Escrito na borra de café



Alice estava apoiada no parapeito da janela do Salão Comunal, olhando distraidamente para fora, com um pergaminho em suas mãos.
    Ela mordia o lábio inferior insistentemente, demonstrando nervosismo. Depois que acabara o almoço, a menina havia saído sem ninguém percebê-la, e se encaminhou para lá, em busca de privacidade, para tomar coragem e fazer algo que estava adiando desde a hora do café da manhã: abrir a carta que recebera do irmão. Na verdade, ela se sentia uma verdadeira covarde por sentir medo de seu conteúdo. E se fossem más notícias? Seu coração trepidou, e ela prendeu a respiração, olhando para o selo de cera derretida com um “P” gravado que fechava a carta.
    - Vamos, Alice Prewett... Mostre que você é uma legítima guerreira da casa de Godric Gryffindor...
    E no mesmo momento em que suas mãos trêmulas abriram o envelope, um soluço de choro a fez desviar o olhar para a entrada. Era Marlene, aos prantos. Alice, assustada, colocou o pergaminho por dentro das vestes de qualquer jeito e foi amparar a amiga. Quando Marlene a viu, congelou. Não esperava ver ninguém ali, queria tanta privacidade quanto Alice quando rumou para lá após presenciar a deplorável cena de amor de Sirius e Amanda.
    - Lene! Que houve? – Alice se aproximou, fazendo-a sentar-se. Marlene tremia dos pés a cabeça.
    - Ai, Alice... – A menina jogou a cabeça para trás, fechando os olhos – Eu sou uma idiota! É isso, idiota! Eu sofro por nada!
    Alice era bastante sensível para saber exatamente o que aquele “sofrer por nada” queria dizer. Num gesto meigo, passou a mão pelos cabelos de Marlene, tentando ignorar que ela própria estava em pânico com um pedacinho de papel.
    - Oh, minha flor... Sabe, meu pai sempre disse para mim e para o Dudy que o que não nos mata, nos torna mais forte. Nada que acontece é por acaso, é só para nos mostrar o quanto somos resistentes, e não sabemos. Seja lá o que tenha acontecido... Não há nada que o tempo não vá curar.
    Marlene abriu os olhos, mirando Alice como se nunca a tivesse visto antes. Tudo bem que nunca conversara muitas intimidades com ela, mas a garota tinha uma estranha fama de maluca. Claro que parte dessa fama era devido a sua afinidade por adivinhação e astrologia, mas Alice estava falando coisas mais sábias que suas amigas de longa data. Marlene pensou que se fosse, por exemplo, Dorcas no lugar de Alice, o texto seria: “Tá vendo? Eu avisei! Quem mandou arrumar sarna de cachorro para se coçar? Agora, chora, neném...”.
    - Puxa, Alice... Obrigada.
    - Não agradeça... – Alice pressionou o nariz de Marlene com a ponta do dedo – É sério. Pense nisso. E tem mais... Desculpa minha intromissão... Mas se for por causa do Black... – e Marlene pôde ver um certo desprezo por parte da garota ao se referir a Sirius – Você tem que se valorizar. Olha pra você... É linda! Absolutamente linda!
    - Ah, que isso... – Marlene riu, sem jeito com o elogio.
    - Sério, Frank também acha – E Alice piscou para ela. – O que eu quero dizer, Lene, é que você tem uma vida inteira pela frente. Eu imagino o quanto deve ser ruim gostar de uma pessoa que não nos corresponde... Eu mesma, achava que Frank, com toda sua inteligência e timidez, nunca se interessaria por uma lunática, maluca e com síndrome de profetiza... Mas olha só, quem diria... Estamos juntos e felizes... Mesmo sem aparentemente termos nada em comum.
    Marlene gargalhou, embora se sentisse a mais malvada das malvadas ao fazê-lo, mas foi simplesmente hilário o jeito como Alice se definiu. Certo, ela sabia exatamente o que falavam dela pelas costas... Devia ter lido algo nas folhas de chá ou na bola de cristal. O que era mais surpreendente era que ela ria disso também. Alice ria como se tivesse acabado de dizer “tirei excede expectativas em poções”. Marlene a invejou internamente, por saber lidar tão bem com as crises. Naquele momento, ela entendeu que tinha muito que aprender com Alice.
    - Ai, valeu, Alice! – Marlene a abraçou demoradamente. – Você não sabe o quanto eu precisava dessa injeção de ânimo!
    - Disponha... E quer saber? Eu nunca fui com a cara do Black... Aquele ar dele de “Eu sou gostoso, olhem para mim, se fosse mulher me daria ideia” me dá náuseas...
    - A mim também, pode crer... – Marlene falou num suspiro.
    - Quer contar o que houve? – Alice perguntou, ainda abraçada com ela.
    Marlene se soltou do abraço, olhando para o chão. Se fosse para desabafar, Alice parecia ser mais neutra na história do que Lily, Dorcas ou Emmeline. E havia um ponto positivo: Ela não gostava, assumidamente, Sirius. Não era como Lily, que dizia o odiar e estava escolhendo um vestido que combinasse com a gravata dele para o acompanhar ao baile. O pensamento de Lily com ele no baile fez Marlene sentir mais vontade ainda de acabar com o restinho de respeito que Alice poderia ter pela pessoa cafajeste de Sirius.
    - Eu o vi aos beijos... Com uma garota... Da Sonserina.
    Alice piscou várias vezes para assimilar a informação que recebia.
    - Amanda Stonebreaker? – para surpresa de Marlene, Alice sabia quem era. - Loira, peituda e que não ama mais nada além de seu reflexo no espelho?
    - Como sabe?
    - Ow... – Ela deu um tapinha no ar. – Eu... Digamos... Sabia.
    - Você sabia deles dois? – Marlene deixou o queixo cair. Seria possível que só ela, idiota, não sabia?
    - Não, quer dizer... Sim... Mas não tinha certeza. – Alice fez uma pausa, como se tentasse lembrar de algo. – Lembra na última aula de adivinhação? Que a professora me mandou fazer par com ele?
    - Sei...?
    - Então, era pela borra de café, certo? Primeiro, eu vi um grande cão negro, eu disse pra ele que era um sinistro e ele riu de mim... idiota - ela revirou os olhos cor de oliva -  Disse que eu era uma vidente de meia tigela... – a irritação crescente na voz de alice deixava bem  explicado de onde vinha tanta raiva por Sirius, Marlene pensou – Só que na verdade, não era um sinistro, e isso eu não contei... Poderia tê-lo feito morder aquela língua e morrer com o próprio veneno, mas deixei quieto, porque a revelação seguinte era muito mais letal... E eu vi que ele estava entre dividido entre duas garotas, uma era você... E a outra era a Amanda “peitão” Stonebraker. Você tinha que ver a cara dele quando eu falei... – Alice tinha um sorriso maquiavélico no rosto. Se você perguntar por mim a ele, aposto quantos galeões quiser que ele dirá: "Oh, Alice? Ah, grande vidente aquela..."
    - Alice... – Marlene sentiu que não devia, mas a curiosidade era uma desgraça. – Você disse... Dividido entre ela... E eu?
    - Ops... Disse... – Alice bateu na boca , fingindo arrependimento, mas riu.– Desculpa, eu devia ter te poupado?
    - Não, espera... – Um certo quê de excitação percorreu o corpo de Marlene. – Ele sente algo por mim? Você viu?
    Alice mirou profundamente os olhos de Marlene, no momento em que pensava se deveria contar ou não o que sabia. Após um longo suspiro, decidiu atender ao apelo dela.
    - Certo... ele acha que você é a garota da vida dele, mas ele tem que tomar juízo primeiro, pra depois te levar a sério. E enquanto essa Amanda estiver na vida dele, exibindo aquele par avantajado de seios... Ele não vai ter paz.
    Marlene sentiu os músculos da face, involuntariamente, se contraindo num sorriso. Alice se odiou por dar esperanças a ela. Por isso, tratou de desfazer o malfeito.
    - Só que... Não se empolgue, Lene. Muita coisa ainda vai acontecer. Por isso, eu te digo: viva um dia de cada vez, aproveite todas as oportunidades que a vida te der, namore quem julgar que mereça sua companhia maravilhosa e te dê valor... Só não se empolgue com o Potter também, esse já está predestinado... – Alice soltou a última frase, maleficamente, por entre um risinho.
    - Ah, não! Me conta isso! – Marlene se ajeitou na poltrona, eufórica. – É com Lily? Eles vão se entender? Ow, ele está se desdobrando, coitado... E eu estou meio que ajudando ele... Se bem que Lily é esperta...
    - Não adianta, é o destino da Lily, eu vi nas folhas de chá – Alice balançou a cabeça, insistentemente. - Sempre acontece. Eles vão se casar antes que eu e Frank, duvida?
    - Ai, que tudo! Que tudo! – Marlene dava pulinhos, animada – Alice, você é um gênio... Eu não vou me engraçar com ele, Jay é só meu amigo mesmo...
    - Isso, não se engrace com o Potter, e nem com o Longbottom, claro... A menos que queira uma morte muito lenta e dolorosa, mocinha... – e ela encenou cara de raiva.
    As meninas gargalharam juntas, até que o quadro da Mulher gorda deu passagem para mais um aluno procurando refúgio. E as gargalhadas cessaram após ambas verem quem era.
    - Oi... – Sirius as cumprimentou rispidamente, como se não as esperasse ali, tentando melhorar a expressão triste do rosto.
    Nenhuma das duas respondeu. Ele as ignorou, todavia. Alice deu um beliscão na coxa de Marlene quando percebeu que ela estava a ponto de falar com ele, qualquer coisa que levaria por água a baixo todos os conselhos que dera anteriormente. Com um aceno de cabeça, Alice chamou Marlene para saírem dali, ao mesmo tempo em que os passos de Sirius já eram ouvidos na escada.
    - Vamos, deixe que ele pense na vida louca dele sozinho... – Alice falou, enquanto alcançavam os corredores – Quem não aprende pelo amor, aprende certamente pela dor... E não podemos mudar isso.
    Marlene acenou levemente com a cabeça, como quem dizia “concordo”. Conferiu a hora, e percebeu que tinham uma hora ainda antes da próxima aula. Uma hora era muito tempo para uma cabeça cheia de decepções e esperanças...
    “Então, ele sente algo por mim! Eu sou a garota da vida dele... Ele talvez me ame...” ela pensava, enquanto Alice ia ao seu lado, cantarolando qualquer coisa. “Vai, estúpida... Ele não ama ninguém, a não ser o ego dele... Se liga, Marlene McKinnon... Para de sofrer, idiota...” Era estranho, mas sua mente se conflitava.
    - Lene... – Alice parou no caminho. – Temos tempo até a próxima aula, não temos?
    - Sim, temos...
    - Oh, então... vamos assaltar a cozinha e pegar um doce? – Alice tinha olhos de criança pidona. – Eu não comi sobremesa... Me deu uma vontade louca e incontrolável de comer um docinho...
    - Isso! Que idéia fantástica! Vamos? De preferência chocolate...
    - Certo, então... Quem chegar por último é meleca de trasgo! – E Alice desatou a correr.
    - Ei, não vale! Estava distraída! – Marlene a acompanhou rindo.
    No chão, deixado para trás, o envelope da carta do irmão de Alice pousou silenciosamente e semiaberto. Dois pés pararam próximo dele, e logo foi acolhido por mãos curiosas, cujo dono não tinha o menor respeito pela privacidade de quem quer que fosse. O pergaminho foi retirado com estupidez do envelope, e um par de olhos vorazes escaniaram a tinta preta que formava palavras, frases e um comunicado importante e sigiloso. Quase como se tivesse satisfeito, o dono dos pés, mãos e olhos intrometidos dobrou o pergaminho cuidadosamente, e abrindo um breve sorriso, o guardou com mais cuidado que sua dona original.
    - O Lord das Trevas é o maior... – Severus Snape cochichou consigo mesmo – Imagina quando a destrambelhada da Prewett souber disso.

Enquanto isso, Remus estava estranhamente quieto e incomodado, como Emmeline percebeu.     Estavam sentados num banco do jardim, ela estava com a cabeça recostada em seu peito, recebendo dele carinhos nos cabelos. Emmeline já estava ficando angustiada com o silêncio de Remus. Depois daquela cena com Severus, ele mudara completamente.
    - Remus? – Ela sussurrou irresistivelmente.
    - Fala, meu anjo...
    - Que houve? Está tão quieto...
    Remus pensou muito antes de dizer qualquer coisa que pudesse comprometer seu segredo. Se odiou por não ser completamente sincero com Emmeline, mas... Não era hora. Ainda não. É claro, que se ele visse um futuro com aquela que seu coração escolhera para amar, mais cedo ou mais tarde teria que contar. Imagina, se casassem, e num dia de lua cheia, Emmeline se desse conta que havia um lobisomem ocupando seu lugar na cama... Remus tremeu só de pensar na cena, por mais descabida que fosse. O fato era que ele estava completamente apaixonado por Emmeline, e precisava ser sincero, acima de tudo. E ainda era mais grave, se Severus realmente soubesse que ele era um lobisomem. Aí, sim, seria um problema e tanto.
    - Eu só não gosto de brigas... Só isso. Desculpe. – Ele mentiu.
    - Oh, querido... – Emmeline se ergueu, fazendo carinho no rosto dele. – Esquece o narigão lá... Você sabe que não fizemos nada de errado... E ele é um mal amado do caramba... E você foi genial, amor!
    Remus corou. Não pelo elogio, mas pelo “amor” que ela falara. Era praticamente um sonho, aquela garota angelical, linda além da imaginação, o chamando de amor... Sentiu que havia ganhado na loteria ao ouvi-la, e decidiu esquecer aquela história de Severus, de lobisomem e qualquer outra que o deixasse longe de Emmeline. A abraçou e selou os lábios nos dela.
    Lily e Dorcas estavam comentando sobre vestidos e maquiagem quando chegaram aos jardins. Lily estava tão empolgada com o baile que Dorcas se perguntou se Sirius havia dado algum tipo de poção do amor para ela, mas a amiga era muito entendida em poções para cair num truque tão idiota desses. Ela resolveu abstrair tal pensamento.
    - Sirius disse que a gravata dele é dourada – Lily comentava, animada. – Então, que você acha de colocar aquele longo dourado, com uma maquiagem realçando os olhos, em tom bege...
    Mas Lily calou. Dorcas mantinha os olhos fixos em algum local para o qual seus olhos também se desviaram, e ela viram Remus e Emmeline se beijando. Lily percebeu que os olhos de Dorcas se encheram de lágrimas.
    - Lily... Se quiser usar minha maquiagem... Pode pegar. Eu não vou a baile algum mesmo... – Dorcas falou entre os dentes, secando as lágrimas antes de rolarem pelo rosto.
    - Dorky... – Lily tentou, mas Dorcas voltara correndo para o interior do castelo. – Ai, Emmeline Vance, você merece umas tapas!
    Dorcas nunca se sentiu tão rejeitada em toda sua vida. Primeiro, seu amor platônico, Edgar Bones, convidara Emmeline na sua frente... Depois, Remus, que seria seu par no baile, foi flagrado aos beijos com... Emmeline. Inferno astral, não tinha outra definição para aquele momento. Dorcas sempre se achou a mais feia de desengonçada das quatro amigas. Seu jeito era meio bruto, ela sabia, era meio moleca também, não era delicada e meiga como Emmeline, nem sensual e linda como Marlene ou doce e gentil como Lily. Era ela, e pronto. Dorcas fazia os outros rirem, e chorarem, dependendo do caso. Era forte, destemida... Ninguém tirava vantagem dela. Mas...
    Ela se olhou no reflexo de um vidro da janela, enxergando seus cabelos lambidos, seu corpo esquálido e seus lábios finos. Não era nem de perto tão bonita quanto Emmeline, em seu julgamento.
    - Oi, Dorcas... – Ela acordou com o cumprimento de Peter.
    - Oi, Peter... – A garota tentou sorrir.
    - Você está vindo do jardim?
    - Sim, estou...
    - Por acaso Remus está lá?
    - Está... Mas está muito ocupado. – Ela falou entre os dentes.
    - Ocupado? Com o quê?
    - Sugando todo o ar de Emmeline pela boca.
    Peter coçou a cabeça, sem entender nada. Dorcas revirou os olhos, duvidando da capacidade mental de Peter.
    - Ele está num momento íntimo com a Emme, por favor, não os interrompa. É falta de respeito. – Ela traduziu a sua ironia.
    - Ow... – Peter gemeu, dando um risinho – Caramba, Remus pegando a Vance...
    - Que palavreado chulo, Pet! – James Potter balançava a cabeça atrás do amigo, que deu um pulo de susto.
    - Ei, de onde você saiu? – Peter olhou horrorizado para ele.
    - Boa pergunta... – Dorcas enrugou a testa – De onde você saiu, Potter?
    James fez cara de Sherlock Holmes, como se fosse algo muito elementar que sua aparição não era nada sobrenatural. Óbvio que era... Mas não cabia dizer que sua capa invisibilidade fosse a culpada.
    - Como assim, de onde eu saí? Eu não tenho culpa de vocês dois estavam distraídos e não me viram chegar – ele retrucou, debochadamente – Bom, estou só de passagem... Continuem com a fofoca... Estava chorando, Dorcas? – ele parou os olhos nos de Dorcas.
    - Não, estava lavando meus olhos de dentro para fora. – Ela respondeu acidamente.
    - Uh, nova técnica... Talvez a utilize, deve ser legal pra mim, lavar os olhos sem tirar os óculos... – James redarguiu na mesma ironia, e seguiu seu caminho.
    Esteve o tempo todo atrás de Sirius, sob sua capa de invisibilidade. Sabia exatamente o que o amigo estivera fazendo, viu quando Marlene saiu desolada da cena patética do beijo... E agora, era a hora de dar um xeque em Sirius.
    Entrou determinado no Salão Comunal, subindo as escadas de dois em dois degraus. Quando entrou no dormitório masculino, viu Sirius, jogado displicentemente sobre sua cama, com o braço tampando o rosto. James entrou sem fazer muito barulho, sentou-se na sua cama, que era ao lado, e só esperou, com os cotovelos apoiados nos joelhos, Sirius se manifestar.
    - Você viu tudo. – Sirius não perguntou, afirmou, sem se mexer.
    - Eu ter visto ou não ter visto não importa. Eu já estou acostumado com seus vacilos... – James falava quase que com raiva. – Mas Marlene também viu, seu idiota.
    A menção do nome de Marlene fez o coração de Sirius acelerar. Ele levantou num pulo, encarando James.
    - Não?! Não diz! – ele estava incrédulo.
    - Digo. E digo mais... Você é um babaca de marca maior. Otário.
    - Jay, você não está ajudando... – Sirius comentou em fúria.
    - Ah, eu não estou ajudando? Cala sua boca, Sirius! Você faz as merdas e eu não estou te ajudando? Vai pro inferno... – James se levantou da cama, com raiva mortal de Sirius. – Você não merece uma garota como Marlene, foi bom mesmo que ela tenha visto... Fica lá com a peituda, você e ela se merecem...
    James ia saindo do quarto, antes que perdesse a paciência com o amigo, mas Sirius se levantou da cama, decididamente, puxando-o pelo braço e o encarando severamente.
    - Foi você que levou Marlene lá? Foi você que fez ela me ver com Amanda? – James arregalou os olhos, Sirius apertou mais seu braço, intimidando-o – ANDA! Você fez isso, James?
    Os olhares que os dois amigos trocavam, se tivessem poder de fogo, com certeza faria ambos caírem duro por terra naquele momento.

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