Na Floreios e Borrões



– Na Floreios e Borrões.


– Pelo visto esse será um capítulo chato... – Sirius disse bocejando.


– Só por que o nome do capítulo é o nome da livraria? – Remo perguntou bufando para Sirius.


– Não por isso, – Sirius disse dando de ombros – também gosto de livros, mas um capítulo sobre uma livraria não pode ser muito divertido...


– Talvez você esteja enganado. – Frank comentou – Até agora não teve nenhum capítulo chato...


 


A vida na Toca era a mais diferente possível da vida na Rua dos Alfeneiros. Os Dursley gostavam de tudo limpo e arrumado; a casa dos Weasley era cheia de coisas estranhas e inesperadas. Harry teve um choque na primeira vez que se mirou no espelho sobre o console da lareira da cozinha, pois o espelho gritou:


"Ponha a camisa para dentro, seu desleixado!”


 


– Nunca use esse espelho. – Gina disse rindo – Mamãe o enfeitiçou para vigiar a gente.


 


O vampiro no sótão uivava e derrubava canos, sempre que sentia que a casa estava ficando demasiado quieta, e as pequenas explosões que vinham do quarto de Fred e Jorge eram consideradas perfeitamente normais.


 


– Pequenas explosões? – Lily perguntou desconfiada.


– Devem estar inventando alguma coisa... – Sirius disse sorrindo.


– Ou gostam de chamar atenção... – Alice disse dando de ombros.


 


Porém, o que Harry achou mais fora do comum na vida em casa de Rony não foi o espelho falante nem o vampiro baterista: mas o fato de que todos pareciam gostar dele.


 


– É claro que todos gostam de você. – Rony disse sorrindo.


– Você é um ótimo amigo. – Hermione completou.


 


A Sra. Weasley se preocupava com o estado das meias dele e tentava forçá-lo a repetir a comida três vezes por refeição. O Sr. Weasley gostava que Harry se sentasse ao lado dele, na mesa do jantar, para poder bombardeá-lo com perguntas sobre a vida com os trouxas, pedindo-lhe para explicar como funcionavam coisas como as tomadas e o correio postal.


— Fascinante! — exclamou, quando Harry lhe contou como se usava o telefone. — Engenhoso, verdade, quantas maneiras os trouxas encontraram de viver sem o auxílio da magia.


 


– Mas para ter o trabalho que seu pai tem, – Alice perguntou confusa – ele deve ter tido que fazer N.I.E.M’s de Estudo dos Trouxas...


– Na época dele em Hogwarts ainda não estudavam telefones em Estudo dos Trouxas. – Gina explicou dando de ombros.


 


No instante em que viu Harry, Gina sem querer derrubou a tigela de mingau no chão fazendo um estardalhaço. A garota parecia muito propensa a derrubar coisas sempre que Harry entrava. Ela mergulhou debaixo da mesa para apanhar a tigela e reapareceu com o rosto rubro como um sol poente.


 


                Gina baixou os olhos, completamente constrangida, enquanto Lily e Alice tentavam abafar risinhos e Remo, Sirius e Tiago riam descaradamente.


 


Harry fingindo não notar, sentou-se e aceitou a torrada que a Sra. Weasley lhe oferecia.


— Cartas da escola — disse o Sr. Weasley, passando a Harry e Rony envelopes idênticos de pergaminho amarelado, endereçados com tinta verde. — Dumbledore já sabe que você está aqui, Harry, ele não perde um detalhe, aquele homem. Vocês dois também receberam — acrescentou ele, quando Fred e Jorge entraram descontraídos, ainda de pijamas.


Durante alguns minutos fez-se silêncio enquanto todos liam as cartas. A de Harry mandava-o tomar o Expresso de Hogwarts como sempre na estação de King’s Cross, no dia 1º de setembro. Trazia também uma lista dos novos livros que ia precisar para o próximo ano letivo.


MATERIAL PARA OS ALUNOS DA SEGUNDA SÉRIE:


• O Livro Padrão de feitiços, 2ª série de Miranda Goshawk.


• Como dominar um espírito agourento de Gilderoy Lockhart.


• Como se divertir com vampiros de Gilderoy Lockhart.


• Férias com bruxas malvadas de Gilderoy Lockhart.


• Viagens com trasgos de Gilderoy Lockhart.


• Excursões com vampiros de Gilderoy Lockhart.


• Passeios com lobisomens de Gilderoy Lockhart.


• Um ano com o Ieti de Gilderoy Lockhart.


 


– Por que esse tapado escreveu todos esses livros? – Sirius perguntou indignado.


– E são todos sobre criaturas das trevas. – Frank disse relendo a lista.


– Ele não teria capacidade para escrever esses livros. – Tiago revirou os olhos.


– O pior é, que tipo de professor usa os livros de Lockhart como livro texto? – Remo perguntou revoltado.


– Deve ser alguma bruxa apaixonadinha por ele. – Sirius debochou.


– Devem ser livros bons! – Alice disse na defensiva – Se não o professor não escolheria.


– Duvido. – Tiago disse categórico, e até mesmo Severo teve que concordar com ele.


 


Fred, que terminara de ler a lista, deu uma espiada na de Harry.


— Mandaram você comprar todos os livros de Lockhart também! — admirou-se. — O novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas deve ser fã dele, aposto que é uma bruxa.


Ao dizer isto, o olhar de Fred cruzou com o de sua mãe e ele rapidamente voltou a atenção para a sua geleia.


— Esse material não vai sair barato — comentou Jorge, lançando um olhar rápido aos pais. — Os livros de Lockhart são bem carinhos...


— Daremos um jeito — disse a Sra. Weasley, embora tivesse a expressão preocupada. — Espero poder comprar a maioria do material de Gina de segunda mão.


 


                Rony e Gina estavam ocupados demais encarando os próprios pés para perceber a troca de olhares constrangidos entre Tiago e Sirius.


 


— Ah, você vai entrar para Hogwarts este ano? — perguntou Harry a Gina.


Ela confirmou com a cabeça, corando até a raiz dos cabelos flamejantes e enfiou o cotovelo na manteigueira.


 


Gina suspirou, esse livro seria o mais difícil para ela, além de tudo o que aconteceu, ainda tinha as partes em que ela fazia coisas constrangedoras por causa de sua paixão por Harry.


 


Felizmente ninguém viu exceto Harry porque, naquele momento, o irmão mais velho de Rony, Percy, entrou na cozinha. Já estava vestido, o distintivo de monitor em Hogwarts preso no suéter sem mangas.


 


– Ele usa o distintivo nas férias? – Sirius debochou – Que panaca!


                Rony e Gina caíram na gargalhada, assim como os outros.


 


— Dia — disse Percy animado. — Lindo dia.


Sentou-se na única cadeira desocupada, mas quase imediatamente levantou-se de um salto, erguendo do assento um espanador de penas cinzentas que parecia estar na muda — pelo menos foi isso que Harry pensou que fosse, até ver que a coisa respirava.


— Erroll — exclamou Rony, recolhendo a coruja inerte da mão de Percy e extraindo uma carta que ela trazia presa sob a asa. — Finalmente chegou a resposta de Hermione. Escrevi a ela avisando que íamos tentar salvar você dos Dursley.


Ele levou Errol até um poleiro na porta dos fundos e tentou fazê-lo encarrapitar-se, mas a coruja tornou a desmontar, por isso Rony a deitou na tábua de escorrer, resmungando "Patético". Em seguida ele abriu a carta de Mione e leu-a em voz alta.


 


– Acho que essa coruja não devia mais viajar... – Neville disse temendo pela integridade física da coruja.


 


“Queridos Rony e Harry, se estiver aí.


Espero que tudo tenha corrido bem, que Harry esteja bem e que você não tenha feito nada ilegal para tirá-lo de lá, Rony, porque isso criará problemas para o Harry também. Tenho estado realmente preocupada e, se Harry estiver bem, por favor, mande me dizer logo, mas talvez seja melhor usar outra coruja, porque acho que mais uma entrega talvez mate essa.


Estou muito ocupada, estudando, é claro...”


— Como é que pode! — exclamou Rony horrorizado. — Estamos de férias!


“E vamos a Londres na próxima quarta-feira comprar os livros novos. Porque não nos encontramos no Beco Diagonal?


Mande notícias do que está acontecendo, assim que puder. Afetuosamente, Mione”.


— Bom, isso se encaixa perfeitamente. Podemos ir comprar todo o material de vocês, também — disse a Sra. Weasley, começando a tirar a mesa. — Que é que vocês estão planejando fazer hoje?


Harry, Rony, Fred e Jorge estavam pensando em subir o morro até um pequeno prado que pertencia aos Weasley. Era cercado de árvores que bloqueavam a visão da cidadezinha embaixo, o que significava que podiam praticar Quadribol lá, desde que não voassem muito alto. Não podiam usar bolas de Quadribol de verdade, pois seria difícil explicar se escapulissem e sobrevoassem a cidade; em vez disso, atiravam maçãs uns para os outros.


 


– Eles podiam simplesmente enfeitiçar as maçãs. – Tiago murmurou.


– Eles não podiam, estavam de férias, – Lily disse revirando os olhos – você sabe que eles não podiam fazer magia fora da escola.


– Se eles fizessem, iam achar que foi a mãe ou o pai deles, – Sirius disse – só podem identificar magia ao redor do menor, não podem definir quem foi. – Sirius completou – Já dissemos isso...


– Nós não sabíamos disso. – Rony disse dando de ombros.


– Fred e Jorge sabiam. – Gina disse sorrindo. – Eles viviam fazendo magias no quarto, só não deixavam mamãe perceber.


 


Revezaram-se para montar a Nimbus 2000 de Harry, que era, sem nenhum favor, a melhor vassoura; a velha Shooting Star de Rony muitas vezes perdia na corrida para as borboletas que apareciam.


 


– Uma Shooting Star nova não é ruim, ela vai perdendo velocidade a medida que envelhece... – Tiago começou a falar, mas parou antes que Lily ou Remo tivessem oportunidade de enfeitiça-lo.


 


Cinco minutos depois os garotos estavam subindo o morro, as vassouras nos ombros.


Tinham perguntado a Percy se queria acompanhá-los, mas ele respondera que estava ocupado. Harry até ali só tinha visto Percy às refeições; ele passava o resto do tempo trancado no quarto.


— Gostaria de saber o que ele está aprontando — disse Fred, franzindo a testa. — Está tão mudado. O resultado das provas dele chegou um dia antes de você; doze N.O.M.s e ele nem cantou vitória.


— Níveis Ordinários em Magia — explicou Jorge, vendo o olhar intrigado de Harry. — Gui recebeu doze também. Se não nos cuidarmos vamos ter outro monitor-chefe na família. Acho que não iríamos suportar a vergonha.


Gui era o filho mais velho dos Weasley. Ele e o irmão logo abaixo, Carlinhos, já tinham terminado Hogwarts. Harry nunca vira nenhum dos dois, mas sabia que Carlinhos estava na Romênia estudando dragões e Gui, no Egito, trabalhando no banco dos bruxos, o Gringotes.


— Não sei como mamãe e papai vão poder comprar todo o nosso material escolar este ano — disse Jorge depois de algum tempo. — Cinco conjuntos de livros do Lockhart! E Gina precisa de vestes, uma varinha e todo o resto...


Harry não disse nada. Sentiu-se um pouco constrangido. Guardado no cofre subterrâneo do Banco de Gringotes, em Londres, havia uma pequena fortuna que seus pais lhe haviam deixado.


 


– Você não precisava se sentir constrangido... – Rony disse encarando Harry. – Ninguém tem culpa de nascer rico, nem de nascer pobre.


– Eu preferia não ter nenhum sicle e ter minha família. – Harry suspirou, sempre tivera um pouco de inveja de Rony nesse sentido.


                Tiago e Lily se entreolharam pesarosos.


 


Naturalmente, era somente no mundo dos bruxos que ele tinha dinheiro; não se podia usar galeões, sicles e nuques em lojas de trouxas. Ele nunca mencionara aos Dursley sua conta no Banco de Gringotes, pois achava que o horror que eles tinham à magia não se estenderia a um montão de ouro.


A Sra. Weasley acordou-os bem cedo na quarta-feira seguinte. Depois de comerem rapidamente uma dúzia de sanduíches de bacon cada um, eles vestiram os casacos e a Sra. Weasley apanhou um vaso de flor no console da cozinha e espiou dentro dele.


— Estamos com o estoque baixo, Arthur — suspirou. — Teremos que comprar mais hoje...


— Ah, muito bem, hóspedes primeiro! Pode começar, Harry querido!


E ela lhe ofereceu o vaso de flor.


Harry olhou para os Weasley, que o observavam.


 


– Harry nunca tinha usado pó de flu... – Alice disse preocupada.


– Isso pode ser perigoso. – Remo concordou.


 


— Q-que é que eu tenho que fazer? — gaguejou.


— Ele nunca viajou com Pó de Flu — disse Rony de repente. — Desculpe Harry, eu me esqueci.


— Nunca? — admirou-se o Sr. Weasley. — Mas como foi que você chegou ao Beco Diagonal para comprar seu material escolar no ano passado?


— Fui de metrô...


— Verdade? — exclamou o Sr. Weasley animado. — Havia escapadas rolantes? Como é que...


— Agora não, Arthur — disse a Sra. Weasley. — O Pó de Flu é muito mais rápido, querido, mas meu Deus, se você nunca o usou antes...


— Ele vai conseguir, mamãe — disse Fred. — Harry observe a gente primeiro.


Fred apanhou uma pitada de pó brilhante no vaso de flor, foi até a lareira e atirou o pó no fogo.


Com um rugido, as chamas ficaram verde-esmeralda e mais altas do que Fred, que entrou nelas e gritou "Beco Diagonal!” e desapareceu.


— Você precisa falar bem claro, querido — disse a Sra. Weasley a Harry quando Jorge mergulhou a mão no vaso. — E se certifique se está saindo na grade certa...


— Na o quê certa? — perguntou Harry nervoso enquanto as chamas rugiam e arrebatavam Jorge de vista.


— Bem, há um número enorme de lareiras de bruxos para você escolher, sabe, mas se você falar com clareza...


— Ele vai acertar, Molly, não se preocupe — disse o Sr. Weasley, servindo-se de Pó de Flu, também.


 


– Isso não vai dar certo. – Neville disse preocupado.


 


— Mas, querido, se ele se perder, como é que iríamos explicar à tia e ao tio dele?


— Eles não se importariam — tranquilizou-a Harry. — Duda ia achar que teria sido uma piada genial se eu me perdesse dentro de uma lareira, não se preocupe.


— Bem... Está bem... Você vai depois de Arthur — disse a Sra. Weasley. — Agora, quando entrar no fogo, diga aonde vai...


— E mantenha os cotovelos colados ao corpo — aconselhou.


— E os olhos fechados — recomendou a Sra. Weasley. — A fuligem...


— Não se mexa — disse Rony. — Ou pode acabar caindo na lareira errada... Mas cuidado para não entrar em pânico e sair antes da hora. Espere até ver Fred e Jorge.


 


– Ele vai ficar confuso com todas essas informações ao mesmo tempo. – Lily disse com um suspiro.


 


Harry, fazendo força para guardar tudo isso na cabeça, apanhou uma pitada de Pó de Flu e avançou até a beira do fogo. Inspirou profundamente, lançou o pó nas chamas e entrou; o fogo lhe lembrou uma brisa morna; ele abriu a boca e imediatamente engoliu um monte de cinzas quentes.


— B-be-co Diagonal — tossiu.


 


– Isso não vai dar certo! – Sirius disse revirando os olhos.


 


A sensação de estar sendo sugado por um enorme ralo. Ele parecia estar girando muito rápido.
O rugido em seus ouvidos era ensurdecedor... E tentou manter os olhos abertos, mas o rodopio das chamas verdes lhe dera enjoo... Uma coisa dura bateu no seu cotovelo e ele o prendeu com firmeza junto ao corpo, sempre girando... Agora a sensação era de mãos geladas esbofeteando seu rosto... Apertando os olhos por trás dos óculos ele viu uma sucessão de lareiras indistintas e relances de aposentos além...


Os sanduíches de bacon reviravam em sua barriga... Ele tornou a fechar os olhos desejando que aquilo parasse e então... Caiu de cara no chão, em cima de uma pedra fria e sentiu a ponta dos óculos se partir.


 


– Ele não deve ter saído no beco diagonal... – Tiago disse preocupado – Espero que não tenha ido longe...


 


Tonto e machucado, coberto de fuligem, ele se levantou desajeitado, segurando os óculos partidos na frente dos olhos. Estava totalmente sozinho, mas onde estava ele não fazia ideia.
Só sabia dizer que estava de pé numa lareira de pedra, em um lugar que parecia ser uma loja de bruxo grande e mal iluminada — mas nada que havia ali tinha a menor probabilidade de aparecer numa lista de material escolar de Hogwarts.


Um mostruário próximo continha uma mão murcha em cima de uma almofada, um baralho manchado de sangue e um olho de vidro arregalado. Máscaras diabólicas o espiavam das paredes, uma variedade de ossos humanos jazia sobre o balcão e instrumentos pontiagudos e enferrujados pendiam do teto, e o que era pior, a rua estreita e escura que Harry via pela vitrine empoeirada da loja decididamente não era Beco Diagonal.


 


– Ele caiu na travessa do tranco. – Remo disse preocupado.


– Parece que na Borgin & Burkes... – Sirius disse sombrio.


– Como você sabe? – Lily perguntou espantada.


– Minha mãe costumava me levar com ela para fazer compras... – Sirius suspirou pesaroso.


                Alice, Frank, Lily e Neville encararam Sirius com pena.


 


Quanto mais cedo saísse dali melhor. Com o nariz ainda doendo por causa da batida na lareira, Harry se encaminhou depressa e silenciosamente para a porta, mas antes que cobrisse metade da distância, duas pessoas apareceram do outro lado da vitrine — e uma delas era a última pessoa que Harry queria encontrar estando perdido, coberto de fuligem, com os óculos partidos: Draco Malfoy.


 


– Deve estar com Lucio... – Sirius disse pensativo – Os Malfoy fazem o tipo de gente que frequenta a loja do Borgin.


 


Harry olhou depressa a toda volta e viu um grande armário preto à esquerda; correu para ele e se fechou dentro, deixando apenas uma frestinha na porta para espiar.


 


– Não faria isso se fosse você. – Sirius disse olhando para Harry pesaroso. – Até os armários nessa loja podem estar amaldiçoados.


                Harry, Rony, Hermione, Gina e Neville suspiraram.


 


Segundos depois, uma sineta tocou e Malfoy entrou na loja.


O homem que entrou atrás dele só podia ser o pai. Tinha a mesma cara fina e pontuda e olhos idênticos, frios e cinzentos.


O Sr. Malfoy andou pela loja examinando descansadamente os objetos expostos e tocou uma campainha em cima do balcão antes de se virar para o filho e dizer:


— Não toque em nada, Draco.


Malfoy, que esticara a mão para o olho de vidro, retrucou:


— Pensei que você ia me comprar um presente.


 


– Esse garoto tem sérios problemas mentais se quer um presente dessa loja. – Remo suspirou.


 


— Eu disse que ia lhe comprar uma vassoura de corrida — disse o pai tamborilando no balcão.


— De que me serve uma vassoura se não faço parte do time da casa? — respondeu Malfoy, com a cara amarrada. — Harry Potter ganhou uma Nimbus 2000 no ano passado. Permissão especial de Dumbledore para ele poder jogar pela Grifinória. Ele nem é tão bom assim, só que é famoso... Famoso por ter uma cicatriz idiota na testa...


Malfoy se abaixou para examinar uma prateleira cheia de crânios.


— Todo mundo acha que ele é tão sabido, o maravilhoso Potter com sua cicatriz e sua vassoura...


— Você já me contou isso no mínimo dez vezes — disse o Sr. Malfoy, com um olhar de censura para o filho. — E gostaria de lembrar-lhe que não é, prudente, demonstrar que não gosta de Harry Potter, não quando a maioria do nosso povo acha que ele é o herói que fez o Lord das Trevas desaparecer... Ah, Sr. Borgin.


 


– Ensinando o filho a ser falso e a se safar desde pequeno. – Tiago bufou.


 


Um homem curvado aparecera atrás do balcão, alisando os cabelos untados de óleo para afastá-los do rosto.


— Sr. Malfoy, que prazer revê-lo — disse o Sr. Borgin untuoso como os seus cabelos. — Encantado, e o jovem Malfoy, também, encantado. Em que posso servi-los? Preciso lhes mostrar, chegou hoje, e a um preço muito módico...


— Não vou comprar nada hoje, Sr. Borgin, vou vender — disse o Sr. Malfoy.


 


– Borgin odeia comprar. – Sirius disse rindo soturno – Sempre avalia as peças por baixo. Minha mãe está sempre discutindo com ele. – Sirius completou – Ele pensa que minha mãe não sabe o valor de seus “pequenos objetos”.


– Sua mãe possui objetos das trevas? – Lily perguntou preocupada.


– Toda a minha família. – Sirius disse sombrio. – Minha tia Druella deu a minha mãe um porta guarda-chuvas que costumava ser uma perna de trasgo em um natal...


– Que presente... – Lily hesitou – Simpático?


– Comparado ao resto das coisas que minha tia costuma mandar para minha mãe, – Sirius disse rindo – esse pode ser considerado um presente bem simpático.


 


— Vender? — O sorriso se embaçou levemente no rosto do Borgin.


— O senhor ouviu falar, é claro, que o Ministério está fazendo mais blitz — disse o Sr. Malfoy, puxando um rolo de pergaminho do bolso interno do casaco e desenrolando-o para Sr. Borgin ler. — Tenho em casa uns, ah, objetos que podem me causar embaraços, se o Ministério aparecesse...


 


– Um Malfoy com medo de uma blitz do ministério? – Tiago perguntou confuso.


– Os Malfoy tem o ministério nas mãos há muitos anos. – Sirius disse sério – Nenhum deles nunca quis ser ministro, mas todos eles costumam comprar discretamente a amizade do ministério...


– Isso é corrupção! – Lily exclamou revoltada.


– É claro que é corrupção. – Tiago bufou – Como você acha que as leis que protegem sangues-puro ainda existem?


– Famílias tradicionais costumam se envolver com politica apenas para proteger os próprios interesses. – Sirius disse – Meu tio Cygnus costuma convidar Voldemort para festas na casa deles e diz que vai apoiar financeiramente a campanha dele caso ele queira ser ministro.


– Isso é horrível! – Alice disse espantada.


– Voldemort não quer ser ministro. – Remo disse categórico – Pelo menos não por enquanto...


– Você frequenta essas festas na casa do seu tio? – Harry perguntou preocupado.


– Quando eu era criança minha mãe conseguia me obrigar, mas depois que entrei para a Grifinória ela desistiu... – Sirius disse, alguns segundos depois sua expressão ficou triste – Ela está convencendo meu irmão, Régulo, a se envolver com ele...


Tiago e Remo trocaram um olhar deprimido, sabiam o quanto Sirius estava sofrendo em ver seu irmão mais novo cada vez mais próximo de Voldemort.


– Sinto muito. – Lily disse sorrindo triste, sabia como Sirius se sentia, estava passando pelo mesmo, Severo costumava ser como um irmão para ela, e estava se envolvendo com o partido das Trevas.


                Severo achava toda aquela comoção ridícula, Sirius tinha a sorte de ser próximo a Voldemort, e em vez de aproveitar como seu irmão, estava ali se lamentando.


 


O Sr. Borgin encaixou um pincenê na ponta do nariz e percorreu a lista.


— O Ministério certamente não ousaria incomodá-lo, não é, meu senhor?


O Sr. Malfoy crispou os lábios.


— Até agora não me visitaram. O nome Malfoy ainda impõe um certo respeito, mas o Ministério está ficando cada vez mais intrometido. Há boatos de uma nova lei de proteção aos trouxas: com certeza aquele bobalhão pulguento, apreciador de trouxas, Arthur Weasley está por trás disso...


 


                Rony respirou fundo, raivoso.


– Pelo menos o ministério tem alguns funcionários incorruptíveis. – Lily disse sorrindo para Gina e Rony.


 


Harry sentiu uma onda escaldante de raiva.


—... E como vê, alguns desses venenos poderiam fazer parecer...


— Compreendo, meu senhor, naturalmente — disse o Sr. Borgin. — Deixe-me ver...


— Pode me dar aquilo? — interrompeu Draco, apontando para a mão murcha sobre a almofada.


— Ah, a Mão da Glória! — disse o Sr. Borgin, abandonando a lista de Malfoy e correndo para perto de Draco. — Ponha lhe uma vela e ela dá luz apenas a quem a segura! A melhor amiga dos ladrões e saqueadores! O seu filho tem ótimo gosto, meu senhor.


 


– Não acho que Lucio Malfoy vai ficar feliz em saber que seu filho tem os mesmos gostos que um ladrão. – Sirius riu.


 


— Espero que o meu filho venha a ser mais do que um ladrão ou um saqueador, Borgin — disse o Sr. Malfoy com frieza, ao que o Sr. Borgin respondeu depressa:


— Sem ofensa, meu senhor, não tive intenção de ofender...


— Mas, se as notas dele não melhorarem — disse o Sr. Malfoy com maior frieza ainda —, pode ser que ele realmente só tenha talento para isto.


— Não é minha culpa — retrucou Draco. — Todos os professores têm alunos preferidos, aquela Hermione Granger...


 


– Ele definitivamente não vai gostar disso. – Tiago disse categórico.


– Uma nascida-trouxa ser muito melhor do que um legítimo Malfoy, – Sirius disse sorrindo para Hermione – é muita humilhação para esses esnobes.


 


— Pensei que você sentiria vergonha se uma menina que nem pertence a família de bruxos passasse a sua frente em todos os exames — comentou com rispidez o Sr. Malfoy.


— Ha! — exclamou Harry baixinho, satisfeito de ver Draco com cara de quem está ao mesmo tempo envergonhado e aborrecido.


— É a mesma coisa em toda parte — disse o Sr. Borgin, com sua voz untuosa. — Ter sangue de bruxo conta cada vez menos em toda parte...


 


– Ter sangue-puro não devia contar para nada. – Tiago disse irritado – As leis deviam ser as mesmas para todos os bruxos.


                Lily olhou para Tiago, admirada, e aconchegou-se um pouco mais a ele.


 


— Não para mim — respondeu o Sr. Malfoy, com as narinas tremendo.


— Não, meu senhor, nem para mim — disse o Sr. Borgin, fazendo uma grande reverência.


— Neste caso, talvez possamos voltar à minha lista — disse o Sr. Malfoy rispidamente. — Estou com um pouco de pressa, Borgin, tenho negócios importantes a tratar hoje em outro lugar.


Os dois começaram a barganhar. Harry observou nervoso que Draco se aproximava cada vez mais do lugar em que ele estava escondido, examinando os objetos à venda. Draco parou para examinar um grande rolo de corda de enforcar e para ler, rindo, o cartão colocado em um magnífico colar de opalas.


Cuidado:


Não toque. Amaldiçoado.


— Tirou a vida de dezenove donos trouxas até hoje.


 


– Isso não tem nenhuma graça. – Lily disse nervosa.


                Harry, Rony e Hermione estavam mais ocupados pensando no colar de opalas amaldiçoado, ali estava ele, quatro anos antes de quase tirar a vida de uma artilheira da Grifinória.


 


Draco se virou e notou o armário bem em frente.


Adiantou-se... Esticou a mão para o puxador e...


— Fechado — disse o Sr. Malfoy ao balcão. — Vamos, Draco! Harry enxugou a testa na manga ao ver Draco se afastar — Bom dia para o senhor, Sr. Borgin. Aguardo-o amanhã em casa para apanhar a mercadoria.


 


– Essa foi por pouco. – Alice disse suspirando. – Se Malfoy encontrasse Harry ali sozinho, não quero nem imaginar...


 


No instante em que a porta se fechou, o Sr. Borgin abandonou seus modos untuosos.


— Bom dia para o senhor, Senhor Malfoy, e, se as histórias que correm forem verdadeiras, o senhor não me vendeu metade do que tem escondido em sua casa...


 


– O arsenal dos Malfoy deve ter séculos, é claro que ele não venderia tudo, – Sirius revirou os olhos – o resto deve estar escondido sob a sala de estar...


– Como você sabe disso? – Frank perguntou curioso.


– Fomos convidados à Mansão Malfoy no noivado de Narcisa. – Sirius deu de ombros – O velho Abraxas Malfoy não conseguiu resistir em mostrar à minha mãe que sua fortuna era maior que a nossa.


– Imagino que seja um senhor muito agradável. – Remo disse irônico.


– Ele escolheu Narcisa a dedo para o Lucio. – Sirius disse funesto – Meu tio Cygnus havia oferecido à mão de Bellatrix, mas o velho Malfoy queria Narcisa, só pelos seus cabelos loiros.


– Ele escolheu a noiva do filho pela cor dos cabelos? – Lily perguntou com nojo.


– Não só por isso, o sobrenome Black influenciou muito na escolha. – Sirius deu de ombros.


– Imagino que muitas famílias de sangue-puro tentaram casar as filhas com você... – Alice disse pensativa.


– Além de Annabelle Nott, a mãe de Sirius havia escolhido Violetta Rosier. – Tiago disse com um meio sorriso.


– Ela é sobrinha da minha tia Druella. – Sirius explicou. – Mas não aceitei. Violetta é seis anos mais velha que eu...


– Então você aceitou Annabelle? – Lily perguntou curiosa.


– Não exatamente, – Sirius disse rindo – fugi de casa antes de o pedido ser formalizado.


– Ela tem ódio de Sirius agora. – Remo disse rindo.


 


E, continuando a resmungar ameaçador, o Sr. Borgin desapareceu no quarto dos fundos.


Harry esperou um pouco, caso ele voltasse, e, em seguida, o mais silenciosamente que pôde, saiu do armário, passou pelos mostruários de vidro e pela porta afora.


Harry olhou para os lados, segurando os óculos partidos. Saíra em uma ruela sombria que parecia totalmente ocupada por lojas que se dedicavam às Artes das Trevas. A que ele acabara de deixar, a Borgin & Burkes, parecia ser a maior, mas em frente havia uma grande coleção de cabeças jívaras na vitrine, e duas portas abaixo, uma enorme gaiola pululava com gigantescas aranhas negras. Dois bruxos mal vestidos o observavam da sombra de um portal, cochichando entre si. Apreensivo, Harry saiu caminhando, tentando segurar os óculos no lugar e esperando, sem muita esperança, conseguir encontrar uma saída daquele lugar.


 


– Tome cuidado. – Lily falou para o livro.


– Espero que não tenha falado com ninguém. – Sirius disse soturno – Se perceberem quem você é e que está perdido...


 


Uma velha placa de madeira, pendurada acima de uma loja que vendia velas envenenadas, informava que ele se encontrava na Travessa do Tranco. Isto não adiantou muito, pois Harry nunca ouvira falar naquele lugar. Imaginou que talvez não tivesse falado com bastante clareza ao entrar na lareira dos Weasley porque tinha a boca cheia de cinzas. Pensou no que fazer, tentando ficar calmo.


— Não está perdido, está querido? — disse uma voz ao seu ouvido, assustando-o.


Uma bruxa idosa estava ao lado dele, segurando uma bandeja com objetos que se pareciam horrivelmente com unhas humanas. Ela riu dele mostrando dentes cobertos de limo. Harry recuou.


 


– Não responda! – Tiago disse, olhando para o livro, nervoso.


 


— Estou bem, obrigado — disse. — Só estou...


— HARRY! O que você está fazendo aqui?


O coração de Harry deu um salto. O da bruxa também: as unhas cascatearam por cima dos seus pés e ela começou a xingar ao mesmo tempo que a forma maciça de Hagrid, o guarda-caças de Hogwarts veio se aproximando em grandes passadas, seus olhinhos de besouros negros faiscando por cima da barba arrepiada.


 


– Hagrid. – Lily suspirou aliviada.


– Mas o que Hagrid faz na Travessa do Tranco? – Sirius perguntou desconfiado.


– Que importa? – Tiago disse dando de ombros – É o Hagrid, vai cuidar de Harry e tirar ele dai a salvo!


 


— Hagrid! — exclamou Harry revelando alivio na voz rouca. — Eu me perdi... Pó de Flu...


Hagrid agarrou Harry pela nuca e afastou-o da bruxa, derrubando a bandeja que ela levava. O guincho que ela soltou acompanhou-os durante todo o trajeto pelas ruelas tortuosas até tornarem a ver a luz do sol. Harry divisou a distância um edifício de mármore muito branco que já conhecia: o Banco de Gringotes. Hagrid o levara direto ao Beco Diagonal.


— Você está horrível! — exclamou Hagrid, espanando a fuligem que cobria Harry com tanta força que quase o derrubou numa barrica de bosta de dragão à porta da farmácia. — Se esquivando pela Travessa do Tranco, não sei, não, um lugar suspeito, Harry, não quero que ninguém o veja lá...


— Isso eu percebi — disse Harry, abaixando-se quando Hagrid fez menção de espaná-lo outra vez. — Eu lhe falei, eu me perdi, que é que você estava fazendo lá?


— Eu estava procurando repelente para lesmas carnívoras — rosnou Hagrid. — Elas estão acabando com os repolhos da escola. Você não está sozinho?


 


– Um motivo perfeitamente normal para Hagrid estar na Travessa do Tranco. – Tiago disse sorrindo.


 


— Estou na casa dos Weasley, mas nos separamos – explicou Harry. — Tenho que encontrá-los...


Os dois começaram a descer a rua juntos.


— Por que é que você nunca respondeu às cartas? — perguntou Hagrid a Harry enquanto caminhavam (o garoto tinha que dar três passos para cada passada das enormes botas de Hagrid).


Harry explicou tudo sobre Dobby e os Dursley.


— Trouxas nojentos — rosnou Hagrid. — Se eu tivesse sabido...


— Harry! Harry! Aqui!


Harry ergueu os olhos e viu Hermione Granger parada no alto das escadas brancas de Gringotes. A garota desceu correndo ao encontro deles, os cabelos castanhos e fartos esvoaçando para trás.


— Que aconteceu com os seus óculos? Alô, Hagrid... Ah, que maravilha rever vocês...


— Vai entrar no Gringotes, Harry?


— Assim que eu encontrar os Weasley — respondeu Harry.


— Você não vai ter que esperar muito — disse Hagrid com sorriso.


Harry e Hermione se viraram: correndo pela rua cheia de gente vinham Rony, Fred, Jorge, Percy e o Sr. Weasley.


— Harry — ofegou o Sr. Weasley. — Tivemos esperança de que você só tivesse ultrapassado uma grade de lareira... — Ele enxugou a careca reluzente. — Molly está alucinada... Aí vem ela.


— Onde foi que você saiu? — perguntou Rony.


— Na Travessa do Tranco — informou Hagrid de cara feia.


— Que ótimo!— exclamaram Fred e Jorge juntos.


 


– Está longe de ser ótimo... – Sirius disse pesaroso – Vocês tem sorte de ter pais normais que não obrigam vocês a andar por aquelas vielas nojentas...


 


— Nunca nos deixaram entrar lá — comentou Rony invejoso.


— Ainda bem — rosnou Hagrid.


A Sra. Weasley aproximava-se correndo, a bolsa balançando loucamente em uma das mãos, Gina agarrada à outra.


— Ah, Harry, ah, meu querido, você podia ter ido parar em qualquer lugar...


Tomando fôlego ela tirou uma grande escova de roupas da bolsa e começou a escovar a fuligem que Hagrid não conseguira espanar. O Sr. Weasley apanhou os óculos de Harry, deu-lhes uma batida com a varinha e os devolveu, como se fossem novos.


 


– Ele podia ter pronunciado o feitiço... – Tiago falou suspirando e ajeitando os próprios óculos – Seria útil para Harry...


 


— Bom, tenho que ir andando — disse Hagrid, cuja mão era apertada pela Sra. Weasley ("Travessa do Tranco! Se você não o tivesse encontrado, Hagrid!"). — Vejo vocês em Hogwarts! — E o guarda-caças se afastou a passos largos, a cabeça e os ombros mais altos do que os de todo mundo na rua cheia.


— Adivinhem quem eu encontrei na Borgin & Burkes? — perguntou Harry a Rony e a Hermione enquanto subiam as escadas do Gringotes. — Malfoy e o pai dele.


— Lúcio Malfoy comprou alguma coisa? — perguntou o Sr. Weasley sério logo atrás deles.


— Não, ele estava vendendo.


— Então está preocupado — comentou o Sr. Weasley com cruel satisfação. — Ah, eu adoraria pegar Lúcio Malfoy por alguma coisa...


 


– Espero que pegue ele. – Tiago disse com selvageria. – Malfoy é o que há de pior entre os bruxos.


 


— Tenha cuidado, Arthur — disse a Sra. Weasley com severidade quando eram cumprimentados pelo duende à porta do banco. — Aquela família significa confusão. Não abocanhe mais do que você pode mastigar.


— Então você não acha que sou adversário para o Lúcio Malfoy? — respondeu o Sr. Weasley indignado, mas foi distraído quase no mesmo instante pela visão dos pais de Hermione, que estavam parados nervosos no balcão que ia de uma ponta a outra do saguão de mármore, esperando que Hermione os apresentasse.


— Mas vocês são trouxas! — exclamou o Sr. Weasley encantado. — Precisamos tomar um drinque! Que é que têm aí? Ah, estão trocando dinheiro de trouxas.


 


– O seu pai é encantador. – Lily disse sorrindo para Rony e Gina.


– Ele adora tudo que tenha haver com trouxas. – Gina disse com um meio sorriso.


 


— Molly, olhe! — Ele apontou excitado para as notas de dez libras na mão do Sr. Granger.


— Te encontro lá no fundo — disse Rony a Hermione quando os Weasley e Harry foram conduzidos aos cofres subterrâneos por outro duende de Gringotes.


Chegava-se aos cofres a bordo de vagonetes pilotados por duendes, que os manobravam em alta velocidade por trilhos de bitola estreita através dos túneis subterrâneos do banco.


Harry curtiu a viagem vertiginosa até o cofre dos Weasley, mas se sentiu muito mal, muito pior do que se sentira na Travessa do Tranco, quando eles o abriram.


 


                O sorriso de Gina desapareceu. Rony de repente parecia muito interessado no estofado do sofá.


 


Havia uma pequena pilha de sicles de prata lá dentro e apenas um galeão de ouro. A Sra. Weasley tateou pelos cantos antes de varrer tudo para dentro da bolsa. Harry se sentiu ainda pior quando chegaram ao seu cofre. Tentou bloquear a visão do conteúdo enquanto enfiava, apressadamente, mãos cheias de moedas em uma bolsa de couro.


 


– Você não tem que se envergonhar de ter dinheiro... – Sirius disse suspirando.


 


De volta aos degraus de mármore, eles se separaram. Percy murmurou qualquer coisa sobre a necessidade de comprar uma pena nova. Fred e Jorge tinham visto um amigo de Hogwarts, Lino Jordan. A Sra. Weasley e Gina iam a uma loja de vestes de segunda mão. O Sr. Weasley insistia em levar os Granger ao Caldeirão Furado para tomar um drinque.


— Vamos nos encontrar na Floreios e Borrões dentro de uma hora para comprar o material escolar — disse a Sra. Weasley, se afastando com Gina. — E nem pensar em entrar na Travessa do Tranco! — gritou ela para os gêmeos que seguiam na direção oposta.


 


– Espero que eles tenham obedecido a sua mãe... – Lily disse suspirando.


– Eles nunca tiveram coragem de entrar lá... – Gina disse dando de ombros.


 


Harry, Rony e Hermione caminharam pela Rua tortuosa, calçada de pedras. A bolsa de ouro, prata e bronze que retinia alegremente no bolso de Harry estava pedindo para ser gasta, de modo que ele comprou três grandes sorvetes de morango e manteiga de amendoim, que os três lamberam felizes enquanto subiam o beco, examinando as vitrines fascinantes das lojas. Rony admirou, cobiçoso, um conjunto completo de vestes da grife Chudley Cannon, na vitrine da Artigos de Qualidade para Quadribol, até que Hermione puxou os dois para irem comprar tinta e pergaminho na loja ao lado.


Na Gambol & Japes — Jogos de Magia, eles encontraram Fred, Jorge e Lino Jordan, que estavam fazendo um estoque de fogos de artifício Dr. Filibusteiro, que disparavam molhados e, não aqueciam, e num brechó cheio de varinhas quebradas, balanças de latão empenadas e velhas capas manchadas de poções, os garotos deram de cara com Percy, profundamente absorto na leitura de um livro muito chato intitulado Monitores-chefes que se tornaram poderosos.


 


– Será que existe um livro mais chato que esse? – Sirius perguntou espantado.


– Acho que a ideia de poder está subindo à cabeça de Percy... – Frank suspirou.


– Esse livro não deve falar de mim... – Tiago disse dando de ombros.


 


— Um estudo dos monitores-chefes de Hogwarts e suas carreiras — leu Rony alto na quarta capa. — Parece fascinante...


— Deem o fora — disse Percy com rispidez.


— É claro que ele é muito ambicioso, o Percy já planejou tudo... Quer ser Ministro da Magia... — comentou Rony para Harry e Hermione em voz baixa quando deixaram o irmão sozinho.


 


– Exageradamente ambicioso. – Alice disse espantada.


 


Uma hora depois eles rumaram para a Floreios e Borrões. Não eram de maneira alguma os únicos que se dirigiam à livraria. Ao se aproximarem, viram, para sua surpresa, uma quantidade de gente que se acotovelava à porta da loja, tentando entrar. A razão disso estava anunciada em uma grande faixa estendida nas janelas do primeiro andar.


GILDEROY LOCKHART


Autografa sua autobiografia


“O MEU EU MÁGICO”


Hoje das 12:30h às 16:30h


— Vamos poder conhecê-lo! — gritou Hermione esganiçada. — Quero dizer, ele é o autor de quase toda a nossa lista de livros!


 


– Parece que mais alguém aqui tem uma quedinha por Lockhart. – Sirius debochou.


                Hermione ficou vermelha e escondeu o rosto nas mãos, pensava em como podia ter sido tão boba.


 


A aglomeração parecia ser formada, em sua maioria, por bruxas mais ou menos da idade da Sra. Weasley. Um bruxo de ar atarantado estava postado à porta, dizendo:


— Calma, por favor, minhas senhoras... Não empurrem, isso... Cuidado com os livros, agora...


Harry, Rony e Hermione espremeram-se para entrar na loja. Uma longa fila serpeava até o fundo da loja, onde Gilderoy Lockhart autografava seus livros. Cada um dos meninos apanhou um exemplar de O Livro Padrão dos Feitiços, 2ª série, e se enfiaram sorrateiros no inicio da fila onde já aguardavam os outros meninos com o Sr. e a Sra. Weasley.


— Ah, chegaram, que bom! — disse a Sra. Weasley. Ela parecia ofegante e não parava de ajeitar os cabelos. — Vamos vê-lo em um minuto...


Aos poucos Gilderoy Lockhart se tornou visível, sentado a uma mesa, cercado de grandes cartazes com o próprio rosto, todos piscando e exibindo dentes ofuscantes de tão brancos.


O verdadeiro Lockhart estava usando vestes azul-miosótis que combinavam à perfeição com os seus olhos; seu chapéu cônico de bruxo se encaixava em um ângulo pimpão sobre os cabelos ondulados.


 


– Fico me perguntando como esse cara conseguiu enganar essa gente toda. – Remo disse com desprezo.


 


Um homenzinho irritadiço dançava à sua volta, tirando fotos com uma máquina enorme que soltava baforadas de fumaça púrpura a cada flash enceguecedor.


— Saia do caminho, você ai — rosnou ele para Rony, recuando para se posicionar em um ângulo melhor. — Trabalho para o Profeta Diário.


 


– Grande porcaria. – Sirius disse.


 


— Grande coisa — disse Rony, esfregando o pé que o fotógrafo pisara.


Gilderoy ouviu-o. Ergueu os olhos. Viu Rony — e em seguida viu Harry Potter.
Encarou-o. Então se levantou de um salto e decididamente gritou:


— Não pode ser, Harry Potter!


 


– Tenho pena de você por ter tido que encontrar esse cara insuportável. – Tiago bufou.


 


A multidão se dividiu, murmurando agitada; Lockhart adiantou-se, agarrou o braço de Harry e puxou-o para frente. A multidão prorrompeu em aplausos. A cara de Harry estava em fogo quando Lockhart apertou sua mão para o fotógrafo, que batia fotos feito louco, dispersando fumaça sobre os Weasley.


— Dê um belo sorriso, Harry — disse Lockhart por entre os dentes faiscantes. — Juntos, você e eu valemos uma primeira página.


 


– Harry vale uma primeira página sozinho o dia que ele quiser. – Neville disse irritado.


 


Quando ele finalmente soltou a mão de Harry, o garoto não conseguia sentir os dedos. E tentou se esgueirar para junto dos Weasley, mas Lockhart passou um braço pelos seus ombros e segurou-o com firmeza ao seu lado.


— Minhas senhoras e meus senhores — disse em voz alta, ao mesmo tempo que pedia silêncio com um gesto. — Que momento extraordinário este! O momento perfeito para anunciar uma novidade que estou guardando só para mim há algum tempo!


— Quando o jovem Harry entrou na Floreios e Borrões hoje, só queria comprar a minha autobiografia, com a qual eu terei o prazer de presenteá-lo agora. — A multidão tornou a aplaudir. — Ele não fazia ideia —, continuou Lockhart, dando uma sacudidela em Harry que fez os óculos do menino escorregarem para a ponta do nariz, — que em breve estaria recebendo muito, muito mais do que o meu livro O Meu Eu Mágico. Ele e seus colegas irão receber o meu eu mágico em carne e osso. Sim, senhoras e senhores, tenho o grande prazer de anunciar que, em setembro próximo, irei assumir a função de professor de Defesa contra as Artes das Trevas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts!


 


– Não! – Remo gritou horrorizado – Esse panaca não pode ser professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.


– Será que vocês não vão ter um professor decente para essa matéria? – Tiago perguntou irritado.


– Nós tivemos pelo menos um professor de defesa por ano, – Frank disse – mas eles eram bons professores, que sumiam no final do ano sem muitos motivos.


– Um deles fugiu para a Grécia para se esconder de Voldemort... – Lily disse pesarosa.


– Ele era um bom professor. – Alice disse com um suspiro.


 


A multidão deu vivas e bateu palmas, e Harry se viu presenteado com as obras completas de Gilderoy Lockhart. Cambaleando sob o peso dos livros, ele conseguiu fugir das luzes da ribalta para a periferia do salão, onde Gina estava parada com o seu novo caldeirão.


— Fique com eles — murmurou Harry para a menina, virando os livros no caldeirão. — Eu vou comprar os meus...


— Aposto que você adorou isso, não foi, Potter? — disse uma voz que Harry não teve problema em reconhecer. Ele endireitou o corpo e se viu cara a cara com Draco Malfoy, que exibia o sorriso de desdém de sempre.


— O Famoso Harry Potter —, continuou Malfoy. — Não consegue nem ir a uma livraria sem parar na primeira página do jornal.


 


– Isso é despeito. – Alice disse dando de ombros.


– Ele é só um garoto invejoso ridículo. – Lily disse irritada.


 


— Deixe ele em paz, ele nem queria isso — disse Gina. Era a primeira vez que falava na frente de Harry. E olhava feio para Malfoy.


— Potter, você arranjou uma namorada! — disse Malfoy arrastando as sílabas.


 


                Gina e Harry trocaram um olhar de carinho que foi percebido apenas por Remo que sorriu satisfeito.


 


Gina ficou escarlate enquanto Rony e Hermione lutavam para chegar até eles, sobraçando pilhas de livros de Lockhart.


— Ah, é você — exclamou Rony, olhando para Malfoy como se ele fosse uma coisa desagradável, grudada na sola do sapato. — Aposto como ficou surpreso de ver Harry aqui, hein?


 


– Rony insinuou que Draco quem mandou Dobby para impedir Harry de voltar a Hogwarts... – Tiago disse pensativo – Mas não acho que tenha sido isso.


– Nem todos os elfos domésticos são como Dink, Tiago. – Sirius disse com um suspiro – Monstro mataria qualquer um se minha mãe mandasse...


 


— Não tão surpreso como estou de ver você numa loja, Weasley — retrucou Malfoy. — Imagino que seus pais vão passar fome um mês para pagar todas essas compras.


Rony ficou tão vermelho quanto Gina. Largou os livros no caldeirão, também, e partiu para cima de Malfoy, mas Harry e Hermione o agarraram pelo casaco.


— Rony! — chamou o Sr. Weasley, que procurava se aproximar com Fred e Jorge. — Que é que está fazendo? Está muito cheio aqui, vamos para fora.


— Ora, ora, ora, Arthur Weasley.


Era o Sr. Malfoy. Estava parado com a mão no ombro de Draco, com um sorriso de desdém igual ao do filho.


 


– Todos os Malfoy tem esse sorrisinho desagradável. – Sirius disse com repugnância.


 


— Lúcio — disse o Sr. Weasley, dando um frio aceno com a cabeça.


— Muito trabalho no Ministério, ouvi dizer — falou o Sr. Malfoy. — Todas aquelas blitz... Espero que estejam lhe pagando hora extra!


Ele meteu a mão no caldeirão de Gina e tirou, do meio dos livros de capa lustrosa de Lockhart, um exemplar muito antigo e surrado de um Guia Sobre Transfiguração Para Principiante.


— É óbvio que não — concluiu o Sr. Malfoy. — Ora veja, de que serve ser uma vergonha de bruxo se nem ao menos lhe pagam bem para isso?


O Sr. Weasley corou com mais intensidade do que Rony e Gina.


— Nós temos ideias muito diferentes do que é ser uma vergonha de bruxo, Malfoy.


— Visivelmente — disse o Sr. Malfoy, seus olhos claros desviando-se para o Sr. e Sra. Granger, que observavam apreensivos. — As pessoas com quem você anda, Weasley... E pensei que sua família já tinha batido no fundo do poço...


 


                Sirius não resistiu em rosnar para o livro. Lily não estava longe de rosnar também.


 


Ouviu-se uma pancada metálica quando o caldeirão de Gina saiu voando; o Sr. Weasley se atirara sobre o Sr. Malfoy, derrubando-o contra uma prateleira. Dúzias de livros de soletração despencaram com estrondo em sua cabeça; ouviu-se um grito "Pega ele, papai" — dado por Fred e Jorge; a Sra. Weasley gritava "Não, Arthur, não"; a multidão estourou, recuando e derrubando mais prateleiras.


 


– Tal pai, tal filho, não é? – Tiago disse satisfeito de saber que pelo menos Arthur Weasley teve a chance de dar uns socos em Malfoy.


– Bem que eu queria ter dado uns murros em Draco enquanto meu pai batia no pai dele! – Rony disse com selvageria.


 


— Senhores, por favor, por favor! — pedia o assistente, e, depois, mais alto que a algazarra reinante. — Vamos parar com isso, cavalheiros, vamos parar com isso...


Hagrid caminhava em direção aos dois atravessando um mar de livros. Num instante ele separou o Sr. Weasley e o Sr. Malfoy. O Sr. Weasley com o lábio cortado e o Sr. Malfoy fora atingido no olho por uma Enciclopédia dos sapos. Ele ainda segurava o livro velho de Gina sobre transfiguração. Atirou-o nela, os olhos brilhando de malícia.


— Aqui, tome o seu livro, é o melhor que seu pai pode lhe dar...


 


– Estranho... – Tiago murmurou para si mesmo – Fico me perguntando por que ele fez tanta questão de pegar o livro e devolver...


– Ele fez isso só para esnobar os Weasley. – Lily, que além de Harry, foi a única que ouviu o que Tiago disse, respondeu.


– Deve ser... – Tiago murmurou desconfiado.


 


E, desvencilhando-se da mão de Hagrid, chamou Draco e saíram da loja.


— Você devia ter fingido que ele não existia, Arthur — disse Hagrid, quase erguendo o Sr. Weasley do chão enquanto este endireitava as vestes. — Podre até a alma, a família toda, todo mundo sabe disso. Não vale a pena dar ouvidos a nenhum Malfoy. Sangue ruim, é o que é. Vamos agora, vamos sair daqui.


 


– Concordo com Hagrid. – Remo disse com raiva.


 


O assistente parecia querer impedi-los de sair, mas mal chegava à cintura de Hagrid e pareceu pensar duas vezes. Eles subiram apressados à rua, os Granger tremendo de susto e a Sra. Weasley fora de si de fúria.


— Um belo exemplo para os seus filhos... Saindo no tapa em público... Que é que o Gilderoy Lockhart deve ter pensado...


 


– Deve ter ficado feliz com a publicidade extra. – Sirius disse irritado. – Aquele panaca.


 


— Ele estava satisfeito — informou Fred. — Você não ouviu o que ele disse quando estávamos saindo? Perguntou àquele cara do Profeta Diário se ele podia incluir a briga na notícia, disse que tudo era publicidade.


Mas foi um grupo mais sereno que voltou à lareira do Caldeirão Furado, de onde Harry, os Weasley e todas as compras iriam retornar à Toca, usando o Pó de Flu. Eles se despediram dos Granger, que iriam atravessar o bar para chegar à rua dos trouxas, do outro lado; o Sr. Weasley começou a perguntar ao casal como funcionavam os pontos de ônibus, mas parou de repente ao ver o olhar da Sra. Weasley.


Harry tirou os óculos e guardou-os bem seguros no bolso antes de se servir do Pó de Flu. Decididamente não era o seu meio de transporte favorito.


 


– Ainda odeio viajar com pó de flu. – Harry comentou com um suspiro.


                Rony pegou o livro que Frank lhe estendia e abriu no próximo capítulo.


– Acho que vocês não vão gostar muito desse capítulo. – Rony disse coçando a cabeça.


– Não tem jeito Rony, – Gina disse suspirando – temos que ler tudo. Começa logo.


– Gina tem razão. – Hermione disse e fez sinal para que Rony continuasse lendo.


– Capítulo V – O salgueiro lutador.

 
 
                                                                   ~~ x ~~  



Olá leitores mais queridos desse mundo. Tenho uma notícia boa e uma ruim para vocês... A ruim é que torci meu pulso e estou com ele imobilizado, ou seja, estou impossibilitada de escrever (Meu noivo está digitando esse recadinho por mim). A boa é que felizmente já estou com tudo até o capítulo 3 de PdA pronto, então vocês não vão ficar sem capítulos durante esse tempo.


Maria Eduarda Rieg Weasley: Pretendo colocar mais alguns momentos Harry/Gina ao longo dos sete livros, como você disse, o foco não é esse, mas mesmo assim vou desenvolver o relacionamento deles (Com direito a caretas de ciúmes de ambos os lados). Fala para a sua irmã fazer uma conta se ela não tiver e comentar também, adoraria conhecê-la! Vou escrever todos os livors sim, não pretendo desistir! Em uma das fics que estou escrevendo Harry vai para o tempo dos pais...


HarryJ.Potter: Vou continuar até o final. Até por que acho que algum de vocês me encontraria e me mataria se eu desistisse. hahaha. Não pretendo mexer na disposição dos lugares, afinal, Harry vai ter o resto da vida para ficar com a Gina, e não sabemos se vai ter o resto da vida para ficar com os pais, não é? Mas vamos ter mais momentos Harry/Gina ao longo dos sete livros. Então quer dizer que você criou uma conta só para comentar minhas fics? Estou honrada! Não me importo que os comentários sejam pequenos contanto que sejam de coração!


Juan Z: Vou explorar mais os momentos Romione nos próximos livros também. Uma das fics que estou escrevendo é do Harry, Rony, Mione e Gina conhecendo os pais do Harry no passado... Quando for postar coloco o link aqui para vocês!


Li Everllark: Em uma das fics que estou escrevendo Scorpius volta no tempo junto com alguns outros personagens da Nova geração... Eles voltam para o tempo de Harry mesmo. Quando postar coloco o link aqui para vocês.


Clenery Aingremont: Acho que aprendi de novo no ensiono médio... Tipo, várias coisas que eu já tinha aprendido de maneira simples, aprendi de forma mais complexa no ensino médio... Sabe como é? 8º ano é a antiga 7ª série? Fico completamente confusa com os novos nomes das séries... Uma das fics que estou escrevendo Sirius, Tiago, Remo e Lily vão parar no futuro, apenas para passar o feriado de natal, mas eles vão parar muito no futuro, na época dos filhos de Harry. Mas tenho uma outra que a Marlene aparece um bocado, é uma um pouco mais clichê, em que Harry vai para o tempo dos marotos com Ron, Mione e Gina. Concordo com você, por isso coloquei Neville nessa fic, para ele poder conhecer os pais de verdade... Mas confesso que não coloquei eles para se conhecerem em nenhuma das outras fics... Uma das 3 não muda nada, os marotos e Lily vão para a época dos filhos de Harry passar o natal e só (é mais um presentinho de natal para Harry, sabe?), na outra os filhos de Harry descobrem uma ameaça ao pai e precisam voltar para o passado para impedir que matem Harry, isso muda o final da história em algumas coisas... E na última Harry, Rony, Hermione e Gina vão para o passado, época dos marotos, Harry promete que não vai mudar nada, mas vamos ver o que acontece, não é? Já postei um mini-resumo de cada uma delas... Espero que tenha gostado e se interesse.


Mary Lilian Potter: Acho que vamos voltar a falar de Mundungus mais para frente, lá pelo quinto livro. Vou escrever mais alguns momentos Romione ao longo das fics, espero que goste...


Gi Molly Weasley: Essa ideia é bem original, nunca vi uma fic desse tipo! Que bom que passou! Não quero atrapalhar os estudos de ninguém! Era prova de que?


MionGinnyLuna: Hahaha, pode deixar que não vou ignorar o momento! É a cara de Tiago ficar irritado com isso!


Viih Lovegood: O problema com James é que ele sempre quer falar de quadribol, e nem todo mundo tem paciência para isso. Pretendo escrever cada um dos livros e alguns capítulos ou uma fic de continuação para contar o que aconteceu depois que eles descobriram tudo o que ia acontecer no futuro e o que eles fizeram para mudar tudo. Já escrevi a parte da morte de Sirius e a reação de James, foi a parte mais difícil de escrever até agora... Achei sua ideia ótima! Assim que começar a postar coloca o link em um dos comentários para eu poder ler!


ste_panza: Você faz estágio do que? Fala para a sua amiga fazer uma conta e comentar para eu poder conhecê-la! Adoro conhecer meus leitores!


LULU789: Fico feliz que arrume um tempinho para mim! Mas não quero atrapalhar seus estudos... Aliás, o que você estuda??


sasa lovegood: Também adoro a Gina, mas só a Gina do livro, a do filme os roteiristas estragaram completamente! Vou escrever todos os livros sim! Não pretendo desistir... No meu perfil daqui tem duas oneshot que não tem nada haver com viagens no tempo... e no meu perfil do Nyah tem um especial de natal que fiz ano passado... Talvez eu poste esse especial de natal aqui, resta saber se alguém quer ler... Quando postar as outras coloco o link aqui!


Arthur lacerda: O personagem que eu mais odeio de toda a saga é aquela sapa rosa ridícula! Pode contar que teremos uma boa quantidade de xingamentos a ela... Você merece a dedicatória, todos vocês merecem, não teria chegado aqui sem o apoio de vocês!


Akemi Lilith Homura: Pode ficar a vontade para fazer propagandas! Eu realmente não conheço nada sobre Puella Magi, nem ao menos sei do que se trata... Mas se algum dos meus leitores gosta, está ai o link!


É isso ai meus leitores lindos. O próximo capítulo deve vir na quinta-feira... Espero que minha mão tenha voltado ao normal até lá. Tenho mais uma pergunta para vocês, um ano atrás escrevi um especial de natal chamado: O natal da família Weasley, e gostaria de saber se vocês querem que eu poste ele aqui? Só vou postar aqui se vocês forem ler... é uma oneshot bem rapidinha, para comemorar a chegada do natal, afinal essa é minha época favorita do ano (não pelo natal, mas pelo meu aniversário!) E então, posto ou não?


Até o próximo, não deixem de comentar, nem que seja para dizer: Oi, estou aqui lendo

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Comentários (23)

  • Clara Black Potter

    Hey, leitora nova aqui. Depois de 1 dia lenda a Marotos lendo HP1 eu tive que vir aqui ler a Camara Secreta. Nossa eu estou completamente apaixonada por essa fic.Eu lia uma fic desse estilo no fanfiction, mas infelizmente a autora parou de escrever nesse mesmo livro. Eu fiquei super feliz de encontrar essa fic, que apesar do mesmo tema por assim dizer é complatamente diferente da que eu lia. Achei genial você trazer o Harry, Ron, Hermione, Gina e Neville pra lere os livros com eles.Esperando ansiosamente pelos proximo capitulos. E espero que você escreva até o ultimo livro. Porque você escreve muito bem mesmo. Beijos. ps: Boa sorte com seu notebook. Espero que você consiga recuperar os arquivo sem problemas 

    2013-12-22
  • Mary Lilian Potter

    Amei o cap.Foi um pouco dificil ler, com as ferias mas consegui a tempo!Coitado do Sirius, mas acho que ele ira ficar feliz em saber que antes de Regulo morrer se arrempendeu do que fez.A resposta da sua pergunta adoro ler fic de genero natalino, procuro sobre a familia Weasley mas nao encontro muitas!Ah e alias, FELIZ ANIVERSARIO atrasado!!!!!!!!

    2013-12-14
  • HarryJ.Potter

    Mto obrigado por responder meu comentárioCaramba!!! Vc ja tem tudo pronto até PdA?!?!Ótimo capitulo!!Se vc postar "O Natal fa familia Weasley" eu com certeza vou ler 

    2013-12-13
  • bia_cardoso

    Tem como dar nota 1000?? Porque é o que você merece!! Já te disseram que você é ótima?? Não?? Pois bem, você é incrivelmente ótima!! Antes que eu me esqueça: melhoras!!Mal posso esperar pelos próximos capítulos!! Você pretende fazer todos os livros né?? *-*Concordo com você: ainda que no final o Snape tenha ajudado o Harry e tudo mais, ele só fez isso porque a Lily morreu. Tanto que ele só procurou o Dumbledore quando descobriu que o Voldemort pretendia matar o Harry, e ele ficou com medo de perder a Lily. Talvez ela até deva perdoá-lo no final, mas sei lá, ele é egoísta demais!Continue com seus maravilhosos capítulos!!!Beijos 

    2013-12-12
  • Maria Eduarda Rieg Weasley

    Me ocorreu uma ideia...tipo se a Gina e o Harry acabassem dormindo abraçados no sofa ou se alguem flagrasem eles se beijando E eu queria saber quando o pessoal d passado vai descrobir do H/G e d R/H PS: Amando a fic e ja recomendei para alguns amigos

    2013-12-11
  • Maria Eduarda Rieg Weasley

    Que vc melhore logo!! Eu AMEI a troca de olhares H/G sua fic esta otima Eu adoraria ler o natal Weasley , vc tem um dom incrivel to loka para lê HP eo PdA Bjs

    2013-12-11
  • Arthur lacerda

    Parabéns. Excelente capítulo. Até o próximo. Boa sorte. PS.: Desejo melhoras para você. Espero que não tenha sido muito sério. PS².: Agradeça ao seu noivo por mim. Foi muito legal o que ele fez.  

    2013-12-10
  • ste_panza

    Ahhh, melhoras para ti =DAhh, faço estágio em parasitologia =xEsse capítulo ficou muuito perfeito, como de costume... OMG, você já está no PdA!?!?!? É o meu livro favorito da série *---* Minha amiga disse que também ia começar a comentar aqui. Ainda fico chocada em como você conseguiu perceber algumas coisas no livro. Várias partes eu paro e penso: "Puxa, como não percebi isso antes!?" e isso que torna sua fic uma das melhores do F&B...  

    2013-12-10
  • Maria Coelho

    Eu tava vendo ali, sobre o desenvolvimento do relacionamento de Harry e Gina e ambos vão ficar com ciúmes um do outro. Então eu imagino aue a Gina irá sentir ciúmes do Harry com a Cho, e o Harry da Gina e com o Dino. Sua fic tá ótima mesmo, estou adorando. Comecei a acompanhar a partir do cap 8 da Pedra Filosofal, continue assim. Parabéns!

    2013-12-10
  • Luiza Snape

    Posta sim!!!! Eu estou adorando, gostaria de saber quando que o Snape irá parar de ter inveja de tudo??? 

    2013-12-10
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