Shattered Trust



- É... – suspirou Bellatrix. – Parece que vamos descobrir o quão bem podemos lutar nesses trajes. – o relógio da mansão começou a badalar e eles ouviram passos lentos pelo corredor. Doze badaladas antes que eles tivessem o primeiro relance de quem os atacava. – Oh e Feliz Natal!


 


Herdeiras do Mal 2 – E começa a guerra bruxa


Capítulo 24 – Shattered trust


 


        A visão de quem era o inimigo foi rapidamente ofuscada pela luz dos feitiços disparados por ambos os lados, uma chuva das mais variadas cores à qual logo se juntaram grunhidos, todos os tipos de xingamentos e gritos à medida que a luta tornava-se mais acalentada, perigosa e sangrenta.


    Como em toda batalha, a vanguarda veio primeiro, as faces que os Comensais puderam ver não conheciam, e de fato havia muitos lobisomens naquele grupo de seja quem os tivesse atacando. Eles ainda se intitulavam ‘A Ordem da Fênix’? Ou só ‘A Resistência’? Não importava, de fato eles deveriam se intitular mortos.


    Ah, mas uma hora o ‘Comandante’ veio, Diggory entrou seguido de Lupin, disparando feitiços para todos os lados. Ele era um adversário digno de respeito, mas parecia bastante desesperado. Greyback atacou Lupin imediatamente, falando algo sobre como lutar contra suas ‘crias rebeldes’ era sempre renovador.


    Melinda havia acabado de derrubar um lobisomem – não transformado, é claro, que pena para eles era lua minguante – quando seus olhos cruzaram-se com os de Diggory, muito mais amargos e frios do que ela jamais os havia visto. Bellatrix estava com as costas encostadas com as dela, uma mão segurando a varinha e a outra uma adaga.


    - Eu acho que vou precisar disso. – Melinda sussurrou, esticando a mão para trás e pegando a adaga. Definitivamente aquele vestido não ia servir.


    Desviando dos feitiços de Cedric, Melinda abriu uma fenda na saia em sua coxa, puxando o tecido com as mãos para que a dita se abrisse até a barra do vestido, agora sim ela podia se mover e era algo que ela ia precisar. Ela chamou Bellatrix e atirou a adaga de volta para a Lady das Trevas, que lutava contra outros três.


    Inevitavelmente, Cedric e Melinda se aproximaram, trocando feitiços de forma que parecia mais uma dança do que uma luta propriamente, ambos tão sincronizados e concentrados na movimentação do outro como se aqueles ao redor não mais estivessem ali, eram todos estátuas em uma outra realidade que a eles pouco importava.


    Ataques de um batiam na barreira defensiva do outro e assim iam, defendendo e atacando incansavelmente numa luta que parecia que nunca ia acabar se eles continuassem com aquele nível de sincronia. Mas há sempre o elemento surpresa, algo escondido que pode ser usado nos momentos em que se precisa de uma vantagem e que pode ser extremamente oportuno se corretamente usado: a mente.


    - Oh, alguém tem treinado desde a última vez que nos encontramos. – Melinda provocou entre feitiços. – Contando os dias para me reencontrar, Diggory? – ela arqueou uma sobrancelha. – Com qual freqüência anda pensando em mim, huh? Aposto que passou muitas noites pensando em uma maneira de me derrotar. O quão frustrante deve ser saber que você não conseguirá. – ela fez uma expressão teatralmente triste. – Eu quase tenho pena de você, quase.


    - Eu não quero a sua pena, Melinda, na verdade, eu não quero nada vindo de você. – Cedric cuspiu as palavras com todo o nojo possível. – Tudo o que eu quero é a Lynx. E se eu tiver que passar por cima de centenas de Comensais para tal, eu vou.


    Melinda andou alguns passos para trás, sendo seguida por Cedric, ambos se observavam por um segundo, tentando prever o próximo movimento do outro. E a Oclumencia de Cedric havia melhorado bastante.


- Bom garoto, fez a lição de casa. - provocou Melinda, rindo de canto em deboche. – Sabe, Ced, eu adoraria te ver tentar passar por centenas de Comensais e tudo o mais. – ela defendeu o feitiço que ele lançou devido à menção do apelido que Hilary dera a ele. – Só que tem um detalhe, pra você lutar com eles, vai ter que passar por mim e eu acho que a sua lição de casa não foi suficiente pra te ajudar a passar pela prova final. Nem a Hilary passou, lembra disso? E no fundo eu amava a minha irmã...


Cedric respirou fundo, mas pela sua expressão parecia que havia inspirado ácido. Ele engoliu seco e era como se estivesse paralisado por um momento, absorvendo as palavras de Melinda.


- Nunca mais abra a sua boca imunda para falar dela, Black. Nunca mais.


- Eu falo da minha irmã o quanto eu quiser, Diggory, e você sabe porque? Porque existe outro culpado da morte dela, e esse culpado é você! Você a desviou porque a queria para si, sabe tão bem quanto eu que ela não queria seguir a Ordem, ela simplesmente queria você. Não foi ideologia que a matou, foi amor. Eu empunhei a varinha, sim, mas você meu caro... Oh... Você escreveu a sentença de morte dela...


- Cala a boca!


- A verdade é tão cruel que é impossível de ser escutada...


- Cala a sua maldita boca, Melinda!


- Vem calar.    


E Cedric não precisou de outro encorajamento, mais uma vez eles se enfrentaram sem parar por um segundo de mandar feitiços na direção do outro – alguns atingindo Comensais ou membros da Ordem quando eles desviavam. Mas os feitiços deles não eram os únicos que podiam escapar. Em certo momento, a varinha de Cedric voou da mão dele, atingida por um feitiço qualquer vindo de algum lugar, e passou por cima do ombro de Melinda, indo parar a metros atrás dela.


Assim sendo, para pegar a varinha Cedric teria que passar por Melinda. E um Accio sem varinha seria complicado uma vez que ele não tinha visão do objeto e de qualquer forma Melinda interceptaria.


No momento em que Melinda tentou atacar Cedric, a varinha dela também voou para junto da dele, provavelmente alguém da Ordem a desarmara propositalmente para proteger Cedric.


Melinda fez menção de se mover para poder enxergar a própria varinha e a invocar com o Accio, mas ao virar somente um pouco para o lado, ela sentiu o pé de Cedric passar debaixo dos seus e caiu com um baque surdo no chão. Ela gemeu de dor mas logo viu os pés dele passando e seu lado e devolveu o favor, segurando um dos pés de Cedric, que também caiu com um baque ainda mais forte. Ah, ele não ia pegar aquela varinha antes dela.  


Melinda, contudo, não soltou o pé de Cedric mesmo quando ele se virou de barriga para cima, e engatinhou até conseguir sentar em cima dele e o prender no chão. Ela segurou as duas mãos dele, mas ele ainda era muito mais forte e inverteu as posições. Cedric olhou para as coxas dela expostas e riu de canto, fazendo um movimento de negação com a cabeça.


- Desculpa, você não faz o meu tipo. – ele piscou e ela revirou os olhos. – Mas imagino que seja um privilégio ter a Princesa das Trevas à minha mercê.-  ele debochou com o rosto bem próximo ao dela.


- Essa pose de piadista irônico não combina com você, Diggory, mas sim, é um privilégio, a diferença é que eu não estou à sua mercê. – ela mal havia terminado de falar quando projetou o joelho pra atingir a virilha dele, joelho esse segurado por uma das mãos de Cedric.


- Eu não vou cair nessa...


- Eu sei. – só então ele notou que tinha soltado uma das mãos dela. Mão essa que atingiu seu rosto no segundo seguinte, com unhas bem posicionadas para abrir sulcos na bochecha dele. Ele cambaleou para o lado e levou a própria mão ao rosto que sangrava um pouco.


- Vagabunda! – ele gritou, levantando junto com ela. Ele se aproximou o suficiente e devolveu o tapa de Melinda, usando as costas da mão.


Melinda cambaleou um pouco para trás, mas em seguida limpou o sangue que escorria da boca e fechou o punho, mirando no rosto de Cedric e, por mais que ele defendesse esse, atacou com o outro, atingindo as costelas dele. Cedric arfou e soltou a outra mão dela, que então acertou o supercílio dele, abrindo a pele. Ela era mais forte do que parecia.


Cedric urrou de ódio e agarrou Melinda pelo pescoço, arrastando-a até batê-la com toda a força contra a parede mais próxima e começou a fechar a mão ao redor da garganta dela.


- Se eu tenho culpa pela morte da Hilary, vou limpar a minha ficha um pouco acabando com a assassina. Sabe o que eu nunca vou perdoar? O fato de que você fez com que ela morresse brigada comigo, Melinda. – Melinda sentia o ar se esvaindo, ela era forte, mas não o suficiente para se soltar dele.


- Não é minha culpa. – ela suspirou. – Que você pensa com a sua cabeça inferior. Eu apenas dei um incentivo. – ela completou, quase sem voz já.


- Acabar com você com as minhas próprias mãos é muito mais interessante, sabia? Eu já posso ver os seus olhos ficando sem brilho, é a falta de oxigênio, acho...


Melinda arregalou os olhos e ele não entendeu até sentir uma dor insuportável nas costas. E soltá-la rapidamente. Ao colocar a mão pra trás viu sangue e notou que alguém o havia apunhalado. Ao olhar pra cima ele viu quem: Draco Malfoy.


Ela caiu no chão, tossindo e se contorcendo por ar e, naquele momento, era quase tudo o que ele precisava ver. Ela estava ainda mais pálida do que nunca e olhava para Draco como se ele tivesse feito o maior absurdo em anos.


- Eu... Isso... Era... Entre... – ela tossiu novamente. – Eu... E... Ele...   – ela quase chorava, quase, mas tentava esconder.


- De nada, meu amor. – o loiro respondeu e revirou os olhos, antes de se voltar para Cedric e empurrá-lo. Cedric caiu de joelhos e Draco o chutou no rosto com toda a força, o outro cuspiu sangue. – Espero deixar alguns dentes faltando pra te ensinar a nunca mais encostar numa garota, por mais poderosa que ela seja, Diggory.


- Diz o cara que me apunhalou pelas costas. – Cedric riu e Draco o chutou mais uma vez, dessa vez na barriga, e Cedric caiu de costas no chão, tomando vários outros chutes.  


- Pelo menos eu sou do seu tamanho. – Draco rebateu. – O que foi, Cedric, não tem coragem de enfrentar adversários do seu tamanho?


- Draco... – Melinda chamou bem baixo.


Ele, contudo, continuou a chutar Cedric insanamente, descontando todo o ódio que sentia, como se fosse absolutamente infindável. Cedric se contorceu, mas não tirou os olhos de Melinda ainda agonizando um pouco e ele viu o exato momento em que ela perdeu os sentidos, antes de ele mesmo ficar inconsciente graças a um chute de Draco em sua cabeça.


Draco olhou por cima do ombro e viu Melinda desmaiada. O loiro correu até ela e a tomou nos braços, fugindo com ela dos feitiços que os cercavam, o complicado é que não havia lugar algum naquela mansão que era seguro o suficiente para eles. Então, ele viu Bellatrix ao longe, lutando contra dois. Mandar pessoas para os quartos de cima era uma idéia inteligente, mas pouco prática no fim. Ainda mais a partir do ponto em que alguns começaram a cair, incluindo Melinda. De qualquer forma, ao vê-lo, Bellatrix sinalizou para que ele tirasse a namorada da Mansão. E foi o que ele fez, Draco pegou a varinha que ela tanto buscava enquanto lutava com Cedric e aparatou com ela para a Mansão Slytherin.


 


A partir do momento em que Cedric foi avistado no estado em que estava por Remus Lupin, ele foi tirado de batalha assim como Melinda, e aos poucos aqueles que com ele estavam foram batendo em retirada. Sem o comando de Cedric ou Remus, não sabiam bem o que fazer, especialmente os lobisomens, portanto a batalha não fazia mais sentido algum – mas não sem deixar uma impressão ao bater em retirada lutando com todas as forças. Eles queriam expressar uma idéia: aquilo não estava acabado.


Exausta e com uma série de machucados, Bellatrix deixou-se cair de joelhos no chão da Mansão. Ela respirou fundo e tirou fios do cabelo bagunçado que caíam sobre seu rosto. Aos poucos, os outros Comensais foram descendo de seus postos.


- Meu Deus! – Rodolphus exclamou ao ver Bellatrix. – Você está um horror!


Bellatrix revirou os olhos e riu amarga, limpando o sangue de alguns lugares do rosto. Rodolphus se aproximou e a ajudou a colocar-se de pé mais uma vez, então ela viu-se em um dos espelhos da mansão: o vestido rasgado em diversos lugares, o cabelo absolutamente um caos, uma série de hematomas e cortes. Sem contar o quão dolorida ela estava. Provavelmente várias luxações e talvez algumas costelas trincadas.


- Você apanhou feio, precisa admitir. – Rodolphus debochou e ela o fuzilou com o olhar. – Mas também, ninguém chegou lá em cima... Pelo menos estar nesse estado valeu a pena.


- Eu posso ter apanhado, mas ninguém que enfrentou saiu vivo pra contar. – ela riu de canto.


- Meus parabéns, Milady. – Rabastan fez uma reverencia brincalhona e ela, pela primeira vez desde o começo da batalha, riu.


- Bellatrix, aonde está o Draco? – uma Narcissa desesperada perguntou mal tendo terminado de descer as escadas.


- Ele está, eu suponho, na Mansão Slytherin. Precisou tirar a Melinda daqui, longa história, e eu honestamente tenho que ir pra lá nesse exato momento se me dão licença...


Bellatrix não esperou ninguém responder e se retirou da sala, indo para o jardim de onde aparatou de volta para sua própria mansão.


 


A mansão estava escura então, ela imaginou, Draco devia estar no quarto com Melinda. Ela subiu até o quarto da filha e encontrou-a deitada na cama, já de camisola, com Draco acariciando os cabelos dela. Ele parecia devotado.


- O que eu disse aquela hora, não é que eu quisesse morrer, é que... – Melinda disse com a voz muito baixa. –Você sabe que sou eu que preciso...


- É por isso que eu não matei o Diggory. – ele pegou a mão dela e beijou o dorso. – Ele é seu, eu sei, mas lembre-se de usar a varinha na próxima vez, porque fisicamente sinto dizer que você não é uma oponente à altura dele.


- Ainda, pelo menos... – ela disse de forma quase sombria. – Obrigada... Quer dizer, eu estaria morta.


- Shhh! – ele colocou um dedo sobre os lábios dela e a beijou. – Não vamos mais pensar nisso.


Draco acariciou o pescoço dela e ela se retraiu ao toque, provavelmente estava dolorido, e então Bellatrix pirrageou da porta. Eles olharam pra ela e fizeram sinal pra que entrasse.


- Pandora está a salvo, depois que o Draco deu uma lição no Diggory... Bem, um exercito sem general não vai longe...


- Você, no entanto, está péssima. – brincou Melinda e, com a aproximação, Bellatrix pôde ver os hematomas no rosto e no pescoço da filha.


- Você não muito melhor... – ambas riram. – Enfim, eu só vim ver como vocês estavam. Boa Noite para os dois, descansem.


 


Bellatrix saiu do quarto e fechou a porta atrás de si, dando a eles privacidade. Ela desceu para a sala mais uma vez, colocando para si mesma uma grande dose de uísque de fogo. Ela ainda teria uma noite muito longa.


Ela já estava na segunda dose do uísque de fogo quando ouviu passos ecoarem no hall. Voldemort. Ah, finalmente. A sala estava escura, mas ela podia vê-lo se mover no escuro, se aproximando. Ele andava rapidamente, passos firmes, e um som de arrastar fez com que ela levasse sua atenção aos pés dele – Nagini o seguia, é claro.


- Boa Noite, querido. – ela disse num tom de amargura e ele congelou seus passos, procurando por ela no escuro. – Ou creio que seja Bom Dia...?


- Bella? O que está fazendo aqui? – ele perguntou ao finalmente localizá-la no escuro. – Você deveria estar na Mansão Malfoy. – tinha algo de diferente na voz dele, um peso, uma preocupação que ela não conseguia bem decifrar e também não estava muito interessada em tentar tão cedo.


- Oh, é mesmo, onde você me deixou. Tomando conta da festa e tudo o mais. – ela levantou-se da poltrona onde estava sentada e andou até ele, sorrindo sarcasticamente por mais que ele mal pudesse vê-la no escuro. – Sendo a Lady das Trevas antes de ser a Bella, não é mesmo?


Ele sibilou alguma coisa e Nagini serpenteou para longe deles, provavelmente indo para onde diabos fosse o esconderijo dela na Mansão Slytherin. Ah, provavelmente agora ele estava entendendo que aquela conversa não seria exatamente amigável.


- Bellatrix... – ele suspirou cansado, irritando-a ainda mais uma vez que parecia que ele estava falando com uma criança teimosa e não com a mulher dele.


- Não, não! Nem mesmo comece, por favor, poupe-nos disso. Nós dois sabemos aonde a culpa caí aqui. Em mim. Sim, é tudo minha culpa porque eu acredito em todas as palavras que saem da sua boa mesmo sempre sabendo que a maioria delas é mentira! Você mente e engana de forma patológica, eu também faço isso, e eu não sei porque diabos de motivo idiota eu tenho tendência a acreditar que você não o faria comigo. ‘Eu vou estar lá, não há motivos para se preocupar’ – ela fez uma imitação barata dele. – My ass. – ela completou amarga e virou o resto do uísque de fogo, se afastando dele para encher novamente o copo.


    Voldemort andou rapidamente até ela e a segurou pelo braço, mas sem machucá-la. Bellatrix virou-se para ele, tentando segurar a raiva que estava sentindo por ter se deixado enganar, ou pelo menos era o que ela pensava que teria acontecido.


    - Você pode estar o quão irritada for, mas eu não vou admitir que você fale comigo desse jeito, Bellatrix.


    - Oh, desculpe-me se o ofendi com a mais pura verdade, milorde. Saiba, contudo, que o monstro aqui foi criado pelo senhor mesmo, milorde. Misturar negócios com prazer nunca deu certo mesmo, porque daria com nós dois? – ela riu de canto e bebericou o uísque. – Eu fui tola o bastante para ter acreditado nisso, me impressiona que você tenha acreditado. Ah é, faz tempo que nós percebemos que não dá para separar...  Acho que é por isso que eu me tornei a Lady das Trevas, certo?


    -Eu não estava falando como o seu Lorde, Bella. – ele disse, simplesmente. – Porque nós não estamos discutindo negócios aqui. Estou falando como seu... – ele parou abruptamente e ela riu.


    - Como meu...? O que nós somos afinal? Nem você sabe definir pelo jeito. Às vezes parece que nós somos um casal, mesmo, de verdade... – ela soltou o braço da mão dele. – Outras que somos amantes... Em outras... Parece que todos estão certos. – ela terminou com a voz baixa.


    - Ah, é mesmo. Que você é minha Prostituta de Luxo. – ele disse, rindo sarcasticamente. – Esqueci que em alguns momentos você tinha esse complexo sobre si mesma. Por favor, Bellatrix...


    - Não, não, eu ainda não terminei, querido. Ultimamente eu desenvolvi uma nova teoria... Eu sou sua fachada. – ele podia sentir a dor na voz dela. – Digo não sexualmente falando, é claro. Então seria um grande pulo, eu sou a união do útil ao agradável para você. Alguém para te satisfazer e uma fachada. Para o seu plano de conquistar a mente das pessoas o que melhor do que uma Lady? Para mostrar como você não é o bastardo egoísta e narcisista que todos pensam... Por quanto tempo você tem tido essa idéia? Preciso dizer que foi muito bem planejada, porque até eu mesma acreditei nessa coisa de Lady das Trevas, em alguns momentos, veja só, parecia até que você se importava comigo... Ah, e o jardim, o nosso jardim... Aquilo foi a cereja no bolo. – a voz dela já estava trêmula e ele imaginava que ela estivesse a ponto de chorar.


    - Pare de inventar teorias loucas, Bella, por Merlin! Eu não planejei te deixar na situação que você ficou hoje! Eu não sou tão cruel assim! Não com você, pelo menos.


    - E eu devo acreditar nisso agora, chorar e me atirar nos seus braços, não é isso?


    - Chega, Bellatrix, e escuta.


    - Talvez eu não queira.


    - Eu precisei sair, foi emergencial e acredito que você tenha percebido.


    - Eu poderia ter ido junto, ou vindo pra casa, mas o seu maldito orgulho não deixou. Alguém tinha que ficar, foda-se que ficar lá sozinha era a última coisa que eu queria fazer. – agora ela estava gritando a plenos pulmões. – E você não tem idéia de como foi voltar praquela maldita sala sozinha!


    - Ah, eu imagino, principalmente porque todo mundo deve ter ouvido nossa discussão! – ele também alterou a voz. – Porque você não podia entender e manter a voz baixa!


    - Agora a culpa é minha? Ah, pelo amor de Merlin!


    - Eu estou cansado desse nosso problema! Você sempre insegura sobre isso tudo e achando que eu estou te usando, me divertindo às suas custas, eu já fiz o suficiente para você perceber que isso é bobagem, Bella! Pense um pouco, para pra pensar! Você está chateada pelo o que aconteceu, mas para um pouco para perceber a quantidade de estupidez que você está dizendo!


    - As pessoas dizem que as coisas ruins sobrepõem as boas, você pode até estar certo, mas que existem motivos para eu estar puta da vida existem e você não pode negar!


    - Mas que droga, sim, eles existem, Bella! Era melhor pra mim que você permanecesse lá e pensei em mim antes de em você! Satisfeita? Que merda, Bellatrix! Olha o que nós dois nos tornamos! Nenhum de nós pode comer uma droga de um erro que o outro já vem com todas as pedras na mão!


    - Ah, mas não nos tornamos isso, nós sempre fomos assim! Eu bem me lembro do erro no Ministério! Então as minhas pedras são bem leves quando comparadas às suas!


Voldemort se calou por um momento, absorvendo que ela havia de fato tocado no assunto do Ministério. Provavelmente o maior dos erros dele desde que o relacionamento deles havia começado, ou o maior exemplo do maior erro dele: colocar a imagem acima de tudo. E era exatamente sobre aquilo a discussão, ele percebeu então. Ele continuava fazendo aquilo e a machucando.


    - Nós nunca vamos mudar! – ela gritou mais uma vez. – Nenhum de nós, você não vai mudar e eu vou continuar me iludindo!


    - E sendo injusta e dizendo absurdos! Acalme-se Bellatrix!


    - Eu não vou me acalmar! Não depois de como você pisou na minha confiança desse jeito! Se existe uma coisa que todos nós sempre admiramos em você era como guardava sua palavra, como sempre a cumpria! E quando é em relação a mim, você não pensou duas vezes em quebrar isso e—.


    - O que diabos? – eles ouviram uma voz vinda da porta, Melinda estava lá, com Draco em seu encalce. De repente todas as velas da sala haviam se acendido. – Eu não queria interromper nem nada, mas sério, dá pra ouvir lá de cima!


    - Eu tentei impedi-la, milorde, mas... – Draco fez uma cara como se pedisse desculpas.


    Voldemort então notou roxos no rosto de Melinda e no pescoço e um corte no lábio. Olhou imediatamente para Bellatrix e ela estava em uma situação ainda pior. Ele não conseguia ver um pedaço do rosto dela que não tivesse algum ferimento ou hematoma e o vestido dela estava destruído, por alguns rasgos ele também podia ver ferimentos.


    - Mas o que diabos...?


    - Está tudo bem, Melinda, suba e descanse. Nós também já terminamos aqui. – disse Bellatrix, com os olhos pregados em Voldemort, que engolia seco ao contar os ferimentos dela.


    Draco conseguiu convencer Melinda a ir para o quarto, deixando Bellatrix e Voldemort em um silêncio bastante constrangedor e insuportável para dizer a verdade. Bellatrix repousou o copo de uísque de fogo no aparador.


    - Enfim. – ela balançou os braços como em derrota. – Eu vou fazer o que falei para a Melinda. Boa noite.


    Bellatrix girou nos calcanhares e fez menção de sair, mas logo a mão de Voldemort estava fortemente fechada no pulso dela. Ela fechou os olhos e suspirou, mordendo o lábio inferior numa tentativa de se acalmar.


    - Deixe-me ir, por favor.


    - Depois do Ministério, eu deixei você descontar sua raiva em mim. Engraçado como após aquilo você continuou fazendo isso. Talvez porque uma vez dada a permissão para algo você não possa de fato retirá-la, por mais que eu tenha dito que aquela era uma oportunidade única. – ele disse, numa vez calma, quase reflexiva.


    - Se te ofendi, milorde, peço que faça a gentileza de me castigar para que possamos acabar logo com isso. – ela forçou o braço para se soltar e ele apertou mais. Então, ela o olhou por cima do ombro. – Apenas pensei que estávamos conversando, ou discutindo, como um casal, não como o Lorde e a Lady das Trevas, já que nós fingimos fazer a separação enganando a nós mesmos. – ela riu amarga.


    Ele se aproximou dela, parando apenas no momento em que seu corpo tocou o de Bellatrix, ela estivera irritada com ele desde o momento em que ele havia dito que iam passar o Natal nos Malfoy. Oh, aquela fora uma péssima idéia. Ele agora percebia o quão péssima.


    - O que quer de mim? – ela perguntou, a voz fraca. – Nós dois sabemos como isso funciona, como a maneira doentia como eu te amo vai me levar a te perdoar em breve. Don’t worry.


    - Não é o meu ponto... – Voldemort fez com que ela se virasse na direção dele.


    - O que você quer de mim?


    - A verdade... O que aconteceu? – ela olhou para cima e encontrou os olhos dele cheios de preocupação e era irresistível sentir-se propensa a fazer o que for que ele quisesse só pra conseguir aquele olhar.


    - Eu faço a mesma pergunta. – ela respondeu. – Afinal espero que tenha um motivo plausível para ter saído daquele jeito.


    A voz dela saiu muito mais suave, mas ainda com um sub tom de acusação que – ele imaginava – demoraria algum tempo para sumir. Ele girou Bellatrix até que ela o estivesse encarando, de frente para ele por completo.


    - Eu te direi, com riqueza de detalhes, aquilo que venho tentando dizer desde que nossa discussão começou, minha cara; contudo, temo que eu não seja aquele com hematomas e cortes por todo o lado. – disse o Lorde, calmamente deslizando as pontas dos dedos sobre os cortes relativamente profundos no rosto dela. – E, digo mais, não é de se esperar que alguém volte nesse estado de uma comemoração Natalina, por mais que o anfitrião seja Lucius Malfoy.


    Bellatrix não riu, mas os lábios dela se curvaram nos cantos por mais que ela tentasse esconder. Voldemort então notou como havia um corte profundo bem no meio do lábio inferior dela. Os dedos dele traçaram o comprimento do corte e ela arqueou sob o toque dele, numa expressão de clara dor.


    - Então...? O que ocorreu? – ele inquiriu.


    - Diggory. – ela sussurrou, resistindo à vontade de fechar os olhos sob o toque dos dedos dele. – Ele decidiu que seria uma boa idéia atacar a Mansão Malfoy no Natal, obviamente imaginou que estaria em maior número.


    - E graças à festa da sua irmã, estava em menor número. – Bellatrix assentiu.


    - De fato, mas nós tivemos – quer dizer, eu tive que mandar alguns Comensais para os andares superiores, para guardar diversos quartos e despistar os membros da Ordem quando fossem à procura...


    - De Pandora.


    - Sim... E isso nos colocou em um número bem parecido. – ela disse com tom de quem havia terminado de contar a história.


    O Lorde das Trevas, contudo, não se daria por satisfeito, não com tão pouco; e Bellatrix havia esquecido a parte mais importante: como Diggory e Melinda entraram num entrave pessoal e físico.


    - E Melinda? Como ela ficou daquele jeito? E você também?


    - Eu... Bem mais fácil, como você não estava presente eu fui a líder, logo a mais atacada e visada, e eles tinham lobisomens – que mesmo não transformados... Você sabe, temos Greyback.


    De repente, era como se toda a vida de Voldemort o tivesse deixado e ele tentava desesperadamente esconder aquilo. Ele piscou algumas vezes até que finalmente falou.


    - Lobisomens... Hum... Você não foi...? Quero dizer...


    - Arranhada? Mordida? Oh, eles tentaram. Todos esses arranhões e cortes vieram de coisas inanimadas e feitiços. – ela assegurou e ficou evidente como um grande peso pareceu ter sido retirado dos ombros dele.


    - Hum... Ótimo saber disso. – Voldemort disse, tentando manter a voz impassível – falhando totalmente em esconder o alívio.


    - E Melinda: Ela e o Diggory ficaram um pouco físicos demais, por assim dizer. E ele é obviamente muito mais forte e ela não tem treinamento físico, logo ele teve muita vantagem e acabou pegando-a pelo pescoço—.


    - Ele o quê?!


    - E se não fosse pelo Draco...


    - Como isso chegou a esse ponto? Quero dizer, ela poderia estar...


    - Morta, sim. O problema é que todos nós estávamos ocupados lutando com outras pessoas.


    Voldemort negou com a cabeça, como se julgando a decisão estúpida de Melinda de realmente entrar numa luta corporal com Cedric Diggory, mas o fato é que conhecendo a filha que tinha assim que recuperada estaria treinando com Draco ou com um outro alguém que tivesse coragem de bater nela de verdade. Sendo quem ela era, bem, seria complicado.


    - No fim tudo se resolveu, como sempre. Não há com o que se preocupar, não agora. – ela girou novamente nos calcanhares e, como anteriormente, foi parada por ele.


    - Bella...


    Ele deslizou os dedos pelos ferimentos dela, e ela se contraiu a cada toque que, por mais que leve, era doloroso. Ela sabia o que ele estava fazendo, mostrando que havia sim com o que se preocupar.


    - Você mal consegue parar em pé. – e ele não estava inventando aquilo.


    Desde que ele entrara, ela lutava para se manter em pé e forte, para poder discutir como fizera. Não queria parecer ferida e vulnerável, por isso as luzes apagadas, mas de fato ela estava acabada.


    - É o que acontece quando você vira o alvo principal numa batalha. – ela respondeu simplesmente.


    Voldemort sentira como aquilo fora também uma forma de ataque, se ele estivesse lá as coisas poderiam ter sido diferentes, de fato, mas Bellatrix também exagerava em pensar que seriam muito diferentes. Às vezes era incrível como ela se subestimava – algo até bem contraditório sendo ela uma das pessoas mais convencidas do mundo bruxo, mas era de se entender como ela pensaria que deixaria de ser um alvo óbvio uma vez que ele estivesse lá.


    - Algo que vai acontecer com mais e mais freqüência daqui pra frente... – ele afirmou e ela nem perguntou o porquê. Era bem obvio, tudo pioraria dali para frente. A guerra começara dois anos antes, mas agora estava declarada de fato. Abertamente por assim dizer.


    - Que seja. – ela deu de ombros. – Já contei a minha parte.


    Bellatrix se virou de frente para ele, ainda com aquela névoa de mágoa embaçando os olhos verdes, uma visão que mexia com ele mais do que quisesse admitir. Ainda mais com todos aqueles machucados. Ela o olhou significativamente, explicações eram o que os olhos dela pediam.


    - Bella... Você quer que eu conte, eu entendo, mas— ela o interrompeu antes que ele pudesse dizer que ela precisava cuidar daqueles ferimentos logo, antes que piorassem. Os mais profundos já estavam mudando de cor de vermelho para um roxo profundo e ele estava ficando genuinamente preocupado com ela.


    - Mas você não quer dizer o que aconteceu. Eu tive que dizer tudo e agora eu vou ficar esperando pela explicação que nunca virá. – ela riu amarga. – É sobre isso que essa droga de discussão e todas as outras que tivemos foram, não é? Sobre como eu sou tola e sempre acredito e... Nevermind, doesn’t matter at all.


    Voldemort respirou fundo, tentando não perder o pouco controle que ainda tinha, mas Bellatrix o estava de fato tirando do sério. Dreadful woman. Ela não entendia mesmo, não é? Ele a segurou pelos ombros.


    - Bella, shut up­! – ele gritou, sacudindo-a um pouco e puxando-a para perto de si. – Now.


Ela engoliu seco e olhou-o de cima a baixo, tentando não demonstrar como ele de fato a havia assustado com a repentina reação. Ele parecia estar perdendo a paciência e isso nunca era uma boa coisa, todos sabiam. ­


- Você é teimosa demais para o seu próprio bem, sabia? – o aperto dele nos ombros dela diminuiu. – Mas quer saber? Se você quer tanto saber, aí vai: Eu fui até Godric’s Hollow. – ela franziu o cenho. – Sim, local de nascimento de Godric Gryffindor... Eu fui porque Nagini me chamou.


- Nagini? – ela riu incrédula. – Como ela pode ter te chamado? Quer dizer, a não ser que Ofidioglossia à distância, por via mental seja possível e até onde eu sei não é...


- Comunicação psíquica é possível...


    - Sim, entre dois bruxos! E pelo menos um tem que ser Legilimens. E pra um só ser, tem que ser dos bons e conseguir colocar pensamentos dentro da cabeça do outro... – ela respondeu, cruzando os braços. – Você quer mesmo que eu acredite que o seu pet...


    - Nagini não é o meu pet, Bellatrix! Não somente isso. – ele se afastou dela e andou de um lado para o outro. A expressão dele era fechada e Bellatrix ficou sem palavras por longos instantes, tentando absorver o que ele queria dizer com aquilo, sem sucesso algum.


    - Como assim? – ela finalmente desistiu e perguntou. – O que ‘não somente isso’ quer dizer?


    Ele olhou para ela e a estudou por o que deve ter sido um milésimo de segundo, até segurar o rosto dela nas mãos e levantá-lo, para que ela o olhasse nos olhos.


    - Sabe como Nagini conversa comigo, Bella? Ela não apenas obedece minhas ordens, ou conversa sobre coisas vis ou sobre experiências que ela já teve... E mais do que isso, ela conversa sobre mim, ela sabia que Hilary não era minha, ela... Melinda uma vez brincou que ela é a consciência que há tanto tempo eu deixei de ter.


    Bellatrix pareceu ainda mais confusa, como se as palavras dele fossem informação demais para absorver de uma vez só. Oh, mas ele a conhecia e ela era tão, mas tão inteligente.


    - Eu sempre soube que ela era diferente, mas... Sua consciên—  ela parou abruptamente e o olhou com os olhos arregalados, como se tivesse acabado de ver o primeiro fantasma de sua vida. Ela ficou um tom mais pálida e negou com a cabeça. – Oh.   


    - Então, quando ela esteve em perigo em Godric’s Hollow, eu senti e...


    - Eu sempre soube que o diário não era a única. – ela comentou calmamente. – Poucos bruxos fizeram uma, acredito que saiba, mas você... Oh, você tinha que fazer mais. Sempre me pareceu óbvio. Quantas?


    Voldemort pareceu pensar por um momento. Procurando uma resposta? Não fazia sentido, ele tinha que saber quantas horcruxes tinha.


    - Originalmente, seis. – foi a resposta dele alguns segundos depois.


    - O diário, Nagini...


    - Um anel, relíquia de família; um medalhão pertencente a Slytherin, também relíquia de família como você bem sabe.  – ela assentiu. – O diadema de Rowena Ravenclaw.


    - O diadema perdido? – ela perguntou abruptamente. – O diadema da lenda?


    - Sim. – ele pareceu bastante convencido e ela tinha que dar o crédito a ele. – Eu o encontrei, transformei numa horcrux e escondi, muito bem por sinal.


    Bellatrix sorriu, um inegável orgulho enchendo-a. Orgulho, admiração, encantamento. Ela podia ser a Lady das Trevas, mas no fim... Ela sempre seria aquela Bellatrix absolutamente fascinada pelo poder dele.


    - E a Taça de Helga Hufflepuff...


    Imediatamente Bellatrix entendeu porque ele havia dito aquilo por ultimo, oh ela sabia de qual taça ele estava falando. Tudo fazia sentido, porque ele precisava colocar a taça em um dos cofres mais antigos e seguros de Gringotts. O cofre da Família Lestrange.


    - Então foi por isso que pediu para que eu guardasse aquela taça no cofre e o protegesse, me disse que era importante, que era para ser guardada como a relíquia mais preciosa. – ela pareceu não conseguir se sustentar em pé e deixou-se cair sobre o braço de uma poltrona. – Você me deu uma Horcrux pra guardar, sem me dizer o que ela era.


    - Você sabia do Diário... Não adiantou de muita coisa, devo dizer. – ela fez menção de responder, mas ele a cortou. – Eu sei, eu sei que você não teve culpa no que aconteceu, mas o ponto não é esse: É que sabendo o que era, você tomaria um cuidado exagerado que poderia atrair suspeitas. Então a alternativa...


    Ela assentiu e ele soube que ela havia entendido. Isso era o que ele mais gostava em sua relação com ela: a empatia. Ela sempre o entenderia com um olhar, sinal ou o que fosse. Bellatrix permaneceu calada pensando por alguns momentos após isso, até finalmente falar com ele mais uma vez.


    - Seis, você disse, e as listou... Mas quando você guardou a taça, também guardou...


    - A espada de Godric Gryffindor. – Voldemort assentiu. – Esse é um assunto delicado. Segundo a lenda, foi com a espada que Potter matou o Basilisco na Câmara Secreta e...


    - E...?


    - E foi com uma presa de Basilisco que ele destruiu o diário. – ele completou e os olhos dela arregalaram-se.


    - A espada de Gryffindor foi feita por duendes... – a voz dela abaixou vários tons. – Só absorve aquilo que lhe fortalece.


    - Como veneno de Basilisco. – ele terminou.


Voldemort se aproximou dela, parando somente quando suas pernas tocaram os joelhos de Bellatrix – ainda sentada sobre o braço da poltrona. Ele tocou os ombros dela, acariciando em movimentos circulares quase que subconscientes para ele.


- Entende agora porque a guardei junto com a taça? Entende porque Dumbledore a deixou de herança para Potter?


- Ela pode destruir as Horcruxes, te destruir. – a preocupação na voz dela era evidente e ela tremia um pouco. – A herança é uma pista, obviamente Dumbledore saberia que nunca a dariam para Potter. Agora, ele é estúpido para perder a dica, mas a amiguinha sangue ruim dele é bem esperta segundo Draco e Melinda e-


- E é por isso que a Espada está segura. – ele a cortou.


– Assim como as Horcruxes... – a expressão dele mudou e ela percebeu que ele escondia algo dela. – Milorde?


- O Diário foi destruído há cinco anos... E... Eu fui procurar o anel e não o encontrei, assim como o medalhão. – momentos em que ele era um livro quase aberto eram raros e aquele certamente era um deles. Ela podia ver a preocupação através dele.


- Por isso tantas viagens.


- Sim... Eu sempre pensei que sentiria caso uma Horcrux fosse destruída e eu não teria sentido com o Diário por estar sem corpo, mas... Dumbledore sabia da espada, e ela ficava no escritório dele. – se não fosse o Lorde das Trevas falando, ela teria dito que ouviu a voz dele tremer, ou admitiria isso.


- E duas Horcruxes estão desaparecidas.


    - Exato. Dumbledore era esperto...


    - Mas você disse que Nagini o chamou...   


    - Porque ela é um ser vivo, a única Horcrux de fato viva... Potter deu de cara com ela, como o esperado ao colocá-la em Godric’s Hollow, mas ele conseguiu fugir e a atacou...


    - O que levanta o problema de ela ser um ser vivo, passível de morte e me leva a perguntar: Are you out of your fucking mind? ­– ao olhar para ela, ele notou a irritação sarcástica. Ela ainda estava chateada, mas sua Bella estava de volta.


    - Eu sempre soube dos riscos, mas ela está bem protegida. – ela fez uma careta. – Ou pelo menos estará mais protegida a partir de agora, ela não sairá de perto de mim. Satisfeita?


    - Nem de longe, mas essa passa...


    Ela revirou os olhos e ele subiu as mãos para o rosto dela. Ela o fitou por um momento com aquela expressão de quem não conseguia acreditar em tamanha estupidez, mas logo em seguida relaxou e deu de ombros.


    - Falando em satisfação... Nós já conversamos, agora é hora de você ir tratar desses ferimentos, antes que perca um braço ou algo. Vamos? – ele lhe ofereceu o braço e ela assentiu, tomando-o.


    Bellatrix levantou, mas mal conseguiu se manter de pé por mais de um segundo. Voldemort então passou uma mão por detrás dos joelhos dela e a outra pela cintura dela, pegando-a nos braços – ouvindo alguns protestos.


    - Você mal consegue ficar de pé, quanto mais andar. – ele apontou. - Trégua?


    - Trégua. – ela respondeu, e ele foi à direção das escadas.


Quando eles chegaram ao quarto, Voldemort colocou Bellatrix sobre a cama, analisando os ferimentos da bruxa.


As belas feições da Lady das Trevas mudadas pelo sangue e os hematomas. Bellatrix era mais forte do que aparentava, sempre fora, mas era de se surpreender que ela tivesse força para algo, quanto mais para discutir com ele. Ele não conseguiu esconder o sorriso.


- O que foi? - ela perguntou com o cenho franzido, os olhos cerrados em desconfiança.


- Nada demais, Bella. - ele respondeu, fazendo-a deitar completamente na cama. As mãos dele foram abrir o vestido dela, experientes em tal tarefa e o que restava da bela roupa terminou jogado pelo quarto. Voldemort aumentou as luzes do quarto - tirando-o de seu usual sombrio clima - e tocou o rosto dela, coberto por ferimentos.


Bellatrix tentou não aparentar a dor, mas ele sabia melhor do que ela o quanto aquilo devia doer. Ele se afastou novamente dela e saiu do quarto, deixando-a com seus próprios pensamentos por vários minutos. O quarto estava claro demais, frio demais mesmo com todas as janelas fechadas e a lareira acesa. Ela fechou os olhos e massegeou as têmporas, aquele fora um noite absurdamente longa e não parecia estar nem perto de terminar.


Voldemort voltou com uma garrafa de uísque de fogo e alguns frascos de poções e ela riu, negando com a cabeça, um sorriso amargo adornando os lábios.


- Imagino que foram feitas por Snape...? - ela perguntou em um momento, enquanto ele analisava os fracos e escolhia qual deveria ser usada primeiro.


Voldemort resistiu ao ímpeto de rolar os olhos diante do comentário dela, ou melhor, do tom debochado com o qual o mesmo fora feito. No fim, ele apenas assentiu sem tirar os olhos do frasco que escolhera.


- Obviamente... Vamos então entrar no jogo de ‘Cura ou mata?’, receio... - ela deu de ombros, o mesmo tom debochado e amargo evidente em sua voz. - E sempre torcer para ele de fato não ter transformado uma dessas em um veneno, nós sabemos que ele é capaz. O homem é um gênio em poções, devo dar o crédito, poderia nos envenenar e nós só saberíamos disso. Oh, é, não saberíamos. - ela sorriu sarcástica e Voldemort contou mentalmente até altos números para não responder de maneira ríspida.


- Bella, eu estou ciente de suas alegações de que Snape é um traidor, mas mesmo que ele fosse... Ninguém é tolo o suficiente para tentar me enganar com uma poção, existem maneiras muito seguras de checá-las... - ele respondeu, aplicando uma das poções em um dos profundos cortes no braço de Bellatrix.


Ela chiou, tentando puxar o braço do agarro dele, enquanto o ferimento praticamente borbulhava e ardia como se estivesse em chamas. Os olhos dela se encheram de lágrimas e ela mordeu os lábios, mas ela não choraria.


O líquido da poção mudava de cor a cada segundo e Bellatrix não tinha certeza se aguentaria mais mudanças, pois a dor aumentava a cada instante. Quando a queimação começou a cessar, ela se perguntava se estava de fato passando ou se ela estava a ponto de desmaiar.  Ela levantou os olhos para encontrar os dele, um questionamento obvio nas feições da Lady das Trevas.


- Você manteve uma discussão bastante acalorada comigo, minha cara, e permitiu que alguns de seus ferimentos fossem tomados por infecções, por isso estavam mudando de cor. - ele respondeu, num tom neutro, aquela falta de emoção pela qual ele era conhecido.


Bellatrix, contudo, conseguia ver atráves da casca de frieza que ele estava quase irritado e com raiva dela por ser tão absurdamente estupida e auto-destrutiva. Voldemort entregou outro frasco a ela


- Isso deve aliviar a dor. - ele esclareceu e ela franziu o cenho.


- E por que - ela parou, é claro que ele não tinha entregado antes. Ele não a faria suportar aquilo em todos os ferimentos, mas... Pelo menos um. Aquilo era o castigo dela por ser tão ela, e a maneira como ele apenas arqueou uma sobrancelha e um fantasma de sorriso apareceu em seus lábios era a prova.


Bellatriu bebeu o líquido viscoso de uma só vez, provando o gosto absolutamente nojento que ele carregava, o rosto dela se contorceu em uma careta e ela estendeu o braço para pegar na mesa de cabeceira a garrafa de uísque de fogo, tomando dois longos goles assim que a trouxera para perto, a queimação da forte bebida quase doce garganta abaixo levando consigo todos os traços do terrível gosto que seria responsável pelo fim de suas dores.


Voldemort aplicou mais da primeira poção nos cortes profundos, causando cada vez menos reações em Bellatrix, que estava gradativamente mais relaxada a cada minutos graças ao analgésico e ao uísque.  


Vários minutos depois, ela sentia seu corpo perder as forças. olhou para Voldemort em confusão e ele apenas suspirou.


- É um analgésico forte, combinado com uísque vai te fazer dormir logo... - ele explicou e retirou a varinha para, uma vez os inícios de infecção tratados, poder fechar com magia os ferimentos mais profundos assim como trouxas quase brutalmente costurariam um de seus feridos.


Bellatrix deixou seu corpo se aconchegar mais nos travesseiros, as pálpebras pesando mais do que deviam e ela entendeu porque ele trouxera o uísque. A adrenalina dela estava alta demais e ela precisava dormir para que seu corpo se recuperasse mais rápido. Ela quase riu com o pensamento de que em alguns momentos ele se importava.


Os dedos dele se fecharam ao redor dos dela e retiraram a garrafa de suas mãos, colocando-a de volto onde estivera antes.


- Acredito que é o suficiente, eu quero que acorde amanhã... - o tom dele era leva e ela o odiava por quase fazê-la rir sendo que devia odiá-lo.


Os dedos de Voldemort tocaram os lábios dela, sobre o profundo corte vermelho no meio. Seu feitiço fez com que ele se fechasse aos poucos, de dentro pra fora de modo que a pele ao redor saísse de seu tom vermelho escuro para um rosa claro. Os feriamentos mais superficiais se curariam sozinhos e hematomas demorariam mais a sair, mas com o analgésico que ela tomara ela não mais os sentia, mas quando o efeito cessasse, as marcas da batalha seriam mais uma vez acompanhadas pela dor.


- Eu devia tomar um banho... - ela suspirou, o sono evidente em sua voz. - Mas... Há chances de eu terminar dormindo na banheira...


Voldemort se levantou e colocou os frascos de poções na cabeceira, caminhando até o banheiro sem dizer uma palavra. Da cama, ela ouviu o barulho de água se chocando contra a banheira. O Lorde das Trevas voltou ao quarto e parou na frente da cama, olhando-a com estendendo uma mão a ela em convite.


- Eu não vou deixar que você se afogue. - ele esclareceu.


Bellatrix pegou a mão dele e deixou-se ser guiada para dentro do banheiro. Ele a ajudou a remover o restante das roupas e entrar na banheira, a água morna a relaxando ainda mais do que a bebida e a poção.


- Diggory... - Voldemort começou, puxando assunto para mantê-la acordada. - Ele não sabe o quão fundo está enterrado.


Bellatrix riu. - Ele acha que sabe, essa é a realidade, mas... No fundo tem esperanças de sair vivo, inteiro e com Pandora. Pobre garoto tolo... Mesmo que ele conseguisse matar Melinda... - O rosto de Voldemort pareceu contrair-se em desgosto com a ideia. Bellatrix franziu o cenho, curiosa com a repentina demonstração de emoção dele. - Mesmo que ele conseguisse... Ela o levaria junto.


- E muitos daqueles que ele ama, também... E os que sobrassem acabaria por sofrer a ira daqueles que se importam e amam Melinda. - Voldemort completou e ela tinha certeza absoluta de que a ira à qual ele se referia era a dele mesmo.


Bellatrix assentiu, seus olhos pesados com o sono que tomava conta dela, tentando manter seu foco em Voldemort. Ela não queria sucumbir ao cansaço, mas precisava dormir e por Merlin isso mostrava o quanto ele a conhecia. Ela tentou se despertar e terminou o banho o mais rápido que pôde.   


Ela se secou e colocou uma fina camisola, dirigindo-se à cama, acompanhada de perto por ele. Não demorou muito para que a Lady sucumbisse ao efeito do remédio, do banho e do álcool - aliados ao cansaço - e caisse no inconsciente, sendo observada por ele.  


Voldemort deitou-se ao lado de Bellatrix, cujo corpo tinha uma aparência infinitamente melhor, mas ainda gritava a batalha, sangue e dor. Ele tocou o rosto dela enquanto adormecida, aquela maldita, insolente, absolutamente impossível e impressionante mulher... A que ponto eles haviam chegado naquele relacionamento que começou sem promessas algumas, vinte anos antes... Então ela era o novo alvo número um de seus inimigos, talvez ao lado de Melinda, porque eles esperavam que dessa forma poderiam atingi-lo. E a pior parte é que no fundo ele acreditava que eles estavam certos.      




Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts


 


     Gabrielle entrelaçou seus dedos aos de Snape, enquanto ambos permaneciam quietos deitados na cama dele. Desde o retorno a Hogwarts, eles haviam tido muito poucos momentos à sós, pelo menos para o que estavam acostumados desde o início peculiar de seu relacionamento.


    O Natal, no entanto, era a oportunidade perfeita. Uma vez a maioria dos alunos em suas casas eles podiam se encontrar mais freqüentemente do que o habitual e ela poderia passar a noite ao lado dele em vez de sair escondida no meio da noite e voltar ao dormitório.


    Os pais dela nem haviam perguntado se ela ia para casa, nem Melinda, era bastante óbvio para todos como e com quem ela passaria o Natal e ela não desejaria estar em nenhum outro lugar.


    Ele acariciou os cabelos dela com a mão livre e beijou-lhe o topo da cabeça. Gabrielle Ceresier, o começo e o fim de seus problemas. Oh, tudo tinha que ser complicado por ela, é claro. Ele poderia ter continuado sem problemas seu caminho, mas ele tinha que se deixar cair por uma garota de dezesseis anos. Gabrielle havia aberto buracos em uma promessa provavelmente mais velha do que ela.


    Always, fora a resposta dele a Dumbledore. E mesmo assim, a loira deitada em seus braços, enchendo seu quarto daquele perfume de flores e baunilha tão característico dela.


    Existiam momentos não assim tão raros em que ele realmente pensava em jogar tudo para o alto, os anos de planejamento cuidadoso, todo o desejo de vingança e a dor da perda. Se fosse assim tão fácil decidir, de um lado seu coração era todo de Gabrielle, mas do outro havia algo no íntimo de seu ser que ainda o prendia a Lily e a todas as promessas que ele fez à memória dela.


    Por um momento, a lembrança do olhar nos olhos de Gabrielle quando ela descobrira a verdade o assombrou. Ele conseguiria mantê-la no escuro por quanto tempo mais em relação a suas verdadeiras intenções? Ela era a melhor amiga da filha de Voldemort e uma das Comensais da Morte favoritas do Lorde apesar da pouca idade. Ele estava tão ferrado.


Enterrado nas próprias mentiras e sabendo que só sairia daquela pilha de sujeira morto, no fundo ele apenas esperava que fosse rápido. Ser entregue pelo Lorde a Melinda, Bellatrix ou, num pensamento mórbido, Gabrielle para ser motivo de diversão delas até quando ficassem entediadas ou ele não resistisse era a última coisa que ele queria. Ele vira casos suficientes para não desejar a ninguém, quanto mais a si próprio.


Existiam outros momentos, contudo, em que ele se imaginava envelhecendo ao lado daquela tentação de cabelos loiros. Caso eles passassem por aquela guerra vivos, talvez eles pudessem... Mas oh quão irrealista podia ser a imaginação? Como?


Para que ambos pudessem sobreviver, Gabrielle deveria mudar de lado e se redimir. Provavelmente seria mais fácil ver Harry Potter e Lord Voldemort apertando mãos do que ela se arrepender de algo, ela vendera sua alma aos Comensais havia tempo. Ou então ele deveria se redimir e esperar a misericórdia de Voldemort além de ignorar todo o sentimento acumulado de décadas.  Vingança é um prato que se come frio, dizem, e quando a dele estava quase no ponto certo Gabrielle vinha para colocar fogo.


Snape fechou os olhos, eles estavam condenados. Estiveram desde o começo, mas principalmente a partir do momento em que ele apagou a memória dela. Ele precisava continuar, Harry precisava de ajuda e, se ele queria sair com uma cabeça dessa guerra, era bom facilitar as coisas para o garoto.


- Um galeão pelos seus pensamentos. – Gabrielle sussurrou e sorriu, causando um aperto no coração dele.


- Um galeão? Quanta vontade de entrar na minha mente... – ele brincou, forçando um tom descontraído em sua voz.


A loira apoiou o queixo no peito dele e observou-o por um momento, seus lábios curvando-se em um sorriso sincero enquanto suas mãos desenhavam cegamente formas circulares no ombro dele.


- Você estava tão pensativo, longe... Na noite da véspera de natal, comigo aqui, devem ser pensamentos valiosos para te distrair em tais circunstâncias. – o tom dela era tão leve e brincalhão que chegava a queimar nos ouvidos cheios de medos e preocupações dele.


- Acredite ou não, srta Ceresier, eu estava pensando em você. – ele mentiu, mentir para uma pessoa que domina a arte da mentira com a facilidade de Gabrielle sempre seria um desafio, mas ele estava aprendendo a enganá-la e aquilo não podia ser de fato cem por cento bom sob nenhuma óptica.   


O sorriso de Gabrielle aumentou, assim como o aperto no coração dele. Aquilo não podia durar, ele sabia, haviam pessoas demais e pessoas espertas demais ao redor deles para manter tudo em segredo por muito mais tempo, Voldemort já não confiava tanto nele e no fim era só uma questão de tempo até Bellatrix e Melinda conseguirem projetar seus pensamentos ao Lorde e esse seria o dia do fim dele e deles.


    Gabrielle descobriria tudo e nunca mais o dirigiria um olhar, portanto, aproveitar o que ele tinha por enquanto era tudo o que restava. Então, Snape percebeu o quão conformados seus pensamentos soavam. Todo aquele tempo pensando, sem notar que ele se acomodara com a idéia de sua iminente descoberta e morte. Não. Não estava acabado, era muito cedo, ele podia lutar. Melinda e Bellatrix não venceriam tão fácil, ele não ia se entregar. Se isso significava ter Gabrielle por mais tempo e conseguir dar continuidade a seus planos, ele dobraria suas forças contra a Lady e a Princesa. Mais alguns meses, pelo menos, era o que ele precisava.


    Enquanto Gabrielle voltava a sua posição anterior e adormecia em seus braços, contudo, ele se focava na necessidade de outra pessoa. Harry, ele ainda não tinha a espada que herdara de Dumbledore. Seis meses sem entregar uma herança é muito tempo, mas oh... Snape consertaria isso e o mais rápido possível.


   


Mansão Slytherin – 25 de dezembro de 1997.


 


     Draco e Melinda mal haviam acordado – por mais que já passasse do meio dia - e já estavam nos fundos da mansão, depois do lago, num grande campo. A vantagem de uma grande propriedade, é claro. Melinda havia arrastado Draco para lá. Aquela garota não tinha jeito.


    Aos pés dela um baú, um que ele conhecia bem. Era um baú de quadribol. Onde ela havia arrumado aquela coisa, ele não tinha certeza se desejava saber.


    - Eu pedi pra tia Narcissa, tonto. – ela respondeu e ele já ia reclamar que ela estava de novo lendo a mente dele, quando ela o cortou. – E a pergunta está escrita bem na sua testa, não preciso gastar minha Legilimência com isso. Enfim, eu quero treinar.


    - O quê?!


    - C’mon Draco, não é como se eu nunca tivesse jogado quadribol. Eu cresci numa família bruxa. Eu e o Blásio jogávamos quando pequenos... Mas eu quero treinar, de verdade. Para entrar no time.


    - Wow, espera aí, Mel... Vamos com calma, por que isso do nada? Ok, você jogava quando criança, todos jogávamos, mas você está em Hogwarts há anos e nunca se interessou...


    - Draco, se existe uma coisa que aumenta a força de uma bruxa é lançar uma goles. Eu preciso me fortalecer pra conseguir jogar. E eu quero isso, você viu o que aconteceu ontem? De jeito nenhum eu vou apanhar daquele jeito de novo.


    O loiro suspirou e acariciou as têmporas, é claro que o assunto não seria deixado de lado, que ela não esqueceria o que aconteceu com Cedric Diggory.


    - Você pode não estar lá pra me salvar todas as vezes, Draco. – ele foi obrigado a assentir. – Isso é uma guerra, eu sou a filha do líder de um dos lados. Do the math. O que aconteceu com Cedric foi só um alarme para mim. Um bruxo nunca deve perder sua varinha, mas...


    - Em alguns casos está além de nossas possibilidades, como aconteceu com você.


    - Sim, eu fui desarmada por alguém contra quem nem estava lutando; e o próprio Diggory foi desarmado por um feitiço aleatório. No fervor de uma luta esse tipo de acidente pode ocorrer e eu preciso estar preparada. – ele assentiu. – Com o Quadribol eu me divirto também, todos nós sabemos que estamos precisando.


    Draco colocou ambas as mãos nas laterais dos quadris dela e a puxou de encontro a seu corpo, acariciando-a com os polegares e sorrindo para a namorada.


    - Sabe que eu não vou ser bonzinho com você, não é? – ele provocou.


    - Oh... – ela entrelaçou os dedos atrás do pescoço dele. – Mas eu espero que não.


    Draco a beijou somente por um momento e convocou as vassouras que estavam deitadas no chão.  Entregando uma a Melinda, ele olhou para o campo onde estavam.


    - Sabe, vamos precisar dos arcos. Sem eles é impossível treinar.


    - Tudo bem. – ela respondeu, pegando a própria varinha e apontando para um ponto no ar. Os três arcos apareceram e ela se virou para Draco. – Pronto.


    Draco colocou sua varinha dentro da caixa das bolas, pegou a goles e montou a vassoura, dando impulso para voar. Já alguns metros no alto, ele olhou para baixo e viu a namorada com os braços cruzados sorrindo para ele.


    - Você vai ficar aí o dia todo? – ele provocou. – Ou vai treinar Quadribol?  


    Melinda estendeu a mão, invocou a vassoura, a montou e colocou-se em vôo, alinhando-se com Draco. Ah, aquilo seria divertido.


    - É você que está longe do campo, querido. – ela devolveu a provocação e voou até próximo dos arcos.


    Draco riu consigo mesmo e ainda de longe lançou a Goles. Melinda estendeu a mão para tentar agarrá-la, falhando de forma a fazer Draco rir. Ela revirou os olhos e socou o cabo da vassora, ele pôde ver ao se aproximar dela, ainda dando risada.


    - Algumas coisas... – ele voou ao redor dela e depois mergulhou em direção a Goles, que caía lentamente como se afundasse em água graças ao feitiço que as fábricas colocavam nas Goles. Ao agarrar a bola, ele voou ao redor de Melinda mais uma vez. – Não se nasce sabendo, princesa. – ele piscou e Melinda revirou os olhos. – Esse foi um lançamento longo, provavelmente diferente daqueles de quando você jogava com o Blásio. Estamos falando de alto nível aqui.


    - Ok então, senhor alto nível. Você vai me ensinar ou vai me provocar?


    - Vou jogar a Goles, você vai pegar e me mandar de volta, várias vezes. De pertinho, porque estamos só aquecendo. E tenha paciência, porque você decidiu treinar em Dezembro e não sei se você notou como está frio? – ela assentiu. – Você não quer se machucar antes da hora, então... Pronta?


    - Sim. – ele mandou a Goles pela primeira vez.


   


    Da janela do quarto, Bellatrix observava os dois, jogando a Goles pra lá e para cá, trocando as mãos que usavam e depois começando a se movimentar com as vassouras. Ela sorriu timidamente ao ver aquele momento tão único em que eles estavam agindo de acordo com suas idades. Oh, aqueles momentos tão raros se tornariam quase extintos naquela guerra, mesmo eles estando do lado certo.


    Ela sentiu uma movimentação atrás de si; sabendo quem era, olhou por cima do ombro para ver Voldemort olhando para ela, uma expressão intrigada no rosto. “É claro”, ela pensou, ao perceber que inconscientemente havia subido uma barreira de Oclumência. Nem ela mesma sabia porque ao certo, talvez no fundo ela tivesse certa vergonha dos pensamentos que estava tendo, da felicidade causada pela visão de Draco e Melinda tendo dezessete anos uma vez na vida. Eles não eram adolescentes normais, nunca seriam, e aquilo era motivo de orgulho para todos – inclusive ela – mas não era como se eles não merecessem uma folga da vida adulta precoce uma vez na vida... O subconsciente dela só não sabia qual seria a reação de Voldemort a tais pensamentos; por Merlin, ela estava ficando maternal demais.     


    - Eu provavelmente ainda estou no modo de batalha. – ela explicou, mesmo sabendo que era uma mentira, voltando a olhar para o jardim. – Há menos de doze horas eu estava sendo atacada por todos os lados...


    A expressão dele relaxou, sem que ela visse, e os lábios do Lorde curvaram-se num discreto sorriso. Ele diminuiu a distância entre eles, parando atrás dela e colocando ambas suas mãos na cintura da bruxa, sobre o robe de seda que cobria o corpo dela, Bellatrix congelou sob o toque dele, a respiração presa em seus pulmões e todos os músculos tensos. As mãos dela caíram soltas ao lado do corpo e a cabeça da bruxa pendeu para trás, apoiando-se por fim no ombro do Lorde.


    - Eu ainda estou – ela começou, sem muita convicção na voz.


    - Chateada, irritada comigo por mais que eu tenha explicado, porque eu podia ter te deixado vir pra casa. – ele completou, distraidamente desenhando formas aleatórias com os dedos na cintura dela.


    Bellatrix engoliu seco, seu corpo dolorosamente sendo colocado em chamas pela suave fricção da seda contra seu corpo, a temperatura do corpo dele atrás dela, irradiando para o dela como uma fornalha e por Merlin ela o queria, por mais irritada que ainda estivesse. De qualquer forma, eles ainda estavam em trégua, certo... Certo?    


    As mãos de Voldemort seguraram as pontas da fita de tecido que segurava o robe dela fechado, puxando lentamente até que o laço estive desfeito, possibilitando a abertura da peça de roupa.


    - Diga-me para parar... – ele sussurrou com os lábios colados ao ouvido dela. – Diga, apenas uma vez, e eu paro. – os lábios dele desceram pelo pescoço dela, distribuindo chupões e mordidas fortes o suficiente para marcá-la por dias, ele sabia. Gentil e delicado não eram as palavras daquela manhã. Ambos estavam irritados com o outro, com raiva, muita raiva. Ela da quebra da promessa, ele da insolência absurda dela.


    Naquele momento, Bellatrix ficou calada, mas o corpo da bruxa respondia por si ao ficar arrepiado com as carícias dele. Ainda estava dolorida graças à batalha e pelo visto ele havia curado seus ferimentos mais profundos apenas para poder fazer novos, feitos por ele.


 


    - Ah, eu direi tais palavras...- ela sussurrou, ofegante e decidida – Mas não agora...-  levou a mão dele até o próprio colo, afastando o robe do ombro deixando-o meio caído, revelando um ombro quase nu apenas coberto por uma fina tira da camisola de seda delicada e comprida que ela estava vestindo. Havia escolhido vestes mais compostas na noite anterior. Em um dia convencional, teria dormido nua pelos ferimentos ainda existentes em seu corpo, porém aquele não era um desses dias.


    Os lábios de Voldemort curvaram-se num sorriso de triunfo contra a pele do pescoço dela, para distribuir mais uma mordida, próxima da cicatriz que ela tinha no pescoço, passando a língua pelo mesmo local em seguida. Uma de suas mãos viajou pelo corpo dela, a outra ainda fixa na cintura, apenas a fina seda evitando o contato de pele com pele, até parar sobre um dos seios dela e apertar sem muita gentileza sobre o tecido, para em seguida colocar a mão por dentro da camisola e repetir o gesto, dessa vez segurando entre dois dedos um mamilo já rijo.


    - Quando disser, tenha convicção... – ele sussurrou contra a pele do ombro dela, onde puxou com os dentes uma alça da camisola. – Porque enquanto o seu corpo negar... – ele se concentrou em marcar o ombro dela como antes fizera com o pescoço e continuar a massagear o seio dela, puxando-a sempre mais contra seu corpo.


    Tentava se segurar e estava sendo bem sucedida, mas no momento em que ele a mordeu no ombro, acabou soltando um gemido; Bellatrix pôde sentir que o pênis dele já estava mais rígido, sendo contido apenas pela calça dele quando ele a puxou, será que pediria para ele parar? Ainda não. Até aquele momento, apenas ela estava sendo diretamente provocada - o que pra ela era desvantagem, afinal aquele era um jogo mutuo.


    -Tsc, tsc ,tsc... - Fez uma leve pressão para se afastar e virar-se de frente para ele. Dando uma breve distancia entre os corpos, passou a mão nos cabelos jogando-os para o lado pra que cobrissem o seu ombro exposto. – Tantos anos juntos e você ainda não aprendeu a lidar comigo? – os olhos dela brilharam de luxuria, e ela tornou a se aproximar, ficando face a face – Quanto mais brechas você me proporcionar...- disse, roçando os lábios nos dele – Mais eu as usarei contra você. – mordeu o lábio inferior dele com um pouco mais de força que o habitual e depois deu um leve beijo, afastando o rosto novamente, mas deixando os corpos colados.


    De súbito, a mão de Voldemort se fechou ao redor do pescoço dela de forma nem um pouco carinhosa e no impulso a empurrou contra janela, causando um crack quando o corpo dela colidiu com o vidro, mas sem quebrar. Ele sabia que estava respondendo à provocação e era isso que ela queria, então soltou a mão do pescoço e a desceu pelo colo até a barra do decote da camisola dela, deixando-a toda exposta a si uma vez que ela não usava nada por baixo da camisola. Ele cortou a distância entre os dois, encurralando-a na janela e levou a mão diretamente para entre as pernas dela, pressionando os dedos contra o calor úmido dela.


    - Tão molhada, Bella, e estávamos falando de usar as brechas. – imediatamente, sem a menor cerimônia, ele enfiou dois dedos dentro dela.


    Todos os pêlos do corpo dela ficaram arrepiados com aquele último gesto dele, ela mordeu levemente os próprios lábios inferiores.


- Nessa brecha então, my lord, o senhor é especialista  -falou com voz rouca e completou com um breve sorriso .- Mas não creio que aqui seja o melhor lugar para explorá-la..- essa ultima frase soou mais como um alerta, pois havia esquecido da janela até bater com a cabeça no vidro. E também uma nova oportunidade de mudar o jogo, já que ele a deixara novamente em desvantagem com esse movimento.


Voldemort movimentou seus dedos para fora e para dentro dela deliberadamente devagar, ignorando por um momento o que ela estava dizendo sobre a janela; ele podia sentir a reação do corpo dela aos toques dele, a excitação dela já escorrendo por sua mão. Ele fixou os olhos nos dela, observando como os olhos dela se tornando turvos por mais que ela desejasse esconder. Novamente em súbito, ele retirou os dedos dela e a levantou pela cintura, carregando-a até encostá-la contra um dos mastros to dossel da cama.


- Eu acho... – ele disse contra os lábios dela. – Que poderíamos ser uma distração pra eles lá fora.  


- Eu acho que já tivemos um pouco mais de vergonha - disse de maneira irônica, afinal eles nunca haviam se preocupado muito com a opinião publica nesse quesito.


Bella o afastou com o pé esquerdo, ganhando espaço novamente, subiu em cima da cama e se segurou no mesmo mastro do dossel que ele a havia colocado e ali começou a ensaiar um a espécie de pole dance sem retirar os olhos dos dele.


Voldemort sentiu a ereção em suas calças enrijecer dolorosamente enquanto ela ensaiava aqueles passos, ele sabia bem o que ela estava fazendo e estava sendo muito bem sucedida, ela estava o provocando de volta; se ela para ela ficar tão excitada, bom, ia fazer o mesmo com ele e oh ela era boa naquilo. Boa demais. Era um tipo de vingança, ele sabia.


A bruxa entrelaçou uma das pernas no mastro do dossel, tomou um leve impulso com o corpo e foi descendo lentamente, cantarolando uma musica até chegar a cama, mas sem deitar; se levantou  novamente para escalar o mastro e descer com as pernas cruzadas em torno dele, desta vez deitando-se. Olhava para ele com os olhos mergulhados na luxuria e sussurrou as palavras no ritmo da música até então apenas cantarolada "So my darling please surrender to me...”


Voldemort a pegou bruscamente pela cintura, levantando-a e trazendo-a contra seu corpo, as pernas dela ao redor de seu quadril; deixou uma de suas mãos segurando-a firmemente no lugar e subiu a outra para se entrelaçar nos cabelos negros, puxando mais do que o suficiente para causar dor - não exatamente uma dor extremamente incômoda, mas ainda sim. - Esse é um jogo para se jogar a dois, Bella. - ele sussurrou contra os lábios dela e forçou a ereção contida pelas calças contra a virilha dela.




- É verdade my lord ... Mas e se eu lhe pedir que " pare " como fica? Brincando sozinho? - ela respondeu da  mesma forma que ele, em sussurros contra seus lábios - Afinal vai que apareça um problema assim como no jantar e eu tive que brincar sozinha... É sempre assim no final...-deu uma estocada contra a ereção dele, essa um pouco mais suave a acides já estava as palavras- Ou será que aqui é o único lugar que não me deixa de lado ? - cravou as unhas nas costas dele no mesmo instante que beijou seus lábios,sabia que estava passando um pouco dos limites, mas queria ver o que ele faria com aquelas provocações, ela estava " pagando pra ver" desde a hora que ele chegou.




Assim que terminou de ouvir as palavras dela, Voldemort a soltou não muito delicadamente sobre a cama, andando para a outra direção, afastando-se dela para se sentar em uma das poltronas do quarto. Sem tirar os olhos dela, ele se acomodou na poltrona. - Você, no entanto, está longe de ser insolente somente na cama. É por isso que você tem razão, talvez a brincadeira seja mais divertida a dois, mas preferencial sozinho. - o Lorde enfiou a mão dentro da própria calça e libertou sua ereção, observando as reações da Lady a poucos metros de si enquanto ele acariciava a si mesmo para cima e para baixo numa velocidade dolorosamente lenta, ah, mas ele estava adorando aquilo, especialmente com ela assistindo.




Quando ele a jogou na cama de início ficou sem reação, mas logo entrou na brincadeira. Deitou-se na cama de de bruços, olhando para ele com as cabeça apoiada no dorso nas mãos, estava querendo apreciar  aquela cena , era a primeira vez que o via se masturbando e  se quer queria piscar o olho.


- Vamos ver sweet ... Como será que você se vira sem mim - ela mordeu os próprios lábios inferiores, sentia que sua vagina estava cada vez mais úmida, mas ela conseguia se controlar por enquanto - Sem querer me meter, pelo que eu senti... Acho que vc deveria aumentar um pouco a velocidade...- falou com voz rouca.




Voldemort se ajeitou novamente de forma que Bellatrix pudesse ver melhor o que ele estava fazendo; ele circundou a glande uma vez com a palma da mão, ainda sem aumentar a velocidade. - Sempre tão impaciente, Bella, sempre tirando conclusões precipitadas... - ele sorriu de canto para ela. Era clara a provocação, obviamente ele a queria  e a tomaria, mas oh ele ia brincar, e sabia que ela também ia, até que os dois estivessem no ponto perfeito para uma explosão.


Definitivamente Bella iria entrar no joguinho dele ou pelo menos apimentar um pouco a brincadeira.


- Será que isso o estimula mais ? – perguntou de maneira quase inocente, enquanto se levantava da cama e tirou a camisola, revelando o belo corpo que ainda possuía. Sentou-se a beira da cama com as pernas um pouco mais afastadas, mordendo suavemente o dedo indicador enquanto olhava-o, umedecendo um pouco este com a própria saliva e arrastando o dedo desde os lábios até o bico dos seios, um sorriso cheio de volúpia se formou no rosto dela, enquanto brincava com o bico dos seios.


Voldemort não deixou nenhuma reação transparecer, grande orgulhoso que era o Lorde das Trevas, mas tudo dentro dele tensionou por um momento. Eram raras as oportunidades de ver Bellatrix se tocando daquela maneira, mas era sempre um deleite assisti-la. Mesmo assim, a velocidade com que ele tocava a si mesmo não havia se alterado e ele sabia o quão frustante aquilo seria para ela, internamente por ser tão orgulhosa quanto ele. Contudo, ela provavelmente no fundo sabia tão bem quanto ele o efeito que estava fazendo, como ele estava duro como rocha sob o próprio toque.  


 


Bella assim como ele ficou calada, mas queria ver até quanto tempo ele ficariam com aquele jogo dele. A mão que estava no seio subiu passando pelo rosto e bagunçando os cabelos, ela riu-se  e cruzou as pernas.


-Seria tão estimulante para mim vê-lo se masturbando, afinal o senhor nunca me concedeu a honra de  assistir... –  falou com voz rouca, ela realmente queria que ele fizesse aquilo. A expressão no rosto dela dizia tudo era um misto de volúpia com certa inocência, como uma adolescente que espera ver um homem fazer aquilo pela primeira vez.


Voldemort sorriu de canto ao pedido dela e sabia que, em outras circunstâncias, ele conseguiria fazê-la implorar das maneiras mais deliciosas, mas na situação em que eles estavam não era sensato provocá-la além do limite. Ele aumentou o ritmo de sua mão, indo de baixo a cima e movendo o pulso para que sua mão deslizasse também ao redor de seu membro no caminho. Ainda estava um pouco devagar, contudo. - Melhor? - ele perguntou, sem tirar os olhos dela.


 


- Acho que sabe a resposta .. – disse abrindo um breve sorriso, tornando a abrir as pernas, apoiando-se com a mãe esquerda e levando a mão direita em direção ao seu clitóris de inicio utilizando apenas  o dedo indicador. Massageava-se lentamente olhando-o,  assim como a velocidade de seus dedos,suspirava ou gemia dependendo a intensidade de suas próprias carícias, ao contrário dele não queria ficar sendo contida pra provocá-lo.


A boca de Voldemort secou instantaneamente, vê-la se masturbar era extremamente erótico, principalmente porque ele estava fazendo o mesmo. Por um momento, com aquela troca de sorrisos maliciosos, era como se eles não mais estivem tão irritados com o outro. Ele gradualmente aumentou novamente o ritmo de seus toques, deixando-se abrir às sensações assim como ela havia feito, mas sem nunca quebrar o contato visual .


Bellatrix quebrou o contato visual ao jogar a cabeça pra trás a  medida que a velocidade de sua mão ia aumentando, estava completamente úmida , mas não iria acabar com a brincadeira agora, e toda a vez que sentia estar chegando perto do orgasmo diminuía o ritmo. Parou subitamente o que estava fazendo, afinal  não tinha graça se não pudesse olhá-lo, trocou de posição rapidamente deitando na cama de lado, permanecendo dele frente para ele e sem em pedir permissão voltou a se masturbar, exagerando nas caras, bocas e gemidos, porem agora consegui-a  vê-lo.


Voldemort então ficou cansado daquele joguinho e se levantou da poltrona, andando lentamente até Bellatrix, ainda sem quebrar aquele contato visual, as caras que ela fazia e os gemidos dela mandando vibrações por seu corpo que iam direto para a virilha, se eles não parassem com aquilo a brincadeira acabaria antes de começar. E como ele queria começar a brincadeira antes. Ele se ajoelhou na beirada da cama e segurou o quadril dela com ambas as mãos, puxando-a para perto da borda da cama. Suas mãos foram para a parte interna das coxas dela e ele abriu as pernas dela, abaixando sua cabeça até encostar os lábios no clitóris dela, sugando fortemente enquanto segurava o quadril dela contra a cama.





Bellatrix jogou a cabeça para trás não agüentando mais se segurar graças ao tesão que seu amante estava proporcionado. Começou a gemer baixinho, sabia que não resistiria muito tempo, afinal ambos já haviam provocado o suficiente. Cada vez estava ficando mais úmida a medida que as carícias da língua dele variavam dentro dela, com uma das mãos Bella se apoiou na cama, enquanto com a outra acariciava os cabelos de seu lorde, afinal não é todo dia que ele se ajoelha pra ela e isso era sem duvida o maior estimulante pra o caminho do orgasmo.




Voldemort penetrou dois dedos dentro dela e se concentrou apenas no clitoris dela, a excitação de Bellatrix fazendo fácil para ele colocar e tirar os dedos dela, deleitando-se com os gemidos dela e o jeito que ela acariciava seu cabelo. Ele gemeu em retorno, seus lábios mandando vibrações direto ao clitóris dela. Ele conseguia sentir como ela estava perto, as paredes dela se contraindo contra seus dedos com cada vez mais força.




A bruxa mau conseguia respirar, céus como ele era bom, se havia um lugar onde eles nunca falhavam era ali. Estava a beira do orgasmo mal conseguia pensar e muito menos falar alguma coisa, estava concentrada em sentí-lo  dentro de si. Um gemido mais alto e profundo anunciou que ela finalmente havia chegado ao ápice do sexo pela primeira vez naquele dia, suspirou se deleitando com a sensação e querendo mais.




Ele subiu a cabeça, cobrindo de mordidas o caminho que fez até estar completamente por cima dela, sua ereção pressionando contra a coxa dela. Ele pegou as duas mãos dela e as segurou sobre a cabeça dela, beijando e mordendo o pescoço dela, descendo até os seios dela - sensíveis pelo recente orgasmo - e tomou um mamilo na boca, sugando fortemente enquanto forçava seu quadril contra a coxa dela, mostrando o estado em que ela o colocava, deixando fluir para a cabeça dela todos os pensamentos daquilo que queria fazer com ela.  


Bella entendeu o tipo de jogo que ele queria fazer, mas não deixaria por muito tempo, nada de ser submissa a ele esta noite. Era difícil pensar em uma forma de virar o sexo a ser favor, afinal havia acabado de ter um orgasmo e era mais fraca que ele e os beijos e mordidas não ajudavam, ficou curtindo o momento mais um pouco, mas quando sentiu a ereção dele contra sua coxa aquilo a excitou novamente. Desvencilhou os braços dos dele e num movimento rápido jogou seu corpo contra o dele forçando-o a trocar de posição, desta vez ela por cima.


Voldemort sorriu de canto e mordeu o lábio com a troca de posições, o calor dela pressionando deliciosamente contra sua ereção e a visão do corpo definido dela secando-lhe a boca. "Hoje não", a mente dela dissera, e se ela não queria se render... Vê-la em toda a sua dominação seria no mínimo interessante, pelo menos com a visão de camarote que ele estava tendo. Além do que, Bellatrix nunca conseguia ser tão sexy do que quando tomava o controle, logo, deixá-la fazer aquilo de vez em quando não era exatamente um problema. As mãos dele foram para o quadril dela, segurando com força o suficiente para marcar, e a puxou ainda mais para baixo, movendo o proprio quadril embaixo do dela.


 


Bella  não pensou duas vezes antes de fazer com que ele a penetrasse soltando um leve gemido, começou a movimentar os quadris , subindo e descendo lentamente fazendo com que as vezes ele saísse e voltasse a entrar no seu corpo,  gemendo baixinho cada nova penetração. O bom de já ter tido um orgasmo era que já estava totalmente lubrificada o que facilitava e melhorava seus movimentos,  levou as mãos até o próprio cabelo bagunçando-o e depois pelo pesco e chegando até os seios onde massageou um pouco os mamilos sensíveis graças ao tesão, para finamente apoiar as mão no peito dele. Em nenhum momento tirou os olhos do rosto dele, sabia que estava torturando um pouco ao cavalgar tão lentamente, mas quem disse que o mundo é justo.


Voldemort gemeu guturalmente quando ela o guiou para dentro de si, movimentando-se para cima e para baixo, deixando-a preencher por ele, tão quente e molhada ao redor dele, olhando-a fixamente nos olhos ele sentia o prazer apenas se contruir mais rápido e mais rápido, subindo rapidamente, mas era frustante como ela estava lenta, então as mãos dele se fecharam com mais força no quadril dela e a puxou com força para baixo, sincronizadamente propulsionando o proprio quadril para cima, várias vezes, mudando o angulo para atingir dentro dela aquele ponto que a levava ao topo. Como ele havia dito antes, era um jogo para dois.


 


Ela compreendeu completamente a mensagem e aumentou o ritmo e a intensidade de suas estocadas, desta vez nem deixava que ele saísse de si, começou a contrair propositalmente as paredes da vagina mais sem fazer muita força para não machucá-lo apenas para massagear o membro dele. Queria realmente chegar a ápice novamente e desta tendo a companhia dele.


Voldemort sabia que ela estava fazendo aquilo de proposito para aumentar o prazer dele e aquele era um dos motivos pelo qual ele a adorava tanto na cama, mas com algumas mais estocadas ele sabia que elas contrações seriam involuntárias e ela chegaria ao segundo orgasmo, ele também não estava longe e percebia qual era a intenção dela, chegarem juntos. Ele então levou uma das mãos ao clitóris dela e o massageou em sincronia com a estocadas.


 


No momento que ele começou a tocá-la Bellatrix não conseguiu mais segurar os gemidos,que até o momento estavam sendo baixou e roucos, e agora passaram a ser mais audíveis e agudo, as contrações já eram involuntárias e logo chegaria lá. Jogou a cabeça para trás deixando aquelas sensações possuírem seu próprio corpo, mas pra chegar lá precisava ser com ele.


-Goza comigo, por favor...- falou com voz rouca, entre os gemidos, quase implorando.


Ouvi-la falando daquele jeito acabou com todas as defesas de Voldemort, ele não poderia negá-la nada naquele momento, Merlin sabia. Então, ele fechou os proprios olhos e deixou o orgasmo inundar, seu corpo, aumentando o ritmo de seus dedos e levando-a consigo, os gemidos deles em sincronia enchendo o quarto.


Um orgasmo nunca é igual ao outro esse, por exemplo, foi melhor que o anterior pelo simples fato de ter o seu amante acompanhando. A medida que as sensações do orgasmos iam se amenizando Bella deitou sobre o corpo dele, sem tirá-lo de si, podendo ouvir as batidas do coração dele.


- Não é que você tem um coração – brincou e ao mesmo tempo era uma provocação.


Voldemort riu de canto e saiu lentamente de dentro dela, para não machucá-la uma vez que estava sensível. Ele embrenhou os dedos nos cabelos dela e a fez olhar para cima, os olhos encontrando os dele.  - Mas que isso não saia daqui, tenho uma reputação a manter, afinal... - ele levantou a sobrancelha e a beijou lentamente, ambos cansados como estavam.


 


Ela riu baixinho entre o beijo e  assim que os lábios se separaram respondeu:


-Pode deixar que eu não vou contar pra ninguém, e se um dia eu contar será apenas para Rita Skeeter – um sorriso maroto se formou nos lábios dela.


 


- Oh, é claro, com todos os detalhes mais sórdidos para ela fazer quantos livros quiser... - ele completou, relaxando na cama com ela se acomodando em seu peito. Ele sentia o sono voltando a si e motivos para o cansaço ele tinha.


 


Bella nem chegou a ouvir a resposta dele já havia adormecido, estava tão cansada com tantos acontecimentos e juntando com o corpo aninhado ao dele que era totalmente compreensível que ele não aguentasse mais tempo acorda.


 


Voldemort assim como ela adormeceu, tomado pelo cansaço mesmo que eles tivessem acordado pouco antes. A verdade é que nenhum deles havia tido a melhor noite de sono. Para começar, eles chegaram extremamente tarde em casa e tiveram toda a discussão, os ferimentos de Bellatrix precisando de cuidados e nas poucas horas que haviam de fato dormido havia sido um sono conturbado. As atividades da manhã também não contribuiram para diminuir o cansaço, de modo que eles caíram num sono profundo.


Voldemort acordou horas depois e se levantou, deixando Bellatrix adormecida na cama, colocando os cobertores por cima dela. Ele se dirigiu ao banheiro deles, mas ouviu-a chamar "Tom" e congelou no lugar que estava, ela nunca o havia chamado assim, nunca, ele virou lentamente e viu que ela ainda dormia.


O que mais o chocou foi a reação que ele teve quando aquele nome saiu dos lábios dela, normalmente desejaria matar qualquer um que o chamasse por aquele nome, mas ela... Não era exatamente incômodo, era... Ele balançou a cabeça, tentando se focar em outra coisa.


 


Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts - Semanas depois




Desde a volta de todos dos feriados de fim de ano, as coisas estavam consideravelmente calmas. Nenhuma grande agitação havia assolado Hogwarts, nem mesmo no bom sentido uma vez que o quadribol só voltaria em fevereiro devido às tempestades de neve de janeiro, aumentadas pela presença de dementadores desde que os mesmos foram soltos de Azkaban.


No momento em que Melinda voltara, Pansy - que havia ficado em Hogwarts no papel de espiã desde que a princesa saíra - fez o relatório de todas as atividades recentes de Ginny Weasley e Neville Longbottom. Segundo Parkinson, eles nem mesmo estiveram no mesmo corredor durante os momentos em que estiveram em Hogwarts os dois, Ginny ficara um tempo com sua família. Melinda, no entando, nunca achava por demais mantê-los afastados.


O fim do feriado significou também o fim da, como Melinda chamaria para provocar, lua-de-mel de Gabrielle com Snape. Eles estavam de volta aos raros encontros às escondidas que eles tanto detestava. O fato era que Hogwarts inteira sabia, mas eles não esfregariam seu romance na cara dos alunos.


Para Snape, contudo, o distanciamento de Gabrielle tornava possível colocar em prática o seu plano. Ele precisava se ausentar de Hogwarts sem que ninguém percebesse, portanto em uma noite, ele se trancou em seu escritório como se fosse trabalhar e saiu pela janela. Um dos truques aprendidos com Voldemort.


Ele voou até fora dos limites de Hogwarts e aparatou aonde queria, as proximidades de um lago. As arvores ao seu redor o escondendo de quaisquer inimigos e animais. Ele pisou no pedaço de gelo que costumava o lago, a espada embrulhada debaixo de seu braço. Ele abriu um buraco no gelo e ajoelhou-se, escorregando a espada para dentro da água. Ele sabia que Potter estava por perto, estivera rastreando o moleque desde que ele saíra do casamento do Weasley com Delacour,  e seria possível que encontrasse a espada. Aquela era a maneira que ele melhor podia ajudar o filho de Lily... No momento em que ele fechou novamente o gelo ele sabia que estava praticamente quites com sua culpa em relação a Lily e Potter, mas que não traíra apenas a confiança daquele que havia matado a mulher que ele amava, mas também da garota que lhe havia dado nada além de seu amor e sua fé... Mais uma coisa entrava para a lista dos motivos pelos quais Gabrielle viria a odiá-lo e tudo o que ele esperava é que assim como o gelo demoraria a congelar aquela espada, o amor dela por ele demorasse a esmurecer.


Snape sabia, contudo, que por mais que desejasse o melhor e torcesse para que Gabrielle o perdoasse... O amor não era como feito por duendes, ele absorvia tudo, principalmente aquilo que o enfraquecia.


_______________________


N/A: Hey guys! Sorry sorry soorry a demora... *corre pras colinas*

E eu sei que prometi postar ontem mas fiquei sem internet *sigh* então tá aqui. Agradecimentos à Pandora pela ajuda na NC! 

Espero que gosteeeeeeem! Comenteeem please

beijos

Mel Black 

[06-11-2012]

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Comentários (6)

  • claudia snape riddle

    oh my God!!!! Herdeiras do mal forever!!! não aguento mais esperar pelo próximo capítulo!!!! por favor posta logo, ok? eu to surtando pra ver voldemort dizer eu te amo pra bella, ver como termina a guerra, a descoberta da traição de severus... sinceramente quero que ele sofra com tudo isso que ele está fazendo, mas não quero que ele morra, quero que ele termine junto com a Gabie e esqueça de vez a maldita Lily, ela não merece o amor dele, não nessa fanfic pelo menos... a Gabie conquistou mesmo seu espaço, viu. ela e snape devem ficar juntos; mas o sev vai ter que pagar direitinho pela sua traição, com muita humilhação devo dizer... e potter naturalmente será morto, pelo lord né.. e acredito que o lord não deixe ele destruir todas as horcruxes né... poxa eu não quero nem pensar em vold e bella morrendo pelo amor de Merlin!!! eles definitivamente não podem morrer, nem eles nem snape e gabie, nem mel e draco. pode ser ferir gravemente em batalha, pode haver suspense e tragédia, mas nunca morte. pelo menos com esses tres casais. por favor, hein, vê lá o que voce vai fazer com meus personagens favoritos huh? não os mate. por favor. ora, enquanto severus não destruir aquele maldito quadro de dumby da parede, ele não vai apagar o desejo de trair o lord da mente dele. é a verdadeira lealdade dele, o amor a lily e a amizade ao dumby, né... aquele maldito quadro precisa ser destruído, jnuto com esse "always" que ele tem pela lily; nada é para sempre, se fosse, a lily tava viva, mas ela morreu sev! por merlin, desencana! ai meu merlin, eu não vou sossegar enquanto ele não deixar essa droga de amor por um cadáver e não se voltar pra Gabie. e quando ela descobrir... não quero nem pensar, vai ser trágico, mas vai ser épico, eu mal posso esperar.... bom, no fim ele vai ter que reconquistá-la, ela vai resistir um pouco, mai vai perdoar, e tomara, por Slytherin - que tudo termine num epílogo com uma maravilhosa festa naquela mansão do Dono do mundo, com todos os comensais e seus aliados, e muitas risadas em volta de uma mesa cheia de bebidas e comidas, bella mais linda do que nunca, voldemort o bruxo mais poderoso do universo, snape, a prova viva da benevolencia do poderoso lord, e gabie junto com ele, cheirando a perdão, amor e sexo tudo misturado; sem falar em draco e mel, juntinhos com pandora, já grande e mais uma herdeira do mal, sendo treinada para matar... será que isso é muito fora da realidade? bom, pra mim o resto inteiro pode morrer, se afogando no próprio sangue, incluindo pansy e a mãe, diggory, e ginny, e toda a ordem nojenta e hipócrita da Fenix... assim eu espero... eita já falei demais, mais eu realmente to ansiosa pelo final, quem mandou escrever uma fic tão boa assim? cupa sua. xoxo claudia snape riddle

    2013-03-27
  • Kamilla Bacchi

    Estamos chegando no final de Relíquias da Morte depois que o Harry pega a espada eles vão falar com o pai da Luna e logo depois são pegos e no livro eles conseguem fugir da Mansão Malfoy, ai tem o Gringontes e depois já é a Batalha de Hogwarts e Voldemort e Bellatrix morrer como vai ser isso em HdM? Eles não podem morrer, não vai mater eles não né Mel? E Depois que acabar a Herdeiras do Mal 2 vai ter a 3 então eles não podem morrer. Tô odiando cada vez mais esse Diggory, tô louca para ver a Melinda acabar com ele.E agora a Princesa vai jogar quadribol isso vai ser muito bom.Adoro quando o Lord cuida dela, ele preocupado é tão fofo. Nem vou falar da NC estão cada vez melhores e ela chamando ele de Tom a reação foi perfeita. Ele tá apaixonado por ela, não tá?Herdeiras do Mal Forever ♥♥♥  

    2012-11-09
  • MaryLestrange

    Depois de quase ter um ataque cardíaco ontem de tanta emoção que esse cap finalmente saiu, eu vim comentar. Que capítulo lindo! Ele só não foi melhor porque não foi maior, eu tava desejando que viesse um daqueles com tipo setenta páginas kkkk Mas, meu Merlin, que capítulo foda!!!! Pra começar, aquela luta da Mel com o Diggory foi épica, ela dizendo que ele tinha assinado a sentença de morte da Hy - so true. E ele mereceu apanhar do Draco, eu dava uma risada a cada chute... Muito a cara da Mel tb ficar ultrajada pelo Draco ter iterferido kkkk Mal posso esperar pra ver a Dark Princess no time de Quadribol, vou adorar ver a Ginny apanhando dela e coisas do tipo! kkkkkkkkk Ah, e a briga de Voldy e Bella! coisa mais linda e painful ao mesmo tempo... e o pior de tudo é que ela tem sua parcela de razão, né. Ah, mas o sexo de reconciliação deles compensa. E como compensa... vc fica mais foda a cada nc, menina, como pode?! Aquela coisa dele ter ajoelhado pra ela, na nc, aquilo foi meio que um pedido de redenção super sutil ou eu imagino de mais? Anyways, o Voldy todo preocupado com os ferimentos dela nunca deixa de ser lindo, eu surto toda vez que ele faz isso! Eu adorei aquilo dele deixar ela sentir a dor da primeira poção, achei tão bonitinho!!! (eu sei, talvez minha visão de romance seja meio distorcida, mas de quem é a culpa?) E a reação dele quando a Bella o chamou de Tom?! Aquilo foi tãããão lindo!!! *.* E enquanto isso o Snape vai só se afundando na própria cova né... nossa, eu queria que ele parasse de fazer merda, escolhesse logo a Gabrielle e saísse do maldito muro! Pobre Gabie, toda enganadinha, toda obliviadinha... Então é o seguinte, dona Pri, as expectativas pro próximo capítulo estão altíssimas, como sempre, porque essa fica tá muto foda e fica cada vez melhor; e como esse capítulo foi tão curtinho pelos seus padrões, é bom que o próximo venha logo, porque abstinência de viciado é uma coisa muito séria, e eu tou muito anciosa pras próximas cenas. *.* Então, mais uma vez parabéns por essa fic PERFEITA que faz meus dias mais felizes, malignos e pervertidos. Bjos!

    2012-11-07
  • RenathaBlack

    O Voldemort todo preocupado com a Bella é muito fofo mais a minha parte favorita é a reação dele quendo ela o chama de Tom. A Melinda querendo aprender Quadribol foi demais afinal ela faz qualquer coisa para ficar mais poderosa e o Snape vai acabar se farando se pensa que pode enganar o Lord .Espero o proximo cap. 

    2012-11-06
  • Kamilla Bacchi

    Não sei se a previa matou a minha curiosidade ou a aumentou, talvez um pouco dos dois.E Parabéns pelos 6 anos de Herdeiras do Mal.

    2012-07-18
  • RenathaBlack

    se isso é a previa mal posso esperar para ver o cap. todoe so existe uma palavra para descrever o momento Bella/Vold: PERFEITO !!! 

    2012-07-18
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