A profecia (O inicio do fim)



Harry pôs o pijama e dormiu em seguida. Mas mesmo que faça meses que não tinha pesadelos, essa noite eles voltaram.

Era o mesmo quarto (Eu, o tradutor diria tosco) de sempre. Nem sequer estava iluminado pela lareira. Só uma pequena claridade entrava pela janela, uma luz lunar que iluminava um pouco o lugar. Uma figura alta, magra, que parecia escurecer (Pôxa, por que a autora não fala logo que é Voldemort) ainda mais o lugar, conversava com outra pequena e calva. (Que se supõe que é: vamos lá! Vamos lá! Um real para quem disser que é o Rabicho!).

“Rabicho, como vai nosso plano?”

“Perfeitamente senhor. Mc Callan já tem tudo preparado, até o ultimo detalhe”

“Perfeito! Harry Potter escapou de mim na metade do ano, por sorte eu diria. Mas talvez viva o suficiente para sentir... Que seria melhor se tivesse morrido!”

Harry não podia ver o rosto de Voldemort, talvez devido a escuridao, mas sua voz... Sua voz tinha um tom diferente... Soava familiar... Nesse momento, um comensal entrou na sala, entregou um papel a Voldemort. Este o leu e mudando sua expressão para um sorriso e satisfação (Foi o que supôs Harry), anunciou:

“Mudança de planos Rabicho. Me acabam de trazer a informação que eu esperava, recém traduzida”

“O que é mestre?”

“Uma profecia muito antiga Rabicho. Se for correta, não terei que matar ele ainda, como esperava”

“Está certo do que faz mestre?”

“Meu querido Rabicho – respondeu Voldemort sorrindo com mais vontade – O Oráculo nunca falha. E enquanto o garoto não souber da profecia, não saberá nada da ultima forma de resistir a mim”

“Senhor... Como soube da profecia?”

“Rabicho, Rabicho – Voldemort voltou a rir – em meus anos em Hogwarts, descobri muitas coisas mais além da câmara secreta. Tive acesso a um quarto que só os diretores conheciam, a câmara de Merlin. Ali tinha magia muito poderosa, ali tinha um pergaminho. Não pude traduzi-lo, por estar numa linguagem tão complicada, mas agora, Mc Callan terminou de traduzi-la... O garoto está praticamente nas minhas mãos. E todos verão o estúpido que foi de pensar que um garoto como esse poderia ser mais forte do que eu. – ele terminou com uma risada tão fria que a cicatriz de Harry ardeu tanto que ele acordou como das outras vezes: gritando.”

Ele estava suando frio. Não lhe importava que fossem quatro da manhã e acordou Rony. Este não estava muito contente, mas enquanto Harry lhe explicou o ocorrido, acordou totalmente. Por sorte nessa noite Falcon, a fênix do projeto, estava no dormitório masculino. A mandaram ao dormitório das garotas para que trouxesse Mione e Jill.

Mas Jill já estava acordada. A encontraram na sala comunal, acariciando a fênix, que estava em seu braço.

-Você já estava acordada? – perguntou Harry.

-Não conseguia dormir. Para que me chamaram?

-Depois eu te digo, espere Hermione – respondeu Harry. Depois de dizer isso, Falcon levantou vôo outra vez e subiu as escadas. Em menos de cinco minutos, trazia Mione, “pelo pijama”.

-O que aconteceu? – começou com um grande bocejo – sabe que posso tirar pontos por estar fora da cama nessa hora?

-Escutem isso – a cortou Harry. E lhes contou todo seu sonho. No fim, Jill estava muito preocupada, mas Mione levou na brincadeira.

-Ah! É para isso que me acordam! – exclamou incomodada – volte a dormir Harry, foi só um pesadelo!

-Não faça caso de Harry – intereveio Jill – Hermione, este tipo de sonhos são premonitórios. Acho que o melhor que podemos fazer é ir a câmara, essa, e procurar o pergaminho, para tirar as duvidas. Não acham? O problema é como fazer sem sermos vistos.

-Esse NÃO é um problema. – respondeu Rony, ao instante que Harry subia correndo a escada.

-O que vocês três sabem que eu não sei? – perguntou Jill, intrigada. Nesse momento Harry descia as escadas com a capa invisível e sua varinha mágica.

-Vamos precisar das varinhas – disse – Accio, varinhas de Rony, Hermione e Jill!

-Boa idéia! – concordou Jill que pegava sua varinha – a capa poderá cobrir nós quatro?

-Sim, é bem grande. Vamos – respondeu Rony.

Abriram o retrato e saíram. Já fora da sala comunal, Jill perguntou:

-E como se chega a essa câmara?

-É... Boa pergunta – adimitiu Rony. Os três amigos ficaram se oilhando. Na verdade haviam entrado e saído dali com o anel de Fleur, então não conheciam a maneira de entrar. E a câmara não aparecia no Mapa do Maroto.

-Sabem de alguém que saiba entrar? – perguntou de novo Jill.

-Sim: Fleur Delacour. – respondeu Hermione. – a professora de DCAT (Defesa contra as artes das trevas, usarei essa sigla para ficar mais curto).

-Ah... Me esperem uns minutos? – disse Jill. Parecia ter um plano na cabeça.

-Vai perguntar? Ficou louca? – disse Hermione.

-Não, não! Prometo que não perguntarei. Mas me esperem aqui. Volto logo. – dito isto, ela saiu correndo.

-Aonde ela irá? – Rony perguntou.

Jill voltou uns vinte minutos. Tinha algo nas mãos, fortemente agarrado.

-Já podemos ir. – disse. Diante do assombro de seus amigos, o que tinha em mãos era o anel do Olho do Dragão.

-O roubou? – perguntou Hermione incrédula e surpresa.

-Eu... Pedi emprestado. – a contradisse Jill, visivelmente incomodada.

-Como conseguiu? Sabe que ela tem seu escritório cheio de detectores?

Jill fechou a cara e um pouco incomodada respondeu:

-Isso eu não vou lhes dizer. Vamos, estamos perdendo tempo aqui. – respondeu enquanto voltava para baixo da capa da invisibilidade. Ela pôs o anel e murmurou “Para Câmara de Merlin”. Quase que instantaneamente, apareceram lá e o lugar estava igual a fevereiro: cheio de cofres e instrumentos estranhos, poções proibidas. A escuridão era total. Nem sequer havia uma pequena janela pela qual poderia entrar uma luz. Se puseram a buscar entre os pergaminhos, a fraca luz que o lumus produzia. Harry reparou em um cofre partido, dos que estavam arrumados em um canto. Finalmente puderam ouvir Hermione dizer:

-Accio profecias! – e de diversos caixotes e cofres, saíram dezenas de pergaminhos, que se depositaram em uma mesa próximo de onde ela estava. – e qual nós saberemos qual é? – perguntou Mione – Você-Sabe-Quem disse de qual oráculo se tratava?

-Não, ele não disse – respondeu Harry – acho que o melhor que podemos fazer é levarmos esse monte de papéis, lê-los e ver qual ter mais relação com isso tudo.

-Bem, vamos. – terminou Jill. Pelo menos já sabia onde ficava a Câmara de Merlin. Tinha uma grande escada que chegava até uma porta escondida num armário de limpeza nas masmorras. De lá, subiram até a Torre da Grifinória. Jill lhes disse para que entrassem na Sala Comunal, que não se preocupassem com ela, e que deixassem com ela a capa da invisibilidade e meia hora depois, ela já tinha voltado. Depois, aproveitando que faltava pouco para o amanhecer, começaram a revisar os pergaminhos e chegar até a profecia pelo método do descartamento. Cada um ficou com umas vinte e começaram a ler. Havia profecias de Nostradamus (Quase todas prevendo o fim do mundo, mas sem relação alguma com Voldemort), do oráculo de Delfos, (Não tinham valor, previam coisas que já tinham acontecido, profecias talvez corretas, mas passadas) I-Ching, Islâmicas, Judaicas, Astecas, Maias, Incas, algumas Vikings (Relacionadas a Ragnarok e a Völuspa) e Celtas... E quando o sol nasceu, restavam apenas trinta pergaminhos para olhar.

-Melhor nós colocarmos os uniformes. – disse Mione – os demais não demorarão a descer e devemos fingir que acordamos cedo e que estávamos caminhando por aí. – terminou em tom crítico, olhando as olheiras de Harry, Rony e Jill.

-Certo, até daqui a pouco garotos. – disse Jill subindo com ela.

As aulas ficaram um pouco mais brandas, acabados os NOM’S, ainda que faltassem seis semanas para as aulas terminarem. Flitwick, Sprout e Fleur, por exemplo, os deixavam se divertir um pouco, já que não tinha muito que se fazer. Mc Gonnagall e Snape ficavam até os últimos minutos de suas respectivas aulas dando revisões. As aulas opcionais tinham se acabado e tinham algumas horas livres.

-Este sim é um bom sistema! Não é Mione? – comentou Jill, saindo da sala de feitiços. Geralmente, teriam adivinhação e artimancia cada uma, mas agora podiam ir a sala comunal até três horas mais tarde. (Adivinhação ou Artimância, Runas, Trato das Criaturas Mágicas e depois teriam poções).

-Não se engane – respondeu Hermione, pegando seus livros e anotações, mais do que o normal para um aluno comum (Ou seja: normal pra ela), ela insistiu em estudar poções durante esse tempo. – é só por esse ano, no próximo voltaremos com os exames normais.

-Nisto Mione – disse Rony – sei que se enganou. Continuaremos assim porque no próximo ano, em virtude dos acontecimentos, foi inserido um novo nível de prova, na verdade, acho que esse ano mesmo, o exame de NHB, que significa Notas de Honra Bruxa e no sétimo os NIEM’S.

-E agora? – perguntou Mione, mudando de assunto – O que faremos nessa ultima hora que falta para poções?

-Acho que nós devemos dar uma lida nas profecias que faltam. – disse Harry.

-Tudo bem, certo. Mas tenho uma pergunta... Como vamos as devolver depois? Outro dia tentei ir lá de novo e me pedia uma senha. – comentou Hermione – e eu acho que temos que devovê-las, não?

Os quatro amigos se entreolharam. Ela tinha razão, não poderiam ficar com aquele monte de pergaminhos, pois eram da escola. Além do mais, se Dumbledore ou alguém mais fosse lá e por coincidência chegasse a procurá-las, em seguida saberiam quem tinha as pegado. Só restava a alternativa de usar o recurso menos recomendável: “Pegar emprestado” (Como Jill dizia.) o anel de Fleur.

A sala comunal estava deserta. Pelo visto, todos os demais prefiriam estar lá fora do que morrer asfixiado lá dentro por causa do calor. De modo que deixaram guardadas as que já tinham descartado e pegaram as outras. Todas elas estavam traduzidas, exceto algumas em latim ou escritas em runas. Estas ultimas foram traduzidas por Hermione e Jill. No final só restaram duas:

- “...E conseguiu dizer, mais a si mesmo do que a todos: grandes e pequenos; ricos e pobres; livres e escravos, lhes ponham uma marca. E ninguém poderá vender nem comprar, nem realizar atividade alguma, se não está marcado com o nome da besta ou com o sinal de seu nome” – leu Hermione com dificuldade, um pergaminho em Idiche – será isso?

-Pode ser – respondeu Rony – mas lembre-se que segundo Harry, a profecia poderia dizer como Harry podia resistir a você-sabe-quem. O que diz essa outra? Está escrita em runas, leiam vocês garotas.

-Enned Leth istä rim deth gaür

Eth arineth gurthë ale gwathó

Miriel ó aglar perianneth

Hamröd estel iuvé edäin.

Et eärello ringarë rimethe at lempëthin

Ar tennër ringare maelaurë edäin

Ruthem valanë aglar estë

Ne gurthë atel gwathó guldur bele

Ne estel istari, mayth duspellen.

E Amarth ainurei ithe mär.

Linnod ele lastho beth lamen

Ale Quendi rinvalanë ne guldur

Eru edäin anyare iuvé

Ale valane ata beleg istari

Amarth dör remmen atë eru edäin

Hemressea atani anyä, eru edäin celeb ó tintallé.– Leu Jill . – que diabos é isso?! Está escrito em runas, mas não se pode ler.

-Deve ser essa! – exclamou Harry perdendo a paciência – maldita seja! Igual ao diário, ao caixote que não se abria! É o que corresponde! – ele não tinha se dado conta do que acabara de dizer, para os demais não tinha nenhum sentido, porque só ele conhecia a existência do diário de sua mãe e como o havia encontrado.

-Lei de Murphy. – comentou Mione.

-Lei de quêêêê? – perguntou Rony estranhando – em minha vida nunca escutei sobre isso.

-Não? – ela estranhou – nunca ouviu isso de que “O pão sempre cai com a geléia para baixo”?

-É... Não. – ele disse.

-Esquece, esquece. Bem, descartamos a outra. Devemos tentar ver o que essa diz. Além do mais, olhem a hora. Vamos chegar tarde à aula de poções.

-É obrigatório ir? Digo, porque voltade não me falta, mas nosso professor é tão adorável! – comentou cinicamente Jill. – uma autentica ternura!

-Tem que ir Jill – respondeu Hermione, perdendo a paciência – por mais “simpático” que Snape lhe pareça.

-Pena! – ela disse meio que se lamentando, meio que brincando mesmo – bem, vamos!

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