Surpresas




- Obrigado! – ele disse.

- De nada! O que houve aqui? – ela perguntou.

- É uma longa história – respondeu Harry, enquanto conjurava cordas anti-aparatação em volta de um Nicola assustado e sem sua varinha.

- Quem é esse aí? – ela perguntou.

- É um miserável que vai me dizer agora o que eu quero saber.

- Nem sob uma crucciatus. – ele disse.

- Como você fez para envenenar Hermione? – ele perguntou.

Ele apenas sorriu.

- Os únicos bruxos neste hotel, sou eu, Hermione e a srta Marieta. Mas me parece que ela não tem nada a ver com isso.

- Não tem mesmo! – Sophia apareceu na porta, segurando um revólver, com as mãos trêmulas.

- Sra. Ambrosini! – disseram Harry e Marieta em uníssono.

- Desculpe Sr. Mason, m-mas tive que dar o veneno para sua esposa. Este b-bastardo ameaçou meu filho Luigi. Ele iria matá-lo. – ela disse com um olhar de ódio para Nicola.

- Sra. Ambrosini, é melhor largar a arma, alguém pode se machucar. – disse Harry, sabendo do poder de fogo das armas trouxas.

- Eu não p-posso d-deixá-lo matar meu f-filho, Sr. Mason.

As mãos dela tremiam tanto que Marieta preferiu sair do caminho dela e sentou na cama.

- Ele está fora de ação sra. Ambrosini, não se preocupe. – disse Harry.

- Mas ele pode falar lá com aquele outro, o tal de Paolo.

- Eu matei ele, sua idiota! – Nicola se manifestou.

- Ele está morto mesmo! – disse Harry – Por favor, largue a arma.

Porém o ódio dela era tão grande que ela continuava com o revólver na mão, apontando para Nicola.

- Mãe! – um rapaz entrava pela porta – Deixe esta arma! Eu estou aqui, ele não fará mais nada!

- Luigi! – ela gritou e abraçou o filho.

Harry aproveitou a momentânea distração e disse:

- Accio arma! – e ela voou da mão dela para as mãos de Harry, que a colocou na mesinha do quarto.

- Sente aqui mãe! – e ela sentou na cama.

- Por favor, sra. Ambrosini, conte-me o que houve, desde o princípio.

- Sr. Mason, meus pais..., meu pais eram trouxas e eu também sou. Meu irmão se descobriu bruxo, ainda pequeno. As crianças na escola de bruxarias que ele freqüentava sempre se desfizeram dele, devido à sua condição de nascido trouxa. Ele ficou com muita raiva desta situação e se sentia inferior, acabando por criar aversão a todos os outros nascidos trouxas, como ele. Ele conseguiu entrar na faculdade e foi lá que conheceu o Paolo. Ele fizeram amizade e meu irmão não contou que seus pais eram trouxas. Depois Paolo descobriu, mas a amizade que formaram era maior. Eles foram trabalhar juntos e Paolo “contaminou” o meu irmão com estas idéias de acabar com os nascidos trouxas. Eles começaram a bolar um plano, juntamente com este nojento ali. Mas precisavam de uma coisa poderosa. Parece que Paolo tinha um primo de segundo grau, na Inglaterra, que era especialista em poções. Ele trouxe o veneno de lá, mas logo foi condenado pela justiça bruxa e sua licença de curandeiro cassada. Quando ele saiu, eles se encontraram para colocar o plano em ação, mas meu irmão, depois de todo esse tempo, caiu em si e se recusou. Paolo ameaçou matá-lo e ameaçou também matar a irmã dele e o sobrinho. No caso, eu e meu filho, que também é bruxo. Meu irmão veio morar comigo depois que meu marido faleceu. Ele, então, começou a ajudar, mas logo desistiu e eles o envenenaram. Eu ainda o levei para o hospital, mas ele morreu. – ela enxugava as lágrimas.

- Seu irmão era Andrea Firenze? – Harry perguntou.

- Sim. Ambrosini é meu nome de casada.

- Eu sinto muito sra. Ambrosini.

- Eu também sr. Mason. Eu não queria colocar o veneno na água da sra. Mason, juro! Mas ele ía matar meu Luigi. – ela abraçou o filho novamente.

- Sra. Ambrosini, a senhora não conhece o antídoto, não é? Claro! – caiu em si – A senhora poderia ter salvo seu irmão.

- Sr. Mason, não há antídoto para isso.

- O QUÊ? – gritou Harry em desespero, com as lágrimas brotando nos seus olhos.

- Existe um modo, mas eles nunca contaram, nem para o Andrea.

- Por Merlin! Que história! – exclamou Marieta, que ouvira tudo e também tinha os olhos marejados.

- Que emocionante! – Nicola disse. – Trouxas e amantes de trouxas chorando juntos.

- Você! – Harry se aproximou com os olhos faiscando de ódio e encostou a varinha no seu rosto – Diga-me agora como eu vou salvar a Hermione.

Ele deu um sorriso.

- Parece que você não poderá me matar, não é Potter?

- DIGA!!

- Nunca!

- Você lembra que me deu a veritaserum verdadeira? – Harry disse balançando o frasco para ele.

- Eu não vou tomar isso! E tem mais, assim que eu me livrar daqui eu vou atrás desta trouxa maldita e do filhinho dela e matá-los, bem lentamente. – e riu sarcasticamente.

Então, não agüentando, Sophia levantou-se, pegou a arma e, antes que Harry conseguisse impedi-la, deu dois tiros no peito de Nicola.

- Meu Deus! Mãe! – exclamou o filho.

- Sr. M-Mason, desculpe-me, desculpe-me! – Ela largou a arma e enterrou o rosto, em prantos, no peito do filho. – E agora? Eu... o m-matei! Vou ser presa e o senhor..., o senhor não conseguirá saber como s-salvar sua esposa.

Harry olhava abobado para Nicola, sangrando no chão. Então conseguiu balbuciar:

- Sra. Ambrosini, não... s-sei ainda qual o estrago que uma arma de fogo pode fazer... em um corpo bruxo, m-mas... com certeza... ele não poderá me dar a informação que eu quero... a tempo de salvar Hermione.

- Se eu puder ajudar... – Luigi disse.

Harry pensou por um momento. Só havia uma coisa a fazer.

- Você pode ajudar sim. Leve ele ao hospital e conte tudo o que ouviu aqui. Depois tente contatar o Ministro da Magia e avise que Nicola está no hospital. Diga a ele que Harry Potter pediu para avisá-lo.

- Potter? Não é Mason?

- Agora não tenho tempo para explicar. Só sobrou uma pessoa que pode me contar sobre a cura. E eu vou ter que me encontrar com o maldito. Mas não sei como chegar lá tão rápido. É muito longe para aparatar.

- Afinal, para onde você vai? – perguntou Marieta.

- Para Inglaterra. Mais precisamente a prisão de Azkaban.

- Bem – ela disse – meu namorado trabalha em um departamento de transportes mágicos. Talvez consiga uma chave de portal para você.

- Eu agradeceria pelo resto da vida!

Então Marieta e o namorado arrumaram tudo para ele. Conseguiram tudo em tempo recorde. A chave de portal era um bule de chá. Harry rezou internamente para que desse tempo, então se despediu deles e tocou o bule.

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