Beauxbatons e Durmstrang



– Beauxbatons e Durmstrang

– Parece que o Torneio Tribruxo vai começar. – Remo constatou.

– Boa sorte a todos. – Sirius disse com um meio sorriso irônico – Espero que ninguém seja devorado por um dragão.
– Nem ao menos diga isso. – Lily suspirou receosa – Pelo menos colocaram um limite de idade e vocês não vão poder se inscrever…

Logo cedo na manhã seguinte, Harry acordou com um plano inteiramente formado na cabeça, como se o seu cérebro adormecido tivesse trabalhado naquilo a noite toda.
Ele se levantou e se vestiu à luz fraca do amanhecer, saiu do dormitório sem acordar Rony e desceu para o salão comunal, àquela hora deserto. Ali apanhou um pedaço de pergaminho na mesa em cima da qual ainda se achava o dever de Adivinhação e escreveu a seguinte carta:
“Caro Sirius,
Acho que imaginei a dor na minha cicatriz, eu estava quase dormindo quando lhe escrevi a última carta. Você não precisa voltar, vai tudo bem aqui. Não se preocupe comigo, sinto a cabeça completamente normal.
Harry”.

– E você realmente acha que vai conseguir me convencer com isso? – Sirius revirou os olhos para Harry – Se empenhe mais da próxima vez, aposto que não vou cair nessa.

– Claro que não vai cair! – Tiago riu – Você não é burro.

Depois, Harry passou pelo buraco do retrato, subiu as escadas do castelo silencioso (só foi detido brevemente por Pirraça, que tentou virar um enorme vaso em cima dele no meio do corredor do quarto andar) e finalmente chegou ao corujal, que ficava no alto da Torre Oeste.
O corujal era uma sala circular revestida de pedra; um tanto fria e varrida por correntes de vento, porque nenhuma das janelas tinha vidro. O chão era coberto de palha, titica de coruja e esqueletos de ratos e arganazes que as corujas regurgitavam. Centenas e mais centenas de corujas de todas as espécies imagináveis estavam aninhadas ali em poleiros que subiam até o alto da torre, quase todas adormecidas, embora aqui e ali um redondo olho cor de âmbar olhasse feio para o garoto.
Harry localizou Edwiges aninhada entre uma coruja-das-torres e uma coruja castanho-amarelada, e correu para ela, escorregando um pouco no chão coberto de excremento.
Levou um certo tempo para convencê-la a acordar e olhar para ele porque sua coruja não parava de mudar de lugar no poleiro, virando-lhe o rabo.

– E você, por acaso, acha que ela está errada? – Alice perguntou com uma risada – Você foi extremamente rude com ela quando ela entregou a carta de Sirius.

– E você ainda não pediu desculpas. – Gina constatou.

Evidentemente continuava furiosa com a falta de gratidão que ele demonstrara na noite anterior. Por fim, foi a insinuação de Harry que ela poderia estar demasiado cansada e que talvez ele pedisse Pichitinho emprestado a Rony que a fez esticar a perna e permitir ao dono amarrar nela a carta.
— Ache ele, está bem? — pediu Harry, alisando o dorso de Edwiges enquanto a levava no braço até uma das aberturas na parede. — Antes que os dementadores façam isso.
Ela lhe deu uma mordidela no dedo, talvez com mais força do que normalmente teria feito, mas, mesmo assim, piou baixinho de uma maneira que o deixou tranqüilo. Em seguida abriu as asas e levantou vôo para o céu do amanhecer. Harry observou-a desaparecer de vista com a conhecida sensação de mal-estar no estômago. Antes tivera tanta certeza de que a resposta de Sirius aliviaria suas preocupações em vez de aumentá-las.

– Sinto muito aumentar as suas preocupações, – Sirius disse categórico – mas eu não podia deixar você passar por isso sozinho. E, pelo que escrevi na resposta, sua carta nem ao menos foi o primeiro sinal de que eu deveria voltar.

– Mesmo assim, – Tiago suspirou – eu entendo a preocupação dele... E também entendo seus motivos para voltar...

— Isso foi uma mentira, Harry — falou Hermione com severidade ao café da manhã, quando o garoto contou a ela e a Rony o que fizera. — Você não imaginou que sua cicatriz estava doendo e sabe muito bem disso.
— E daí? — retrucou Harry. — Ele não vai voltar para Azkaban por minha causa.
— Esquece — disse Rony com aspereza a Hermione, quando ela abriu a boca para continuar a discussão e, uma vez na vida, a garota atendeu ao amigo e se calou.

– É claro, – Hermione bufou – Harry é cabeça-dura demais, e ás vezes parece que ele simplesmente não entende que não há desonra alguma em receber ajuda de outras pessoas...


Harry fez o que pôde para não se preocupar com Sirius nas semanas seguintes. É verdade que não conseguia deixar de olhar para os lados, ansiosamente, toda manhã quando as corujas chegavam trazendo o correio e tarde da noite antes de dormir, tinha horríveis visões em que Sirius era encurralado pelos dementadores em alguma rua escura de Londres. Mas entre um momento e outro, ele tentava não pensar no padrinho. Desejou que ainda tivesse o Quadribol para distraí-lo, nada dava tão certo para uma cabeça preocupada quanto um treino exaustivo.

– É ridículo não ter quadribol só por causa do Torneio! – Tiago disse irritado – Nem todos os alunos vão participar do Torneio, não é nada justo que eles não possam jogar... Vão passar o ano inteiro apenas assistindo três campeões enfrentando perigos?

– Geralmente nós passamos o ano inteiro só assistindo 14 pessoas voando por aí atrás de umas bolas... – Lily deu de ombros – Não muda muita coisa para essas pessoas…
– Tecnicamente, vocês assistem 28 pessoas… – Sirius interrompeu – Apesar de serem apenas 14 de cada vez.

Por outro lado, as aulas estavam se tornando cada vez mais difíceis e exigindo que se esforçasse mais do que nunca, principalmente a de Defesa contra as Artes das Trevas.
Para surpresa dos alunos, o Professor Moody anunciara que ia lançar a Maldição Imperius sobre cada um deles, a fim de demonstrar o seu poder e verificar se conseguiam resistir aos seus efeitos.

– Isso é errado! – Tiago e Remo explodiram simultaneamente – Ele não pode fazer isso! É contra a lei! – Remo continuou sozinho.

– Não faz sentido... – Tiago disse coçando a cabeça nervoso – Moody não faria isso, isso não combina em nada com ele... Ele nunca lançaria uma maldição imperdoável em um bando de alunos! Ele não usa as maldições imperdoáveis nem nos bruxos das trevas!
– Tiago... – Lily disse, tentando segurar a mão dele com cuidado.
– Eu já entendi, ok? – Tiago disse puxando a mão para si – Moody simplesmente não é mais o mesmo. – ele suspirou desolado – Ele deve ter enlouquecido com a idade... As pessoas estão certas sobre ele.
– Sinto muito. – Lily sussurrou para ele sem saber o que mais ela poderia dizer. Quando levantou os olhos, viu Sirius sinalizando que ela não falasse mais nada.

— Mas... Se o senhor disse que é ilegal, professor — perguntou Hermione incerta, quando Moody afastou as carteiras com um movimento amplo da varinha, deixando uma clareira no meio da sala. — O senhor disse... Que usá-la contra outro ser humano era...
— Dumbledore quer que vocês aprendam qual é o efeito que ela produz em uma pessoa — disse Moody, o olho mágico girando para a garota e se fixando nela sem piscar, com uma expressão misteriosa. — Se a senhorita preferir aprender pelo método difícil... Quando alguém a lançar contra a senhorita para controlá-la... Para mim está bem. A senhorita está dispensada da aula. Pode se retirar.

– Se Dumbledore concordou com isso, – Remo disse sombrio – ele é louco, muito mais do que as pessoas pensam...

– E você estava certa. – Tiago disse encarando Hermione seriamente – É errado, mesmo em sala de aula, mesmo para ensinar...

Ele apontou um dedo nodoso para a porta. Hermione ficou muito vermelha e murmurou alguma coisa no sentido de que a pergunta não significava que ela quisesse sair. Harry e Rony sorriram um para o outro. Eles sabiam que Hermione preferia beber pus de bubotúberas do que perder uma lição daquela importância.
O professor começou a chamar os alunos à frente e a lançar a maldição sobre eles, um de cada vez. Harry observou os colegas fazerem as coisas mais extraordinárias sob a influência da Imperius. Dino Thomas deu três voltas pela sala aos saltos, cantando o hino nacional. Lilá Brown imitou um esquilo. Neville executou uma série de acrobacias surpreendentes, que ele certamente não teria conseguido em condições normais. Nenhum deles parecia ser capaz de resistir à maldição, e cada um só voltava ao normal quando Moody a desfazia.

– Isso não é certo. – Frank murmurou nervoso.

– Não me lembro bem de nada que aconteceu enquanto estava sob o feitiço. – Neville afirmou constrangido – É tudo muito vago... Era como se eu estivesse em um sonho estranho...
– E não acho que você tenha aprendido alguma coisa com isso. – Tiago suspirou decepcionado.

— Potter, — rosnou Moody — você é o próximo.
O garoto se adiantou até o meio da sala, no espaço que Moody deixara livre. O professor ergueu a varinha, apontou-a para Harry e disse:
— Império.
Foi uma sensação maravilhosa. Harry sentiu que flutuava e todos os pensamentos e preocupações em sua mente desapareceram suavemente, deixando apenas uma felicidade vaga e inexplicável. Ele ficou ali extremamente relaxado, vagamente consciente de que todos o observavam.
Então, ouviu a voz de Olho-Tonto Moody ecoar em uma célula distante do seu cérebro vazio: Salte para cima da carteira... Salte para cima da carteira...
Harry dobrou os joelhos obedientemente, preparando-se para saltar.
Salte para cima da carteira...

– Nunca soube como uma pessoa sob a império se sentia... – Remo disse interessado – A maioria das pessoas diz apenas que é como acordar de um sonho... Como Neville disse.


Mas por quê? Outra voz despertara no fundo de sua mente. Que coisa boba para alguém fazer, francamente, disse a voz.

– Você enfrentou a imperius! – Sirius exclamou entre chocado e impressionado – Nem ao menos sei o que dizer!

– Acho que o que podemos dizer é que Harry tem muita força de vontade e fibra moral. – Gina deu de ombros – Mas não acho que alguém possa realmente aprender isso...
– Não, – Tiago disse concordando com Gina – é impossível aprender a ter fibra moral. Por isso essa aula não faz sentido algum. Pessoas como o Harry seriam capazes de enfrentar a maldição em qualquer situação, de qualquer jeito. As pessoas que não tem isso dentro de si, nunca vão conseguir resistir.

Salte para cima da carteira...
Não, acho que não, obrigado, disse a segunda voz, com mais firmeza... Não, não quero...
Salte! AGORA!
A próxima coisa que Harry sentiu foi uma imensa dor. Ele saltou e tentou não saltar ao mesmo tempo, o resultado foi se estatelar em cima de uma carteira, derrubando-a, e, pela dor que sentiu nas pernas, fraturar as duas rótulas.
— Agora está melhor! — rosnou a voz de Moody e, de repente, Harry percebeu que a sensação de vazio e os ecos tinham desaparecido de sua mente.
Lembrou-se com exatidão do que estava acontecendo e a dor nos joelhos pareceu dobrar de intensidade.

– Completamente diferente das lembranças vagas de Neville. – Remo disse interessado – É um estudo realmente fascinante. Mas que não devia ser feito em alunos!


— Olhem só isso, vocês todos... Potter resistiu! Lutou contra a maldição e quase a venceu! Vamos experimentar de novo, Potter, e vocês prestem atenção, observem os olhos dele, é onde vocês vão ver, muito bem, Potter, muito bem mesmo! Eles vão ter trabalho para controlar você!

– Pelo menos agora sabemos que Harry não vai ser controlado pela Imperius por qualquer um que apareça. – Sirius suspirou tentando animar um pouco Tiago – Você devia ficar orgulhoso, – acrescentou – ele herdou toda essa fibra moral e força de vontade de você.

Tiago deu de ombros desinteressado.

— Pelo jeito que ele fala, — resmungou Harry, ao sair mancando da aula de Defesa contra as Artes das Trevas, uma hora depois (Moody insistira que Harry mostrasse do que era capaz, quatro vezes seguidas, até o garoto conseguir resistir inteiramente à maldição) — a gente poderia pensar que vai ser atacado a qualquer momento.

– Mas nessa parte ele não está errado. – Tiago constatou ligeiramente esperançoso – Se Sirius anda vendo sinais preocupantes por aí, a ponto de estar voltando, é bom estar preparado para ser atacado a qualquer momento.

– Talvez Moody e Dumbledore tenham visto os mesmos sinais e estejam tentando preparar Harry. – Lily deu de ombros e fez a expressão de Tiago melhorar ligeiramente.
– Mesmo assim, – ele disse – lançar maldições imperdoáveis em alunos é simplesmente errado.

— É, eu sei — respondeu Rony, que estava saltitando, um passo sim outro não.
Tivera muito mais dificuldade com a maldição do que Harry, embora Moody lhe garantisse que os efeitos passariam até a hora do almoço. — Falando em paranóia... — Rony espiou nervosamente por cima do ombro para verificar se estavam mesmo fora do campo de audição de Moody, e continuou: — Não me admira que tenham ficado contentes em se livrar dele no Ministério. Você ouviu quando ele contou ao Simas o que fez com a bruxa que gritou "buu" atrás dele, no dia primeiro de abril? E quando é que a gente vai ter como resistir à Maldição Imperius com todo o resto que tem para fazer?

– Estranho. – Tiago murmurou – Moody não tem o melhor dos humores, mas ele entende muito bem que as pessoas fazem brincadeiras de primeiro de abril...

– Deve ser uma história recente. – Sirius deu de ombros.
– Talvez. – Tiago suspirou ligeiramente desconfiado.

Todos os alunos do quarto ano haviam notado que decididamente houvera um aumento na quantidade de deveres exigida deles neste trimestre. A Professora Minerva explicou o porquê, quando a turma gemeu particularmente alto à vista do dever de Transfiguração que ela passava.
— Vocês agora estão entrando numa fase importantíssima da sua educação em magia! — disse ela, os olhos faiscando perigosamente por trás dos óculos quadrados. — O exame para obter os Níveis Ordinários de Magia estão se aproximando...
— Mas não vamos fazer exames de nivelamento até a quinta série! — exclamou Dino Thomas indignado.
— Talvez não, Thomas, mas, me acredite, vocês precisam de toda a preparação que puderem obter! A Srta. Granger foi a única aluna desta turma que conseguiu transformar um porco-espinho em uma almofadinha de alfinetes razoável. Eu talvez possa lhe lembrar, Thomas, que a sua almofadinha ainda se encolhe de medo quando alguém se aproxima dela com um alfinete!
Hermione, que tornara a corar, parecia estar fazendo um esforço para não parecer cheia de si demais.

– Ela disse que sua almofadinha de alfinetes ficou apenas razoável, não há motivos para ficar cheia de si. – Remo sorriu para Hermione – Quando tivemos essa aula ela não parou um minuto de falar como as almofadinhas de Tiago e Sirius eram perfeitas. E deu pontos a mais para os dois pelos padrões de desenhos complexos e pelo formato diferenciado.

– Nunca é justo competir com eles em transfiguração. – Lily disse com um meio sorriso ligeiramente orgulhoso.

Harry e Rony acharam muita graça quando a Professora Trelawney lhes disse que tinham tirado a nota máxima no dever da aula anterior de Adivinhação. Ela leu longos trechos das predições que eles fizeram, comentando a impassível aceitação dos horrores que os aguardavam, mas os garotos não acharam tanta graça quando ela pediu que fizessem outra projeção para dali a dois meses: eles tinham quase esgotado as idéias para catástrofes.

– Vocês sempre podem colocar um ou dois dias comuns entre as catástrofes. – Sirius deu de ombros – Ou previsões que durariam alguns dias...

– Como o quê, por exemplo? – Gina perguntou curiosa.
– Ser envenenado e precisar ficar alguns dias na ala hospitalar esperando os efeitos da poção passarem. – Lily disse surpreendendo a todos – O que? – perguntou ao perceber que todos a observavam – Não posso ter ideias para previsões falsas?
– Pode. – Tiago disse risonho – Claro que pode.

Entrementes, o Professor Binns, o fantasma que ensinava História da Magia, mandou-os escrever ensaios semanais sobre a Revolta dos Duendes no século XVIII. O Professor Snape estava obrigando-os a pesquisar antídotos. A turma levou o dever a sério, porque ele insinuou que talvez envenenasse um deles antes do Natal para ver se o antídoto que encontrassem faria efeito.

– Péssimo método de ensino. – Remo revirou os olhos para Snape.

– Funcionou, não funcionou? – Severo bufou irritado.

O Professor Flitwick lhes pedira que lessem mais três livros, em preparação para a aula de Feitiços Convocatórios.
E até Hagrid aumentara a carga de trabalho de seus alunos. Os explosivins estavam crescendo em um ritmo excepcional, dado que ninguém ainda descobrira o que comiam. Hagrid estava encantado e, como parte da "pesquisa", sugeriu que fossem à sua cabana em noites alternadas para observar os bichos e tomar notas sobre o seu extraordinário comportamento.
— Eu não vou — disse Draco Malfoy com indiferença, quando o professor fez essa proposta com ar de Papai Noel tirando um brinquedo muito vistoso do saco. — Já vejo o bastante dessas nojeiras durante as aulas, obrigado.
O sorriso desapareceu do rosto de Hagrid.
— Você vai fazer o que mando — rosnou ele — ou vou seguir o exemplo do Professor Moody... Ouvi falar que você ficou muito bem de doninha, Malfoy.

– Hagrid se saiu muito bem quando tentou transformar Duda em um porco. – Sirius disse com uma gargalhada maldosa – E naquela época, ele estava apenas com os pedaços da varinha partida. Imagino o quanto ele vai melhorar com uma varinha inteira! – completou arrancando risadas de todos os presentes.


Os alunos da Grifinória deram grandes gargalhadas. Malfoy enrubesceu de raiva, mas pelo visto, a lembrança do castigo de Moody ainda era suficientemente dolorosa para impedi-lo de responder.
Harry, Rony e Hermione voltaram para o castelo no fim da aula, muito animados, ver Hagrid desmoralizar Malfoy era particularmente gostoso porque, no ano anterior, o garoto se esforçara o máximo para fazer com que Hagrid fosse despedido.
Quando chegaram ao saguão de entrada, viram-se impedidos de prosseguir pela aglomeração de alunos que havia ali, em torno de um grande aviso afixado ao pé da escadaria de mármore. Rony, o mais alto dos três, ficou nas pontas dos pés para ver por cima das cabeças à sua frente e ler o aviso em voz alta para os outros dois.
TORNEIO TRIBRUXO
As delegações de Beauxbatons e Durmstrang chegarão às seis horas, sexta-feira, 30 de outubro. As aulas terminarão uma hora antes...
— Genial! — exclamou Harry. — É Poções a última aula de sexta-feira! Snape não terá tempo de envenenar todos nós!

– Isso é uma boa notícia! – Alice disse com um meio sorriso para Neville.


Os alunos deverão guardar as mochilas e livros em seus dormitórios e se reunir na entrada do castelo para receber os nossos hóspedes antes da Festa de Boas-Vindas.
— É daqui a uma semana! — exclamou Ernesto MacMillan da Lufa-Lufa, saindo da aglomeração, os olhos brilhando. — Será que o Cedrico sabe? Acho que vou avisar a ele...
— Cedrico? — repetiu Rony sem entender, enquanto Ernesto saía apressado.
— Diggory — disse Harry. — Ele deve estar inscrito no torneio.

– Isso não! – Tiago disse entredentes – Se Diggory for campeão da escola aquele pai ridículo dele vai ficar ainda mais insuportável! E ainda vai ter mais razões para dizer que o filho dele é melhor que o Harry!

– Ele não vai ser campeão de Hogwarts. – Sirius disse categórico – Ele é da Lufa-lufa! Hogwarts não pode ter um campeão da Lufa-lufa! Isso seria patético!
– Não seja preconceituoso. – Lily bufou – Não é porque uma pessoa é da Lufa-lufa que ela não tem capacidade para representar a escola!
– Mas eles não são conhecidos pela inteligência, pela coragem, ou por serem astutos. – Sirius deu de ombros – Todas as outras casas tem características mais condizentes com um campeão!
– As pessoas da Lufa-lufa sempre podem ser uma mistura de tudo isso! – Lily argumentou – E isso faz deles melhores campeões que as outras casas.
Sirius revirou os olhos, mas não respondeu.

— Aquele idiota, campeão de Hogwarts? — disse Rony, quando abriam caminho pelo ajuntamento de alunos para chegar à escadaria.
— Ele não é idiota, você simplesmente não gosta dele porque ele derrotou a Grifinória no Quadribol — disse Hermione. — Ouvi falar que é realmente um bom aluno, e é monitor!

– Isso não é garantia de nada. – Tiago revirou os olhos – Todos os anos os professores tem que escolher monitores do quinto ano de cada casa, talvez ele tenha entrado por falta de opção melhor!

– Você está falando sério? – Lily perguntou colocando as mãos na cintura irritada – Você realmente acha que as pessoas são escolhidas como monitores por "falta de opção"?
– É claro! – Sirius respondeu – McGonagall escolheu Remo pensando que ele colocaria um pouco de juízo na nossa cabeça.
– Falhei miseravelmente. – Remo disse sem qualquer traço de arrependimento.
– E quando isso não deu certo, – Sirius continuou – Dumbledore resolveu colocar Tiago de Monitor-Chefe, por pura falta de opção!
– Isso não é verdade. – Lily bufou – O Monitor-Chefe pode ser de qualquer casa!
– Sinceramente, – Sirius revirou os olhos – entre aquele fracote da Lufa-lufa, o rato de biblioteca da Corvinal, o estagiário de comensal da morte da Sonserina e Remo?
– Ele não tinha opção. – Remo concordou enfaticamente – Eu fui completamente incapaz de controlar Sirius e Tiago como monitor. Dumbledore deve ter pensado que, se Tiago fosse Monitor-Chefe, ele seria obrigado a controlar a si mesmo e, em consequência, segurar o Sirius.

Ela falou isso como se encerrasse a questão.
— Você só gosta dele porque ele é bonito — respondeu Rony com desdém.
— Perdão, eu não gosto de pessoas só porque são bonitas! — retrucou Hermione indignada.
Rony fingiu que pigarreava alto, um som que estranhamente lembrava "Lockhart!". A afixação do aviso no saguão de entrada teve um efeito sensível nos moradores do castelo.
Durante a semana seguinte, parecia haver um assunto nas conversas, onde quer que Harry fosse: o Torneio Tribruxo. Os boatos voavam de um aluno para outro como um germe excepcionalmente contagioso: quem ia tentar ser o campeão de Hogwarts, que é que o torneio exigia, e em que os alunos de Beauxbatons e Durmstrang se diferenciavam deles.
Harry notou, também, que o castelo estava sofrendo uma faxina mais do que rigorosa. Vários retratos encardidos tinham sido escovados para descontentamento dos retratados, que se sentavam encolhidos nas molduras, resmungando sombriamente e fazendo caretas ao apalpar os rostos vermelhos.
As armaduras de repente brilhavam e mexiam sem ranger e Argo Filch, o zelador, estava agindo com tanta agressividade com os alunos que se esquecessem de limpar os sapatos que aterrorizou duas garotas do primeiro ano levando-as à histeria. Outros funcionários também pareciam estranhamente tensos.
— Longbottom, tenha a bondade de não revelar que você não consegue sequer lançar um simples Feitiço de Troca diante de alguém de Durmstrang! — vociferou a Professora Minerva ao fim de uma aula particularmente difícil, em que Neville acidentalmente transplantara as próprias orelhas para um cacto.

– A boa e velha rivalidade entre escolas. – Tiago disse fingindo um olhar saudoso.

– Só preferia que os professores não tivessem resolvido reverter toda a tensão para mim. – Neville suspirou.
– Imagino que McGonagall não tenha sido a única que foi dura com você... – Alice perguntou com carinho.
– Ela estava certa. – Neville deu de ombros.
Frank abriu a boca para responder, mas Alice o impediu com um olhar.

Quando eles desceram para o café na manhã do dia 30 de outubro, descobriram que o Salão Principal fora ornamentado durante a noite. Grandes bandeiras de seda pendiam das paredes, cada uma representando uma casa de Hogwarts. A vermelha com um leão dourado da Grifinória, a azul com uma águia de bronze da Corvinal, a amarela com um texugo negro da Lufa-Lufa e a verde com uma serpente de prata da Sonserina. Por trás da mesa dos professores, a maior bandeira de todas tinha o brasão de Hogwarts: leão, águia, texugo e serpente unidos em torno de uma grande letra "H".
Harry, Rony e Hermione viram Fred e Jorge à mesa da Grifinória. Mais uma vez, e muito anormalmente, os dois estavam sentados à parte dos demais e conversavam em voz baixa. Rony se encaminhou para os dois.
— É chato, sim — dizia Jorge sombriamente a Fred. — Mas se ele não quer falar conosco pessoalmente, temos que lhe mandar uma carta. Ou enfiá-la na mão dele, ele não pode ficar nos evitando para sempre.

– Isso é uma conversa estranha. – Sirius disse pensativo – É claro que estão se referindo à mesma pessoa para quem estavam escrevendo antes...

– Pelo visto, quem quer que seja, está ignorando eles... – Tiago disse – Antes eles não queriam parecer estar acusando a pessoa, e agora isso... A pessoa deve ter enganado eles de alguma forma, antes eles estavam certos de que foi um engano. Agora estão bem mais irritados.
– Fico me perguntando quem enganou eles. – Remo franziu a testa – Só pode ser algo sobre as Gemialidades... Talvez algum comprador que não pagou?
– Teremos que esperar para saber. – Lily interrompeu as conjecturas dos Marotos e fez sinal para que Snape continuasse a leitura.

— Quem é que está evitando vocês? — perguntou Rony, sentando-se ao lado deles.
— Gostaria que fosse você — disse Fred, mostrando-se irritado com a interrupção.
— Que é que é chato? — perguntou Rony a Jorge.
— Ter um babaca metido feito você como irmão — disse Jorge.
— Vocês já tiveram alguma idéia para o Torneio Tribruxo? — perguntou Harry. — Continuaram pensando como vão tentar se inscrever?
— Perguntei a McGonagall como é que os campeões são escolhidos, mas ela não quis dizer — respondeu Jorge com amargura. — Só me disse para calar a boca e continuar transformando o meu guaxinim.

– Seria mais fácil pesquisar como os campeões são escolhidos do que receber essa resposta de McGonagall. – Tiago disse categórico.


— Fico imaginando quais vão ser as tarefas — disse Rony pensativo. — Sabe, aposto que poderíamos dar conta, Harry e eu já fizemos coisas perigosas antes...
— Não na frente de uma banca de juizes, isso vocês não fizeram — disse Fred. — McGonagall disse que os campeões recebem pontos pela perfeição com que executam as tarefas.
— Quem são os juizes? — perguntou Harry.
— Bem, os diretores das escolas participantes sempre fazem parte da banca, — disse Hermione e todos a olharam surpresos — porque os três ficaram feridos durante o torneio de 1792, quando um basilisco que os campeões deviam capturar saiu destruindo tudo.

– Viram? – Tiago perguntou com um meio sorriso – Pesquisa!

– Isso está em “Hogwarts, uma história”. – Remo disse – O que é um tanto interessante, por um curto período de tempo houveram dois basiliscos em Hogwarts...
– Harry é ofidioglota, – Sirius disse com um sorriso maroto – capturar um basilisco com certeza seria mais fácil para ele que para os competidores...

Ela notou que todos a olhavam e disse, com o seu costumeiro ar de impaciência quando via que ninguém mais lera os mesmos livros que ela:
— Está tudo em Hogwarts: Uma História. Embora, é claro, esse livro não seja cem por cento confiável. “Uma história Revista de Hogwarts” seria um título mais preciso. Ou, então, “Uma História Seletiva e Muito Parcial de Hogwarts”, que aborda brevemente os aspectos mais desfavoráveis da escola.
— Do que é que você está falando? — perguntou Rony, embora Harry soubesse o que vinha pela frente.
— Elfos domésticos!— disse Hermione em voz alta, comprovando que Harry acertara. — Nem uma vez, em mais de mil páginas, Hogwarts: Uma História menciona que somos todos coniventes na opressão de centenas de escravos!

Tiago chegou a abrir a boca para dar sua opinião sobre os elfos-domésticos de Hogwarts. Mas mudou de ideia e apenas revirou os olhos.


Harry sacudiu a cabeça e se concentrou nos ovos mexidos. A falta de entusiasmo dele e de Rony não conseguiu refrear a decisão de Hermione de obter justiça para os elfos domésticos. Era verdade que os dois tinham pago os dois sicles pelo distintivo do F.A.L.E., mas só o tinham feito para fazê-la calar-se.
Os sicles, no entanto, tinham sido gastos em vão, se produziram algum efeito foi o de tornar Hermione ainda mais vociferante. A garota andava atormentando os dois desde então, primeiro para usarem o distintivo, depois para persuadirem outros a fazer o mesmo, e ela também passara a caminhar pela sala comunal da Grifinória todas as noites, encostando os colegas na parede e sacudindo a latinha de coleta debaixo do nariz deles.
— Vocês têm consciência de que os seus lençóis são trocados, as lareiras, acesas, as salas de aula limpas e a comida preparada por um grupo de criaturas mágicas que não recebem salário e são escravizadas? — ela não parava de lembrar a todos com veemência.

– As pessoas começaram a evitar o salão comunal quando você estava nele. – Gina disse em tom de desculpas – Algumas meninas do meu dormitório sempre me mandavam na frente para verificar se corriam o risco de serem encurraladas...

– Os alunos mais novos tinham verdadeiro pavor de encontrar você. – Neville disse concordando com Gina cuidadoso.
– Desculpa. – Hermione murmurou constrangida.

Alguns colegas, como Neville, tinham pago só para Hermione parar de fazer cara feia para eles. Alguns pareceram ligeiramente interessados no que a garota tinha a dizer, mas relutavam em assumir um papel mais ativo no movimento. Muitos encaravam a coisa toda como piada.
Rony agora contemplou o teto, que banhava a todos com um sol de outono e Fred fingiu-se extremamente interessado no bacon que havia em seu prato (os gêmeos tinham se recusado a comprar um distintivo do F.A.L.E.). Jorge, no entanto, chegou para mais perto de Hermione.
— Escuta aqui, Mione, você já foi à cozinha?

– Jorge pelo visto sabe que você não tem ideia de como os elfos realmente se sentem. – Tiago disse dando um meio sorriso satisfeito.


— Não, claro que não — respondeu a garota secamente. — Nem posso imaginar que os alunos devam...
— Bom, nós já fomos — disse Jorge, indicando Fred — várias vezes para afanar comida. E encontramos os elfos e eles estão felizes. Acham que têm o melhor emprego do mundo...
— É porque eles não têm instrução e sofrem lavagem cerebral! — começou Hermione acaloradamente, mas suas palavras seguintes foram abafadas pelo ruído de asas que vinha do alto anunciando a chegada das corujas com o correio.

– Eles não sofrem lavagem cerebral! – Sirius bufou irritado – Os elfos de Hogwarts são perfeitamente felizes. Eles tem ótimas condições de trabalho!


Harry ergueu os olhos e, na mesma hora, avistou Edwiges que voava em sua direção. Hermione parou de falar abruptamente; ela e Rony observaram a coruja, ansiosos, enquanto a ave batia as asas rapidamente para descer e pousar no ombro de Harry, depois fechou-as e estendeu a perna, cansada.
Harry desamarrou a resposta de Sirius e ofereceu a Edwiges suas aparas de bacon, que ela comeu, grata. Então, verificando que Fred e Jorge estavam absortos em novas discussões sobre o Torneio Tribruxo, Harry leu a carta de Sirius, aos cochichos, para Rony e Hermione.

– Dessa vez você respondeu bem rápido. – Tiago constatou entre satisfeito e temeroso – Você já deve estar bem perto.

– E não fui apanhado. – Sirius respondeu com um sorriso presunçoso.

“Não me convenceu, Harry.
Estou de volta ao país e bem escondido. Quero que me mantenha informado de tudo que estiver acontecendo em Hogwarts. Não use Edwiges, troque de corujas e não se preocupe comigo, cuide-se. Não se esqueça do que lhe disse sobre a cicatriz.
Sirius”.

– Falei que não me convenceria. – Sirius disse enfático – Não sou um idiota!

– Por que não usar Edwiges? – Alice perguntou curiosa.
– Provavelmente por que ela é uma coruja muito atípica. – Tiago deu de ombros – Ela é branca, chamaria muita atenção vê-la indo e voltando sempre do mesmo lugar.

— Por que é que você precisa trocar de corujas? — perguntou Rony em voz baixa.
— Edwiges chamará muita atenção — respondeu Hermione na mesma hora. — Ela se destaca. Uma coruja muito branca que fica voltando para o lugar em que ele está escondido... Quero dizer, ela não é um pássaro nativo, não é mesmo?

– Exatamente. – Tiago disse fazendo um sinal de aprovação para Hermione.


Harry enrolou a carta e guardou-a dentro das vestes, se perguntando se estaria se sentindo mais ou menos preocupado do que antes. Supunha que o fato de Sirius ter conseguido voltar sem ser apanhado já era muito. Tampouco podia negar que a idéia de que seu padrinho estava muito mais próximo era reconfortante, pelo menos não teria que esperar tanto por uma resposta todas as vezes que lhe escrevesse.
— Obrigado, Edwiges — disse, acariciando-a. Ela piou sonolenta, meteu o bico rapidamente no cálice de suco de laranja do garoto, depois tornou a levantar vôo, visivelmente desesperada para tirar um longo sono no corujal.
Havia uma sensação de agradável expectativa no ar aquele dia. Ninguém prestou muita atenção às aulas, pois estavam bem mais interessados na chegada das comitivas de Beauxbatons e Durmstrang à noite, até Poções foi mais tolerável do que de costume, porque durou meia hora a menos.

– Pelo menos Snape não teve a chance de envenenar ninguém. – Frank disse com um meio sorriso irônico na direção de Severo.


Quando a sineta tocou mais cedo, Harry, Rony e Hermione subiram depressa para a Torre da Grifinória, largaram as mochilas e os livros, conforme as instruções que tinham recebido, vestiram as capas e desceram correndo para o saguão de entrada.
Os diretores das Casas estavam organizando os alunos em filas.
— Weasley, endireite o chapéu — disse a Professora Minerva secamente a Rony. — Srta. Patil, tire essa coisa ridícula dos cabelos.
Parvati fez cara feia e retirou o enorme enfeite de borboleta da ponta da trança.
— Sigam-me, por favor, — mandou a professora — alunos da primeira série à frente... Sem empurrar... Eles desceram os degraus da entrada e se enfileiraram diante do castelo. Fazia um fim de tarde frio e límpido, o crepúsculo vinha chegando devagarinho e uma lua pálida e transparente já brilhava sobre a Floresta Proibida. Harry, postado entre Rony e Hermione na quarta fileira da frente para trás, viu Denis Creevey decididamente trêmulo de expectativa entre os colegas da primeira série.
— Quase seis horas — comentou Rony, verificando o relógio e depois espiando o caminho que levava aos portões da escola. — Como é que vocês acham que eles vêm? De trem?

– Provavelmente não. – Remo disse categórico – Como o seu pai disse, quando os bruxos se encontram gostam de alardear suas melhores qualidade…

– Eles devem vir em algum meio de transporte extravagante. – Sirius disse concordando com Remo.

— Duvido — respondeu Hermione.
— Como então? Vassouras? — arriscou Harry, erguendo os olhos para o céu estrelado.
— Acho que não... Não vindo de tão longe...
— De chave de portal? — aventurou Rony. — Ou quem sabe aparatando, talvez tenham permissão de fazer isso antes dos dezessete anos no lugar de onde vêm?
— Não se pode aparatar nos terrenos de Hogwarts. Quantas vezes tenho que repetir isso a vocês — falou Hermione com impaciência.

– Pelo resto da vida, creio eu. – Remo disse condescendente.


Os garotos examinavam excitados e atentos os jardins cada vez mais escuros, mas nada se movia, tudo estava quieto, silencioso, como sempre. Harry começava a sentir frio. Desejou que os visitantes chegassem logo... Talvez os estudantes estrangeiros estivessem preparando uma entrada teatral... Lembrou-se do que o Sr. Weasley dissera no acampamento antes da Copa Mundial de Quadribol: "Sempre os mesmos, não resistimos à tentação de fazer farol quando nos reunimos...”
E então Dumbledore falou em voz alta da última fileira, onde aguardava com os outros professores:
— Aha! A não ser que eu muito me engane, a delegação de Beauxbatons está chegando!
— Onde? — perguntaram muitos alunos ansiosos, olhando em diferentes direções.
— Ali! — gritou um aluno da sexta série, apontando para o céu sobre a Floresta.
Alguma coisa grande, muito maior do que uma vassoura — ou, na verdade, cem vassouras —, voava em alta velocidade pelo céu azul-escuro em direção ao castelo, e se tornava cada vez maior.
— É um dragão! — gritou esganiçada uma aluna da primeira série, perdendo completamente a cabeça.
— Deixa de ser burra... É uma casa voadora! — disse Dênis Creevey.
O palpite de Dênis estava mais próximo... Quando a sombra gigantesca e escura sobrevoou as copas das árvores da Floresta Proibida, e as luzes que brilhavam nas janelas do castelo a iluminaram, eles viram uma enorme carruagem azul-clara do tamanho de um casarão, que voava para eles, puxada por doze cavalos alados, todos baios, cada um parecendo um elefante de tão grande.

– Impressionante. – Lily disse abismada – Achei que Hogwarts tinha encantamentos contra objetos voadores…

– Dumbledore pode ter desativado eles. – Tiago deu de ombros.
– Ou a época deles é muito mais segura e eles não precisam da mesma quantidade de feitiços de defesa que nós temos hoje em dia…– Sirius disse pensativo – Afinal, o Harry e o Rony entraram na escola com o carro voador dois anos antes…
– E os amigos de Carlinhos foram buscar o Norberto em vassouras e não tiveram nenhum problema. – Gina disse recordando-se do primeiro livro.

As três primeiras fileiras de alunos recuaram quando a carruagem foi baixando para pousar a uma velocidade fantástica, — então, com um baque estrondoso que fez Neville saltar para trás e pisar no pé de um aluno da quinta série da Sonserina — os cascos dos cavalos, maiores que pratos, bateram no chão. Um segundo mais tarde, a carruagem também pousou, balançando sobre as imensas rodas, enquanto os cavalos dourados agitavam as cabeçorras e reviravam os grandes olhos cor de fogo.
Harry só teve tempo de ver que a porta da carruagem tinha um brasão (duas varinhas cruzadas, e de cada uma saíam três estrelas) antes que ela se abrisse. Um garoto de roupas azuis-claras saltou da carruagem, curvado para a frente, mexeu por um momento em alguma coisa que havia no chão da carruagem e abriu uma escadinha de ouro. Em seguida, recuou respeitosamente. Então Harry viu um sapato preto e lustroso sair de dentro da carruagem — um sapato do tamanho de um trenó de criança — acompanhado, quase imediatamente, pela maior mulher que ele já vira na vida.
O tamanho da carruagem e dos cavalos ficou imediatamente explicado. Algumas pessoas exclamaram.
Harry só vira, até então, uma pessoa tão grande quanto essa mulher: Hagrid; ele duvidou que houvesse dois centímetros de diferença na altura dos dois. Mas, por alguma razão, — talvez simplesmente porque estava habituado a Hagrid — esta mulher (agora ao pé da escada, que olhava para as pessoas que a esperavam de olhos arregalados) parecia ainda mais anormalmente grande.

– O que quer que tenha acontecido com Hagrid deve ter acontecido com ela também… – Alice disse pensativa – Pessoas daquele tamanho não são fáceis de encontrar.

– Ainda me pergunto o que exatamente aconteceu com Hagrid… – Remo disse coçando a cabeça – Nunca pensei que existia outra pessoa tão grande quanto ele.
– Talvez eles tenham nascido um para o outro. – Alice disse ligeiramente sonhadora.

Ao entrar no círculo de luz projetado pelo saguão de entrada, ela revelou um rosto bonito de pele morena, grandes olhos negros que pareciam líquidos e um nariz um tanto bicudo. Seus cabelos estavam puxados para trás e presos em um coque na nuca. Vestia-se da cabeça aos pés de cetim negro, e brilhavam numerosas opalas em seu pescoço e nos dedos grossos.
Dumbledore começou a aplaudir; os estudantes, acompanhando a deixa, prorromperam em palmas, muitos deles nas pontas dos pés, para poder ver melhor a mulher.
O rosto dela se descontraiu em um gracioso sorriso e ela se dirigiu a Dumbledore, estendendo a mão faiscante de anéis. O diretor, embora alto, mal precisou se curvar para beijar-lhe a mão.
— Minha cara Madame Maxime — disse. — Bem-vinda a Hogwarts.
— Dumbly-dorr — disse Madame Maxime, com uma voz grave. — Esperro encontrrá-lo de boa saúde.
— Excelente, obrigado — respondeu Dumbledore.
— Meus alunos — disse Madame Maxime, acenando descuidadamente uma de suas enormes mãos para trás.
Harry, cuja atenção estivera focalizada inteiramente em Madame Maxime, reparou, então, que uns doze garotos e garotas — todos, pelo físico, no fim da adolescência — haviam descido da carruagem e agora estavam parados atrás de Madame Maxime. Eles tremiam de frio, o que não surpreendia, pois suas vestes eram feitas de finíssima seda e nenhum deles usava capa. Alguns tinham enrolado echarpes e xales na cabeça. Pelo que Harry pôde ver de seus rostos (estavam à enorme sombra de sua diretora), eles olhavam para o castelo, com uma expressão apreensiva.

– A França não é tão mais quente que aqui. – Alice disse revirando os olhos.

– Depende muito do lugar da França, na verdade. – Sirius disse categórico – Na Riviera francesa é bem quente… – completo com um sorriso ligeiramente malicioso.
– E como você sabe disso? – Lily perguntou curiosa.
– Passei algumas férias em Saint Tropez com amigos da minha família… – ele respondeu presunçoso.
Severo revirou os olhos antes de retomar a leitura.

— Karrkarroff já chegou? — perguntou Madame Maxime.
— Deve chegar a qualquer momento — disse Dumbledore. — Gostaria de esperar aqui para recebê-lo ou prefere entrar para se aquecer um pouco?
— Me aquecerr, acho. Mas os cavalos...
— O nosso professor de Trato das Criaturas Mágicas ficará encantado de cuidar deles — disse Dumbledore — assim que terminar de resolver um probleminha que ocorreu com alguns de seus outros... Protegidos.
— Explosivins — murmurou Rony para Harry, rindo.
— Meus corrcéis ecsigem... Hum... Um trratadorr forrte — disse Madame Maxime, com uma expressão de dúvida quanto à capacidade de um professor de Trato das Criaturas Mágicas em Hogwarts para dar conta da tarefa. — Eles son muito forrtes...

– Para quem cuida de acromântulas como se fossem bichinhos de estimação e coloca dragões para dormir com ursinhos de pelúcia, acho que Hagrid é bem capaz de cuidar de cavalos alados… – Remo disse categórico.


— Posso lhe assegurar que Hagrid poderá cuidar da tarefa — disse o diretor, sorrindo.
— Ótimo, — disse Madame Maxime, fazendo uma ligeira reverência — por favorrr inforrrme a esse Agrid que os cavalos só bebem uísque de um malte.
— Farei isso — respondeu Dumbledore, retribuindo a reverência.
— Venham — disse Madame Maxime imperiosamente aos seus alunos e o pessoal de Hogwarts se afastou para deixá-los subir os degraus de pedra.
— De que tamanho você acha que os cavalos de Durmstrang vão ser? — perguntou Simas Finnigan, esticando-se por trás de Lilá e Parvati para falar com Harry e Rony.

– A delegação de Durmstrang não vai chegar necessariamente da mesma forma que a delegação de Beauxbatons. – Remo disse decidido – Na verdade, o mais provável é que eles cheguem de maneiras completamente diferentes.


— Bom, se eles forem maiores do que esses, nem Hagrid vai ser capaz de cuidar deles — comentou Harry. — Isto é, se ele já não foi atacado pelos explosivins. Qual será o problema com eles?
— Talvez tenham fugido — arriscou Rony esperançoso.
— Ah, não diz uma coisa dessas — falou Hermione, com um arrepio. — Imaginem aqueles bichos soltos pela propriedade...

– Imagino que se fugissem, eles se abrigariam na floresta… – Frank deu de ombros – Me parece um lugar bem agradável, para monstros em geral…


Eles continuaram parados, agora tremendo um pouco de frio, à espera da delegação de Durmstrang. A maioria das pessoas contemplava o céu, esperançosa. Durante alguns minutos, o silêncio só foi interrompido pelos cavalões de Madame Maxime que resfolegavam e pateavam. Mas então...
— Vocês estão ouvindo alguma coisa? — perguntou Rony de repente.
Harry prestou atenção, um barulho alto e estranho chegava até eles através da escuridão, um ronco abafado mesclado a um ruído de sucção, como se um imenso aspirador de pó estivesse se deslocando pelo leito de um rio...
— O lago! — berrou Lino Jordan apontando. — Olhem para o lago!
De sua posição, no alto dos gramados, de onde descortinavam a propriedade, eles tinham uma visão desimpedida da superfície escura e lisa da água — exceto que ela repentinamente deixara de ser lisa.
Ocorria alguma perturbação no fundo do lago, grandes bolhas se formavam no centro, e suas ondas agora quebravam nas margens de terra — e então, bem no meio do lago, apareceu um rodamoinho, como se alguém tivesse retirado uma tampa gigantesca do seu leito... Algo que parecia um pau comprido e preto começou a emergir lentamente do rodamoinho... E então Harry avistou o velame...
— É um mastro! — disse ele a Rony e Hermione.

– Um navio? – Alice perguntou curiosa – Como eles poderiam chegar de navio no lago?

– Um navio encantado. – Sirius respondeu – Eles devem conseguir submergir em qualquer lugar e voltar em outro completamente diferente…
– Como um submarino? – Lily perguntou interessada.
– Mais ou menos… – Remo respondeu dando de ombros – Um submarino só pode transitar por águas que realmente tenham alguma ligação.

Lenta e imponentemente o navio saiu das águas, refulgindo ao luar. Tinha uma estranha aparência esquelética, como se tivesse ressuscitado de um naufrágio, e as luzes fracas e enevoadas que brilhavam nas escotilhas lembravam olhos fantasmagóricos. Finalmente, com uma grande movimentação de água, o navio emergiu inteiramente, balançando nas águas turbulentas, e começou a deslizar para a margem.
Alguns momentos depois, ouviram a âncora ser atirada na água rasa e o baque surdo de um pranchão ao ser baixado sobre a margem.
Havia gente desembarcando, os garotos viram silhuetas passarem pelas luzes das escotilhas. Os recém-chegados pareciam ter físicos semelhantes aos de Crabbe e Goyle... Mas então, quando subiram as encostas dos jardins e chegaram mais próximos à luz que saía do saguão de entrada, Harry viu que aquela aparência maciça se devia às capas de peles de fios longos e despenteados que estavam usando. Mas o homem que os conduzia ao castelo usava peles de um outro tipo; sedosas e prateadas como os seus cabelos.
— Dumbledore! — cumprimentou ele cordialmente, ainda subindo a encosta. — Como vai, meu caro, como vai?
— Otimamente, obrigado, Professor Karkaroff.
O homem tinha uma voz ao mesmo tempo engraçada e untuosa; quando ele entrou no círculo de luz das portas do castelo, os garotos viram que era alto e magro como Dumbledore, mas seus cabelos brancos eram curtos, e a barbicha (que terminava em um cachinho) não escondia inteiramente o seu queixo fraco.
Quando alcançou Dumbledore, apertou-lhe a mão com as suas duas.
— Minha velha e querida Hogwarts! — exclamou, erguendo os olhos para o castelo e sorrindo, seus dentes eram um tanto amarelados, e Harry reparou que seu sorriso não abrangia os olhos, que permaneciam frios e astutos. — Como é bom estar aqui, como é bom... Vítor, venha, venha para o calor... Você não se importa, Dumbledore? Vítor está com um ligeiro resfriado...
Karkaroff fez sinal para um de seus estudantes avançar. Quando o rapaz passou, Harry viu de relance um nariz grande e curvo e sobrancelhas escuras e espessas.
Não precisava do soco que Rony lhe deu no braço, nem do cochicho na orelha para reconhecer aquele perfil.
— Harry, é o Krum!

Rony não conseguiu resistir e emitiu um ruído ininteligível.

– Krum ainda é estudante? – Sirius perguntou espantado – O apanhador da Bulgária ainda nem saiu da escola?
– Acho que ele é realmente um prodígio. – Tiago suspirou – Acho que se fosse para eu ser jogador de quadribol, já teria sido convidado…
– Não exagere. – Sirius bufou – Não é todo mundo que começa a jogar antes de sair da escola e você sabe muito bem disso.
– Mesmo assim… – Tiago murmurou.
– Não faça isso. – Lily deu um tapinha no braço dele irritada – Ser humilde e modesto não combina com você.
– Nem um pouco. – Remo concordou enquanto pegava o livro que Severo lhe passava e abria no próximo capítulo – Capítulo XVI – O cálice de fogo.




Hey leitores mais queridos do FeB! Eu sei que dei uma sumida e que estou postando esse capítulo uma semana depois do previsto, mas foi por uma "boa causa". Tive que viajar para ajudar uma grande amiga com seus planos de casamento... Aproveitei essa viagem para conhecer duas de vocês e foi muito divertido! Gostaria de conhecer todos vocês um dia! (E sim, Alice está shippando muito Hadrid e Maxime! Para falar a verdade, nem sei qual o nome desse shipp... Vocês sabem?)


- Nany_Potter: Que bom que conseguiu entrar! Eu lembro de você do grupo, apesar de você não aparecer muito por lá! Mas eu entendo, bebê em casa consome muito tempo mesmo! Eu sempre procuro fazer as relações entre os personagens o mais realistas possiveis, afinal, Lily não iria simplesmente se jogar em cima de Tiago só porque o livro diz que eles se casaram, não é? De tudo que sabemos sobre os marotos, tive certeza de que Tiago nunca acreditaria que Sirius poderia traí-lo, com isso eu sabia exatamente como PdA seria. E todo mundo teve muita raiva da Alice nesse livro, mas eu tenho muita pena dela, afinal, ela é o maior exemplo da comunidade comum bruxa, aquelas pessoas que simplesmente acreditam no governo e nos jornais e que não tem muito pensamento próprio. Espero que você consiga comentar sempre daqui para frente!
- MionGinnyLuna: Fico feliz que tenha gostado e espero que tenha tido uma boa viagem!
- Arthur Lacerda: Que bom que continua gostando e acompanhando!
- Alí Weasley Potter: Realmente, a piada do Urano é bem impublicável, ainda mais se quero manter a classificação da fic livre... A cada capítulo que eles leem Tiago tem mais certeza de que faria tudo de novo para proteger o Harry, ele está amadurecendo muito com os livros.
- Ana Marisa Potter: Olá, seja muito bem-vinda! Fico feliz que tenha gostado e espero vê-la comentando sempre! Se quiser saber mais sobre a fic entre no grupo do facebook! O Link está aqui embaixo!
- Izabella Bella Black: Espero que ela fique bem, e que não sinta dor, ás vezes isso é o mais importante! Eu realmente percebi que você deu uma sumida, mas você tem bons motivos! Esse Moody falso em alguns momentos deve agir de uma forma muito diferente de como o verdadeiro agiria, então Tiago deve ficar bem desconfiado... Os elfos realmente deviam ser tratados de forma melhor, mas libertá-los com certeza não é o caminho certo para isso. Afinal, os elfos são felizes servindo os bruxos, esse é o proposito deles na vida.
- Day Caracas: Com certeza essa aula de DCAT nos mostrou muitas coisas que foram importantes para os próximos livros, acho que realmente precisavamos aprender sobre as maldições para entender muitas coisas. Acho que a AD e o Harry ajudaram muito o Neville a criar uma confiança em si mesmo. Acho bem dificil que o Tiago descubra a trama desse livro, afinal esse é o mais dificil de descobrir e o mais perverso. Eu nunca entendi como alguém pode shippar Harry e Hermione, para mim está na cara desde o inicio que o Rony e a Hermione sentem algo um pelo outro, o modo como ela age com o Harry sempre foi diferente de como ela age com o Rony. Também sempre quis saber mais sobre a primeira guerra bruxa e tudo que aconteceu antes dos livros e depois. Quando eles descobrirem o que realmente aconteceu com eles, vão se sentir realmente mal, também acho que o destino deles foi ainda pior que o dos Potter, não saber quem é, não poder viver, é pior do que simplesmente morrer. Eu tenho mais interesse por Aritmancia do que por Runas, mas com certeza não faria adivinhação.
- Ariane Potter: Já estava quase postando quando vi seu comentário! Obrigada por comentar de qualquer forma, você sabe que a consideração de vocês sempre me deixa feliz!


Não deixem de comentar!
Quem quiser fazer parte do grupo da fic, onde posto novidades, jogos, prévias e enquetes:
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E para quem é do grupo: Quem acertou a frase da semana?

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Comentários (8)

  • Stehcec

    Olá Juhtentei comentar semana passada, mas foi tão corrido meu fim de semana, meu sobrinho veio pra minha casa, ai já viu neh!? Mas hoje vou ler os dois. E estou muito feliz por você está bem adiantada nos caps e conseguir postar dois de uma só vez. E que comece o torneio e tadinha da Lily achando q não haverá perigo. Acho q ninguém cairia nessa do Harry, a carta mais fajuta. Até eu se fosse a Edwiges estaria com raiva do Harry, tem q pedir desculpas mesmo como a Gina disse. Entendo perfeitamente o Harry tbm, se fosse eu ficaria bastante preocupada com o Sirius, mas se até agora ele conseguiu se virar, vai continuar conseguindo. Ainda mais sendo animago. Claro q o Tiago ia achar ruim de nao ter quadribol. Dessa vez eu acho o Moody errado. Também acho q nenhum dos alunos conseguiu aprender nada. Mas o sádico que está no corpo do Moody não iria perder essa oportunidade. Achei q eles ficariam mais surpresos com o Harry conseguir dominar a Imperius, principalmente o Snape tão esnobe. Realmente achei q o Tiago ficaria orgulhoso, até mesmo a Lily. O Tiago está cada vez mais desconfiado do Moody, apesar de concordar com vc sobre ele achar q ele ta é louco. Ah, mas se eu fosse a Mione ficaria orgulhosa também, pq apesar de razoavel foi a unica q conseguiu fazer. E o Tiago e o Sirius são fora de serie. Essa parte sobre as prediçoes e a Lily dizendo uma falsa, eu consigo imaginar perfeitamente bem. Rachei de rir com o Harry, a unica coisa boa que ele viu da aula acabar 1 hora antes foi o Snape não envenenar a todos. hahahahahahahahahhahhahhahahahahahaha Ah, o Tiago não pode ter raiva do Cedrico por causa do pai dele. :( E o Sirius extremamente preconceituoso mesmo, concordo com a Lily. Não concordo com os marotos sobre a escolha do monitor e é apesar da Lufa-Lufa ser a mais fraquinha gosto deles. Tadinho do Neville, tenho muita dó dele. E achei a McGonagall bem severa tadinho. Um pouco de pesquisa não mata ngm, mas dá muita preguiça. hahahhahhahahahhaahaha É Tiago, se prepare para a Hermione falar do F.A.L.E por muito tempo. Eu imaginava isso q a Gina e o Neville falou. Sempre fiquei imaginando, como eles veem as corujas, sei lá como alguem ficaria observando da onde elas vem, pra onde elas vão. Nunca consegui entender isso. Eu achei q tinha feitiço sobre algo voador tbm, mas se não me engano qnd confirma q Voldemort voltou eles lançam esses feitiços neh!? Ai essa Alice e o comentário dela sobre o Hagrid e a Maxime. ahaahaahaahahha O Snape é tão invejoso, nossa! Pra ele parece q as pessoas não pode ter dinheiro. Concordo perfeitamente com o Remo sobre o Hagrid conseguir cuidar dos cavalos alados. Pensei exatamente o mesmo que a Alice e a Lily sobre o lago. Tiago humilde e modesto não combina com ele mesmo. hahahahhahhhaahaAgora o próximo cap!!Muito bom cap Juh. P.S. Adorei te conhecer!!! 

    2015-08-08
  • Arthur lacerda

    Excelente capítulo. Você merece os parabéns pelo incrível trabalho que vens fazendo.   Ps.: Tentando corrigir um pouco o erro.

    2015-08-03
  • Ariane Potter

    Oie juh, nao comentei direito semana passada, e quase nao tive tempo pra comentar esse, so que consegui um tempinho pra vim comentar.Se a lily soubesse que que um limite de idade nao vai impedir seu filho de entrar no torneio, so quero ver a reacao dela quando o nome do Harry sair do calice. E apesar do Sirius estar brincando, ele nao sabe o quanto sua ironia estava certa, sobre ningjem ser devorado por um dragão kkkkkkkkkk. Acho que seria muito legal se uma das tarefas fosse um basilisco.Alguem nos comentarios disse q a j.k poderia escrever Hogwarts uma historia, etenho que concordar, acho q seria muito legal. Teve umas partes nesse capitulo q eu realmente esqueci :( , apesar de ter lido os livros muitas vezes, eu ainda nao comprei ele, e eu lia na escola no ensino medio, então faz tznto tempo que nao reeleio eles. Mas eu ate compraria os livros mas eu vi uns box tao perfeitos que eu quero muito comprar, so que são bem carinhosOEu adorei o capitulo, e mal posso esperar pra ver o que ira acontecer nos proximos capitulos pois é uns dos melhores do livroBjss. 

    2015-08-02
  • Nati Wood

    Parabéns, pela FIC.Fiquei viciada, extramente curiosa para o próximo capitulo e os comentário quando o Harry for escolhido como quarto campeão.Posta uma vez por semana, por favorzinhooo! rsJá virei sua fã.Bjs 

    2015-08-02
  • Day Caracas

    Adoroei o capítulo Juh!!!!!Ahhh como queria ter encontrado com vocês Juhh :( Ahhh se Lily e Sirius soubessem, Harry nunca teve um ano normal, acho que o mais calmo foi o 3Senti tanta falta do Quadribol esse ano, era tão legal ve a narrativa, se bem que foi melhor que os filmes ja que era bem raro ter algo.Pobre James, deve tar tão confuso com o Moddy, apesar de não ser ele, o verdadeiro ficou um pouquinho biruta mesmoSinceramente, acho que não conseguiria resistir a maldição, parece que a pessoa tem que ter a cabeça no lugar e manter a calma, duas coisas que não sou nada boaEu adoro transfiguração, é minha materia favorita, depois vem DCAT Eu amei quando foi um Lufano como campeão, apesar que eu prefiria Angelina, mas a JK tava tentando mostrar que nenhuma casa é melhor ou pior que a outra, eu adoraria estar na lufa lufa apesar de ser grifinoria com coração.Sempre rivalidades de escola, eu entendo e vivenciei, estudava no colégio da policia militar e nunca nos demos bem com o pessoal das escolas dos bombeiros e do colégio militar, sempre disputando, mas era até legal, na maioria das vezes o meu que ganhava :DEu sinceramente queria tanto que a JK escrevesse Hogwarts, uma historia ^-^ acho que ia ler várias vezes como a MioneEspero que Alice não venha com preconceito quando descobrir sobre Hagrid, espero que tenha aprendido a lição  

    2015-08-02
  • Luiza Snape

    Só imaginando a reaçào da lily ao ver o nome do Harry saindo do cálice.  

    2015-07-27
  • Ana Marisa Potter

    Adorei espero ansiosamente o proximo e muitos parabéns. Para a tua amiga.  Espero ansiosamente o próximo capítulo quero ver como os marotos vão encarar a notícia de que o Harry vai entrar no torneio. Bjs e até ao próximo capítulo.  

    2015-07-27
  • MionGinnyLuna

    Parabéns para a sua amiga! E amei o capítulo, show de bola. A Lily dando uma de marota foi top, alice shipper é 10, Remus falando quase me fez chorar. Enfim, perfeito. Eu estava pensando como o tiago vai reagir em RdM, quando o Harry falar com o Remus sobre o Teddy? ALias, os três, por que, tipo, a única rasão que o Harry foi padrinho é por que TODAS AS OUTRAS OPÇÕES ESTAVAM MORTAS, senão eles seriam tipo irmãos, não acha? Hehehe, beijos e até o próximo!PS: Se você vier pra cá pro pará, vamos nos encontrar? XD 

    2015-07-27
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