Natal



Ouviu a campainha tocar e desceu as escadas em passos rápidos, mas a pessoa do outro lado da porta parecia impaciente, tocando novamente a capainha.


- Já vai! – gritou ela


Chegou à porta e quando a abriu viu que seu visitante impaciente não era bem um visitante. Olívio estava parado no lugar onde ele tinha acabado de se despedir dela, ele parecia inquieto e estava um pouco ofegante.


- Posso entrar? – perguntou o rapaz


- Claro Oli! – ela abriu espaço pra ele passar, fechando a porta em seguida – Aconteceu alguma coisa?


Ele deu um meio sorriso.


- Não exatamente. – disse desfazendo o quase imperceptível sorriso – Eu queria te pedi uma coisa, você faria algo por mim?


Hermione estava confusa com aquele Olívio que acabara de bater em sua porta, mas faria qualquer coisa pra ajudá-lo.


- Se estiver ao meu alcance, faço qualquer coisa por você. – disse doce


Olívio fez uma expressão de angústia, de dor, como se estivesse sofrendo uma tortura silenciosamente. Ela não entendera de onda aquela angústia viera, ficou assustada.


- Oli! – chamou suplicante por ele


Ele forçou um sorriso.


- Está ao seu alcance sim, é bem simples – continuou como se aquilo não tivesse acontecido – eu só quero que você me conte algo, uma lembrança sua antes do Harry partir.


Hermione enrugou a testa, mas decidiu não fazer perguntas. Só não sabia muito bem o que contar a ele, o silêncio dela o fez entender.


- Continua de onde paramos. – sugeriu


Ela assentiu.


 


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Não perecia que era dia de natal na residência dos Weasley, nem mesmo os presentes ao redor da árvore, nem a neve que caía enlouquecidamente do lado de fora, nem o banquete sobre a mesa e nem mesmo o namoro recém-anunciado de Draco e Gina podiam camuflar o clima pesado no interior da casa. E fora assim o dia todo. Durante a entrega dos presentes tentaram se distrair, mas parecia pouco provável que acontecesse.


 


- Já está escurecendo. – cochichou Cedrico no ouvido de Harry – É melhor começarmos a nos arrumar.


O relógio marcava 18:00 quando eles começaram a subir para seus quartos. O intervalo de tempo entre subirem e descerem para partir foi silencioso e tenso. Quando desceram Thereza e os Weasley estavam no pé da escada os esperando, se despediram como se fossem dar um passeio, sem muitos abraços e beijos. Por mais que tentassem transparecer tranqüilidade sabiam que algo não sairia bem naquela noite.


Ao chegarem ao Ministério um homem que eles não conheciam os aguardava, ele os recebeu com um seco “boa noite” e os levou em silêncio até uma sala no térreo do prédio, que estava lotada por sinal. Havia no mínimo uns 100 aurores e mais alguns voluntários, eles foram cumprimentados por algumas daquelas pessoas, umas eles conheciam outras não. Viram Lupin, Tonks, Kingsley, entre outros.


- Hermione! – ouviram alguém chamar


Se viraram e viram Olívio se aproximar sorridente. Hermione também sorriu ao vê-lo, ele se aproximou e eles se abraçaram. Mônica sentiu que Harry ficara um pouco tenso com o contato dos outros dois, mas foi relaxando aos poucos quando eles se soltaram. Olívio cumprimentou os outros também.


- É muito bom saber que vamos contar com vocês hoje à noite! – disse ele aos sete


- É bom poder ajudar. – respondeu Harry – Mas o que você está achando disso tudo? Coloque-nos a par da situação.


- Eu não sei o que pode acontecer essa noite Harry, mas se tudo sair como planejado teremos dias melhores pela frente. – disse ele convicto do que dizia – Estão todos muito confiantes, Dumblendore está aqui e vocês acabam de chegar...parece que as coisas começaram a ir bem.


- Meu medo é que nada saia como o planejado Oli. – disse Cedrico sério


- Pensei nisso o dia todo Cedrico, como dois filmes passando pela minha cabeça, só que um tem um final feliz e o outro... – ele se calou


- E se o segundo final acontecer Olívio? – perguntou Rony                                                        


- Então teremos dias piores Ron, muito piores. – disse num tom sombrio


Tiveram a conversa interrompida pelo chamado do Ministro. Ele começou a discursar as estratégias daquela noite, Harry não prestava muita atenção, entendera o que era importante, algo como cercar o local e esperar sinal de invasão. O Ministro disse algumas palavras de boa sorte e voltou a conversar com uma roda de aurores, ao que parecia.


Harry avistou Dumblendore, que acenou para ele e fez sinal para que Harry e os outros fossem até ele. Eles passaram no meio de algumas pessoa para alcançarem o canto escuro em que o Prof. se encontrava.


- Professor, é bom vê-lo! – disse o garoto quando se aproximou


- É bom vê-los aqui também. – disse ele tranqüilo – Quando nós conversamos sobre estarem aqui essa noite imaginei que deveria estar também.


Eles assentiram.


- É chegada a hora de nós partirmos. – disse Dumblendore – Então coloquem os anéis logo.


Eles tiraram os anéis dos bolsos assim que Dumblendore deu a ordem, uma onda de terror parecia sempre acompanhar aqueles anéis.


- Prontos? – perguntou o homem, eles assentiram – No três. Um, dois, três.


Eles colocaram os anéis todos ao mesmo tempo, como tinha que ser, e sentiram mais uma vez aquela sensação, como se uma onda de energia percorresse seus corpos tomando conta deles, como se suas forças se renovassem e eles pudessem sentir ela se renovando, era definitivamente mágico. E então a sensação passava, deixando apenas a euforia e a certeza de que suas forças realmente tinham sido renovadas.


- Acho que nunca vou me acostumar com isso! – disse Rony ainda hipnotizado


Dumblendore sorriu e os outros garotos também. Ficaram em silêncio alguns segundos, até ele ser quebrado por Dumblendore.


- Eu preciso muito que vocês se saiam bem hoje. – disse sério – Se vocês perceberem que é uma emboscada tirem todos o mais rapidamente, mesmo que contra a vontade deles, não queremos perder ninguém essa noite.


- Pode deixar Professor! – concordou Cedrico


- E Draco. – continuou o homem, e Draco o encarou – Vamos precisar de você mais do que nunca. Você sabe o lugar que vamos invadir essa noite não sabe?


- Não senhor! – respondeu confuso – Ninguém nos disse nada ainda.


Dumblendore suspirou.


- Vamos invadir a Mansão dos Malfoy, ou seja, sua casa!


Draco engoliu em seco e tentou dizer algo, mas não conseguia, sua boca abria e fechava. Por fim soltou um “Uau”, e nada mais. Gina apertou sua mão com força e o encarou, ele encontrou os olhos dela e aqueles olhos azuis lhe trouxeram uma enorme paz. Ele voltou a encarar Dumblendore.


- Pode contar comigo professor, eu conheço aquela casa como a palma da minha mão, não vou deixar nenhum detalhe escapar! – disse confiante


 Dumblendore levou Draco até o Ministro. Harry os viu conversar sobre algo, ao que parecia Draco dava instruções sobre o local, sentiu a mão de Hermione sobre seu ombro e se virou.


 


- Preocupado? – perguntou ela, acariciando a face do namorado


- Um pouco. – disse sincero – Estou com um pressentimento ruim, não sei bem o que é...


- Não podemos fazer muita coisa agora, nos resta esperar pra ver o que nos aguarda. – disse tentando tranqüilizá-lo


- Só me prometa que você vai ficar bem, e com o resto eu me viro! – pediu num sussurro


Hermione beijou-lhe suavemente antes de responder.


- Harry, amor... – começou também em um sussurro – não posso te prometer isso, mas prometo que vou fazer o possível!


Ele concordou com a cabeça encarando o chão, parecia nervoso. Hermione ia lhe dizer mais alguma coisa, mas Draco se aproximou com Dumblendore e tomou sua atenção.


- Bem, temos que ir! – disse Draco


Todos começaram a andar em direção ao aglomerado de pessoas no centro da sala. Harry começou o movimento mais Hermione o impediu.


- Ei – chamou ela, e ele a encarou – Eu te amo!


Ele suspirou e lhe deu um beijo rápido.


- Também te amo.


Eles sorriram e voltaram a andar.


 


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Estavam nos terrenos da mansão dos Malfoy. As dicas que Draco dera estavam funcionando, e ele parecia ter tudo sob controle. As luzes do que parecia a sala principal estavam acessas, podia-se ouvir um pequeno barulho de som e ver sombras de muitas pessoas lá dentro.


- Eles estão aqui. – sussurrou um auror que Hermione não conhecia


Ela viu que alguns sorriram e até tinham motivos, tudo estava saindo como o planejado, ao que parecia eles estavam ali e provavelmente distraídos pela discreta reunião.


-Draco? – era novamente o auror desconhecido, que Hermione concluiu ser o chefe da Missão – Qual a melhor estratégia pra entrarmos?


- Existe uma porta nos fundos que dá numa sala ao lado do salão principal, uma na lateral que dá na cozinha e mais uma nos fundos. Essa última é a do porão, só que há uma entrada pela casa também, então se chegarmos ao porão estaremos bem debaixo deles. Vocês tem alguma forma de nos comunicarmos uns com os outros?


- Nenhuma discreta. – respondeu o homem


- E qual era o plano antes? – perguntou Cedrico parecendo impaciente


- O plano era deixarmos três homens encarregados de sinalizar o ataque simultaneamente, mas parece um pouco arriscado agora, tendo essa nova estratégia.


Ficaram em silêncio por alguns instantes, estavam todos pensativos. Era esquisito estarem ali com mais de 100 homens, escondidos, olhando Comensais pelas janelas. O fato de não serem vistos não fazia sentido, aquele era o plano mais estúpido que Harry já vira, aliás, eles nem mesmo tinham um plano e esse era o problema.


- Vamos ter que utilizar esse plano, aperfeiçoá-lo de algum modo... – disse Draco olhando a casa


- Espera! – chamou Gina – eu tive uma idéia melhor!


Todos a encararam.


- Quantos aqui são nascidos trouxa? – perguntou em um tom um pouco mais alto pra que todos ouvissem.


Muitos levantaram a mão. Gina sorriu marota


- E quantos tem um celular aqui e agora?


- Gênio! – disse Tonks


Algumas pessoas levantarem a mão novamente.


- Ótima idéia Weasley. – disse o Dumblendore


Eles pegaram quatro celulares e se dividiram em três equipes: uma pela porta dos fundos, uma pela lateral e uma pelo porão. Colocaram Draco na equipe que invadiria pela porta lateral, já que só ele saberia conduzi-los até a sala. Draco também instruiu a equipe dos fundos, mas não era muito complicado. A equipe do porão era formada pelos melhores, os mais experientes e poderosos, Harry e o os outros estavam nela.


- Quando chegarem ao porão vocês verão uma escada que vai dar em uma porta, depois dessa porta haverá um corredor curto e outra porta, quando passarem pela segunda porta sairão entre a escada principal e o escritório e logo a frente, mas logo a frente mesmo, uns 2 metros, vocês verão todo o salão principal.


- Ok. – disse o auror, que viria com a equipe do porão – A primeira equipe, a que vai pelos fundos vais ser a primeira a chegar ao local estratégico, vocês aguardem meu sinal, Moody você comanda a equipe ok? – todos assentiram – A equipe da lateral vai percorrer um caminho mais longo, vocês vão entrar pela cozinha e vão seguir para a sala de jantar e vão esperar lá pelo meu sinal também, Draco você comanda. Eu vou ficar com dois celulares, para falar com os dois ao mesmo tempo.


Todos assentiram e se silenciaram.


- Boa sorte a todos! – disse Dumblendore


Eles começaram a se separar e a tomarem seus lugares em sua entradas. Foi fácil abrir a porta que dava no porão, o que deixou Harry intrigado.


- Muito fácil! – sussurrou Mônica pra ele, que concordou


Era exatamente como Draco descrevera, subiram a escada de varinhas em punho, abriram a primeira porta e deram de frente para o corredor.


- Potter! – chamou o auror – Venha você e seus amigos na frente comigo. Você também Shacklebolt. – disse se dirigindo a Quim


Hermione ouviu o homem falar ao telefone, ele parecia meio desengonçado usando o aparelho, mas conseguia se virar. Ela ouviu duas respostas positivas do outro lado da linha. O auror desconhecido segurava um celular e Quim segurava o outro.


- Ao meu sinal ok?


Hermione ouviu novamente as respostas positivas.


- Muito fácil, muito fácil... – repetia Mônica em voz baixa só para eles ouvirem, ela parecia tensa com aquilo.


Tudo no mais completo silêncio, respirações tensas, varinhas em punho, corações batendo muito rápido, e então...


- Agora!


Tudo passou em câmera lenta para Hermione: a porta se abrindo, a música alta, a correria, o espaço entre a escada e o escritório e logo à frente o salão principal cheio, mas não de Comensais da Morte e sim de reféns, com mãos atadas e mordaças nas bocas, tentavam gritar, pedir ajuda. Os olhas deles não podiam crer no que viam, Draco estava paralisado do outro lado da sala, todos estavam paralisados, enquanto os reféns gritavam.


- DESLIGA ESSE SOM!! – gritou o auror – PAREM DE GRITAR!


Ele foi obedecido em ambas às ordens e novamente o silêncio reinou. O auror, chefe da missão, passou as mãos pelos cabelos loiros e os desarrumou.


- Desamarrem eles! O que vocês estão esperando? – perguntou amargo, e sendo obedecido novamente


- Sr. Clint – disse Olívio se dirigindo ao então desconhecido auror - Um dos reféns tem uma espécie de “recado”.


- Aonde?


Olívio então virou homem a quem ele se referia e eles se aproximaram, sua camisa estava totalmente aberta, e gravado na pele do peito e barriga do homem estava escrito algo.


Clint começou a ler em voz alta.


- “Fomos comemorar em outro lugar, aproveitem a festa e se divirtam. Idiotas. E se quiserem se juntar nós venham para Hogwarts, estaremos esperando por vocês. Lord Voldemort.”


Clint não parecia bem, ele estava pálido, suas mãos tremiam e suas pernas também. Estávamos todos em choque e apavorados.


- Merlin! – ouviram Dumblendore exclamar


Clint pareceu se recuperar rápido.


- Vamos para Hogwarts! Pode ser que ainda dê tempo! – disse começando a se mexer


Mas dessa vez ninguém o obedeceu, ficaram todos imóveis.  Hogwarts havia sido invadida, e a essa altura tomada por Voldemort e seus comensais. Não havia mais esperanças, não havia mais o que fazer, a não ser temer. Eles haviam sido enganados e tinham que admitir que, por mais que ainda houvesse a guerra, eles tinham perdido a batalha, e não sabiam como iriam se recuperar.


 


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- Você se lembra daquele dia Olívio? – perguntou Hermione a ele


Eles estavam sentados no sofá, um de frente pro outro.


- Como poderia esquecer? Foi uma das piores sensações que já tive na vida, uma das piores noites também, e eu mal havia me recuperado daquela última batalha onde eu fui ferido. – disse distante


- Hoje quando olho pra trás e repasso aquele dia na memória... – começou Hermione – eu vejo cada erro cometido desde o início daquela missão, cada passo infalso, e eu penso se éramos burros demais, ou cegos demais, ou inexperientes demais para não vermos, estava na nossa cara o tempo todo e nos deixamos levar pelos erros. Eu tenho muitos arrependimentos na vida Oli, mas nenhum como o de não ter visto que estávamos à beira do precipício naquela noite.


- Talvez fossemos confiantes e vaidosos demais. – completou o amigo e Hermione concordou


Ficaram em silêncio, mas Olívio o quebrou.


- Eu voltei aqui porque hoje eu... – ele respirou fundo – hoje eu tive a segunda pior sensação da minha vida.


- E porque? – perguntou Hermione preocupada


- Eu tive nojo de mim mesmo, eu tive vergonha e... – ele estava angustiado e nervoso – eu quis nunca mais voltar aqui, pra nunca mais ter que olhar pra você e querer o que eu quis e me sentir como eu me senti.


Hermione parecia apavorada.


- Oli, o que foi que eu te fiz? Por Merlin...


- Você não fez nada Mione, para com isso, por favor. – pediu ele novamente com aquela expressão de dor e ela parou


- Então me explica o que está acontecendo? – pediu tentando se controlar


Olivio enfiou o rosto nas mãos e depois as passou nos cabelos.


- Oli...


Ele a encarou e ela pode ver lágrimas em seus olhos, e depois as viu escorrerem por sua bela face.


- Mione... – ele respirou – hoje quando eu sai daqui...quando nós nos despedimos...Mione... eu desejei com todo o meu coração que... que o Harry estivesse...que ele estivesse...morto.


Hermione estava confusa. Ela abriu a boca pra falar, mas ele não deixou.


- Mione, sei que você não entende, mas eu quero te explicar. – pediu ele, e continuou a falar – Quando nós nos despedimos você me convidou pro almoço e você me olhou com aquele olhar tão doce, aquele que eu adoro... – Hermione fechou os olhos e tentou não chorar, mas era inevitável - eu não pude evitar, eu não consegui segurá-lo, aquele sentimento...quando você se sente completo e nada mais no mundo importa...e eu pensei comigo mesmo: “Se o Harry estiver realmente morto ela vai estar livre, livre pra me amar como eu a amo, livre pra mim!”. Eu...


Hermione não queria acreditar no que ouvia, era demais pra ela lidar com o amor não correspondido de seu amigo. Já haviam conversado sobre isso há muito tempo atrás, mas eles eram jovens, a palavra amor não estava envolvida, Harry estava vivo e Hermione não tinha o que temer, sabia que por mais que Olívio sofresse ele a entenderia e aceitaria a amizade que ela podia lhe dar de bom grado. Ela teve certeza que Olívio encontraria outra garota por quem ele se apaixonaria e ele a amaria, muito mais do que gostava dela. Mas isso não aconteceu.


- Eu me odeio por isso Mione, me odeio por ser egoísta, me odeio por ainda te amar e me odeio por não conseguir esconder esse amor, onde ninguém possa achá-lo, nem mesmo eu. – disse abaixando a cabeça


Hermione secou suas próprias lágrimas e depois tocou a face do amigo, para secar as dele. Olívio fechou os olhos com o contato, senti-la era tão bom.


- Oli. – o tom na voz dela o fez despertar de seus mais doces sonhos, aquele tom angustiante de culpa – Eu sinto muito, mas não posso retribuir o que você sente por mim. Eu te amo, mas como um amigo, não mais do que isso.


Olívio apenas acenou com a cabeça. Ele pôs sua mão sobre a dela, que ainda acariciava sua face, ele retirou a mão dela, mas ainda a segurou em suas mãos.


- Eu sei disso. – disse tentando manter sua voz firme – E por isso mesmo que voltei aqui. Pra te dizer que eu não vou poder mais te ajudar a encontrar o Harry. Eu sinto muito Mione, mesmo, mas eu não sou perfeito e não vou conseguir levar isso a diante.


Hermione o encarou profundamente e séria.


- Eu entendo, e não te culpo. – disse com carinho


Eles ficaram em silêncio por alguns instantes. Hermione tirou sua mão que estava entre as dele.


- Eu tenho que ir. – ele levantou-se sobressaltado


Ele se dirigiu até a porta e Hermione o acompanhou em silêncio. Quando chagaram à porta Hermione a abriu e Olívio se virou para encará-la.


- Eu acredito que ele esteja vivo Mione, e torço pra você encontrá-lo! – disse sincero


Hermione o abraçou e ele retribuiu. Ficaram abraçados por um longo tempo, quando se soltaram Olívio lhe deu um sorriso triste e foi embora sem mais nenhuma palavra.  

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