O Confronto



Harry conseguiu aparatar no saguão do ministério. Aparentemente as autoridades fizeram a multidão se dissipar e os ânimos estavam mais calmos.

- Preciso falar urgentemente com o ministro! – disse Harry na recepção – Diga a ele que Harry Potter está aqui. Mas acrescente que é somente com ele. Ninguém mais deve saber que estou aqui, entendeu? Ninguém mais!

A recepcionista lançou-lhe um olhar curioso, mas tratou de avisar o ministro e Harry foi direto à sala dele, com a mão na varinha, caso Nicola desse o ar da graça.

- Sr. Potter – Pietro começou – É uma surpresa que...

- Desculpe interromper, Sr. Lazarotto, mas é muito importante o que eu tenho a dizer.

- Claro, diga!

- Encontrei Paolo!

- Encontrou? E o que...

- Ele está morto! – disse Harry.

- Morto? Mas...

- E provavelmente quem matou foi o seu acessor.

- Nicola? Mas ele não me disse. Digo, deve ter acontecido algo para ele matar o Paolo e não prendê-lo.

- Sr. Lazarotto, por favor preste atenção, porque vou precisar da sua ajuda e daí pode depender a vida da Hermione.

- Hermione? Sua amiga auror?

- Sim.

- Ela ficou doente? Merlin! – ele exclamou.

Harry contou-lhe toda a história, desde os delírios de Andrea Firenze, até os acontecimentos que ele vira na penseira. Pietro ouviu tudo boquiaberto.

- Sr. Potter, pode ter certeza que vou colocar todos os Aurores do Ministério na busca com você. Eu ainda não acredito que Nicola..., ele era meu homem de confiança...

- Acredito, ministro, que ele também queria assumir o seu posto.

- As coisas começam a fazer sentido agora. Se ele queria me desestabilizar, esta doença era uma boa desculpa.

- Ele não apareceu hoje, apareceu?

- Não, eu não o vi.

- Sr. Lazarotto, a Hermione tem pouco tempo de vida. Preciso achar este miserável o mais rápido possível.

- Vamos ajudar Harry. Colocarei vigilância redobrada na casa dele e na região, além de todos os lugares que ele costuma freqüentar. – ele ficou curioso e perguntou – Mas afinal, como sua amiga pegou a doença?

- Ainda não sei. Fiquei me perguntando isso. Nós ficamos naquele hotel, não havia bruxos por perto e... – então um pensamento o ocorreu – Merlin! É isso! A mulher do chalé ao lado! – e se virou para o ministro – Qualquer notícia me avisa por favor! Tenho que voltar imediatamente ao hotel!

- Com certeza! Boa sorte!

Então Harry desaparatou e aparatou exatamente na frente do chalé de Marieta Mazza. Não perdeu tempo e se aproximou da porta. Não queria se precipitar, mas a imagem de Hermione estirada naquela cama no hospital o estava atormentando. De repente achou ter ouvido um barulho de um galho se quebrando. Olhou em volta mas não viu ninguém. Bateu na porta do chalé, mas ninguém atendeu. Quando ía pegar sua varinha, sentiu uma outra contra seu pescoço, juntamente com uma respiração abafada.

- Nem pense nisso, Harry Potter!

- Nicola – ele disse calmamente – aproveitando um pouquinho da minha capa de invisibilidade?

Ele tirou a capa, ainda com a varinha apontada para Harry.

- Muito útil ela, não é Potter?

- Muito! – ele confirmou.

- O que fazia justo na porta deste chalé? – Nicola perguntou.

- Você deve saber, não é?

- Ora, Potter, você desconfia que eu mandei envenenar sua amiguinha?

- Tenho certeza! – Harry nem piscava.

- Vamos entrar aí! Alohomorra! – ele disse e a porta se escancarou.

Harry entrou com Nicola logo atrás. A varinha sempre virada para ele.

- Por que Nicola? Só me diga porquê! - disse Harry, se virando para ele.

- Potter, você, como um bruxo puro sangue, deveria saber.

- Puro sangue, mestiço ou nascido trouxa, todos somos bruxos e deveríamos nos tratar como iguais.

- Não acredito que você pense desta forma! – ele disse e depois acrescentou – Bem, na verdade eu não estou nem aí para o que você pensa, porque você vai morrer. Vai morrer mais rápido até do que sua amiguinha sangue-ruim.

Harry sentia seu sangue fervilhar de ódio dentro das veias. Ele estava bem perto dele. Se Harry pegasse a varinha, Nicola o mataria na hora. Harry então se aproveitou da proximidade dele e, num movimento rápido, o empurrou contra cama. Nicola caiu e Harry conseguiu empunhar sua varinha. Porém Nicola se ergueu rapidamente e novamente virou a varinha para Harry. Ficaram cara a cara.

- E então Nicola, você é bom em duelos? Você já duelou com um auror? Melhor, você já imaginou, um dia, duelar com o homem que derrotou Voldemort?

- Pensa que me amedronta, Potter? Estupefaça! – ele gritou.

Harry se desviou rapidamente do feitiço estuporante e voltou a encará-lo.

- Quer tentar de novo? – Harry o desafiou.

- Harry Potter, eu mato você a hora em que eu quiser.

- E por que não fez lá fora, quando estava com a varinha na minha nuca?

- Porque não sou covarde a esse ponto. Não mato um homem pelas costas.

- Muito digno da sua parte. – ele desdenhou – E foi assim que fez com seu amiguinho Paolo?

- Tive que fazer aquilo. Ele sabia muito!

Harry se colocou entre ele e o pequeno frigobar do quarto e gritou.

- Accio frigobar! – e pulou ao lado da cama.

A pequena geladeira foi para cima de Nicola, que também conseguiu se desviar, mas machucou sua perna. Harry gritou:

- Impedimenta!

- Protego! – consegui dizer Nicola se levantando.

Novamente estavam frente a frente.

- Acabou Nicola! Largue a varinha!

- Largue você Potter!

Neste momento um barulho na porta fez os dois desviarem o olhar para lá. Viram Marieta, de varinha em punho.

- Expelliarmus! – ela gritou.

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