A Última Noite



Quando saiu do banho, Hermione vestia sua camisola. Encontrou Harry, apenas com a calça do pijama, olhando absorto para a lareira. A chuva caía fina do lado de fora e havia esfriado um pouco.

- Está tudo bem Harry?

- Hã? Ah, claro. Estou bem. – respondeu ele – Estou tendo a certeza que aquele veneno não torne a ameaçar ninguém. – acrescentou, vendo o pergaminho com a fórmula do veneno queimar e virar cinzas no fundo da lareira.

- Agora que tudo acabou, dá uma sensação de alívio, não é?

- É, faz a gente ficar mais leve. – ele disse – Você sabe, eu vou sentir muita falta disso aqui. Da pousada, do passeio de bicicleta, até da Sophia... – e olhou para a amiga ao seu lado – É uma pena termos que ir embora.

Hermione enxugou uma lágrima que escorria pelo rosto e também olhou para ele.

- Apesar do que houve comigo, eu também sentirei falta disso aqui, Harry. – ela olhou para o chão e depois voltou a encará-lo – Mas o que mais sentirei falta é de ter você assim, tão próximo a mim.

- Mione..., eu...

Ela colocou um dedo nos seus lábios, o calando.

- Vamos fazer valer a pena...

Dizendo isso ela tirou seus óculos e os pousou na mesa. Desceu a mão pelo seu peito nu e, chegando mais abaixo, puxou o laço da calca do pijama dele, olhando bem dentro dos seus olhos, mostrando exatamente o que queria. Ele então fez um carinho em seu rosto e a beijou. Um beijo lento e quente. Harry queria sentir toda maciez da sua boca e explorar lentamente seu interior. Suas línguas se acariciavam devagar, enquanto eles se abraçavam forte. Ele então a levantou no colo, sem desgrudar um segundo da sua boca. Levou-a até à cama e se deitaram. Ele puxou para baixo a alça da sua camisola, enquanto lhe dava beijos úmidos no pescoço. Hermione estava nas nuvens, sentindo a boca quente dele deslizar sobre sua pele, fazendo-a se arrepiar toda. A camisola foi retirada, assim como o restante da roupa de ambos. Harry acariciou seus seios e envolveu um deles com os lábios, ouvindo ela soltar um gemido. Eles ficaram lado a lado e se beijavam vorazmente agora, como se quisessem engolir um ao outro. As mãos dele percorriam todo o corpo dela e vice-versa. Hermione levou uma de suas pernas por sobre o quadril de Harry, arrancando-lhe um barulho abafado entre os beijos. Seus corpos estavam quentes, febris. Ele rolou por cima dela e veio beijando seu pescoço, seios, barriga...

- Mione, eu... quero... provar você...

Então ele passou a língua pelo seu ventre e desceu um pouco mais, até onde queria. Ela apenas enfiou seus dedos nos cabelos dele, enquanto fechava os olhos aproveitando aquela sensação mais que maravilhosa. Harry ouvia sons desconexos que vinham da sua boca enquanto permanecia ali, dando prazer a ela. Então ela chegou ao seu ápice. Seu corpo estremeceu.

- H-Harry...

- Shhh – ele murmurou, ficando mais tempo ali, até que ela tivesse uma segunda vez de êxtase máximo.

Ela achou que iria desfalecer, tamanho prazer que ele estava dando a ela. Então ela decidiu que queria fazê-lo sentir o mesmo. Sentou e o puxou para sentar. Ajoelhou-se em frente a ele. Quando Harry sentiu-se dentro de sua boca, ele não pôde segurar um gemido alto. Ele sentia-se, naquele momento, o mais feliz de todos os homens, bruxos ou não. E o melhor é que quem lhe dava aquelas sensações indescritíveis era a mulher que ele amava. Poderia morrer agora, pois já estava no paraíso. Ele estava com o corpo em chamas quando a puxou e colocou-se por cima dela, transformando seus corpos em um só. Nesse momento, pareceu a ela que haviam retirado seu chão. Ela sentia-se flutuar naquelas sensações inebriantes, quentes. Seus corpos se moviam em sintonia. Ora devagar, ora rápido.

- H-Hermione... – ele balbuciava, enquanto lambia seus seios – Eu te a-amo.

Então ele trocou de posição com ela. Ele sentou encostado na cabeceira da cama e ela sentou sobre ele, novamente fundindo seus corpos. Ele segurava seus quadris, como se quisesse a puxar ainda mais para ele, enquanto ela passava seus braços por sobre seus ombros e buscava desesperadamente a sua boca para sentir novamente o gosto da sua língua. Sentia Harry preenchendo-a inteiramente e não conseguiu reprimir um gemido que vinha bem do fundo dela. Eles aproveitaram cada fração de segundo daquele momento mágico, até que o instante único chegou para ambos e eles caíram lado a lado, suados, cansados, mas extasiados e extremamente satisfeitos.

- H-Harry, eu também... amo você... – foi a única coisa que ela conseguiu dizer, enquanto aceitava o abraço quente dele.

E assim, adormeceram.
Quando Hermione acordou, na manhã seguinte, encontrou Harry olhando para ela.

- Bom dia dorminhoca! – ele disse com um sorriso.

- Bom dia! – disse e depois corrigiu – Ótimo dia na verdade!

Ele deu-lhe um beijo rápido nos lábios.

- Está acordado há muito tempo? – ela perguntou.

- Há um tempinho. Estava olhando você dormir. Você sabe que é linda assim, quando está dormindo?

- Assim vou me acostumar hein. Ter alguém acordando ao meu lado e dizendo que sou linda...

- E o que faz você pensar que isso é impossível de acontecer?

- O que você quer dizer com isso? – ela perguntou, desconfiada.

- Dê uma olhada em você mesma. Nota algo diferente, algo que esteja faltando?

- As minhas roupas? – ela arriscou sorrindo.

Ele riu.

- Isso também, mas há algo mais.

Ela pensou um pouco e depois mirou sua mão esquerda.

- Cadê o anel? Você o tirou?

- Tirei, enquanto você dormia.

- E por quê?

Ele se virou para a mesinha de cabeceira e pegou “aquela” caixinha preta. Hermione olhou e lembrou-se imediatamente dela.

- Harry, o q-que voc...

- Vou fazer a pergunta novamente a você. Tomara que a resposta seja a mesma da outra vez. – e se ajoelhou a sua frente, tal como fizera naquela praça de trouxas, antes de irem para a Itália – Hermione Granger, você quer ser a minha esposa, para sempre? – e abriu a caixinha com o anel dentro.

Ela tinha os olhos cheios de lágrimas quando respondeu.

- Seria impossível eu dar outra resposta ao homem que eu amo. É claro que eu quero ser a sua esposa! – e deu-lhe um beijo apaixonado.

Quando se separaram, ele disse:

- Você sabe, o Ministério não teve nada a haver com este anel. Naquela hora, eu achei a coisa certa a se fazer e comprei porque eu quis, com meu dinheiro. Estava sentindo algo inexplicável naquele dia e depois eu confirmei. – ele completou - Confirmei que eu amo você! Amo Muito!!!

Ele colocou o anel de novo no dedo dela, antes de trocarem outro beijo.

- Humm... – ela deitou – Tem certeza que temos que ir embora?

Foi a deixa que ele precisava para pular na cama e começar novamente um jogo de amor com ela. Aquele jogo onde nenhum dos dois poderia perder, somente vencer. Aquele jogo em que se voa, sem vassouras. Aquele jogo em que não há balaços ou goles, mas um maravilhoso pomo de ouro no final. Aquele jogo em que a torcida é feita apenas de duas pessoas. Duas pessoas que se completam e se amam. Após terem feito amor mais uma vez, eles ficaram na cama mais um tempinho. Ele brincava com os cabelos dela, enrolando alguns cachos entre seus dedos, enquanto ela acariciava o peito dele. Ele quebrou o silêncio:

- Você se lembra daquele dia lá no hospital, em que você me viu acordar sorrindo?

- Eu lembro. Eu disse a você que, pela sua expressão, deveria estar sonhando que estava cercado de mulheres nuas.

- Você quer saber o que era?

- Se tiver mulher nua no meio, nem conta! – ela disse brincando.

- Sua boba, eu estava sonhando com você.

- Comigo?

- Isso, com você e uma garotinha.

- Que garotinha?

- Nossa filha! – ele disse sorrindo.

Ela ergueu a cabeça para ele e devolveu o sorriso.

- E como ela era?

- Tinha os seus cabelos e os meus olhos.

- Então ela era bonita?

- Bonita não, linda! – deu um beijo nela e acrescentou – Eu vou querer uma dúzia de filhos!

- Ah é, e quem vai ficar em casa cuidando deles?

- A gente bota uns 10 elfos domésticos por lá. Eles devem dar conta.

- Harry Potter! – ela exclamou.

Ele riu muito da reação dela. Havia mencionado os elfos de propósito.

- Nem se a gente pagar um salário para eles? – ele continuou brincando.

- Ah, pára com isso seu bobo! – deu um tapa no peito dele.

Ele olhou as horas.

- É, está na hora de nos arrumarmos para partir.

- É verdade. – ela suspirou e se virou para ele – Só mais um beijinho – ela fez um biquinho.

E ele deu mais um beijo, depois mais um e depois mais outro. Finalmente, alguns beijos depois, Hermione se dirigiu ao banheiro para tomar um banho, enquanto ele terminava de arrumar as malas. Da porta do banheiro ela o chamou:

- Ei garanhão, por que você não vem tomar um banho comigo e fazer jus a esse seu apelido?

- Agora mesmo, docinho! – e ele largou tudo com um sorriso e se trancou no banheiro com ela.

Agora que a forte amizade que tinham se revelara um verdadeiro amor, nada mais haveria de separá-los. Nunca mais!

FIM


N/A: Mais uma vez agradeço a todos que leram e a todos que comentaram, lógico. Espero que tenham gostado da fic! Se alguém quiser ler minha outra fic, ela se chama Alívio aos Corações e já está terminada. Porém acho que quase ninguém por aqui vai querer lê-la pois é R/H e H/G. Pelo que pude perceber pelos comentários, a maioria da galera que leu aqui torce fervorosamente por Harry e Hermione, mas como eu disse depois que terminei a outra fic: Sou bem eclética. Portanto, se alguém quiser se arriscar: http://www.floreioseborroes.com.br/menufic.php?id=8317
Beijos e até a próxima!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.