Mais problemas



No dia seguinte, Rony já estava bom, ainda que sua cabeça doía como se um caminhão houvesse passado por cima dela. Eles foram juntos para a aula de Trato das Criaturas Mágicas e Hagrid, que estava de volta também, decidiu começar bem mesmo, separando a turma em grupos e entregando a cada um, um ovo, que eles deveriam manter aquecido e em segurança.

-É de fênix, a pedido do Professor Dumbledore. O criarão em grupos de três pessoas, mas devem levá-los aos dormitórios, eles são muito delicados quando são recém-nascidos, mas em três dias, já crescem um pouco e começam a cantar – disse ele.

-Hagrid, - disse Harry – Não nos dirá onde esteve nessas duas semanas?

-Não. Assuntos de Hogwarts, garotos, desculpe, mas sei como gostam de bancar os detetives e não quero os ver metido em problemas. – disse ele. Os garotos sabiam que Hagrid tinha razão, que fazia aquilo para seu bem, mas ficaram com vontade de saber. De repente se ouviram barulhos de rachaduras em todas as partes: Dos ovos estavam nascendo um pequeno “esboço” de fênix, era apenas um passarinho sem penas, apenas com pelos vermelhos e dourados. As garotas da Sonserina tentavam entreter o passarinho enquanto faziam a comida dele. Já os garotos desta tentavam tramar alguma coisa na aula. Draco Malfoy se aproximou de Harry e sussurrou algo com a maior cara de pau possível, o que se percebia em sua voz:

-O que aconteceu Harry? A sangue ruim da Chang te deixou pra trás? Ela morreu pra você? Afinal, todos que te deixam praticamente morrem, afinal, morrer, ir embora é tudo a mesma coisa, não é? Deve ser por causa disso que se alterou e se vingou em cima do Weasley outro dia, não é?

-Cala a boca Malfoy! – respondeu Harry com a raiva contida – Cale-se!

-Você sabe que o Lord das Trevas voltou Potter. Já te falei uma vez e repito. Se continuar se juntando com esse fracassado e essa sangue ruim presunçosa da Granger e irá acabar como seus pais: MORTOS! – Essa última palavra ele disse saboreando lentamente seu efeito,

Harry se enfureceu. Mione tentou segurar nas vestes dele para impedir que saltasse sobre Malfoy, mas Harry não era o garoto baixinho de antes: Soltou-se, derrubou Malfoy e lhe golpeou. Este, surpreendido demais para se defender na hora, já havia se recuperado e tentou dar um soco em Harry, mas, Harry conseguira se defender, e aquilo era uma luta corporal. Hagrid teve que separá-los e descontou vinte pontos de Sonserina. Malfoy ia alegar defesa pessoal, mas Hagrid lhe cortou dizendo:

-AQUI EU MANDO MALFOY! Você começou a provocar Harry, agora todos: Quietos! – Os alunos de Sonserina se calaram no mesmo instante e a turma voltou a “normalidade”. O resto dos alunos assumiu uma postura de “Não aconteceu nada”. Hermione por exemplo, estava muito entusiasmada com a fênix...

-Hoje ele dorme no meu quarto, amanhã no de vocês. Ok?

-Mione, o que estará acontecendo com Bichento? – perguntou Rony

-Ah, não lhe machucará.

-Eu me referia a...

-Ah, sim, um nome. Falcon é lindo, não?

-Hermione...

-Sim, tem muitos poderes, são muito úteis.

-Mione...

-O que?

-Por favor, eu estou tentando falar com você, preste atenção, por favor, Hermione...

-O quê que foi Droga! Que diabos quer falar comigo Rony? – Perguntou Mione quase gritando.

-Esquece! – gritou ele enfurecido, enquanto o resto da turma os olhava boquiabertos.

-Bom saber!

Harry não tentou saber por que brigavam, nem sequer tentou reconciliá-los, eles eram assim, ficariam bem. Passou dois dias e já voltaram a se falar, esquecendo o que aconteceu.

Numa manhã de quarta-feira, sem demoras, o professor Flitwick anunciou na salão onde os alunos comem (Todos):

-Bem, se me permitem dizer... Os professores Dumbledore e Mc Gonnagall tiveram que se ausentar por alguns dias para assistir a reunião do Tribunal de Stonehenge.

-O Tribunal de que? – perguntaram todos desnorteados.

-Tribunal de Stonehenge. – continuou Flitwick – um grupo seleto de bruxos e magos como a Ordem de Merlin, mas, vamos ao que interessa, o diretor temporário será Severo Snape, que acabou de voltar de sua viagem.

Snape avançou entre as mesas e se sentou no meio dos professores, onde geralmente Dumbledore senta. Somente os alunos de Sonserina aplaudiram, enquanto o resto do salão praticamente emudeceu.

-Snape! – Murmurou Mione a Harry – Harry, sua vida será um inferno – e Harry concordou com a cabeça.

Harry olhou a mesa dos professores e nesse momento Snape olhou para ele e fez a típica expressão de “Sua vida será um inferno porque te odeio”. Sim, ele ia fazer de sua vida um inferno e Harry sabia.

Nessa noite Harry virava e revirava a cama, sem dormir. Quando quase conseguiu dormir, a voz começou a controlá-lo de novo.

-Levante-se e vá à Floresta Proibida.

-Não – dizia a voz de Harry na sua mente

-Ande, vá!

Harry se levantou como um sonâmbulo e foi até a porta, ao abri-la, um pio suave e trêmulo se escutava no local, tirando harry do transe. Era a pequena fênix.

-Falcon – já havia se acostumado a chamá-lo assim – me ajudou muito, obrigado – acariciou a cabeça da fênix, pensativo. A voz que havia o controlado era a mesma que ele escutara quando atacou seu amigo Rony. O ocorrido fez-lhe o estômago revirar e logo teve uma grande idéia. Harry foi dormir logo.

Talvez Falcon queria avisá-lo ou era uma mera coincidência, ou talvez nem um, nem outro. Mais ou menos as quatro da manhã, a cicatriz de Harry começou a doer. Vozes e imagens se passavam em sua mente e não podia fazer nada para evitar.

-Rabicho, eu me perguntei se você e o idiota do Mc Callan já haviam conseguido atrair o garoto. – dizia uma voz fria, a de Voldemort.

-Na verdade não, meu senhor – disse um homem baixo e calvo, que Harry conhecia bem demais para o seu gosto – Mas estamos tentando intensamente e quase...

-Idiotas! É por isso que eu digo que se quiser fazer algo bem feito que faça você mesmo! Nunca peça a outros. Inclusive lhe dei um olho de Dragão. Como pôde...? Traga-o aqui! – disse Voldemort, apertando a marca no braço de Rabicho. No mesmo instante apareceu um Comensal da Morte. Harry não pôde ver seu rosto.

-Sim, meu senhor? – a voz falava em sussurros, essa voz lembrava alguém, mas Harry não sabia quem.

-Você falhou, seu inútil Bosta de Morcego enlatada! Já deveria ter tirado o garoto do Colégio de algum jeito. Mas farei agora a meu modo, no estilo Voldemort. Deixando isso com você não conseguirem nem matar uma mosca que esteja a seu controle seu Merda! Agora, Crucio!

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