Caos no Ministério



– Caos no Ministério.

– Sabemos perfeitamente o que causou o caos... – Sirius bufou – Só espero que esses problemas tenham acabado por hora e você possa aproveitar o fim das férias...

– É o que todos queremos. – Lily suspirou e fez sinal para Alice começar a ler.

O Sr. Weasley acordou os garotos após algumas horas de sono. Usou magia para fechar e dobrar as barracas, e o grupo deixou o acampamento o mais depressa que pôde, passando pelo Sr. Roberts à porta da casa. O homem tinha um estranho olhar vidrado e acenou se despedindo com um vago "Feliz Natal".
— Ele vai ficar bom — disse o Sr. Weasley baixinho, quando começaram a atravessar a charneca. — As vezes, quando a memória de uma pessoa é alterada, ela fica um pouco desorientada durante algum tempo... E precisaram fazê-lo esquecer muita coisa.

– Pobre senhor Roberts... – Remo suspirou – Espero que a família dele esteja bem.

– Devem estar. – Tiago disse – Apesar de tudo, o que eles fizeram, está mais para tortura psicológica do que qualquer outra coisa. E o ministério deve ter cuidado bem deles.
– Pelo menos eles nunca vão se lembrar disso. – Gina murmurou triste – Ás vezes eu gostaria de esquecer algumas coisas.
– Todos nós gostaríamos. – Harry consolou-a com um meio sorriso.

Eles ouviram vozes ansiosas quando se aproximaram do lugar onde estava a chave do portal e, ao chegarem, encontraram numerosos bruxos e bruxas reunidos em torno de Basílio, o guardador das chaves dos portais, todos exigindo, em altos brados, partir do acampamento o mais rápido possível. O Sr. Weasley teve uma discussão com Basílio, eles entraram na fila e conseguiram tomar um velho pneu de volta ao monte Stoatshead antes do sol realmente nascer. Voltaram caminhando por dentro de Ottery St. Catchpole, em direção à “Toca”, à claridade da alvorada, falando muito pouco porque estavam demasiado exaustos e ansiosos pelo café da manhã que iriam tomar.
Ao virarem para a estrada de casa e avistarem “A Toca”, um grito ecoou pela estrada úmida.
— Ah, graças a Deus, graças a Deus!
A Sra. Weasley, que evidentemente estivera à espera diante da casa, veio correndo ao encontro deles, ainda usando chinelos, o rosto pálido e tenso, um exemplar amassado do Profeta Diário amarrotado na mão.

– O Profeta deve ter deixado ela apavorada. – Frank franziu a testa – Me lembro de quando os comensais atacaram Hogsmead e minha mãe ficou tão apavorada com as notícias do jornal que veio até a escola ver se eu estava vivo.

– Sendo que, quando aconteceu esse ataque, não haviam alunos em Hogsmead. – Alice lembrou-se.
– As informações do jornal nunca são completamente confiáveis. – Sirius disse categórico – Eles só dizem o que vai fazer eles venderem mais jornais, sempre deixam alguma coisa de fora.

— Arthur... Eu estava tão preocupada... Tão preocupada...
Ela se atirou ao pescoço do marido e o Profeta Diário caiu de sua mão frouxa no chão. Baixando os olhos, Harry leu a manchete: “CENAS DE TERROR NA COPA MUNDIAL DE QUADRIBOL”, completada com uma foto em preto e branco da Marca Negra cintilando sobre as copas das árvores.
— Vocês estão bem, — murmurou a Sra. Weasley distraída, largando o marido e olhando para os garotos com os olhos vermelhos — vocês estão vivos... Ah, meninos...
E para surpresa de todos, agarrou Fred e Jorge e puxou os dois para um abraço tão apertado que as cabeças dos garotos se chocaram.

– Não acho isso surpreendente… – Tiago deu de ombros – Minha mãe agiria exatamente do mesmo jeito. Mesmo depois de uma briga, se ela acha que eu estou correndo qualquer risco, ela fica louca de preocupação.

– É o que as mães fazem. – Lily disse observando Harry de lado.
– Não a minha. – Sirius murmurou – Minha mãe brigaria comigo por eu não ter torturado os trouxas.
Lily baixou os olhos triste, ouvir Sirius contando como havia sido a sua infância sempre a surpreendia

— Ai! Mamãe, você está estrangulando a gente...
— Gritei com vocês antes de irem embora! — disse a mãe, começando a soluçar — é só nisso que estive pensando! E se Você-Sabe-Quem tivesse pegado vocês, e a última coisa que disse aos dois foi que não obtiveram suficientes N.O.M’s? Ah, Fred... Jorge...
— Ora vamos, Molly, estamos todos perfeitamente bem — disse o Sr. Weasley acalmando-a, desvencilhando-a dos gêmeos e levando-a em direção à casa.
— Gui — murmurou ele em voz mais baixa —, apanhe esse jornal, quero ver o que diz...
Quando já estavam todos apertados na pequena cozinha e Hermione preparara uma xícara de chá forte para a Sra. Weasley, no qual o marido insistira em acrescentar uma dose de uísque, Gui entregou o jornal ao pai.
O Sr. Weasley examinou a primeira página enquanto Percy espiava por cima do seu ombro.
— Eu sabia — disse o Sr. Weasley deprimido. — Ministério erra... Responsáveis livres... Segurança ineficaz... Bruxos das trevas correm desenfreados... Desgraça nacional... Quem escreveu isso? Ah... Só podia ser... Rita Skeeter.
— Essa mulher vive implicando com o Ministério da Magia! — reclamou Percy, furioso. — Semana passada ela disse que estávamos perdendo tempo discutindo a espessura dos caldeirões, quando devíamos estar acabando com os vampiros! Como se isso não estivesse explícito no parágrafo doze das Diretrizes para o Tratamento dos Semi-Humanos Não-bruxos...
— Faz um favor à gente, Percy, — disse Gui bocejando — cala a boca.
— Falaram de mim — disse o Sr. Weasley, arregalando os olhos por trás dos óculos ao chegar ao fim do artigo no Profeta Diário.

– A situação está pior do que eu imaginava… – Remo suspirou – Espero que o ministério não culpe o seu pai por nada… Ele nem ao menos estava de serviço e mesmo assim foi ajudar…

– Mas o que falaram do Sr. Weasley? Isso nem ao menos faz sentido… Ele não fez nada! – Sirius bufou e fez sinal para que Alice continuasse lendo.


— Onde? — perguntou num atropelo a Sra. Weasley, engasgando-se com o chá batizado com uísque. — Se eu tivesse visto isso, saberia que você estava vivo!
— Não dizem o meu nome — explicou o Sr. Weasley. — Escute isso:
Se os bruxos e as bruxas aterrorizados que prendiam a respiração à espera de notícias na orla da floresta queriam ouvir do Ministério da Magia uma palavra que os tranqüilizasse foram lamentavelmente desapontados. Um funcionário do Ministério saiu da floresta uns minutos depois do aparecimento da Marca Negra, dizendo que não havia ninguém ferido, mas recusando-se a dar maiores informações. Resta ver se tal declaração será suficiente para abafar os boatos de que vários corpos foram retirados da floresta uma hora mais tarde.

– O que? – Frank disse chocado – Isso é ridículo! Ninguém se machucou mesmo...

– Talvez alguém tenha se machucado mesmo. – Alice deu de ombros – As pessoas apavoradas pela marca negra podem ter saído correndo por ai desesperadas, podem ter atacado desconhecidos por medo... Essas coisas.
– Faz sentido. – Tiago concordou – Ainda assim duvido muito que vários corpos tenham sido retirados da floresta.

— Ah, francamente, disse o Sr. Weasley, exasperado, entregando o jornal a Percy. Ninguém ficou ferido mesmo, que é que eu deveria dizer? Boatos de que vários corpos foram retirados da floresta... Ora, agora é que vai haver boatos depois de ela publicar isso.
Ele soltou um profundo suspiro.
— Molly, vou ter que ir ao escritório, isso vai dar um certo trabalho para consertar.
— Eu vou com você, pai — disse Percy cheio de importância. — O Sr. Crouch vai precisar de toda a tripulação a bordo. E aproveito para entregar a ele o meu relatório sobre os caldeirões, pessoalmente.

– Porque é claro que, no meio de uma crise como esta, o Crouch vai se preocupar muito com o relatório dele. – Rony riu pelo nariz.


O rapaz saiu apressado da cozinha. A Sra. Weasley pareceu muito aborrecida.
— Arthur, você está de férias! Isso não tem nada a ver com o seu trabalho, com certeza eles podem resolver o caso sem você, não?
— Tenho que ir, Molly — disse o Sr. Weasley. — Piorei as coisas com a minha declaração. Vou trocar de roupa um instante e vou...

– Mas seu pai não fez nada de errado! – Remo bufou indignado – Ele só estava tentando tirar vocês da confusão e a declaração dele não teria piorado nada se essa jornalista não tivesse tirado ela de contexto!

– Fora que ele nem estava realmente fazendo uma declaração para a imprensa. – Tiago concordou com Remo enfático – A jornalista não se identificou, não falou nada. Para ele, eram apenas pessoas normais preocupadas.

— Sra. Weasley, — disse Harry de repente, incapaz de se conter — Edwiges não chegou com uma carta para mim?
— Edwiges, querido? — disse a Sra. Weasley distraída. — Não... Não, não chegou nenhum correio.
Rony e Hermione olharam, curiosos, para Harry. Com um olhar expressivo para ambos ele disse:
— Tudo bem se eu for deixar minhas coisas no seu quarto, Rony?
— Claro... Acho que eu também vou — respondeu Rony na mesma hora. — Mione?
— Vou — disse ela depressa, e os três saíram decididos da cozinha e subiram as escadas.

– Vocês realmente acharam que estavam conseguindo disfarçar? – Gina perguntou cética – Mesmo preocupada com tudo o que estava acontecendo e com a mamãe, eu percebi que vocês queriam conversar em particular sobre a carta que você não tinha recebido.


— Que é que está acontecendo, Harry? — perguntou Rony, depois de fecharem a porta do sótão atrás deles.
— Tem uma coisa que não contei a vocês — disse Harry. — No domingo de manhã, acordei com a minha cicatriz doendo outra vez.
As reações de Rony e Hermione foram quase exatamente as que Harry imaginara em seu quarto na Rua dos Alfeneiros. Hermione prendeu a respiração e começou a dar sugestões na mesma hora, mencionando vários livros de referência e diversas pessoas desde Alvo Dumbledore a Madame Pomfrey, a enfermeira de Hogwarts. Rony simplesmente fez cara de espanto.
— Mas ele não estava lá, estava? Você-Sabe-Quem? Quero dizer, da última vez que sua cicatriz ficou doendo, ele esteve em Hogwarts, não foi?
— Tenho certeza de que ele não estava na Rua dos Alfeneiros — falou Harry. —Mas sonhei com ele... Com ele e Pedro, sabe, Rabicho. Não me lembro do sonho todo agora, mas eles estavam planejando... Matar alguém.
Hesitara por um momento quase dizendo "me matar", mas não teve coragem de fazer Hermione ficar mais horrorizada do que já estava.

– Eu já imaginava que, quando você disse matar alguém, você estava se referindo a si mesmo. – Hermione suspirou – Afinal, Voldemort está tentando te matar desde que você tinha um ano…


— Foi só um sonho — disse Rony tranqüilizando o amigo. — Só um pesadelo.
— É, mas será que foi mesmo? — disse Harry, virando-se para espiar, pela janela, o céu que clareava. — É esquisito, não é... Minha cicatriz dói e três dias depois os Comensais da Morte se manifestam e o sinal de Voldemort volta a aparecer no céu.

– É definitivamente suspeito. – Lily suspirou – É como se as trevas estivessem se agitando, esperando pelo próximo passo de Voldemort…

– Isso é aterrorizante. – Alice disse sentindo um arrepio na espinha.

— Não... Diz... O... Nome... Dele! — sibilou Rony entre dentes.
— E lembra o que foi que a Professora Trelawney disse? — continuou Harry, sem dar atenção a Rony. — No fim do ano passado?
A Professora Trelawney era a professora de Adivinhação dos garotos em Hogwarts. A expressão aterrorizada de Hermione desapareceu substituída por uma risadinha de desdém.
— Ah, você não vai prestar atenção ao que aquela velha charlatã diz, vai?

– Assim eu até consigo entender por quê você demorou tanto para falar a verdade para eles. – Tiago revirou os olhos para Rony e Hermione – Um de vocês acha que é só um sonho, a outra não acredita quando Harry fala da premonição… É realmente mais fácil não falar.

– Isso não é verdade. – Remo disse dando um meio sorriso condescendente para Tiago – Eles deviam estar apavorados, pense em como você se sentiria se estivesse no lugar deles! Quando as pessoas tem medo, preferem fingir que o objeto do medo delas não é real.

— Você não estava lá — respondeu Harry. — Dessa vez foi diferente. Eu contei a você, ela entrou em transe, de verdade. E disse que o Lord das Trevas se reergueria... Maior e mais terrível que nunca... E que teria sucesso porque seu servo ia voltar para ele... E naquela noite Rabicho fugiu.
Seguiu-se um silêncio, em que Rony ficou brincando distraidamente com um furo em sua colcha dos Chudley Cannons.
— Por que você estava perguntando se Edwiges tinha chegado, Harry? — perguntou Hermione. — Você está esperando uma carta?
— Contei ao Sirius sobre a minha cicatriz — disse Harry, encolhendo os ombros. — Estou esperando a resposta.
— Bem pensado! — exclamou Rony, desanuviando a expressão. — Aposto que Sirius sabe o que fazer!

– No momento eu não tenho a menor ideia do que fazer. – Sirius suspirou – Nós nem ao menos sabemos realmente como essa cicatriz foi feita e qual a relação entre você e Voldemort…

– Talvez você saiba essas coisas no futuro. – Frank deu de ombros.
– Duvido muito! – Sirius bufou – Passei doze anos em Azkaban e fiquei foragido durante o ano anterior inteiro, não sei como eu poderia saber alguma coisa.

— Eu esperava que ele me respondesse logo — disse Harry.
— Mas nós não sabemos onde Sirius está... Talvez esteja na África ou em outro continente, não é? — ponderou Hermione. — Edwiges não poderia fazer uma viagem dessas em poucos dias.
— É, eu sei — disse Harry, mas teve uma sensação de peso no estômago ao olhar o céu sem nem sinal de Edwiges.
— Vamos jogar uma partida de Quadribol no pomar, Harry — sugeriu Rony. — Vamos, uma melhor de três, Gui, Carlinhos, Fred e Jorge jogarão... Você pode experimentar a Finta de Wronski...
— Rony, — disse Hermione, num tom de quem diz eu não acho que você esteja sendo muito sensível — Harry não quer jogar Quadribol agora... Está preocupado e cansado... Nós todos precisamos dormir...
— Ah, quero jogar Quadribol — disse Harry subitamente. — Güenta aí, vou pegar a minha Firebolt.

– Mas é claro que vocês nem pensaram em me chamar para jogar. – Gina bufou – No fundo vocês são exatamente como a mamãe e acham que eu deveria aprender os feitiços domésticos e ser uma boa dona de casa. Vocês nunca me deixaram jogar.

– Desculpa. – Rony murmurou constrangido – Acho que já tinha me acostumado a não jogar com você… Quando nós eramos crianças ninguém nunca deixava você jogar…
– E você nunca pensou em ser diferente, não é? – Gina suspirou chateada – Tudo que eu queria era jogar com meus irmãos. E em vez disso, eu ficava presa na cozinha, vendo mamãe cozinhar e tricotar.

Hermione saiu do quarto resmungando alguma coisa com o som de "Meninos". Nem o Sr. Weasley nem Percy pararam muito em casa na semana seguinte. Os dois saíam toda manhã antes do resto da família se levantar e só voltavam bem depois do jantar.
— Tem sido um absoluto tumulto — contou Percy a todos, cheio de importância, no domingo à noite, véspera dos garotos regressarem a Hogwarts. — Estive apagando incêndios a semana inteira. As pessoas não param de mandar berradores e, é claro, se a gente não abre um berrador na mesma hora ele explode. Tem marcas de queimadura por toda a minha mesa e a minha melhor pena ficou reduzida a cinzas.
— Por que é que estão mandando berradores? — perguntou Gina, que se ocupava em remendar com fita adesiva o seu exemplar de Mil Ervas e Fungos Mágicos, sentada no tapete diante da lareira da sala de estar.
— Para se queixarem da falta de segurança na Copa Mundial — disse Percy. —Querem compensação pelos prejuízos. Mundungus Fletcher entrou com um pedido de compensação pela perda de uma barraca de doze suítes com banheira jacuzzi, mas eu saquei logo qual era a dele. Sei sem a menor dúvida que ele estava dormindo embaixo de uma capa estendida por cima de paus.

– É a cara de Mundungus tentar se aproveitar da confusão. – Sirius riu – Eu poderia apostar que ele comprou a entrada para o jogo vendendo entradas falsas!

Snape revirou os olhos, todos falavam mal de suas companhias, mas Black e Potter podiam ser amigos de contrabandistas sem nenhum problema.

A Sra. Weasley olhou para o relógio de carrilhão a um canto da sala. Harry gostava desse relógio. Era completamente inútil se alguém queria saber as horas, mas para outras coisas era muito informativo.
Tinha nove ponteiros dourados e em cada um estava gravado o nome de um Weasley. Não havia números no mostrador, mas o local onde cada membro da família poderia estar. Havia "casa", "escola" e "trabalho", mas também "perdido", "hospital", "prisão" e, na posição em que estaria o número doze em um relógio normal, "perigo mortal".
Oito dos ponteiros indicavam "casa", mas o do Sr. Weasley, que era o mais comprido, ainda apontava para "trabalho". A Sra. Weasley suspirou.
— O seu pai não precisa ir ao escritório num fim de semana desde o tempo de Você-Sabe-Quem — disse ela. — Estão obrigando-o a trabalhar demais. O jantar dele vai estragar se demorar muito mais a chegar em casa.

– Isso me parece mais um sinal de que as coisas estão piores do que imaginávamos. – Remo bufou – É como se fosse mais uma pista de que Voldemort está voltando…

– Não consigo acreditar que você simplesmente não consegue viver em paz. – Lily suspirou e estendeu a mão para segurar a mão de Harry – Você não merecia viver assim.
– Ninguém merece viver assim… – Tiago concordou enfático.

— Papai acha que precisa compensar o erro que fez no jogo, não é? — disse Percy. — Verdade seja dita, foi meio imprudente ele fazer uma declaração à imprensa sem antes pedir autorização ao chefe do departamento...
— Não se atreva a culpar o seu pai pelo que aquela infeliz da Skeeter escreveu! — disse a Sra. Weasley, irritando-se na hora.
— Se papai não tivesse dito nada, a Rita teria escrito que era lamentável que ninguém do Ministério tivesse comentado nada — disse Gui, que estava jogando xadrez com Rony. — Rita Skeeter nunca pinta ninguém de anjo. Estão lembrados da vez que ela entrevistou todos os desfazedores de feitiços do Gringotes e me chamou de frangote de cabelo comprido?

– Não conheço essa Skeeter, nunca ouvi falar nesse sobrenome, – Sirius disse franzindo a testa – mas já estou irritado com ela.

– Vocês nem tem ideia. – Hermione murmurou para si mesma.
– E o seu irmão já está me irritando. – Tiago disse para Rony e Gina – Ele está se tornando um grande babaca falando desse jeito do seu pai.
– Concordo! – Gina disse categórica.

— Bom, está um pouco comprido, querido — disse a Sra. Weasley carinhosamente. — Se você me deixasse...
— Não, mamãe.
A chuva açoitava a janela da sala de estar. Hermione lia, absorta, O Livro Padrão de Feitiços, 4ª série, que a Sra. Weasley comprara para ela, Harry e Rony no Beco Diagonal. Carlinhos cerzia um gorro à prova de fogo. Harry dava polimento na Firebolt, com o Estojo para Manutenção de Vassouras que Hermione lhe dera no décimo terceiro aniversário aberto aos seus pés. Fred e Jorge estavam sentados no canto mais afastado, de penas na mão, conversando aos cochichos, as cabeças curvadas sobre um pedaço de pergaminho.
— Que é que vocês dois estão aprontando? — perguntou a Sra. Weasley rispidamente, os olhos nos gêmeos.
— Dever de casa — disse Fred vagamente.
— Não seja ridículo, vocês ainda estão de férias — disse a mãe.
— Deixamos este para depois — disse Jorge.
— Por acaso vocês não estão preparando um novo formulário, estão? —perguntou a Sra. Weasley perspicaz. — Por acaso não estariam pensando em recomeçar as "Gemialidades" Weasley?

– Espero que sim. – Sirius deu um meio sorriso – As “Gemialidades” são uma ótima maneira dos gêmeos manterem o foco de sua genialidade…

– Acho que mamãe não percebia que se eles mantivessem o foco em criar novos produtos eles poderiam transformar isso em um negócio de verdade. – Gina suspirou – Para ela, os únicos trabalhos dignos estão no ministério, em Gringotes e no St Mungus… Ela também nunca apoiou Carlinhos a trabalhar com dragões…
– Isso é muito triste. – Lily deu um meio sorriso solidário para Gina e Rony – Sua mãe parece ser uma pessoa incrível, ela cuida muito bem de vocês, acolheu Harry como se ele fosse filho dela… Mas, por outro lado, ela é tão antiquada!

— Ora, mamãe — disse Fred erguendo os olhos para a mãe, uma expressão mortificada no rosto. — Se o Expresso de Hogwarts bater amanhã e Jorge e eu morrermos, como é que você iria se sentir sabendo que a última coisa que ouvimos de você foi uma acusação sem fundamento?
Todos riram, até mesmo a Sra. Weasley.
— Ah, seu pai está chegando! — disse ela de repente, olhando mais uma vez para o relógio. O ponteiro do Sr. Weasley de repente girou de "trabalho" para "viagem"; um segundo depois parou estremecendo em casa junto aos demais, e todos o ouviram chamar da cozinha.
— Estou indo, Arthur! — respondeu a mulher, saindo correndo da sala.
Mais alguns minutos e o Sr. Weasley entrava na sala aquecida, trazendo o jantar numa bandeja. Parecia completamente exausto.
— Bom, agora a coisa está realmente pegando fogo — comentou ele com a Sra. Weasley, sentando-se numa poltrona junto à lareira e brincando desanimado com uma porção murcha de couve-flor. — Rita Skeeter andou fuçando a semana inteira, procurando mais bobagens ministeriais para denunciar. E agora descobriu que a coitada da velha Berta está desaparecida, então isso vai ser a manchete de amanhã no Profeta. Eu disse a Bagman que ele devia ter mandado alguém procurá-la há séculos.

– Finalmente alguém vai dar atenção à Berta. – Lily suspirou – A pobrezinha já está morta há séculos e ninguém parecia se importar…

– Mesmo assim… – Sirius bufou – Eles não vão encontrá-la… E ninguém vai saber que Voldemort está voltando… Tudo por causa de Pedro…

— O Sr. Crouch vem dizendo isso há semanas seguidas — disse Percy depressa.
— Crouch tem muita sorte de Rita não ter descoberto nada sobre a Winky – retrucou o Sr. Weasley irritado. — Haveria uma semana de manchetes com a história do elfo doméstico dele ter sido apanhado segurando a varinha que conjurou a Marca Negra.
— Acho que todos concordamos que o elfo, embora irresponsável, não conjurou a Marca? — disse Percy inflamado.

– É claro que nós sabemos. – Tiago revirou os olhos – Mas, quem disse que o Profeta se importaria com isso?

– Essa tal de Skeeter me parece o tipo de jornalista que não se importa muito com toda a verdade por trás das histórias dela… – Sirius concordou com Tiago enfático.

— Se você quer saber, o Sr. Crouch tem muita sorte que ninguém no Profeta Diário saiba como ele é ruim para os elfos! — disse Hermione zangada.
— Agora, olha aqui, Hermione! — retrucou Percy. — Um funcionário de primeiro escalão no Ministério como o Sr. Crouch merece obediência cega dos seus criados.

– A única pessoa que obedece Crouch cegamente pelo que estou vendo é o Percy. – Remo disse concludente – Ele está começando a esquecer onde ele deve manter a fidelidade dele, e isso sempre é muito perigoso…


— Dos seus escravos, você quer dizer! — falou Hermione com a voz muito aguda. — Porque ele não pagava salário a Winky, não é mesmo?
— Acho melhor vocês todos subirem e verificarem se fizeram as malas direito! — disse a Sra. Weasley, interrompendo a discussão. — Andem logo, vamos, todos vocês...
Harry fechou o estojo de manutenção, pôs a Firebolt ao ombro e subiu com Rony. A chuva parecia ainda mais forte no último andar da casa, e vinha acompanhada por assobios e gemidos do vento, para não falar nos uivos ocasionais do vampiro que vivia no sótão. Pichitinho começou a piar e a voar dentro da gaiola quando eles entraram. A visão dos malões quase prontos o deixara num frenesi de excitação.
— Arrolha ele com um pouco desses petiscos para Corujas — disse Rony atirando um pacote para Harry — Quem sabe ele cala o bico.
Harry enfiou alguns petiscos pelas grades da gaiola, depois voltou sua atenção para o malão. A gaiola de Edwiges estava do lado, ainda vazia.
— Já faz mais de uma semana — disse Harry, contemplando o poleiro deserto de Edwiges. — Rony, você acha que Sirius foi capturado?
— Nããão! Teria saído no Profeta Diário — protestou Rony. — O Ministério iria querer mostrar que capturou alguém, não acha?

– Faz todo sentido. – Remo concordou com Rony – E Hermione deve estar certa, ele deve estar em outro continente, e esse tipo de viagem é cansativa demais…

– Ou eu li a carta, fiquei preocupado, e estou indo encontrar o Harry. – Sirius deu de ombros – É o tipo de coisa que eu faria.
– E você sabe que isso é perigoso. – Tiago reclamou – Os idiotas do ministério acham que você é um comensal, mas o Voldemort sabe que você não é, e agora o Pedro já deve ter falado para ele que você é um animago… E vai saber o que ele pode fazer com essa informação.

— É, acho...
— Olha, toma aqui o material que mamãe comprou para você no Beco Diagonal. E ela tirou um pouco de ouro do seu cofre para você... E lavou todas as suas meias.
Rony carregou uma pilha de coisas para a cama de armar de Harry e largou uma bolsa de dinheiro e um monte de meias do lado. O garoto começou a desembrulhar as compras. Além do Livro padrão de feitiços, 4ª série, de Miranda Goshawk, ele tinha agora um punhado de penas novas, doze rolos de pergaminho e ingredientes para o seu estojo de poções — os estoques de espinha de peixe-leão e essência de beladona estavam quase no fim. Começou a empilhar a roupa íntima dentro do caldeirão quando Rony soltou uma exclamação de desagrado às costas dele.
— Que vem a ser isso?
Ele estava segurando uma coisa que pareceu a Harry uma longa veste de veludo marrom. Tinha um babado de renda de aspecto mofado no decote e punhos de renda iguais.
Os garotos ouviram uma batida na porta e a Sra. Weasley entrou, trazendo uma braçada de vestes de Hogwarts recém lavadas.
— Tomem aqui — disse ela, dividindo a braçada ao meio. — Agora vejam se guardam tudo na mala direito para não amarrotar.
— Mamãe, você me deu a roupa nova da Gina — disse Rony devolvendo a veste marrom à mãe.
— Claro que não, é para você. Vestes a rigor.
— Quê?— exclamou Rony, horrorizado.
— Vestes a rigor! — repetiu a Sra. Weasley. — Está na sua lista de material que este ano você deverá levar vestes a rigor... Vestes para ocasiões formais.

– Sinto muito. – Tiago disse sem conseguir esconder as risadas – Se hoje em dia essas vestes a rigor já parecem antiquadas, nem imagino como você vai conseguir usá-las!

– Mas para que eles precisam de vestes a rigor? – Alice perguntou confusa – Nós não precisamos de vestes a rigor no nosso quarto ano…
– Deve ser por causa do torneio tribruxo. – Tiago disse passando a mão pelo cabelo – Mais uma evidência de que minha teoria está certa.

— A senhora tem que estar brincando — exclamou Rony incrédulo. — Eu não vou usar isso, nem pensar.
— Todo mundo usa, Rony! — disse a Sra. Weasley aborrecida. — E são todas assim! Seu pai também tem uma para festas elegantes!
— Saio pelado, mas não visto uma coisa dessas — teimou Rony.
— Não seja bobo. Você precisa de vestes a rigor, estão na sua lista! Comprei para o Harry também... Mostre a ele, Harry... Com uma certa apreensão Harry abriu o último embrulho sobre a cama.
Mas não eram tão ruins quanto esperara, as vestes não tinham renda alguma, de fato, eram mais ou menos iguais às vestes da escola, só que eram verde-garrafa em vez de pretas.
— Achei que elas realçariam a cor dos seus olhos, querido — disse a Sra. Weasley afetuosamente.

– E ela tem razão. – Gina disse corando levemente e fazendo Harry corar também.


— Ora, as dele são legais! — disse Rony zangado, olhando para as vestes de Harry. — Por que eu não ganhei vestes como as dele?
— Por que... Bom, precisei comprar as suas de segunda mão, e não havia muita escolha! — disse a Sra. Weasley corando.
Harry olhou para o outro lado. Teria dividido com os Weasley, de boa vontade, o dinheiro que havia em seu cofre no Gringotes, mas sabia que eles jamais aceitariam.

– Não aceitaríamos mesmo. – Gina suspirou – Nós não somos seus amigos pelo seu dinheiro, nem pela sua fama…

– Eu sei disso. – Harry disse com um meio sorriso – Mas ás vezes eu queria poder dividir tudo com vocês… Do mesmo jeito que vocês dividiram a mãe de vocês comigo...

— Não vou usar isso nunca — insistiu Rony. — Nunquinha.
— Ótimo — retorquiu a Sra. Weasley. — Ande nu. E Harry não se esqueça de tirar uma fotografia dele. Deus sabe que eu estou precisando de umas boas gargalhadas.

Ninguém conseguiu segurar as risadas.


Ela saiu do quarto batendo a porta. Os meninos ouviram um ruído engraçado de alguém cuspindo às costas deles. Era Pichitinho se engasgando com um petisco grande demais.
— Por que é que tudo que eu tenho é porcaria? — enfureceu-se Rony, atravessando o quarto para descolar o bico da coruja.

– Se a coruja é tão ruim assim, – Sirius trincou os dentes – você pode devolver!

– Apesar do que ele diz, – Gina disse paciente – ele ama os bichinhos de estimação dele… Você realmente não pode levar a sério o que ele diz sobre Pichitinho.
– Mesmo assim. – Sirius bufou.
– Esquece isso, Sirius. – Tiago disse rindo – Você viu como ele falava mal do rato e como ele ficou mal quando achou que o rato havia sido devorado.
Alice passou o livro para Neville que abriu no capítulo seguinte:
– Capítulo XI – A bordo do Expresso de Hogwarts.




Hey leitores mais queridos do FeB! Para começar: Feliz dia das mães para todas as minhas leitoras que são mamães (de pessoas, cãezinhos, gatinhos e etc) e para as mamães de todos os meus leitores! Eu ando escrevendo bastante, e tenho uns 5 capítulos adiantados, assim que eu tiver pelo menos 10 capítulos a frente do que estou postando vou começar a postar uma vez por semana! Mas lembrem-se de não me pressionar, não trabalho bem sob pressão.
- Emi Potter: Muito obrigada! Espero que suas unhas cresçam bem rápido, é possível que você vá precisar delas em breve!
- Samara Lima: Muito obrigada! Para ser sincera também estou ansiosa para saber a reação deles em várias partes, afinal só descubro como eles vão reagir na hora de escrever! Não se preocupe, vou escrever até o fim do último livro, mesmo que demore muito para chegarmos lá.
- Rincewind: Oi Pedro, muito prazer! Espero que você recupere essas horas de estudo! Eu tenho atualizado a cada duas semanas aproximadamente. Espero que dê para aguentar a ansiedade! Muito obrigada, espero te ver comentando sempre!
- Clenery Aingremont: Acho que, assim como Karkaroff, se alguns deles soubessem da volta de Voldermort, já estariam fugindo e se escondendo. A Winky estava literalmente puxando o Crouch Jr. Se não me engano, mais para frente ele diz que queria ir brigar com os comensais que não foram fieis, que estavam desempedidos e mesmo assim não foram atrás de Voldemort e que ela impediu ele. Na verdade Winky só tinha um amo, o Crouch sênior, e ele não brigou com ela por sair da barraca, ele brigou com ela por que ele sabia que quem conjurou a marca foi o Crouch Jr e ela deveria ter impedido ele, afinal, a única coisa que ele mandou ela fazer, foi ficar de olho no filho dele e não deixar ele fazer nada de errado. Já a Hermione, eu discordo de alguns dos métodos dela, mas ela estava apenas tentando acertar, ela devia ter pesquisado mais sobre elfos e tudo mais, mas ela estava certa em querer condições melhores para eles.
- MionGinnyLuna: Pode deixar que mesmo os parabéns para a minha irmã tendo vindo atrasados, eles significam muito para mim. Acho que minha irmã se espelha bastante em mim, e ela é o amor da minha vida... Eu gosto de desenvolver os sentimentos dos personagens... Especialmente da Lily que como você disse, geralmente é bem chatinha nas fics.
- Lulu Potter Black: Aos poucos acredito que o Snape vai começar a perceber como o futuro dele é ruim por culpa dele mesmo, e não por todas as pessoas que ele culpou quando se tornou um adulto, e espero que isso seja o bastante para mudar ele. Eu li seu comentário no grupo também, e queria te dizer que me magoa bastante quando uma pessoa comenta que "não acontece nada no livro", por que eu não quero que vocês comentem o livro, e sim as partes que EU escrevi, e nas minhas partes aconteceu um bocado de coisa desde o inicio do livro, eu sempre me esforço para colocar coisas interessantes em todos os capítulos...
- Janaina Matos: Eu discordo de alguns dos métodos da Hermione no caso dos elfos, mas com certeza concordo com você. Ela é esforçada de verdade, e pensa no bem de todos. É claro que ela deveria ter pesquisado mais, ter conversado com os elfos, saber como eles realmente se sentem e tudo mais, mas ela tinha boas intenções e isso conta muito.
- Hilary Morgana Juno Soares Lestrange: Acho que o Sr. Weasley sabia perfeitamente que eles não contariam para a mãe, só queria mesmo confirmar para que o nome dele não entrasse no meio. O Harry é um grande exemplo de humildade, é incrível como ele esquece completamente o dinheiro que ele tem, é como já disse, acho que ele daria todo o dinheiro do mundo pela chance de ter os pais. Acho que tanto o Harry quanto o Tiago seriam bons jogadores de quadribol, mas ambos escolheram cuidar de outras pessoas e enfrentar os bruxos das trevas, e isso foi uma escolha muito honrada. Acho que os marotos pegam mais coisas do que nós pegamos quando lemos pela primeira vez por que eles sabem muito sobre o mundo bruxo, e são bem mais velhos do que o Harry era na época dos primeiros livros, já viveram muitos horrores, afinal, Voldemort estava com muito poder na época deles... Nós sempre soubemos que a Narcisa não era comensal de verdade, era apenas uma "agregada", mas ela não tinha nada contra os métodos deles, pelo menos até o momento em que o filho dela foi envolvido. Acho que o Crouch estava tão desesperado que perdeu a capacidade de raciocinar! Eu adoro quando vocês me dizem que percebem coisas que nunca tinham percebido antes por causa da fic!
- JonathanCarWeasley: Muito obrigada! O Amos é um tanto esquisito tentando competir com um garoto de 14 anos... E o Crouch devia estar bastante desesperado, ele sabia como o filho dele era de verdade...
- Izabela Bella Black: Muito obrigada! Eu entendo que tenha pressa e tudo mais, mas significa muito para mim que você tenha parado para comentar de qualquer jeito! Eu acho que o Krum é um tanto convencido no casamento com aquilo de "de que adianta ser um jogador famoso de quadribol" e tudo mais, mas não acho que isso seja uma coisa tão ruim assim, não acho que isso faria a Mione deixar de vê-lo como um amigo.
- Ariane Potter: A gente costuma jogar stop de vez em quando, eu sempre aviso no chat quando vamos jogar, pode deixar que da próxima vez eu te marco para você ver. Como eu já respondi a algumas pessoas, acho a atitude da Hermione muito honrada e tudo mais, apesar de discordar completamente dos métodos dela, é claro que os elfos precisam de condições melhores, e é muito bonito da parte dela enxergar isso, mas acho que tentar libertá-los contra a vontade deles, e etc é muito radical e até contraproducente, afinal os elfos simplesmente pararam de limpar a torre da grifinória, e em vez de ajudar eles, ela acabou dando mais trabalho para o Dobby. Eu estou muito feliz que você seja mais ativa no grupo e tenha começado a comentar, acho que você tem muitas chances de ganhar o concurso dessa fic! Quanto ao Tiago e a Lily, o relacionamento deles está evoluindo aos poucos, mas está caminhando...
- Day Caracas: Tiago amaria ter um filho jogador de quadribol, mas acho que ele seria um daqueles pais chatos que fazem o técnico ficar maluco. Acho que os marotos adorariam os gêmeos e vice-versa! Se não me engano, JK falou em algum lugar que os comensais da morte eram uma analogia aos nazistas e a guerra bruxa uma analogia à segunda guerra mundial, e acho que isso fica bem claro em algumas partes, como por exemplo a ideia de "limpar o sangue" e "ter o sangue-puro". É claro que todos temos escolhas, mas no caso do Draco, como a JK disse no pottermore, ele idolatrava o pai, e queria ser aceito, por isso acabou fazendo coisas que não devia, mas ele nunca foi realmente capaz de matar por exemplo, tanto que isso destruiu ele no sexto ano... E eu entendo ele, eu também clamei pela aprovação do meu pai por muito tempo... Meus sentimentos pelo Snape são os mesmos que os seus, e sempre serão, eu estou tentando dar um destino um pouco melhor para ele na fic, mas ele não está facilitando minha vida. E sua opinião sobre os elfos é muito similar à minha, sempre achei que eles mereciam melhores condições de trabalho e tudo mais, mas a forma como Hermione resolveu fazer isso foi errada, ela tentou libertar os elfos contra a vontade deles e sem pensar nas consequencias, pelo menos depois ela cresceu e percebeu que para fazer diferença de verdade ela precisava agir pelos meios legais. Também sempre achei a imperius pior, afinal a vontade própria é muito importante, sem ela é melhor estar morto.


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Comentários (10)

  • Helena

    Nunca me canso de rir dessa roupa do Rony haha

    2018-09-15
  • Stehcec

    Olá de novo Juh!!Tentando por minha leitura e comentários em dia.Realmente as vezes seria bom esquecer algo, e esse episodio com a familia trouxa é uma delas. Profeta diario não seria diferente dos jornais trouxas, hahahahahahaa, sensacionalistas pra vender exemplares. Realmente mãe preoucupa mesmo, a não ser aquelas q não nasceram pra isso. Tinha que ser a Rita pra escrever algo exagerado hahahaha. Percy é um chato mesmo, e o Sr. Weasley sempre preocupado. Nunca achei que os 3 eram sutis, sempre tentavam disfarçar, mas qlqr um com um minimo de atenção perceberia q eles estavam indo conversar. Já imaginava essa reação do Rony e Mione, e se fosse eu tbm não acreditaria na profecia da prof, mas acharia q tem algo muito errado nisso tudo. Essa cena do Rony chamando pra jogar quadribol é realmente muito engraçada, até parece que qualquer pessoa que goste de praticar algum esporte, recusaria ir jogar. hahahhaahhahahha O Snape é sempre ressentindo neh!? é raro quando ele pensa algo que realmente importa. Até parece que a Rita não ia achar algo pra falar. E eles tem que preparar pq o Percy só piora. A Sra. Weasley é tipo aquelas pessoas que não aceita o novo, se apega ao que é velho e antigo. O Sirius jovem, pensa como o Sirius adulto em algumas ocasiões. Tadinho do Rony a vesti a rigor dele como descrevem é realmente feia. Se eu fosse o Harry eu tbm iria querer dividir meu dinheiro com os Weasleys, eles aceitando ou não eu compraria algumas coisas. Rony é assim mesmo neh, reclama dos seus animaizinhos de estimação. hahahhaaha Mas se eu fosse o Sirius ficaria chateada tbm. Só falta 2 capitulos agora. Hoje leio mais um ainda!!!:)Um abraço Juh!! 

    2015-06-08
  • Ariane Potter

    Olá  novamente juh!!! não sei se você vai postar o capitulo hoje, mas é melhor eu ja comentar logo para não ficar sem pontos kkkkkkk. apesar de estar adorando os capitulos anteriores, não posso deixar de comemorar porque finalmente está chegando Hogwarts, estou esperando ansiosamente para ver o que você ira fazer com os proximos capitulo, porque como ja disse antes essa é a melhor fic com esse gênero, e a unica q conheço que ainda é atualizada( o que eu agradeço muito, pois adoro generos assim, onde o Harry convive com os pais e tem a possibilidade de mudar o passado e futuro ), e ate agora estou amando o que você esta fazendo com a historia.Umas das cenas que mais ri do livro foi essa parte final, e uma das coisas q eu realmente gostei do capítulo e realmente concordo com a lily é sobre a moly ser meio antiquada, apesar de amar ela. E alem disso, o percy irrita um bocado a partir desse capitulo e como o lupin disse ele esta comecando a esquecer aonde deve ficar sua fidelidade, mas apesar dele ser muito irritante, acho q da pra entender um pouco porque ele é assim, não que isso explique suas atitudes, acho que apesar das suas burradas, e chatices...foi bom ele ter voltado pro lado da sua familia(mesmo q isso tenha sido somente no último livro :/).Mas enfim o capítulo ficou otimo, ahhh e acho que nao tinha comentado sobre isso antes, mas a esperteza do James me surpreende bastante,ele sempre é um dos primero a capitar o andamento da historia, e por isso de todos os personagens que você descreve o meu preferido é ele, eu realmente gosto de como você descreveu sua personalidade.Bjss e melhoras para sua familia, e mesmo que não poste hoje entendemos completamente o motivo, então nao se preocupe ; )....... 

    2015-05-25
  • Day Caracas

    Algumas coisas em Harry Potter ate eu queria esquecer, tipo a tortura da Mione. Na minha opinião, o profeta atrapalhava mais que ajudava, toda vida que aparecia algo eu ja sabia que não podia ser coisa boa. Algumas vezes eu realmente queria sacudir Hermione por causa desse briga do a Sibila, qual é, ajuda o Harry. Rsrsrsrs Eu realmente amo a Gina, ela é uma garota de personalidade que eu admiro muito, algo raro de se encontrar na literatura, so consigo me lembrar de umas 7 personagens femininas que eu amo e admiro, Gina, Mione, Katniss (Jogos Vorazes), Tris (Divergente), Annabeth (Percy Jackson), Alaska, America ( A Seleção) Rony é realmente estranho com seus bichos, não sei se ele ama ou odeia eles, mas tenho um pouco de pena dele por causa dessas vestes.Não se preocupe em postar Ju, cuide de sua familia ok?! Que tudo de certo.Bjs 

    2015-05-25
  • Izabella Bella Black

    Oi Juh, desculpe por toda essa demora em comentar, mas como disse anteriormente esta tudo corrido, essa semana já tenho prova e tenho que estudar, só agora consegui um tempinho para comentar. Eu amei o capitulo sem a menor duvida, perfeito como sempre.Bem acho que Snape ainda não percebeu que as pessoas falam das pessoas com quem ele anda, pelo simples fato delas serem Comensais da Morte e Mundungus pode ser tudo menos um Comensal da Morte, pelo menos é dessa forma que eu vejo para a Lil não se importar tanto com esse fato. Sobre toda a repercurção da declaração do Sr. Weasley eu ficou muito brava quando li isso pela primeira vez, pois o Sr. Weasley não teve culpa nenhuma e afinal ele nem mesmo sabia o que estava falando com uma jornalista e com toda certaza ele estava muito mais preocupado com o que tinha acontecido ali. Realmente Rony nunca pode ser levado a serio quando o assunto é seus bichos de estimação, ele diz uma coisa mas sente outra. Até concordo com você com o Krum mais ainda não gosto dele, acho ele insuportavel, talvez tenha a ver com o fato de que na minha antiga escola tinha gente assim e eu odiava.Bem ascho que é só isso. Beijos e até.P.S. Vi no face que você esta com problemas de saude na familia, espero que tudo fique bem e não seja nada grave e leve o tempo que precisar para postar o capitulo, cuide primeiro de sua familia a gente espera sem nenhum problema. 

    2015-05-25
  • TheKrom

    Nossa, muito bom. Era um leitor anonimo faz pouco tempo ( comecei acompanhando no calice de fogo) e tive necessidade de criar uma conta no FEB para apenas comentar e parabenizar sua fic. Esse seu projeto está realmente muito bom, parabéns! Ansioso para o proximo capitulo.

    2015-05-17
  • MionGinnyLuna

    O Snape tá cada vez mais quieto... Oh, glória a Merlin! KKK, ninguém merece esse chato falando e matraqueando! Aliás, você arrasou nesse capítulo, muito bom mesmo! E amei ver o meu Remuxo s sltando mais, já com toques de professor! (Eu adoraria ser professora, mas do jeito que o nosso país tá, vou sofrer!). beijcas e até a próxima!

    2015-05-11
  • Prado Soares

    Vortei o/ sabe, qria dizer o tanto que eu adoro o jeito que voce ta levando a fic nesse comecinho de CdF, pq o livro em si tá chato pra cacete e voce consegue contoornar isso com coisas maravilhosas no meio dos capítulo chatos <3 vc eh o maximo, jujubinha <3 interessante pensar que, apagando a memoria dos trouxas, eles devem ficar bem... ou seja, os comensais realmente n devem ter machucado eles, eh mais a questao psicologica do que qualquer coisa... eh uma otima pegada do james... adorei osirius falando sobre a falta de confiabilidade dos jornais, ainda mais nesse e no proximo livro UHSAUHSUHUASHA eu fico com tanta dó sirius quando ele fala sobre essa merda d familia q ele teve... fico feliz por ele ter tido o james e um abrigo para fugir de casa e superar a loucura de casa... as vezes, tudo que precisamos eh um teto e carinho <3 adoro as respostas q a mione da pras coisas mais obvias, claro q ela entendeu q o harry qria dizer q voldemort tava qrendo matar ele! suhauhsha deve ser super lecal ler umas historias passadas e poder fazer comentarios com as pessoas ushausushauhsuahusahuhsa o remo tem um ponto interessante, eh mais facil achar furos em uma historia apavorante do que aceitar q ela eh veraddeira... uma pena q fudge levou isso tao a serio... nao acho q sirius saberia o que fazer, mas se ele tiver se correspondendo mt com dumbledore, com certeza sabe mais do que o que esta na sala suhusahusahuhsa tadinha da gina, os irmaos realmente deixavam ela de lado... serio msm q o snape nao ver diferença entre futuros comensais da morte e contrabandistas? tipo, isso eh preocupante... o que ele acha q comensais da morte fazem???? aaahhh sirius, vc tera mais mil motivos pra se irritar com a rita UHSAUHSAHSAHUASHUSH adoro o fato de todo mundo ter percebido como o percy jah estava ficando cegoi nessa epoca... espero q nao odeiem mt ele nos proximos... eh claro q vai ter um torneio tribruxo, cacete!!! o nome do livro eh calice de fogo!!! serio, como ainda nao concordam com o james? UHSAHSAUHSAUHSA  

    2015-05-11
  • Clenery Aingremont

    Bem, eu li uma vez que não é seguro ficar alterando a memória de uma pessoa muitas vezes porque pode acabar causando danos permanentes. Provavelmente Arthur não quis dizer isso para não assustar as crianças.Estranho não haver alunos em Hogsmeade durante esse ataque. Em geral, os Death Eaters gostam de causar danos para assustar as pessoas.Pelo menos não disseram o nome do Sr Weasley. Seria mais pretexto para Malfoy azucrinar…Piorar a situação com o que ele disse? No jornal não diz o nome dele!"Claro que quero jogar quidditch" Nossa! Que fora na Hermione hahahahaEu juro que, se eu fosse qualquer pessoa que já estivesse nessa sala (menos o James porque se não a Lily ia reclamar), ia dar na cara do Snape.Fred e George se aproveitando do que a mãe disse hahaIsso do Sirius se aplica mais adiante haha

    2015-05-10
  • Lulu Potter Black

    Eu entendo Ju! Não foi minha intenção te magoar com o comentário! Eu quis dizer que, já que as coisas ainda estão calmas nos livros, a reação daqueles que estão lendo não são tão agressivas mas isso não significa que eu não gosto! As reações no início são muito engraçadas e com o decorrer da história, eu tenhoo presentimento que depois do início do torneio, as coisas váo ficar mais tensas para o Thiago e os outros! Peço desculpas novamente e repito: " A história do livro eu já conheço e o que mais alegra meu dia é ler essa sua fic que mostra os Marotos, a Alice e Lily de maneiras diferentes e divertidas, pois J. K. não mostrou a verdadeira personalidade deles nos livros"! Espero ansiosamente pelo próximo capítulo...BeijosLulu Potter Black 

    2015-05-10
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