A poção Polissuco



– A poção Polissuco.

– Acho que vamos descobrir se Hermione conseguiu fazer a poção. – Sirius disse sorrindo para a garota.
– Tenho certeza de que conseguiu. – Remo disse também sorrindo para ela.
– Pena que é um trabalho perdido... – Frank disse chateado – Uma poção tão difícil para descobrir que não foi o Malfoy...
– Eles podem descobrir alguma outra coisa interessante... – Tiago disse dando de ombros.


No alto da escada eles desceram, a Profª. McGonagall bateu a uma porta que se abriu silenciosamente, e eles entraram. A professora disse a Harry que esperasse e o deixou ali, sozinho.
Harry olhou à volta. Uma coisa era certa: de todas as salas de professores que visitara até aquele dia, a de Dumbledore era de longe a mais interessante.
Se não estivesse apavorado com a iminência de ser expulso da escola, ele teria ficado muito feliz com a oportunidade de examiná-la.
Era uma sala bonita e circular, cheia de ruídos engraçados. Havia vários instrumentos de prata curiosos sobre mesas de pernas finas, que giravam e soltavam pequenas baforadas de fumaça. As paredes estavam cobertas de retratos de antigos diretores e diretoras, todos eles cochilavam tranquilamente em suas molduras.


– Eles estão só fingindo... – Tiago disse com um meio sorriso.
– Meu tataravô Fineus Nigellus Black deve estar ai. – Sirius disse sorrindo desconfortável.
– Ele é meu bisavô também... – Tiago disse trocando um olhar com Harry – O que faz dele seu tataravô...
– É meu tataravô também... – Frank disse dando de ombros.
– Se não me engano, é tataravô de vocês dois também. – Tiago disse para Gina e Rony.
– Seu pai é primo em primeiro grau do meu pai. – Frank disse para Gina e Rony.
– Quando me falaram que todas as famílias de puro sangue estavam ligadas eu não achei que fosse assim... – Lily disse impressionada.
– É impressionante mesmo. – Sirius disse com um meio sorriso. – Todos nós somos primos em algum grau...


Havia também uma enorme escrivaninha de pés de garra, e, pousado sobre uma prateleira atrás dela, um chapéu de bruxo surrado e roto — o Chapéu Seletor.
Harry hesitou. Lançou um olhar desconfiado às bruxas e bruxos que dormiam nas paredes. Certamente não faria mal se ele apanhasse o chapéu e o experimentasse outra vez? Só para ver... Só para se certificar de que ele o pusera na casa certa...
Sem fazer barulho, deu a volta à escrivaninha, tirou o chapéu da prateleira e colocou-o devagarinho na cabeça. Era largo demais e lhe cobriu os olhos, exatamente como acontecera da primeira vez em que o experimentara. Harry ficou olhando a escuridão dentro do chapéu, à espera. Então uma vozinha disse em seu ouvido "Caraminholas na cabeça, Harry Potter?”
— Ah, é — murmurou Harry. — Ah, desculpe incomodá-lo, eu queria perguntar...
— Você anda se perguntando se o coloquei na casa certa — disse o chapéu inteligente. — Sei... Você foi particularmente difícil de classificar. Mas mantenho o que disse antes — o coração de Harry deu um salto —, você teria se dado bem na Sonserina...


– Você não é material para a Sonserina. – Sirius disse categórico – Acredite em mim, toda a minha família foi da Sonserina, essa casa não é para você.
– Nem para você. – Harry respondeu com sinceridade.


O estômago de Harry afundou. Agarrou a ponta do chapéu e o tirou. Ele pendeu inerte em sua mão, encardido e desbotado. Harry o devolveu à prateleira, sentindo-se mal.
— Você está enganado — disse em voz alta para o chapéu imóvel e silencioso que não se mexeu. Harry recuou, observando-o. Então, um ruído estranho e sufocado atrás dele o fez virar.
Afinal não estava sozinho. Encarapitado em um poleiro dourado, atrás da porta, achava-se um pássaro de aparência decrépita que lembrava um peru meio depenado.
Harry o encarou, e o pássaro sustentou funestamente o seu olhar, tornando a fazer o mesmo ruído sufocado. Harry achou que ele parecia muito doente. Seus olhos estavam opacos e, mesmo enquanto Harry o observava, caíram mais algumas penas de sua cauda. Harry estava pensando que só o que lhe faltava era o pássaro de estimação de Dumbledore morrer, enquanto estavam sozinhos ali na sala, quando o pássaro pegou fogo.


– É uma fênix. – Alice disse encantada.
– Fawkes. – Tiago e Sirius disseram juntos – É a fênix de estimação de Dumbledore. – Tiago completou sozinho.
– Vocês devem passar muito tempo na sala dele para conhecer a fênix pelo nome... – Alice disse com um meio sorriso.
– Tempo o suficiente. – Tiago respondeu ríspido.
Frank e Lily se entreolharam desconfortáveis, as hostilizações entre Alice e Tiago tinham que acabar logo, eles costumavam se dar muito bem...


Harry gritou chocado e se afastou da mesa. Olhou ansioso em volta para ver se encontrava um copo de água em algum lugar, mas não viu nenhum; o pássaro, entrementes, transformara-se numa bola de fogo; o pássaro deu um grito alto e no segundo seguinte não restava nada dele, exceto um monte de cinzas fumegantes no chão.
A porta da sala se abriu. Dumbledore entrou com o ar muito grave.
— Professor — ofegou Harry. — Seu pássaro, eu não pude fazer nada, ele simplesmente pegou fogo...
Para surpresa de Harry, Dumbledore sorriu.
— Já não era sem tempo. Ele tem andado com uma aparência medonha há dias; e venho dizendo a ele para se apressar.
E deu uma risadinha ao ver a cara de espanto de Harry.
— Fawkes é uma fênix, Harry. As fênix pegam fogo quando chega a hora de morrer e tornar a renascer das cinzas. Olhe ele...
Harry olhou em tempo de ver um pássaro minúsculo, amarrotado, recém-nascido botar a cabeça para fora das cinzas. Era tão feio quanto o anterior.


– Geralmente ele é deslumbrante. – Tiago disse sorrindo.


— É uma pena que você a tenha visto no dia em que queimou — disse Dumbledore, sentando-se na escrivaninha. — Na realidade ela é muito bonita quase o tempo todo, tem uma plumagem vermelha e dourada. Criaturas fascinantes, as fênix. São capazes de sustentar cargas pesadíssimas, suas lágrimas têm poderes curativos e são animais de estimação muitíssimo fiéis.
No choque de ver Fawkes pegando fogo, Harry se esquecera por que estava ali, mas tudo voltou à lembrança quando Dumbledore se acomodou no cadeirão à mesa e o encarou com aqueles seus olhos azul-claros e penetrantes.
Mas antes que Dumbledore pudesse dizer outra palavra, a porta da sala se escancarou com estrondo, e Hagrid entrou, um olhar selvagem nos olhos, o gorro encarrapitado no alto da cabeça desgrenhada e o galo morto ainda balançando em uma das mãos.
— Não foi Harry Profº. Dumbledore! — disse Hagrid pressuroso. — Eu estava falando com ele segundos antes daquele garoto ser encontrado, ele nunca teria tido tempo, meu senhor...


– Não acho que Dumbledore ache que é culpa de Harry. Afinal Harry estava na enfermaria quando Colin foi petrificado, e Dumbledore disse que a pergunta não era quem, e sim como... – Tiago disse com um meio sorriso – Mas pelo menos sabemos que com Hagrid sempre podemos contar...


Dumbledore tentou dizer alguma coisa, mas Hagrid continuou falando, sacudindo o galo, agitado, fazendo voar penas para todo o lado.
—... Não pode ter sido ele, eu juro até na frente do Ministro da Magia se precisar...
— Hagrid, eu...
—... O senhor pegou o garoto errado, meu senhor, eu sei que Harry jamais...
— Hagrid. — disse Dumbledore em voz alta. — Eu não acho que Harry tenha atacado essas pessoas.


– Eu falei... – Tiago murmurou vitorioso.


— Ah — acalmou-se Hagrid, o galo pendurado imóvel a um lado. — Certo. Então vou esperar lá fora, diretor.
E saiu num repelão, parecendo constrangido.
— O senhor não acha que fui eu, professor? — repetiu Harry esperançoso enquanto Dumbledore espanava as penas de galo de cima de sua escrivaninha.
— Não, Harry, não acho. — seu rosto novamente grave. — Mas ainda assim quero falar com você.
Harry esperou nervoso enquanto Dumbledore o estudava, as pontas dos seus longos dedos juntas.
— Preciso lhe perguntar, Harry, se tem alguma coisa que você gostaria de me perguntar — disse gentilmente. — Qualquer coisa.
Harry não soube o que dizer. Pensou em Draco gritando:
"Vocês vão ser os primeiros, seus sangues-ruins!" e na Poção de Polissuco que estava cozinhando no banheiro da Murta Que Geme. Depois pensou na voz sem corpo que ouvira duas vezes e se lembrou do que Rony comentara: "Ouvir vozes que ninguém mais ouve não é bom sinal, nem mesmo no mundo dos bruxos." Pensou ainda no que todos andavam dizendo dele, e seu pavor crescente era que estivesse de alguma forma ligado a Salazar Slytherin...
— Não — disse Harry. — Não tem nada, não, professor...



– Talvez você devesse ter falado para ele sobre algumas dessas coisas... – Alice disse nervosa.
– Não sobre a poção Polissuco... – Frank disse categórico.


O ataque duplo a Justino e a Nick Quase Sem Cabeça transformou o que até ali fora nervosismo em verdadeiro pânico. Curiosamente, era o destino do fantasma que mais parecia preocupar as pessoas. O que poderia fazer aquilo a um fantasma? Elas perguntavam umas às outras; que poder terrível poderia fazer mal a alguém que já estava morto? Houve quase uma corrida para reservar lugares no Expresso de Hogwarts que iria levar os alunos para casa no Natal.
— Nesse ritmo, seremos os únicos a ficar para trás — disse Rony a Harry e Hermione. — Nós, Draco, Crabbe e Goyle. Que beleza de férias vamos ter!
Crabbe e Goyle, que sempre acompanhavam o que Draco fazia, tinham se inscrito para permanecer na escola durante as férias também. Mas Harry ficou contente de que a maioria das pessoas estivesse partindo. Estava cansado de ser evitado nos corredores, como se achassem que lhe fossem crescer presas e pudesse cuspir veneno a qualquer momento; cansado de ser comentado, de ser apontado, de levar vaias ao passar. Fred e Jorge, porém, achavam muita graça em tudo. Saiam do caminho para andar à frente de Harry nos corredores, gritando: "Abram caminho para o herdeiro de Slytherin, um bruxo realmente maligno vai passar...”


Sirius e Tiago começaram a rir descontroladamente e em pouco tempo Remo, Harry, Rony e Hermione os acompanharam.
– Não vejo graça nenhuma... – Alice disse para implicar com Tiago.
– Eles são ótimos! – Tiago disse ignorando Alice – Queria poder conhecê-los!
– Eu também! – Sirius disse em meio às risadas.


Percy desaprovava inteiramente esse comportamento.
— Não é motivo para graças — disse friamente.
— Ah, sai do caminho, Percy. Harry está com pressa.
— E, ele está indo para a Câmara Secreta tomar uma xícara de chá com seu criado de caninos afiados — disse Jorge, dando uma risadinha debochada.
Gina também não achou graça nenhuma.
— Ah, não façam isso — choramingava todas as vezes que Fred perguntava a Harry em voz alta quem ele pretendia atacar a seguir, ou quando Jorge, ao encontrar Harry fingia afugentá-lo com um grande dente de alho.


A atenção de Tiago mais uma vez voltou-se para Gina. As reações da menina tanto ali, lendo, quanto no livro eram muito suspeitas.


Harry não se importava; sentia-se melhor que ao menos Fred e Jorge achassem a ideia de ele ser herdeiro de Slytherin muito ridícula. Mas as brincadeiras dos gêmeos pareciam estar irritando Draco, que amarrava cada vez mais a cara sempre que os via aprontando.
— É porque está morrendo de vontade de dizer que o herdeiro é ele — disse Rony com ar de quem sabe das coisas. — Vocês sabem que Draco detesta quando alguém o supera em alguma coisa, e você está recebendo todo o crédito pelo trabalho sujo que ele fez.
— Não será por muito tempo — anunciou Hermione com um tom de satisfação. — A Poção Polissuco está quase pronta. Vamos extrair a verdade dele a qualquer momento.
Enfim o período letivo terminou, e um silêncio profundo como a neve desceu sobre o castelo. Harry achou que o lugar ficara tranquilo, em vez de sombrio, e gostou do fato de que ele, Hermione e os Weasley tivessem a Torre da Grifinória só para eles, assim podiam brincar de snap explosivo à vontade sem incomodar ninguém e praticar duelos sozinhos. Fred, Jorge e Gina tinham preferido ficar na escola à visitar Gui no Egito com o Sr. e a Sra. Weasley. Percy, que desaprovava o que chamava de comportamento infantil dos gêmeos, não passava muito tempo na sala comunal da Grifinória. Tinha declarado pomposamente que ele só ficara para o Natal porque era seu dever, como monitor, ajudar os professores em tempos tão tempestuosos.


– Ainda acho que ele tem um motivo oculto para querer ficar em Hogwarts. – Alice disse sorrindo – E acho que é uma garota.


A manhã de Natal despontou fria e branca. Harry e Rony, os únicos que tinham restado no dormitório, foram acordados muito cedo por Hermione, que entrou de repente, completamente vestida, trazendo presentes para os dois.
— Acordem — disse em voz alta, afastando as cortinas da janela.
— Mione, você não podia estar aqui... — disse Rony, protegendo os olhos da claridade.
— Feliz Natal para você também — disse a garota lhe atirando um presente. — Estou de pé há quase uma hora, acrescentando hemeróbios à poção. Está pronta.
Harry se sentou, de repente muito acordado.
— Tem certeza?
— Positivo — disse Hermione, empurrando Perebas, o rato, para poder se sentar na beirada da cama de Rony. — Se vamos usá-la, eu diria que deve ser hoje à noite.


– Falei que ela conseguiria. – Sirius disse com um sorriso.
– Só vou acreditar quando eles tomarem a poção. – Severo murmurou impressionado.


Naquele momento, Edwiges entrou voando no quarto, trazendo um pequeno pacote no bico.
— Olá — disse Harry alegremente quando a coruja pousou na cama dele. — Você voltou a falar comigo?
Edwiges deu umas bicadinhas carinhosas na orelha dele, o que foi um presente muito melhor do que o que lhe trouxera, e que ele descobriu ser uma encomenda dos Dursley. Eles tinham enviado a Harry um palito e um bilhete pedindo a ele que verificasse se não poderia ficar em Hogwarts durante as férias de verão também.
Os outros presentes que ganhara de Natal foram bem melhores.
Hagrid lhe mandou uma grande lata de bolinhos de chocolate, que Harry decidiu deixar amolecer junto à lareira antes de comer;


– Ótima ideia. – Remo disse com um meio sorriso.


Rony lhe deu um livro chamado Voando com os Campeões, um livro de fatos interessantes sobre o seu time, de Quadribol favorito, e Hermione lhe comprou uma caneta de luxo de pena de águia. Harry abriu o último presente e encontrou um suéter tricotado pela Sra. Weasley e um grande bolo de Natal.


Lily tinha grossas lágrimas nos olhos.
– Queria poder te mandar um presente, e passar o natal com você, e seus aniversários... – Lily disse chorando.
– E receber cartas de Hogwarts dizendo que você entrou na floresta sem autorização. – Tiago disse sorrindo.
– E mandar para você de presente a melhor de todas as vassouras de corrida. – Sirius disse com um meio sorriso.
– Assinar a autorização para você ir a Hogsmead no terceiro ano. – Tiago disse sorrindo.
– Te ensinar tudo sobre o castelo. – Remo disse com uma piscadela para Tiago e Sirius.
Harry sorriu para cada um deles, era tudo o que queria também.


Leu o cartão dela com uma nova onda de remorsos, pensando no carro do Sr. Weasley (que não era visto desde a colisão com o Salgueiro Lutador), e a nova série de indisciplinas que ele e Rony estavam planejando.
Ninguém, nem mesmo alguém morto de medo de tomar a Poção Polissuco, dali a pouco, poderia deixar de se alegrar com o almoço de Natal em Hogwarts.
O Salão Principal estava magnífico. Não só tinha uma dúzia de árvores de Natal cobertas de cristais de gelo e largas guirlandas de visgo e azevinho que cruzavam o teto, como também caía uma neve encantada, morna e seca. Dumbledore puxou o coro de algumas de suas músicas de Natal preferidas.
Hagrid cantava cada vez mais alto a cada taça de gemada de vinho quente que consumia. Percy, que não reparou que Fred havia enfeitiçado o seu distintivo de monitor — agora com os dizeres "Cabeça de Alfinete" — não parava de perguntar aos garotos por que ficavam dando risadinhas.
Harry nem ligou que Draco Malfoy, sentado à mesa da Sonserina, estivesse fazendo comentários altos e debochados sobre seu novo suéter.


– Claro que não me importei, – Harry disse sorrindo para Rony e Gina – adoro os suéteres da sua mãe.


Com um pouco de sorte, ele receberia o troco dentro de algumas horas.
Harry e Rony mal tinham acabado de comer o terceiro prato de pudim de Natal quando Hermione os levou para fora do Salão para finalizar os planos para aquela noite.
— Ainda precisamos de uns pedacinhos das pessoas em que queremos nos transformar — disse Hermione num tom trivial, como se estivesse mandando os garotos ao supermercado comprar detergente. — E é claro que será melhor se pudermos conseguir alguma coisa de Crabbe e Goyle; eles são os melhores amigos de Malfoy, que contará aos dois qualquer coisa. E também temos que garantir que os verdadeiros Goyle e Crabbe não apareçam de repente enquanto interrogamos Draco.


– Tudo muito tranquilo e fácil de fazer. – Remo disse dando de ombros.


— Já tenho tudo resolvido —, continuou ela calmamente, não dando atenção às caras espantadas de Harry e Rony. E mostrou dois pedaços de bolo de chocolate. — Recheei estes dois com uma simples Poção do Sono. Vocês só precisam se certificar de que Crabbe e Goyle encontrem os bolos. Sabem como são esganados, com certeza vão querer comê-los. Depois que caírem no sono, arranquem uns fios de cabelo deles e escondam os dois num armário de vassouras.
Harry e Rony se entreolharam, incrédulos.
— Mione, acho que isso não...
— Poderia dar tudo errado...
Mas Hermione tinha um brilho de aço nos olhos, muito semelhante ao que a Profª. McGonagall às vezes exibia.
— A poção será inútil sem os fios de cabelo de Crabbe e Goyle — disse a garota com severidade. — Vocês querem investigar Malfoy, não é?
— Ah, está bem, está bem — disse Harry. — Mas, e você? Vai arrancar o cabelo de quem?
— Já tenho o meu! — disse Hermione, animada, tirando um frasquinho do bolso e mostrando aos dois um único fio de cabelo dentro. — Lembram que a Emília Bulstrode lutou comigo no Clube do Duelo? Ela deixou o fio de cabelo nas minhas vestes quando estava tentando me estrangular! E como foi passar o Natal em casa... Então só preciso dizer ao pessoal da Sonserina que resolvi voltar.


– Esse fio de cabelo não é muito confiável. – Sirius disse encarando Mione.


Quando Hermione saiu apressada para verificar outra vez a Poção Polissuco, Rony se virou para Harry com uma expressão de fim de mundo no rosto.
— Você já ouviu falar de um plano em que tantas coisas pudessem dar errado?


– Bem, é óbvio que vocês nunca ouviram os planos de Sirius. – Tiago disse rindo para o melhor amigo.


Mas para completa surpresa de Harry e Rony, a primeira etapa da operação transcorreu suavemente, conforme Hermione previra. Eles ficaram rondando o saguão deserto depois do chá de Natal, esperando Crabbe e Goyle que tinham sido deixados sozinhos à mesa da Sonserina, devorando o quarto prato de pão-de-ló com calda de vinho.
Harry equilibrara os bolos de chocolate na ponta do corrimão. Quando viram Crabbe e Goyle saindo do Salão Principal, ele e Rony se esconderam depressa atrás de uma armadura próxima à porta de entrada.
— Como se pode ser tão tapado? — Rony cochichou em êxtase quando Crabbe apontou alegremente os bolos para Goyle e os pegou. Sorrindo, idiotamente, enfiaram os bolos inteiros nas bocas enormes.


– Hermione, isso ter funcionado me deu muitas ideias. – Sirius disse com um olhar maroto.


Por um momento, os dois mastigaram vorazes, com expressões de triunfo no rosto. Depois, sem a menor mudança de expressão, desmontaram de costas no chão.
De longe, a parte mais difícil foi escondê-los no armário do outro lado do saguão.
Quando estavam guardados em segurança entre baldes e esfregões, Harry arrancou uns fios do cabelo curto e duro que cobria a testa de Goyle, e Rony arrancou vários fios do cabelo de Crabbe. Roubaram também os sapatos, porque os seus eram, em comparação, demasiado pequenos. Depois, ainda aturdidos com o que tinham acabado de fazer, correram escada acima para o banheiro da Murta Que Geme.
Mal conseguiam enxergar devido à fumaça que saia do boxe em que Hermione mexia o caldeirão. Puxando as vestes para proteger o rosto, Harry e Rony bateram de leve na porta.
— Mione?
Ouviram um barulho de chave e Hermione apareceu, o rosto brilhando, cheia de ansiedade.
Atrás dela ouvia-se o glube-glube da poção viscosa que borbulhava.
Havia três cálices preparados sobre a tampa do vaso sanitário.
— Vocês conseguiram? — perguntou Hermione sem fôlego. Harry mostrou os fios de cabelo de Goyle.
— Ótimo. E eu tirei escondido estas vestes da lavanderia — disse Hermione, mostrando um pequeno saco. — Vocês precisarão de números maiores porque vão ser Crabbe e Goyle.
Os três espiaram dentro do caldeirão. De perto, a poção parecia uma lama escura e espessa que borbulhava devagar.


– Resta saber se ela conseguiu fazer a poção direito. – Severo murmurou audivelmente esperando que Hermione tivesse feito algo errado.


— Tenho certeza de que fiz tudo direito — disse Hermione, nervosa, relendo a página manchada de Pociones Muy Potentes. — Parece que o livro diz que deve... Depois que bebermos a poção, teremos exatamente uma hora antes de voltarmos a ser nós mesmos.
— E agora? — sussurrou Rony.
— Separamos a poção nos três cálices e acrescentamos os cabelos.
Hermione serviu grandes conchas da poção em cada cálice.
Depois, com a mão trêmula, sacudiu o fio de cabelo de Emília Bulstrode do frasco para dentro do primeiro cálice.
A poção assobiou alto como uma chaleira fervendo e espumou feito louca. Um segundo depois, mudou de cor para um amarelo doentio.
— Grrr, essência de Emília Bulstrode — disse Rony, olhando-a com nojo. — Aposto que tem um gosto horrível.
— Ponha os fios na sua, então — disse Hermione.
Harry deixou cair os fios de cabelo de Goyle no cálice do meio, e Rony pôs os de Crabbe no último. Os dois cálices assobiaram e espumaram: o de Goyle mudou para um cáqui cor de piolho, e o de Crabbe para um castanho encardido e escuro.
— Calma aí — disse Harry quando Rony e Hermione estenderam a mão para os cálices. — É melhor não bebermos tudo aqui... Quando nos transformarmos em Crabbe e Goyle não vamos caber no boxe. E Emília Bulstrode não é nenhuma fadinha.


– Fico imaginando que tipo de monstro essa menina deve ser... – Alice disse com expressão de nojo.
– Se ela for parente dos Bulstrode que conheço deve parecer um trasgo. – Frank disse rindo.


— Bem pensado — disse Rony, destrancando a porta. — Ficaremos em boxes separados.
Tomando cuidado para não derramar nem uma gota de Poção Polissuco, Harry entrou no boxe do meio.
— Pronto? — perguntou.
— Pronto — responderam as vozes de Rony e Mione.
— Um... Dois... Três...
Apertando o nariz, Harry bebeu a poção em dois grandes goles. Tinha gosto de repolho passado do ponto de cozimento.
Imediatamente seu estômago começou a revirar como se ele tivesse acabado de engolir duas cobras — dobrado ao meio, ele se perguntou se ia enjoar — depois uma sensação de queimação se espalhou rapidamente da barriga até as pontinhas dos dedos dos pés e das mãos — em seguida, ele caiu de quatro, sem ar e teve a sensação de que estava se derretendo, quando a pele de todo o seu corpo borbulhou como cera quente — e, antes que seus olhos e mãos começassem a crescer, os dedos engrossaram, as unhas alargaram, os nós dos dedos se estufaram como parafusos de cabeça de lentilha — os ombros se esticaram dolorosamente e um formigamento na testa lhe informou que seus cabelos estavam crescendo em direção às sobrancelhas — as vestes se rasgaram quando o peito se alargou como uma barrica rompendo os aros — os pés se tornaram um suplicio dentro dos sapatos quatro números menor...


– Você conseguiu? – Severo disse atônito – Como você conseguiu cozinhar uma das poções mais complicadas que existem, com doze anos?
– Não foi tão difícil. – Hermione disse deixando um pouco de soberba tingir sua voz, Snape nunca havia lhe feito um elogio, nunca havia lhe dado um ponto por uma poção perfeitamente preparada, sempre a chamava de sabe-tudo irritante, ela podia ser arrogante com ele, só por um minuto.
– Impressionante. – Lily disse olhando para Hermione admirada.
– Eu sabia que ela conseguiria. – Sirius disse orgulhoso, como se Hermione tivesse feito a poção por influencia sua.


Tão de repente quanto começara, tudo cessou. Harry estava deitado de borco no piso frio como pedra, ouvindo Murta gargarejar mal-humorada no boxe da ponta.
Com dificuldade, sacudiu fora os sapatos e ficou em pé. Então era assim que a pessoa se sentia, na pele de Goyle. Com a mão enorme tremendo, ele despiu as vestes antigas, que estavam agora no meio das canelas, vestiu as novas e amarrou os sapatos abotinados de Goyle. Ergueu a mão para afastar os cabelos dos olhos e só encontrou fios duros e curtos, que vinham até o meio da testa. Então percebeu que os óculos estavam anuviando sua visão porque Goyle obviamente não precisava deles, tirou-os e perguntou:
— Vocês dois estão bem? — a voz baixa e irritante de Goyle saiu de sua boca.
— Estou — veio o rosnado profundo de Crabbe da sua direita. Harry destrancou a porta e foi até o espelho rachado.
Goyle o encarou com aqueles olhos opacos e fundos. Harry coçou a orelha. Goyle também.
A porta de Rony se abriu. Eles se entreolharam. Exceto que parecia pálido e chocado, Rony era indistinguível de Crabbe, do corte de cabelo em cuia até os braços compridos de gorila.
— Isso é incrível — disse Rony, aproximando-se do espelho e cutucando o nariz chato de Crabbe. — Incrível.
— É melhor irmos andando — disse Harry, afrouxando o relógio que ficara apertadíssimo no pulso grosso de Goyle. — Ainda temos que descobrir onde fica a sala comunal da Sonserina. Só espero que a gente encontre alguém para seguir...


– Essa é uma grande falha no plano. – Tiago disse de repente e Sirius e Remo concordaram enfáticos – Deviam ter usado todo o tempo que a poção demorou para ficar pronta para descobrir onde é a sala comunal da Sonserina. Não seria difícil seguir algum sonserino com a capa...
– Daria até para ouvir a senha... – Sirius disse dando um meio sorriso para Severo que de repente percebeu que eles já haviam feito aquilo.


Rony, que estivera observando Harry, disse:
— Você não sabe como é esquisito ver o Goyle pensando. — Bateu então na porta de Hermione. — Vamos, precisamos ir...
Uma voz aguda respondeu.
— Eu... Eu acho que afinal não vou. Vão indo sem mim.
— Mione, nós sabemos que a Emília Bulstrode é feia, ninguém vai saber que é você...
— Não... Verdade... Acho que não vou. Vocês andem de pressa, estão perdendo tempo...


– Não acho que ela esteja se recusando a sair por Emília ser um trasgo... – Sirius disse trocando um olhar com Remo.
– Talvez o cabelo não fosse de Emília... – Remo disse pensativo.
– Deve ser de outra pessoa que ela tentou estrangular antes de Hermione. – Tiago disse dando de ombros.


Harry olhou para Rony intrigado.
— Assim você está mais parecido com o Goyle. É assim que ele fica toda vez que um professor faz uma pergunta.
— Mione, você está bem? — perguntou Harry através da porta.
— Muito bem... Muito bem... Vão andando...
Harry consultou o relógio. Cinco dos preciosos sessenta minutos já se tinham passado.
— Na volta nos encontramos aqui, está bem? — falou ele.
Os dois garotos abriram a porta do banheiro com cautela, verificaram se a barra estava limpa e saíram.
— Não balance os braços desse jeito — murmurou Harry para o amigo.
— Hein?
— Crabbe mantém os braços meio duros...
— Que tal assim?
— É, assim está melhor...
Os dois desceram a escada de mármore. Só precisavam agora que aparecesse um aluno da Sonserina para o seguirem até o salão comunal da casa, mas não havia ninguém por perto.
— Alguma ideia? — murmurou Harry.
— Os alunos da Sonserina sempre vêm daquela direção para tomar café da manhã — disse
Rony indicando com a cabeça a entrada para as masmorras. Mal as palavras saíram de sua boca e uma menina de cabelos longos e crespos saiu pela entrada.
— Desculpe — disse Rony, correndo para ela. — Esquecemos qual é o caminho para o nosso salão comunal.
— Como? — perguntou a garota empertigada. — Nosso salão comunal? Eu sou da Corvinal.


– Isso foi bem idiota. – Hermione disse revirando os olhos para Rony.
– Não tínhamos nenhum mapa para nos ajudar. – Rony respondeu fazendo Tiago, Sirius e Remo se entreolharem desconfiados.


E se afastou olhando desconfiada para os dois.
Harry e Rony desceram os degraus de pedra mergulhando na escuridão, seus passos ecoando particularmente altos a medida que os enormes pés de Crabbe e Goyle batiam no chão, sentindo que a coisa não ia ser tão fácil quanto tinham esperanças que fosse.
Os corredores que lembravam labirintos estavam desertos. Eles foram se internando cada vez mais fundo por baixo da escola, verificando constantemente os relógios para ver quanto tempo ainda lhes sobrava. Passados quinze minutos, quando iam começando a se desesperar, ouviram um movimento repentino no alto.
— Arre! — gritou Rony excitado. — Aí vem um deles agora!
O vulto vinha saindo de um aposento lateral. Ao se aproximarem, porém, sentiram um aperto no coração. Não era um aluno da Sonserina, era Percy.
— Que é que você está fazendo aqui em baixo? — perguntou Rony surpreso.
Percy fez cara de afrontado.
— Isto — disse se empertigando — não é da sua conta. É o Crabbe, não é?
— Que, ah, sim — disse Rony.
— Muito bem, já para os seus dormitórios — disse Percy com severidade. — Não é seguro ficar andando por corredores escuros hoje em dia.
— Mas como é que você está andando? — lembrou Rony.
— Eu — disse Percy empertigando-se — sou monitor nada vai me atacar.
De repente ecoou uma voz atrás de Harry e Rony. Draco Malfoy vinha em direção ao grupo e, pela primeira vez na vida, Harry teve prazer em vê-lo.
— Aí, até que enfim — disse ele com voz arrastada, olhando para os dois. — Estiveram se empapuçando no Salão Principal esse tempo todo? Andei procurando vocês; quero que vejam uma coisa realmente engraçada.


– Suspeito de que nada que Malfoy ache engraçado possa ser agradável... – Alice disse com um repentino tremor.


Malfoy lançou um olhar mortífero a Percy.
— E o que é que você está fazendo aqui em baixo, Weasley? — perguntou com desdém.
Percy parecia indignado.
— Vocês precisam mostrar um pouco mais de respeito por um monitor da escola! — disse. — Não gosto de sua atitude!
Malfoy riu debochado e fez sinal para Harry e Rony o seguirem.
Harry quase pediu desculpas a Percy, mas se conteve bem em tempo. Ele e Rony correram atrás de Draco, que disse assim que viraram o corredor:
— Esse Peter Weasley...
— Percy — Rony corrigiu-o automaticamente.


– Que mancada. – Tiago disse olhando reprovador para Rony.


— O que seja. Tenho visto ele rondando por aqui um bocado ultimamente. E aposto como sei o que está aprontando. Acha que vai pegar o herdeiro de Slytherin sozinho.
Draco deu uma risada curta e debochada. Harry e Rony se entreolharam animados.
O garoto parou junto a um trecho da parede de pedra, liso e úmido.
— Como é mesmo a senha? — perguntou a Harry. — Ah... — hesitou Harry.
— Ah, já sei... Puro-sangue! — disse Draco, sem parar para ouvir, e uma porta de pedra escondida na parede deslizou. Draco entrou e Harry e Rony o seguiram.


– É a senha mais presunçosa que poderia existir. – Frank disse com um suspiro.
– Era a mesma senha quando seguimos Ranhoso até lá no quarto ano. – Sirius deixou escapar.
– A senha nunca é trocada. – Severo respondeu seco – O próprio Slytherin colocou a senha.
– Está explicado por que é a senha mais babaca do castelo. – Tiago disse revirando os olhos.


A sala comunal da Sonserina era um aposento comprido e subterrâneo com paredes de pedra rústica, de cujo teto pendiam correntes com luzes redondas e esverdeadas.
Um fogo ardia na lareira encimada por um console de madeira esculpida e ao seu redor viam-se as silhuetas de vários alunos da Sonserina em cadeiras de espaldar alto.
— Esperem aqui — disse Draco a Harry e Rony, indicando duas cadeiras vazias mais afastadas da lareira. — Vou buscar, meu pai acabou de me mandar...
Imaginando o que Draco iria lhes mostrar, Harry e Rony se sentaram, fazendo o possível para parecer à vontade.
Draco voltou um minuto depois trazendo um papel que parecia ser um recorte de jornal.
Enfiou-o na cara de Rony.
— Isso vai fazer vocês darem uma boa gargalhada.
Harry viu os olhos de Rony se arregalarem de choque. Ele leu o recorte depressa, deu uma risada forçada e o entregou a Harry. A notícia fora recortada do Profeta Diário e dizia:
INQUÉRITO NO MINISTÉRIO DA MAGIA
Arthur Weasley, Chefe da Seção de Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas foi multado hoje em cinquenta galeões, por enfeitiçar um carro dos trouxas.
O Sr. Lúcio Malfoy, membro da diretoria da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde o carro enfeitiçado bateu no início deste ano, pediu hoje a demissão do Sr. Weasley.
"Weasley desmoralizou o Ministério" — declarou o Sr. Malfoy ao nosso repórter. "Ficou claro que ele não está qualificado para legislar, e o seu projeto de lei para proteger os trouxas deveria ser imediatamente esquecido.”
O Sr. Weasley não foi encontrado para comentar essas declarações, embora sua mulher tenha dito aos repórteres para se afastarem da casa e ameaçado mandar o vampiro da família atacá-los.”


– Lucio Malfoy é um verme. – Remo disse crispando os lábios.
– Como ele pode ter se tornado membro da diretoria? – Lily disse temerosa – Ele está fazendo isso por causa da lei de Arthur para proteger os trouxas.
– Ele está fazendo isso por que é um idiota arrogante. – Sirius bufou.


— E aí? — perguntou Draco impaciente quando Harry devolveu o recorte. — Vocês não acham engraçado?
— Ah, ah, ah, ah — riu Harry desanimado.
— Arthur Weasley gosta tanto de trouxas que devia partir a varinha e ir se juntar a eles — disse Draco desdenhoso. — Pela maneira como se comportam, nem dá para dizer que os Weasley são puros-sangues.
A cara de Rony — ou melhor, de Crabbe se contorceu de fúria — Qual é o problema, Crabbe? — perguntou Draco com rispidez.
— Dor de estômago — grunhiu Rony.
— Então vá para a ala hospitalar e dê um chute naqueles sangues-ruins por mim — disse Draco sufocando o riso. — Sabe, estou admirado que o Profeta Diário ainda não tenha noticiado todos esses ataques — continuou, pensativo. — Suponho que Dumbledore esteja tentando abafar o caso. Ele vai ser despedido se isso não parar logo. Meu pai diz que Dumbledore foi a pior coisa que já aconteceu a Hogwarts. Ele adora trouxas. Um diretor decente nunca deixaria escória como o Creevey entrar.


Mesmo tantos anos depois o sangue de Harry ainda fervia ao ouvir aquelas palavras. Tiago cerrou os punhos com tanta raiva quanto Harry, e Sirius travou a mandíbula e deixou um rosnado baixo escapar.


Draco começou a tirar fotografias com uma máquina imaginária e fez uma imitação cruel, mas exata de Colin:
— Potter, posso bater uma foto sua, Potter! Pode me dar o seu autógrafo? Posso lamber os seus sapatos, por favor, Potter?
Ele deixou cair as mãos e olhou para Harry e Rony.
— Que é que há com vocês dois?
Em atraso, Harry e Rony forçaram uma risada, mas Draco pareceu satisfeito; talvez Crabbe e Goyle sempre fossem lentos para entender as coisas.
— São Potter, o amigo dos sangues ruins — disse Draco lentamente. — Ele é outro que não tem espírito de bruxo, ou não andaria por aí com aquela Granger sangue-ruim metida a besta. E tem gente que acha que ele é o herdeiro de Slytherin!


A voz de Lily tremia por ter que ler aquelas coisas em voz alta, seus dedos apertavam o livro com tanta força que estavam ficando brancos.


Harry e Rony esperaram com a respiração suspensa: Draco estava certamente a segundos de contar que era ele, mas então...
— Eu bem gostaria de saber quem é — disse com petulância. — Até poderia ajudar.
O queixo de Rony caiu de um jeito que Crabbe pareceu ainda mais tapado do que de costume. Felizmente, Draco não reparou e Harry, pensando rápido, disse:
— Você deve ter uma ideia de quem está por trás disso tudo...
— Você sabe que não tenho, Goyle. Quantas vezes preciso lhe dizer isso? — retrucou Draco com maus modos. — E meu pai não quer me contar nada sobre a última vez que a Câmara foi aberta, tampouco. E claro, foi há cinquenta anos, antes do tempo dele, mas ele sabe tudo que aconteceu e diz que o caso foi abafado e que vai levantar suspeitas se eu souber de muita coisa. Mas uma coisa eu sei, a última vez que a Câmara Secreta foi aberta, um sangue-ruim morreu. Então aposto que é uma questão de tempo até um deles ser morto... Espero que seja a Granger — disse com prazer.


– Há cinquenta anos de 1992... – Tiago disse pensativo – Então a câmara foi aberta pela primeira vez em 1942...
– Ele deve estar se referindo à Murta quando disse que uma aluna foi morta. – Sirius disse – Nada que já não soubéssemos...


Rony crispava os punhos enormes de Crabbe. Harry, sentindo que o amigo poderia se denunciar se avançasse em Draco, lançou a Rony um olhar de alerta e disse:
— Você sabe se a pessoa que abriu a Câmara na última vez foi apanhada?
— Ah, é claro... Seja lá o que for foi expulso — disse Draco. — Com certeza ainda está em Azkaban.
— Azkaban? — perguntou Harry intrigado.
— Azkaban, a prisão de bruxos, Goyle — disse Draco, olhando para ele incrédulo. — Sinceramente, se você fosse mais devagar, andaria para trás.
Mexeu-se inquieto na cadeira e continuou:
— Meu pai diz para eu ficar na minha e deixar o herdeiro de Slytherin fazer o trabalho. Diz que a escola precisa se livrar de toda a sujeira dos sangues-ruins, mas para eu não me meter. É claro que ele está com as mãos cheias nesse momento. Sabem que o Ministério da Magia revistou a nossa propriedade na semana passada?
Harry tentou botar na cara de Goyle uma expressão de preocupação.
— É... — disse Draco. — Felizmente não encontraram muita coisa. Papai tem um material para Artes das Trevas muito valioso. Mas felizmente, temos a nossa câmara secreta embaixo da sala de visitas...


– Eu falei. – Sirius disse dando de ombros – Abraxas Malfoy se gabou um bocado de seus tesouros com minha mãe.


— Ho! — exclamou Rony.
Draco olhou. O mesmo fez Harry. Rony corou. Até seus cabelos começavam a ficar vermelhos. O nariz também estava crescendo — o tempo deles se esgotara e Rony começava a voltar ao normal e, pelo olhar de horror que de repente lançou a Harry, devia estar acontecendo o mesmo com o amigo.
Os dois se levantaram depressa.
— O remédio para o meu estômago — rosnou Rony e, sem mais demora, atravessou correndo toda a extensão do salão da Sonserina, atirou-se à parede de pedra e saiu pelo corredor na esperança de que Draco não tivesse notado nada. Harry sentiu os pés derraparem nos enormes sapatos de Goyle e teve que levantar as vestes à medida que iam encolhendo; os dois se precipitaram pelas escadas que levavam ao saguão de entrada, onde se ouviam as batidas abafadas que vinham do armário em que haviam trancado Crabbe e Goyle. Deixando os sapatos ao lado da porta eles subiram de meias e a toda velocidade a escada de mármore em direção ao banheiro da Murta Que Geme.
— Bom, não foi uma perda total de tempo — ofegou Rony, fechando a porta do banheiro ao passarem. — Sei que não descobrimos quem é o atacante, mas vou escrever a papai amanhã e dizer para ele revistar embaixo da sala de visitas de Malfoy.


– Pelo menos para isso tudo isso serviu. – Tiago disse dando um meio sorriso para Rony.


Harry contemplou seu rosto no espelho rachado. Voltara ao normal. Colocou os óculos enquanto Rony socava a porta do boxe de Hermione.
— Mione, saia daí, temos um monte de coisas para lhe contar...
— Vão embora! — disse Hermione esganiçada.


– Alguma coisa deu errado... – Neville disse preocupado.
– É obvio que a poção estava perfeita, – Tiago disse pensativo – devia ter algo errado com o fio de cabelo...
– Essa poção não pode ser usada com animais. – Severo disse de repente.
– É isso! – Lily disse pesarosa – A garota devia ter um bichinho, provavelmente um gato...
Todos da sala olharam para Hermione com uma mistura de pena e graça.


Harry e Rony se entreolharam.
— Qual é o problema? — perguntou Rony. — Você já deve ter voltado ao normal agora, nós...
Mas a Murta Que Geme atravessou de repente a porta do boxe. Harry nunca a vira com a cara tão feliz.
— Aaaaaah, esperem até ver. Que horrível...
Eles ouviram o trinco se abrir e Hermione saiu, soluçando, as vestes cobrindo a cabeça.
— Que foi que houve? — perguntou Rony inseguro. — Você continua com o nariz da Emília ou coisa assim?
Hermione deixou as vestes caírem e Rony recuou contra a pia.
O rosto da garota estava coberto de pelos negros. Os olhos tinham virado amarelos e orelhas compridas e pontudas espetavam para fora dos cabelos.


Tiago, Sirius e Remo tentavam abafar o riso ao imaginar Hermione daquela forma. Lily, porém, estava sentindo-se mal pela garota.


— Era um pelo de gato! Emília Bulstrode deve ter um gato! E a poção não deve ser usada para transformar animais!
— Uau! — exclamou Rony.
— Vão caçoar de você horrores — exclamou Murta, feliz.
— Tudo bem, Mione — disse Harry depressa. — Levamos você para a ala hospitalar. Madame Pomfrey nunca faz muitas perguntas...


– O que é muito bom... – Sirius disse com um meio sorriso.
– Nem imagino o que vocês falaram para ela que aconteceu... – Neville disse com um suspiro.


Levou muito tempo para persuadirem Hermione a deixar o banheiro. Murta Que Geme despediu-se dos garotos com uma risada gaiata.
— Espere até todo mundo descobrir que você tem rabo!


– Não vão descobrir. – Lily disse soltando o livro sobre a mesa – Madame Pomfrey vai colocar as cortinas para que ninguém possa perturbar...
– Vocês deviam ter tirado uma foto... – Sirius disse para Harry e Rony rindo – Adoraria ver Hermione transformada em gata.
– Se tentássemos tirar uma foto ela arrancaria nossos olhos. – Rony disse rindo – Ela sabia feitiços o suficiente para isso!
– Ninguém mais duvida disso. – Tiago disse olhando para Severo com desdém – Uma menina de doze anos que fez uma poção Polissuco perfeita, com certeza sabe o bastante para fazer um estrago.
Harry pegou o livro e o abriu no próximo capítulo:
– Capítulo XIII – O diário secretíssimo.

                                                                  ~~ x ~~  

 


Olá leitores queridos. Devo a vocês uma pequena explicação. Meu noivo teve um problema de saúde, tive que levá-lo ao hospital e estou cuidando dele 24h por dia, ou seja, não tenho tido tempo para escrever e para postar, por isso vou precisar voltar a postar apenas uma vez por semana. Tenho medo de continuar postando duas vezes por semana e alcançar o lugar onde parei em PdA, não quero deixar vocês mais de uma semana sem atualização, por isso até que eu tenha terminado PdA vamos ficar com apenas uma postagem por semana.
Bem, acabei de ler a trilogia THG, e vou ser sincera com vocês, gostei dos livros, nada comparado com HP é claro, mas achei interessante de verdade, li o último em 12 horas, comecei a ler umas nove da manhã e acabei 9 da noite. Mas achei o final realmente muito triste, será que aquilo era realmente necessario depois de tudo o que a pobre garota passou a vida toda? Enfim, apesar de o final mesmo ser meio feliz, achei um bocado deprimente... Não vou explicar melhor por que não gosto de dar spoilers para quem não leu ainda...


 


Julialindademais: Já disse muitas vezes que não vou parar, não vou desistir e vou até o final, pode ter certeza.
Thainá Aguiar: Você acha o raciocinio rápido do Tiago, rápido demais? Exagerado ou algo assim? Alice vai se recusar a aceitar que Lockhart é um panaca até não arrumar mais maneiras de defendê-lo... Tadinha, hehe. Nunca estive em Goiás... O que tem de legal aí?
Mione Weasley Granger: Nunca imaginei a Lily completamente certinha, afinal ela não casaria com um maroto se fosse uma completa santa, não é?
Bia Ginny Potter: Não conheço São Paulo muito bem, só passei pelo estado de ônibus indo para outros lugares... Ok, eu também admito que a morte do Sirius foi necessária, mas mesmo assim sofro muito quando vou ler essa parte do livro, apesar do resto dele todo ser um dos meus favoritos. Eu sinceramente tinha esquecido que o Snape que tinha ensinado o Expelliarmus, mas isso de fato é um bocado irônico. Até o Rony achava o Lockhart sem memória gente boa, hehe. Esse livro é muito difícil para Gina, ela fica o tempo todo se sentindo culpada, apesar do que os outros falam... Tiago tem a vantagem de ver as reações deles e ele também tem conhecimento do mundo mágico, coisas que nós não tinhamos ao ler o livro pela primeira vez, por isso é mais fácil para ele acertar o que está acontecendo. Vou acrescentar mais algumas histórias paralelas, tanto do tempo dos marotos quanto da Gina e do Neville. Do Rony e da Mione seria difícil, pois passavam o tempo todo com Harry.
Bruh Lovegood: Tiago tem a vantagem de ver as reações das pessoas e de ter conhecimento do mundo mágico, se tivessemos lido o livro pela primeira vez desse jeito, talvez tivessemos matado a charada tão rápido quanto ele, não é?
Guilherme L: Bem, Tiago tem a vantagem de ver as reações das pessoas e de ter conhecimento do mundo mágico, isso facilita um pouco pra ele enxergar coisas que nós não enxergamos em um primeiro momento, mas respeito sua opinião, e estou trabalhanco em um Tiago menos "sabe-tudo" para Pda em diante. São 18 capítulo em CS, estamos quase acabando, por isso estou com medo de acabar e não ter mais o que postar... Tenho muita vontade de conhecer o Recife, dizem que é um lugar muito bonito!
Clara Black Potter: Qual a distancia da sua cidade para o Rio? Eu já morei em uma cidade chamada Bom Jesus do Itabapoana, sua cidade não pode ser mais esquina do fim do mundo do que isso. Acho que eles não raciocinaram muito, é meio ridículo que o Harry, filho de uma nascida-trouxa e melhor amigo de outra, esteja tentando matar nascidos-trouxa pela escola afora. E eu adoro escrever lembranças dos marotos que não aparecem nos livros, afinal eles passaram sete anos em Hogwarts aprontando todas, adoro criar esses momentos. Pode fazer capas para as minhas fics sempre que quiser!
Viih Lovegood: Mas você está achando a inteligêcia do Tiago exagerada demais?? A parte mãe da Lily não vai sair de cena em momento algum, mas aos poucos ela deve perceber que o Harry precisava fazer tudo isso. PdA está sendo o mais difícil para mim até agora, então imagino que os marotos vão sofrer um pouco com ele. Achei a sua ideia de fic muito interessante, apesar de eu não costumar gostar de UA parece que essa ideia daria certo, mas em que momento Harry apareceria no outro universo, ele surgiria a tempo de fazer com que Lily e Tiago o tivessem, ou não teria jeito mesmo??
Clenery Aingremont: Os marotos tem algumas vantagens que Hermione não tinha na época, não é? Eles, por exemplo, conhecem muito bem a genealogia bruxa, a Mione não fazia ideia de nada disso. Sabendo que ele não é herdeiro de Slytherin, suponho que Malfoy tenha ficado para ver um pouco de sangue... Também imagino a Astória diferente, mas acho que a família dela é tão esnobe quanto os Malfoy ou os Black, tanto que a irmã mais velha dela era do grupinho do Draco, não é? Os filmes sempre me irritam um bocado por causa dessas coisas, seria tão difícil assim seguir a history line do livro? Tem umas coisas muito absurdas, alguns erros (tipo o Harry não ganhar a firebolt no natal em PdA e sim no fim do filme) que são bobos, mas incomodam, o que custaria fazer direito? Acho que li algo sobre o Nick ser despetrificado no Pottermore, mas não lembro muito bem, depois procuro. Acho que Pirraça convenientemente esqueceu dessa proibição. Eu nasci no Rio de Janeiro, mas já morei em algumas outras cidades do estado, atualmente estou em Petrópolis.
Luiza Snape: Aos pouquinhos Snape vai evoluir um bocado, talvez até melhore muito no fim. Musiquinha do Pirraça para o Sirius? Não sei... Ele tem uma musiquinha para o Sirius? Nunca estive em São Paulo... Você gosta de morar ai?
sasa lovegood: Eu nasci no Rio, mas atualmente moro em Petrópolis, bem pertinho, mas minha avó ainda mora no Rio. Qual a sua faculdade? Não se preocupe com o tamanho do comentário, fico feliz que tenha comentado!
Luiza Granger Malfoy: Devia ter imaginado que você shippava Dramione, estou escrevendo outra fic Rose/Scorpius, quando postar eu te falo, fiquei muito feliz em ver seu comentário em Defying Gravity! Fico feliz que ache que a Alice está chata, afinal essa era minha intenção! PdA está problemático para mim, é muito difícil expressar o que o Sirius e o Tiago estão sentindo... Não se preocupe com tamanho de comentário, só de você lembrar de mim e ter a consideração de comentar já fico satisfeita! Eu nasci no Rio, mas atualmente moro em Petrópolis, bem pertinho.
Mary Lilian Potter: Lily vai ter que se acostumar com as aventuras de Harry, estamos apenas no segundo livro, ainda temos muita coisa pela frente... Já escrevi a morte do Sirius, e chorei escrevendo, é muito difícil para mim, afinal amo muito o Sirius. Nunca achei que Lily fosse completamente santinha, ela merecia uma passagem pela sala de Dumbledore, para mostrar o lado mais maroto dela, mas pelo menos ela foi lá por um bom motivo, não é?
Luna Moura: Vou contar vários casos dos Marotos, talvez mais para frente eu conte do dia que eles transformaram alguém em animal...
ste_panza: Por um lado acho que seria um alivio para Tiago descobrir que o traidos é o Rabicho e não o Sirius, afinal apesar de Rabicho ser amigo dele, o Sirius é praticamente um irmão. Sou muito insegura mesmo, tenho até dificuldade de postar... Mas você disse que andou lendo outras, me conte quais, me diz o que achou delas!! Alice tem dificuldade para admitir que está errada, então ela só vai admitir quando não tiver mais jeito. Acho que apesar de Rony ter medo de Voldemort, ele se sente seguro, afinal passou a vida toda ouvindo que Harry derrotou Voldemort, e ele acredita fielmente que Harry pode fazer isso de novo (não podemos dizer que ele está errado, não é?). Você mora onde no Paraná? Eu sou do Rio de Janeiro, mas atualmente moro em Petrópolis - RJ.
HarryJ.Potter: Você achou exagerado o pessoal do passado tirar todas essas conclusões? PdA está sendo muito difícil de escrever, o mais difícil até agora pelo menos.
LULU789: Eu preferiria duelar sozinha a ter Lockhart como instrutor. Li alguma coisa sobre como Nick foi petrificado no Pottermore, mas não lembro muito bem, depois procuro.
NathaliaHelena: Que bom que não me abandonou! Fico feliz por ter conseguido te prender, espero que continue te prendendo até o fim!
Gi Molly Weasley: Minha casa também é Corvinal. Desculpa a demora para atualizar, mas como falei vou precisar voltar a postar só uma vez por semana...
Flávia Villaça: Que bom que o Tiago e o Sirius estão fiéis à sua imaginação! Até agora as reações mais difíceis são as de PdA, mas vou continuar me esforçando para manter os personagens fiéis. Já estive em Niterói algumas vezes, o filho do meu noivo mora ai com a mãe dele... Eu moro em Petrópolis, bem pertinho!
Maria Eduarda Rieg Weasley: Já ouvi falar em brusque, dizem que é uma cidade legal. Colocar o Snape no centro dos conflitos é muito clichê, e mais para frente não vou ter outra opção a não ser colocar todo mundo brigando com ele, por isso achei melhor dar um tempo para ele por enquanto. Sempre achei que fosse da Gina mesmo o poema... Você vai ver o que acontece no próximo capítulo!


 


É isso então gente! Adoro os comentários de vocês, como sempre. Minha pergunta hoje é quantos anos vocês tem e o que fazem da vida? Eu tenho 22 anos, sou noiva, faço faculdade de direito e escrevo fics. Adoraria ser uma escritora séria, com livros publicados e etc, mas sou muito insegura.
Comentem sempre! Até o próximo!


 

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Comentários (20)

  • Beatriz Corlleone

    Oi cap. perfeito como sempre ,tenho 15 anos e curso o 2 ano do ensino medio! 

    2014-02-08
  • Gi Molly Weasley

    AMEI O CAPÍTULO! tudo bem voce postar uma vez por semana. Se fosse comigo, eu faria o mesmo! Bom, respondendo: eu tenho 20 anos, tenho um namorado lindo <3, curso fisioterapia e queria saber escrever bem kkkk

    2014-02-07
  • Viih Lovegood

    Eu fico imaginando como seria tomar a poção Polissuco... argh, deve ser horrível. Primeiramente gostaria de dizer um "Chupa Snape, a Mione é diva e você não". Acho que você já percebeu que eu não curto muito do Ranhoso, né Juh? hahahahahaA Lily parece a mais chateada de todas. Acho que é coisa de mãe. Ela não pode estar com Harry nos mais simples momentos, ela deve se sentir pessíma.Eu tenho certeza que mesmo com as acusações do Sirius em PdA o James e o Remus não vão abandona-lo. Os dois sabem que a nossa estrelinha é boa demais para fazer uma coisa tão grave como essa. Ele não é louco de se juntar a Voldemort. Tudo bem, ele pode ser um pouco louca, mas é louco de uma forma boa, não igual a loucura da família dele. "Ouvi dizer que os Blacks são loucos."Então, sobre suas perguntas para minha fanfic, vou explicar melhor: Tudo acontece conforme a história. James e Lily se odiavam, mas acabam gostando um do outro e namorando. Eles se casam e tem o Harry. A profecia é lançada.A história só muda nessa parte: Quando Harry tinha dois meses, Peter deixou Voldemort entrar na casa dos Potters. James e Lily estavam dormindo, quando ouviram o girto do Harry. Eles sairam correndo, mas quando chegaram no quarto dele, Voldemort já tinha ido embora e o pequeno Harry de dois meses estava morto em seu berço.Sem Harry para destrui-lo, as coisas fogem do controle. Ele assume todo mundo bruxo, exceto Hogwarts (mas ele tá chegando lá). James e Lily acabaram virando pessoas frias depois da morte do Harry. Eles só tratavam bem um ao outro, a Sirius, Remus e Dumbledore. Mais ninguém. Rony também ficou diferente, Hermione também fixcou diferente. A morte do Harry afetou todos d eum jeito ou de outro. Dumbledore, cansado de ver tanto sofrimento, acaba achando um feitiço que pode trazer o héroi de outro universo. Assim que o Harry do nosso universo vai parar nesse todo modificado.Melhoras para seu noivo :/ E que bom que gostou de THG. Eu também achei o fim da Katniss muito sofrido. "A vida não é um conto de fadas.", é o que diz A Culpa é das Estrelas.Beijoooooooooooos! 

    2014-02-07
  • LuLu Weasley Potter

    SEU NOIVI ESTA BEM JUH???MELHORAS PARA ELE...CAP MUITO BOM ADOREI...SUPER ANCIOSA PELO CAP DO POEMA...RESPONDENDO SUA PERGUNTA, EU TENHO 20 ANOS E FAÇO FACULDADE DE PSICOLOGIA...TENHO UMA PERGUNTINHA PRA VC...VC É A FAVOR DOS CASAIS RONY/HERMIONE E HARRY/GINA???PQ EU NÃO SEI SE VC ESTA SABENDO MAS A J.K. ROWLING DEU UMA ENTREVISTA ESSES DIAS DIZENDO QUE TINHA SE ARREPENDIDO DE TER COLOCADO A HERMIONE E O RONY COMO UM CASAL, QUE TERIA PREFERIDO QUE FOSSE ELA E O HARRY...NA MINHA OPINIÃO ELA NAÕ TEM QUE SE ARREPENDER DE NADA...OS DOIS CASAIS SÃO MAIS QUE PERFEITOS...E VC O QUE ACHA??? 

    2014-02-07
  • sasa lovegood

    Oiii... faço medicina na Estácio. Estou no 7º período.Como está seu noivo?? Ta tudo bem com ele?? Fiquei preocupada...Estou voltando ao Rio amanhã, meu estagio em Manaus acaba amanhã. Mas devo ir para Rio das Ostras que é onde os meus pais moram. Fico lá até provavelmente quarta, já que minhas aulas voltam na quinta.Respondendo o restante da sua pergunta, tenho 24 anos. Nasci em BH mas como eu ja disse antes moro no Rio.Agora falando do capítulo... eu adorei e também gostaria de ver a cara da Mione ao ser "gata". Hahahahaha...Acho q os insucessos fazem um pouquinho de bem a ela, controla o EGO!Alice e Thiago vão se acertar né?! Sei q Alice precisa cair na real e tudo mais, mas poxa... o Thiago tem que entender q o probleminha peludo do Remo é complicado. É dificil quebrar um preconceito.Adoro o Sirius e vc o descreve exatamente como eu o imagino com essa idade...meeeega irresponsável e o melhor amigo que todos gostariam de ter.Bom, vou indo lá... vou sair pra ir ao Teatro Amazonas (com o estágio quase não tive tempo de sair em Manaus). Depois conto como foi.Bjos continue sempre e melhoras para o seu noivo! 

    2014-02-06
  • Maria Coelho

    Velho, sua história tá ótima. E no Diário Secretissimo (capítulo preferido de CS), faz a Gina se manifestar um pouco, por favor? Por que tem a história: "seus olhos são verdes, como sapinhos cozidos...." E é obvio que é da Gina. E não deixem as pessoas rirem dela: Ginevra Molly Weasley Potter <3

    2014-02-06
  • Bruh Lovegood

     Mais uma vez vim comentar que sua fanfic esta ótima! E acho que você tem razão sobre o Tiago estar entendendo o livro rapidamente, afinal ele sabe muitas coisas sobre o mundo Bruxo e tem raciocinio rápido!Affs a Alice é muito ingenua por acreditar que o Lockhart é o bom da história, quero ver a reação dela quando descobrir que ele é um covarde e  só sabe tirar proveito dos outros...Coitada da Gina ela ta se sentindo triste demais, espero que nos próximos livros ela revele sua verdadeira personalidade, afinal ela é uma menina  forte e não uma menina que apenas chora...Não vejo a hora de começar O Enigma do Principe e As Reliquias Da Morte, coitada da Lily vai morrer de preocupação, e o Snape vai sofrer no Enigma do Principe, os marotos ja não gostam dele imagina quando ele matar o Dumbledore!Espero que os Marotos e o Severo comecem a se dar bem quando todos descobrirem que Snape sempre ajudou o Harry!  Não vejo a hora de vc continuar shuahu!Bjuss   

    2014-02-06
  • Luiza Snape

    Assim Sampa é meio inferno meio paraíso, mas como moro na região do Butantã é uma região tranquila. Aaaaah é que em algum capítulo, o sirius disse que o pirraça tinha uma musiquinha para ele. Por isso!!!Gostaria de ver o Snape revoltado com o seu eu futuro e acharia legal se ele fosse elogiado em PdA por defender o trio do lobisomen. 

    2014-02-06
  • Clara Black Potter

    Espera um segundo.. inda ainda estou digerindo isso... Severus Snape realmente fez um elogio à Hermione Granger??! Cade a minha camera para registrar esse momento inedito na historia?! hahaha Acho que é agora que o ego da hermione ocupa todo o lugar restante da sala. kkkkkkkkk zoa'Eu gosto desse capitulo. e eu ri da hermione.. deu pena, mas foi engraçado kkkEsse livro está fazendo com que eu não goste da Alice.. espero voltar a gostar dela nos proximos. Ela está insuportavel. Nem com o James sendo seco com ela a garota se toca. ¬¬ Estou ansiosa para os proximos capitlos!Respondendo as perguntas... eu tenho 19 anos e faço curso tecnico de informatica. Só digo uma coisa.. programação é um cão. kkkkRespondendo a sua outra pergunta, Cordeiro fica umas 4/5 horas do Rio. Fica perto de Nova Friburgo. 

    2014-02-06
  • Thainá Aguiar

    Um tanto rápido. Mas não exagerado, ele tem mesmo que ter um raciocínio rápido afinal e um maroto. Kkkkkkk.Ta uma pena da Alice dela acreditar nele.  Goiás e legal mesmo.Quente mas e bom pq tem rios e lagos.Kkkkkkk. 

    2014-02-06
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