A primeira batalha




Harry entrou na sala do diretor e encontrou Rony, Cedrico, Mônica e Draco muito ansiosos. Dumblendore parecia manter a mesma calma de sempre, mas Harry sabia que ele não devia estar tão calmo assim.

- Graças a Deus e a Merlin! – disse Rony impaciente.

Dumblendore se levantou da sua cadeira e foi em direção a prateleira mais próxima que havia. Ele abriu e retirou de lá a caixinha que Harry vira a alguns messes naquele mesmo lugar.

- Bom acho que chegou a hora! – disse ele andando pela sala.

Ele parou de repente e olhou os sete garotos a sua frente. Abriu a caixinha, revelando sete lindos anéis de prata, e a colocou sobre a mesa.

- Vamos, quem será o primeiro? – Harry tomou a iniciativa – Não ponha o anel no dedo ainda Harry!

- Sim senhor! – disse ele segurando o anel entre as mãos.

Depois de um tempo todos já estavam com seus anéis em mãos. Eles formaram um circulo e se entreolharam.

- Antes de vocês colocarem os anéis eu preciso dizer algo sobre eles. – Dumblendore fez uma pequena pausa e continuou. – Se vocês, por algum acaso, perceberem que a força do corpo e vocês diminuiu, isso quer dizer que um de vocês tirou o anel. Ou a outra hipótese, de que o pior aconteceu a um de vocês. Lembrem-se, se algum de vocês estiver apenas desmaiado ou cansado o anel não perderá forças. Ele perderá forças só se ele for retirado do dedo ou se o seu portador for morto. Caso isso aconteça, o resto terá que ir atrás do “elo perdido”. – a sala estava em completo silencio – entenderam?

Todos concordaram com a cabeça, o medo tomando conta de toda a parte de seus corpos.

- Agora fechem os olhos e coloquem os anéis!

Todos fizeram o ordenado. E de repente era como se uma onda enorme de força tomasse conta de seus corpos, afastando o medo e trazendo coragem. Eles sorriram extasiados.
Dumblendore sorriu e colocou no meio do circulo um velho livro.

- Quando eu contar três. Um, dois, TRÊS!

Eles já não estavam mais na sala calma e silenciosa do diretor. Estavam no meio de uma verdadeira guerra. Feitiços surgiam de todos os lados. Podia se ver Comensais, Aurores e membros da Ordem espalhados por todo o ministério.
Rapidamente eles empunharam suas varinhas, e confiantes nos anéis, começaram a duelar com os primeiros Comensais que lhes apareciam.
Harry não observava quem eram os comensais no qual ele duelava. Seu olhar estava perdido, procurando por algum de seus amigos. Até que avistou Hermione, até duelando ela era linda. Ela duelava com três ao mesmo tempo. Harry não pensou duas vezes, correu na direção da namorada. Os dois ficaram de costas um pro outro.

- Oi minha princesa! – disse ele a fazendo sorrir – Estupefaça! Se divertindo muito?

- Melhor impossível, meu amor! – disse ela que despejava feitiços sem pronunciar uma única palavra.
Depois de um tempo duelando assim os dois acabaram se perdendo de vista.


Duas horas depois...

Harry, que tinha um grande ferimento no ombro, andava desesperado por entre a multidão de pessoas que estavam no Sta. Mungos (alguns feridos, outros nem tanto). Eles haviam conseguido salvar o Ministério, os Comensais bateram em retirada e fugiram. Mas Harry não tinha visto nenhum dos amigos ainda. Mas pelo menos ele tinha certeza de que estavam todos vivos, pois a força do seu anel não havia diminuído.
Ele se sentou em uma das poltronas vazias que havia no local e abaixou a cabeça. O desespero já começava a tomar conta dele. Até que ele levantou novamente a cabeça e pode ver Cedrico e sua irmã vindo de mãos dadas em sua direção. Harry se levantou e abraçou a irmã sorrindo, depois abraçou Cedrico.

- E os outros, onde estão? – Harry estava desesperado.

Mônica deixou algumas lágrimas rolarem por seu rosto. Sua boca sangrava um pouco, mas no mais tinha apenas alguns cortes.

- Não sei maninho, não sei!

Cedrico a abraçou. Ele tinha um grande corte no braço e alguns menores no rosto.

- Calma meu amor, calma!

Mônica chorava nos braços dele, as lembranças da batalha ainda frescas em sua memória. Vira tanta gente morrendo... não acreditava naquilo.
Harry se sentou novamente na poltrona. Cedrico vez o mesmo, ainda abraçado a Mônica.
Passados alguns minutos Harry teve outra sensação de alívio. Gina, Draco e Ron caminhavam em direção a eles. Harry abraçou um por um. Depois de todos se cumprimentarem, Harry perguntou o que tava entalado em sua garganta.

- Quem a viu? – seus olhos cheios de lágrimas – Onde ela está, pelo amor de Deus?

- Calma Harry, ninguém a viu ainda mas os anéis dizem tudo não é? Ela esta viva! – disse Gina que também já chorava.

Harry sabia que ela estava viva, mas queria vê-la. E se ela estivesse muito ferida?
Dois medi bruxos se aproximaram deles.

- Os Srs. poderiam nos acompanhar, por favor? – disse um deles.

Os medi bruxos os levaram até um quarto vazio.

- Gostaria de pedir que os Srs. ficassem aqui, logo serão atendidos. Obrigado!

Dizendo isso os dois se retiraram e fecharam a porta do quarto. Eles não fizeram perguntas, sabiam que tinham atendimento especial.

- Eu já to ficando desesperado Ron! – disse Harry passando as mãos pelos cabelos.

- Calma cara, isso não vai levar a nada! – disse Rony, com um ferimento na perna, dando tapinhas no ombro do amigo.

Draco estava sentado em umas das camas do hospital, seu supercílio sangrava muito.
Gina o observava, ela tinha cortes não muito graves no braço.

- Deixa eu ver isso Draco! – disse ela caminhando em direção ao rapaz.

- Não Gi! – disse ele – Não precisa. Não ta doendo e logo para de sangrar.

Gina se deu por vencida e se sentou ao lado de Draco. O silencio pairou no lugar, aquilo os estava deixando loucos. Até que a porta se abriu...


Flash Bach

Hermione perdera os amigos de vista, nem Harry ela conseguia ver mais. Mas ela não deveria se preocupar com isso agora. Já havia mais de uma hora que ela estava ali, e aquilo parecia não ter fim. Tinha duelado com tantos comensais que já havia perdido as contas.
Até que avistou um rosto conhecido entre os capuzes pretos. Olívio Wood vinha duelando com alguns comensais para se aproximar dela.

- Você está bem? – perguntou Olívio.

- Sim, to bem. O que você faz aqui? – gritou ela para o rapaz poder ouvir.

- O mesmo que você! – disse ele em um meio sorriso – Te vi duelando com tantos Comensais que perdi a conta! Você está fraca precisa sair daqui!

Nessa hora os Comensais começaram a aparatar. Mas Hermione e Olívio estavam em local com muitos deles. Foi então um grupo de mais ou menos seis Comensais vieram na direção dos dois. Hermione não tinha certeza, mas achava que eles arriscaram porque era uma grande chance de acabar de vez com a namoradinha do grande Harry Potter.
O grupo de Comensais começou a lançar feitiços sobre os dois. Hermione não sabe como aconteceu o que veio a seguir, foi muito rápido. Mas ela se lembra de ver quatro deles já caídos no chão. Dos outros dois que restavam, um aparatou, mas o outro...
Olívio teve tempo apenas de se jogar na frente de Hermione. O feitiço que ia atingir a garota bem no peito, pegou nas costas dele. Hermione viu o amigo cair ajoelhado e o comensal aparatar, logo em seguida ela desmaiou. Estava fraca e cansada...

Olívio não sabe de onde tirou forças, mas quando viu Hermione caída só pensou em tirá-la dali o mais rápido possível, se levantou e a pegou no colo.

Fim do Flash Bach


A porta se abriu e por ela entrou um Olívio cansado, com Hermione nos braços. Harry se levantou rapidamente, percebendo que Olívio estava fraco, a pegou dos braços do amigo e a deitou em uma das camas.

- Olívio! Você esta bem meu primo? – perguntou Mônica correndo em direção do primo.

- Estou – disse ele se sentando – Ela também, só esta um pouco fraca. Duelou demais!

Harry acariciou o rosto de Hermione, o alivio enchendo seu coração. Depois ele se virou pra Olívio.

- Você não parece nada bem cara! Draco chame um medi bruxo urgente!

- Acho que eu fraturei a coluna! – disse Olívio sobre o olhar apreensivo de Mônica – Fica calma minha prima, eu vou sobreviver!

Mônica sorriu, enquanto algumas lágrimas desciam pelo seu rosto. Sabia que a situação do primo não era boa. Dentro de alguns minutos um medi bruxo apareceu e levou Olívio dali.
Não disseram para onde iam leva-lo, mas deixaram que Mônica o acompanhasse.
Depois de algum tempo o quarto já estava cheio de medi bruxos que estavam cuidando dos ferimentos deles. Hermione continuava desacordada.

- Ela vai ficar bem? – disse Harry que fazia cara de dor sobre os cuidados do medi bruxo.

- Sim, vai! – disse um deles – Ela só precisa descansar um pouco! Dentro de algumas horas ela acorda.

- E o rapaz que saiu daqui! Como ele está? – perguntou Rony a um canto.

- O Sr. Wood? Corajoso o rapaz! O que ele fez pela menina foi um gesto de pura coragem e amizade!

Harry e Rony se entreolharam confusos. Mas o medi bruxo não disse mais nada.
Quando todos já estavam bem os medi bruxos saíram do quarto. Mônica chegou em seguida. Ela havia chorado muito, pelo o que Harry pode ver.

- E então maninha, como ele está?

- Nada bem! – disse ela com amargura. – Vocês precisam ouvir o que ele me contou!

Mônica narrou o acontecimento. Olívio havia contado a ela e aos medi bruxos presentes o que ocorrera. Quando ela terminou de falar Harry caminhou em direção ao leito de Hermione.

- Mas uma vez te salvaram minha princesa! – disse ele acariciando a namorada. – Mas e ele como vai ficar?

- Vai ficar bem! Pelo menos fisicamente.

- Como assim? – perguntou Gina.

- Ele não vai mais poder jogar Quadribol! – disse Mônica se segurando para não chorar novamente.

Cedrico enterrou as mãos no rosto, como se não quisesse acreditar no que acabara de ouvir.
Draco se levantou e caminhou até Harry, que parecia ter entrado em estado de choque.

- Calma cara! Senta aí! – disse ele sentando Harry.

- Eu não posso acreditar! – disse Harry já sentado.

- Por que isso? – perguntou Rony atordoado.

- A costela fraturada é sensível, se ele se expor subindo em uma vassoura ele pode perder os movimentos instantaneamente e cair dela. Eles não podem fazer mais nada por ele!

- Ele sempre disse que era o sonho dele fazer uma carreira brilhante... – Cedrico parecia estar em outro mundo – ele tava começando a brilhar agora... ia jogar no time dos sonhos dele!

- Eu sei Ced, eu sei! – disse Mônica consolando o amigo – Mas Deus sabe o que faz não é mesmo? Vamos agradecer por ele esta vivo!

- Ele já sabe? – perguntou Gina que chorava.

- Já!

- E como ele reagiu? – perguntou a ruiva novamente.

- Ele abriu um grande sorriso e disse que pelo menos ele não ia morrer de fome, porque ele já tem emprego garantido no Ministério! Ele não existe! – disse Mônica sorrindo entre as lágrimas que desciam por sua face. – Eu fiquei pior do que ele!

Depois que Mônica terminou, ninguém mais falou nada. A noite não tinha sido nada boa até agora, e eles nem sabiam sobre o resto do pessoal.

- Não vai adiantar de nada agente ficar aqui! – disse Draco – Ron vem comigo atrás de noticias dos outros?

- Claro! Você vem Cedrico?

O garoto apenas balançou a cabaça negativamente sem falar nada. Gina foi até Rony e Draco.

- Traz noticias do papai e da mamãe Ron! Por favor! – disse ela.

- Pode deixar Gi, eu trago sim! – Rony deu um beijo na testa da irmã e saiu com Draco.

O dia já estava amanhecendo, estavam todos exaustos e tristes. Hermione ainda não havia acordado, mas Harry já imaginava a reação da namorada quando ela descobrisse sobre Olívio. Harry a olhou. Não podia deixar que ela corresse esse risco novamente, as coisas andavam tão bem, porque tinha que acontecer isso? Porque Voldemort não aparecera? Ele queria tanto terminar logo com aquele sofrimento!
Hermione então se mexeu. Harry se levantou de um pulo e se sentou ao lado dela. Ele segurava sua mão. Mônica, Cedrico e Gina ficaram observando se ela acordava.
Ela abriu os olhos aos pouquinhos. Harry abriu um largo sorriso e seu olhos se encheram de água, ele beijou a mão de Hermione.

- Oi, Bela Adormecida!

Ela se ajeitou na cama e sorriu pra ele também. Depois olhou em volta e avistou Mônica, Gina e Cedrico, sorriu.

- Onde eu estou meu amor? Cadê o Rony e o Draco? – ela de repente se lembrou de algo importante – Olívio! Onde está Olívio? Harry! Onde?

- Calma meu amor ele está bem! – disse Harry a acalmando.

Ele então se virou para encarar os três que estavam a sua frente. Hermione percebeu o que ele fez e entrou novamente em desespero.

- Harry você esta me escondendo alguma coisa! Olívio está bem mesmo?

Harry abaixou a cabeça sem coragem de encara-la. Ela continuava o fitando, esperando que ele a encarasse. Até que ele o fez.

- Olívio está bem Mione! Só que... – ele parou – só que ele não vai mais jogar Quadribol.
É isso!

Hermione ficou parada, lagrimas começaram a descer por seus olhos. Harry a abraçou, enquanto ela chorava mais ainda.

- Foi tudo minha culpa Harry! Tudo! – disse ela.

- Não fala assim meu amor. Não foi você quem o atingiu com aquele feitiço – disse Harry acariciando o cabelo de Hermione.

- Mas ele... ele entrou na minha frente pra me salvar!

- Eu sei, eu sei! – disse ele se afastando dela para encara-la – Você não teve culpa de nada, e eu tenho certeza que Olívio também pensa assim! Agora você tem que descansar, tente se acalmar, ta bem?

Harry olhou fundo nos olhos da namorada. Havia desespero lá, o mesmo desespero que ele vira quando contou a ela sobre a profecia. Ele sorriu para acalmá-la e a beijou. Como precisava daquele beijo, agora mais do que nunca.

- Eu te amo! – disse ele.

Ela apenas sorriu e abraçou novamente o namorado. Nessa hora Draco e Rony entraram pela porta. A cara deles não era das melhores.

- E então! Noticias? – perguntou Harry se levantando.

Draco e Rony ficaram em silencio, eles se entreolharam. Hermione pôde perceber que os olhos de Rony estavam vermelhos. O amigo caminhou até ela e lhe deu um beijo na testa.
Depois se afastou um pouco.

- Você conta ou eu conto? – perguntou Rony a Draco.

- Andem logo com isso! – berrou Gina.

- Mais de 20 aurores foram mortos... – começou Draco – entre eles Olho-Tonto, e... – Draco abraçou Gina – sinto muito Gi! Carlinhos se foi!

Gina agarrou Draco como se não quisesse que ele saísse dali e começou a chorar. Rony esfregou o rosto com as mãos, e Harry abraçou o amigo.

- Eu sinto muito cara!

Mônica e Cedrico não eram tão íntimos de Carlinhos como os outros, mas haviam conhecido o rapaz e ficavam tristes pela morte dele, e pelos Weasley.
Hermione deixou que as lágrimas rolassem por seu rosto. Gostava tanto de Carlinhos, era como um irmão pra ela. Ela só pensava em como a Sra. Weasley devia estar.

- Rony me leve até a sua mãe! – disse Hermione se levantando.

Harry a segurou, não ia deixar que a garota saísse de perto dele. Mas Rony foi mais rápido.

- Não Mione! Mamãe está bem. E é melhor que nenhum de nós sete saiamos daqui! – disse ele olhando em sua volta.

- Por quê? – perguntou Hermione.

- A imprensa! Está toda lá fora. Estão dizendo que nós salvamos o Ministério! Estão dizendo que os Comensais já estavam praticamente ganhando a batalha quando... nós sete chegamos e revertemos a situação!

Gina ainda estava abraçada a Draco, e Mônica se levantou em sinal de desespero.

- Eles estão loucos! Agora sim não vão parar de pegar no nosso pé! – disse ela.

- Que droga! – gritou Cedrico – Já não basta a péssima noite que nós tivemos! O que mais eles querem?

- A primeira pagina. É isso que eles querem! – disse Hermione vencida.

Todos ficaram em silencio. Harry começou a caminhar de um lado pro outro em busca de respostas.

- Eles não vão sair daqui sem darmos uma entrevista ou uma explicação! – disse ele que parecia ter um plano em mente – Vamos dar a eles o que eles querem!

- Você ficou louco Harry?! – perguntou Mônica. – Olha o estado da Mione, da Gina e do Ron! Além de todo o resto, Olívio e as outras mortes. Eles são uns ursupadores, não querem nem saber quem morreu, quem ta ferido ou outra coisa. Só querem vender mais!

- Eu acho que o Harry tem razão! – disse Draco ainda abraçando Gina – isso é um hospital! Vocês precisam ver o inferno que eles estão fazendo lá fora!

Mônica se sentou novamente. Não poderia ficar pior.
Eles ficaram em silencio novamente. O que iriam fazer?

- Não podemos prejudicar outras pessoas! O que vocês acham de irmos lá? – perguntou Harry cabisbaixo.

- É o melhor que temos a fazer! – disse Cedrico. – Mas a Gi fica! Ela não esta em condições...

- Tudo bem Ced! – disse a garota, falando pela primeira vez – eles vão querer nós sete lá, ou então... nada feito.

- Então vamos!

Continua...











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