Os aguardados NOMs



Capítulo 30: Os tão (Ou nem tanto) aguardados NOM’S



A euforia dos grifinórios durou cerca de uma semana. Começava a fazer mais calor e ninguém queria ficar em lugar nenhum (Dentro do castelo).

Mas não podiam. E menos ainda Harry e seus amigos que tinham nesse ano os NOM’S. Hermione lhes enchia, lembrando que tinham que estudar, e isso não era motivo pra risadas.

Para os NOM’S, voltou Snape. A primeira aula que daria depois de voltar era com os quintanistas. Grifinoria e Sonserina, poções duplas na última hora.

Por outro lado, depois de sua ultima (e humilhante) derrota, os sonserinos estavam cada vez mais agressivos. Tentavam enfeitiçar os grifinórios nos corredores, os insultavam cada vez que podiam (Com os motivos mais absurdos que encontravam, nem sequer havia artigos sensacionalistas em que se basear).

A aula começou como sempre. Harry e seus amigos olhavam com desconfiança a Snape. Não esqueceram ainda do episódio na Floresta Proibida. O professor passeou pela sala, olhando os grifinórios como se fossem escória e aos sonserinos como se fossem superdotados ou algo assim.

-Agora – começou Snape com desprezo – temos alunos novos. Vejamos se têm o que tem que ter. Só uns poucos escolhidos serão aprovados nesses exames. E não me refiro aos sabes-tudos, senhorita Granger – disse ao ver o sorriso de satisfação de Hermione – comecemos. Peguem seus livros e materiais de poções.

Nesse momento, Jill entrou rapidamente na sala. Vinha muito cansada. Snape a olhou incomodado, como se estivesse pedindo explicações:

-Desculpe professor... Mas acabei me perdendo dos outros... E a escada se moveu e me perdi, não pude perguntar a ninguém onde estava a sala e...

-Silêncio senhorita Sadjib. Chegou dez minutos tarde, acho que descontarei dez pontos da Grifinória. E ao resto... O que estão esperando? Peguem suas coisas!

Se ouviu o barulho de penas e caldeirões. Harry trabalhava com Rony e Jill foi se sentar com Hermione. Snape deu umas instruções, que anotou no quadro negro e perguntou a turma:

-Que poção se faz com estes ingredientes? Não, não espero que alguém saiba, assim que terminar a aula, a provaremos em... Começou olhando fixamente a Harry. Jill estava observando atentamente a lousa. E levantou a mão. – Sim, senhorita Sadjib?

-Essa poção se chama Edeaveda. A medicina Ayurveda era famosa na Índia. Esta poção em pequenas doses diluídas cura os efeitos da maldição Crucio. Mas em uma dose mais concentrada e alta se utiliza para dar uma morte lenta, tão ou mais dolorosa que a mesma maldição.

Snape ficou olhando ela com uma certa (Pra não dizer alta) antipatia. E lhe disse:

-Era o que faltava: outra sabe tudo. E ainda por cima atrasada crônica. Cinco pontos a menos para Grifinória por ter me interrompido.

-Não pode fazer isso! – exclamou Jill, furiosa – Eu só tentava...

-Sente-se senhorita Sadjib. Ou serão outros dez pontos.

-Sério? – perguntou Jill, mais furiosa ainda. Os olhos dela brilhavam em ódio. – Sabe? Você que é chefe da casa de Sonserina deveria começar a ensinar a seus alunos um pouco de honestidade e talvez um pouco do que nós e os outros saibamos! O que você tem é raiva, por causa da nossa atuação no Quadribol! Se tivesse um pouco de vergonha na cara, adimitiria que todo o ódio que tem por nós é inveja pura!

Se Jill estava furiosa, Snape era ira pura. Com os olhos em ódio puro, completamente estupefato, gritou:

-Ninguém fala comigo assim!!! Muito menos uma idiota do quinto ano!!! Setenta pontos a menos para Grifinória e uma detenção!!!

-Ah, não. – comentou Jill em voz baixa – Isso é mal?

-Sim. Muito mal. Péssimo. – disse Hermione. Estava completamente surpreendida, igual ao resto da turma. Ninguém dizia nada.

-Era meu orgulho que estava em jogo – lhe respondeu Jill – eu era a melhor em poções, não ia suportar que me tratassem assim. Agora sim ele não gosta de mim.

-Não gosta? Isso seria pouco. – lhe disse Rony, se virando pra ela. – Te odiará mais do que Harry... Se é que isso é possível.

A aula terminou no mais completo silêncio. Na saída, Jill ia saindo com os demais, como se não lembrasse da detenção, mas Snape foi mais rápido.

-Onde pensa que vai senhorita Sadjib? Temos um assunto pendente.

-É... Eu...

-Siga-me! – vociferou Snape, puxando-lhe pelas vestas, para levá-la de volta a sala.

Jill só voltou à sala comunal a meia-noite. Ali a esperavam seus amigos, que lhe perguntaram o que havia acontecido.

-Na próxima vez que nos derem aula de poções, vocês vão ver a sala mais limpa do que nunca – ele começou, caindo num pufe – varri, limpei os armários, as lousas, esfreguei o chão, lavei frascos de ingredientes, etiquetei poções, arrumei os cérebros de ratos e as bílis de tatu. Sem magia! Velho maldito! Acho que nunca poderei tirar os restos de cérebros das mãos, por mais que lave.

-E não fez mais nada? – perguntou Harry.

-Sorte – respondeu e um sorriso apareceu em seu rosto – Menos mal que o regulamento proíbe golpear os alunos, que se não... Bem, setenta não, oitenta pontos já é muito mal. Perdemos o primeiro lugar. – parou de sorrir e ela sentiu algo como um remorso.

-Bem, não tem importância. Harry, lembra quando perdemos com Neville cento e cinqüenta pontos nós três? – comentou Hermione.

-Se me lembro? – Harry respondeu – Claro que sim! Foi uma má época, mesmo que não tão mal como o ano passado... Não se preocupe Jill. Vamos nos recuperar.

-Vem aqui. – disse Hermione. Ela fez Jill estender as mãos, lhes deu o toque com a varinha e ficaram limpas.

-Em todo caso, as circunstâncias foram outras – comentou Rony entre risadas – Snape! Tinha que ver a cara que ele fez! Além do mais, era o que todos os alunos queriam lhe dizer faz anos!

-Ele vai me reprovar em poções – comentou Jill – espero que para os NOM’S, Camus esteja aqui. Gosto mais do seu estilo, é mais tranqüilo.

Ficaram conversando por mais um tempo e depois foram dormir. No dia seguinte podiam levantar tarde, era sábado.

Hermione continuava enchendo eles com os estudos, de forma ainda mais intensa. Enchia mais ainda Jill, por ser nova. Ela aceitou que fossem estudar do lado de fora do castelo, depois de almoçar pegaram muitos livros da biblioteca.

O primeiro NOM começava nessa segunda-feira com História da magia. Binns esteve mais chato do que nunca, a aula estava sufocante e quase todos os alunos tentaram se sentar próximos do professor, para que lhes chegasse um pouco do frio que ele irradiava como fansasma. Jill ficou dormindo na metade do exame, entre o calor e o tédio. Quando ela acordou, o exame já estava acabando e não tinha terminado nem metade da prova. (“Explique as diferentes relações entre bruxos e criaturas meio-humanas entre os anos de 1674 e 1785”).

O segundo NOM era Transfiguração, na terça-feira. Deviam transfigurar uma cobra-coral em corda. Para maior segurança, elas tinham dormido antes do exame, mais ainda assim a mais de um aluno, custou se aproximar delas. Neville estava a beira de um ataque de nervos, pois a Professora Mc Gonnagall não quis escutar nada sobre sua fobia de cobras e lhe obrigou a continuar trabalhando.

O Terceiro era na quarta-feira, com Trato das Criaturas Mágicas. O exame consistia em ajudar as fenixes a pegar fogo, depois limpá-las e facilitar a saída das cinzas, alimentar de novo e mantê-los no calor. Este foi um dos exames mais fáceis que deram da escola. E eles tiveram muitas oportunidades de falar com Hagrid, que não quis lhes dizer nada sobre o que ele havia feito nas duas primeiras semanas, que esteve ausente.

-Ah não. Não vou cometer outra vez os mesmos erros – havia respondido, firme em sua decisão – Devem se manter afastados dos problemas, sobre tudo você Harry.

Na quinta-feira, era a vez de feitiços. Flitwick havia posto o Feitiço dos Três Poderes no exame. Deviam trancar no frasco os três poderes e depois, cada um deveria escolher um elemento para controlá-lo. Harry escolheu o fogo, Hermione o vento e Rony a água. Jill trabalhava com Parvati e Lilá e também escolheu a água. Harry, se concentrando o máximo que pôde, conseguiu levantar um círculo de fogo e fazê-lo girar. Hermione e Rony fizeram flutuar no ar milhares de bolhas, que ao soprar do vento faziam um pequeno ciclone de água. Jill perdeu o controle a sua espiral de água no ultimo momento e molhou dos pés a cabeça o professor Flitwick. (O que convenhamos não é difícil, o professor é baixinho).

-Ah, desculpe! – se desculpou ela. – posso tentar outra vez? – o professor deixou e ela começou de novo – Aqua Nenya! – a espiral se levantou de novo e se converteu num redemoinho que começou a girar na palma da sua mão. – agora sim!

O ultimo NOM dessa semana era de poções. Snape deu (Para desgraça) esse ultimo exame. Os alunos deviam preparar cada um, um caldeirão da poção Edeaveda e outro da poção de Lágrimas de Fênix e depois, testar cada um em uma aranha. Como era de se esperar, os caldeirões de Neville explodiram cerca de meia hora depois do inicio do teste. As poções de Harry estavam um pouco condensadas. As de Jill estavam bem, mas ainda assim, viu Snape anotar algo em sua folha como um zero. As de Franz estavam liquidas demais. Nem a metade das feridas de suas aranhas desapareceram, mas Snape lhe deu um dez.

-Maldito puxa-saco – sussurrou Jill, quando Snape passou próximo – esse idiota do Sellers... Um dia ainda quebro a cara dele!

O fim de semana chegou como um alivio para muitos. Mas não para Harry e seu grupo: quando todos estavam tranqüilos, pensando que emfim poderiam descansar, Hermione disse que ainda faltavam os exames de Adivinhação, Defesa Contra as Artes das Trevas, Herbologia, Astronomia, Artimância e Runas.

-Hermione! Ainda nem tivemos a metade dos exames! – exclamava Rony.

-Mas eu não digo só a vocês. Defesa Contra as Artes das Trevas, Astronomia e Herbologia nós todos temos. Vocês três tem adivinhação; e Jill tem Runas comigo. Vamos estudar esse fim de semana, ok?

-Na segunda-feira, Fleur passou um NOM de defesa de maldições e de intrumentos das Artes das Trevas. Rony conseguir escapar de todas, exceto uma de pernas de gelatina (Parecia ter uma certa trava a respeito dessa maldição), porque Fleur disse que não ia usar o anel de Olho do Dragão para aumentar a dificuldade. Hermione fez o teste muito bem, até que lhe lançaram uma maldição redutora e tanto Harry como Jill fizeram o teste sem problemas.

Adivinhação na terça-feira. Um calor insuportável, somado ao calor da lareira e aos carregados aromas de incenso, provocaram dor de cabeça a todos os alunos. Jill seguiu o conselho de Rony, porque não via nada em suas runas e quando a professora (?) Trelawney lhe perguntou o que via, respondeu:

-É estranho. Tenho três runas. Na do passado tenho Isa, a detenção e o impedimento. Na do presente, a Nauthiz, a runa da dor. E na do futuro, Odin que significa o desconhecido.

-Oh! Isso é muito interessante querida! Talvez tenha condições de ser uma vidente de verdade. Venha comigo ver a bola de cristal. – disse levando-a em seu escritório. – o que vê?

-Bem... – começou Jill. Sua cabeça doía muito nesse lugar, mas ainda assim tentou concentrar-se o máximo que pôde. Conseguiu visualizar umas formas sombrias no interior da bola de cristal.

-Vamos querida, sei que pode.

-Vejo... Quatro formas atacam a uma outra maior que está nos céus. Outra forma menos sai das sombras e ataca a forma que está no ar. Mas não posso dizer precisamente que coisas são.

-Uau! Magnífico, querida! Talvez tenha um olho interior ainda mais poderoso que havíamos imaginado, já que é sua primeira vez. Quer ficar um tempo e ver até onde chega sua capacidade e treinar?

-Desculpe – disse Jill brincando – mas só quero ver uma aspirina. Minha cabeça dói muito. Talvez outro dia.

-Ah, sim. Além do mais, devo continuar examinando os outros com seus NOM’S. Mas você já tem nota máxima. Agora desça e espere os outros.

Jill desceu e se reuniu com Hermione nas escadas. Ela vinha do seu exame de Artimância.

-Como você foi? – perguntou Jill – com essa coisa de Artimância... Eu nem louca me inscrevo lá.

-Fui muito bem. – respondeu Hermione contente – sabe? Conheci um ex-companheiro seu. Jean Duboix, está na Corvinal.

-Ele? E como lhe pareceu? Comigo sempre foi muito desagradável. Tem um tom moralista, não sei não.

-Não, comigo ele foi bem mais simpático. Disse que expulsaram ele no segundo ano por causa de uma revolta de elfos domésticos que ele não provocou. Ele me deu uma grande idéia.

-Continua com isso? Bem, eu te ajudarei. Nunca gostei da idéia de ter elfos para fazer o seu trabalho. Como fará?

-Escuta... – lhe disse seu plano sussurrando, para que ninguém escutasse, apesar de que a escada estava quase deserta.

-Acaba de ativar meu instinto de agitadora! Ao trabalho! – Jill gritou entusiasmada – quando começamos?

-Depois dos exames – respondeu Mione – olha, ali vem os garotos!

-Como foram? – perguntou Jill quando eles chegaram – olha só, essa louca continua indo com a minha cara, e com vocês? Continuo pensando que ela é dessas que estão em risco de extinção, nunca topei com nada desse tipo.

-Sim, sim, ela continua com isso. Conosco também foi bem. Bastou que Harry dissesse como via a sua morte nas runas para que lhe desse uma boa nota. E quanto a mim, previ que passaria três meses na enfermaria do colégio no ano que vem. Melhor assim, isso me dá tempo! – terminou Rony rindo. – como foi em Artimância Mione?

-Foi fantástico. – respondeu ela sorrindo – O exame mais fácil que vi em anos. E aconteceu algo... Lembra de Jean Duboix, Harry?

-Claroque sim. O que aconteceu com ele? – respondeu Harry, tentando não rir da cara de raiva que Rony fazia.

-Ele me deu uma idéia, no caso dos elfos. Não os direi nada, já vê que vocês desistiram faz muito tempo em me ajudar com eles. O saberão em uma semana.

-Mione, temos exame de Runas – a interrompeu Jill – ou chegaremos tarde. Não quero ficar com a fama de inpontual que nosso adorável professor me deu. (Se referindo a Snape).

-Tem razão, vamos. – disse Mione – adeus garotos, nos vemos mais tarde.

O resto dos NOM’S ocorreram tranqüilamente. Quando entregaram os resultados, Mione ficou abismada. Seus resultados diziam:



NOM’S Obrigatórios:



Astronomia: 10

Defesa Contra as Artes das Trevas: 10 (9,56)

Feitiços: 10 (137% de êxito)

Herbologia: 10

História da Magia: 10

Poções: 8

Transfiguração: 10



NOM’S Opcionais:



Artimância: 10 (+4 pontos adicionais)

Trato das Criaturas Mágicas: 10

Estudo de Runas Antigas: 10 (+7 pontos adicionais)



-Um nove e um oito! – gemeu, começando a chorar – Não pode ser!

-Nove ponto cinqüenta e seis, dez aproximado. O que é tão mal? – perguntou Jill – tenho que fazer História da Magia de novo e fui reprovada em poções. Não vejo mot...

-Shhhh! – a calou Rony – bem, não tinha por que daber, mas Hermione sempre passava em todos os exames com dez pontos e mais alguns adicionais. Jamais tinha tirado uma nota mais baixa que isso, então deve ser muito difícil pra ela. – completou enquanto lhe abraçava e tentava a consolar.

-Não sabia, desculpe. – disse Jill.

-O que acontece gente? – perguntou Harry. Ele tinha boas notas em quase todas as matérias, e se surpreendeu ao ver Hermione chorando – o que aconteceu com ela?

-Tem um oito em poções e um nove em defesa contra as artes das trevas. Rony disse que para ela, seu pior pesadelo se tornou realidade.

Levou um bom tempo para eles acalmarem Hermione. Quando enfim estava mais serena, disse que ia dormir. Jill a deteve e disse as palavras “mágicas” necessárias:

-No final o que faremos pelos elfos domésticos? Disse que íamos incitar a... Ajudar-lhes hoje.

-Ah! Tem razão! Vamos agora mesmo! – exclamou Hermione com um ânimo renovado.

-Uau! Como muda hein? – comentou Jill.

-Agradecemos a você Jill. – disse Rony – mas agora teremos que agüentar outra vez aquela história sobre elfos livres.

-Ah, não seja assim Rony! Na verdade o que te importa é que ela seja feliz. Se não for contigo, que seja com outra pessoa, mas desde que seja feliz. Você amadureceu garoto. – disse Jill a ele em voz baixa, para que Mione não escutasse.

Rony ficou surpreendido. Outra vez, Jill havia visto além do que eles queriam dizer. Um pouco alterado (Porque ele esqueceu do que havia acontecido no passado e que tudo voltou a ser como antes) lhe perguntou:

-E você, como está tão segura?

-Por três simples razoes. Uma: a forma que você a abraçava quando consolava ela, não era como se abraça uma amiga. Duas: a cara de raiva que você fez quando ela mencionou Jean outro dia, que é um antipático e tudo, mas está bem. E três: isso é fácil de se notar nos olhos. De ambos.

-Certo, mas insisto. Como pode estar tão segura?

-Rony, em Humstall, na aula de adivinhação, não nos ensinam só a ver o futuro.

-Bem, vocês... Vem ou não? – gritou Hermione, em frente ao quadro com as frutas.

-Já vamos! – gritou Jill e murmurou para Rony – esqueça o que eu disse, certo? Ou melhor, não esqueça. Só não comnete com ninguém ou acreditarão que estou louca e terei que passar o resto da minha vida num hospício!



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