Fuga ao cabeça de Javali
- Você já sabe.- disse Tonks.- Ninguém entrará em sua casa sem ser convidado por você por isso, Hermione, tome muito cuidado.
- Vai dar tudo certo, Tonks.- disse Hermione.
- E a Legilimencia?
- Continuo estudando.- respondeu Hermione.
- Não corra riscos enquanto estiver fora de Hogwarts, Hermione.- disse Tonks.
- Eu não correrei.- disse Hermione.
- Creio que a Sra. Weasley, Rony e Gina visitarão vocês após o natal, no mais tenham uma boa viagem.
****
- Não sei se fui o único a notar isso.- dizia Harry.- Mas desde o baile de inverno você melhorou cem por cento como goleiro, Rony.
- Eu também percebi isso.- disse Gina.
- Creio que é a garota certa na hora certa.- completou antes de levar o anel até a altura do rosto e beija-lo.- E tudo que ela pode trazer.
- Que anel é esse?- perguntou Gina.
- Presente da Lilá.- disse Rony.
- Ela tem um bocado de mau gosto.- resmungou Gina.
- Não pedi a sua opinião.- retrucou Rony secamente.
- Aí vem ela.- disse Harry sorrindo enquanto observava Hermione descer as escadas até o salão comunal carregando seu malão.
- Prontos?- perguntou Hermione ao se juntar a eles.
Todos concordaram com a cabeça e seguiram até a estação onde tomaram o trem para Londres. Mais da metade dos alunos havia ficado em Hogwarts. Em meio a guerra muitos pais pareciam achar que aquela era a melhor solução.
- Eu e a Lilá combinamos de nos encontrarmos no Beco Diagonal um dia após o natal.- disse Rony.- Depois disso creio que poderei visitá-los.
- Porque não a leva para o almoço de Natal?- arriscou Harry.
- Ela vai passar junto dos pais dela.- disse Rony.
- Na verdade ele tem medo das gozações que Fred ou Jorge possam fazer.- disse Gina rindo.
- Aonde vai?- perguntou Harry ao ver Hermione se levantar.
- Fazer a ronda.- disse ela.- Trabalho de monitor.- completou antes de deixar a cabine.
Ela seguiu, então, até a última cabine onde encontrou Luna, Zambini e Draco. Ela se assentou ao lado de Luna e baixou o rosto.
Silêncio.
- A nossa guerra começa aqui.- murmurou Luna.
- É.- concordou Hermione.
- Você vai nos explicar qual é o plano?- perguntou Draco impaciente.
- Não completamente.- disse Hermione.
- Diz logo.- disse Blás crispando a boca.
- Quero os três em minha casa até o dia 27 de dezembro.- começou Hermione.- Mas só venham se tiverem o que eu quero.
- E o que você quer?- perguntou Draco.
- De você a rotina de todos em sua casa. E mapas! Quero mapas.- disse Hermione.
- Você realmente acha que vai conseguir invadir a casa do meu pai?- perguntou Draco.
- Aprendi a ser audaciosa com você, Draco.- disse Hermione sorrindo de forma marota.
- Então esse é o plano?- perguntou Blás incrédulo.- Invadir a casa de Draco?! E fazer o que? Matar a todos com Maldições da Morte?
- Cale a boca e escute.- disse Hermione de forma impaciente.- Luna, você sabe bem o que eu quero. Só que tem que ser bem feito. Ninguém do ministério pode desconfiar, ninguém!
- Desconfiar da filha de um jornalista maluco?- perguntou Luna.- Oh! De forma alguma, e afinal de contas mamãe esteve lá.
- Bom, é isso.- disse Hermione se levantando.- Até o dia 27 na minha casa.
- E eu?- perguntou Blás.
- O que tem você?- perguntou Hermione fitando-o impaciente.
- O que eu faço?- perguntou Blás.
- Pensei que tinha achado o plano tolo.- disse Hermione.
- Ele sendo tolo ou não eu prometi ao Draco fazer parte dele!- disse Blás fuzilando-a com os olhos.
- Você só entra na segunda parte dele.- disse Hermione antes de dar as costas e deixar a cabine.
- Ah! Essa sangue-ruim!- murmurou Blás.
- Não a chame de sangue-ruim.- disse Draco sem emoção.
Luna gargalhou com gosto. Foi a única.
Devia ser pouco mais de cinco da tarde quando o trem parou na estação. Harry desceu de sua cabine, cumprimentou a Sra. Weasley e logo seguiu com Hermione e seu pai até o estacionamento trouxa onde o Sr. Granger apanhou seu carro e seguiu até a casa onde morava.
- Com licença.- disse Harry ao entrar.
- Sinta-se em casa, Harry.- disse o Sr. Granger.
Harry o seguiu, assim como Hermione, calados. Era uma bela e imponente casa clara que daria inveja a qualquer um da rua dos Alfeneiros. Tudo aquilo era normal, ao ver de Harry. Já estava acostumado à lares trouxas. Até que eles chegaram na sala de estar.
- Sejam bem vindos.- disse a Sra. Granger que os esperava ali parada, de pé. Mais atrás um rapaz alto, vestido em um terno azul marinho e cujos cabelos castanhos estavam caprichosamente penteados de lado observava tudo assentada no sofá claro.
Hermione foi até a mãe para receber um beijo na testa. Em seguida o Sr. e a Sra. Granger foram ordenar que o jantar fosse servido. Harry permaneceu quieto ao lado de Hermione. O rapaz, ao fundo, se levantou e caminhou até os dois.
- Há quanto tempo, prima.- disse ele sorrindo de uma forma que lembrava Percy.
- Realmente.- disse Hermione.- Desde o início do verão passado.
- Você está linda.- disse o rapaz em um tom de voz que não agradou a Harry nem um pouco.
- Obrigada.- disse Hermione sem demonstrar emoções.- Deixe-me fazer as apresentações.
- Faça.- disse o rapaz.
- Esse é Harry Potter, meu melhor amigo.- disse ela indicando Harry.- E esse é Peter Granger, meu primo.
- Primo, futuro namorado, noivo e marido.- sorriu o rapaz estendendo a mão para Harry.- Como desejam seus pais e os meus. Não é, prima?
Hermione concordou com a cabeça e deu um sorriso amarelo.
- Eu fujo de casa, mas não realizo esse desejo.- disse ela entredentes quando Peter se virou e rumou para a porta.
O jantar foi quase tão chato como um jantar na casa dos Dursley. Os pais de Hermione falaram sobre trabalho e pareciam estar semi-ignorando Harry. O tal Peter também participava das conversas e Harry o achou ainda mais parecido com Percy, principalmente por o rapaz falar em seguir carreira política.
No segundo andar da casa havia um cumprido corredor que levava a inúmeros quartos. No fim do mesmo havia uma espécie de varanda que dava para o quintal. Harry e Hermione seguiram para lá após o jantar.
- Esse seu primo...- começou Harry enquanto observava a noite escura.- ele sabe que você é uma...
- Sim.- disse Hermione.- Ele é o único a saber, com a exceção de meus pais.
- Ah!- fez Harry.
- Sabe, Harry.- começou Hermione.- Tem uma coisa que você precisa saber.
- Diga.- disse Harry temendo o que viria a seguir.
- Após o natal mais pessoas chegarão.- disse a garota sem olhar pra ele.
- Parentes seus?
- Não.- fez Hermione. Harry se ajeitou em seu assento.- Você deve se lembrar de quando falei sobre um terceiro lado...
- Sim... Draco Malfoy virá?
- Não comece!- disparou Hermione.
- Não estou começando.- disse Harry com simplicidade.- Eu só queria saber.
- Sim. Ele vem.- disse Hermione.
Harry riu.
- Imagine só!- disse ele.- Lúcio Malfoy levando o filho até a casa da amiguinha Sangue-ruim!
- Ele provavelmente vai estar fugindo de casa.- disse Hermione.
Harry riu ainda mais.
- Agora eu falo sério, Hermione.- disse Harry.- Você acredita no Draco Malfoy, em papai Noel, Coelhinho da páscoa, No Fudge e no que mais? Na Sibila?
- Ele tinha de formar um grupo de magia negra em Hogwarts.- disse Hermione sem dar importância ao comentário de Harry.
- Bom, pelo que vimos logo na primeira noite ele obteve sucesso, não é mesmo?
- Ele não queria ter que fazer isso e procurava um motivo.- disse Hermione.- E agora ele encontrou.
- Ele pensa que fazendo isso vai te conquistar?- perguntou Harry ajeitando os óculos.
- Ele pensa que fazendo isso vai ter chances de viver a sua própria vida, num futuro próximo.- disse Hermione.
- Qual foi a história que ele te contou?- perguntou Harry.- Que os pais dele o obrigavam a ser quem ele era?
- Ele me contou uma história, sim!- disse Hermione.- Mas você sabe que não existem muitas pessoas mais espertas do que eu, Harry.
Silêncio.
- Ele me falou sobre um jogo de xadrez.- disse Hermione.- Dois gigantes jogando. De um lado Dumbledore e do outro Voldemort. Usando e criando peças à vontade em uma partida interminável. E ela nunca acabará. A menos que alguém, fora desse jogo, faça alguma coisa.
Silêncio. Harry não disse nada, pois sabia que as coisas funcionavam, realmente, daquela maneira.
- E nós estamos fora!- disse Hermione.- Não totalmente, ainda. Mas logo estaremos. E quando isso acontecer montaremos o nosso exército.
- Hermione, nós mal fizemos dezesseis anos de idade!- disse Harry.
- Mas podemos mudar o mundo!- disse Hermione com um brilho fantasioso nos olhos.
- Não, não podemos!- disse Harry.- Somos uma gota no meio do oceano e apenas isso!
- Querer é poder!- disse Hermione.
Silêncio.
- Quem mais virá?- perguntou Harry.
- Você vai topar?- perguntou Hermione.
- Eu confio em você.- disse Harry.
- Mas vai topar?- insistiu Hermione.
- Eu não vou deixar você seguir em frente sozinha com o Malfoy.- disse Harry.- Mas quem mais virá?
- Luna, um amigo de Draco, Gina e Rony.- disse Hermione.
****
Rony lavou o rosto e se olhou no espelho. Era manhã de natal e ele acordara assustado após mais um pesadelo. Acordara tão assustado que inexplicavelmente estuporara sua coruja.
O que estava acontecendo com ele? Era a pergunta que não calava. Desde o baile ele vinha se sentindo estranho, diferente. Sentia-se cheio de coragem e com uma estranha necessidade de se mostrar. De se por em provação. E estava mais estourado também.
Ele bagunçou os cabelos e deixou o banheiro. Logo viu uma pilha de presentes. Deu uma olhada geral nos mesmos e depois desceu. Já era tarde. Sua mãe já cuidava do almoço.
- Bom dia!- disse a Sra. Weasley.- Feliz natal!
- Como vai o namorado da garota mais paty da grifinória?- perguntou Fred quando entrou na cozinha e o avistou.
- Cale-se.- Rony se limitou a dizer.
- Soube que vocês dançaram feitos loucos e que depois você a beijou.- disse Fred.- Ela não saiu correndo? Você não se assustou?
Rony lançou um olhar de desprezo a ele.
- Temos que admitir, Rony.- disse Fred se assentando defronte a ele.- Você tem um bocado de mau gosto!
- Eu não estou pedindo que você dê a sua opinião!- disse Rony observando Gina atravessar a cozinha e se assentar ao lado de Fred.
- A Mione passou anos dando mole pra você...- continuou Fred.- E você simplesmente a troca por Lilá Brown... Francamente, Rony! Até o Percy teve mais bom gosto!
Rony se levantou com violência. A Sra. Weasley se virou assustada.
- RONY E FRED! PAREM!- gritou ela.
Rony soltou um suspiro e se assentou novamente. Jorge entrou na cozinha.
- Bom dia a todos.- disse ele.- Obrigado pelo suéter, mamãe.
- De nada, querido.- disse a Sra. Weasley beijando a testa do filho.
Jorge deu a volta na mesa e se assentou do outro lado de Fred.
- Sonhando com a namorada, Rony?- perguntou Jorge.
- Parem de enche-lo!- disse Gina.- É natal.
- Acho que no fundo o Rony sabe que falamos a verdade.- disse Fred com certa simplicidade.
Rony se levantou com mais violência agora e sacou a varinha. A Sra. Weasley fitou-o severamente. Queria ferir Fred, era isso e apenas.
- Crucio!- murmurou entredentes.
Jorge e Gina observaram paralisados Fred se contorcer. A Sra. Weasley correu até Rony e baixou sua mão. Fred, que havia caído pra trás do banco se levantou com dificuldade.
- RONALD WEASLEY!- gritou a Sra. Weasley muito vermelha.- O QUE VOCÊ PENSA ESTAR FAZENDO?
Rony olhou da cara nervosa da mãe para a cara confusa dos três irmãos. Como fizera aquilo? Nunca havia lançado uma maldição Cruciatus em alguém, aliás, nunca havia sequer considerado essa possibilidade. E agora. Além de ter lançado tal feitiço em seu próprio irmão ele estava encrencado. Ele estava realmente encrencado.
****
Draco deu uma tragada em seu cachimbo e fitou a tia. Parecia calma.
- Seu pai já sabe que você andou nos desobedecendo.- disse ela.
- Eu não desobedeci a todos.- disse Draco.- Eu fiz a mão da glória chegar à Rony Weasley.
- Eles não podem saber sobre isso, Draco.- disse Belatriz.
- Eles não saberão.- disse Draco.
- O que vocês pretendem?- perguntou Belatriz.- Você se uniu à Sangue-ruim e o que
farão? Aliás, o que pensam que farão?
- Eu não sei.- disse Draco.
- Você é tolo, Draco.- disse Belatriz.
- Você já esteve com ela.- disse Draco.- Não viu qual era o plano?
- Eu já estive em seu corpo, mas a sangue imundo é muito mais poderosa do que imagina. Sua mente chega a ser impossível de penetrar.- disse Belatriz.
Draco deu outra tragada. A fumaça alcançou Belatriz e ela tossiu.
- Sempre odiei esta tradição.- disse ela.- O cheiro de fumo me dá enjôos
- Deveria experimentar.- disse Draco sorrindo.
- Você tem que sair daqui no fim da noite.- disse Belatriz.- Seu pai prometeu que esperaria o natal para falar com você sobre a sua desobediência.
- Não se preocupe, tia.- disse Draco calmamente.
Silêncio. Draco dava tragadas em seu cachimbo, com calma. Belatriz parecia ter os pensamentos longe quando de repente se levantou.
- O que foi?- perguntou Draco fitando-a.
- Chegou a hora.- sorriu ela de forma maliciosa.
- Aonde você vai?- perguntou Draco.
- Ao encontro do meu ruivinho.- sorriu Belatriz com crueldade.
- Rony Weasley?- perguntou Draco.
- Até a vista, Draco.- disse Belatriz antes de aparatar.
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Rony subiu as escadas até o seu quarto correndo e apanhou a vassoura. Dentro do malão apanhou algum dinheiro e em seguida escancarou a janela e saiu voando.
Deve ter ficado no ar durante mais de duas horas até que desceu em um descampado e se acolheu debaixo de uma árvore. Nevava um pouco. Ele ergueu a mão direita e fitou o anel no dedo anular. Sem pensar duas vezes ele arrancou-o dali. Sentiu-se zonzo e quando voltou a si estava péssimo. Era um misto de derrota, angústia e arrependimento. Sentia-se sobretudo vazio, com a ausência do anel. Num impulso ele o recolocou no dedo anular direito. Dessa vez a tonteira não veio. No lugar dela ele viu as veias de todo o seu braço direito ficarem altas. Estavam negras. E na mesma rapidez que isso veio, isso foi.
Ele se levantou em sobressalto e imediatamente montou a vassoura. Voou sem rumo pelo resto da tarde até que a noite caiu.
Rony desceu da vassoura e entrou no Cabeça de Javali. Sentia-se péssimo.
- Uma dose de Whisky de Fogo, por favor.- pediu ele enquanto se assentava junto ao balcão.
O barman do pub o observou de cima à baixo como se o avaliasse, em seguida ele foi buscar a bebida.
- O Sr. é recém chegado por aqui?- perguntou o homem depois que Rony virou a dose do Whisky.
- Sim.- disse o garoto.
- A cidade anda movimentada desde que Hogwarts está em férias.- comentou.
- Achei que ela fosse sempre movimentada.- disse Rony fingindo-se desentendido.- Uma cerveja amanteigada.- completou.
O barman buscou a mesma e a abriu entregando-a em seguida para Rony.
- Vem de onde?- perguntou o homem.
- Londres.
O homem fitou Rony por algum tempo. O garoto acabara de virar a garrafinha de cerveja amanteigada e já começava a sentir os efeitos do Whisky de Fogo. Então os olhos do homem caíram sobre o anel de Rony.
- Já vi um desses.- disse ele.- Certa vez.
Rony encarou-o por algum tempo.
- Presente de uma namorada.- disse ele.- Traga mais um Whisky, por favor.
O barman obedeceu. Rony mais uma vez virou a dose e em seguida deu uma olhada pelo bar. Como de costume este estava repleto de pessoas estranhas. Um grupo de bruxos jogavam cartas a um canto. Mais ao fundo, em uma sombra, uma mulher bem vestida o fitava, mas ele não podia ver bem o seu rosto que estava encoberto pela sombra.
- Você está bebendo por ela?- perguntou o barman.
- Por quem?- perguntou Rony se virando para ele.
- Pela namorada do anel.- disse o velho.
- Também.- disse o garoto fitando o anel.- Onde viu um desses?- completou enquanto indicava o copo vazio
- Travessa Trancoso.
Rony sentiu um frio percorrer sua espinha, sentia-se zonzo. Estava semitonto, ou quase isso. Essa era a única certeza que tinha. Porque Lilá lhe daria um anel comprado na Travessa Trancoso? Ouviu-se o som do copo batendo sobre o balcão.
- Mais uma Cerva!- gritou um dos homens do carteado.
O barman foi atende-lo. Rony virou o copo e observou a mulher, que antes o fitava, se levantar. Era tão alta quanto ele e tinha o rosto muito bonito e pálido, que entrava em estranho contraste com seus cabelos muito longos e negros. Rony tentou observar seus traços, mas mal conseguia foca-la. Sabia apenas que ela era muito bonita.
A mulher caminhou até o balcão e chamou o barman. Rony voltou sua atenção para o copo vazio. Em seguida começou a vasculhar seu bolso em busca de dinheiro, quando achou a bolsinha depositou alguns Sicles sobre o balcão e já ia se levantar quando ouviu o som de dois copos batendo no balcão.
Ele ergueu os olhos e se assustou ao encontrar os negros olhos da mulher junto aos seus. Só então ele percebeu que ela era bem mais velha do que ele imaginara à distância. Devia ser mais velha do que Tonks, ou ainda mais velha do que o próprio Remo Lupin. Mas a idade não a deixava menos bela. Nem menos atraente.
- Oi.- fez Rony sem jeito.
- Olá.- disse ela. Sua voz era rouca e suave. Rony estava boquiaberto, ela sorriu e ele teve a estranha sensação de conhece-la de algum lugar.- Qual o seu nome?
- Ro- Rony.- disse ele se arrependendo em seguida. Não devia se apresentar a uma mulher mais velha pelo apelido.- Ronald Weasley.- completou engrossando a voz.
Ela sorriu e tomou um gole de um dos copos, em seguida arrastou o outro até Rony.
- Meu nome é Bela.- disse ela.
- Bela.- repetiu Rony meio abobado.- Como você!
- Bondade sua.- disse ela.- O que faz por aqui?
- Na- nada, e você?
- Nada até ver você chegar.- respondeu a tal Bela em sua voz rou
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