identificar com as três primeiras casas, a última lhe acolherá sem pestanejar.

Pedro olhou admirado para Sirius, enquanto comia um pedaço do seu chocolate.

-Ah, é? Sabe como somos selecionados, então? – disse Thiago, com ar superior.

-Em que mundo você vive? – ele ergueu uma sobrancelha. – Não há razão para dramas... é só um chapéu idiota que separa cada casa. Você é um filho de trouxa por um acaso?

-Não. – disse Thiago emburrado. – Alan Potter.

Sirius sorriu pelo canto dos lábios, e tirou as mãos da cabeça.

-Um Potter? Hum, interessante.

-E você...?

Sirius deu de ombros.

-Acho que meu nome não é muito importante.

A porta da ante-sala se abriu e Mcgonagall ordenou que todos a acompanhassem. Sirius rapidamente passou pelos outros garotos, ainda com um sorriso pelo canto dos lábios.

Thiago, que o observava, bufou de raiva e se virou para Remo.

-Provavelmente mais uns desses sangue-puros metidos à deuses.

-Fazer o quê? Existem pessoas preconceituosas nesse mundo... – o garoto empalideceu.

-É duro pensar que vamos ter que conviver com gente dessa laia. – Thiago disse emburrado. – Bom, é melhor seguirmos.

Eles deram os primeiros passos, no que Pedro os seguiu.

-Será que é verdade o que aquele idiota falou? – indagou Thiago para um Remo pensativo. – Que somos selecionados por um chapéu?

Remo deu de ombros.

-Acho que como os seus pais, os mesmo não queriam estragar a surpresa. – ele deu um sorriso tímido.

-Odeio quando eles fazem isso. – eles se entreolharam e riram levemente.

Thiago se lembrara que, naquele dia, o Chapéu Seletor havia sumido e alguns professores tiveram que procura-lo, por isso, os alunos do primeiro ano ficaram aguardando por alguns momentos... quem fez esse feito, ainda era um mistério.

-Como será que somos selecionados? – Thiago ouviu a ruiva que encontrara a pouco, indagar nervosa para morena. – Não vi nada no que eu li em Hogwarts, um história... eu sabia que devia ter terminado esse livro... – ela empalideceu. – Será que devemos fazer alguma magia? Talvez esconder um elefante num dedal ou... – ela engoliu em seco.

-Meu pai não me contou nada... – retrucou a outra. – Mas fique tranqüila Evans, olha para o velho barbudo... ele não parece ser tão ruim assim, parece?

Elas olharam para Dumbledore, que tinha uma feição calma no rosto – um pouco divertida até. As garotas se entreolharam.

-Ele não deve fazer nada perigoso, não é? – indagou Lílian aflita.

-Eu sei qual é o teste... – disse Thiago sorrindo marotamente.

Remo o olhou receoso.

-Potter, não temos tanta cer...

-E qual seria? – a ruiva se virou para ele, surpresa.

-Devemos tentar domar quatro tipos de animais. – Thiago olhou de soslaio para Remo e deu uma cotovelada de leve na costela dele, quando viu que o mesmo iria abrir a boca para falar algo.

-Quatro tipos de animais? – disse a morena, aflita.

-Sim. E a depender de qual a gente conseguir – isso se a gente não morrer primeiro – nós ficamos na casa.

Lílian e Ana se entreolharam, totalmente pálidas. Depois lançaram um olhar para o diretor da escola, percebendo o sorriso maléfico que ele exibia – que nada mais era do que fruto da imaginação delas.

-É-é-é verdade?

-Sim, por que eu mentiria?

-Céus, eles querem nos matar! – disse Lílian desesperada. – Pelo amor de Deus, você conhece um encantamento para deter esses animais?

-E quem disse que vamos usar a varinha? – ele ergueu uma sobrancelha.

-S-sem varinha? – Lílian tremeu. – Colt, vamos dar o fora daqui... – disse ela puxando a garota pelo braço. – ... agora! – completou num fio de voz.

Thiago prendeu o riso, enquanto a ruiva abria espaço por entre os garotos, a fim de sair dali.

-Por que você fez isso? – disse Remo, finalmente.

-Tive vontade. – ele deu de ombros.

As duas garotas acabaram tropeçando no pé de um garoto com cabelos oleosos e, rapidamente os que estavam ao redor, se afastaram, menos um, que olhava distraído o teto enfeitiçado. Ana e Lílian soltaram um grito fraco, mas era tarde demais... as duas garotas acabou por cair por cima de um moreno.

-Hey, não olham por onde andam não? – disseram Black e Snape ao mesmo tempo. O primeiro estava por baixo das duas garotas, enquanto o segundo massageava o pé, olhando-as com profunda raiva.

Todos os olhares naquele instante, já estavam voltados para os três garotos caídos no meio do salão, o que fez com que as duas garotas corassem fortemente.

-Desculpe... – disseram Lílian e Ana ao mesmo tempo. – Não era nossa intenção.

-Mas esbarraram. – disse ele emburrado. – Seria pedir muito para vocês saírem de cima de mim?

Lílian e Ana rapidamente assentiram, se levantando rapidamente. Ambas estenderam a mão para ajudar Sirius, mas o mesmo se recusou, se levantando pomposamente, dando uma última ajeitada nas vestes antes de encara-las.

-Queriam pegar um hipogrifo voando? Para correr tanto assim...

-Não... vamos sair o mais rápido possível daqui.

Sirius cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha.

-E por qual seria o motivo?

-Queremos voltar para casa... não queremos enfrentar monstros. – disse Ana desesperada.

Alguns alunos soltaram exclamações surpresas, alguns gritaram e outros riram.

Snape deu um muxoxo e murmurou um nítido “Sangue-ruins”, voltando a olhar para a frente.

-Enfrentar... – ele franziu o cenho, mas ao avistar um garoto de cabelos arrepiados, os observando atentamente, o entendimento se fez presente. – Se você considerar um chapéu velho sendo um monstro... pode ir embora. – ele disse calmamente.

Thiago, que ouvia a conversa atentamente, deu um bufo de raiva.

-O idiota estragou minha peça. – disse ele irritado. – Mais terá volta.

-Você adora arranjar confusão, não é, Potter? – Remo indagou, erguendo uma sobrancelha.

-Ele que me provocou.

-Filho de trouxas... – disse Sirius revirando os olhos. – Sempre assim. – ele deu as costas para a garota e se enfiou por entre os alunos, desaparecendo da vista das garotas.

-Será que o que aquele garoto falou a verdade? – disse Ana, intrigada. – Ou foi o primeiro?

-Não sei... cada um parecia tão confiante no que diziam...

-Eles saem do chapéu. – disse Thiago rapidamente, abrindo espaço por entre os outros. – E olhe, ele está vindo. – ele apontou para a professora Mcgonagall.

-Evans, eu acho que não há mais escapatória. – disse ela, desesperada, apertando a mão da garota. – Se eu não sair viva dessa... saiba que fiquei feliz por ter te conhecido. – completou quando os alunos se viraram para o chapéu que fora colocado em cima do banquinho.

-Eu também, Colt, eu também...

-Será que temos que enfrentar todos juntos??? – disse ela, aflita.

-Talvez...

Elas olharam para o chapéu, extremamente ansiosas. Elas reprimiram um grito – além de outros alunos – quando um rasgo se abriu, enquanto Thiago e Sirius prendiam o riso. O olhar de ambos se encontraram e, vendo que faziam uma coisa juntos, pararam de rir ao mesmo tempo, lançando olhares fuzilantes um ao outro.

Quando o chapéu começou a cantar, as duas se olharam incrédulas.

-Seria o canto de anuncio à morte futura dos que seriam os futuros alunos? – sussurrou Lílian para a amiga.

Ana deu de ombros, aflita demais para falar qualquer coisa. Elas continuaram a observar o chapéu atentamente, pensando que, a qualquer minuto ele tossiria e deixaria escapar ou uma Quimera, ou um Dragão, ou um Basilisco, ou um Minotauro – ou os quarto juntos de uma vez só – de dentro dele. A canção terminou – apesar delas não terem ouvido um verso sequer da mesma, pois apenas perceberam devido ao silêncio que reinou no salão – e prenderam a respiração.

-Quando eu chamar os seus nomes, vocês se sentarão no banquinho e porão o chapéu na cabeça... – disse Mcgonagall seriamente.

Ana e Lílian soltaram a respiração tão rápido que formou-se um fraco assobio.

-Alvin, Marcus.

-Era só para experimentar o chapéu. – disse Lílian aliviada. – Só um chapéu! – completou num fio de voz.

Thiago gargalhou enquanto Remo meneava a cabeça, Pedro engoliu a última parte do chocolate e sorriu fracamente.

-Black, Sirius.

Sirius exibiu um olhar superior enquanto andava tranqüilamente através dos presentes. E enquanto o fazia, podia ouvir os alunos cochicharem algo tipo “Esse aí vai para a Sonserina, tenho plena certeza” ou então “Ah, mais um Black não!”. Ele se sentou no banco com um olhar entediado, Thiago corou furiosamente de raiva.

-Ele é um Black! Um maldito Sonserino Black! – ele bufou de raiva. – Como eu não consegui perceber aquela arrogância toda? Hunft! Só podia ser essa família sangue-pura que se acha a dona do mundo... um bando de loucos, isso sim! Assim como os Malfoy’s e Snape’s. – ele cochichou para Remo. – Meu pai é auror, ele nunca simpatizara com esse tipo de gente... acham que sangue-puro é tudo no mundo bruxo... Assim como o fundador da casa que eles certamente irão: a So...

-GRIFINÓRIA!

Thiago quase caiu de susto.

-Grifinória? – ele murmurou. – Um Black na Grifinória?

Eram o que todos murmuraram no momento e, foi nesse murmúrio que o futuro maroto se encaminhou para a mesa. Os antigos grifinórios se esqueceram de aplaudir, tamanha fora a surpresa e, só se lembraram de o fazer quando o moreno já estava devidamente instalado, no canto mais afastado da mesa e longe do resto... e Mcgonagall chamava Colt, Ana.

-Agora é que a Sra Black me enterra vivo... – ele suspirou. – Grifinória. O “querido” primogênito dela na Grifinória... – ele enterrou o rosto nas mãos, imaginando o castigo iminente que receberia. – Maldito chapéu seletor! – praguejou baixinho.

Tudo bem que ele nunca fora o que se pode chamar de filho perfeito, já que, mesmo sendo ensinado da melhor maneira e aprendido de cor os dogmas dos Black, ele sempre tivera umas pequenas discussões com o seu pai ou sua mãe, por não gostar de imporem as coisas assim para ele e também por discordar dos pensamentos retrogados dos seus familiares... mas, ir para a casa rival seria a gota para sua família.

-Vai ser um milagre se eu não for desterrado da família amanhã mesmo... aliás, se eu amanhecer vivo amanhã.

Thiago ainda olhava surpreso para Sirius, tentando absorver a informação – assim como muitos dos presentes – como um Black podia ir para a Grifinória?

-Será que ele não deve ser tão ruim assim como o resto da família? Ou o chapéu foi alterado magicamente? – ele olhou surpreso para Remo.

-Não sei... talvez ele seja diferente dos seus familiares, talvez ele seja a “ovelha branca” da família Black.

-Não... não deve ser. – disse Thiago num murmúrio. – Olha só para a cara de decepção dele! – ele apontou para Sirius, que tornou a enterrar o rosto nas mãos. – Ah, ele vai sofrer na minha mão! Agora quero mais do que tudo ser da Grifinória. – disse ele num sorriso maroto.

-Só queria saber quando foi que nasceu essa inimizade entre vocês... – disse Remo num suspiro derrotado.

-Não sei... – Thiago deu de ombros. – Talvez por ele ter se intrometido na nossa conversa, ter se achado o superior só por ser sangue-puro, rir de mim, estragar a peça que eu preguei na ruiva e sua amiga e... ser o último a dar a palavra, são bons motivos para você?

Remo revirou os olhos.

-Eu não acho que ele esteja decepcionado por estar na Grifinória... ele deve estar é... aflito. Também estaria se tivesse uma família como essa. – disse Remo seriamente. – Se tudo o que dizem dos Black for verdade, não quero estar na pele desse garoto quando ele voltar para casa.

-Você tem toda a razão. – disse Pedro sorrindo.

Thiago e Remo pularam de susto e olharam para o baixinho à sua frente.

-Você ainda está aqui?

-Bom... – ele corou um pouco. – Vocês não reclamaram... Não se importam que eu fique junto de vocês, não?

Remo e Thiago se entreolharam e deram de ombros.

-Tudo bem.

Lílian se senta do lado de Ana com um sorriso no rosto.

-Nem acredito! Ficamos na mesma casa! – disse ela alegre.

-Também fico feliz!!! – disse Ana sorridente. – Acho que devemos agradecer a alguém, não?

-É verdade. – completou ela, vendo que a amiga olhava para Sirius.

As duas caminharam lentamente em direção ao garoto, que fitava os outros alunos num olhar distraído.

-Seu sobrenome é Black, não? – disse Lílian docemente.

-Sim, vai fazer o quê? – disse ele emburrado, sem olhar para a garota. – Me expulsar da mesa Grifinória? Se veio fazer isso, perdeu o seu tempo... não esta vendo que eu estou abalado demais para vocês ficarem torrando minha paciência?

-Desculpe. – disse Ana corada. – Não queríamos incomodar.

Sirius rapidamente franziu o cenho e ergueu o olhar para as duas garotas, que se preparavam para ir embora.

-Ah, desculpem... vocês são filhas de trouxas, não são? – disse ele lentamente.

-De mãe apenas. – disse Ana corada.

-Totalmente. – disse Lílian sorrindo.

-Certamente, as duas desconhecem a fama da família Black. – disse ele, num suspiro.

-É tão ruim assim você está aqui?

-Essa foi a pior coisa que podia ter me acontecido. E, a gota d’água, é estar conversando civilizadamente com vocês. Mas... – ele sorriu marotamente. – Os sangues-impuros... – disse ele irônico. – Não parecem ser tão ruins quanto aparentam.

Lílian sorriu fracamente.

-Preconceito existe em todos os lugares, só nos resta aprender a conviver com eles e quem sabe... ignora-los completamente.

-Desejo sorte à vocês, então... – disse Sirius sorrindo lentamente. – Vocês vão precisar, principalmente quando diz respeito à sonserinos.

-Bom, acho que você precisa mais do que nós. – Lílian disse sorrindo fracamente.

Sirius retribuiu o sorriso.

- Se não se importam, eu quero ficar sozinho agora.

- Até mais, Black.

-Até mais, garotas.

-Lupin, Remo.

O maroto empalideceu, no que Thiago sorriu.

-Boa sorte, cara.

O outro sorriu timidamente e caminhou lentamente até o banquinho. Thiago cruzou os braços e suspirou. Quando o chapéu gritou “Grifinória”, Thiago sorriu para Remo e ele lhe sorriu de volta, enquanto se dirigia à mesa dos leões. O futuro maroto desviou o olhar de Lupin e passou a observar Black com os olhos semi-cerrados. Iria vigiar aquele garoto de perto... principalmente em época de Quadribol. Talvez ele se torne o espião dos sonserinos na área deles – ele pensava como se já fosse Grifinório... – e poderia fazer tudo para sabotarem os leões.

Sirius ainda fitava tudo com um extremo tédio. Os bancos ao lado dele estava desocupados, como se o mesmo tivesse uma doença contagiosa. Suspirou e um sentimento de raiva o invadiu. Por que raios esse preconceito todo por causa de um sobrenome? Bufou irritado e sentiu-se mais tedioso ainda. Mas sua mente martelava com a idéia de que ele iria provar para todos que era totalmente diferente dos outros Black que eles já haviam conhecido.

-Potter, Thiago.

Thiago suspirou e caminhou ate o banco confiante. Antes de Mcgonagall colocar o chapéu com um sorriso fraco no rosto, seus olhares se encontraram e ele quase podia ouvi-la dizer “Boa Sorte”. Ele passou a mão pelos cabelos e ela colocou o chapeu na cabeça.

-Olha lá, Evans... é o garoto de cabelos arrepiados... em que casa será que ele vai ficar?

Mas a ruiva não ouvira o murmúrio da morena, pois esta muito preocupada em recitar o seu mantra.

-Ele na Grifinória, não... Grifinória, não... Ele na Grifinória, não... Grifinória, não... Por favor meu bom Merlim, Grifinória não!

Mas, parece que Merlim não estava disposto a ouvi-la naquele momento, pois o chapéu gritara em alto e bom som a palavra “Grifinória!”.

A ruiva afundou no seu banco e engoliu em seco.

-Qual a razão do desespero, Evans? – disse Ana calmamente. – Ele não vai te morder...

-Algo me diz que eu e o tal do Potter na mesma casa, não vai dar em boa coisa. – como Lílian estava certa quando disse aquelas palavras... – Colt, eu sei... ele vai torrar minha paciência... Ah, não! Lá vem ele!

Thiago passou por Sirius, não sem antes lançar um olhar mortífero e ameaçador, que foi retribuído em igual intensidade. Ele rapidamente se sentou do lado de Remo e, conseqüentemente, ao lado da ruiva.

-Ah, foguinho... – disse ele sorrindo, logo depois de falar com Remo. – Que coisa maravilhosa, não? Ficamos na mesma casa!

Remo suspirou e meneou a cabeça... ele não merecia isso.

-Ah, eu fiquei tão feliz! – falou ela irônica. – E é Evans, Evans! Não me chamo foguinho.

-Ah, vamos foguinho... que falta de senso de humor... – ele sorriu marotamente. – Não gostou da brincadeira?

-Ah, não enche seu idiota.

-Potter, foguinho, Potter. – ele sorriu marotamente. – E os incomodados que se mudem.

-Eu certamente mudaria, se tivesse lugar vago.

-Bem, para isso existe chão.

Rapidamente o silêncio reinou no salão quando o diretor se levantou, mas somente duas pessoas não chegaram a ter consciência disso.

-Sejam bem-vindos à...

-Como se eu fosse me sentar no chão por sua causa, Potter.

-Eu é que não vou sair daqui, Evans.

-... Hogwarts. – completou Dumbledore sorrindo fracamente. Mcgonagall lançou um olhar inquisidor para Thiago, mas este não viu. – Bom... – completou ele risonho. – Acho que devo parar meu discurso, pois minha voz está atrapalhando a conversa de dois senhores Grifinórios.

-Desculpe senhor diretor, não vai se repetir. – disse Lílian, seu rosto se fundindo a seus cabelos.

-Foi mal... – Thiago sorriu amarelo.

-Bem... obrigado. – ele voltou o olhar para o resto do salão. – Para aqueles que não me conhecem, sou Alvo Dumbledore, diretor desta amável escola. – ele fez uma pausa. – Sei que muitos devem estar com fome, mas peço uns minutos de atenção para esse velho caduco. – ele sorriu fracamente. – Apesar de eu ter quase certeza que muitos de vocês irão descumprir as regras... – ele olhou automaticamente para o afilhado. – ... tenho o dever de dizê-las. – ele voltou a olhar para todos presentes. – Vale anunciar, além de lembrar para os esquecidos, que a floresta desse recinto escolar é proibida para os alunos... tanto novatos quanto antigos. E, o sr Filch pediu para lembra-los que é proibida a mágica nos corredores durante os intervalos das aulas, como também é proibido os alunos de andarem pela propriedade do castelo à noite, despois do horário permitido...

-Merlim, esse discurso não acaba, não? – disse Pedro, com as mãos na barriga, sentado ao lado de Sirius. – Eu estou com fome!

-Devo concordar com você... – disse o moreno, seriamente e depois voltou o olhar para o diretor.

Pedro sorriu fracamente.

-Pedro Pettingrew.

-Sirius Black. – disse ele entediado.

O gordinho empalideceu.

-V-você é o B-Black q-que todos estavam f-falando?

Sirius revirou os olhos e o encarou firmemente.

-Sim, sou eu. – ele suspirou. – Mas não se preocupe. Eu não mordo, muito menos tenho alguma doença contagiosa, e nem vou te amaldiçoar por dirigir a palavra a mim... uma segunda vez.

Ele sorriu amarelo e Sirius voltou o olhar para Dumbledore.

-Será que existe alguma coisa que seja permitida fazer nesse castelo? – disse Thiago entediado.

-E o que você queria? Que fosse tudo liberado no castelo? Isso é um recinto escolar, Potter... não uma festa! – Lílian sussurou irritada.

-Tenho o dever de avisar que uma nova arvore foi plantada nos jardins do nosso castelo. – Remo empalideceu e afundou não banco disfarçadamente. – Desde que não queiram sentir a força dos seus golpes e, talvez, terem uma morte extremamente dolorosa, não se aproximem dele. – disse Dumbledore, lançando um olhar discreto e de estima para Remo, que sorriu fracamente. – Então, acho que todos devem estar cansados dessa falação infindável e um tanto quanto entediante.

-Com certeza! – falaram Thiago e Sirius ao mesmo tempo.

-Resta lhes dizer – ele sorriu fracamente. –somente duas palavras: Bom apetite. – e voltou a se sentar no lugar.

-Ah, ta... e onde está a comida? – disse Lílian irritada se virando e dando de cara com uma coxa de galinha a poucos centímetros do seu nariz.

-Servida?

Ela olhou para o lado, com um olhar desconfiado. Thiago sorria fracamente para ela.

-Considero isso um pedido de desculpas?

-Com certeza!

-Obrigada, então. – disse ela sorrindo. A ruiva ia se preparar para pegar a coxa, mas o garoto foi mais rápido e a levou à sua boca.

-Disponha. – ele respondeu, com a boca um pouco cheia.

Lílian revirou os olhos.

-Ai, garoto! Como você é irritante!

-Eu sei que eu sou... – ele passou a mão pelos cabelos.

-Thiago, você sabia que é falta de educação falar de boca cheia na mesa? – disse Lisa com uma sobrancelha errada.

-Liz, querida, você por aqui? – ele sorriu marotamente.

-Deixa a garota, Thiago. O que foi que ela te fez para você ficar pegando no pe dela, hein?

-Isso é algo que eu também gostaria de descobrir. – disse Lílian emburrada.

-Não liga para meu amigo, ele sabe ser insuportável quando quer.

-Poxa... assim você me ofende. O que os outros vão pensar de mim?

-Que você é um cafajeste? – ela indagou com uma sobrancelha levantada.

-Malandro soa melhor. – disse ele, num sorriso, no que ela riu fracamente e Lílian bufou de raiva.”




-Thiago? – disse Lílian preocupada.

-Hum? – ele rapidamente “acordou” e voltou o olhar para Lily. – Ah, sim, foguinho?

A ruiva revirou os olhos à menção do apelido. Só então Thiago percebera que foi um milagre ele continuar mergulhado em suas lembranças, com a balburdia que se espalhara pelo salão.

-Servido? – ela ergueu uma torrada, deixando-a perto do nariz dele.

-Não, obrigada. Não gosto de torradas.

A ruiva gargalhou, no que ele a seguiu.

-Estava relembrando o passado, Pontas? – disse Sirius sorrindo marotamente.

-É... e cheguei a conclusão de que você é mais insuportável do que era antes.

-Ah, obrigado pelo elogio. – respondeu ele, fazendo uma breve reverência.

-Perdi alguma coisa? – Thiago disse sorrindo marotamente.

-Ah, não... o Tio Dumble falou o de sempre... Acho que o Filch ainda tem esperanças de que vamos um dia cumprir – e ler – as vinte e duas novas coisas que ele declarou como proibidas em Hogwarts.

Remo suspirou e Lílian revirou os olhos.

-Vocês não se cansam, não? – disse Alice, sorridente.

-Não... – disseram Thiago e Sirius ao mesmo tempo.

-Temos que preparar um novo plano, Sirius. – disse Thiago. –Um plano perfeito!

-E qual seria? – disse Lisa curiosa.

-Coisas de maroto, cara Liz.

A garota deu um beliscão no braço de Sirius.

-Não seria com garotas, seria? – disse ela enciumada.

-Ai, Liz, isso dói sabia? – ele disse sorrindo marotamente. – E você sabia que existem lugares que um beliscão significa outra coisa?

-SIRIUS! – ela deu um tapa no braço dele, quando o garoto escorregou sua mão lentamente para cima da perna dela.

-Acho que o tapa deve ser universal. – disse Thiago risonho.

Lílian engasgou com o suco de abóbora, enquanto os amigos riam.

-Não somos namorados? – disse ele indignado.

-Acontece, Sr Black. Que existem áreas terminantemente proibidas para o senhor.

-Qual o problema de eu alisar sua perna?

-Você queria era alisar algo mais em cima. – disse ela corada.

Sirius sorriu marotamente, no que os outros riram.

-Se você quiser... – disse ele se aproximando da garota, no que sentiu alguém puxa-lo pela gola da camisa.

-Não quero sessão de agarramento aqui do meu lado... – Thiago disse, num tom falsamente irritado.

-Chato! – Almofadinhas falou, revirando os olhos, enquanto todos riram e Lisa prendia o riso. – Mas podemos continuar depois, não é Srta Delacourt?

-Merlim, coitada da Lisa... eu não queria estar na pele dela, agüentar o Sirius? É algo imerecível!

-Você agüenta e terá que agüentar alguém pior do que eu, Lily... o Thiago.

-Hey! – disse o maroto, indignado, sobre o riso dos outros.

-Devo concordar! – disse Lílian risonha. – Mas, você até que tem alguns atrativos... – ela sorriu fracamente. – Já o Thiago... – ela encarou o maroto com um sorriso no canto dos lábios.

Todos gargalharam devido a careta que o garoto exibiu, enquanto corava.

-Tenho muitos? – ele sorriu marotamente, encarando a ruiva, foi a vez de Lílian corar.

-Não, nenhum. – disse Lílian, recuperada.

-Poxa, Lily, assim você magoa meu amigo... – disse Sirius, num tom falsamente consolador. – Olha, ele está até chorando...

Thiago enxugava falsas lágrimas, e dava falsos soluços, um tanto quanto cômicos. Lílian revirou os olhos falsamente e meneou a cabeça.

-Coitadinho...

-Lily... você feriu meus sentimentos, sabia? – ele soluçou fingidamente.

Lílian riu fracamente.

-Ah, Potter, deixa de ser fingido.

-Hunft! – disse ele indignado. – Você não se comove com nada...

-Que venha de você, sim. – completou, risonha.

-Eu achava melhor quando você me chamava de arrogante. – disse ele, numa careta, arrancando risos dos presentes.

-Se quiser, eu posso continuar... não é incômodo nenhum para mim.

-Desisto. – ele falou, em tom de derrota.

O silêncio reinou entre eles, e Remo foi o primeiro a se manifestar novamente.

-O que vocês acharam da mensagem do Chapéu?

-Ele propõe uma união entre as casas.... – murmurou Lílian pensativa.

-Eu não sei se vou conseguir me unir a todo mundo... – Thiago olhou feio para a mesa Sonserina. – Mas, no quesito Voldemort, tenho plena certeza que esses idiotas serão os primeiros a se unirem a eles... bando de vermes.

-Potter! Você não deve ficar julgando as pessoas assim, dessa forma! Nem todos os Sonserinos são esses monstros que vocês pintam!

-Você tem razão... eles são piores do que imaginamos.

-Potter! – disse Lílian irritada.

-Você não espera que a gente aperte a mão do Ranhoso e chame ele para passar o natal na minha casa, não é? – disse Thiago, indignado. – Quem sabe ser até padrinho do meu casamento? Ou quem sabe do meu filho? Conta outra, Lílian!

-Não. – ela revirou os olhos. – Mas, tentar uma aproximação, seria uma boa.

Sirius e Thiago se entreolharam, completamente indignados.

-Se um dia - eu sequer - pensar na possibilidade de ser mais amigável com aquela reserva de ranho, me internem... ou melhor, me enterrem vivo... pois eu não mais mereço mais habitar esse corpo perfeito. – disse Sirius rapidamente.

-Esse cara está metido até os cabelos oleosos em Artes das Trevas... tenho plena certeza. – ele olhou para Snape firmemente, no que o copo que estava em cima da mesa, tremeu levemente.

-Você também achava que o Sirius era assim, no entanto, quando o conheceu melhor, viu que ele é totalmente o oposto do que você pensava que ele era.

Thiago rapidamente olhou para Lílian, no que o copo em cima da mesa tremeu mais um pouco, ele o segurou firmimente.

-Você vai ficar defendendo ele, é? Lily, por que você defende tanto esse cara, hein?

A ruiva deu de ombros.

-Só acho que todos merecem uma chance. Talvez o Snape não seja tão ruim quanto vocês o pintam.

-Ele sempre te chama de... de... você-sabe-o-quê, Lílian. Isso é motivo suficiente para ele ser a pior pessoa que existe nessa terra. – disse Thiago, completamente irritado, ele viu a jarra a sua frente tremer fortemente, assim como o copo à sua mão.

-Thiago, se acalma... – disse Sirius num sussurro apressado.

O maroto suspirou lentamente, e o copo e a jarra pararam de tremer.

-Se ele me chama de sangue-ruim, Potter, só diz respeito a mim... e isso não é motivo para você viver azarando-o.

-Lily, não é simplesmente porque ele te chama disso. – Thiago suspirou novamente. – Eu o odeio! Não suporto! Abomino!

-Mas, por causa da sua inimizade com o Ranhoso, acaba julgando os outros sonserinos erroneamente.

-Para mim, é tudo poção do mesmo caldeirão. – disse Sirius, emburrado. – O Thiago está certo, Lílian. – disse Sirius apertando os olhos para Narcisa Black e Lucio Malfoy, que conversavam animadamente.

-Não adianta, Lily... – disse Remo calmamente, quando a ruiva abriu a boca para falar. – Não há como persuadir Sirius e Thiago quando se trata de sonserinos. Mas devo admitir que, em certa parte, eles estão certos. Acho melhor subirmos.

Remo rapidamente se levantou, no que os amigos os seguiram.



N/A: Bom, a canção do chapéu seletor é de minha autoria... me desculpem se ficou uma porcaria... u.u * Nossa, rimou!!!! Hehehehehehehehehehehe. Hum, que merda foi essa que eu escrevi, tudo bem que rimou, mas... precisava dizer??? u.u*. Eu realmente não iria coloca-la, mas, de repente, me veio a ideia de faze-la e eu fiz. E então, o que acharam do cap??? Beijos e inté a próxima!!!!!

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