A Chagada a Roma



Ao chegarem ao aeroporto de Roma, Harry procurou por algum bruxo do Ministério italiano que tivesse ido buscá-los. O aeroporto estava cheio e parecia que só havia trouxas por lá. Depois de muito tempo procurando, os dois se sentaram exaustos.

- Acho que ninguém vem buscar a gente. Será que o tal carro que Rufus disse, já está à disposição? – perguntou ele.

- Eu acho estranho o Ministério não ter enviado ninguém. – ela comentou.

Eles continuavam com o olhar atento a todos os lados. De repente, um homem que estava ao lado de Hermione, virou-se para ela e disse num inglês arrastado:

- Vocês são ingleses, né? – e viu que ela confirmou com a cabeça – Puxa, eu adoro a Inglaterra. O Big Ben, a Abadia, aqueles ônibus de 2 andares... – e deu um suspiro – Mas o que eu mais gosto é a seleção nacional de Quadribol de vocês! É o máximo!

Se os dois não estavam querendo dar muita bola ao desconhecido, agora suas cabeças se voltaram para ele, com total atenção.

- Desculpe – Harry disse – Mas o que é esse Quadribol? – perguntou se fazendo de desentendido, afinal eles eram “trouxas”.

- Perdão, eu não me apresentei, sou Nicola Lambertiatti. Sou acessor do Ministro da Magia. Vocês devem ser Harry Potter e Hermione Granger, estou certo?

- Você está certo. Onde você estava? Estávamos procurando por alguém do Ministério há umas 2 horas.

- Desculpe, já até havia visto vocês por aí, mas precisava ter certeza que eram vocês mesmo. Aliás, parabéns! Seus disfarces de trouxas estão perfeitos!

- O que nos denunciou, então? – Hermione quis saber. – Foi a conversa que estávamos tendo.

- Não, já tinha descoberto antes. Bem, o Sr. Potter não foi muito cuidadoso ao comprar aquele copo d’água agora há pouco. Quando ele pegou o dinheiro, eu pude ver a varinha no bolso interno do seu casaco.

Hermione olhou para Harry com a velha expressão que ela usava em Hogwarts para repreender ele e Rony.

- Viu Harry, eu disse para não colocar a varinha no casaco! Aliás eu disse para não vir de casaco!

- Mas estava frio no avião! – ele explicou.

Nicola começou a rir.

- Por que está rindo? – perguntou ela.

- Como eu disse antes: o disfarce trouxa de vocês está perfeito. Verdadeiros marido e mulher. – e acabou arrancando a risada deles também.

- Você vai nos levar ao ministro?

- Sim, vamos direto para lá.

- Como iremos?

- Venham comigo.

Eles se dirigiram às escadas rolantes e desceram. Em um canto mais afastado haviam diversos carrinhos de bagagem. Ele pegou um que estava separado, pois estava sem uma das rodinhas.

- Sr. Lambertiatti – disse Hermione – não precisamos de carrinho. Já temos um, veja! – e mostrou-lhe o carrinho com a bagagem dos dois.

- Isso não é um carrinho comum. – e baixou a voz – é uma chave de portal. Venham, segurem-se aqui.

Os três seguraram no carrinho e de repente, sumiram do aeroporto, aparecendo diretamente na ante-sala do gabinete do ministro.

- Estão entregues. Vou para minha sala. Qualquer coisa, é só falar. – e foi se afastando – A propósito – ele se virou novamente para eles – aquilo que eu disse sobre gostar da seleção de Quadribol é verdade. Inclusive a seleção inglesa vai fazer um amistoso amanhã à noite com a seleção italiana. Eles são mesmo muito bons! Bem, até logo! – e fechou a porta.

Hermione ficou com uma cara que Harry não soube identificar.

- Está tudo bem? – ele perguntou, pousando a mão no seu ombro.

- Claro! Vamos lá conversar com o ministro – ela respondeu.

A secretária do ministro aguardou que eles se aproximassem e os levou até ele. O ministro era um bruxo alto, magro e com um nariz pronunciado, aparentava ter uns 50 anos.

- Ah, vocês devem ser Potter e Granger! Muito prazer! Meu nome é Pietro Lazarotto – se adiantou cumprimentando-os – Rufus me falou muito bem de vocês. Sentem-se.

Assim que sentou Hermione começou a olhar a sala dele minuciosamente. Havia muitos livros por lá e outros objetos que pareciam valiosos.. De repente, num canto do salão, ela avistou uma penseira. “Para que será que o ministro tem uma penseira em pleno Minsitério?” Indagou-se e logo depois voltou os olhos para ele, que estava falando.

- Bem, como vocês já devem saber, têm ocorrido algumas mortes de bruxos na cidade de Cuneo, bem próximo à França. O que talvez Rufus não os tenha informado, é que os bruxos que vêm morrendo são os filhos de trouxas. – Harry olhou de relance para Hermione, que não esboçou nenhuma reação. O ministro continuou - Muita gente já saiu de lá. O nosso medo é que a tal “praga” se espalhe por outros pontos do país e possa chegar a toda a Europa. Por enquanto, a doença não atingiu bruxos mestiços ou puro-sangue, mas não sabemos se isso pode acontecer.

- O que dizem os curandeiros? – perguntou Harry.

- A princípio eles não acharam nada que curasse a doença. Nossos melhores bruxos cientistas estão tentando buscar um remédio, vacina ou até um contra-feitiço, mas sem sabermos que tipo de poção está causando isso, não temos como agir.

- Quais são os sintomas, Sr. Lazarotto? – desta vez foi Hermione quem perguntou.

- Os sintomas são febre alta, calafrios e delírios.

- Delírios?

- Sim, delírios. Quem desenvolve a doença costuma delirar durante a febre.

- Quantas mortes já tiveram notícia? – Harry quis saber.

- Até ontem, 28 mortes, sendo que temos 25 pessoas internadas.

- Não houve nenhum caso em que a pessoa sobreviveu?

- Até agora nenhum, infelizmente.

- Depois dos primeiros sintomas, em quanto tempo a pessoa morre?

- Bem, sem tratamento: 2 dias. Se for hospitalizada, estamos conseguindo retardar o processo e acabam sendo 4 dias.

- Quando apareceu o paciente zero? – perguntou Hermione.

- Há cerca de 3 meses.

- E vocês têm algum suspeito?

- Existe um bruxo que foi curandeiro em Roma, muito famoso, que descobriu diversos contra-feitiços e poções curadoras para diversos males, porém ele tinha preconceito contra os nascidos trouxas. Se recusava, inclusive a tratá-los. Ele foi levado à justiça bruxa que o condenou a 10 anos em nossa prisão e sua licença de curandeiro foi cassada. Sua pena acabou há 5 meses e não sabemos seu paradeiro.

- Bem – disse Harry – é um começo. Passe por favor o nome e, se possível, a foto dele. Vamos tentar descobrir alguma coisa.

- Claro, claro! O nome dele é Paolo Piccini. Você podem conseguir uma foto dele com o Nicola. Tudo que precisarem, podem obter com ele. Sei que vieram sem os apetrechos necessários, Rufus me disse. Portanto, podem pedir o que quiserem que Nicola arruma para vocês. Ele já recebeu minhas ordens neste sentido. – e mudou de assunto – Bem, vocês devem estar exaustos. Vou providenciar um transporte, trouxa lógico, para que os levem ao hotel. Amanhã serão meus convidados para um almoço especial. A seleção inglesa de Quadribol também estará conosco aqui e eu gostaria muito da presença de vocês. Será um prazer!

Harry falou de imediato:

- Ah..., Sr. Lazarotto, não sei se vai dar. Talvez fosse melhor a gente seguir logo para Cuneo...

- Que isso Harry! – Hermione interrompeu – Será realmente um prazer! Pode contar conosco!

Harry não entendeu nada. Tentava livrá-la do constrangimento de encontrar o seu ex-marido, mas ela parecia ansiosa para isso. De repente ele se sentiu entristecido.

- Tem certeza Mione?

- Claro! Por que não? – ela disse e acrescentou, virando-se para o ministro – Sr. Lazarotto, eu lhe peço somente um favor.

- Claro, pode dizer.

- Amanhã, durante o almoço, o senhor pode nos tratar como Sr. e Sra. Potter?

- Potter?

- Isso mesmo. Gostaríamos de ir treinando na frente de outras pessoas, afinal é o nosso disfarce, o senhor entende, né?

- Claro, Sra. Potter! – ele riu – Viu? Já vou treinando também. – e riu com ela.

Harry deu um sorriso meio abobalhado e os dois se retiraram. Nicola forneceu tudo o que precisavam e eles desceram para o saguão. Quando estavam sozinhos, aguardando o transporte para o Hotel, Harry disse:

- Mione, o que você está pretendendo?

- Você não adivinhou ainda?

- Mas nós nem sabemos se ele veio para esse amistoso.

- Não importa! Temos que começar a ensaiar, não é?

- Mas, Mione...

- Sem mais, nem meio mas. Olha, nosso taxi chegou! – e saiu andando para o veículo, seguida de Harry.

O Hotel ficava na área nobre de Roma e era considerado 5 estrelas. O casal “Mason” seguiu para uma suite especial. O quarto era bem espaçoso, com uma enorme cama de casal, uma mesa com 2 cadeiras, um frigobar “generoso” e uma TV, equipada com DVD player. Era bem arejado e dava vista para o Coliseu. Em um dos cantos tinha uma bonita lareira. No banheiro havia uma enorme e convidativa banheira de hidromassagem.

- Que pena que só teremos um dia em Roma. – disse ele. – Depois do almoço de amanhã, temos que seguir para Cuneo.

Hermione nem ouviu direito o que ele disse. Apreciava um dos monumentos trouxas mais conhecidos do mundo. De repente ela disse:

- Harry Mason, vamos tomar um banho e colocarmos uma roupa bem legal. Vamos curtir Roma!

- Hermione, você não está cansada? Eu estou morto! – e se jogou de costas na cama.

- Ah, não não não, levanta daí, vai! Joga uma água neste corpo e vamos conhecer a cidade. – disse puxando Harry pelas mãos.

Ela fazia força e Harry fazia o corpo mole.

- Ah Mione..., veja como está macio esse colchão... – e ele acabou puxando-a.

Ela não esperava o movimento e acabou caindo por cima dele. Seus rostos ficaram a pouca distância um do outro. Harry encarou seus lábios com um desejo enorme. Hermione sentiu seu corpo ficar quente. Há anos não sentia nada parecido. Então ela viu Harry aproximar seus lábios do dela.

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