Descontentamento e Contentamen



- É.- concordou Harry sem jeito.

Os dois permaneceram plantados ali, observando o salão cheio, por alguns minutos. Até que a música agitada parou dando lugar a uma outra, lenta.

- Creio que você não gosta muito de dançar.- disse Hermione, os dois ainda parados ali.

- Não é que eu não gosto.- disse Harry.- Acho que não levo jeito.

- Nem com uma boa dançarina?- perguntou a garota.

- Acho que não.- disse Harry pensativo.- Só se for com você.- completou enquanto puxava Hermione para o meio dos demais alunos que ainda dançavam.

Harry passou os braços em torno da cintura de Hermione e os dois ficaram deslizando por ali, os rostos colados. Eles ficaram assim por toda aquela música, quase que flutuando. Os pensamentos um no outro, mas calados. A música seguinte começou e os dois não se soltaram. Aquilo se estendeu por mais três músicas até que Harry sentiu alguém lhe cutucar. Ele e Hermione pararam e viram Luna Lovegood e Draco Malfoy de braços dados diante dele.

- Me concebe a companhia de vossa dama para a próxima música, Potter?- perguntou Draco sorrindo.

Harry olhou para Hermione, a expressão dela era ilegível. Seus olhos recaíram sobre Luna. Aquela foi a primeira vez que ele a achou bonita. Tinha os cabelos muito cumpridos presos em uma trança bem feita e trajava um belo vestido azulado. Draco estava de negro. Pensou em uma resposta afiada, olhou novamente para Hermione e então para o palco.

- A próxima música.- completou ele antes de dar as costas aos dois e passar novamente os braços entorno da cintura de Hermione. Ele ainda pôde ver a cara estupefata de Draco. Sorriu antes de se distanciar um pouco, com Hermione.

- Ele não desiste, não é mesmo?- murmurou ele com certa impaciência.

- Ele está querendo lhe irritar.- disse Hermione.

- Não gosto de ver você com ele.- disse Harry.

- Ele me convidou para ir ao baile com ele.- disse Hermione.- Sobretudo eu quis vir com você. Não se preocupe, Harry, é só uma música.- completou quando a música findou.

Draco se aproximou e tomou Hermione. Harry se juntou à Luna. Não iria ficar ali parado, feito um idiota, enquanto Hermione dançava com outro.

- Você deveria ao menos disfarçar.- riu Luna enquanto os dois dançavam.

Harry corou.

- Draco Malfoy é um cara bacana, apesar de tudo.- completou ela.

- Até você, Luna?- choramingou Harry.

- Ele é um tanto quanto malicioso quando quer, é mal-humorado quando está irritado e, sobretudo, é esperto como uma raposa. Mas sabe ser agradável.- disse Luna.

Harry deu uma rápida olhada à volta, Hermione e Draco haviam sumido.


****


- Você...- começou Hermione.- Você não tem medo do perigo!?

- Sou audacioso!- exclamou Draco sorrindo divertidamente.- Como você pode gostar do Potter? Ele é completamente desengonçado!

- Por favor, Draco!- disse Hermione irritada.- Não comece com o discurso “sou melhor que o Potter”.

- Ok!- fez Draco.- Vou ser mais direto, então. Gosto de você, Hermione Granger!

- Você prometeu se manter longe de mim.- disse Hermione.

- Mas não prometi não dizer o que eu penso.- disse Draco.

- A música acabou.- disse Hermione.- O seu tempo acabou. Me devolva ao Harry.

- Que tal ao Weasley?- perguntou Draco enquanto se aproximava de Rony e Lilá, levando Hermione junto.

- Noite, Weasley!- disse ele sorrindo.- A Granger me confessou estar doida para dançar contigo, e não adianta pisar no meu pé, Hermione! É essa a verdade.

Hermione sentiu-se ruborizar violentamente. Porque Draco estava fazendo aquilo? Parecia muito querer irritá-la.

- Me voluntariei a tomar a sua garota para essa música, então.- completou enquanto tirava uma Lilá meio sem jeito para dançar.
Rony e Hermione se entreolharam.

- Ele está irritado.- disse Hermione.- Por eu ter recusado a vir ao baile com ele. Resolveu me irritar também!

- O que o Harry disse sobre isso?- perguntou Rony enquanto ele e Hermione iam se assentar em uma mesa.

- Não sei.- disse Hermione francamente.- Ele deve estar com Luna Lovegood, não seria legal eu voltar até ele e deixa-la sozinha.

- Vocês são tão tolos!- exclamou Rony.- Você e o Harry... Porque você simplesmente não disse não? Seria bem mais prático.

- Agora já era!- disse Hermione.- Vamos comigo. Você troca com o Harry e depois ajuda a Luna a achar o Draco.


****


- Estou realizando o seu sonho, ein Brown?- disse Draco sorrindo maliciosamente.

Lilá corou, mas não conseguiu disfarçar o sorriso esnobe que tinha nos lábios ao olhar para as outras garotas. Draco por sua vez não quis perder tempo, ainda tinha que pensar em uma desculpa para Hermione. Ele meteu a mão no bolso e apertando a varinha murmurou.

- Império!

- O que?- Perguntou Lilá.

- An?- fez Draco.- Não disse nada.

- É.- disse Lilá, seus olhos agora desfocados.- Você não disse nada.

- Você me faria um favor, Lilá Brown?- perguntou ele.

- Sim.- respondeu a garota parando.

- Primeiramente continue dançando.- disse Draco olhando discretamente à volta.- Agora, há um anel no meu bolso direito, pegue-o.
Agilmente Lilá o obedeceu. Draco sentiu a mão da garota entrar em seu bolso e apanhar o anel.

- Você o colocará no dedo anular direito de Rony Weasley.- disse Draco.- Sem dar mais explicações a ele, agora vá.


****


- O que ele queria com você?- perguntou Harry quando ele e Hermione se assentaram.

- Me irritar.- disse Hermione.

- Não minta.- disse Harry.

- Não estou mentindo.- disse Hermione impaciente.

- Porque vocês sumiram?- perguntou Harry.

- Nós não sumimos!- disse Hermione.- Foram você e a Luna quem sumiram. E então eu encontrei o Rony e ele me trouxe até aqui.

Harry fechou a cara. Era obvio que Draco Malfoy queria alguma coisa, ou não teria criado aquela situação ridícula.

- Não quer mais dançar?- convidou Hermione.

- Não.

- Quer comer ou beber alguma coisa?- insistiu.

- Não.

- Porque não damos uma volta?

- Não quero nada.- disse Harry enquanto observava Lilá se juntar a Rony mais à frente. Hermione cruzou os braços.


***


Lilá tomou a mão direita de Rony e a beijou. O garoto a observou confuso enquanto ela colocava em seu dedo anular um anel com uma pedra de rubi reluzente.

- O que é isso?- perguntou ele antes de sentir uma onda de contentamento, coragem e despudor tomar seu corpo. Lilá não respondeu.

Rony cambaleou um pouco, sentia-se levemente zonzo. Mais à frente Draco apertava a varinha por dentro das vestes.

-Finite Incantatem!- murmurou ele.

- O que você disse?- perguntou Luna.

- Eu?- perguntou ele sorrindo.- Eu não disse nada.

- Achei que tivesse escutado algo.- disse Luna aérea.

Draco se virou para Rony, Lilá parecia ter voltado ao normal.

- Você está bem?- perguntou ela.

- Sim.- disse Rony. Sentia-se estranho, mas estava bem, muito bem!

- Pensei que fosse desmaiar.- disse Lilá.

Rony olhou à volta. Havia muita gente ali. Ele planejara levar Lilá para um lugar reservado e beija-la, mas aquele parecia o momento. Onde estava a sua timidez? Onde estava a sua falta de jeito? Ela parecia ter se esvaído junto com a tonteira.

Com um sorriso nos lábios Rony puxou Lilá pela cintura e a beijou. Todos ao redor observaram impressionados. Aquela atitude de Rony Weasley, o pateta, era tão inesperada quanto à atitude de Draco ao beijar Hermione a primeira vez.

Luna tinha os olhos incrivelmente arregalados.

- Weasley é o nosso rei!- sorriu Draco enquanto observava a cena.

Hermione também arregalou os olhos mas não só por isso. Um pouco atrás de Luna e Draco estava parado um curioso casal de mãos dadas. Era um Sonserino de cabelos negros, amigo de Draco. Hermione de repente notou que todos os Sonserinos trajavam vestes negras, o que de uma forma ou de outra fazia deles um grupo muito elegante. O nome do garoto, ela se lembrava, era Blás Zambini e Draco alguma vez dissera que aquele era o único amigo que ele possuía na Sonserina. Mas o garoto não importava, o que importava era quem estava ao lado dele.

Ela trajava um belo vestido em um tom de rosa que fazia inveja à muitas garotas dali. Tinha os cabelos ruivos presos em uma trança embutida e os olhos castanhos brilhando intensamente.

- Gina!- murmurou Hermione.

- Quem é aquele?- perguntou Harry ao vê-los também.

- É um Sonserino chamado Blás Zambini.- disse Hermione.

Harry fez um muxoxo.

- Não sabia que você já estava inclusive arrumando namorados sonserinos para as suas amigas!- despejou Harry.

- Eu não estou arrumando namorados Sonserinos para ninguém!- disse Hermione.- Pare com essa bobagem, Harry!

- É a realidade!- disse Harry.

- Vamos sair daqui, por favor.- disse Hermione ao ver alguns olhares curiosos sobre eles.

Harry se levantou e deixou o salão comunal com Hermione em seu encalço.

- Você tem que parar com essa bobagem, Harry!- disse Hermione.- Você sempre estraga tudo com esse seu ciúmes tolo!

Harry riu com certo desprezo.

- Só você mesma pra achar que eu estou com ciúmes de você!- despejou ele.- Por mim que você vá ficar com o seu Draquinho pra lá!

- Será que você não entende? Será que você não é capaz de perceber?- perguntou Hermione enquanto subia as escadas para o segundo andar.- Se eu realmente quisesse estar com o Draco, eu estaria!

- Como você esteve, não é mesmo?- perguntou Harry.- Nem se importou em sumir com ele!

- EU NÃO SUMI COM ELE!- gritou Hermione.- E se ficaria tão incomodado porque não disse a ele que não concebia a dança?

- Não sou sem educação!- retrucou Harry.

- Não!- disse Hermione.- Você é um tolo!

- VOCÊ ESTÁ ADMITINDO QUE VOCÊS SUMIRAM PARA FICAR JUNTOS?- Foi a vez de Harry gritar.- Maldições imperdoáveis.- completou para a mulher gorda.

- Eu estou tentando lhe mostrar que nós dois só não estamos bem porque você não quer, Harry Potter.- disse Hermione antes de entrar pelo buraco do retrato.

Harry não a seguiu. Soltou um suspiro. Ela tinha razão. Porque ele estava brigando com ela? Simplesmente porque Draco Malfoy, para irritá-lo, a tirara para dançar. Ele era realmente um tolo.

Harry saltou o buraco do retrato e ainda pôde ouvir a porta do dormitório dela batendo. Imediatamente ele correu até a escada circular que levava ao mesmo e subiu. Mal chegara ao quinto degrau quando uma sirene soltou e ele desceu escorregando.

- Droga!- completou antes de chutar uma poltrona.

Tinha que pensar em algo rápido. Sentia-se incrivelmente idiota. Caíra como um pato na peça de Malfoy. De repente teve a idéia de que precisava. Se um garoto não podia subir, que uma garota suba.

Harry correu de volta ao salão principal. Logo viu Gina junto com seu Sonserino em um canto escuro. Não tinha coragem de chegar lá e chamá-la, interrompendo o casal. Tinha Luna, mas ela era uma Corvinal. E então ele girou nos calcanhares e viu Rony e Lilá dançando de forma incrivelmente extravagante. Bom, ele interromperia o casal, mas aquele era Rony Weasley, seu melhor amigo.

- Er...- começou.- Rony?

Rony e Lilá pararam. Rony tinha os olhos vermelhos e parecia um pouco alterado, Harry se perguntou sobre quantas cervejas amanteigadas ele já tinha tomado. Lilá parecia feliz.

- Será que você pode me emprestar a Lilá?- perguntou Harry sem jeito.
Rony olhou Harry de cima à baixo de uma forma que ele não costumava olhar, como se estivesse medindo Harry.

- Você quer o que?- perguntou ele incrédulo.

- Eu explico no caminho.- disse Harry.- Venham comigo até o salão comunal.

- Ainda está cedo, Harry.- disse Rony.- Você está parecendo a minha mãe! Querendo que eu me deite cedo...

- Eu já disse, explico no caminho!- completou Harry.

Rony e Lilá se entreolharam e em seguida seguiram Harry.

- Eu devia ter adivinhado!- disse Rony.- Você é um pateta, Harry.

- Mas o que você quer que eu faça?- perguntou Lilá.

- Bom.- começou Harry quando eles atravessaram o buraco do retrato.- Eu não posso subir lá, por ser homem...Mas você é mulher.

- Quer que eu vá chamá-la?- perguntou Lilá.

- Se não for atrapalhar...- disse Harry.

- Você já atrapalhou.- disse Rony seriamente.


****


Hermione ouviu passos e enxugou os olhos com um lenço. Estivera, durante os últimos vinte minutos, chorando feito uma adolescente boba. O coque ainda estava firme e contrastava estranhamente com sua camisola.

- Hermione...- disse Lilá ao abrir a porta do dormitório e entrar.- O que aconteceu?

- Nada.- disse ela.- Porque voltou tão cedo?

- Na verdade eu não voltei.- disse Lilá com uma delicadeza anormal.- Será que você poderia descer?

- Diga ao Harry que não quero falar com ele.

- Quem disse que... Como você sabe?- perguntou Lilá.

- Eu sou uma Legilimente, Lilá.- disse Hermione calmamente enquanto encarava a outra pelo espelho.

- Hum.- fez Lilá.- E o que vem a ser isso?

- Eu posso ver o que você está pensando, o que você andou fazendo...

- Ah! Escute, não sei o que aconteceu, mas seja como for o Harry parece arrependido.- disse Lilá.

- Você sabe o que aconteceu, pois escutou o Harry contando ao Rony.- disse Hermione com veemência.

- Você é tola.- disse Lilá.- Você poderia ter ficado com o Rony e o largou. Você pode escolher, atualmente, entre o Harry e o Malfoy, sobretudo você prefere ficar só.

- A minha situação está muito além do que você é capaz de entender.- disse Hermione.

Lilá a observou pelo espelho durante algum tempo, até que finalmente deu as costas e desceu as escadas indo ao encontro de Harry e Rony.

- Eu sinto muito, Harry.- disse ela.

- Bom, acho que podemos voltar ao baile.- disse Rony abraçando a garota.

- E eu?- perguntou Harry.- O que faço?

- Vá dormir.- disse Rony com impaciência.- Ou então dê um jeito de alcança-la.

- Mas como?- perguntou Harry enquanto Rony atravessava o buraco do retrato.

- Voe!- gritou o outro.

- Droga!- disse Harry uma segunda vez quando uma luz se acendeu em sua mente.- Voe!- repetiu ele antes de subir as escadas até seu próprio dormitório e apanhar a Firebolt. Em poucos segundos ele estava alcançando o topo da escada que levava ao dormitório feminino quando a sirene soou novamente e ele desceu escorregando, ainda segurando a vassoura.

Ele olhou à volta tentando ver se alguém o havia descoberto ali, descumprindo aquele regulamento mas a única coisa que viu foi um bichento preguiçoso descendo as escadas. Então teve uma idéia melhor. Em seu terceiro ano ele salvara Sirius pela janela da sala onde o mesmo se encontrava. Era isso, ele voaria por fora do castelo até o quarto das garotas e entraria pela janela. Mas, como descobriria qual era a janela?

Harry, sorrateiramente, apanhou bichento e subiu as escadas até seu próprio dormitório. Rabiscou um bilhete e amarrou no rabo de bichento que saltou levemente ofendido tentando se livrar daquele empecilho.

- Vá até Hermione.- sorriu Harry.- Ela cuidará disso.- completou antes de saltar o gato e descer as escadas.


****


Hermione parou de escrever e observou tristemente bichento entrar em seu quarto. Ronronava furioso enquanto tentava tirar um papel amarrado em seu rabo de escovinha.

Hermione largou a pena e tratou de tirar o papel de bichento. Em seguida jogou-o a um canto e voltou-se para o pergaminho. Bichento saltou até a janela e se deitou ali. Estava escrevendo a seus pais falando sobre o natal que se aproximava.

Apesar de toda a raiva que sentia no momento ela sabia que Harry seguiria com ela. Ele provavelmente não iria para a ordem, pois tinha que evitar atritos e tudo o mais. E também, obviamente, não poderia ir para a casa de seus Tios.

Ouviu-se uma batida na janela. Bichento saltou em sobressalto.

Hermione se levantou lentamente e se assustou ao ver um vulto voando lá fora. Então seus olhos recaíram sobre o papel que bichento trouxera. Ela o apanhou e leu.


Abra a janela.


Era a letra de Harry. No primeiro momento ela o imaginou tentando chegar à seu dormitório voando na Firebolt mas logo se convenceu que aquilo não se passava de uma coisa tola a se pensar. Rindo de si mesma ela caminhou até a janela e a abriu.

- O que você pensa estar fazendo, Harry Potter?- perguntou ela quando o mesmo entrou voando em seu dormitório. Os cabelos negros cobertos de neve.

- Aquilo que eu devia ter feito há muito tempo.- disse ele enquanto descia da vassoura.- Tentando não perder a garota minha vida.- completou antes de beija-la.

No primeiro momento Hermione só conseguiu pensar na Professora Mcgonagall chegando na sala de Tonks e os vendo ali.

- Sua carreira de monitora acabou, Srta. Granger.- dizia ela.

No segundo momento Hermione imaginou a Professora McGonagall entrando pelo dormitório e os encontrando ali.

- Sua carreira de monitora acabou, Srta. Granger.- dizia ela.

No terceiro momento Hermione empurrou Harry.

- Eu sei que você vai dizer que eu não mereço, mas me desculpe!- disse Harry com cara de cachorro sem dono. Mas ao contrário do que ele esperava Hermione sorriu.

- Vamos descer, Harry.- disse ela.

Imediatamente os dois desceram as escadas. Harry foi na frente, escorregando. Não entendia bem o que estava acontecendo. Só quando eles alcançaram e que Hermione o abraçou foi que ele compreendeu.

Quando um cara é o herói, está escrito que ele vai ficar com a mocinha. E não importa que o herói seja tolo e inexperiente e que ele caia nas armadilhas do garoto mau. Assim tinha que ser e assim seria.

Não houve um beijo e nem dois. Harry e Hermione se deixaram cair em uma poltrona próxima à lareira e ficaram observando o fogo esverdeada crepitar. Eles entenderam que não houve um beijo pois não foi preciso. Pois Harry descobriu que poderia amá-la em silêncio, caso soubesse que ela fazia o mesmo.

Nos dias que se seguiram nada se comentou sobre os dois. Pela primeira vez na vida Harry passou despercebido, e gostou disso. Todos falavam de Rony e Lilá. Do casal mais estranho de todos os tempos: Draco Malfoy e Di-Lua. Do Professor Dumbledore e da Professora Minerva dançando no fim do baile. Mas ninguém soube de Hermione ou Harry. E se soube, não houve porque comentar. Eles dançaram meia dúzia de músicas e sumiram, mas e daí?


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