Sangue ruim e vozes invisíveis



– Sangue ruim e vozes invisíveis.


– Não gostei nem um pouco do nome desse capítulo. – Lily disse nervosa.


 


– Sei que a parte do sangue-ruim deve estar te incomodando... – Tiago disse acariciando a mão de Lily – Mas a parte das vozes invisíveis me deixou mais preocupado...


 


– Espero que Harry não esteja ouvindo vozes invisíveis. – Sirius disse entendendo a preocupação de Tiago.


 


– Ouvir vozes não é bom. – Frank completou.


 


                Severo pigarreou para impedir que continuassem comentando o título do capítulo e começou a ler.


 


 


 


Harry dedicou muito tempo, nos dias seguintes, a desaparecer de vista sempre que Gilderoy Lockhart aparecia andando por um corredor. Mais difícil foi evitar Colin Creevey, que parecia ter decorado o seu horário. Pelo visto nada dava maior alegria a Colin do que dizer: "Tudo bem, Harry?" seis ou sete vezes por dia e ouvir: "Oi, Colin", em resposta, por maior irritação que Harry demonstrasse ao dizer isso.


 


 


 


– Definitivamente o líder do fã clube do Harry Potter. – Remo disse dando um meio sorriso para Harry.


 


 


 


Edwiges continuava aborrecida com Harry por causa da desastrada viagem de carro e a varinha de Rony continuava a funcionar mal, superando os próprios limites na sexta-feira na aula de Feitiços, ao se atirar da mão de Rony e atingir o Profº. Flitwick bem no meio dos olhos, produzindo um grande furúnculo verde e latejante no lugar em que bateu.


 


 


 


– Temperamental sua varinha, né? – Alice disse com um suspiro – Espero que ninguém se machuque por isso...


 


                Harry e Rony trocaram um sorriso ao ouvir aquilo, não conseguiam resistir. Tiago achou aquilo muito estranho, mas não comentou.


 


 


 


Assim entre uma coisa e outra, Harry ficou muito contente ao ver chegar o fim de semana. Ele, Rony e Mione estavam planejando visitar Hagrid no sábado de manhã. Harry, porém, foi acordado muito antes da hora que pretendera pelas sacudidas de Olívio Wood, capitão do time de Quadribol da Grifinória.


 


— Que foi? — perguntou Harry tonto de sono.


 


— Prática de Quadribol! — disse Wood. — Vamos!


 


 


 


– Esse ano vocês ganham a taça de quadribol! – Tiago disse com um brilho ligeiramente maníaco no olhar – Wood deve estar ainda mais focado, e ele está no sexto ano, precisa vencer a taça esse ano ou ano que vem, ou será considerado um péssimo capitão e com isso não vai ter chance no quadribol pro... – Tiago agarrou a garganta quando as palavras pararam de sair de sua boca.


 


– Silêncio! – Alice disse com a varinha apontada para ele. – É melhor assim...


 


                Lily sorriu para Tiago e acariciou sua mão com o dedo indicador. Tiago deu de ombros e aceitou o carinho de Lily fechando os olhos.


 


                Severo bufou antes de continuar lendo.


 


 


 


Harry espiou pela janela apertando os olhos. Havia uma névoa rala cobrindo o céu rosa e dourado. Agora que acordara, ele não conseguia entender como podia estar dormindo com a algazarra que os passarinhos faziam.


 


— Olívio — disse ele com a voz rouca. — O dia ainda está amanhecendo.


 


— Exato — respondeu Wood. Ele era um sextanista alto e forte e, naquele instante, seus olhos brilhavam de fanático entusiasmo. — Faz parte do nosso novo programa de treinamento. Ande, pegue a vassoura e vamos — disse Wood animado. — Nenhum dos times começou a treinar ainda; vamos ser os primeiros a dar a partida este ano...


 


 


 


– Imagino que Olívio seja outro que merece uns feitiços silenciadores... – Sirius disse sorrindo para Tiago.


 


 


 


Aos bocejos e tremores, Harry saiu da cama e tentou encontrar as vestes de Quadribol.


 


— Muito bem — disse Wood. — Te encontro no campo daqui a quinze minutos.


 


Depois de procurar o uniforme vermelho do time e vestir uma capa para se aquecer, Harry rabiscou um bilhete para Rony explicando onde fora e desceu a escada em caracol até a sala comunal, a Nimbus 2000 ao ombro. Acabara de chegar ao buraco do retrato quando ouviu um estardalhaço às suas costas, e Colin Creevey apareceu correndo escada abaixo, a máquina fotográfica balançando feito louca ao pescoço e alguma coisa segura na mão.


 


 


 


– Como o garoto pode ter descoberto que Harry ia treinar? – Remo questionou risonho. – Wood foi até o dormitório acordar ele...


 


 


 


— Ouvi alguém dizer o seu nome na escada, Harry! Olhe só o que tenho aqui! Mandei revelar, queria lhe mostrar...


 


 


 


– O garoto tem audição supersônica! – Sirius disse rindo.


 


 


 


Harry examinou confuso a foto que Colin sacudia debaixo do seu nariz.


 


Numa foto preto-e-branco, um Lockhart em movimento puxava com força um braço que Harry reconhecia como seu. Ficou satisfeito ao ver que o seu eu fotográfico resistia bravamente e recusava a se deixar arrastar para dentro da foto. Enquanto Harry observava, Lockhart desistiu e se largou, ofegante, contra a margem branca da foto.


 


— Você autografa? — perguntou Colin, ansioso.


 


— Não — disse Harry sem rodeios, olhando para os lados para verificar se a sala estava realmente deserta. — Desculpe, Colin, estou com pressa, prática de Quadribol...


 


E atravessou o buraco do retrato.


 


— Uau! Espere por mim! Nunca vi um jogo de Quadribol antes!


 


 


 


– O garoto deve ter passado o ano inteiro te perseguindo... – Alice disse sorrindo para Harry. Harry apenas deu um sorriso triste que nenhum dos que não conheciam a história entendeu a razão.


 


 


 


Colin subiu pelo buraco atrás de Harry.


 


— Vai ser bem chato — disse Harry depressa, mas o garoto não lhe deu atenção, seu rosto iluminava-se de excitação.


 


— Você foi o jogador da casa mais novo em cem anos, não foi, Harry? Não foi? — perguntou Colin, caminhando ao lado dele. — Você deve ser genial. Eu nunca voei. É fácil? Esta vassoura é sua? É a melhor que existe?


 


Harry não sabia como se livrar do coleguinha. Era como ter uma sombra extremamente tagarela.


 


— Eu não entendo bem de Quadribol — disse Colin sem fôlego. — É verdade que tem quatro bolas? E duas ficam voando em volta dos jogadores tentando tirá-los de cima das vassouras?


 


— É — disse Harry a contragosto, conformado em explicar as regras complicadas do Quadribol.


 


— Chamam-se balaços. Há dois batedores em cada time armados de bastões para rebater os balaços para longe do seu time. Fred e Jorge Weasley batem pela Grifinória.


 


— E para que servem as outras bolas? — perguntou Colin, derrapando dois degraus porque olhava boquiaberto para Harry.


 


— Bem, a goles, a bola vermelha meio grande, é a que faz os gols. Três apanhadores em cada time atiram a goles um para o outro e tentam metê-La entre as balizas na extremidade do campo, são três postes compridos com aros na ponta.


 


— E a quarta bola...


 


—... É o pomo de ouro — disse Harry —, e é muito pequena, muito veloz e difícil de agarrar.


 


Mas é isso que o apanhador tem que fazer, porque um jogo de Quadribol não termina até o pomo ser capturado. E o apanhador que agarra o pomo para o time ganha cento e cinqüenta pontos a mais.


 


— E você é o apanhador da Grifinória, não é? — perguntou Colin cheio de admiração e respeito.


 


— Sou — respondeu Harry enquanto deixavam o castelo e começavam a atravessar o gramado encharcado de orvalho. — E tem o goleiro também. Ele guarda as balizas. É isso, em resumo.


 


 


 


                Tiago parecia a ponto de explodir, queria tanto falar que estava ficando vermelho.


 


– Já vai passar o efeito, – Lily sussurrou para ele – mas se começar a falar demais de quadribol, eu mesma coloco o próximo. – acrescentou com carinho deitando a cabeça no ombro dele.


 


                Severo apertou o livro com raiva antes de continuar lendo. Não sabia quanto tempo aguentaria assistir, aos dois cada vez mais próximos, calado.


 


 


 


Mas Colin não parou de interrogar Harry o tempo todo, desde o gramado ondulante até o campo de Quadribol, e Harry só conseguiu se desvencilhar dele quando chegou aos vestiários; Colin ainda gritou com sua voz fina quando ele se afastava.


 


— Vou pegar um bom lugar, Harry! — e correu para as arquibancadas.


 


Os outros jogadores do time da Grifinória já estavam no vestiário. Wood era o único que parecia realmente acordado. Fred e Jorge estavam sentados, os olhos inchados e os cabelos despenteados, ao lado de uma quartanista, Alicia Spinnet, que parecia estar cabeceando contra a parede em que se encostara. As outras artilheiras, suas companheiras, Katie Bell e Angelina Johnson, bocejavam lado a lado de frente para eles.


 


— Até que enfim, Harry, por que demorou? — perguntou Wood eficiente. — Agora, eu queria ter uma conversinha com vocês antes de irmos para o campo, porque passei o verão imaginando um programa de treinamento completamente novo, que acho que vai fazer toda a diferença...


 


 


 


– Para o bem de Harry, é melhor que o plano de treinamento de Wood seja menos puxado que o de Tiago. – Sirius comentou bufando. – Tiago nos acordava todos os domingos ao raiar do sol para treinar... 


 


                Tiago cruzou os braços sobre o peito, incapaz de se defender.


 


 


 


Wood ergueu um grande diagrama de um campo de Quadribol, em que estavam desenhadas muitas linhas, setas e cruzes em tinta de cores diversas. Depois, puxou a varinha, deu uma batidinha no desenho, e as flechas começaram a se deslocar pelo diagrama como lagartas. Quando Wood deslanchou um discurso sobre as novas táticas, a cabeça de Fred Weasley despencou no ombro de Alicia Spinnet e ele começou a roncar.


 


O primeiro quadro levou quase vinte minutos para ser explicado, mas havia outro por baixo daquele, e um terceiro por baixo do segundo. Harry mergulhou num estupor durante a falação interminável de Wood.


 


 


 


                Tiago deu a Harry um olhar muito rigoroso e paternal. Como se dissesse sem palavras que desaprovava a atitude do filho. Harry desviou os olhos.


 


 


 


— Então — disse Wood, finalmente, arrancando Harry de uma irrealizável fantasia sobre o que estaria comendo no café da manhã, naquele instante, no castelo. — Ficou claro? Alguma pergunta?


 


— Tenho uma pergunta, Olívio — disse Jorge, que acordara assustado. — Você não podia ter explicado tudo isso ontem quando a gente estava acordado?


 


Wood não gostou.


 


— Agora, ouçam aqui, vocês todos — disse, amarrando a cara. — Nós devíamos ter ganho a taça de Quadribol no ano passado. Somos sem favor nenhum o melhor time da escola. Mas, infelizmente, devido a circunstâncias fora do nosso controle...


 


Harry se mexeu cheio de culpa no banco. Estivera inconsciente na ala hospitalar no último jogo do ano anterior, o que significava que a Grifinória tivera um jogador a menos e sofrera sua pior derrota em trezentos anos.


 


 


 


                Tiago gemeu com a informação.


 


– Você não teve culpa! – Lily disse a Harry, e apertou a mão de Tiago com força fazendo-o concordar.


 


 


 


Wood esperou um instante para recuperar o próprio controle. A última derrota, visivelmente, continuava a torturá-lo.


 


— Então, este ano, vamos treinar mais do que jamais treinamos... Muito bem, vamos colocar as nossas teorias em prática! — gritou Wood, agarrando a vassoura e saindo do vestiário. As pernas dormentes e, ainda bocejando, o time o acompanhou.


 


Tinham passado tanto tempo no vestiário que o sol já estava todo de fora, embora ainda se vissem restos de névoa sobre o gramado do estádio. Quando Harry entrou em campo, viu Rony e Mione sentados nas arquibancadas.


 


— Vocês ainda não acabaram? — gritou Rony surpreso.


 


— Nem começamos — respondeu Harry, olhando com inveja a torrada com geléia que Rony e Mione tinham trazido do Salão. — Wood esteve ensinando novas jogadas ao time.


 


Ele montou na vassoura, meteu o pé no chão para dar impulso e saiu voando, o ar frio da manhã bateu em seu rosto, acordando-o com muito mais eficiência do que a longa conversa de Wood. Era uma sensação maravilhosa estar de volta a um campo de Quadribol. Harry sobrevoou o estádio a toda velocidade, apostando corrida com Fred e Jorge.


 


 


 


                Tiago sorriu para Harry com carinho. Sentia que quadribol fazia o mesmo bem aos dois, o esporte permitia que eles estivessem juntos, mesmo muitos anos após sua morte.


 


 


 


— Que clique-clique esquisito é esse? — gritou Fred enquanto faziam uma volta rápida.


 


Harry olhou para as arquibancadas. Colin estava sentado em um dos lugares mais altos, a máquina fotográfica levantada, tirando fotos seguidas, o som estranhamente ampliado no estádio deserto.


 


 


 


– Vão achar que ele é um mini espião de outro time. – Remo disse rindo – Ou pelo menos é o que Tiago pensaria...


 


                Tiago concordou enfático.


 


 


 


— Olhe para cá, Harry! Para cá! — gritava se esganiçando.


 


— Quem é aquele? — perguntou Fred.


 


— Não faço a menor ideia — mentiu Harry dando uma bombeada na vassoura que o levou o mais longe possível de Colin.


 


— Que é que está acontecendo? — perguntou Wood, franzindo a testa, enquanto cortava o ar em direção a eles. — Por que aquele aluninho de primeiro ano está tirando fotos? Não gosto disto. Pode ser um espião da Sonserina, tentando descobrir o nosso novo programa de treinamento.


 


— Ele é da Grifinória — informou Harry depressa.


 


— E o pessoal da Sonserina não precisa de espião, Olívio — acrescentou Jorge.


 


— Por que você está dizendo isso? — perguntou Wood irritado.


 


— Porque eles vieram pessoalmente — respondeu Jorge apontando.


 


 


 


                Tiago começou a fazer mímicas em direção a Sirius.


 


– O que o time da Sonserina está fazendo no treino de quadribol da Grifinória? – Sirius falou tentando interpretar a mímica de Tiago. Ele confirmou com a cabeça. – Só vamos saber se você deixar o Ranhoso continuar lendo.


 


 


 


Vários alunos de vestes verdes estavam entrando em campo, de vassouras na mão.


 


— Eu não acredito! — sibilou Wood indignado. — Reservei o campo para hoje!


 


— Vamos cuidar disso.


 


Wood mergulhou até o chão, aterrissando em sua raiva, com muito mais força do que pretendia, e cambaleou um pouco ao desmontar. Harry, Fred e Jorge o acompanharam.


 


— Flint! — berrou Wood para o capitão da Sonserina. — Está na hora do nosso treino! Levantamos especialmente para isso!


 


— Pode ir dando o fora!


 


Marcos Flint era ainda mais corpulento do que Wood. Tinha uma expressão de trasgo astucioso quando respondeu:


 


— Tem bastante espaço para todos nós, Wood.


 


Angelina, Alicia e Katie tinham se aproximado também. Não havia mulheres no time da Sonserina, para ficarem, ombro a ombro, com ar de desdém, encarando os jogadores da Grifinória.


 


— Mas eu reservei o campo! — disse Wood, praticamente cuspindo de raiva. — Eu reservei!


 


— Ah, mas tenho um papel aqui assinado pelo Profº. Snape.


 


 


 


– É óbvio que o Seboso teria algo haver com isso! – Sirius disse irritado – Está sempre passando por cima das regras e dos outros professores para favorecer a Sonserina ou prejudicar Harry...


 


                Lily relutou em concordar, mas era impossível dizer que Sirius estava mentindo.


 


                Até mesmo Severo sabia que aquilo era verdade.


 


 


 


"Eu, Profº. Snape, dei ao time da Sonserina permissão para praticar hoje no campo de Quadribol, face à necessidade de treinarem o seu novo apanhador.”


 


— Vocês têm um novo apanhador? — perguntou Wood, distraído. — Onde?


 


E por trás dos seis jogadores grandalhões surgiu diante deles um sétimo, menor, com um sorriso que se irradiava por todo o rosto pálido e fino. Era Draco Malfoy!


 


 


 


– Ele comprou a entrada dele no time. – Sirius disse categórico.


 


– Fez o pai comprar, na verdade... – Remo concordou.


 


 


 


— Você não é o filho do Lúcio Malfoy? — perguntou Fred, olhando Draco com ar de desagrado.


 


— Engraçado você mencionar o pai do Draco — disse Flint enquanto o time inteiro da Sonserina sorria com mais prazer.


 


— Deixe eu mostrar a vocês o presente generoso que ele deu ao time da Sonserina.


 


Os sete mostraram as vassouras. Sete cabos polidos, novos em folha, e sete conjuntos de letras douradas, formando as palavras Nimbus 2001, reluziam sob os narizes dos jogadores da Grifinória, ao sol do amanhecer.


 


 


 


– Só assim aquele garoto nojento conseguiu entrar no time. – Gina resmungou. – Não tem talento, apenas dinheiro.


 


 


 


— Último modelo. Saiu no mês passado — disse Flint displicente, tirando um grão de poeira da ponta de sua vassoura com um peteleco. — Acho que bate de longe a série antiga das 2000. Quanto às velhas Cleansweep — e sorriu de modo desagradável para Fred e Jorge, que seguravam esse tipo de vassoura —, varram o placar com elas.


 


Nenhum dos jogadores da Grifinória conseguiu pensar em nada para dizer naquele instante. Draco exibia um sorriso tão grande que seus olhos frios estavam reduzidos a fendas.


 


— Ah, olha ali — disse Flint. — Uma invasão de campo.


 


Rony e Mione vinham atravessando o gramado para ver o que estava acontecendo.


 


— Que é que está havendo? — perguntou Rony a Harry. — Por que vocês não estão jogando? E que é que ele está fazendo aqui?


 


Olhava para Draco, reparando nas vestes de Quadribol com as cores da Sonserina que o garoto usava.


 


— Sou o novo apanhador da Sonserina, Weasley — disse Draco, presunçoso. — O pessoal aqui está admirando as vassouras que meu pai comprou para o nosso time.


 


Rony olhou, boquiaberto, as sete magníficas vassouras diante dele.


 


— Boas, não são? — disse Draco com a voz macia. — Mas quem sabe o time da Grifinória pode levantar um ourinho e comprar vassouras novas, também. Você podia fazer uma rifa dessas Cleansweep 5; imagino que um museu talvez queira comprá-las.


 


O time da Sonserina dava gargalhadas.


 


 


 


– Harry poderia comprar vassouras para o time inteiro se quisesse, – Sirius disse desdenhoso – mas ele não precisou comprar o lugar dele no time.


 


– Nenhum jogador da Grifinória compraria um lugar no time, – Frank disse diretamente para Severo – temos orgulho e honra...


 


 


 


— Pelo menos ninguém do time da Grifinória teve de pagar para entrar — disse Mione com aspereza. — Entraram por puro talento.


 


O ar presunçoso de Draco pareceu oscilar.


 


— Ninguém pediu sua opinião, sua sujeitinha de sangue ruim. — xingou ele.


 


 


 


                Severo engasgou com as palavras, lembravam a ele horrivelmente um episodio de seu quinto ano.


 


                Lily cerrou os punhos e a mandíbula.


 


– Esse inseto merece que alguém lave a boca dele com sabão. – Tiago conseguiu falar com raiva, seu olhar diretamente sobre Severo.


 


                Rony pousou a mão no ombro de Hermione com delicadeza. Tantos anos depois e aquelas palavras ainda pareciam fazer mais mal a ele do que a ela. Gina bufou.


 


– Nunca soube disso! – Neville exclamou revoltado – Teria enfrentado Malfoy de novo se soubesse.


 


– Você é um bom amigo... – Alice disse apertando a mão do filho.


 


– Ficou sem voz, Seboso? – Sirius perguntou com selvageria – Não vai continuar lendo?


 


                Severo pigarreou e buscou pelos olhos verdes de Lily, mas encontrou apenas os olhos identicamente verdes de Harry. Deu um suspiro profundo e continuou.


 


 


 


Harry percebeu na hora que Draco dissera uma coisa realmente ofensiva, porque houve um tumulto instantâneo em seguida às suas palavras. Flint teve que mergulhar na frente de Draco para impedir que Fred e Jorge se atirassem contra ele. Alicia gritou com voz aguda:


 


— Como é que você se atreve! — e Rony mergulhou a mão nas vestes, puxou a varinha e gritou:


 


— Você vai me pagar! — e apontou a varinha, furioso, para a cara e Draco, por baixo do braço de Flint.


 


 


 


– Isso não vai dar certo. – Alice murmurou – Não com a varinha quebrada...


 


 


 


Um estrondo muito forte ecoou pelo estádio, e um jorro de luz verde saiu da ponta oposta da varinha de Rony, atingiu-o na barriga e o atirou de costas na grama.


 


 


 


– A varinha inverteu? – Sirius gemeu.


 


– Espero que o feitiço não seja perigoso demais... – Remo murmurou olhando para Rony preocupado.


 


 


 


— Rony! Rony! Você está bem? — gritou Mione.


 


Rony abriu a boca para falar, mas não saiu nada. Em vez disso, ele soltou um poderoso arroto e várias lesmas caíram de sua boca para o colo.


 


 


 


                Tiago e Sirius começaram a rir baixo e acabaram contagiando os outros, até mesmo Rony começou a rir de sua desgraça.


 


– Por isso que vocês ficaram comentando quando o Rony mandou o Malfoy comer lesmas no capítulo anterior? – Tiago perguntou entre risadas.


 


– Não nos lembrávamos daquele episodio, – Hermione respondeu segurando o riso – mas até que faz sentido, a varinha já tinha a ideia de fazer Malfoy comer lesmas, mas ricocheteou...


 


– Desculpa. – Lily disse olhando para Rony com pena entre as risadas – Mas não consigo parar de rir.


 


– Tudo bem. – Rony disse com as orelhas vermelhas.


 


– Se ele tivesse conseguido enfeitiçar Malfoy teria arranjado problemas. – Gina disse – Mamãe ficaria furiosa...


 


 


 


O time da Sonserina ficou paralisado de tanto rir. Flint, dobrado pela cintura, tentava se apoiar na vassoura nova. Draco caíra de quatro, dando murros no chão. Os alunos da Grifinória agrupavam-se em torno de Rony, que não parava de arrotar lesmas enormes. Ninguém parecia querer tocar nele.


 


— É melhor levarmos o Rony para a casa de Hagrid, é mais perto — disse Harry a Mione, que concordou cheia de coragem, e os dois levantaram o amigo pelos braços.


 


— Que aconteceu, Harry? Que aconteceu? Ele está doente? Mas você pode curá-lo, não pode?


 


— Colin descera correndo das arquibancadas e agora dançava em volta dos meninos que saíam de campo. Rony deu um enorme suspiro e mais lesmas rolaram pelo seu peito.


 


— "Aaah", exclamou Colin, fascinado, erguendo a máquina fotográfica. "Pode manter ele parado, Harry?”


 


— Sai da frente, Colin! — disse Harry com raiva. Ele e Mione carregaram Rony para fora do estádio e atravessaram os jardins em direção à orla da floresta.


 


— Estamos quase lá, Rony — disse Mione quando a cabana do guarda-caça tornou-se visível.


 


— Você vai ficar bom num instante, estamos quase chegando...


 


Estavam a uns cinco metros da casa de Hagrid quando a porta de entrada se abriu, mas não foi


 


Hagrid que apareceu.


 


Gilderoy Lockhart, hoje com vestes lilás clarinho, vinha saindo.


 


 


 


– Isso não é bom... – Tiago disse – Se ele apontar a varinha para Rony pode tornar tudo muito pior!


 


– Você nem imagina quão certo está... – Hermione disse com um suspiro, fazendo Alice fechar a cara.


 


– Se ele não tem competência para dominar diabretes, não quero imaginar o estrago que ele poderia fazer tentando curar alguém. – Remo comentou maldoso e recebeu acenos de concordância de todos, a não ser Alice.


 


 


 


— Depressa, aqui atrás — sibilou Harry, arrastando Rony para trás de uma moita próxima. Mione seguiu-o, um tanto relutante.


 


— É muito simples se você sabe o que está fazendo! — Lockhart dizia em voz alta a Hagrid. — Se precisar de ajuda, você sabe onde estou! Vou-lhe dar uma cópia do meu livro. Estou surpreso que ainda não o tenha comprado: vou autografar um exemplar hoje à noite e mandar para você. Bom, adeus. — E saiu em direção ao castelo.


 


Harry esperou até Lockhart desaparecer de vista, então puxou Rony da moita até a porta de Hagrid. Bateram apressados.


 


Hagrid abriu na mesma hora, parecendo muito rabugento, mas seu rosto se iluminou quando viu quem era.


 


— Estive pensando quando é que vocês viriam me ver, entrem, entrem, achei que podia ser o Profº. Lockhart outra vez...


 


Harry e Mione ajudaram Rony a entrar na cabana sala-e-quarto, que tinha uma cama enorme em um canto, uma lareira com um fogo vivo no outro.


 


Hagrid não pareceu perturbado com o problema das lesmas de Rony, que Harry explicou em poucas palavras enquanto baixava o amigo em uma cadeira.


 


 


 


– Claro que isso não perturbaria Hagrid, – Remo disse com um meio sorriso – ele já viu coisas mais nojentas.


 


– Provavelmente vai ficar mais preocupado com as aboboras da escola... – Lily disse sorrindo saudosa.


 


 


 


— Melhor para fora do que para dentro — disse Hagrid animado, baixando com ruído uma grande bacia de cobre na frente do menino. — Ponha todas para fora, Rony.


 


— Acho que não há nada a fazer exceto esperar que a coisa passe — disse Mione ansiosa, observando Rony se debruçar na bacia. — É um feitiço difícil de fazer em condições ideais, ainda mais com uma varinha quebrada...


 


Hagrid ocupou-se pela cabana preparando chá para os meninos. Seu cão de caçar javalis, Canino, fazia festas a Harry, sujando-o todo.


 


— Que é que Lockhart queria com você, Hagrid? — perguntou Harry, coçando as orelhas de Canino.


 


— Estava me dando conselhos para manter um poço livre de algas — rosnou Hagrid, tirando um galo meio depenado de cima da mesa bem esfregada e pousando nela o bule de chá. — Como se eu não soubesse. E ainda fez farol sobre um espírito agourento que ele espantou. Se uma única palavra do que disse for verdade eu como a minha chaleira.


 


 


 


– Sério, Alice, – Lily disse encarando a amiga – até mesmo Hagrid, que idolatra os professores, acha que Lockhart é um impostor...


 


– Hagrid não gosta de Lockhart por que ele diz a maneira certa de fazer as coisas... – Alice disse na defensiva.


 


– Você está sendo ridícula. – Frank bufou – Como pode achar que Lockhart sabe mais como cuidar de Hogwarts do que Hagrid?


 


                Alice cruzou os braços sobre o peito e ignorou o namorado. Não queria dar o braço a torcer.


 


 


 


Não era hábito de Hagrid criticar professores de Hogwarts, e Harry olhou-o surpreso. Mione, porém, disse num tom mais alto do que de costume:


 


— Acho que você está sendo injusto. É óbvio que o Profº. Dumbledore achou que ele era o melhor candidato para a vaga...


 


— Ele era o único candidato — disse Hagrid, oferecendo-lhes um prato de quadradinhos de chocolate, enquanto Rony tossia e vomitava na bacia. — E quero dizer o único mesmo. Está ficando muito difícil encontrar alguém para ensinar Artes das Trevas. As pessoas não andam muito animadas para assumir esta função. Estão começando a achar que esta enfeitiçada. Ultimamente ninguém demorou muito nela.


 


 


 


– O inútil era o único candidato! – Tiago exclamou vitorioso – Dumbledore o contratou apenas por não ter outra opção.


 


                Remo sorriu, sentia-se um pouco melhor sabendo que Dumbledore não estava ficando louco. A verdade era que Remo sempre gostou de DCAT e adoraria se candidatar ao cargo de professor um dia. Mas com seu probleminha peludo não teria coragem, não poderia colocar mais pessoas em risco.


 


                Alice bufou irritada.


 


– Só assim mesmo para aquele inútil virar professor. – Neville disse irritando ainda mais a mãe.


 


 


 


Agora me contem — disse Hagrid, indicando Rony com a cabeça. — Quem é que ele estava tentando enfeitiçar?


 


— Malfoy chamou Mione de alguma coisa, deve ter sido muito ruim porque ele ficou furioso.


 


 


 


– Sério, Harry, – Tiago disse balançando a cabeça – Você realmente podia ter se dado ao trabalho de aprender pelo menos o básico. Não saber o nível da ofensa de Malfoy...


 


                Harry baixou os olhos, sabia que o pai estava certo.


 


 


 


— Foi ruim — disse Rony, rouco, erguendo-se, lívido e suado, até a superfície da mesa. — Malfoy chamou Mione de sangue ruim, Hagrid...


 


Rony tornou a sumir debaixo da mesa e um novo jorro de lesmas caiu. Hagrid pareceu indignado.


 


— Ele não fez isso!


 


— Fez sim — confirmou Mione. — Mas eu não sei o que significa. Percebi que era uma grosseria muito grande, é claro...


 


 


 


– Você não sabia o que era sangue ruim até esse momento? – Lily perguntou a Mione com pena e compreensão.


 


– Não é o tipo de coisa que se possa aprender em livros... – Mione disse dando de ombros com um sorriso tristonho.


 


– Se você tivesse lido os livros da minha mãe teria aprendido... – Sirius disse mortificado.


 


– Os Sonserinos me chamaram de sangue ruim no primeiro dia de aula. – Lily disse olhando Hermione nos olhos, apenas uma poderia entender como a outra se sentia – Quando chegamos à fila na porta da sala de transfiguração um garoto da Sonserina deu dois passos para frente e disse: “Não chegue perto de mim, sangue ruim”. – Lily desviou os olhos de Mione e encarou Severo, Tiago passou o braço pelo ombro dela – Não sabia o que significava, mas Alice me explicou logo depois... Achei que um amigo me defenderia, mas foi minha primeira decepção...


 


– Sinto muito. – Hermione disse chateada.


 


 


 


— É praticamente a coisa mais ofensiva que ele podia dizer — ofegou Rony, voltando. — Sangue ruim é o pior nome para alguém que nasceu trouxa, sabe, que não tem pais bruxos. Existem uns bruxos, como os da família de Malfoy, que se acham melhores do que todo mundo porque têm o que as pessoas chamam de sangue puro. — Ele deu um pequeno arroto, e uma única lesma caiu em sua mão estendida. Ele a atirou à bacia e continuou: — Quero dizer, nós sabemos que isso não faz a menor diferença. Olha só o Neville Longbottom, ele tem sangue puro e sequer consegue pôr um caldeirão em pé do lado certo.


 


 


 


– Podia ter usado a si mesmo como exemplo em vez de ficar falando mal do meu filho. – Alice bufou para Rony que se encolheu ligeiramente – Você tem sangue puro também e não conseguia nem usar a própria varinha.


 


– Ele não estava totalmente errado. – Neville disse tentando acalmar Alice.


 


– Pare de se diminuir. – Frank falou sério – Não quero mais ouvir você dizendo que as pessoas estavam certas em falar mal de você.


 


– Ok. – Neville disse escondendo um sorriso – Mas eu era bem desastrado nessa época...


 


 


 


— E ainda não inventaram um feitiço que a nossa Mione não saiba fazer — disse Hagrid orgulhoso, fazendo Mione ficar púrpura de tão corada.


 


— É uma coisa revoltante chamar alguém de...— começou Rony, enxugando a testa suada com a mão trêmula — sangue sujo, sabe. Sangue comum. É ridículo. A maioria dos bruxos hoje em dia é mestiça. Se não tivéssemos casado com trouxas teríamos desaparecido da terra.


 


 


 


– Fale isso perto da minha mãe e ela vai te chamar de traidor do sangue para baixo. – Sirius disse dando de ombros – Mas você está certíssimo, meus pais são primos, a maioria dos casamentos de sangue puro acontecem entre pessoas da mesma família, logo veremos anomalias genéticas por ai...


 


– Sabe o que sempre me impressionou? – Mione disse olhando para Rony com carinho – Você tem sangue puro, e sempre pareceu muito mais ofendido do que eu...


 


– É por que ele é uma pessoa decente. – Tiago disse sorrindo.


 


                Rony corou até as orelhas.


 


 


 


Ele teve uma ânsia de vômito e tornou a desaparecer de vista.


 


— Bem, não posso censurá-lo por querer enfeitiçar Draco — disse Hagrid alto para encobrir o barulho das lesmas que caíam na bacia. — Mas talvez tenha sido bom a sua varinha ter errado.


 


Acho que Lúcio Malfoy viria na mesma hora à escola se você tivesse enfeitiçado o filho dele. Pelo menos você não se meteu em apuros.


 


Harry teria gostado de lembrar que o apuro não podia ser pior do que ter lesmas saindo da boca, mas não pôde; os quadradinhos de chocolate de Hagrid tinham grudado seus maxilares.


 


 


 


– A culinária de Hagrid é quase tão eficiente quanto um feitiço silenciador... – Remo disse sorrindo para Tiago e Harry.


 


 


 


— Harry — disse Hagrid abruptamente como se tivesse lhe ocorrido um pensamento repentino. — Tenho uma reclamação sobre você. Ouvi falar que andou distribuindo fotos autografadas. Como é que não ganhei nenhuma?


 


Furioso, Harry desgrudou os dentes.


 


— Não andei distribuindo fotos autografadas — disse alterado. — Se Lockhart continua a espalhar este boato...


 


Mas, então, ele viu que Hagrid estava rindo.


 


— Só estou brincando — disse, dando palmadinhas amigáveis nas costas de Harry, fazendo-o enfiar a cara na mesa. — Eu sabia que não tinha dado. Eu disse a Lockhart que você não precisava fazer isso. Você é mais famoso do que ele sem fazer a menor força.


 


 


 


– Lockhart não deve ter gostado nada de ouvir isso. – Frank disse satisfeito.


 


 


 


— Aposto como ele não gostou disso — comentou Harry erguendo a cabeça e esfregando o queixo.


 


— Acho que não — respondeu Hagrid, com os olhos cintilando. — E então falei que nunca tinha lido um livro dele e ele resolveu ir embora. Quadradinhos de chocolate, Rony? — acrescentou, ao ver Rony reaparecer.


 


— Não, obrigado — disse o menino, fraco. — É melhor não.


 


— Venham ver o que andei plantando — convidou Hagrid quando Harry e Mione terminaram de beber o chá.


 


Na pequena horta nos fundos da casa havia uma dúzia das maiores abóboras que Harry já vira. Cada uma tinha o tamanho de um pedregulho.


 


— Estão crescendo bem, não acha? — perguntou Hagrid alegre. — Para a Festa das Bruxas... Até lá já devem estar bem grandes.


 


— Que é que você está pondo na terra? — perguntou Harry.


 


Hagrid espiou por cima do ombro para ver se estavam sozinhos.


 


— Bom, tenho dado, sabe, uma ajudinha...


 


Harry reparou no guarda-chuva florido de Hagrid encostado na parede dos fundos da cabana.


 


 


 


– Você devia ter tomado aulas com Hagrid sobre a melhor maneira de usar uma varinha quebrada... – Gina disse rindo para Rony.


 


– Acho que nesse caso ele seria um professor melhor do que Lockhart. – Remo completou – Ah, não, mesmo sem isso Hagrid seria um professor melhor do que Lockhart.


 


– A lula gigante seria um professor melhor do que Lockhart. – Sirius disse rindo.


 


– Uma das lesmas que Rony vomitou seria um professor melhor que Lockhart. – Tiago disse caindo na gargalhada com os amigos enquanto Alice fechava ainda mais a cara.


 


 


 


Harry sempre tivera razões para acreditar até aquele momento que aquele guarda-chuva não era bem o que parecia; na verdade, tinha a forte impressão de que a velha varinha escolar de Hagrid se escondia dentro dele. O guarda-caça fora expulso de Hogwarts no terceiro ano, mas Harry nunca descobrira a razão — era só mencionar o assunto, e ele pigarreava alto e se tornava misteriosamente surdo até que se mudasse de assunto.


 


 


 


– Acho que forte impressão não é a expressão certa nesse caso. – Remo sorriu para Harry – Está mais para certeza absoluta.


 


 


 


— Um feitiço de engorda? — perguntou Mione, num tom de quem se diverte e desaprova. — Bem, você fez um bom trabalho.


 


— Foi o que a sua irmãzinha disse — comentou Hagrid, fazendo sinal a Rony. — Encontrei-a ainda ontem — Hagrid olhou de esguelha para Harry, a barba mexendo.


 


— Ela me disse que estava só dando uma olhada pelos jardins, mas eu calculo que estava na esperança de encontrar alguém na minha casa. — E piscou para Harry. — Se alguém me perguntasse, ela é uma que não recusaria uma foto...


 


 


 


                Gina baixou os olhos imediatamente. Sabia que todos pensariam que estava com vergonha de sua paixonite infantil por Harry, mas o próprio Harry, Rony e Hermione sabiam que não era o caso, estavam todos imaginando se Gina já estaria sob controle do diário nesse momento. E pelo nome do capítulo, eles tinham certeza que sim.


 


                Rony se sentia culpado, achava que se tivesse dado mais atenção à irmã, nada disso teria acontecido, e ela nunca teria sido marcada por aquele trauma.


 


                Os outros, no entanto, estavam certos de que Hagrid estava com a razão e que não haveria qualquer outro motivo para Gina estar passeando perto da cabana de Hagrid.


 


 


 


— Ah, cala a boca — disse Harry. Rony deu uma risada abafada e o chão ficou cheio de lesmas.


 


— Cuidado! — rugiu Hagrid, puxando Rony para longe das suas preciosas abóboras.


 


Era quase hora do almoço e como Harry só comera uns quadradinhos de chocolate desde o amanhecer, estava doido para voltar à escola e almoçar. Eles se despediram de Hagrid e regressaram ao castelo. Rony tossia de vez em quando, mas só vomitou duas lesminhas.


 


Mal tinham entrado no saguão quando ouviram uma voz.


 


— Aí estão vocês, Potter, Weasley. — A Profª. McGonagall veio em direção a eles, com a cara séria. — Vocês dois vão cumprir suas detenções hoje à noite.


 


— O que nós fizemos, professora? — perguntou Rony, contendo, nervoso, um arroto.


 


 


 


– Roubaram o carro voador do seu pai e usaram para chegar à escola, foram vistos e ainda bateram no salgueiro lutador? – Frank perguntou irônico.


 


 


 


— Você vai polir as pratas na sala de troféus com o Sr. Filch. E nada de magia, Weasley, no muque.


 


Rony engoliu em seco. Argo Filch, o zelador, era detestado por todos os alunos da escola.


 


— E você, Potter, vai ajudar o Profº. Lockhart a responder as cartas dos fãs.


 


 


 


– Eu ia preferir polir as pratas! – Remo disse categórico.


 


– Eu também. – Harry suspirou.


 


 


 


— Ah, não... Professora, não posso ir também para a sala de troféus? — perguntou Harry desesperado.


 


— É claro que não — respondeu ela, erguendo as sobrancelhas. — O Profº. Lockhart fez questão de que fosse você. Oito horas em ponto, os dois.


 


Harry e Rony entraram curvados no Salão Principal, no pior estado de ânimo possível, Hermione atrás deles, com aquela expressão “Bom-vocês-desobedeceram-o-regulamento.”


 


Harry nem apreciou o empadão tanto quanto pretendera. Os dois, ele e Rony, acharam que tinham se dado muito mal.


 


— Filch vai me prender lá a noite inteira — disse Rony, com a voz deprimida. — Nada de magia! Deve ter umas cem taças naquela sala. Não entendo nada de limpeza de trouxas.


 


— Eu trocaria com você numa boa — disse Harry num tom calmo. — Treinei um bocado com os Dursley. Responder as cartas dos fãs de Lockhart... Ele vai ser um pesadelo...


 


 


 


– Pena de você... – Frank disse encarando Harry e fazendo Alice ficar ainda mais irritada.


 


 


 


— Ah, aqui temos o bagunceiro! — exclamou. — Entre, Harry — Rebrilhando nas paredes, à luz das muitas velas, havia uma quantidade de fotografias emolduradas de Lockhart. Havia até algumas autografadas. Outra grande pilha aguardava sobre a mesa.


 


— Você pode endereçar os envelopes! — disse Lockhart a Harry como se isso fosse um prêmio. — O primeiro vai para Gladys Gudgeon, que Deus a abençoe, uma grande fã minha...


 


Os minutos se arrastaram. Harry deixou a voz de Lockhart passar por ele, respondendo ocasionalmente "Hum" e "Certo" e "Sim". Vez por outra, ele captava uma frase do tipo "A fama é um amigo infiel, Harry" ou "A celebridade é o que ela faz, lembre-se disto".


 


As velas foram se consumindo, fazendo a luz dançar sobre os muitos rostos de Lockhart que o observavam. Harry estendeu a mão dolorida para o que lhe pareceu ser o milésimo envelope, e escreveu o endereço de Veronica Smethley. Deve estar quase na hora de sair pensou Harry infeliz, por favor, tomara que esteja quase na hora...


 


 


 


– A hora nunca passa rápido o bastante quando estamos fazendo algo desagradável... – Tiago murmurou para Harry fazendo Lily dar um meio sorriso em concordância.


 


 


 


Então ele ouviu uma coisa — uma coisa muito diferente do ruído das velas que espirravam já no finzinho e a tagarelice de Lockhart sobre os fãs.


 


Foi uma voz, uma voz de congelar o tutano dos ossos, uma voz venenosa e gélida de tirar o fôlego.


 


 Venha... Venha para mim... Me deixe rasgá-lo... Me deixe rompê-lo... Me deixe matá-lo...


 


 


 


– Isso não é nada bom... – Sirius comentou nervoso.


 


– Se juntarmos isso ao nome do livro temos uma situação bem complicada. – Remo concordou pensativo.


 


– Sou boba demais por esperar que Harry nunca chegue a entrar na câmara secreta ou a encontrar o monstro? – Lily cochichou para Tiago, e foi imediatamente abraçada.


 


– Parece que ele é um imã para problemas. – Tiago cochichou para Lily e deu um suspiro profundo.


 


 


 


Harry deu um enorme pulo e, com isso, fez aparecer um enorme borrão na Rua de Veronica Smethley.


 


— Que! — exclamou em voz alta.


 


— Eu sei! — disse Lockhart. — Seis meses inteiros encabeçando a lista dos livros mais vendidos! Bati todos os recordes!


 


— Não — disse Harry assustado. — Essa voz!


 


— Perdão? — disse Lockhart, parecendo intrigado. — Que voz?


 


— Aquela, a voz que disse, o senhor não ouviu?


 


Lockhart estava olhando para Harry muito surpreso.


 


— Do que é que você está falando, Harry? Talvez você esteja ficando com sono? Nossa, olhe só a hora! Estamos aqui há... quase quatro horas! Eu nunca teria acreditado, o tempo voou, não acha?


 


 


 


– Lockhart não escutou... – Tiago murmurou pensativo – Não acho que ele esteja mentindo...


 


– Então a tal voz invisível é uma voz que só Harry consegue ouvir? – Remo concordou seguindo o raciocínio de Tiago.


 


– Que tipo de voz apenas uma pessoa pode ouvir? – Sirius perguntou.


 


                Harry, Rony e Hermione trocaram um olhar, eles estavam raciocinando muito mais próximos à realidade do que imaginavam.


 


– Então é alguém que só consegue se comunicar com Harry? – Lily perguntou.


 


– Ou algo. – Tiago disse de repente.


 


 


 


Harry não respondeu. Apurava os ouvidos para captar novamente a voz, mas não havia som algum exceto Lockhart a lhe dizer que não devia esperar uma moleza como aquela todas as vezes que pegasse uma detenção. Sentindo-se atordoado, Harry foi-se embora.


 


Era tão tarde que a sala comunal da Grifinória estava quase vazia.


 


Harry subiu direto ao dormitório. Rony ainda não voltara. Harry vestiu o pijama, meteu-se na cama e esperou. Meia hora depois, Rony apareceu, aconchegando o braço direito e trazendo um forte cheiro de liquido de polimento para o quarto escuro.


 


— Os meus músculos estão em cãibra — gemeu, afundando-se na cama. — Catorze vezes ele me fez dar brilho naquela taça de Quadribol antes de ficar satisfeito. E tive mais um acesso de lesmas em cima de um prêmio especial por serviços prestados à escola. Levou séculos para retirar as lesmas... Como foi com o Lockhart?


 


Em voz baixa para não acordar Neville, Dino e Simas, Harry contou a Rony exatamente o que ouvira.


 


— E Lockhart disse que não estava ouvindo nada? — perguntou Rony. Harry podia até vê-lo franzindo a testa ao luar. — Você acha que ele estava mentindo? Mas não entendo, mesmo alguém invisível teria tido que abrir a porta.


 


— Eu sei — disse Harry, recostando-se na cama de colunas e fixando o olhar no dossel. — Eu também não entendo.


 


 


 


– Isso é um pouco aterrorizador. – Alice comentou finalmente abandonando a cara feia pelas críticas feitas a Lockhart.


 


– Você não consegue ficar longe de encrencas? – Remo perguntou a Harry com carinho.


 


– Você nem imagina... – Rony murmurou para Hermione.


 


– Vamos passar pro próximo capítulo logo, – Tiago disse ansioso indicando que Remo pegasse o livro logo – quero saber mais sobre essa voz...


 


                Remo estendeu a mão para Severo e pegou o livro.


 


– Capítulo VIII – A festa de aniversário de morte.


 


 

                                                                  ~~ x ~~  


Olá leitores mais queridos! Sei que prometi que postaria no sábado, mas minha irmã mais nova pediu para eu passar o fim de semana com ela, e acabei não resistindo.
Queria saber se vocês já leram Hunger Games, se leram, o que acharam? Nunca me interessei em ler, nem assistir o filme, mas ontem acabei lendo a sinopse e sei lá, me deu vontade de ler, mas queria saber o que vocês acharam antes de gastar dinheiro comprando eles.
sasa lovegood: Fiquei muito feliz com seu comentário no Natal Weasley, essa fic é uma das minhas favoritas, fico muito feliz em saber que gostou, e também, fiquei feliz e surpresa em ver seu comentário em Defying Gravity, essa fic escrevi tem tempo, foi uma das minhas primeiras publicadas. Fico feliz que tenha gostado! Contanto que não me abandone, tudo bem demorar um pouco para comentar, hehe. O Remo tem muita raiva do Lockhart, tanto por eles se conhecerem da época de Hogwarts, e o Remo achar ele um metido babaca, quanto por ele ser professor de DCAT, que é o que ele mais queria na vida. Ai ele fica meio irritado de ver as garotas em cima dele.
Mione Weasley Granger: Obrigada pelo comentário! Fico feliz que tenha gostado! Espero te ver comentando sempre.
Clenery Aingremont: Provavelmente vou fazer isso mesmo. Um capítulo final falando como o futuro estava. E vou deixar eles lerem o epílogo, isso eu já decidi... Mas se fosse escrever outra fic, não ia colocar os marotos destruindo as horcruxes, ia fazer diferente, eles não devem mudar tudo, só algumas coisinhas essenciais, mas o Harry continuaria sendo “o menino que sobreviveu”... Nunca ouvi falar desse livro, mas vou procurar.
Li Everllark: Como respondi para a Clenery ali em cima, eu de qualquer maneira não ia colocar os marotos para destruir as horcruxes, isso para mim é o “trabalho” do Harry. No meu final, o Harry deve continuar sendo o “menino que sobreviveu”.
Luiza Snape: O Lockhart é um babacão!
Day Caracas: Ele é um dos personagens mais chatos para mim, só perde para Umbridge. Achei Morte Súbita muito bom! Mas demorei muito para ler também, ele estava aqui em casa há meses, mas não tinha coragem de ler, tinha medo da JK me decepcionar, mas ela não me decepcionou! A Clenery também me falou desse A Seleção, vou procurar ele depois!
Maria Eduarda Rieg Weasley: A Alice vai merecer ser zuada, não que ela vá ser má, mas ela as vezes se deixa levar fácil demais. Esse deve ser o livro que vai fazer a Gina sofrer mais. Sobre as Crônicas de gelo e fogo, já tive curiosidade de ler, mas Percy Jackson nunca quis mesmo...
Gi Molly Weasley: Que legal, eu tenho uma irmã fisioterapeuta. O final do Chamado do Cuco realmente me surpreendeu... Vou procurar Charlotte Street, A culpa é das estrelas já ouvi falar...
Guilherme L.: Na verdade eu sou muito insegura, não sei como tive coragem de começar a postar essa série de fics... Quanto à quantidade de fics, eu escrevo várias ao mesmo tempo, não consigo não escrever, por exemplo, eu tenho uma de TWD, as vezes eu ando pela cidade e me da uma ideia para a fic, ai quando chego em casa só quero escrever Walking Dead, e fico sem ideia para HP, tenho também outras fics de HP que a inspiração simplesmente surge. Eu tenho que escrever o que minha inspiração manda na hora.
HaryJ.Potter: Vou esperar seu comentário nas outras então. Fico feliz que tenha gostado do capítulo!
Clara Black Potter: Também nunca gostei de Lockhart, sempre achei ele metido demais para ser algo bom. Quanto à Alice, vai demorar um bocado para ela perceber quão boba ela está sendo, isso ainda vai render bastante. PdA também é um dos meus favoritos, mas dos três que escrevi até agora, ele está sendo o mais difícil, estou tendo que tomar muito cuidado com as reações deles, por que nesse momento elas implicam muito no futuro da fic, mas eu vou conseguir!
IzabelR: Para mim o Tiago sempre foi muito esperto também, é claro que ele é inteligente, ninguém se tornaria animago aos 15 anos se não fosse extremamente inteligente. Mas ele tem uma percepção mais apurada do que os outros, talvez seja um dom especial dele. Queria que a JK escrevesse um livro sobre os marotos, só para eu poder conhecê-los melhor. A cada livro o Snape vai se desenvolver um pouco mais.
Viih Lovegood: O Lockhart é patético, já a Umbridge é odiosa mesmo. A história da Alice com o Lockhart está mais para aquelas paixonites infantis, ela endeusou ele quando ela era mais nova, e agora ela não consegue enxerga-lo como a pessoa que ele realmente é. A Mione realmente está se sentindo muito boba. Esse é o livro mais difícil para a Gina, e em alguns pontos para o Rony também. Já estou praticamente decidida a fazer o epílogo.
 


Estou muito feliz em ver todos vocês comentando! Vocês fazem meu dia! Devo postar de novo na quarta! Não deixem de comentar, até logo!


 

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Comentários (15)

  • Maria Eduarda Rieg Weasley

    Jogos Vorazes e mto bom recomendo!mais um capitulo exelente! 

    2014-01-18
  • Bia Ginny Potter

    ~leitora nova~ Eu já acompanhava uma fic daqui, mas como ela tb se encontrava em outro site eu n precisei fazer conta pra comentar, daí eu resolvi explorar um pouco o site e achei vc! Passei a madrugada lendo (n é normal me ver de madrugada no pc), fiz uma conta e aqui estou pra dizer q está mt foda! Deve ter dado um trabalhão escrever, paciência e talento q eu n teria... Mal consigo reler os livros sem pular algumas partes (tipo as do Lockhart ¬¬). Eu realmente quero saber aonde isso tudo vai levar, mas confesso q estou mais ansiosa pra ver as reações dos personagens em algumas cenas em particular, tipo ver a Gina completamente vermelha qdo Tom falar sobre oq ela contava no diário ou no Prisioneiro de Azkaban quando falaram pq o Sirius foi preso (os ânimos ficarão alterados) e até aguardo ansiosamente a Alice finalmente perceber q o Lockhart é um idiota. Tem tanta coisa q eu aguardo pela reação dos marotos... Além de tudo ainda tem as coisas q agt relembra e os detalhes q eu n tinha prestado atenção antes. Os personagens são bem trabalhados, do jeito q eu os imagino, juro solenemente que irei te acompanhar até as Relíquias da Morte. Ah, eu fui conferir o natal weasley, altas emoções :') gostei bastante. Quanto a THG: é legalzinho, mostra bem as consequências de um governo FDP, só n curti o final, achei inconscistente, mas é digerível. A única personagem bem construída é a Katniss (e isso n me faz cair de amores por ela), alguns outros são malemá bem feitinhos, mas maioria é genérico mesmo. Vale ler pela ótima mensagem q o livro passa, a autora conseguiu expressar bem durante os 3 livros e eu acho essa ideia q ela trás bem interessante.

    2014-01-15
  • Day Caracas

    Ameiiiii. Sinto muito Lily, mas o unico ano que Harry não arrumou "muita" confusão foi o terceiro, então você tem um bocado para le. RsrsrsVocê TEM que le Jogos Vorazes e Percy Jackson, tenho todos os livros são INCRIVEIS, PERFEITOS, MARAVILHOSOS, principalmente PJ, ^-^é totalmente diferente do filme se você que saber, depois de Harry Potter são as minhas favoritas. E a Seleção é otima, li a pouco tempo, mas me apaixonei.Ate o proximo 

    2014-01-15
  • Guilherme L.

    Aah, entendo, o fato de uma ideia surgir do nada já aconteceu comigo. Mas alguns autores não conseguem manter o ritmo quando escrevem várias fics na mesma hora e isso acaba prejudicando todas elas. Você tem uma fic de TWD? Nunca li nenhuma, nem imagino como deve ser, haha, a fic começa aonde? Ah, quanto a Hunger Games eu achei um livro bem mediano, bem mediano mesmo...apesar da maioria esmagadora das pessoas adorar. O segundo livro é quase uma réplica do primeiro e achei que a autora não conseguiu desenvolver muito bem os personagens, mas eu dou uma nota 7,5 porquê a ideia dela foi excelente, o livro prendeu minha atenção até o final mas quando eu acabei eu meio que pensei "Tá...é isso,então?" Tá bem atrás de HP, GoT, Percy Jackson, Eragon e Senhor Dos Aneís pra mim, mas talvez ficasse no meu top 10 de séries.

    2014-01-14
  • HarryJ.Potter

    adorei o capitulo, a alice com raiva é mto engraçado kkk.

    2014-01-14
  • Dani Evans Potter

    nossa adorei , consegui minha internet de volta , entao vou voltar a comentar sempre !achei que voce tornou o capitulo muito interresante , já que eu nao gosto muito desse livro , acho muito chato >< kk mais entao tava vendo algumas respostas dos comentarios , e voce falo que o seu plano é deixar o harry como 'o menino que sobreviveu' entao voce vai matar o james e a lily ? ou tem alguma outra ideia brilhante na sua linda cabecinha ? kk ate o proximo XOXO 

    2014-01-14
  • Luiza Snape

    Sim!!! E o Snape arrependido de ter xingado a Lily.  

    2014-01-14
  • JuanZ

    Desculpa ter passado esse tempo todo sem comentar. Estava viajando e onde fiquei não tinha internet, mas agora já li todos os capítulos que perdi. Adorei a parte em que eles ficam falando todas as coisas que seriam um professor melhor que Lockhart, achei a cara dos Marotos isso. Eu nunca li the Hunger Games, mas tenho curiosidade de ler, se você ler me conta o que achou depois! Vou ler o chamado do cuco só por que você disse que é bom!

    2014-01-14
  • ste_panza

    Outro capítulo incrível!!!Só sua fic pra me fazer ligar o notebook 1:30 da manhã, tendo que acordar cedo no mesmo dia... hahahahahhahaOMG, fiquei imaginando quando a Alice vai dar o braço a torcer quanto ao Lockhart...  Como que surgiu a ideia para essas fics!?!? Porque, puxa, elas estão perfeitas demaais e direto me faz pensar em algo como: "Puxa, imagina a reação deles com tal cena? A Lily vai surtar."  

    2014-01-13
  • LuLu Weasley Potter

    DESCUPA POR NÃO COMENTAR NO CAP ANTERIOR..MINHA SOBRINHA TA PASSANDO UM TEMPINHO AKI EM CASA, AI JA VIU NÉ, ELA TEM PILHA DURACEL...ME DEIXA DOIDINHA...MAS EU LI O CAP E AMEI, TANTO O OUTRO QUANTO ESSE...EU JA LI OS TRE LIVROS DE JOGOS VORAZES, MUITO BOA A SAGA...O QUE MAIS ME SURPREENDEU FOI QUE NOS FILMES  TEVE MUITAS POUCAS ALTERAÇÕES, FOI BEM FIEL AO LIVRO...VC POSTOU O CAP DUPLICADO...FIQUEI ATE UM POUCO CONFUSA...DEI MUITA RISADA COM O HAGRID FALANDO DA GINA PROCURAR O HARRY NO JARDIM...SUPER ANIMADA PELO CAP DO POEMA...ATÉ HJ FICO CURIOSA PRA SABER SE REALMENTE FOI A GINA QUEM MANDOU...NO LIVRO SÓ APARECE O DRACO TIRANDO SARRO DELA E ELA FUGINDO... 

    2014-01-13
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