O Vale de Godric



-Harry...

-Me deixe em paz Rony. Nada do que disser pode me alegrar.

Harry se sentia horrível. Hogwarts havia sido sua casa nesses quatro anos. Ali era onde ele se refugiava dos Dursley, onde teve bons e maus momentos, muitas aventuras... E agora estava expulso. Voltaram todas as preocupações de seu terceiro ano... (Quando ainda não sabia que seu padrinho era inocente) “O que irei fazer agora? Ficar sozinho para sempre como pensei?” Rony, Hermione e Gina compreenderam que era melhor deixar Harry sozinho por um tempo e o deixaram. Dumbledore se aproximou a ele e pôs a mão em seu ombro, como se soubesse o que ele estava pensando.

-Harry... Não fique triste, por favor.

-Como não poderia estar triste? – murmurou Harry.

-Bem, só queria te dizer que não ficará expulso do colégio por muito tempo. Tentarei fazer com que volte e ainda tem sua varinha.

-E de que irá me servir se não posso voltar ao colégio?

-Ah, isso – respondeu Dumbledore sorrindo – não se preocupe, lhe enviarei a outro colégio, no Vale de Godric. É a Escola Humstall de estudos mágicos. Ficará lá até que eu consiga revogar a sentença.

-Mas meus amigos não virão.

-Não, não podem. Ficarão punidos por uns dois dias e depois voltarão às aulas. Mas não se preocupe tanto, talvez possa vê-los antes do que você imagina. Quem sabe?

Nos três dias seguintes, Harry estava mais triste, melancólico e deprimido do que nos dias anteriores. Andava por toda Hogwarts, como se nunca mais fosse vê-la em sua vida. Quando ele foi à cabana de Hagrid, este o aconselhou para que se reanimasse:

-Harry, Dumbledore fará com que volte. Não fique triste, confio nele, sei que logo resolverá o problema.

Mesmo que as palavras de seu amigo Hagrid tivessem lhe dado uma nova confiança, ele continuava triste. Lembrou da noite em que Hagrid havia o buscado na cabana da rocha e havia lhe dito que era um bruxo e tudo mais. Nem a carta de seu padrinho conseguiu lhe animar:

Querido Harry:

Soube do que aconteceu e pode ficar tranqüilo. Remus vive comigo agora; No vale de Godric. Aqui os dementadores não entram e a população acredita em minha inocência.

Iremos te buscar na estação.

Sírius.

Na sexta-feira seguinte, as nove da manhã, Harry estava com todas as suas coisas na plataforma da estação de Hogsmeade, esperando o expresso de Hogwarts. Seus amigos haviam vindo se despedir, mas já tinham ido. De repente Gina se aproximou atrás dele.

-Harry... Voltarei a te ver?

-Não sei – respondeu ele melancólico – Por que a pergunta?

-Porque se você se for para sempre... Tenho que te dizer algo Harry.

-Claro o que é?

-Eu...

Nesse instante soou um apito, o trem chagara na estação.

-Gina, diga logo ou o trem vai me deixar...

-Eu...

-Vamos!

-Eu... Eu te Amo! Desde que te vi pela primeira vez na plataforma Nove e meio no seu primeiro ano! – Gina corou, Harry a olhou surpreso e em silêncio. Não sabia o que dizer e estava consciente de que corara também. Ao escutar o apito do trem novamente, ele disse:

-Eu... Não sei o que dizer... Tenho que ir... – disse ele sem saber por que estava chorando no momento – Adeus... Gina!

-Adeus! – disse ela com tristeza.

Harry entrou com todas as suas coisas e estava muito aborrecido com si mesmo. “Como não me dei conta disso?” Pensou Harry lembrando de Gina. Sentia-se uma perfeita personificação da idiotice. Ainda era imaturo, o que se viu com a resposta que deu a Gina. Definitivamente ele não era muito hábil com as garotas. Pensando bem, era óbvio: Ela não havia demonstrado de mil maneiras antes? Claro que nunca havia sido tão diretas, mas...

Harry teve uma idéia e uma pessoa a perguntar, Cho, ele ainda não havia mandado nenhuma coruja para a amiga da Corvinal que se mudara para a Beauxbatons. Pegou um pedaço de pergaminho e se pôs a escrever:

Querida amiga Cho:

Como vai aí na França? Alguma novidade realmente boa? Bem, eu não estou tão bem assim; Snape me meteu numa fria: Dumbledore e Mc Gonnagall foram assistir a uma Reunião do Tribunal de Stonehenge e ele (Snape) foi escolhido como diretor suplente de Hogwarts, depois disso ocorreram uma série de fatos que não quero contar (Caso esta coruja seja interceptada) e Snape nos pegou, na verdade nós o pegamos, mas, ele como professor tinha mais influência que nós e nos levou ao Tribunal de Stonehenge inventando uma história mais absurda que só ouvindo e conseguiu que eu fosse expulso de Hogwarts (Dumbledore conseguiu que minha varinha não fosse destruída, pois ela é feita do mesmo núcleo que a de Você-Sabe-Quem) e meus amigos Rony, Hermione e Gina foram punidos por isso, mas esse não é o motivo da carta, pois além das novidades por aí que quero saber é uma coisa que você, mais madura do que eu... Poderia me responder: O que é o amor? Acho que redescobri meus sentimentos, mas não sei o que são! O pior de tudo é que essa pessoa esteve debaixo do meu nariz todos esses cinco anos! Por favor, me responda. Ah! Agora estou estudando na Escola Humstell de Estudos mágicos.

Do seu amigo,

Harry Potter.

-Edwiges, vá atrás de Cho e entregue esta carta – parecia que a coruja e ele se entendiam de novo, pois ela deu umas bicadinhas carinhosas em seu dedo e saiu voando.

Depois de escrever a Cho, ele percebeu que era a única pessoa que estava no trem e se pôs a dormir. E dormiu durante quase toda a viagem. Com os últimos acontecimentos, umas horas de descanso fazia muita falta. No fim da tarde ele chegou na estação e o que o esperava eram duas pessoas, ou melhor, uma pessoa e um cão negro: Remus Lupin e Sírius Black.

-Oi Remus, oi Sírius.

-Olá Harry – cumprimentou Lupin – Parece que o expresso de Hogwarts chegou um pouco atrasado, o que vai para Hummel sai em cinco minutos.

-Hummel?

-É. O povoado onde se localiza a escola Humstall. Que pena que não ensinem mais a Geografia Mágica, Não?

-Como vão?

-Suponho que Dumbledore já te contou que alguns dementadores invadiram a minha casa.

-Sim. Usou o feitiço do Patrono?

-Não, eu não! Dumbledore estava ali comigo e foi sorte Sírius estar fora da casa naquele momento, só deu tempo de lhe avisar. Vamos pegar o trem. Já deve ter chegado.

-Como? – perguntou Harry

-Em outro trem mágico, o da plataforma sete e dois terços. Ali, vamos!

Passaram pela pilastra que dava a tal plataforma que o professor Lupin havia dito. Pelo que se via, Humstall estava mais próximo de Londres do que Hogwarts e viajavam na direção oposta de Hogwarts. Mesmo assim chegaram mais ou menos meia noite. Era na verdade uma viagem curta, mas cansativa. Eles desceram do trem e um jovem lhes entregou as malas. Remus sussurrou “Mobilevalige” e as malas começaram a andar a mais ou menos dez centímetros do solo.

Ele começaram a caminhar fora da estrada principal para Humstall, entre campos, brejo e algumas pedras. Harry perguntou aonde iam, pois as luzes do povoado se viam na direção oposta.

-Agora não pode o ver, mas estamos caminhando para o Penhasco sem Nome. Mesmo que não acredite, o Vale de Godric é um lugar muito grande. O povoado está à direita, onde você vê as luzes, mas minha casa é do outro lado, próximo ao penhasco. – disse Remus e Sírius voltava a ser humano.

-Olá Harry – disse ele – como vai?

-Melhor agora. É melhor com você aqui Sírius.

Tomaram algo pra beber na casa de Remus (No vale de Godric) e Sírius o mandou dormir. Ele começava a se mostrar o padrinho super protetor que sempre foi, antes, distante. Agora ao vivo e perto de Harry.

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