O início do último dia

Draco se mexeu na cama, tentando dormir um pouco mais, não queria acordar tão cedo. Sem abrir os olhos se virou e abraçou alguém ao seu lado, enfiando o rosto nos cabelos da pessoa, mas imediatamente se afastou quando percebeu que aquele não era o cheiro de Gina.

 

- Oh, Merlin! – praguejou ao abrir os olhos

 

Ouviu alguém soltar uma risadinha baixa as suas costas. Virou-se novamente e avistou Gina parada a porta do banheiro. Ela estava de cabelos molhados, o que indicava que ela havia acabado de sair do banho.

 

- Eu acabei de abraçar Hermione achando que era você! – contou divertido, mas um pouco sem jeito – E não foi um abraço de amigo.

 

Gina sorriu mais uma vez, se aproximando.

 

- Eu vi. – sussurrou, se sentando na beirada da cama, ao lado dele

 

Draco a puxou pelo braço abraçando-a, beijando o pescoço dela e cheirando o cabelo ruivo.

 

- Agora sim! – vibrou de felicidade, mas em tom baixo – Esse é meu cheiro preferido, principalmente pela manhã.

 

- Obrigada pela parte que me toca! – agradeceu em tom de brincadeira – Bom dia!

 

Ela se afastou e deu um beijinho rápido nele, se levantando em seguida.

 

- Bom dia. – respondeu, acompanhando-a com o olhar – Que horas são? Porque você não me acordou?

 

Gina entrou no banheiro novamente, e não respondeu até voltar ao quarto.

 

- São 7:00 horas, e não te chamei porque você não vai a Azkaban. – disse mexendo no guarda-roupa – Queria que você ficasse um pouco mais na cama, Hermione nunca dorme até esse horário e se ela vê que nós levantamos vai querer levantar também. – ela se virou pra olhá-lo - Então fique aí, durma mais um pouco e pode até abraçá-la se você quiser, mas só como amigo.

 

Draco rolou os olhos e fez cara de emburrado.

 

- Tudo bem, Hermione também cheira bem! – disse tentando provocá-la, mas não conseguiu, porque ela soltou uma risada abafada – Tô falando sério!

 

- Eu sei! – disse se aproximando mais uma vez – Mas eu não tenho ciúmes, sei que você é todo meu.

 

Ela se inclinou e o beijou outra vez, mas dessa vez um beijo mais demorado. Ela se afastou com um sorriso maroto.

 

- Tenho que admitir Weasley, você me conhece muito bem. – disse num sussurro

 

Ela lhe deu outro beijo rápido e se afastou de novo.

 

- Tenho que ir, Olívio e Cedrico devem estar me esperando. – disse pegando a varinha e a caixinha com os anéis em cima da escrivaninha e indo em direção a porta

 

- Amor, toma cuidado! –alertou Draco em tom preocupado

 

Gina se virou para encará-lo carinhosa, e sorriu fraco.

 

- Eu vou tomar, prometo! – disse sincera

 

Ele concordou e ela acenou pra ele antes de sair. Draco ficou ali, imóvel, olhando pro teto.

 

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Gina desceu as escadas apressadamente e se dirigiu até a cozinha, de onde vinham vozes.

 

- Bom dia! – desejou a Rony, Thereza e Cedrico que estavam presentes

 

Os três responderam, e ela se sentou para um rápido café.

 

- Gina! – chamou-a Rony em tom urgente – Me diz que Hermione dormiu com vocês essa noite, por Merlin!

 

Gina o encarou culpada.

 

- Não se preocupe, ela dormiu conosco. – assentiu – Desculpe, esqueci de avisar mais cedo.

 

- Tudo bem. – disse Rony suspirando aliviado – É que estranhei ela já não ter levantado, e fui até o quarto dela e ela não estava lá, mas não quis entrar em pânico, imaginei que ela estivesse com vocês.

 

Gina não disse nada, tinha acabado de morder uma torrada. Thereza sorriu.

 

- Não quis entrar em pânico? – perguntou com desdém – Você quase botou um ovo!

 

Cedrico e Gina riram também, e Rony deu de ombros.

 

- Olívio mandou uma coruja, dizendo que vai nos esperar no Ministério. Ele disse que ia conseguir uma autorização pra nós. – disse Cedrico se levantando – Eu estou pronto, só estou esperando você.

 

- Certo. – concordou Gina, engolindo o último pedaço da torrada – Já terminei.

 

A ruiva se levantou, ela e Cedrico se despediram de Rony e Thereza, que lhes desejaram sorte.

 

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Gina e Cedrico chegaram ao grande saguão do Ministério, através de uma das várias lareiras existentes no lugar, e logo avistaram Olívio parado perto das estátuas. Ele os viu e acenou, os dois retribuíram, e caminharam até ele. O curto caminho pareceu uma eternidade para ambos, já que as pessoas não desgrudavam os olhos dos dois, e eles achavam aquilo realmente irritante, e concerteza odiavam o fato de serem celebridades do mundo bruxo.

 

- Bom dia! – desejou Olívio quando os dois o alcançaram

 

- Bom dia! – respondeu Gina um pouco incomodada – Porque você marcou aqui? Todas essas pessoas nos olhando, como se fossemos de outro mundo...

 

- Eu sei, eu sei. – começou Olívio, tentando se desculpar – Mas é que quando temos autorização ministerial para interrogar um preso precisamos partir daqui.

 

Cedrico sorriu da cara que a amiga fazia a cada pessoa que os cumprimentava, pessoas que eles nem conheciam. Cedrico a abraçou pelos ombros.

 

- Vamos Gi, você precisa se acostumar com isso! – disse divertido, tentando desfazer o mau humor da garota

 

Gina suspirou e tentou não parecer tão incomodada.

 

- Vamos andando. Por aqui. – disse Olívio puxando fila, os outros dois o seguiram – E então Ced, nervoso com o grande dia?

 

Eles continuaram caminhando, sem saber para onde iam, apenas seguindo Olívio.

 

- Nem consigo pensar nisso por agora, e Mônica está furiosa com isso! – respondeu Cedrico com a voz entediada

 

- Por quê? – agora fora Gina quem perguntara em tom curioso

 

- Quando acordamos hoje ela veio me falar do casamento e dos preparativos, e eu não dei muita importância, estava preocupado com Dolohov e com o que vamos fazer em Azkaban daqui a pouco, não foi por querer. – se justificou, enquanto entravam no elevador, ainda era cedo e por isso estava um pouco vazio – Mas mesmo assim ela ficou maluca, dizendo que se não fosse pra salvar o Harry ela cancelaria o casamento e coisa tal...

 

Olívio e Gina riram.

 

- São só os hormônios do casamento meu caro, não me preocuparia se fosse você. – disse Olívio apertando o botão – Você tem até as três da tarde pra se desculpar, ou então se casam brigados.

 

Cedrico balançou a cabeça concordando, mas não disse nada. Os três ficaram em silêncio dentro do elevador, haviam outras pessoas ali e eles já tinham falado demais. Quando a porta se abriu Olívio saiu, seguido de perto pelos amigos.

 

- Chegamos. – disse entrando em uma das salas do corredor

 

Cedrico e Gina observaram que era o Departamento de Transportes Mágicos. Olívio se dirigiu a recepcionista do lugar, tirando um pedaço de pergaminho do bolso.

 

- Queremos uma lareira para ir a Azkaban. – disse entregando o pergaminho a ela

 

A mulher parecia jovem, mas um pouco rabugenta, observou o pergaminho com cara de poucos amigos e o devolveu a Olívio com certa arrogância. Olívio pareceu não se importar, e esperou enquanto ela mexia em algo por trás da mesa.

 

- Tome. – disse entregando-lhe outro pedaço de pergaminho – Terceira porta...

 

- Eu conheço o caminho. – respondeu Olívio no mesmo tom rude que ela usava – Tenha um bom dia.

 

Olívio voltou a caminhar e os outros dois continuaram a seguir-lhe, sem fazer perguntas. Ele parou em frente a uma porta e entregou o pergaminho que a mulher lhe dera a um simpático homem parado ao lado da porta.

 

- Bom dia Sr. Wood. – desejou sorridente recebendo um sorriso de Olívio – Outro interrogatório hoje?

 

- Sim Travis, mais um! – disse enquanto o homem os fazia aguardar

 

- E vejo que tem companhias ilustres hoje. Sr. Diggory, Srta. Weasley. – disse os cumprimentando também, os dois retribuíram – Aguardem só mais um instante, acabou de entrar um auror agora a pouco.

 

Eles aguardaram por mais alguns segundos e logo Travis abriu a porta, dando passagem a eles. Gina e Cedrico nunca haviam estado ali antes, mas não havia muita coisa a ser observada, era apenas uma sala normal, mas vazia, exceto pela única lareira pregada a parede. E pendurado ao lado da lareira uma pequena bolsinha de couro.

 

- Rede de Flu? – admirou-se falsamente Gina – Bem original.

 

Olívio riu, enquanto pegava a bolsinha de couro.

 

- É a única lareira ligada pela Rede de Flu com Azkaban. – explicou – Só o pessoal autorizado pode utilizá-la.

 

- E eu e Gina somos autorizados? – perguntou Cedrico confuso

 

- Qual é Diggory, vocês são autorizados a qualquer coisa aqui dentro. – brincou, despejando pó de flu na palma da mão - Eu vou primeiro. Esperou vocês do outro lado.

 

Ele entrou na lareira e jogou o pó no chão, dizendo em alto e bom tom “Azkaban”, sumindo logo depois. Cedrico indicou que Gina fosse primeiro e ela repetiu os passos de Olívio, desaparecendo em seguida. Cedrico fez como os outros dois, e pela segunda vez naquele dia sentiu aquela sensação horrível, que só terminou quando chegou ao outro lado, caído em uma lareira de frente para os amigos.

 

- Odeio essa coisa! – resmungou tirando o pó da roupa

 

- Bem vindos a Azkaban! – disse Olívio, voltando a caminhar

 

Cedrico e Gina continuaram a segui-lo, olhando horrorizados para os lados. Azkaban era sem dúvida um lugar horrível, as paredes sujas, o fedor e os gritos, tudo contribuía para dar um ar aterrorizante ao lugar.

 

- Antonio Dolohov, por favor. – pediu Olívio a outro homem, postado de guarda na frente da prisão

 

Ele não demorou muito analisando Olívio.

 

- As suas varinhas. – pediu com uma voz arrastada

 

Cedrico e Gina já estavam quase entregando a varinha ao homem quando Olívio protestou.

 

- Como assim as varinhas? – perguntou sem entender – Eu preciso dela pra conjurar um patrono, você sabe, pra manter os Dementadores afastados.

 

O homem nem se quer se mexeu e nem mudou de expressão.

 

- Aonde o Sr. Dolohov está não há Dementadores, portanto não são necessárias varinhas! – disse no mesmo tom

 

- Dolohov está numa cela especial? –perguntou Olívio sem acreditar – Em uma das celas de cima?

 

O homem concordou.

 

- Se o senhores me derem as varinha poderão subir. – mais um vez disse o homem em tom assustador

 

- Claro, claro. – disse Olívio entregando sua varinha e vendo os amigos fazerem o mesmo – Vamos.

 

O portão de ferro se abriu e quando eles passaram se fechou no vamente.

 

- O que está acontecendo? – perguntou Gina num sussurro, quando ficaram sozinhos

 

- Dolohov está em uma cela especial, o que é muito estranho. – contou Olívio

 

- E por quê? – quis saber Cedrico

 

- As celas especiais são celas afastadas das celas comuns, onde ficam a maior parte dos presos, lá não existem Dementadores rondando e eles recebem comida de boa qualidade e algumas regalias. – disse enquanto começavam a subir uma escada – O estranho é que essas celas são reservadas somente para pessoas que já tiveram altos cargos no Ministério, e nunca ouvi dizer que tenham sido destinadas a Comensais, muito pelo contrário, nenhum Comensal poderia ter acesso a essas celas.

 

- Então porque Dolohov está em uma delas? – perguntou Gina intrigada

 

- É o que vamos descobrir agora!

 

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Thereza se jogou no sofá ao lado de Draco, suspirando.

 

- O que foi? – perguntou ele lendo o jornal

 

- Aquelas duas vão se matar lá em cima. – disse Thereza nervosa

 

Draco riu, dobrando jornal e olhando para a garota.

 

- Você não devia ficar nervosa, não faz bem pro bebê. – sugeriu cuidadoso

 

Ela lhe sorriu agradecida e tentou se acalmar.

 

- Estou com medo da reação da Sra. Weasley quando souber da gravidez. – confessou a garota – Ainda mais com tudo isso acontecendo. Vai ser muita informação em um único dia.

 

- Hei, vai dar tudo certo! – disse confiante – Tenho certeza que a Sra. Weasley vai dar pulos de alegria quando souber que vai ter seu primeiro netinho.

 

Thereza suspirou mais uma vez.

 

- Eu espero.

 

- Mas o que é que está acontecendo lá em cima? – perguntou Draco curioso

 

- Mônica não está muito normal hoje sabia? – disse assustada fazendo Draco gargalhar – Hermione está tendo uma paciência incrível!

 

- Hoje vai ser um daqueles dias! – disse o garoto divertido

 

Ouviram vozes se aproximar.

 

- Draco! – gritou Mônica ao adentrar a sala – Por Merlin! Será que dá pra você fazer alguma coisa?

 

Draco arregalou os olhos, sem entender.

 

- Tudo bem Draco, não se preocupe. – disse Hermione muito calma – Preciso que você contrate o Buffet o mais rápido possível, ainda é cedo e pode ser que achemos um que possa fazer o casamento.

 

Draco se levantou.

 

- Rápido Malfoy, rápido! – disse Mônica mandona

 

Draco a olhou feio, mas tratou de desaparecer de lá.

 

- Nina, você precisa ficar calma. – pediu Hermione – Vai ser algo pequeno, só pra nós e a família, cerca de cinqüenta pessoas no máximo.

 

Mônica suspirou tentando se acalmar.

 

- O que mais está faltando? – perguntou em uma calma forçada

 

- Vejamos... – começou Hermione pensativa – Vai ser aqui nos fundos mesmo, só precisamos de uns retoques e vai ficar tudo lindo. O Buffet Draco vai dar conta. Agora falta o mais importante, seu vestido!

 

- Merlin, esse casamento não vai sair. – disse Mônica sentando no sofá – Eu nem mesmo tenho um vestido!

 

- Nós acharemos um Nina. – a consolou Thereza – Não vai ser tão difícil assim.

 

Mônica balançou a cabeça.

 

- Vai ser um belo casamento Srta. Potter! – disse Hermione sorridente – Vai sair tudo do jeito que você sempre sonhou, eu prometo!

 

Mônica sorriu fracamente, não tinha tanta certeza daquilo, mas não ia se preocupar mais, era para tirar seu irmão daquele lugar e já não importava se o casamento ia ou não ser bonito, só importava que houvesse um casamento, o resto se ajeitaria depois.

 

 

 

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PESSOAL DESCULPEM, ERA PRA SER BEM MAIOR, MAS VOU VIAJAR E NÃO SERIA JUSTO DEIXAR VOCÊS MAIS UMA SEMANA SEM CAP.  :D

PRÓXIMO MUITO MAIOR E MELHOR!!!

 

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