Mau pressentimento



 









N



o final de semana, Milena acordou bem cedo. Não sabia que horas os pais iriam chegar, e não queria estar dormindo quando eles chegassem. Depois de algumas horas de ansiedade, ela ouviu passos no jardim. Olhou pela janela e viu que os seus pais haviam chegado.


                - Filha, que saudade! Vem cá, me dá um abraço! Tudo bem com você?


                - Sim, está tudo bem.


                - Oi, Héleska! Muito obrigado por cuidar da Milena nessas férias! Você sabe como é...


                - Ora, eu entendo! Bem, mais ou menos, por não ter esse mesmo poder que vocês. Mas, imagina, é sempre um prazer. E você sabe como eu gosto da Mi, não é, mana?


                - Claro, claro. Então, filha, quais são as novidades? Têm conhecido alguns trouxas por aqui?


                - Não, não tenho. Eles acham que eu sou uma delinqüente perigosa e uma estranha que vive no mundo da lua. Eu bem que tentei conversar com eles, mas eles simplesmente fogem.


                - Mas por quê?


                - Não sei.


                - Mas, Mi, você me disse ontem que tinha encontrado um tal de Parry... Não, Barry Clotter naquele parque abandonado que você vai...


                - Barry Clotter? Parque abandonado? Explique, Milena, por favor.


                - Eu vou naquele parque pra pensar um pouco, ficar olhando o pessoal passando... Juro, não faço nada de mais. Às vezes pego umas revistas ou livros e levo lá pra ler.


                - Pelo amor de Deus, Milena! Sozinha num parque? É muito perigoso nos tempos que correm!


                - Eu sei, eu sei. Desculpa. É que eu não agüento ficar muito tempo dentro de casa, vocês sabem.


                - Ainda bem que não aconteceu nada com você! Mas não faça mais isso, é muito arriscado! E quem é Barry Clotter?


                - Não, não é Barry Clotter. Por engano, eu encontrei o Harry Potter lá no parque, também.


                - Harry Potter?


                - É, nós ficamos conversando. Ele me pareceu meio desatualizado quanto às notícias do nosso mundo, mas ele é bacana.


                - Puxa, nós queríamos conhecê-lo. Tadinho, passou por tanta coisa! E ele é muito corajoso, tem uma coragem que poucas pessoas tem. Mas, então, nós dissemos que íamos estar de folga nesse fim de semana, mas na verdade também temos outro motivo para estar aqui em Little Whinging.


                - Era bom demais pra ser verdade... Mas qual é esse motivo?


                - Resolver um problema do Ministério. Hassin Missan está aprontando. Ele está guardando objetos suspeitos. Precisamos investigar.


                - Ah, estávamos vindo pra cá quando a coruja de Hogwarts cruzou o nosso caminho. Ela nos deixou a sua carta. Pegue. Nós poderíamos ir juntos ao Beco Diagonal amanhã. Chame Harry, acho que ele gostaria de ir.


                - Obrigada, mamãe. Eu vou chamar ele. Só espero que os tios trouxas deixem-no ir.


                - É verdade, mas nós daremos um jeito. Cedrico Diggory procurou por você lá em casa. Você não disse a ele que estaria aqui?


                - Faz tempo que não dizemos nada um para o outro.


                - Hum... Ele parecia muito ansioso em ver você. Tadinho, ficou desapontado quando dissemos que você não estava.


                Ficaram conversando horas a fio. Milena estava muito feliz que seus pais estivessem ali com ela, mas algo a perturbava. Fazia muito tempo que Cedrico não falava com ela. Ela sabia que Cedrico estava namorando Cho Chang, uma garota da Corvinal.


                Milena foi dormir ainda com essa história martelando na cabeça, mas logo adormeceu. Teve um sonho estranho. Sonhou que Harry e Cedrico estavam dentro de um labirinto e depois um lampejo de uma luz verde passou sobre a cena. Logo depois, uma escuridão total e choros desesperados. Milena acordou assustada. Não sabia como, mas pressentia que alguém estaria correndo perigo.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.