A recompensa de Dobby



– A recompensa de Dobby.


– E o elfo doméstico ainda ganha alguma coisa depois de quase te matar com um balaço? – Sirius bufou
– Se ele pertence mesmo aos Malfoy, como você disse, ele merece alguma coisa por ter enfrentado os donos para avisar Harry... – Tiago disse com um meio sorriso.
– Deixem Hermione ler... – Alice disse bocejando – Todo mundo está com fome e com sono.


Quando Harry, Rony, Gina e Lockhart surgiram à porta, cobertos de sujeira e limo, e no caso de Harry sangue, houve um silêncio momentâneo. Em seguida ouviu-se um grito.
— Gina!
Era a Sra. Weasley, que estivera sentada chorando, diante da lareira. Ela se levantou num salto, seguida de perto pelo Sr. Weasley, e os dois se atiraram à filha.
Harry, no entanto, olhou mais além. O Profº. Dumbledore estava parado junto ao console da lareira, sorrindo, ao lado da Profª. McGonagall, que inspirou várias vezes, as mãos no peito. Fawkes passou voando pela orelha de Harry e pousou no ombro de Dumbledore, na mesma hora em que Harry e Rony se viram envolvidos pelo abraço apertado da Sra. Weasley.
— Você salvou minha filha! Você a salvou! Como foi que você fez isso?
— Acho que todos nós gostaríamos de saber — disse a Profª. McGonagall com a voz fraca.
A Sra. Weasley soltou Harry que hesitou um instante, caminhou até a escrivaninha e depositou em cima dela o Chapéu Seletor, a espada cravejada de rubis e o que sobrara do diário de Riddle.
Então começou a contar tudo. Durante uns quinze minutos ele falou cercado de atenção e silêncio: contou sobre a voz invisível que ouvira, como Hermione finalmente percebera que ele estava ouvindo um basilisco na tubulação; como ele e Rony tinham seguido as aranhas até a floresta, que Aragogue revelara onde a última vitima do basilisco morrera; como tinham adivinhado que Murta Que Geme fora essa vítima e que a entrada para a Câmara Secreta poderia estar no banheiro...


– Só esqueceu de mencionar a poção Polissuco pelo visto. – Remo disse dando a Harry um meio sorriso.


— Muito bem — encorajou-o a Profª. McGonagall quando ele parou —, então vocês descobriram onde era a entrada, e eu acrescentaria: atropelando umas cem regras do nosso regulamento, mas, por Deus, Potter, como foi que vocês conseguiram sair de lá com vida?
Harry, com a voz rouca de tanto falar, contou então sobre a chegada providencial de Fawkes e do Chapéu Seletor com a espada dentro. Mas, nesse ponto, lhe faltaram palavras. Até ali, ele evitara mencionar o diário de Riddle — ou Gina. Ela estava de pé, com a cabeça apoiada no ombro da Sra. Weasley, e as lágrimas ainda escorriam silenciosamente pelo seu rosto. E se eles a expulsassem? Pensou Harry em pânico. O diário de Riddle não servia para mais nada... Como iriam provar que fora ele que a obrigara a fazer tudo?
Instintivamente, Harry olhou para Dumbledore, que lhe deu um breve sorriso, os seus óculos de meia-lua refletindo a luz do fogo.
— O que me interessa mais — disse ele com brandura — é como foi que Lord Voldemort conseguiu enfeitiçar Gina, quando as minhas fontes me informaram que no momento ele está escondido nas florestas da Albânia.


– Dumbledore deve ter entendido tudo quando viu que você não estava acusando ninguém. – Tiago disse sensato – Ele já sabia que na primeira vez quem abriu a câmara foi Voldemort, por isso na noite do Colin ele disse que o problema não era quem, e sim como...


Um alívio, um alívio morno, envolvente, glorioso, invadiu Harry.
— Q-que foi que disse? — perguntou o Sr. Weasley com a voz aturdida. – Você-Sabe-Quem? En-enfeitiçou Gina? Mas Gina não... Gina não esteve... Esteve?
— Com esse diário — respondeu Harry depressa, apanhando-o na mesa e mostrando-o a Dumbledore. — Riddle escreveu nele quando tinha dezesseis anos...
Dumbledore recebeu o diário de Harry e examinou-o com atenção, por cima do nariz comprido e torto, as páginas queimadas e encharcadas.
— Genial — disse baixinho. — É claro, ele foi provavelmente o aluno mais brilhante que Hogwarts já teve. — E se virou para os pais de Gina, que pareciam inteiramente perplexos.
— Muito pouca gente sabe que Lord Voldemort um dia se chamou Tom Riddle. Eu fui seu professor há cinquenta anos, em Hogwarts. Ele desapareceu depois que terminou a escola... Viajou por toda parte... Aprofundou-se nas Artes das Trevas, associou-se com os piores elementos do nosso povo, passou por tantas transformações mágicas e perigosas que, quando reapareceu como Lord Voldemort, quase não dava para reconhecê-lo. Muito pouca gente ligou Lord Voldemort ao garoto inteligente e bonito que, no passado, fora monitor-chefe aqui.
— Mas, Gina — perguntou a Sra. Weasley. — Que é que a nossa Gina tem a ver com... Com... Ele?
— O d-diário dele! — soluçou Gina. — And-dei escrevendo no diário, e ele andou me respondendo o ano todo...
— Gina! — exclamou o Sr. Weasley, espantado. — Será que não lhe ensinei nada? Que foi que sempre lhe disse? Nunca confie em nada que é capaz de pensar se você não pode ver onde fica o seu cérebro. Por que não mostrou o diário a mim ou a sua mãe? Um objeto suspeito desses, estava obviamente carregado de Artes das Trevas...


– Ela era nova demais para entender... – Lily disse ainda chorosa – Inocente demais.
– Eu também não percebi. – Harry disse com a voz cheia de arrependimentos.
– Você também era novo demais para entender. – Tiago disse dando um sorriso paternal ao filho.


— Eu n-não sabia — soluçou Gina. — Encontrei o diário junto com os livros que mamãe comprou para mim. P-pensei que alguém o deixara ali e se esquecera dele...
— A Srta. Weasley devia ir imediatamente para a ala hospitalar — Dumbledore interrompeu-a com firmeza. — Ela passou por uma terrível provação. Não haverá castigo. Bruxos mais velhos e mais sensatos que ela já foram enganados por Lord Voldemort. — Encaminhou-se, então, para a porta e abriu-a. — Repouso e talvez uma boa xícara de chocolate fumegante. Sempre acho que isto me reanima — acrescentou ele, piscando bondosamente para a garota. — Os senhores encontrarão Madame Pomfrey ainda acordada. Está administrando suco de mandrágoras, imagino que as vítimas do basilisco irão acordar a qualquer momento.
— Então Mione está bem! — exclamou Rony, animado.
— Não houve dano permanente — disse Dumbledore.


    Hermione olhou para Rony e sorriu.


A Sra. Weasley levou Gina embora e o Sr. Weasley a acompanhou, ainda parecendo profundamente abalado.
— Sabe, Minerva — disse o Profº. Dumbledore pensativo —, acho que tudo isto merece uma boa festança. Será que eu poderia lhe pedir para avisar às cozinhas?
— Certo — disse a professora, eficiente, encaminhando-se também para a porta. — Vou deixar você lidar com Potter e Weasley, concorda?
— Com certeza.
Ela saiu, e Harry e Rony olharam inseguros para Dumbledore. Que será que a professora quisera dizer com aquele lidar com eles. Certamente — certamente — eles não iriam ser castigados?
— Estou me lembrando que disse a ambos que teria de expulsá-los se infringissem mais um artigo do regulamento da escola — começou Dumbledore.
Rony abriu a boca horrorizado.
— O que prova que até o melhor de nós às vezes precisa engolir o que disse — continuou o diretor, sorrindo. — Os dois receberão prêmios especiais por serviços prestados à escola e... Vejamos... É, acho que duzentos pontos para a Grifinória, por cabeça.


– Uau! – Tiago e Sirius exclamaram animados.
– Acho que derrotar o lendário monstro da câmara secreta e salvar a escola do herdeiro de Slytherin é motivo suficiente para 400 pontos! – Remo disse satisfeito.
– Então foi assim que ganhamos a taça naquele ano? – Neville perguntou admirado, a maior parte das pessoas da escola não sabia muito sobre o que realmente tinha acontecido.


Rony ficou tão vermelho que parecia as flores de Lockhart para o Dia dos Namorados, e tornou a fechar a boca.
— Mas um de nós parece que está caladíssimo sobre a parte que teve nesta aventura perigosa — acrescentou Dumbledore. — Por que tão modesto, Gilderoy?
Harry se assustou. Esquecera-se completamente de Lockhart. Virou-se e viu o professor parado a um canto da sala, um sorriso vago ainda no rosto. Quando Dumbledore lhe dirigiu a palavra, ele espiou por cima do ombro para ver com quem o diretor estava falando.
— Profº. Dumbledore — disse Rony depressa —, houve um acidente lá na Câmara Secreta. O Profº. Lockhart...
— Eu sou professor? — perguntou Lockhart, ligeiramente surpreso. — Nossa! Acho que fui inútil, não fui?


– Até mesmo ele admite que foi um inútil. – Frank disse sorrindo para Alice.


— Ele tentou lançar um Feitiço da Memória, e a varinha estava virada para ele — explicou Rony, calmamente, a Dumbledore.
— Ai, ai — exclamou Dumbledore, balançando a cabeça, seus longos bigodes prateados tremendo. — empalado com a própria espada, Gilderoy?
— Espada? — repetiu Lockhart confuso. — Não tenho espada. Mas esse menino tem. — E apontou para Harry. — Ele pode lhe emprestar uma.
— Importa-se de levar o Profº. Lockhart à enfermaria, também? — pediu Dumbledore a Rony.
— Gostaria de dar mais uma palavrinha com o Harry.


– Agora mais uma conversa cheia de perguntas não respondidas. – Sirius bufou – Vai ser assim no final de todos os livros?
– Não, – Harry respondeu com calma, ainda acariciando os cabelos de Gina – vai chegar um momento em que ele vai me responder tudo.
– Era exatamente o que eu temia. – Lily disse receosa.


Lockhart saiu. Rony lançou um olhar curioso a Dumbledore e Harry ao fechar a porta.
O diretor caminhou até uma poltrona diante da lareira, do outro lado da sala.
— Sente-se, Harry — disse ele, e o garoto obedeceu, sentindo-se inexplicavelmente nervoso.
— Antes de mais nada, Harry, eu quero lhe agradecer —, disse Dumbledore com os olhos novamente cintilantes. — Você deve ter mostrado verdadeira lealdade a mim lá na Câmara. Nenhuma outra coisa teria levado Fawkes a você.
Ele alisou a fênix, que voara para o seu joelho. Harry sorriu, sem jeito, diante do olhar do diretor que o observava.
— Então você conheceu Tom Riddle.— disse Dumbledore, pensativo. — Imagino que ele estivesse interessadíssimo em você...
De repente, uma coisa que estava preocupando Harry, escapou de sua boca.
— Profº. Dumbledore... Riddle disse que eu sou igual a ele. "Uma estranha semelhança" foi o que me disse...


– Não pense nisso. – Tiago disse desconfortável – Não se preocupe com isso, você não tem nada haver com ele...
    Harry, Rony e Hermione se entreolharam.


— Foi mesmo? — disse olhando pensativo para o garoto por baixo das grossas sobrancelhas prateadas. — E o que é que você acha Harry?
— Acho que não sou igual a ele! — exclamou ele, mais alto do que pretendia. — Quero dizer, pertenço... Pertenço a Grifinória, sou...
Mas se calou, uma dúvida furtiva surgia em sua mente.
— Professor — recomeçou após um momento. — O Chapéu Seletor me disse... Que eu teria sido bem-sucedido na Sonserina. Todo mundo achou que eu era o herdeiro de Slytherin por algum tempo... Porque falo a língua das cobras...
— Você fala a língua das cobras, Harry — disse Dumbledore, calmamente —, porque Lord Voldemort, que é o último descendente de Salazar Slytherin, sabe falar a língua das cobras. A não ser que eu muito me engane, ele transferiu alguns dos seus poderes para você na noite em que lhe fez essa cicatriz. Não era uma coisa que tivesse intenção de fazer, com toda certeza...


– Voldemort deixou um pouco dele em você? – Lily perguntou apavorada. Severo observava Harry com medo e curiosidade.
– Os livros vão explicar tudo. – Harry disse categórico e Hermione voltou a ler.


— Voldemort deixou um pouco dele em mim? — disse Harry, estupefato.
— Parece que sim.
— Então eu deveria estar na Sonserina — disse, olhando desesperado para Dumbledore. — O Chapéu Seletor viu poderes de Slytherin em mim, e...
— Pôs você na Grifinória — completou Dumbledore, serenamente. — Ouça, Harry. Por acaso você tem muitas das qualidades que Salazar Slytherin prezava nos alunos que selecionava. O seu dom raro de falar a língua das cobras, criatividade, determinação, um certo desprezo pelas regras — acrescentou, os bigodes tremendo outra vez. — Contudo, o Chapéu Seletor colocou você na Grifinória. E você sabe o porquê. Pense.
— Ele só me pôs na Grifinória — disse Harry com voz de derrota — porque pedi para não ir para a Sonserina...
— Exatamente — disse Dumbledore, abrindo um grande sorriso. — O que o faz muito  diferente de Tom Riddle. São as nossas escolhas, Harry que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades. — Harry ficou sentado na poltrona, atordoado. — Se quiser uma prova, Harry, de que pertence à Grifinória, sugiro que olhe para isto com maior atenção.
Dumbledore esticou o braço para a escrivaninha da Profª. McGonagall, apanhou a espada de prata suja de sangue e entregou-a a Harry. Embotado, Harry revirou-a, os rubis rutilaram à luz da lareira. E então viu o nome gravado logo abaixo da bainha. Godrico Gryffindor.
— Somente um verdadeiro membro da Grifinória poderia ter tirado isto do chapéu, Harry — concluiu Dumbledore com simplicidade.
Durante um minuto nenhum dos dois falou. Depois Dumbledore abriu uma gaveta da escrivaninha da Profª. McGonagall e tirou uma pena e um tinteiro.
— O que você precisa, Harry, é de comida e de um bom sono. Sugiro que desça para a festa enquanto escrevo a Azkaban, precisamos ter o nosso guarda-caça de volta. E preciso preparar o anúncio para o Profeta Diário, também — acrescentou pensativo.
— Vamos ter que contratar um novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas... Ai, ai, parece que gastamos esses professores muito depressa, não é mesmo?


– Dessa vez ele bem que poderia encontrar um professor decente. – Remo disse amargurado.
    Neville e Harry apenas sorriram para ele, sem falar nada.


Harry se levantou e saiu em direção à porta. Tinha acabado de levar a mão à maçaneta, quando a porta se abriu com tanta violência que bateu na parede e voltou.
Lúcio Malfoy achava-se parado ali, com uma expressão furiosa no rosto. E encolhendo-se por trás de suas pernas, todo enfaixado, achava-se Dobby.
— Boa-noite, Lúcio — disse Dumbledore em tom agradável.
O Sr. Malfoy quase derrubou Harry ao entrar na sala. Dobby disparou atrás dele, agachando-se à barra de sua capa, um olhar de abjeto terror em seu rosto.
O elfo trazia nas mãos um trapo manchado com que tentava terminar de limpar os sapatos do Sr. Malfoy. Seu dono, aparentemente, saíra com muita pressa, porque não só trazia os sapatos engraxados pela metade como também os seus cabelos, em geral assentados, estavam despenteados. Sem dar atenção ao elfo que se sacudia aos seus tornozelos pedindo desculpas, ele fixou os olhos frios em Dumbledore.
— Então! — disse. — Você está de volta. Os conselheiros o suspenderam, mas mesmo assim você achou que devia voltar a Hogwarts.
— Bom, sabe, Lúcio — respondeu Dumbledore sorrindo serenamente —, os outros onze conselheiros entraram em contato comigo hoje. Foi como se eu tivesse sido apanhado por uma tempestade de corujas, para lhe dizer a verdade. Eles tinham ouvido falar que a filha de Arthur Weasley fora morta e queriam que eu voltasse imediatamente. Parece que acharam que afinal eu era o melhor homem para enfrentar a situação. Contaram-me coisas muito estranhas... Vários deles pareciam pensar que você ameaçara enfeitiçar a família deles se não concordassem em me suspender.


– Esse é outro que não pode se dar bem. – Sirius disse categórico.


O Sr. Malfoy ficou mais pálido do que costumava ser, mas seus olhos ainda pareciam fendas de fúria.
— Então, você já fez os ataques pararem? — zombou. — Já apanhou o culpado?
— Apanhamos — respondeu Dumbledore com um sorriso.
— E? — tornou o Sr. Malfoy, ríspido. — Quem é?
— A mesma pessoa da última vez, Lúcio. Mas agora, Lord Voldemort agiu por intermédio de outra pessoa. Por intermédio do seu diário.
Dumbledore segurou o livrinho com o enorme buraco no centro, observando, atentamente, o Sr. Malfoy. Harry, porém, observava Dobby.
O elfo agia de maneira muito estranha. Seus olhos estavam fixos em Harry, cheios de significação, e ele apontava primeiro para o diário, depois para o Sr. Malfoy, e por fim dava murros na própria cabeça.


– Ele só seria mais claro se falasse com todas as letras que o diário pertencia a Lucio. – Frank disse com um suspiro.


— Entendo... — disse o Sr. Malfoy lentamente para Dumbledore.
— Um plano engenhoso — disse Dumbledore com a voz inexpressiva, ainda encarando o Sr. Malfoy nos olhos. — Porque se Harry aqui — Malfoy lançou um olhar rápido e incisivo ao garoto — e seu amigo Rony não tivessem descoberto este livro, ora, Gina Weasley teria levado toda a culpa. Ninguém teria sido capaz de provar que ela não agira de livre e espontânea vontade...
O Sr. Malfoy ficou calado. Seu rosto de repente se transformara numa máscara.
— E imagine — continuou Dumbledore — o que teria acontecido então... Os Weasley são uma de nossas famílias puro sangue mais importantes. Imagine o efeito que isto teria em Arthur Weasley e na sua lei de proteção aos trouxas, se descobríssemos que sua própria filha andava atacando e matando alunos nascidos trouxas... Foi uma sorte o diário ter sido descoberto e as memórias de Riddle apagadas. Caso contrario, quem sabe quais seriam as consequências...


– É claro que foi tudo calculado. – Lily disse pensativa – Ele queria atingir Arthur e atacar nascidos trouxas ao mesmo tempo. Ele é um ser desprezível.


O Sr. Malfoy fez um esforço para falar.
— Teve muita sorte — disse secamente.
Mas ainda às suas costas, Dobby continuava a apontar, primeiro para o diário, depois para Lúcio Malfoy e por fim dava murros na própria cabeça.
E Harry subitamente entendeu. Fez sinal a Dobby e este recuou para um canto, agora torcendo as orelhas para se castigar.
— O senhor não quer saber como foi que Gina chegou a esse diário, Sr. Malfoy? — perguntou Harry.
Lúcio Malfoy voltou-se contra ele.
— Como vou saber como essa menininha burra chegou ao diário? — perguntou.
— Porque foi o senhor quem deu o diário a ela — disse Harry. — Na Floreios e Borrões. O senhor apanhou o velho exemplar de Transfiguração que ela levava e escorregou o diário para dentro dele, não foi?
Ele viu as mãos brancas do Sr. Malfoy se fecharem e se abrirem.
— Prove — sibilou.
— Ah, ninguém vai poder fazer isso — disse Dumbledore, sorrindo para Harry. — Não agora que Riddle desapareceu do livro. Por outro lado, eu aconselharia você, Lúcio, a não sair distribuindo o material escolar que pertenceu a Lord Voldemort. Se mais algum objeto chegar a mãos inocentes, acho que Arthur Weasley é um que vai providenciar para que seja rastreado até você...


– Seria realmente difícil de provar... – Alice disse com um suspiro.
– Daria para rastrear quem foram as pessoas que tocaram no diário. – Tiago disse dando de ombros – Existe um feitiço para isso, provavelmente acusaria Gina, Harry, Draco Malfoy, Rony e Hermione antes de acusar Lucio... Mas acusaria.


Lúcio Malfoy ficou parado por um instante, e Harry viu distintamente sua mão direita fazer um gesto involuntário como se quisesse alcançar a varinha. Em vez disso, ele se virou para o elfo doméstico.
— Vamos embora, Dobby!
Abriu a porta com violência e quando o elfo veio correndo para alcançá-lo, ele o chutou porta afora. Eles ouviram Dobby guinchar de dor por todo o corredor.


    O rosto de Hermione se contraiu em fúria.


Harry ficou parado um instante, pensando com todas as suas forças. Então lhe ocorreu...
— Profº. Dumbledore — disse apressado. — Por favor, posso devolver esse diário ao Sr. Malfoy?
— Claro, Harry — disse Dumbledore tranquilamente. — Mas se apresse. A festa, já se esqueceu?
Harry agarrou o diário e saiu correndo da sala. Ouvia os guinchos de dor de Dobby se afastando para além da curva do corredor. Rapidamente, duvidando que seu plano pudesse dar certo, descalçou um sapato, depois a meia pegajosa e imunda e meteu o diário dentro dela. Em seguida correu pelo corredor escuro.


– Vai liberta-lo? – Tiago perguntou preocupado – Ele não vai sofrer? Elfos domésticos sofrem quando são libertados...
– Esse é tão maltratado que deve até comemorar. – Sirius disse dando de ombros.


Alcançou os dois no alto da escada.
— Sr. Malfoy — disse sem fôlego, derrapando ate parar — Tenho uma coisa para o senhor... E forçou a meia fedorenta na mão de Lucio Malfoy.
— Que di...?
O Sr. Malfoy arrancou a meia do diário, atirou-a para o lado, depois olhou, furioso, do livro estragado para Harry.
— Você vai ter o mesmo fim sangrento dos seus pais um dia desses, Harry Potter — disse baixinho. — Eles também eram tolos e metidos.


    Sirius rosnou para o livro ameaçador. Alice e Lily observaram ele confusas, Hermione voltou a ler rápido para evitar perguntas.


E virou-se para ir embora.
— Venha, Dobby. Eu disse, venha.
Mas Dobby não se mexeu. Segurava no alto a meia pegajosa e nojenta de Harry, admirando-a como se fosse um tesouro inestimável.
— O meu dono me deu uma meia — disse o elfo cheio de assombro. — O meu dono deu a Dobby.
— Que foi? — cuspiu o Sr. Malfoy. — Que foi que você disse?
— Ganhei uma meia — disse Dobby, incrédulo. — Meu dono atirou a meia e Dobby a apanhou, e Dobby... Dobby está livre.
Lúcio Malfoy ficou imóvel, encarando o elfo. Então, atirou-se contra Harry.
— Você me fez perder o criado, seu moleque!
Mas Dobby gritou:
— O senhor não fará mal a Harry Potter!
Ouviu-se um forte estampido, e o Sr. Malfoy foi lançado para trás. Rolou pelas escadas, três degraus de cada vez, e aterrissou como se fosse um monte disforme no patamar de baixo. Ele se levantou, o rosto lívido, e puxou a varinha, mas Dobby ergueu um dedo longo e ameaçador.
— O senhor irá embora agora — disse com ferocidade, apontando para o Sr. Malfoy. — O senhor não tocará em Harry Potter. O senhor irá embora agora.


– Acho que você ganhou um elfo doméstico fiel a você... – Tiago disse sorrindo para Harry – Mesmo que você não quisesse.


Lúcio Malfoy não teve escolha. Com um último olhar rancoroso aos dois, puxou a capa para junto do corpo num rodopio e desapareceu depressa de vista.


– Como? – Sirius perguntou confuso – Ele aparatou?
– Não. – Harry respondeu com um suspiro – Ele puxou a capa para perto do corpo com um rodopio e saiu andando muito rápido e raivoso.


— Harry Potter libertou Dobby! — disse o elfo com voz aguda, erguendo a cabeça para Harry, seus olhos redondos refletindo o luar que entrava pela janela mais próxima. — Harry Potter deu liberdade a Dobby!
— Foi o mínimo que pude fazer, Dobby — disse Harry sorridente. — Só me prometa que nunca mais vai tentar salvar minha vida.


    Harry repentinamente soluçou, deixando a todos os do presente confusos e curiosos.


A cara feia e escura do elfo se abriu de repente num sorriso largo e cheio de dentes.
— Eu só tenho uma pergunta, Dobby — disse Harry enquanto o elfo puxava a meia com as mãos trêmulas. — Você me disse que toda essa história não estava ligada a Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, lembra-se? Bem...
— Foi uma pista, meu senhor — disse Dobby arregalando os olhos. — Estava lhe dando uma pista. O Lord das Trevas, antes de mudar de nome, podia ser nomeado livremente, entende?


– Eu falei que elfos domésticos falam de forma estranha. – Tiago disse dando uma risada.


— Certo — disse Harry sem muita convicção. — Bom, é melhor irmos andando. Vai haver uma festa e minha amiga Mione já deve estar acordada a essas horas...
Dobby atirou os braços em torno da cintura de Harry e apertou-o.
— Harry Potter é muito maior do que Dobby pensou! — soluçou. — Adeus, Harry Potter!
E com um estampido final, desapareceu.
Harry estivera em muitas festas de Hogwarts, mas nenhuma igual a esta. Todos estavam de pijamas, e a comemoração durou a noite inteira. Harry não sabia se a melhor parte fora Mione correndo para ele aos gritos de "Você solucionou o mistério! Você solucionou o mistério!" ou se fora Justino saindo às pressas da mesa da Lufa-Lufa para apertar sua mão com força e pedir desculpas infindáveis por ter suspeitado dele, ou se fora Hagrid aparecendo às três e meia, dando socos tão fortes nos ombros de Harry e Rony que os garotos quase foram parar em cima dos pratos de gelatina caramelada, ou se foram os quatrocentos pontos que ele e Rony tinham ganho para a Grifinória, garantindo, assim, a posse da Copa da Casa pelo segundo ano consecutivo, ou se fora a Profª. McGonagall se levantando para anunciar que todos os exames tinham sido cancelados como um presente da escola ("Ah, não!" exclamou Mione), ou se fora Dumbledore anunciando que, infelizmente, o Profº. Lockhart não poderia voltar no próximo ano, porque precisava se afastar para recuperar a memória. Muitos professores participaram dos aplausos que saudaram esta última noticia.


– Você passou um tempão petrificada, – Sirius disse rindo para Hermione – como pode ter reclamado de não ter exames, devia ter ficado feliz, perdeu um monte de aulas.
– Eu gosto de fazer exames, – Mione disse calma – gosto de testar meus conhecimentos.
– Parece que convivendo com Harry você sempre tem oportunidade de fazer isso. – Remo disse rindo para a menina.


— Que pena! — disse Rony, servindo-se de uma rosquinha com geléia. — Eu estava começando a gostar dele.


    Todos riram ao ouvir aquilo.
– Ele sem memória até que era um cara legal. – Rony disse às gargalhadas.


O restante do trimestre final passou numa névoa resplandecente de sol.
Hogwarts voltou ao normal com apenas algumas diferenças — as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas foram canceladas ("mas tivemos bastante treinamento nisso", disse Rony a uma Mione irritada), e Lúcio Malfoy foi dispensado do cargo de conselheiro. Draco parou de se exibir pela escola como se fosse dono do lugar. Pelo contrário, parecia cheio de rancor e mágoa. Por outro lado, Gina Weasley voltou a ser absolutamente feliz.


    Todos olharam para Gina que lhes deu um sorriso fraco.
– Ler esse livro, me fez passar por tudo aquilo de novo. – Gina disse rouca – Foi difícil, alguns de vocês vão me entender... Mas sei que está tudo bem.
– O que quer dizer com alguns de vocês vão te entender? – Sirius perguntou, mas Remo não deixou que ninguém respondesse.
– Eles já disseram que não podem falar. Espere o livro chegar lá e descobrirá.


Demasiado cedo, chegou a hora de voltar para casa no Expresso de Hogwarts. Harry, Rony, Mione, Fred, Jorge e Gina conseguiram uma cabine só para eles. Aproveitaram ao máximo as últimas horas em que tinham permissão para fazer mágicas antes das férias.
Brincaram de snap explosivo, queimaram os últimos fogos Filibusteiro de Fred e Jorge e treinaram como desarmar uns aos outros com feitiços. Harry estava ficando muito bom nisso.
Estavam quase chegando a King’s Cross quando Harry se lembrou de uma coisa.
— Gina... Que foi que você viu Percy fazendo, que ele não queria que contasse a todo mundo?
— Ah, aquilo — disse Gina entre risinhos. — Bom... Percy tem uma namorada.


– Sabia. – Sirius disse vitorioso.


Fred deixou cair uma pilha de livros na cabeça de Jorge.
— É aquela monitora da Corvinal, Penélope Clearwater. Foi para ela que esteve escrevendo o verão todo. Eles têm se encontrado escondido por toda a escola. Um dia eu peguei os dois se beijando numa sala vazia. Ele ficou tão perturbado quando ela foi... Sabe, atacada. Vocês não vão caçoar dele, vão? — acrescentou ansiosa.
— Eu nem sonharia — respondeu Fred, que parecia um menino cujo aniversário tivesse chegado mais cedo.
— De jeito nenhum — disse Jorge, abafando o riso.


– Eles não seriam eles mesmos se não caçoassem. – Remo disse rindo.


O Expresso de Hogwarts reduziu a velocidade e finalmente parou.
Harry tirou uma pena e um pedaço de pergaminho e se virou para Rony e Mione.
— Isto se chama um número de telefone — disse a Rony, escrevendo duas vezes, rasgando o pergaminho em dois e entregando um pedaço a cada um. — No verão passado, contei ao seu pai como se usa um telefone, ele vai saber. Me liguem na casa dos Dursley, está bem? Não vou suportar outros dois meses tendo só o Duda para conversar...
— Mas os seus tios vão se sentir orgulhosos, não vão? — perguntou Mione quando desembarcaram do trem e se juntaram à multidão de alunos que se dirigia à barreira encantada. — Quando você contar o que fez este ano?


– Você realmente não conhece minha irmã. – Lily disse com um suspiro cansado.


— Orgulhosos? — falou Harry. — Você enlouqueceu? Depois de todas aquelas vezes que eu podia ter morrido e não morri? Eles vão ficar furiosos...
E juntos eles atravessaram a barreira para o mundo dos trouxas.


– Espero que tenha tido um verão melhor do que o anterior. – Sirius disse com um suspiro profundo.
– Sabemos que não deve ter sido ótimo, – Tiago disse triste – mas pelo menos um pouco melhor...
– Mas agora podíamos comer e dormir né? – Alice perguntou bocejando.
    Todos sentaram-se à mesa e conversaram enquanto comiam. Lily que estava sem fome durante todo o final do livro descobriu-se faminta. 
– Voldemort deixou um pedaço dele em Harry, a varinha de Harry é gêmea da de Voldemort... – Tiago disse pensativo – Nada disso é coincidência... Acho que ele ter se apegado daquele jeito ao diário também não é...
– Por hora o Harry do livro está bem, e é isso que importa até amanhã de manhã. – Lily disse dando um sorriso para Harry.
– Ok. – Tiago disse sem conseguir parar de pensar em tudo o que havia acontecido até ali. Era tudo um tanto fantástico. Seu filho que nem havia nascido ainda estava ali, quase um adulto, lendo com ele as coisas que ele devia mudar. Tiago não parava de se perguntar se conseguiria sobreviver para cuidar de Harry, para dar a ele a família que ele merecia. Mas o que mais o incomodava, era onde estavam seus amigos enquanto Harry precisava tanto deles...
– Tiago. – Lily disse muito tempo depois pousando a mão em seu ombro – Todos já estão no quarto se arrumando para dormir...
– Ah, – Tiago percebeu que estivera imerso em pensamentos por tempo demais – não reparei...
– Vamos? – Lily perguntou esticando a mão para ele.
– Lily. – Tiago disse sem pegar a mão dela – Se a gente acabar ficando juntos mesmo, e Harry nascer... Você acha que a gente vai conseguir mudar tudo?
– Não sei. – Lily disse sentando-se na cadeira em frente a Tiago com um suspiro triste – Temos que entender o que aconteceu... E por que.
– Se descobrirmos tudo, será que vamos conseguir dar a Harry uma vida boa? 
– Espero que sim. – Lily disse com tristeza – Mesmo que a gente não consiga sobreviver para cuidar dele, talvez ele pelo menos fique com alguém que ame ele, que cuide dele... O Sirius, talvez?
– Não sei por que o Sirius não está cuidando dele... – Tiago suspirou – É uma das coisas que mais me perturbou ao longo desses dois livros... Onde o Sirius, o Remo e o Pedro estavam enquanto o Harry estava sendo maltratado?
– Harry parece conhecer e amar Sirius e Remo, – Lily disse olhando para Tiago com carinho – eles devem aparecer no livro, com uma boa desculpa para não terem estado por perto todo esse tempo.
    Os dois conversaram mais um pouco antes de ir deitar. Lily se sentia cada vez mais próxima de Tiago, conseguia ver-se casando com ele, apesar de nem namorar com ele ainda. Já estava acostumada ao abraço dele, e à forma como ele fazia carinho no lóbulo da orelha dela toda vez que ela se entristecia. 
    Todos acordaram animados na manhã seguinte, já haviam lido dois livros sobre a vida de Harry, faltavam apenas cinco.
– Esse é um pouco maior que os outros dois... – Remo disse.
    Severo pegou o terceiro livro que estava pousado na mesa, e todos se inclinaram em direção a ele:
– Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. – Ele leu e a maioria dos presentes levantou as sobrancelhas, surpresos.
– Eu realmente espero que você não tenha conhecido nenhum prisioneiro de Azkaban. – Lily disse com um suspiro.
– Ou dementadores... – Sirius completou com um tremor.
– Mas para conhecer um prisioneiro de Azkaban, Harry teria que ir à Azkaban, ninguém nunca sai de lá... – Alice disse temerosa.
 





E finalmente chegamos ao último capítulo de Marotos Lendo Harry Potter e a Câmara Secreta, gostaria de agradecer de coração a cada um de vocês que me incentivou lendo e comentando. Cada um de vocês foi importante para que eu chegasse até aqui e espero por vocês em Marotos Lendo Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban.

- Carol Schneider: Finalmente posso te dar a notícia de que hoje mesmo você vai ler o primeiro capítulo de PdA, espero realmente que ele "Exceda Expectativas". Quero te ver comentando lá! E saiba que meus leitores nunca me perturbam pedindo por capítulos, apenas me incentivam e me animam a escrever cada vez mais!
- Digit Moony: Muito obrigada, minha ideia é fazer todos os livros, espero conseguir!
- Julialindademais: Eu vou atualizar na hora que eu puder, nem sempre posso atualizar na hora que vocês estão esperando, pode não parecer, mas demoro pelo menos uma hora para postar.
- Clenery Aingremont: Nem sempre um comentário gigantesco é necessário, apenas o carinho e consideração que você teve de parar para deixar um comentário é especial o bastante para mim!
- Maria Eduarda Rieg Weasley: Quando você tiver alguma ideia para a fic, poste no grupo, eu adoro ler as ideias de vocês. Não sei se a Lily teria coragem de falar que gostaria de ter a Cho como nora na frente da Gina, não é? Muito obrigada por todos os comentários nessa fic, e espero ver você comentando nas próximas.
- Gabi O. Potter: Pronto, vou acabar com sua ansiedade, hoje mesmo você vai poder ler o primeiro capítulo de PdA, espero que goste! Eu fiz o grupo, só não tenho certeza se você entrou nele ou não, de qualquer forma vou postar o link no final das respostas.
- Clara Black Potter: Já falei para vocês, mesmo que eu demore para postar não vou desistir da fic, não vou abandonar! Todos amam Sirius Black (especialmente eu). Eu fiz o grupo, mas não sei se você já add ele, de qualquer jeito vou postar o link para o grupo lá embaixo. Ahhh, e agora que vamos começar PdA, acho que vamos precisar de uma capa nova, não é? (sem pressão)
- Marlene.M.Black: Faça um cadastro no Nyah então, é rapidinho. PdA sai hoje mesmo e espero que você goste tanto quanto de CS e de PF!
- Izabella Bella Black: Eu fiz o grupo no facebook, não sei se você já entrou, a maioria das pessoas tem nomes diferente e eu fico confusa... Mas se não entrou o link vai estar aqui embaixo (depois eu vi o seu comentário de que tinha add o grupo!). Minha cachorrinha está bem, ela só gosta de me dar sustos e me deixar desesperada. PdA já está ai, espero que goste e comente bastante.
- ste_panza: Fico muito feliz mesmo que o capítulo passado tenha ficado a contento. As vezes acho que Lily é mais do tipo que se desespera em silêncio sabe? Ela chora, quase arranca a mão de Tiago e se desespera quando Harry está em perigo, e arranja briga e tem ataques em momentos em que alguém faz alguma coisa contra Harry. Tiago é muito esperto, mas tem algumas coisas que ele não conhece sobre o mundo da magia, e por isso acho difícil que ele adivinhe, tem coisas que o Severo terá mais facilidade para descobrir, devido ao seu contato com as artes das trevas. Já prometi que mesmo que demore não vou desistir, realmente foi um periodo difícil, mas agora está tudo bem, minha cachorrinha está melhor e com isso eu fico melhor também. Já te disse também que eu ADORO comentários gigantes... Acho que meu livro favorito da Agatha é "OS Crimes ABC", foi o primeiro livro dela que li, tinha uns 13 anos, e me encantei completamente, gosto muito de todos os que tem o detetive Hercule Poirot. Te indico também "O caso dos dez negrinhos" (tudo o que achei do livro: http://allthelittlethingsthatilike.blogspot.com.br/2010/08/o-caso-dos-dez-negrinhos.html). Não sei se você já entrou no grupo ou não, mas de qualquer jeito vou deixar o link ali embaixo.
- Gabriel Moraes Rego Garutti: Muito obrigada!! Espero te ver comentando sempre em PdA!
- Day Caracas: Agora que CS acabou acho que Gina vai voltar a ser a mesma garota de personalidade forte que ela sempre foi. Vocês sabem que eu evito ao máximo deixar vocês esperando, mas as vezes não tenho controle sobre o que acontece... Você vai poder ler o primeiro capítulo de PdA hoje mesmo, espero um comentário seu lá!
- Milly Lovegood Black: Desculpa te decepcionar, mas pelo menos agora estou te dando de presente o último de CS e o primeiro de PdA juntos! Espero te ver comentando lá sempre!
- Mary Potter Malfoy: Espero que tenha conseguido terminar PdA por que vou postar o primeiro capítulo hoje mesmo! Fico feliz de ter te incentivado a ler os livros. Como falei antes você pode me pedir ajuda sempre que me ver online, pode contar comigo. 
- Guilherme L.: Muito obrigada por me desculpar então! Estou esperando você em PdA!
- Stehcec: É como escrevi em um comentário ai em cima, acho que em casos em que Harr está em perigo da vida Lily fica em um desespero mais silencioso... Espero te ver em PdA!!
- Mary Lilian Potter: PdA já está ai! Posso finalmente dar o que todos vocês estavam esperando com tanta ansiedade! Pode deixar, não vou abandonar a fic, não mesmo, mesmo que eu demore muito para postar. Sirius Black foi o primeiro amor da minha vida!
- Lidiane Ruiz: Pode deixar que não vou abandonar vocês. Espero que goste de PdA e espero te ver comentando sempre!
- sasa lovegood: Sempre achei Harry muito parecido com Tiago, em muitos aspectos. Estou escrevendo uma fic pós-hogwarts em que Harry é um bom marido... Logo depois de postar esse último capítulo vou postar PdA, espero te ver lá!
- NathaliaHelena: Muito obrigada pelos elogios, me faz feliz saber que gosta da minha história, espero te ver comentando sempre em PdA!
- LULU789: Eu sei que já escrevi um capítulo em que eles desconfiam de alguma coisa, mas não sei se foi em CS ou em PdA, sorry, é tanta coisa que as vezes não tenho certeza de onde encaixo as coisas. Eu li o comentário da leitora dizendo que achava que eu tinha sido plagiada, e não o contrário, mas o que me deixou achando que ela disse que eu plagiei foram as datas das fics. 


Então é isso. Acabamos com CS, espero cada um de vocês em PdA
(http://www.floreioseborroes.net/fics/ver/46515)

E para quem ainda não entrou no grupo do Facebook:
https://www.facebook.com/groups/742689499098462/

Compartilhe!

anúncio

Comentários (22)

  • Helena

    Foi maravilhoso querida. Estou lendo pela segunda vez, e pretendo ler muitas vezes mais. Você escreve muito bem, estou adorando. E muito ansiosa pela reação deles nos próximos livros.

    2018-09-11
  • M_sinistra

    querida Luiza Shape Eu acho que o Shape não sabe Sinistra

    2018-02-26
  • M_sinistra

    eles vão ver que os livros vão se complicar mais para frente e fica mais perigosos. Sinistra

    2018-02-26
  • M_sinistra

    Querida sasa lovegood No site fanfiction tem 4 fans que são os 18 capítulos que faltam nos livro do Harry Potter Que vc vai Gostar.! são esses : https://fanfiction.com.br/historia/505092/Help_Me_Leave_Behind/ https://fanfiction.com.br/historia/184056/Depois_De_Tudo/ https://fanfiction.com.br/historia/510235/Harry_e_Ginny-_Ate_o_altar/ https://fanfiction.com.br/historia/337350/Familia_Potter/ Sinistra

    2018-02-26
  • Maria Eduarda Rieg Weasley

    Como sempre perfeito um otimo trabalho nem acredito que essa fc ja acabou e vamo começar a ler PdA to loka pra ver as reaçoes de cada um em varios momentos eu queria agrader por nunca desistir pq a maioria das fics desse estilo os autores sempre abandonam entao obg...Ameeiiii o momento Jilly eles sao mto meigos ahhh ja posso marcar que li a fic ebaaa kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkvc esta fazendo um otimo trabalho parabens! um bj continue assim 

    2014-04-16
  • Gabi O. Potter

    Tinha comentado lá no grupo do face, mas vou comentar aqui tbm! Amei amei amei o diálogo da Lily com o Tiago no final do cap, quero ver a reação de todos do presente quando souberem qiue o Sirius é o prisioneiro de Azkban...

    2014-04-14
  • Luiza Snape

    Será que o Snape sabe das horcruxes????  

    2014-04-14
  • LuLu Weasley Potter

    OMG CAP PERFEITO...TUDO DE BOM...INDO DIRETO PARA PdA... 

    2014-04-13
  • Mary Lilian Potter

    AMEI a fic!!!!!nao vou escrever muito pois quero ler pda entao, PARABENS PELA FIC eeee BEIJOS!! 

    2014-04-13
  • Nath Tsubasa Evans

    Tenho que pedir desculpa por não ter comentado antes, eu cheguei a ler o capitulo semana passada, mas só que eu tive muitas coisas para fazer essa semana e ai nem deu para comentar, e o site tem hora que fica meio complicado de logar por causa do novo site D: Perfeeeeito esse final, James e Lily se aproximando, e agora as respostas para o porque dos amigos do James não terem aparecido antes >< Ficamos meio ansiosos por quais serão as reações do pessoal, e que eu tenho fé de que o James por toda a maturidade e competencia de detetetive(-qq) vai acreditar que seu amigo não o traiu, mas ainda sim >< E eu espero que os outros, pelo proprio carinho que o Harry tem pelo Remo e o Sirius entenda que o Sirius não é o verdadeiro culpado D: Bom, vou agora para a próxima fanfic /o/ 

    2014-04-13
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.