O Tradutor de Todos os idiomas



Capítulo 34: O Tradutor de Todos os idiomas. (Nova tempestade em ação)



-Não tem mais chance de acharmos – suspirou Jill, enquanto, contra todas as esperanças, fazia a ultima pesquisa na biblioteca. Pegou um livro qualquer, entitulado “O livro vermelho” de dois autores que só podia se ver as iniciais dos sobrenomes: B. e B. Era um livro grosso e velho, manchadas em muitas partes. No final, uma nota do editor ou algo parecido:

“Você pode continuar este livro graças a um estranho descobrimento desta época. A substancia Bab...” Nesse trecho se interrompia, devido a uma mancha que tornava ilegível. A nota era assinada por um tal de S. G.

-Mistério demais por aqui – murmurou Jill em voz baixa – e não estou com ânimo para procurar algo limpo nesse livro – e o deixou na estante. Talvez essa noite pudessem ir a Câmara de Merlin de novo, mesmo que ela não quisesse pegar mais uma vez o anel de Fleur “Talvez já tenha se dado conta!” pensou; ela teve uma idéia que poeria por em prática: assim não poria em risco seus estudos, ne, seu segredo. Seu pai moribundo, no seu leito de morte, a fez prometer que somente se tivesse perigo de vida, ela não revelaria o segredo... E ela tinha uns nove anos.

-Melhor voltar a sala comunal. – se disse em volta. Ali se encontrou com uma cena familiar, pra dizer pouco. Harry estava com cara de se sentir péssimo (Ele ESTAVA péssimo), enquanto Rony tentava lhe animar.

-O que aconteceu aqui? – perguntou ela.

-Ele... – começou Rony – bem, o que aconteceu é que ele teve uma briga com minha irmã e...

-Não lhe dei muita importância, que droga! – continuou Harry, sem vontade nenhuma – mas cheguei aqui e perguntei a Rony e significado real do que ela me disse e...

-Gina terminou com ele. – finalizou Rony. Harry baixou a cabeça.

-Vamos Harry – o animou Jill – não é mais do que uma briga de casal. Já voltarão as boas em breve.

-Mas... O que ela me disse... – ele disse quase chorando.

-O que ela te disse? – perguntou Jill preocupada.

-Me chamou de cínico. Parecia acreditar que eu a enganava ou algo assim – não quis dizer o “com Hermione”, ou talvez Rony também iria se enfurecer com ele.

-Ah, não. Teve uma crise de ciúmes? – perguntou Jill mais preocupada.

-É... – terminou ele quase desabando.

-Hum... Se não tivesse sido isso, seria mais fácil. Não se preocupe, eu a convencerei.

-Acho que você não vai conseguir. Ela não quer te ver nem pintada. – respondeu Harry sorrindo ironicamente.

-E por que?

-PORQUE ELA ACHA QUE A ENGANO COM VOCÊ! – Respondeu ele num tom mais de choro do que de grito mesmo.

-Ela acredita nisso?! – exclamou Jill. Ela corou de inicio, mas riu tentando não dar importância. – por acaso ela enlouqueceu? Não se preocupe... Deixe comigo.

“Ela quer que eu não me preocupe ou que me preocupe mais ainda?” pensou Harry. A ele não agradava a idéia de deixar a situação na mão de Jill. Ele, acima de tudo, conhecia a falta de tato de sua amiga; Quando simplesmente explodiu com Snape ou com Franz. Mas não tinha mais alternativa, Gina lhe disse que não queria o ver mais. Jill lhe acalmou dizendo:

-Verei o que posso fazer, pensarei um pouco. Não quero piorar a sua situação, se é que isso é possível.

-Olá gente! – saudou Hermione, entrando. Vinha de muito bom humor.

-Oi Mione! – responderam. Ron se perguntava por que ela estava com esse ânimo, se nos últimos dias ela estava nervosa, devido a impossibilidade de continuar traduzindo. E é que Hermione nunca fazia as coisas pela metade.

-Adivinhem o que consegui! – exclamou – já sei como terminar de traduzir!

-Sério? – Harry levantou um pouco a cabeça. – como?

-Existe uma substância lendária que permite traduzir qual quer coisa para o idioma de quem a usa. Se chama “Babylonnium”, ou algo assim. Tenho a receita aqui, mas devemos descer, porque os ingredientes são muito difíceis!

-Por mim nenhum problema – disse Jill – desde que os garotos aceitem pernoitar...

Nessa noite desceram até o armário de limpeza nas masmorras. Hermione perguntou:

-Como vamos entrar? Não temos o anel e não sabemos a senha.

-Esperem-me aqui. – respondeu Jill – lhes avisarei quando puderem passar – dito isto, ela entrou dentro do armário e fechou a porta.

-O que ela esconde da gente? – se perguntou Mione – não acham que ela está sendo misteriosa demais?

Os garotos concordaram em silencio. Se ouviram umas batidas por dentro, Jill lhes avisava que já podiam entrar.

-Nunca entramos por aqui. – comentou Rony.

-Entra-se no armário, levanta aquele cubo do canto e aparece uma porta secreta, que estava escondida com a pintura igual a da parede. Então se fala a senha.

A porta secreta estava aberta. Dava a impressão de que era velhíssima e tinha um aro que abria a porta. Hermione pensou um pouco e perguntou:

-E qual é a senha?

-Boa pergunta – reconheceu Jill.

-E como abriu a porta secreta? – Hermione perguntou, tentando persuadir Jill a dizer a resposta.

-Não... Não a darei, desculpe. Agora... O que acham de entrarmos? Estamos perdendo tempo aqui. – respondeu Jill, um pouco incômoda. Os garotos desceram a grande escada que tinha depois da porta secreta e a câmara de merlin se iluminou com uma luz tênue e prateada. Olharam para cima: não tinha nenhuma vela, mas o teto tinha a imagem do céu de fora, como a grande salão.

-Uau. – comentou Rony – as outras vezes que entramos, não se iluminava o teto.

-Acho que tem que entrar pela porta para que se ilumine. – respondeu Hermione. Harry não dizia nem uma palavra. Não tinha ânimo para dizer nada. A lembrança de Gina terminando com ele o fazia sofrer. E ele chorava calado.

-Bem, vamos trabalhar. – disse Jill – precisaremos de um caldeirão, e... Qual é a receita Mione?

Hermione pegou a profecia e uma folha de papel muito dobrada de seu bolso. As deixou na mesa, acendeu sua varinha e começou a ler:

-Receita de Babylonnium:

. Uma pena da cauda de uma fênix centro americana. (Quetzal)

. 100 g. de escamas de dragão asiático.

. Um chifre de unicórnio europeu em pó.

. 10 gotas de sangue de tartaruga africana.

. 100 ml de veneno de basilisco.

. 250 ml de hidroprata.

. Um dente de rã.

. 5 litros da água da Poça de Godric.

-Oh, genial Hermione! Esses ingredientes são tãããããããão fáceis de se conseguir! Adoraria saber como vamos consegiur isso tudo. – disse Rony ironicamente.

-Está aqui. – respondeu Hermione, olhando para o armário. Pegou um caldeirão e indicou aos outros para que trouxessem tudo o que encontrassem ali. Eles obedeceram, esvaziaram o armário e depositaram os frascos sobre a mesa enquanto Mione fazia aparecer um fogo azul por debaixo do caldeirão.

-Bem, por onde começamos? – perguntou Jill. – supõe-se que você tem mais do que só a receita.

-Bem... – disse Mione – aqui diz que tem que depositar quatro litros de água com o dente de rã no caldeirão até que ferva. Meio litro do restante se mistura com o pó de chifre de unicórnio e a outra parte de dissolve o sangue de tartaruga. Rony dê-me a hidroprata (água pra quem não sabe, prateada de preferência).

Rony esticou o braço para alcançar a vasilha com o líquido prateado e esticou a outra, mas deixou cair o conteúdo... Justamente em cima do pergaminho com a profecia. O pergaminho se borrou completamente.

-Oh-oh! – murmurou sem saber o que dizer

-Rony! Olha o que você fez! – exclamou Hermione furiosa, chutando o chão. Ela pegou o pergaminho empapado, para vê-lo melhor.

-Meus parabéns meu amigo. Encontrou o apagador universal. – brincou Jill.

-É... Jill, não é hora pra piadinhas. – sussurrou Harry. Hermione estava furiosa. Nesse momento, o frágil pergaminho fez um ruído como “Whist!” E se desintegrou, deixando só um monte de pó amarelado nas mãos de Mione.

-Hermione, não entendo por que está assim. Acima de tudo, todos nós já a sabemos de memória. Podemos voltar a escrevê-la. – murmurou Jill, puxando-lhe pelas vestes – deixe Rony em paz.

-Deixe-o em paz! – repetiu Hermione incrédula – três semanas traduzindo a porcaria da profecia e ele joga tudo a perder!

-Desculpe... – disse Rony com a voz baixa.

-Nem com desculpas conseguirá trazer a profecia de volta! – Hermione exclamou.

-E NEM COM BRIGAS! – gritou Harry. – Jill tem razão, podemos voltar a escrevê-la.

-Não é necessário! Vou indo, já que os incomodo tanto! – exclamou Rony. Sem nem pegar a capa da invisibilidade, saiu da câmara dando um chute na porta e desapareceu.

-Hermione, não deveria ter gritado com ele desse jeito. – disse Harry – o que aconteceu contigo? Quase nunca se enfurece assim.

-Eu... Não sei... De repente me deu tanta raiva... Desculpe. – balbuciou Hermione – melhor irmos. Já não tem mais como no momento.

-Esperem! Rony se encrencará! – exclamou Jill. – ele não pegou a capa, Filch o pegará!

-Eu o ajudo. – disse Harry – vocês voltem à sala comunal. – pegou seu mapa e olhou direto na sala do zelador. Sim, Rony estava ali. Correu pelos corredores até o escritório de Filch. Este procurava em suas gavetas uma pena. Harry tirou a cabeça da capa e fez sinal para que se aproximasse, aproveitando a distração de Filch.

-Vagando fora da cama as duas da manhã... Você vai ver o que vai acontecer, espere-me achar minha pena. – resmungava Filch, com o olhar fixo nas gavetas.

-Pssst... Rony venha para a capa. Rápido. – Rony fez pouco caso, mas disse a Harry:

-Mas Filch saberá que escapei.

-Não, não saberá de nada. Mas tenho que ver se dá certo... Obliviate! – disse apontando a Filch. Este parou de mexer nas gavetas e se perguntou em voz alta:

-O que eu procurava? Ah, uma pena para dar a detenção; tinha um aluno aqui... Como se chamava? Deve ter fugido, - Rony já estava na capa da invisibilidade – bem, não pode estar muito longe. Vigie pelos corredores de lá meu tesouro.

Ao parecer, o feitiço não havia funcionado totalmente. Madame Nor-r-ra, que estava na sala, permaneceu olhando justamente na direção onde estavam Harry e Rony, cobertos pela capa. Não era a primeira vez que eles se perguntavam se a capa funcionava com os gatos e nesse momento, tinham quase certeza que não.

Estavam do lado de fora da porta, quando nesse momento, alguém invisível (Nem Harry, nem Rony) a fechou e tapou com chiclete a fechadura. Pirraça voltou a ficar visível e com uma risada maliciosa, desapareceu zumbindo pelos corredores.

-Acho que pela primeira vez, tenho razões para agradecer ao Pirraça. – murmurou Rony.

-Vamos, antes que ele consiga sair. – murmurou em resposta Harry. A maçaneta girava, mas travou e não abria, a porta se mexia, mas não abria e alguém gritava lá dentro:

-EU VOU TE PEGAR PIRRAÇA! ESPERE ATÉ QUE EU SAIA DAQUI!

-Obrigado por me salvar Harry. – Rony agradeceu.

-De nada Rony. Vamos, estou morrendo de sono. – respondeu Harry bocejando. Desde que teve esse pesadelo e encontrou a profecia, não dormiu como queria. Voltaram à sala comunal cobertos com a capa. A Mulher Gorda estava muito incomodada:

-Bem, acham que isso é o Beco Diagonal? Entram e saem sem nenhuma considera...

- “Claroscuro Corintio” – a cortou Harry. O retrato abriu com de má vontade e eles puderam entrar. O fogo, como Harry pôde comprovar faz um tempo, queimava a noite inteira na lareira. Jill e Hermione os esperavam lá.

-Como foi? – perguntou Hermione.

-Bem. Não conseguiram dar uma detenção em Rony. – respondeu Harry saindo da capa invisível. Rony não saiu.

-Rony saia daí. – pediu Jill, mas Rony não se moveu. Eles viram abrir a porta que dava nos dormitórios masculinos. Hermione disse:

-Rony, sinto muito por ter gritado com você. Venha, vamos fazer as pazes, sim? – ela pediu e como resposta Rony não disse nada, entrou e bateu a porta. Harry balançou a cabeça e comentou:

-Era o que faltava... Outra vez.

-Disse que sentia muito! Exclamou Hermione, exasperada – O que mais ele quer?

-Não sei...

-Vamos dormir gente – disse Jill bocejando – amanhãa teremos um longo dia. Vamos ter que escrever essa coisa de novo. E tem visita a Hogsmeade, nunca estive ali. Boa noite. – dito isto, subiu para os dormitórios femininos. Mione subiu com remorso. Harry subiu a outra escada e entrou no quarto. Rony tinha as cortinas da sua cama fechadas. Harry abriu as cortinas e... Rony estava dormindo. Harry pôs o seu pijama, tirou os óculos e dormiu logo em seguida.

No dia seguinte a voz animada de Jill o acordou gritando “ACORDEM! DEU CERTO! DEU CERTO!”. Harry colocou os óculos e disse:

-O que aconteceu? Supõe-se que você não pode estar aqui! E se os outros garotos te verem?

-Ah, sim – respondeu Jill com sarcasmo – Este quarto está cheio de garotos! Claro, eles devem ter uma capa, porque só vejo você e Rony.

-Jill, o que você faz aqui? – perguntou Rony com um enorme bocejo enquanto se espreguiçava.

-Em primeiro lugar, dupla de patetas: são onze e meia da manhça! Vamos, vistam-se! Espero vocês lá em baixo! – e saiu batendo a porta.

-Se continuarem batendo assim, essa pobre porta vai sair antes do começo do próximo ano. – comentou Rony – bem, já que nossa querida amiga nos acordou, é hoje de descermos. Pergunto-me se ainda sobrou algo pra comer.

Os garotos se vestiram e desceram as escadas até a sala comunal, se perguntando o que era tão importante que Jill tinha pra lhes dizer. Todos os ossos de Harry estavam doendo, mas não acreditava que fosse por causa das saídas noturnas (Adivinhem?). Lá embaixo estavam esperando Hermione e Jill. Ao ver Hermione lá embaixo, Rony deu meia volta para voltar ao quarto. Alguém lhe ordenou na sala comunal:

-Rony, venha aqui agora! – para surpresa de Harry, Rony fez o que lhe disseram e desceu, mais rápido do que quando descia antes. “Lhe jogaram uma Impérius?” Se perguntou intrigado. Desceu na mesma velocidade, até que estava junto com Rony.

-Olhem isto! – exclamou Harry, levantando um pergaminho. Já não estava em branco e em pó, como na noite anterior, de fato estava escrito e refeito novamente. E o melhor, estava escrito em um idioma que conheciam: O inglês.

-Ótimo! Como conseguiram? – exclamou Harry, um pouco mais animado do que na noite anterior, quando não queria nada com ninguém. Na verdade ele só desceu porque a profecia era um assunto “de importância mundial”.

-Bem – disse Jill – eu queria acabar com o pó, mas Mione quis conservá-lo. O deixou na mesinha de cabeceira, guardado em uma caixinha. Na manhã de hoje, estava o pergaminho sobre a mesa, todo traduzido.

-Eu queria me desculpar. Lamento ter gritado ontem de noite. – se desculpou Mione, um pouco tensa, não sabia qual seria a reação de seu amigo.

-Tudo bem. – respondeu Rony, sem entusiasmo. Eles ficaram um de frente pro outro se olhando. Sem sabei o que falar, Harry ficou esperando. O que acontecia com esses dois?

-Mas bem! Vão ficar assim, parados? – exclamou ele. Eles sorriram e Hermione deu um abraço em Rony enquanto se lamentava:

-Ah, essa gente! Seu problema é que não são nada espontâneos! – sussurrou Jill a Harry. E Harry notou que Rony estava um pouco incomodado com o abraço, mas mais contente do que quando ele desceu as escadas. Se separou de Hermione (O Rony) um pouco confuso e vermelho até a raiz de seu cabelo, enquanto a acalmava:

-Vamos, não se preocupe mais...

-Ah, casal – os garotos olharam Jill furiosos – brincadeira, brincadeira – se desculpou ela – Não vamos ler a tradução?

-Ih, é mesmo! Leia você Harry – respondeu Rony entregando o pergaminho a Harry.

-A besta dupla se consuma.

A escuridão avança, a magia poderosa perece.

O tempo do inimaginável, as jovens almas;

Se aproxima para a todos assombrar;

A décima quinta tríade desde cem ciclos lunares;

Da décima quinta casta solar;

De um quarto poder receberá ajuda;

Mas não bastará isso para o rei negro destronar;

O fracasso se aproxima, talvez desapareçam:

Mas isso não irá depender deles.

A dica aqui está: prestem atenção!

Aquele triplo élfico poder regenerado

Uma corrente haverá em quem tem duas energias.

O destino da terra está em suas mãos.

Será posto a dura prova: sua será a decisão.

Eles se entreolharam desconcertados. Rony se encolheu de ombros e comentou o que todos pensavam nesse momento.

-Que me desculpem, mas não entendi nada.

-Muito menos eu. – reconheceu Hermione, com uma expressão frustada.

-E agora o que faremos? – perguntou Harry.

-Soará meio frio – começou Hermione – mas estou morrendo de fome. Vamos descer pra ver se tem algo pra comer?

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