Capitulo 29 – Espadas!



Capitulo 29 – Espadas!


 


 


O grupo de bruxos liderados por Harry Potter apareceu no interior de uma sala especialmente projetada para a chegada de bruxos através de chaves de portais, quando os amigos do moreno se recuperaram do leve desconforto causado pela viagem eles puderam reparar no interior da enorme sala em que se encontravam.


 


Era um local imenso e extremamente protegido pelo que eles puderam observar, era quase do mesmo tamanho que o Salão Principal de Hogwarts com a diferença de que havia apenas uma porta de entrada, as laterais restantes da sala eram de aço maciço.


 


Imediatamente eles perceberam que aquela era uma medida de segurança tomada pelos integrantes do Panteão, afinal qualquer um que conhecesse as instalações e utilizasse uma chave de portal poderia trazer consigo um exército para atacar de surpresa, mas eles aparecendo no interior daquela sala os outros poderiam fechar as portas antes que os atacantes pudessem sair e então os invasores estariam cercados e provavelmente seriam interrogados e mortos.


 


- Por aqui. – a voz fria de Harry tirou os bruxos dos pensamentos em que eles se encontravam enquanto admiravam o interior da sala onde haviam aparecido alguns momentos antes e quando olharam para Harry perceberam que o moreno já se encontrava próximo a porta de saída, então eles se apressaram a alcançar o moreno de olhos verdes.


 


Naquele momento Harry atravessou o umbral da porta de entrada da Sala de Transportes encontrando dois guardas postados um de cada lado da entrada, os dois pareceram postar-se mais eretos em suas posições enquanto murmuravam cumprimentos para Harry que apenas balançou a cabeça para eles enquanto esperava os amigos o alcançarem.


 


Quando os amigos o alcançaram os dois guardas fizeram reverências respeitosas causando um certo desconforto nos garotos que não esperavam aquele tipo de recepção dos soldados do Panteão, mas pelo jeito eles precisariam começar a se acostumar.


 


- Vamos. – disse Harry e os amigos detectaram o tom divertido que havia na voz do moreno enquanto começava a seguir por um corredor a esquerda da sala onde eles haviam surgido pela chave de portal poucos minutos antes.


 


Harry andava pelos corredores da Sede do Panteão Grega como se conhecesse os corredores como a palma de sua mão, na verdade ele nem mesmo precisava utilizar um encantamento para rastrear o lugar visto que tinha as memórias coletivas de cada um de seus clones.


 


Conforme eles atravessavam os corredores dezenas de pessoas faziam mesuras leves ou mesmo reverências um pouco mais exageradas devido a passagem deles, Draco e Rony tentavam a todo custo retribuir pelo menos a gentileza enquanto acenavam de leve com a cabeça, os outros também faziam o mesmo, com a exceção de Lílian e Tiago que observavam divertidos aquela reação constrangida por parte deles, já Harry andava altivamente completamente indiferente as inúmeras pessoas nos corredores embora ele também acenasse com a cabeça enquanto passava.


 


- Como você conhece essas instalações se nunca esteve aqui, Harry? – perguntou Sarah em tom baixo enquanto se colocava ao lado do namorado.


 


- Quem disse que eu nunca estive aqui, Sarah? – Harry devolveu a pergunta calmamente enquanto pensava que de certa maneira ele já estivera em todas as sedes do Panteão, embora em sua maioria tenha sido como um de seus clones.


 


O grupo de bruxos ficou em silêncio após essas palavras serem proferidas por Harry Potter, todos eles tentando entender o que exatamente o moreno quisera dizer com aquela sentença, mas nenhum deles conseguiu chegar a uma conclusão que não fosse a de que Harry já estivera nas sedes do Panteão visitando-as pessoalmente, era a única conclusão plausível.


 


- Meu Lorde, o Senhor Mackinley já o aguarda. – disse um guarda trajando um uniforme de soldado e que encontrava-se postado em frente a uma porta de aço, em seguida o mesmo afastou-se da porta e a abriu dando passagem a Harry e o grupo.


 


- Obrigado. – murmurou Harry acenando com a cabeça para o bruxo que meramente assentiu enquanto observava Harry e os outros bruxos adentrarem a sala.


 


O grupo adentrou a sala e admirou-se com seu interior, ela era ricamente adornada e decorada, havia esculturas nas laterais e quadros pendurados pelas paredes, incluindo algumas obras de arte trouxa e bruxas. O escritório era amplo, havia uma mesa de mogno trabalhada e sentado atrás de uma cadeira encontrava-se um homem de aparentemente trinta e poucos anos que levantou-se no momento em que viu o grupo adentrando a sala.


 


- Azrael, é uma honra finalmente poder conhecer o Líder do Panteão. – disse o homem aproximando-se de Harry e fazendo uma reverência para o moreno que apenas acenou com a cabeça, Mackinley viu os bruxos que acompanhavam Azrael e então apressou-se a cumprimentar adequadamente as pessoas que ele suspeitava tratarem-se de guerreiros muito poderosos.


 


- Soube que você conseguiu algumas informações importantes para mim, Senhor Mackinley. – Harry disse friamente enquanto encarava o bruxo que alguns dias antes havia passado informações sobre Sarah para Dumbledore.


 


- Ah sim, espere apenas um momento, por favor. – Mackinley disse e em seguida dirigiu-se até uma porta aos fundos do escritório amplo e desapareceu por ela.


 


- Ali ficam os aposentos dele. – respondeu Harry ao perceber a curiosidade dos outros que estavam olhando para o local onde Mackinley havia desaparecido, nesse momento o bruxo voltou a reaparecer trazendo as pastas consigo.


 


- Em primeiro lugar, o que você me pediu foi um pouco complicado de se conseguir, mas depois de alguns subornos e algumas memórias revistadas, eu consegui as informações que você queria. – Mackinley voltou a falar ao mesmo tempo em que entregava as pastas para Harry que dirigiu-se até a mesa e as colocou em cima da mesma, em seguida o moreno de olhos verdes abriu a primeira pasta encontrando uma foto na primeira página, aquele era um relatório padrão sobre um bruxo, e aquela pasta pertencia a ninguém menos do que Alvo Dumbledore, os amigos do moreno logo se colocaram ao lado do mesmo para verem do que se tratava e surpreenderam-se ao encontrar informações sobre aquele quer era considerado o maior bruxo de todos os tempos pela maioria da população. – Nesse relatório encontram-se os principais feitos de Dumbledore quando ele estava na escola, os prêmios que ganhou e os concursos que venceu, bem como os fatos que aconteceram com a família dele, a morte do pai dele na prisão, o ataque a irmã quando ela era pequena, a briga com o irmão, a amizade com ninguém menos do que Grindewald e os fatos subseqüentes.


 


- Excelente Mackinley. – disse Harry em tom satisfeito, sabia que estava fazendo a coisa certa quando chamara o pesquisador para fazer parte do Panteão, sabia que ele seria extremamente útil e valioso para suas fileiras e ali estava a prova, ele havia descoberto informações que deveriam estar muito bem protegidas.


 


O moreno continuou folheando o relatório sobre a vida de Alvo Dumbledore, havia detalhes sobre as atrocidades que ele havia ordenado, pessoas que ele próprio havia matado e torturado, ações ilegais da extinta Ordem da Fênix e também de certos guerreiros do Império da Luz, guerreiros que já haviam sido mortos ou castigados.


 


- Caramba, que sujeira aquele velho fez. – Sarah disse friamente e em tom de nojo enquanto olhava para as informações no relatório, depois de mais alguns segundos Harry terminou de folhear o extenso relatório e em seguida passou para o próximo que tratava-se de Lucas Morrin, que parecia ser quase tão extenso quanto o do próprio Dumbledore, crimes cometidos e que haviam sido ocultados, a participação do bruxo na maioria das antigas armações que Dumbledore fizera, Morrin era um grande seguidor de Dumbledore, mas foi o terceiro relatório que chamou a atenção dos amigos de Harry ao perceberem que ele mostrava detalhes da vida de Pedro Pettigrew.


 


- Aquele maldito. – grunhiu Tiago agressivamente enquanto estava olhando para a foto daquele que ele considerava como um de seus melhores amigos desde a escola e que se mostrava um traidor, as folhas de relatório mostravam claramente os crimes que Pettigrew cometera em nome de seu Lorde, inclusive detalhava o momento em que o rato havia sido convocado para as fileiras do Lorde das Trevas quando ele ainda encontrava-se no sexto ano de Hogwarts, o que deixou Tiago ainda mais furioso e Lílian indignada com a traição de Pedro.


 


- Pettigrew receberá o castigo merecido. – disse Harry em tom frio e sem sentimentos enquanto olhava de relance para Sarah que esboçou um sorriso de leve, afinal sabia muito bem que Pettigrew não havia fugido como todos estavam pensando, o rato maldito estava devidamente preso em uma gaiola e em breve ele seria torturado e morto.


 


- Mandou pesquisar até mesmo o Seboso do Snape? – a pergunta de Tiago tirou Sarah de seus pensamentos vingativos e então ela voltou os olhos para o ultimo dos quatro relatórios que Harry havia pedido para John Mackinley, o rosto de Severus Snape encontrava-se sério e frio na foto que havia na capa do relatório.


 


- Sim. – respondeu Harry em tom simples enquanto começava a folhear as páginas do relatório que detalhava cada passo que Snape dera em sua vida desde o momento em que fora para Hogwarts, as amizades que fizera e o momento em que se tornara comensal da morte, o primeiro assassinato e as missões subseqüentes, assim como o momento em que ele entrara para o lado do “bem” e passara a ensinar poções em Hogwarts. Depois que terminou de folhear o relatório sobre Severus Snape, Harry voltou seus olhos para o pesquisador que estivera sentado em sua mesa apenas observando enquanto eles analisavam os dados, então Harry perguntou em tom frio. – Já enviou as ordens de prisão contra esses quatro canalhas?


 


- É claro que sim. – respondeu Mackinley como se estivesse esperando por aquela pergunta desde o momento em que Harry e os amigos começaram a ver os dados que haviam nos relatórios sobre aqueles bruxos.


 


- E então? – perguntou Harry arqueando uma sobrancelha para o bruxo que tremeu levemente com a intensidade daquele olhar, mas antes que Mackinley pudesse responder duas batidas rápidas e fortes soaram na porta da sala fazendo o pesquisador soltar um suspiro aliviado por ter uma desculpa para desviar os olhos de Azrael.


 


- Um momento, por favor. – disse Mackinley olhando para Azrael antes de se levantar e encaminhar-se rapidamente até a porta abrindo-a em seguida revelando a presença de uma figura bastante conhecida para alguns ali dentro.


 


- Mackinley. – a voz de Remus Lupin soou cordial quando cumprimentou o pesquisador que retribuiu o cumprimento.


 


- Lupin, fico feliz que tenha chegado, estávamos justamente abordando a questão da qual você ficou responsável. – disse Mackinley enquanto dava espaço para que o lobisomem adentrasse a sala e em seguida o pesquisador fechou a porta.


 


- Remus? – a pergunta incrédula de Tiago Potter fez o lobisomem olhar mais atentamente para as pessoas no interior da sala e surpreender-se ao ver os amigos ali dentro. - O que você está fazendo aqui, Remus?


 


- Tiago? Lílian? – perguntou Remus ignorando propositalmente a pergunta do amigo enquanto percorria com os olhos todos os bruxos ali dentro, reconhecendo os filhos de seus melhores amigos e os outros estudantes de Hogwarts, mas então os olhos de Remus fixaram-se no filho mais velho dos Potter e na roupa que ele estava usando, imediatamente o lobisomem ficou branco ao relacionar os fatos, os olhos de Remus voltaram-se para os outros garotos e reconheceu as vestimentas dos maiores guerreiros do Panteão, imediatamente Remus dirigiu-se até a frente de Harry e fez uma profunda reverência enquanto murmurava. – Lorde Azrael.


 


- Não precisa de cerimônias, Remus. – disse Harry ocultando o sorriso ao perceber a surpresa do lobisomem, em seguida virou-se para os pais comentando. – Remus é um importante membro do Panteão, seus feitos tem sido bastante úteis para o nosso desempenho.


 


- Desde quando você faz parte desse grupo, Remus? – perguntou Lílian em tom baixo enquanto encarava o amigo, pois parecia que Tiago estava completamente mudo, afinal na mesma hora descobrira que um de seus amigos era um traidor e o outro fazia parte do grupo que estava combatendo Voldemort.


 


- Faz mais ou menos duas semanas. – respondeu Remus em tom baixo enquanto olhava para Lílian e ficou satisfeito e aliviado ao perceber que não havia mágoa ou condenação nos olhos verdes da mulher ruiva, mas mesmo assim Remus não conseguiu decifrar a expressão que pairava nos olhos de Tiago Potter.


 


- Vocês poderão conversar e se acertar quando saírem daqui. – Harry disse no exato instante que ele percebeu que seu pai iria abrir a boca para questionar Remus, o que lhe rendeu um olhar furioso de seu pai que ele fez questão de ignorar enquanto voltava os olhos para o lobisomem. – Conseguiu cumprir as ordens de prisão que Mackinley emitiu, Remus?


 


- Conseguimos prender Lucas Morrin, agora ele encontrasse em uma cela de segurança máxima na prisão de Azkaban, mas infelizmente não conseguimos encontrar o rato do Pedro Pettigrew. – Remus disse a ultima parte com a voz repleta de asco e repugnância, afinal fora amigo daquele rato traidor durante quase toda a vida e descobrir que um de seus amigos era um traidor não era nada fácil de se suportar. – Mas infelizmente não conseguimos prender Alvo Dumbledore e Severus Snape, atualmente eles estão em Hogwarts e, portanto, estão protegidos pelo maldito acordo de trégua estipulado a alguns anos atrás.


 


- Tudo bem, Remus. Nós cuidaremos deles mais tarde. – disse Harry baixinho pensando no que estava reservado para os dois, eles implorariam pela morte antes de receberem tal dádiva. – Coloque esses relatórios nos arquivos e deixe as ordens de prisão e eliminação em aberto, assim que eles derem um passo para fora de Hogwarts nós os pegamos.


 


- Sim Senhor. – disse Remus antes de pegar as pastas e dirigir-se para fora da sala deixando-os a sós novamente.


 


- Agora nós precisamos ir a alguns outros lugares. – disse Harry em tom firme e determinado enquanto voltava-se para os amigos que entenderam imediatamente sobre o que ele estava falando e apenas balançaram a cabeça em assentimento, em seguida Harry olhou para os pais. – Infelizmente, vocês não poderão vir conosco, então sugiro que voltem para Hogwarts imediatamente, tenho certeza que ambos tem muito em que pensar.


 


A voz de Harry soara tão autoritária e fria, que Lílian e Tiago nem mesmo pensaram em protestar e apenas observaram enquanto o moreno de olhos verdes transformava um pedaço de papel em uma chave de portal, em seguida Harry estendeu o pedaço de pergaminho para os pais, mas foi Lílian quem o segurou primeiramente.


 


- Essa chave de portal os levará diretamente aos seus aposentos. – murmurou Harry baixinho enquanto se referia aos aposentos que existiam na sala de poções, afinal era lá que Lílian e Tiago passavam a maioria das noites, mas mal Harry terminou de falar e a chave de portal brilhou e desapareceu levando consigo o casal Potter, então o moreno voltou os olhos para os amigos e disse friamente. – Agora nós iremos dar um passo muito importante, mas antes de irmos precisamos esperar a volta de Hermione e Gina, elas já devem estar chegando.


 


Naquele momento John Mackinley pediu licença a Harry e desapareceu pela porta que levava a seus aposentos alegando que estava cansado e precisava descansar, mas o moreno sabia que o pesquisador havia sido muito sensitivo ao perceber que estaria “sobrando” ali, Harry bloqueou a porta do quarto do pesquisador e executou um feitiço de silêncio na porta dos aposentos de Mackinley, afinal não queria que ele ouvisse mais do que o necessário.


 


- Elas chegaram. – anunciou Harry depois de alguns minutos em que eles ficaram dentro da sala apenas esperando, então o moreno dirigiu-se até a porta de entrada e a abriu no exato momento em que Hermione tinha erguido a mão para bater na porta, a garota ergueu as sobrancelhas surpresa com a antecipação do amigo, mas então lembrou-se do que ele era capaz de fazer e então apenas deu de ombros enquanto entrava na sala sendo imediatamente seguida por Gina que sorriu para Harry antes de adentrar a sala.


 


- Hermione, você está bem? Não se machucou? – perguntou Rony assim que viu a namorada e imediatamente o ruivo aproximou-se da garota e a olhou detalhadamente suspirando aliviado quando constatou que ela não tinha nenhum ferimento visível, mas em seguida o garoto virou-se para a irmã. – E você Gina, se machucou?


 


- Ah qual é Roniquinho, aqueles idiotas nem mesmo serviram para o começo, imagine se iriam nos machucar. – a voz da ruivinha estava repleta de troça quando ela disse, mas então ela foi arrebatada por Hugo que a agarrou e a puxou para um beijo intenso e apaixonado.


 


- Ei, quem você pensa que é seu... – mas Rony também foi calado com um forte beijo na boca, Hermione o havia puxado contra si e quando eles se afastaram os outros estavam rindo da cara do ruivo. – Você devia parar de ter ciúmes da sua irmã, Rony.


 


- E então, como foi? – perguntou Harry cortando qualquer discussão que pudesse ocorrer entre os Weasley e seus respectivos namorado e namorada.


 


- É mais fácil mostrar do que falar. – disse Gina com um sorriso levemente sádico no rosto que mostrou a Harry que a batalha dela fora sangrenta, então apenas concordou com a cabeça olhando para ela, Gina sorriu largamente enquanto colocava a varinha na têmpora e retirava lentamente um fio prateado, logo em seguida lançou-o ao ar enquanto executava um feitiço com a mão esquerda que acertou o fio prateado e transformou-o em algo parecido com uma tela de cinema onde todos puderam assistir o duelo entre Gina e Lucian.


 


- Nossa Gina, você acabou com o cara. – comentou Sarah olhando para a ruiva com um sorriso enorme no rosto.


 


- Você foi brutal, irmãzinha. – disse Rony com um sorriso divertido nos lábios enquanto soltava Hermione que já estava se adiantando e retirando um fio prateado da própria têmpora e em seguida realizou o mesmo processo que Gina formando também uma tela em frente aos olhos de todos os amigos.


 


Flashback


 


Quando Hermione e Gina surgiram no local onde a batalha contra os Cavaleiros das Trevas acontecia, sendo guiadas pelo cara de sobretudo esverdeado, puderam observar uma luta acirrada entre cerca de quinze membros do Panteão que eram facilmente reconhecíveis devido aos sobretudos negros que estavam usando contra os dois Cavaleiros das Trevas que elas tanto conheciam e queriam encontrar novamente.


 


Os quinze membros do Panteão atacavam ferozmente os dois Cavaleiros das Trevas que não conseguiam fazer muita coisa além de se defenderem dos poderosos ataques que aqueles guerreiros utilizavam, mas é claro que os membros do Panteão estavam começando a ficarem desgastados magicamente naquele instante, provavelmente mais alguns minutos e os Cavaleiros das Trevas iriam conseguir brechas o suficiente para contra-atacar e então matarem os guerreiros do Panteão que pareciam incansáveis e não demonstravam que iriam desistir tão cedo, mesmo que as chances estivessem contra eles.


 


Enquanto Hermione olhava ao redor e percebia a destruição que já havia sido causada por causa daquela batalha, a garota lembrou-se do que sabia sobre aquele país em particular, sabia que o território da Rússia englobava cerca de dezessete milhões de quilômetros quadrados, o que correspondia a aproximadamente dez por cento de toda a terra emersa no mundo, transformando a Rússia no país mais extenso da terra.


 


A neve deslizava pelo céu e caía no terreno como uma capa, a garota sabia que o clima naquele país era intenso e rigoroso sempre tendo médias térmicas abaixo dos Zeros Graus Celsius, a garota também lembrava-se claramente que aquele país era uma das maiores potencias mundiais antes da unificação entre os povos mágicos e não-mágicos depois da revelação do mundo bruxo aos trouxas, a Rússia era um país promissor e que tinha uma variedade enorme de exportação, sendo uma das maiores produtoras de minerais do mundo, além dos vastos rebanhos bovinos e suínos que o país possuía, mas que foram tomados por Voldemort e seus soldados quando o mesmo invadiu o território russo e tomou posse do país a força.


 


Hermione saiu de seus pensamentos e resolveu prestar atenção no que acontecia a sua frente porque os bruxos daquele local haviam percebido a chegada delas e do tal Green que apenas falou algo em voz alta que a garota mal ouviu e todos os quinze guerreiros que enfrentavam os dois Cavaleiros das Trevas se afastaram dos dois bruxos das trevas e fizeram reverências respeitosas para Hermione e Gina antes de desaparecerem com estalos secos.


 


- Eles são de vocês, Lady Ártemis e Lady Nêmesis. – disse Green em tom respeitoso antes de se afastar alguns passos dando passagem para as duas garotas que se adiantaram olhando diretamente para os dois Cavaleiros das Trevas.


 


Hermione nem mesmo esperou para ver o que Gina faria e adiantou-se rapidamente para onde Baltazar encontrava-se, a morena sentia a expectativa da batalha começando a percorrer seu sangue e incendiando-o, a descarga de adrenalina parecia bombear por ela e através dela quando Hermione chegou até onde o Cavaleiro das Trevas estava.


 


- Ora, ora, se não é a Deusa da Justiça novamente. – ironizou sarcasticamente o Cavaleiro das Trevas ao reconhecer Hermione.


 


- Baltazar. – disse Hermione simplesmente enquanto se preparava para lutar contra o Cavaleiro das Trevas que ela não conseguira vencer quando o enfrentara na Grécia, aquele dia era o momento para a sua revanche.


 


- Pronta para morrer, Nemêsis? – perguntou Baltazar em tom de deboche enquanto olhava para a guerreira a sua frente.


 


- Quem vai morrer será você, Baltazar. – Hermione disse friamente e em seguida apontou sua mão direita para o Cavaleiro enquanto gritava. – Antrius.


 


Assim que Hermione proferiu o feitiço, diversos raios negros dispararam da mão da garota percorrendo velozmente o pouco espaço que havia entre ela e o Cavaleiro das Trevas que foi rápido o bastante e moveu ambas as mãos enquanto murmurava.


 


- Globus. – uma cúpula levemente azulada circulou o Cavaleiro das Trevas recebendo os raios negros e absorvendo-os rapidamente, Baltazar conhecia o feitiço utilizado e sabia muito bem que se fosse atingido por ele acabaria tendo seus órgãos derretidos e morreria rapidamente, embora de maneira muito dolorosa, em seguida o Cavaleiro das Trevas apontou a mão para a guerreira enquanto berrava. – Sietrix.


 


Um jato de luz acinzentada disparou da mão do Cavaleiro das Trevas que atravessou o campo entre eles, mas o feitiço também acabou atingido uma barreira protetora que havia envolvido Hermione e que ergueu uma leve camada de poeira em volta, mas quando a poeira desapareceu o Cavaleiro das Trevas ficou surpreso ao não conseguir visualizar a guerreira em lugar algum, mas em seguida ele foi brutalmente jogado para frente ao receber um chute violento diretamente nas costas, Hermione havia se movido tão velozmente que o Cavaleiro das Trevas nem ao menos havia percebido o movimento feito pela garota.


 


Baltazar aterrissou com violência no chão provocando uma grande marca por onde ele foi rolando até onde ele finalmente acabou parando, mas o Cavaleiro das Trevas recuperou-se em menos de um segundo e já levantou-se contra-atacando e avançando contra Hermione que estava parada no mesmo local onde Baltazar estivera, o soco que tinha a intenção de acertar a garota diretamente no rosto foi devidamente bloqueado pelos braços de Hermione, mas Baltazar surpreendeu quando espalmou a mão nos braços de Hermione.


 


- Escape dessa, maldita. – sussurrou Baltazar perigosamente enquanto uma pequena esfera de luz negra brilhava na palma da mão direita do Cavaleiro das Trevas, Hermione nem ao menos moveu-se da posição em que se encontrava, a garota apenas reforçou um bloqueio em volta de si própria enquanto ouvia a voz de Baltazar berrar o feitiço. – Supurus.


 


Um forte barulho de explosão foi a próxima coisa ouvida naquele momento e uma grande quantidade de poeira levantou-se no local onde os dois guerreiros encontravam-se, mas Baltazar havia “pulado” para trás assim que lançou o feitiço escapando da explosão, pois aquele feitiço era extremamente poderoso e destruía tudo ao redor de cinco metros.


 


- Mas o que...? – Baltazar exclamou em choque quando a poeira finalmente começou a baixar e ele pode ver claramente a figura altiva de Nemêsis parada exatamente no mesmo lugar em que ela estivera, ao redor de onde ela se encontrava havia uma pequena cratera de cerca de seis metros de comprimento e quatro de fundura.


 


- Você vai precisar fazer muito mais do que isso para me vencer, Baltazar. – exclamou Hermione em tom debochado antes de simplesmente desaparecer fazendo Baltazar arregalar os olhos antes de ele próprio erguer rapidamente os braços em direção a lateral de sua cabeça conseguindo evitar a tempo um golpe certeiro que certamente o deixaria no mínimo zonzo, mas ele foi lento demais para prever o seguinte movimento de Nemêsis que girou ainda no ar e acertou-lhe um chute no rosto fazendo-o voar alguns metros para trás, mas antes que ele pudesse sequer pensar em parar foi atingido novamente, dessa vez por um poderoso soco que enviou-o diretamente ao chão onde o impacto produzido pelo choque causou uma cratera de dois metros de profundidade.


 


- É impressão minha ou você está mais forte? – perguntou o Cavaleiro das Trevas quando levantou-se lentamente de onde caíra, um pouco de sangue começou a ser expelido pela boca do cavaleiro quando ele tossiu fracamente.


 


- Mais do que você gostaria. – foi a resposta de Hermione antes de ela apontar ambas as mãos na direção do Cavaleiro e gritar um feitiço negro de extinção, o jato prateado cortou rapidamente o espaço entre eles e atingiu o local causando uma explosão violenta levantando uma nuvem de poeira que encobriu a visão de Hermione, mas ela não deixou-se enganar por aquilo, pois percebera a deslocação de ar e soube que Baltazar conseguira escapar da explosão e naquele momento movia-se diretamente para ela com a intenção de atacá-la de surpresa como ela própria fizera com ele, o problema era que o mesmo truque não funcionava duas vezes. Hermione sacou a varinha rapidamente e a transfigurou em sua espada enquanto girava em pleno ar onde ela estivera levitando, o choque de duas lâminas soou alto e produziu uma onda de impacto que varreu grande parte da poeira que levantara através da explosão causada pelo feitiço.


 


- Você também está mais rápida, Nemêsis. – disse Baltazar antes de se afastar levemente e voltar a atacar com força. Logo uma seqüência impressionante de golpes e contra-golpes acontecia em pleno ar, os dois combatentes estavam lutando com uma intensidade impressionante, pareciam os maiores inimigos do planeta e de certa forma eles eram mesmo.


 


Hermione focou-se exclusivamente na batalha contra Baltazar e esqueceu completamente de qualquer outro pensamento que pudesse adentrar em sua mente naquele momento, não podia se desconcentrar, pois qualquer deslize e então todo o treinamento de Harry teria sido completamente em vão, por isso concentrou todas as suas forças e habilidades para vencer o Cavaleiro das Trevas, pois sabia que precisava vencê-lo não importando o que custasse, afinal Hermione sabia muito bem que aqueles Cavaleiros das Trevas não chegavam nem aos pés dos verdadeiros guerreiros de Voldemort, os Dragões Negros eram cinco vezes mais poderosos do que qualquer Cavaleiro das Trevas e se ela pretendia sobreviver a aquela guerra precisava superar seus próprios limites.


 


Cerca de dez minutos depois de a luta de espadas ter sido iniciada, Hermione tinha apenas um corte lateral em seu braço esquerdo enquanto Baltazar possuía vários ferimentos por todo o corpo, Hermione utilizara todo o treinamento e habilidade que possuía para não se ferir e atacar com segurança, o que de certa forma dera certo, o Cavaleiro das Trevas estava sangrando de maneira abundante e em pouco tempo estaria fraco demais para continuar a lutar.


 


- Já chega de brincar com você, Nemêsis. – disse Baltazar quando afastou-se levemente da guerreira, ele havia acabado de dar uma pequena trégua na seqüência de golpes que estivera aplicando, o Cavaleiro das Trevas havia percebido a habilidade daquela guerreira e sabia que não a venceria daquela maneira, até porque ela parecia ser bem mais poderosa do que ele, ela nem ao menos parecia cansada e Baltazar duvidava que a guerreira houvesse percebido toda a superioridade dela na batalha, talvez aquela fosse sua chance de sair dali vitorioso, pois já estava começando a perder as esperanças de sequer sair vivo daquela luta. – Agora você vai conhecer todo o poder de um Cavaleiro das Trevas. Invocuos.


 


Hermione não sabia o que esperar quando o Cavaleiro das Trevas proferira o que parecia ser um feitiço, mas mesmo assim a morena deu um passo para trás e ficou em posição de defesa, mas o que aconteceu surpreendeu Hermione.


 


Uma aura negra envolveu o Cavaleiro das Trevas e a armadura que ele usava pareceu ficar mais brilhante e negra, foi como se os ferimentos dele nem mesmo houvessem existido quando eles simplesmente pararam de sangrar e fecharam-se, a espada do Cavaleiro pareceu pulsar e ganhar vida tornando-se sombria e assustadora, Hermione imediatamente percebeu que aquela tratava-se de alguma habilidade especial daquele Cavaleiro das Trevas em particular, porque não vira nenhum dos outro usando aquilo.


 


Tudo bem, pensou Hermione, ele ficou mais forte e poderoso, também deve estar mais rápido e mortal, nada com o que eu deva me preocupar.


 


Estava na hora de demonstrar seus verdadeiros poderes, chega de bancar a boazinha com todas as pessoas. Hermione firmou ambos os pés no chão enquanto se concentrava e deixava o poder transbordar através de seus poros, sua aura foi projetada com força para frente e passou a circundá-la enquanto Hermione aumentava suas forças gradativamente, a morena sabia que não precisaria de todo o seu poder e por isso não liberou toda sua força, apenas o suficiente para matar um Cavaleiro das Trevas arrogante e que se achava invencível.


 


Hermione não esperou o Cavaleiro das Trevas iniciar o movimento e projetou sua aura que era amarelada e lançou-a contra o corpo de Baltazar que também utilizou a sua aura para defender-se, mas a força do ataque de Hermione foi tão grande que a aura dela atravessou a barreira negra de proteção que a aura do Cavaleiro das Trevas fizera e o atingira em cheio no peito fazendo com que ele berrasse de dor e fosse jogado para trás por cerca de vinte metros antes de finalmente parar em pé e voltar os olhos furiosos para Hermione.


 


- Avada Kedavra. – gritou Baltazar apontando a mão para Hermione e lançando a maldição da morte com todo o ódio que ele sentia, o jato de luz verde atravessou o espaço entre eles, mas a garota meramente saiu da frente do feitiço antes de desaparecer e reaparecer a frente do Cavaleiro das Trevas que foi pego de surpresa e não teve tempo de se desviar do golpe de espada de Hermione que enterrou-se no ombro dele fazendo com que ele soltasse um urro animalesco, a dor do golpe foi extremamente forte e Baltazar acabou caindo ajoelhado no chão enquanto sangrava profusamente, agora ele já não parecia mais tão poderoso quanto antes, naquele momento Baltazar parecia pequeno e fraco na opinião de Hermione que atacou-o novamente chutando a cabeça do Cavaleiro das Trevas e fazendo-o ser jogado para o lado com força.


 


- Se eu fosse tão sádica quanto minha amiga, nesse momento você estaria sendo brutalmente torturado, Cavaleiro. – Hermione disse aproximando-se do Cavaleiro das Trevas que naquele momento estava com o corpo totalmente dolorido e mal conseguia se mover devido a tontura por causa do golpe sofrido na cabeça. – Mas não precisa se preocupar, você terá uma morte rápida, embora ela será bastante dolorosa, porque vocês são todos uns bastardos que merecem morrer sofrendo as piores dores que existem. Akriam.


 


Mal Hermione terminou de pronunciar o feitiço negro e um feixe de luz acinzentada disparou de sua mão direita atingindo o Cavaleiro das Trevas que berrou violentamente no momento em que seu corpo começou a ser retalhado pelo feitiço, Hermione nem ao menos piscou enquanto mantinha o feitiço e observava o corpo de Baltazar, um poderoso Cavaleiro das Trevas, sendo literalmente desfigurado e retalhado, um corpo que ficou mutilado em pouco segundos onde Baltazar gritou de maneira ensandecida devido a dor.


 


- Justiça. – murmurou Hermione assim que o Cavaleiro das Trevas parou de respirar e simplesmente morreu aos pés de Hermione, por alguns segundos a garota continuou olhando para o corpo sem vida de Baltazar até que sentiu a chegada de Gina e virou-se para encontrar um sorriso satisfeito nos lábios da ruiva que naquele momento estava olhando para o corpo de Baltazar com algo que lembrava muito um prazer quase sádico, algo que Hermione somente vira em Harry Potter e em Sarah quando ambos estavam torturando ou lutando.


 


- É assim que se faz, Hermione. – disse Gina sorrindo para a amiga que meramente devolveu o sorriso, mas antes que a morena pudesse responder ao cumprimento de Gina a figura sinistra de Green apareceu próximo a elas.


 


- Nós devemos ir agora. – disse Green em tom impassível e mal olhando para o corpo mutilado do Cavaleiro das Trevas, a presença daquele guerreiro era realmente impressionante e as duas se perguntavam como fora que ele não vencera os Cavaleiros das Trevas, mas esqueceram o assunto quando o guerreiro de sobretudo verde musgo voltou a falar. – Lorde Azrael as espera na Sede Grega do Panteão, a Equipe de Limpeza cuidará dos corpos dos Cavaleiros das Trevas e dos comensais da morte que foram mortos, os escudos de proteção em volta da Rússia já estão sendo erguidos, então não precisam se preocupar.


 


- Ok, parece que você pensou em tudo. – disse Gina divertida antes de se aproximar do guerreiro junto com Hermione, ambas seguraram em um dos braços de Green e no momento seguinte nenhum dos três encontrava-se mais na Rússia.


 


Fim do Flashback


 


- Muito bem garotas, agora que nós sabemos o quanto vocês evoluíram e se tornaram poderosas, gostaria de retomar um tema sobre o qual eu já havia comentado com vocês. – disse Harry depois que eles terminaram de ver as lutas de Hermione e Gina, intimamente o moreno estava muito feliz pelas duas amigas, em pouco tempo elas estariam prontas para sobreviverem realmente aquela guerra e as batalhas que os esperavam em um futuro muito breve.


 


- As espadas divinas. – disse Samantha em tom sério enquanto olhava para o irmão de maneira compenetrada.


 


- Sim, os Dragões Negros possuem espadas negras que pertenceram a algum ser em algum momento. – explicou Harry em tom sério enquanto passava os olhos por cada um dos amigos. – Não sei dizer precisamente a quem as espadas que eles portam pertenceram e nem mesmo onde eles conseguiram elas, tudo o que eu sei é que não se pode destruir uma lâmina imortal a não que você possua outra lâmina imortal, portanto nossas varinhas não serviram de nada quando as transfigurarmos, pois elas seriam facilmente destruídas pelas espadas dos Dragões Negros, portanto a única saída para nosso problema é encontrarmos espadas imortais.


 


- E você sabe onde nós podemos encontrá-las? – perguntou Neville surpreso enquanto olhava para o moreno de olhos verdes.


 


- Sim. – Harry disse aquilo em tom baixo enquanto instintivamente segurava com a mão direita a corrente que havia em seu pescoço e que ele usava desde o momento em que ganhara de Hades e Baha, lembrava-se muito bem das palavras dos deuses sobre aquela corrente, Harry não sabia como tinha conhecimento dos esconderijos de tantas lâminas imortais, mas imaginava que aquela corrente e o pingente estivessem guiando seus passos, pois de alguma maneira o conhecimento surgira em sua mente no momento em que ele pensara que precisavam conseguir espadas que fossem poderosas o bastante para combaterem as lâminas imortais que os Dragões Negros possuíam. – Mas cada um de nós deverá seguir seu próprio caminho em busca de uma espada.


 


- Porque? – perguntou Hugo estranhando aquilo e olhando de relance para os outros percebendo que todos eles também haviam estranhado aquele comentário do moreno de olhos verdes que naquele momento suspirou.


 


- Porque antes de cada um de nós possuirmos as espadas precisaremos nos mostrar merecedores de nos tornarmos seus portadores. – disse Harry sabendo aquilo apenas pelo instinto, assim como ele sabia a localização de cada uma daquelas armas, bem como qual deles deveria ir para cada um dos lugares que ele sabia.


 


- Ainda não entendi o motivo disso. – murmurou Rony enquanto buscava ajuda nos olhos da namorada, mas a voz de Harry chamou a atenção do grupo novamente.


 


- O momento da verdade está chegando, o momento em que saberemos quem será poderoso o bastante para sobreviver e quem não conseguirá. – disse Harry friamente e em tom levemente vago antes de voltar os olhos para os amigos. – Antes de pegarem uma espada vocês serão testados e deverão mostrar-se merecedores e dignos dela.


 


- O que acontece se não conseguirmos passar nesse teste? – perguntou Draco já sabendo instintivamente a resposta para aquilo.


 


- Vocês não vão querer saber. – sussurrou Harry vagamente. – Agora vou enviar mentalmente para vocês a localização dos lugares para onde vocês deverão seguir e como chegarem até onde a espada estará escondida, somente cabendo a vocês encontrarem-na.


 


Subitamente dezenas de imagens preencheram a mente dos amigos do moreno que precisaram fechar os olhos para concentrarem-se no que estavam vendo, lugares belos, quentes e frios inundaram a mente deles, cada um recebendo a localização de um ponto diferente no globo, um local onde encontrariam cavernas ou templos.


 


- Agora que vocês sabem o que fazer, devem ir imediatamente. – disse Harry atraindo a atenção dos outros que o olharam imediatamente e apenas limitaram-se a assentirem. – Nos encontraremos na Sala Precisa em Hogwarts.


 


Chaves de portais foram conjuradas por cada um dos amigos de Harry que apenas ficou observando enquanto eles desapareciam com brilhos azulados, a ultima a desaparecer dói Sarah que ficou um pouco para trás para beijar o namorado.


 


- Espero que vocês consigam. – murmurou Harry para si próprio enquanto ele próprio não tinha certeza se conseguiria realizar aquela tarefa, mas o moreno sabia que precisava tentar, todo o futuro da humanidade dependia dele.


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Em um local impossível de ser localizado e longe de qualquer olhar humano, uma reunião entre todos os deuses havia acabado de terminar, nesse momento muitos dos mesmos já haviam desaparecido e voltado para seus próprios reinos e panteões, mas alguns deles ainda permaneciam no amplo salão onde ocorrera a reunião.


 


Entre esses deuses em questão encontravam-se Baha, Hades, Ares e Hel. Aquela reunião fora convocada por Ares que reclamara abertamente sobre Harry Potter e os amigos dele, o Deus da Guerra queria ser liberado do juramento de não interferir na vida dos humanos e queria que os outros deuses aprovassem a iniciativa dele em obrigar os humanos a não utilizarem os nomes de deuses para se auto-denominarem, mas é claro que ao final da reunião Ares não conseguiu o que queria, pois tecnicamente nenhum dos humanos em questão haviam se denominado deuses de propósito, eles apenas começaram utilizando um nome, quem os chamou de deuses foram os inimigos deles, Ares não havia gostado do resultado e estava furioso.


 


- Eu ainda não entendo porque motivo vocês dois protegem tanto esse reles humano. – grunhiu Ares em tom frio enquanto olhava para Hades e Baha que estavam sentados respectivamente lado a lado e a frente de Ares.


 


- Talvez porque o destino da humanidade e até mesmo o mundo dos deuses esteja nas mãos dele. – simplificou Hades como se aquilo fosse óbvio.


 


- Se eu não me engano esse mesmo pirralho foi morto quando enfrentou o tal de Voldemort, porque agora seria diferente? – perguntou Ares inconformado com a situação em que se encontravam as coisas. - Você sabe muito bem disso Hades, tirou o moleque das portas do inferno para trazê-lo de volta a vida. Quebrando algumas dezenas de regras, devo acrescentar.


 


- Não me importo se você acredita ou não no garoto, Ares. – disse Hades em tom displicente enquanto voltava os olhos para o Deus da Guerra, Hades sabia muito bem que o único motivo que movia Ares naquele momento era o orgulho.


 


- Você sabe tanto quanto eu que a única maneira do garoto vencer esse tal de Voldemort é se ele se descontrolar completamente. – disse Ares em tom furioso enquanto encarava o Deus da Morte como se ele estivesse louco. – Você sabe o que isso vai significar?


 


- Se Potter se descontrolar completamente, o Apocalipse nos espera. – sussurrou Baha em tom baixo e vago, aquilo era o que mais a preocupava naquele momento, os diferentes destinos que havia a frente, mas em praticamente todos eles a destruição final acontecia e não sobrava nem mesmo um resquício de vida em todo o universo.


 


- Será que vocês não percebessem que ele é nosso inimigo? – gritou Ares sem poder acreditar que nem mesmo com aquela possibilidade tão próxima de se concretizar os deuses não percebessem o que estava para acontecer. – Ele é o inimigo dos deuses, aquele que tem o poder para nos destruir, o único que pode nos aniquilar.


 


- Então esse é todo o problema, Ares? – perguntou Hel em tom frio e levemente sarcástico enquanto olhava para o deus grego. – Tem medo da morte. Não sabe o que o espera quando esse momento chegar, não é mesmo?


 


- Não diga besteiras. – rosnou Ares olhando torto para a Deusa da Morte, mas na verdade ela atingira um ponto crucial naquele momento.


 


- Todos nós já vivemos milênios e se o nosso momento finalmente chegou, então devemos abraçá-lo e aceitar nosso destino. – disse Baha em tom longínquo e sábio.


 


- Não dá para conversar com vocês. – grunhiu Ares antes de se levantar e sair tempestivamente da sala de reuniões desaparecendo logo a seguir e deixando os três deuses sozinhos, todos eles em silêncio e pensativos.


 


- Ares nunca irá mudar. – comentou Hades baixinho enquanto pensava no sobrinho, continuava o mesmo garoto mimado e arrogante, mesmo já tendo crescido.


 


- Não mesmo. – disse Baha em tom levemente alegre antes de voltar a ficar séria e encarar Hades nos olhos.


 


- Porque os testes de alguns daqueles garotos são mais fáceis e outros mais difíceis? – Hel perguntou em tom de voz curioso enquanto encarava a Deusa do Tempo e o Deus dos Mortos Grego, aquela dúvida viera a mente da deusa nórdica desde o momento que ficara sabendo que eles seriam testados para conseguirem se apossar de espadas mais poderosas.


 


- Simples. Alguns deles são mais poderosos do que os outros e precisam de um pouco mais de dificuldade para despertarem todos os seus poderes. – respondeu Baha em tom calmo e sereno enquanto olhava para a deusa de cabelos negros.


 


- Quão poderosos eles podem se tornar? – perguntou Hel novamente agora soando interessada enquanto mentalmente ela repassava a imagem dos garotos que ela vira lutando poucas semanas antes no território grego.


 


- Os mais fracos estarão nos níveis de Guerreiros Lendários. – respondeu Baha em tom sério e firme enquanto lembrava-se da imagem que tinha dos amigos de Harry Potter.


 


- Pelos Antigos. – murmurou Hel baixinho enquanto tornava-se mais pensativa do que o normal e em seguida voltou a falar. – Mas se os mais fracos estarão no nível dos Guerreiros Lendários, quão poderosos serão os mais fortes?


 


- Alguns deles alcançarão o nível de Semi-Deuses e três deles alcançarão o nível dos próprios Deuses. – respondeu Baha calmamente enquanto por um segundo fechava os olhos apenas para rever a imagem de uma garota morena no auge de seus poderes, poderes que faziam frente com os dois deuses mais poderosos.


 


- Qual o nível que Potter alcançará? – perguntou Hel com um súbito tremor em seu corpo imaginando como seria o futuro.


 


- O maior de todos. – respondeu Baha tranquilamente enquanto olhava de relance para Hades. – Ele tem duas essências em seu corpo. Uma delas pertence ao mais poderoso dos primordiais e a outra vem diretamente do início de tudo. Quando ele despertar seu poder totalmente, essas duas essências se juntarão e se tornarão uma só, criando um novo ser. Harry Potter será o Guerreiro mais poderoso do universo, aquele que pode trazer a vida ou a morte a todos nós.


 


- Que os Antigos nos ajudem. – murmurou Hel em tom baixo, mas os outros dois deuses ouviram e meramente concordaram com ela, pois caso Harry Potter não se controlasse, eles estavam perdidos. - Bem, eu também estou de saída, pois sinto que a garota está chegando ao local onde a espada está escondida. Nós nos vemos em outro momento. – disse Hel levantando-se e se dirigindo para a saída, pois ela seria a pessoa que aplicaria o teste em Sarah.


 


- Mudando de assunto. – disse Baha assim que a deusa nórdica desapareceu da vista de ambos. – Acha que foi realmente a melhor idéia que tivemos deixar aquelas espadas para que Harry e os outros as encontrem?


 


Hades parou para pensar um momento naquilo que eles haviam feito, desde o momento em que haviam feito a proposta para Harry Potter e ele a aceitara, Hades e Baha sabiam que eles iriam precisar de algumas espadas extremamente poderosas para poderem lutar de igual para igual contra Voldemort e seus guerreiros mais poderosos, pois os mesmos haviam conseguido espadas imortais que haviam pertencido a antigos heróis e deuses.


 


Em comum acordo Hades e Baha encontraram a localização de algumas espadas que estavam perdidas e esquecidas no tempo, acharam quinze espadas diferentes, mas como Harry precisaria apenas de dez, os dois deuses acharam por bem escolher aquelas que tinham as melhores qualidades para cada um dos amigos de Harry Potter e para ele mesmo, em seguida eles haviam “colocado” a informação na mente do moreno de olhos verdes enquanto ele dormia.


 


- Agora não há mais volta em nossas ações, Baha. – disse Hades seriamente enquanto se movia ligeiramente desconfortável em sua cadeira, em seguida virou os olhos em direção a Deusa do Tempo e disse. – Mas acredito que fizemos o correto, caso contrário eles não teriam nenhuma chance de vencer essa guerra.


 


- Espero realmente que sim. – murmurou Baha enquanto fechava os olhos e tentava ver o resultado daquela guerra, havia tantas possibilidades diferentes que não dava para distinguir o que aconteceria e o que era apenas uma possibilidade, realmente o futuro todo estava nas mãos de um único guerreiro e nas escolhas que ele faria quando o momento certo chegasse.


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Norte do Himalaia. – Antigo Templo da Deusa Nix.


 


No norte do Himalaia existe em um vale sombreado por rododendros, próximo de uma linha de neve, onde um riacho de águas leitosas de neve derretida passava ligeiro espumando, havia uma caverna que ficava semi-escondida pelo rochedo acima e pelas folhas secas e pesadas que se acumulavam abaixo dela.


 


A floresta era repleta de sons diferentes, das águas do riacho correndo entre as pedras, do vento entre as folhas alongadas dos galhos de pinheiros, do zumbido dos insetos e de guinchos de pequenos mamíferos arbóreos, bem como do cantar de diversos passarinhos e de tempos em tempos, uma lufada mais forte de vento fazia com que um dos galhos de um dos cedros ou de um abeto roçasse contra um outro e gemesse como um violoncelo.


 


Era um lugar claro e ensolarado naquela hora da manhã, o lugar nunca era monótono. Raios de claridade, dourado-limão, penetravam até o solo da floresta entre retângulos e círculos de sombra verde-acastanhados, e a luz estava sempre em movimento, nunca era constante, porque a nevoa que passava com freqüência flutuava em meio às copas das árvores. Filtrando todos os raios de sol até adquirirem um brilho perolado e salpicando cada cone de pinheiro com gotículas de umidade que cintilavam quando a névoa se desfazia. Por vezes a umidade nas nuvens se condensava formando minúsculas gotas, metade neblina, metade chuva, que desciam flutuando em vez de cair, fazendo um ruído suave como um tamborilar farfalhante entre os milhares de folhas aciculadas dos pinheiros verdejantes.


 


Havia um caminho estreito passando junto do riacho, que levava de uma aldeia - que na verdade era pouco mais que um aglomerado de choupanas de pastores - na entrada do vale, até um relicário semi-arruinado próximo da geleira lá no fundo, um lugar onde existia um estranho efeito de luz, do gelo e do vapor fazia com que a parte mais alta do vale ficasse envolta em eternos arco-íris. Um efeito extremamente belo de se olhar.


 


A caverna ficava a alguma distância caminho acima. Samantha apareceu exatamente próxima de onde encontrava-se o riacho e por um momento não conseguiu fazer nada a não ser olhar para aquela beleza da natureza, precisou fechar os olhos e respirar fundo enquanto ouvia os sons da natureza, a morena olhou em volta de si e viu grande parte do vale que cercava o local onde ela se encontrava, a garota estava realmente surpresa por um lugar tão belo e lindo como aquele ainda existir sem ter sido tocado pelos humanos.


 


Mas Samantha sabia que não podia ficar ali o dia todo observando a paisagem, tinha uma missão a cumprir e sabia que quanto antes terminasse o que havia ido fazer, mais cedo ela poderia encontrar-se novamente com os irmãos e os amigos, por isso a garota começou a caminhar em direção ao alto do vale onde ela sabia que a caverna encontrava-se, nem mesmo estranhou o fato de naquele lugar ainda ser de dia, Samantha não soube precisar quais seriam as horas exatas, mas tinha certeza que não podia ser mais do que dez horas da manhã vendo pela posição do sol, Sam não estranhou o lugar estar de dia, pois sabia que os fusos horários as vezes podiam ser um pouco confusos, então ela nem ao menos se dava ao trabalho de se preocupar.


 


Em menos de cinco minutos Samantha alcançou a entrada da caverna e nem mesmo verificou se não havia nenhuma armadilha no local e foi logo adentrando pela estreita passagem que mal dava para um ser humano baixo passar.


 


Assim que esteve no interior da caverna Samantha conjurou um pouco de luz através de sua varinha, pois o interior do local estava na mais completa escuridão, mas foi algo que a garota desejou não ter feito com tanta intensidade, pois quando ela iluminou toda a caverna mais de uma centena de morcegos que estavam dormindo pacificamente no teto da entrada da caverna se agitaram e começaram a voar em torno da cabeça da garota, Samantha precisou se proteger para não ser atacada pelos morcegos e ela esperou pacientemente enquanto as criaturas saiam rapidamente pela entrada da caverna e sendo recebidos pelo dia ensolarado.


 


- Preste atenção, Samantha. – murmurou a garota para si própria, ela sabia que não podia falhar naquela missão ou então provavelmente estaria morta em poucos minutos, pela maneira como seu irmão falara a garota podia dizer que ou ela pegava a espada ou então receberia a morte certa ali mesmo naquela caverna.


 


A garota percebeu uma pequena passagem no fundo da caverna e dirigiu-se até o local, era mais estreita do que a entrada da caverna, mas foi o suficiente para que Samantha conseguisse atravessar. Já do outro lado a garota olhou atentamente para todos os lados antes de erguer a varinha com o feixe de luz e iluminar o local a sua frente, para sorte de Samantha não havia nenhum animal naquela parte, mas também não havia sinal de mais nada além das paredes circulares que estavam a volta dela naquele momento.


 


Por um momento Samantha achou que havia entrado em um beco sem saída e quando ela estava prestes a virar as costas e voltar por onde havia vindo ela avistou uma pequena lua entalhada em uma das paredes, mais especificamente na parede que encontrava-se diretamente em frente a abertura que a trouxera até ali.


 


Aproximando-se da parede a garota conseguiu visualizar perfeitamente os entalhes da lua que havia na parede, Samantha levantou sua mão e a deslizou suavemente pelos contornos da lua cheia que estava entalhada na parede, a garota conseguiu sentir um pequeno choque elétrico atravessar seu corpo enquanto deslizava os dedos pela parede, Samantha podia sentir o poder pulsando do outro lado daquela parede.


 


- Nyx, a Personificação da Noite. – murmurou Samantha em grego antigo sem nem ao menos se dar conta do fato, mal ela pronunciou aquelas palavras naquele idioma e a lua cheia entalhada na parede começou a brilhar fortemente fazendo a garota afastar-se de susto apenas para ver algo muito parecido com o que acontecia com a entrada do Beco Diagonal, a parede da caverna estava literalmente se abrindo para dentro.


 


O amplo salão que revelou-se para Samantha deixou a garota embasbacada,  salão era completamente oval e havia figuras da Deusa Nyx representadas nas paredes, ela em sua forma guerreira ou mesmo quando ela apenas vigiava os humanos e o destino com o seu manto invisível, mas Samantha concentrou sua atenção na enorme estátua de um homem semi-nu que estava postado exatamente no centro do enorme salão, ele parecia estar segurando uma enorme esfera com as duas mãos, uma esfera que possuía alguns detalhes muito específicos e que Samantha reconheceu como sendo uma representação do planeta terra, imediatamente o conhecimento de quem aquela estátua representava veio a mente da garota.


 


- Atlas. – sussurrou Samantha surpresa enquanto observava mais detalhadamente a estátua daquele que fora condenado a segurar o céu, aquele que supostamente guardava a entrada da morada de Nyx, uma lenda que parecia estar sendo representada ali.


 


Mas algo ainda mais importante e belo chamou a atenção de Samantha, pois logo atrás da estátua que representava o ser mitológico Atlas, havia uma espada ricamente ornamentada e que encontrava-se cravada no chão, literalmente falando, mas era apenas alguns centímetros, pois Samantha podia visualizar toda a extensão da espada, desde a lâmina prateada com algumas inscrições até o cabo negro com detalhes em dourado, era realmente uma espada magnífica e Samantha foi tomada por um desejo de possuir aquela arma que nem mesmo mediu seu próximo movimento e começou a caminhar em direção ao local onde estava a espada, mas quando ela chegou em frente a estátua de Atlas e estava para contorná-la, a representação dele moveu-se e ganhou vida largando a esfera que segurava representado o céu que ele fora condenado a segurar, a esfera ficou apenas lá, como se alguém ainda a estivesse segurando, mas Samantha não estava mais prestando atenção a isso, pois recuava esporadicamente enquanto a estátua de Atlas avançava para ela.


 


- Me ferrei. – disse Samantha para ela própria, afinal não havia mais ninguém ali dentro a não ser ela mesma, e é claro aquela estátua que estava avançando contra ela.


 


Quando Samantha bateu em algo sólido foi que ela percebeu que a entrada do local por onde ela entrara havia se fechado novamente e agora ela estava encurralada entre a parede e a estátua agressiva de Atlas, mas foi nesse instante que a morena lembrou-se das palavras de seu irmão mais velho, aquele era um teste que ela deveria vencer, um teste para ela mostrar que era merecedora de ser a portadora de uma das armas da Deusa Nyx.


 


Bem, pensou Samantha, que seja.


 


Em seguida a garota simplesmente avançou contra a estátua tendo que desviar de um soco que veio em sua direção e em seguida ela golpeou a lateral da cabeça de Atlas, mas tudo o que Samantha conseguiu foi gemer de dor ao sentir sua mão chocando-se contra o bloco de concreto, ela havia simplesmente se esquecido daquele pequeno detalhe.


 


- Protectus. – Samantha gritou no momento em que mais sentiu do que viu o golpe vindo em direção a seu rosto, mas mesmo com o feitiço de proteção conjurado o impacto do soco foi violento o suficiente para lançá-la para o lado. – Porcaria de estátua. Espero que você não seja resistente a magia seu monte de pedra. Bombarda.


 


O feitiço explosivo acertou o peito de Atlas, mas para consternação de Samantha não ouve nada a não ser um leve impacto contra o homem de pedra, em seguida a garota precisou ser rápida novamente para desviar de duas investidas seguidas de Atlas.


 


- Maldita Estátua. Explodus. – gritou Samantha disparando um poderoso feitiço de explosão contra Atlas, o raio avermelhado atingiu o peito da criatura e produziu um forte barulho de explosão e levantou um pouco de poeira, por um momento Samantha acreditou que havia tido algum resultado, mas foi por meros segundos, pois logo em seguida ela viu o movimento da estátua que já avançava contra ela novamente praticamente intacta, como se não houvesse recebido nenhum feitiço. Desviando de mais um golpe do monstro de pedra Samantha gritou o feitiço de explosão mais poderoso que ela conhecia. – Destruction Extremus.


 


Dessa vez a explosão foi ainda mais assustadora do que antes, mas novamente não houve nenhum efeito aparente no Atlas de pedra, ele parecia se recuperar instantaneamente dos ataques que desferia contra ele, portanto não conseguiria destruí-lo, foi então que Samantha teve uma idéia que pelo menos daria tempo suficiente para ela conseguir pegar a espada da Deusa Nyx, em seguida Samantha conjurou correntes de aço e as moveu em direção a Atlas que não teve tempo de se desviar e foi envolvido pelas correntes que passaram ao redor dele e das pernas dele amarrando-o completamente, as enormes mãos do homem de pedra foram puxadas para trás e logo ele desabou com um baque surdo no chão enquanto tentava soltar-se de todas as maneiras possíveis, mas as correntes de aço eram capazes de segurar qualquer coisa.


 


- Bom, vamos lá. – murmurou Samantha e então virou-se e correu rapidamente até o local onde a espada de lâmina prateada encontrava-se cravada ao chão, por alguns instantes Samantha ficou apenas observando aquela espada com uma reverência assustadora, mas então ela levou lentamente a mão em direção ao cabo da espada até que finalmente a morena fechou seus dedos ao redor do cabo enegrecido e em seguida começou a puxar lentamente a espada que deslizou com uma facilidade que surpreendeu Samantha, a garota estava esperando encontrar um pouco mais de dificuldade para retirar a espada do chão, mas estava enganada.


 


Assim que Samantha conseguiu retirar completamente a espada de onde ela estivera cravada a garota sentiu uma onda gigantesca de poder percorrer desde a mão que segurava a espada até as plantas de seus pés, foi como uma descarga de energia deslizando lentamente pelo corpo de Samantha, uma energia que a deixou extremamente calma e satisfeita. Mesmo que a lógica dissesse a garota que aquele poder vinha da espada, uma voz nas profundezas de sua mente murmurava que aquele poder que a percorria naquele exato instante sempre pertencera a ela, ele apenas encontrava-se adormecido e no momento em que ela havia segurado aquela espada seus poderes ocultos haviam sido finalmente totalmente liberados.


 


Querendo testar um pouco seus poderes agora que eles estavam completamente despertos, Samantha invocou sua aura que surgiu dez vezes mais intensa e feroz do que o normal demonstrando o tamanho de seu atual poder, a aura azulada a rodeava com intensidade rodeando-a com toda a pureza e poder que ela possuía, em seguida Samantha conjurou seu patrono sem nem ao menos pronunciar uma única palavra ou até mesmo convocá-lo de maneira não-verbal, Samantha apenas pensara no feitiço e ele fora invocado.


 


A forma de seu patrono que era uma lince também estava modificada, agora não era mais o espectro prateado com o qual Samantha estava acostumada, seu patrono agora vibrava em um forte tom azul petróleo que irradiava força e imponência.


 


Realmente, seus poderes estavam no nível máximo. Pensou Samantha satisfeita com aquilo, certamente em breve estaria mais do que pronta para lutar por aqueles que ela amava. Com esses pensamentos a garota simplesmente desapareceu do interior da caverna sem nem ao menos notar que a estátua de Atlas não estava mais acorrentada e sim novamente na posição original em que ele se encontrava no momento em que Samantha havia adentrado na caverna.


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Ilha de Froya. – Noruega.


 


Neville apareceu no meio de uma estrada que estava completamente coberta de neve, mal o garoto surgiu naquele local e sentiu o impacto da baixa temperatura, precisando rapidamente utilizar magia para se aquecer ou então acabaria congelando naquele lugar.


 


Olhando ao redor o garoto percebeu que encontrava-se totalmente isolado naquele lugar, segundo o que Harry havia lhe passado mentalmente aquela era uma ilha que ficava na parte centro-oeste da Noruega, embora Neville não soubesse dizer se realmente aquela informação estava correta, pois nunca estivera naquele país antes e certamente dificilmente voltaria para lá, pois se existia uma coisa que Neville não gostava era do inverno.


 


Ao redor de onde o garoto encontrava-se somente podia se ver neve para todos os lados, o garoto mal conseguia distinguir as árvores através daquela grossa camada de neve, mas instintivamente Neville sabia exatamente para onde deveria ir ou talvez soubesse porque as imagens do lugar vinham muito claramente a mente de Neville.


 


Sem perder mais tempo, Neville embrenhou-se na floresta que havia logo ao lado da pequena e estreita estrada, logo ele estava tão profundamente no interior daquele lugar que o garoto duvidava que conseguisse voltar pelo caminho que ele seguira, mas Neville não tinha nenhuma intenção de retornar, ele seguiria em frente nem que aquilo lhe custasse a vida, pois sabia que se não conseguisse aquela arma não poderia vencer os Dragões Negros e consequentemente dificilmente conseguiria sobreviver para rever seus pais novamente.


 


Cerca de quinze minutos depois Neville já estava cansado de olhar para tanta neve ao redor de si mesmo, a vontade do garoto era executar um feitiço de chamas ao redor de seu corpo e derreter toda a neve daquele lugar, mas ele sabia que não podia fazer, caso contrário iria afetar seriamente o equilíbrio da natureza no ambiente, sem contar que provavelmente iria colocar fogo nas árvores e plantas destruindo assim a floresta, algo que ele jamais conseguiria fazer.


 


Foi depois de subir uma pequena elevação que Neville avistou a entrada da caverna que ele tanto procurara desde o momento em que entrara naquela floresta, havia um pequeno rochedo que estava completamente tomado pela neve e bem embaixo uma abertura com cerca de dois metros de altura e cinqüenta centímetros de largura, a entrada era alta o bastante embora fosse um pouco estreita, mas Neville sabia que ele poderia atravessar facilmente.


 


Aquele que muitos sussurravam seu nome chamando-o de Thor encaminhou-se rapidamente até a entrada da caverna e atravessou a entrada saindo em um corredor extremamente úmido e estreito, o que o deixou um pouco surpreso até que ele percebeu que não encontraria o local tão facilmente como ele poderia imaginar.


 


Neville começou a caminhar pelo corredor úmido da caverna com cuidado, o garoto conjurou um pequeno facho de luz o suficiente para que ele pudesse enxergar cinco metros a sua frente, mas não se arriscou a iluminar uma área maior do que aquilo.


 


Em um momento Neville chegou a uma estranha bifurcação que levava para dois caminhos diferentes, por alguns segundos o garoto não soube exatamente qual dos dois caminhos tomar, mas então o instinto o fez pegar o caminho da esquerda ao invés do da direita, aquela era uma habilidade que o garoto aprendera e desenvolvera com a ajuda de Harry, afinal o moreno de olhos verdes sempre dizia que quando não se tinha certeza sobre algo deveria sempre seguir seus instintos, por mais estranho que aquilo pudesse parecer.


 


Aos poucos o corredor começou a alongar-se até o momento em que Neville chegou em uma porta enorme onde havia um dragão entalhado, os olhos vermelhos brilhando e parecendo reais demais na opinião do garoto, logo ao lado do dragão de escamas marrons havia um guerreiro de armadura prateada que segurava uma espada brilhante e com adornos em ouro, a espada estava apontada diretamente para o coração do dragão.


 


Neville reconheceu imediatamente aquelas figuras que estavam sendo retratadas, bem como a espada que aquele guerreiro portava. Tratava-se de um artefato nórdico que Odin cravou em uma arvore nos jardins do Castelo Volsung e que foi retirada pelo guerreiro Sigmund Nibelungus, que utilizou essa mesma espada para matar o dragão Fafnir.


 


Neville soube que a espada que ele viera buscar era a lendária Gram, mal podia acreditar naquilo. Desde que ficara sabendo sobre as histórias dos deuses, Neville ficou fascinado por mitologia e procurou ler alguns livros que falavam sobre o assunto, Neville encontrou centenas de lendas diferentes sobre deuses e heróis, haviam tantas versões diferentes que pareciam nunca acabar, Neville procurava ler sobre a mitologia de todos os países e faltavam alguns ainda para que ele conseguisse pelo menos entender boa parte daquele mundo.


 


Neville elevou sua mão direita e a colocou diretamente na lâmina da espada e em seguida murmurou palavras em uma língua antiga e morta que fora usada quando os deuses ainda caminhavam pela terra, o garoto não sabia de onde aquelas palavras haviam surgido, apenas sabia que deveria pronunciá-las, mal terminou de murmurar e ouve um clique alto antes da enorme porta começar a mover-se lentamente até estar completamente aberta revelando um imenso salão que deixou Neville surpreendido.


 


Mas o que deixou Neville absolutamente surpreso foi que não havia praticamente nada no interior daquele lugar, apenas uma árvore de carvalho do outro lado da caverna e que parecia haver algo espetado no tronco, foi então que com um ofego Neville reconheceu o objeto que havia no tronco da árvore, então sem pensar o garoto simplesmente começou a correr em direção ao outro lado da enorme caverna.


 


Porém quando encontrava-se a menos de cinco metros de onde a árvore estava, Neville foi subitamente atingido por algo grande, o garoto foi jogado violentamente por cerca de quinze metros antes de cair pesadamente no chão, ele estava completamente dolorido enquanto movia-se do lugar e se levantava cuidadosamente verificando se não havia quebrado nada, mas para sorte dele somente uma forte dor no local onde ele fora atingido.


 


Olhando para frente Neville tentou descobrir o que o havia acertado com tamanha força e foi então que com um tremendo choque ele conseguiu ver a figura enorme e imponente de um gigantesco dragão marrom alaranjado e de olhos vermelhos sanguinários que o encarava diretamente, o dragão estava posicionado bem em frente de onde a árvore com Gram estava plantada e ele não parecia nem um pouco disposto a deixá-lo pegar aquela espada.


 


Agora Neville entendia exatamente o que Harry quisera dizer com o fato de que eles seriam testados para provarem que eram merecedores de serem os portadores daquelas espadas, mas era uma sorte danada ele precisar enfrentar justamente um dragão lendário e que era praticamente invulnerável, o garoto somente esperava que os outros estivessem se saindo bem.


 


Fafnir soltou um urro extremamente alto e poderoso antes de bater as enormes asas e alçar vôo, em seguida o dragão praticamente se jogou em direção a Neville enquanto cuspia jatos de fogo obrigando Neville a conjurar proteções mágicas ou então acabaria virando churrasco de dragão, o que ele não pretendia que acontecesse.


 


- Aquamenti Máxima. – murmurou Neville apontando a varinha para o dragão e fazendo um jato imenso de água cristalina disparar contra Fafnir, parecia um gêiser subindo em direção ao dragão que bufou antes de enviar uma labareda de chamas que simplesmente evaporou toda a água que Neville havia conjurado. – Isso não é bom. Não é nada bom, não existe nenhum feitiço que conjure água que seja mais poderoso do que esse. Acho que estou ferrado.


 


Não sabendo exatamente o que deveria fazer, Neville limitou-se a desviar-se das chamas e das investidas do enorme dragão enquanto pensava no que poderia fazer para derrotar aquele lendário dragão, o garoto sabia que o único ponto fraco verdadeiro de um dragão eram seus olhos, mas de nada adiantaria para ele, pois Neville precisava derrotar o dragão e para isso ele precisaria utilizar uma grande quantidade de poder.


 


- Bom, já que não tem outro jeito mesmo. – murmurou Neville mais para si próprio do que por qualquer outro motivo, em seguida o garoto projetou sua aura ao redor de si protegendo-o de mais uma labareda de chamas, a aura de cor bege circundava todo o corpo de Neville enquanto ele literalmente começava a avançar contra Fafnir.


 


Neville somente esperava que seu plano desse certo, pois se não desse ele estaria perdido. Utilizando os melhores feitiços de extinção que conhecia Neville foi conseguindo empurrar Fafnir cada vez mais para o fundo da enorme caverna, mas nenhum de seus feitiços parecia fazer algum estrago realmente, tudo o que ele estava conseguindo era irritar o dragão e empurrá-lo para longe de si, o que ele não conseguiria fazer por muito mais tempo.


 


- Que seja, é agora ou nunca. – murmurou Neville logo depois de lançar um poderoso feitiço que empurrou Fafnir quase cinco metros para trás, em seguida Neville concentrou grande parte de seu poder e executou mais um feitiço de extinção dessa vez causando um grunhido doloroso por parte do dragão, mas foi em seguida que Fafnir urrou realmente, pois Neville havia lançado um feitiço Conjuntivitus enquanto o dragão se recuperava do último golpe sofrido, o feitiço acertou o olhou esquerdo do dragão que urrou como um demônio fazendo tremerem as paredes da caverna onde eles se encontravam.


 


Quando o enorme dragão ergueu a cabeça para urrar violentamente deixando a mostra o longo pescoço onde havia uma pele mais vulnerável do que as escama normais do dragão, Neville aproveitou e começou uma seqüência rápida e violenta de feitiços de extinção e explosivos que não mataram o dragão, mas que pelo menos o machucaram o suficiente para arrancar sangue de Fafnir, o que já era um grande começo.


 


Depois de mais ou menos dez minutos enfrentando o dragão Neville chegou a conclusão de que não conseguiria derrotá-lo sem destruir totalmente aquela caverna, pois estava impossibilitado de deixar todo o seu poder extravasar, se o fizesse as estruturas do lugar seriam completamente abaladas e tudo desmoronaria em sua cabeça.


 


Mas Neville podia pelo menos prender Fafnir por um tempo suficiente para que ele pudesse pegar a espada e então ele poderia se preocupar com o dragão, por isso guardou a varinha em suas vestes e apontou ambas as mãos para o dragão e fazendo um movimento com a mão impulsionou-o com força para trás até que Fafnir chocou-se com uma parede a suas costas, aproveitando a posição do dragão, Neville utilizou um outro feitiço que fez crateras no chão da caverna enquanto estacas enormes desprendiam-se do chão e chocavam-se contra o corpo do dragão e também ao redor dele, logo Fafnir encontrava-se rodeado e preso por estacas de quase cinco metros de grossura cada uma, Neville sabia que aquilo não seguraria o dragão por mais do que um minuto, mas para ele seria tempo suficiente para conseguir a espada que poderia matá-lo.


 


Apressando-se Neville encaminhou-se até o outro lado da caverna onde a árvore de carvalho estava plantada e parou a menos de um metro de onde a espada Gram estava cravada no tronco, o garoto foi incapaz de não admirar aquela beleza, era uma espada extremamente bela e aos olhos de Neville extremamente poderosa.


 


Ao levantar a mão e dirigi-la até o cabo da espada Neville a pausou a centímetros do cabo da espada enquanto pensava que já que a espada pertencera inicialmente a Odin, não havia nada mais justo do que alguém que usava o nome do filho dele ser o novo portador da espada, em seguida Neville fechou seus dedos ao redor do cabo da espada no mesmo instante em que Fafnir terminava de quebrar as ultimas estacas de rocha e libertava-se avançando para onde o garoto estava, mas sendo jogado para trás por uma forte onda de poder que se desprendeu do corpo de Neville.


 


Neville nunca mais se esqueceria da sensação que percorreu seu corpo, era como se todas as suas células houvessem subitamente se energizado e estivessem prontas para a ação, um tipo diferente de adrenalina percorria agora as veias do garoto, seu poder pareceu multiplicar-se várias vezes enquanto sua aura bege ficava mais escura e forte.


 


Neville perguntou-se se Sigfried também sentira aquele poder, mas quase imediatamente soube que o guerreiro nórdico não sentira aquilo, pois de alguma maneira desconhecida para si, Neville sabia que aquele poder novo e enorme que circulava por suas veias já pertencia a ele e que tudo o que aquela espada havia feito fora ajudá-lo a libertar toda sua força e potencial mágico, algo que fez Neville sentir-se extremamente bem consigo próprio.


 


Neville moveu a espada em sua mão testando a flexibilidade dos movimentos e ficou surpreso quando conseguiu manejar aquela espada como se tivesse nascido com ela em sua mão, mas em seguida o garoto lembrou-se de Fafnir e virou-se rapidamente para o local onde o dragão estivera aprisionado apenas para encontrar um monte de escombros por todos os lados, mas não havia nem mesmo um sinal do dragão ao qual ele estivera enfrentando antes de pegar a espada, Neville encontrou apenas uma justificativa para aquele estranho acontecimento, ele não precisava matar o dragão, tudo o que Neville tinha de fazer era conseguir passar por ele e pegar a espada.


 


- Agora só preciso controlar todo esse poder e então estarei pronto para a batalha final contra os Dragões Negros. – murmurou Neville para si próprio enquanto conjurava uma bainha em sua cintura e depositava cuidadosamente a espada, em seguida Neville olhou para o nada e completou. – Então finalmente encontrarei Belatriz Lestrange e poderei vingar meus pais. Você não perde por esperar, cadela maldita.


 


Por alguns segundos Neville ficou completamente parado e então repentinamente ele simplesmente desaparatou dali concentrando-se diretamente no interior da Sala Precisa, Neville sentia que conseguiria aparatar diretamente dentro de Hogwarts, não importando os feitiços de proteção que haviam na escola, aquilo foi algo que de certa maneira surpreendeu o garoto, pois até aquele momento apenas Harry e Sarah haviam conseguido aquele feito.


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Amazonas. - Brasil. – Território do Império das Trevas.


 


Naquela região do Brasil a noite começava a sobrepujar a luz do sol tornando o local já belo em algo extremamente exótico de se olhar, embora praticamente nenhum ser humano tivesse posto os pés naquela região a mais de doze mil anos.


 


A mata era completamente virgem naqueles tempos, aquele local estava localizado diretamente no centro da Floresta Amazônica em um local de difícil acesso e que continha perigos incalculáveis para quem não soubesse o que havia ao redor, principalmente durante a noite quando os predadores caçavam.


 


Mesmo os guerreiros que dominavam aquele país não tinham coragem de adentrar pelo coração daquela mata, pois os poucos que haviam sequer se aproximado do interior da floresta haviam sido brutalmente mortos pelas criaturas que ali residiam.


 


O barulho naquele momento era extremamente agradável aos ouvidos, embora em pouco tempo os sons da noite fossem preencher aquela região e com ela os predadores mais temidos do mundo sairiam para caçar suas presas.


 


Foi nesse local que Gina apareceu com um forte brilho azulado, a garota ruiva surgira exatamente entre duas árvores imensas que estavam cercadas de plantas, olhando ao redor a ruiva percebeu que aquela mata era extremamente fechada e que se ela não tivesse com as imagens do caminho em sua cabeça certamente estaria perdida e ferrada.


 


Gina iniciou a caminhada em direção ao templo a Deusa Ártemis, a ruiva sabia que o caminho seria levemente árduo de se seguir, a garota apenas não entendia porque não podia desaparatar em um local mais próximo do templo, mas não seria Gina que iria contrariar uma ordem de Harry, pois junto com as imagens que ele lhe enviara mentalmente também vieram a localização do local exato onde ela deveria aparecer.


 


Como a mata era bastante densa Gina encontrou grande dificuldade enquanto percorria o caminho em direção ao templo, a ruiva não entendia porque motivo não podia ter usado uma chave de portal para surgir mais próximo ao local do templo, mas não seria ela a contrariar as ordens de Harry, pois no momento em que ele lhe passara as imagens de onde ela deveria ir o local onde ela deveria aparecer ficou extremamente claro em sua mente.


 


De certa maneira a ruiva sempre gostara de locais como aquele, onde havia muita natureza e poucos seres humanos, no caso nenhum. Quando estava em casa, Gina passava grande parte de seu tempo no bosque que havia próximo a toca, era um local onde ela sentia-se extremamente confortável e protegida, um lugar somente dela.


 


As árvores naquela floresta eram extremamente grandes e antigas, pelo que Gina podia notar, algumas a garota jurava que tinham mais de duzentos anos.


 


Depois de mais ou menos cinco minutos em que a ruiva caminhava pela floresta a garota teve um súbito pressentimento ruim e estacou no mesmo lugar, os olhos castanhos da garota voaram para o alto percebendo que já era noite e que a lua encontrava-se imponente no céu dando um ar fantasmagórico no interior da floresta, Gina somente não entendia porque não havia percebido que a noite já havia chegado naquele local, estivera tão imersa em seus próprios pensamentos que não percebera o que acontecia ao seu redor.


 


O que fizera a ruiva parar fora o instinto que a avisava que alguém ou alguma coisa a estava espreitando, pela aparência do lugar Gina podia muito bem imaginar os diferentes e provavelmente desconhecidos tipos de predadores que existiriam naquela floresta, por isso ficando alerta e pronta para se defender de qualquer coisa a garota voltou a percorrer o caminho que a levaria diretamente ao Templo de Ártemis.


 


Depois de mais ou menos dois minutos encaminhando-se no mais absoluto silêncio e tendo o cuidado para não ser pega desprevenida Gina já havia percorrido quase toda a distância que a separava do templo, mas a sensação de perigo persistia e a garota tinha o estranho pressentimento de que seria atacada a qualquer instante.


 


Fato que se comprovou no instante seguinte quando uma enorme sombra saltou de entre alguns arbustos voando diretamente para o corpo da ruiva que conseguiu desviar-se por puro reflexo e em seguida postar-se de frente para a enorme pantera negra que havia pousado no chão e já tinha se voltado para encarar a garota.


 


Por um momento a excitação por uma batalha animal percorreu as  veias da ruivas no momento em que ela pensou em se transformar em um leopardo branca, mas então lembrou-se que não tinha muito tempo, o que a fez suspirar antes de utilizar um feitiço que deixou a pantera negra desorientada por tempo suficiente para a ruiva desaparecer pelo caminho em direção ao templo, Gina caminhou apressadamente para não correr o risco de ser perseguida pela pantera e em poucos minutos a garota encontrou-se em frente ao Templo de Ártemis.


 


Era uma construção magnífica, feita completamente de pedra. Parecia que ninguém ia naquele local a muito tempo se fosse levado em conta o estado em que as plantas ao redor do templo apresentavam, pois todas estavam enormes e rodeavam o local, mas o templo em si encontrava-se completamente limpo, parecia até mesmo que havia sido acabado de ser construído, havia uma escadaria de alguns lances de degraus que davam acesso a uma porta enorme, de cada lado da porta haviam duas esculturas, do lado esquerdo uma raposa vermelha e do lado direito um cão negro, ambos estavam em posição de ataque e em atitude desafiadora.


 


Não perdendo tempo Gina apressou-se a subir as escadas que a levariam ao que ela buscava, passou pelas esculturas e em seguida empurrou as enormes portas que se abriram com um forte rangido, então Gina adentrou ao Templo de Ártemis.


 


A visão que recebeu a ruiva era impossível de se descrever em palavras, o mais próximo que ela conseguiu chegar de algo foi murmurar que aquilo era simplesmente magnífico, ela estava em um grande salão repleto de imagens pintadas nas paredes e no teto, no teto havia um retrato da noite e duas constelações que Gina reconheceu perfeitamente como sendo as Constelações de Orion e a de Escorpião.


 


Imediatamente Gina relacionou aquelas imagens com os mitos que rondavam a Deusa Ártemis, a ruiva sabia que a deusa havia se apaixonado por um mortal e que estava disposta a torná-lo seu consorte, mas que Apolo ficou com tanto ciúme que preparou uma armadilha para a deusa fazendo com que ela matasse o homem por engano.


 


As paredes estavam retratadas com figuras da Deusa Ártemis em diferentes ocasiões, algumas retratavam a bela deusa enquanto se banhava em um lago, outras mostravam ela correndo ao lado de um enorme cão e uma raposa enquanto o arco e a flecha estavam em suas mãos, em outras ela estava recostada contra um enorme cervo sendo rodeada por varias corças, mas a que chamou a atenção de Gina foi uma figura onde ela estava representada como um devida caçadora, vestida com uma túnica, flexível, calçada com um coturno de couro e trazendo a aljava sobre o ombro, enquanto o arco estava em sua mão e um cachorro negro andava ao seu lado, havia também uma espada curva e levemente curta na cintura da deusa, uma espada que ela viu perfeitamente depositada em um pedestal no outro lado do grande salão.


 


Um sorriso brotou nos lábios da ruiva quando percorreu a bela espada com os olhos, a lâmina era azulada e tão pura quanto a natureza e as águas do mar, o cabo era avermelhado com algumas pedras esverdeadas que Gina reconheceu como sendo esmeraldas.


 


Fascinada com o brilho da espada a ruiva começou a caminhar para o pedestal com a clara intenção de pegar a espada, mas foi bruscamente cortada de seus pensamentos quando rosnados ameaçadores chamaram sua atenção.


 


Virando-se pronta para lançar os piores feitiços negros que conhecia a ruiva deparou-se com dois animais enormes e magníficos, uma raposa de pelo castanho avermelhado e olhos braços rosnava de maneira ameaçadora em sua direção enquanto avançava lentamente, logo ao lado da raposa havia um grande cão negro de olhos azuis que rosnava na mesma intensidade da raposa, ambos os animais mostravam os dentes para a ruiva que instintivamente deu um passo para trás antes de se colocar em posição de combate.


 


- Um teste. – sussurrou Gina lembrando-se das palavras de Harry e encarando diretamente ambos os animais, a ruiva sabia que poderia se transformar em um leopardo para lutar contra ambas os animais, mas a luta seria desigual, já que eles eram em dois e ela apenas uma.


 


Quando a raposa e o cão negro avançaram e saltaram em direção a Gina com as bocas abertas e prontos para abocanharem a ruiva, ela liberou sua aura que ficava em um meio termo entre amarelo e branco, a força da aura chocou-se contra ambos os animais jogando-os para trás com brutalidade, mas o cão e a raposa caíram de pé como se não houvessem sofrido o menos arranhão e imediatamente voltaram ao ataque.


 


Gina viu-se obrigada a se desviar dos ataques dos dois animais, não queria machucá-los, pois sentia alguma simpatia por eles, mas a ruiva sabia que precisava derrotá-los ou então jamais poderia pegar a espada e consequentemente não poderia sobreviver aquela guerra e salvar as pessoas que ela mais amava, como sua família e Hugo.


 


Cansando daquele jogo de ficar se desviando das investidas da raposa e do cão, Gina resolveu que iria arriscar tudo, a ruiva sabia que poderia vencer facilmente ambos os animais se utilizasse seus poderes, mas ela também tinha a impressão que se fizesse dessa maneira não seria merecedora da espada que pertencera a Deusa Ártemis.


 


Ártemis era a Deusa da Caça, Rainha dos Bosques e das Florestas. Gina deveria provar ser merecedora de uma das armas da deusa e para isso precisava demonstrar astúcia e inteligência sem precisar utilizar seus poderes para vencer os guardiões do templo da deusa.


 


Desviando-se de mais uma investida da raposa Gina saltou para o alto para escapar de uma mordida do cão negro, em pleno ar a ruiva iniciou a transformação e quando pousou no chão já estava transformada em um enorme leopardo branco, a forma animaga da ruiva era claramente uma fêmea, mas bem maior e imponente do que o normal.


 


A raposa e o cachorro negro pareceram ficar surpresos com aquela transformação e pararam de atacar por uns momentos para analisar melhor o novo adversário, o leopardo branco era maior do que o cachorro ou mesmo a raposa, Gina percebeu a hesitação dos dois animais e aproveitando-se disso colocou-se em posição de ataque enquanto rosnava de maneira selvagem e ameaçadora para a raposa e o cão negro.


 


Os dois animais que encaravam Gina rosnaram de volta e em seguida atacaram com ferocidade, a ruiva já esperava a investida deles e saltou para o lado escapando do ataque e então jogou-se contra a raposa acertando a lateral do corpo da mesma e lançando-a vários metros para longe até que ela aterrissou com violência no chão, os ganidos de dor da raposa chamaram a atenção do cão negro que olhou brevemente para a direção de sua companheira, foram instantes breves e que foram suficientes para Gina pegar o cão negro de maneira desprevenida mordendo-o no pescoço e fazendo-o uivar cheio de dor, a ruiva travou os dentes no pescoço do cão mesmo quando ele moveu-se bruscamente tentando se livrar do agarre que o leopardo fazia.


 


Gina sentiu o sangue do cão negro entre seus dentes e quase sorriu com aquilo, mas não teve tempo para pensar mais sobre isso, pois a raposa havia se recuperado e investido contra o corpo do leopardo jogando-a para longe do cão negro que balançou a cabeça quando finalmente viu-se livre do agarre que sofrera.


 


Em seguida o cão negro e a raposa avançaram rapidamente contra o leopardo atacando e investindo, a ruiva apenas se desviava da maioria dos golpes e investidas, eram poucos os que a atingiam e os que ela revidava, pois como a luta era dois contra um ela precisava se precaver ou acabaria seriamente ferida.


 


Em um momento o cão negro investiu de frente contra o leopardo que saltou por cima do mesmo fugindo da investida do cão e em seguida avançou contra a raposa golpeando-a com um poderoso golpe na região lateral do corpo do animal que ganiu enquanto era arremessado para trás com força, em seguida o leopardo foi ágil o bastante para fugir do cão negro antes de fazer a volta pela lateral do corpo do cão antes de enterrar os dentes no lombo do cão negro que uivou antes de tentar investir contra o leopardo, mas esse já havia se afastado.


 


A estratégia de ataque da ruiva era simples e rápida, ela fugia das investidas do cão negro e da raposa e quando conseguia alguma abertura Gina mordia os animais onde podia, como o leopardo era mais ágil que a raposa e o cão negro a estratégia funcionava perfeitamente, o que provou ser verdadeiro depois de mais dez minutos de uma luta acirrada entre os três.


 


O cão negro estava completamente machucado e mal agüentava-se em pé, como o pelo dele era negro não podia se ter uma noção exata de seus ferimentos, mas como a pelagem dele encontrava-se grudenta e molhada, podia-se perceber que ele sangrava de maneira abundante.


 


Já a raposa parecia ter sido atacada por uma centena de vampiros, pois havia marcas de dentes por todo seu corpo, algumas mordidas haviam sido tão profundas que o sangue continuava deslizando para fora do corpo de ambos os animais.


 


Mas mesmo naquele estado nenhum dos dois aprecia que desistiria tão cedo, o leopardo era o que encontrava-se menos machucado apesar de ter sido mordido duas vezes.


 


Quando a raposa e o cão negro investiram mais uma vez contra si, o leopardo utilizou de uma manobra evasiva e em seguida atacou com ferocidade derrubando ambos os animais que dessa vez permaneceram deitados no chão do grande salão, como se estivessem completamente exaustos e não pudessem mais lutar, diante desse fato o leopardo ergueu-se em suas patas traseiras e rosnou em triunfo.


 


Em seguida Gina voltou a sua forma humana e depois de curar seus machucados utilizando magia a ruiva observou o cão negro e a raposa, ambos estavam seriamente machucados e respiravam com bastante dificuldade, a ruiva suspirou enquanto sacava a varinha e apontava para a raposa, então murmurou um feitiço que restaurou aos poucos as energias do animal e também curou os ferimentos que a raposa havia sofrido, em seguida Gina executou o mesmo procedimento com o cão negro, mesmo correndo o risco de precisar lutar com eles novamente a ruiva não gostara de ver a maneira como os dois animais haviam ficado.


 


Ambos os animais levantaram-se vacilantes e logo colocaram-se de pé, então ao mesmo tempo os dois viraram-se diretamente para a ruiva, em seguida para a surpresa da garota o cão negro e a raposa sentaram-se no chão e ficaram apenas olhando para a garota. Por um momento Gina não soube o que fazer, então pensou que talvez havia passado no teste ou então os dois animais estavam esperando apenas ela virar de costas em busca da espada para atacá-la de surpresa, sabendo que precisava arriscar a ruiva virou-se e se encaminhou para o pedestal sem nem mesmo olhar para trás, afinal aconteceria o que tinha de acontecer.


 


Gina parou em frente do pedestal e então esticou a mão fechando os dedos ao redor do cabo avermelhado da espada, foi como se um choque a percorresse e subitamente Gina viu-se cheia de energia, foi a melhor sensação que a ruiva já sentira em sua vida, algo muito parecido com a paz da natureza e a calma dos mares e oceanos, ou mesmo a pureza de uma mata virgem e a calmaria dos bosques.


 


Então algo imenso e poderoso cresceu dentro do peito da ruiva que precisou respirar com calma ao sentir a imensidão do poder que havia dentro dela, algo completamente novo e ao mesmo tempo bastante familiar a ela, soube que a espada da Deusa Ártemis havia lhe ajudado a despertar todo o seu poder, ela sentia aquele poder gigantesco percorrendo suas veias como lava líquida, o poder era quente e pulsante, algo extraordinário.


 


Gina girou a espada de um lado para o outro testando a mobilidade dela, a ruiva gostou imensamente daquela arma, não era muito longa e nem grossa demais, bem ao estilo que ela preferia, aquela espada era perfeita para ela.


 


Suspirando a ruiva voltou os olhos para onde o cão negro e a raposa havia ficado e surpreendeu-se ao não ver nenhum dos animais, em seguida percebeu que eles deveriam estar ali apenas para testá-la e como ela havia passado ou achava que havia passado eles haviam desaparecido, depois de alguns segundos a ruiva concentrou-se e desapareceu do Templo de Ártemis com destino direto para a Sala Precisa.


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Ilha Karpáthos. – Grécia. – Templo de Zeus.


 


O céu encontrava-se estrelado na Ilha Karpáthos, aquele era um local praticamente isolado e esquecido pelos gregos e outros povos, pois ficava muito distante do continente e das principais capitais, poucos eram os seres humanos que se arriscavam a navegar até aquele local e eram menos ainda aqueles que passavam mais do que algumas horas no local.


 


A ilha em si era completamente rodeada pelo Mar de Creta, ela também era de difícil acesso, pois não havia praia ou costa onde as pessoas pudessem atracar seus barcos, ao redor de toda a ilha haviam apenas rochedos enormes e mortais, era como se eles estivessem ali justamente para proteger a ilha contra os invasores.


 


A ilha toda era formada por mata densa e que do alto deixava muito pouco para ser visto, muitos dos animais que ali habitavam ainda eram desconhecidos pelos seres humanos, alguns nem mesmo os bruxos já haviam visto.


 


E foi no meio dessa floresta densa e desconhecida pelos humanos que com um lampejo azulado Rony Weasley apareceu, o ruivo olhou ao redor de si por alguns instantes observando a mata que naquelas horas da noite parecia perigosa e assustadora, mas como não tinha tempo ou paciência para se preocupar com aquilo o garoto imediatamente começou a correr floresta a dentro em direção de onde ele sabia que ficava o Templo de Zeus.


 


Depois de quase cinco minutos correndo em uma velocidade moderada Rony chegou finalmente a seu destino, uma enorme construção apontava-se entre as árvores, o lugar era mais imponente do que até mesmo o ruivo esperava.


 


Parecia uma daquelas construções antigas que o ruivo vira apenas em figuras de livros, os pilares de concreto erguiam-se até cinco metros de altura, uma escadaria branca levava diretamente a uma porta gigantesca que ia da base da escadaria até o teto, estátuas que Rony reconheceu como sendo de Zeus estavam colocadas em ambos os lados da escadaria, cada uma delas diferente da outra, em uma delas Zeus segurava uma espada dourada e na outra o deus estava segurando em sua mão algo muito semelhante a uma lança.


 


Um pouco ansioso e ao mesmo tempo temeroso do que encontraria no interior do Templo de Zeus, Rony começou a avançar em direção a escadaria branca, que deixou o ruivo intrigado, afinal quase ninguém pisava naquela ilha a milhares de anos e mesmo assim o templo estava mais limpo do que nunca e as escadarias serem brancas mesmo estando a mercê do tempo, só podia tratar-se de magia ou então de algum poder divino.


 


Rony não pensou mais nisso e começou a subir os degraus brancos e aos poucos se aproximou das enormes e gigantescas portas, quando passou pelas duas estátuas do deus o ruivo sentiu um estremecimento percorrendo suas veias, algo muito semelhante ao que acontecia quando a adrenalina tomava conta de seu corpo, mas aquela excitação de agora era um pouco diferente, de uma maneira que Rony só conseguiu definir como expectativa.


 


Chegando as portas de mármore o ruivo demorou alguns segundos para empurrar as portas e abri-las, pois ele ficara admirando os entalhes que haviam na mesma, eram figuras do próprio deus, mas em seguida Rony adentrou o templo olhando tudo atentamente.


 


Aquele deveria ser o local mais belo que Rony jamais vira, pinturas magníficas estavam espalhadas pelo teto e pelas paredes do salão, um altar estava formado nos fundos do salão onde havia uma enorme estátua de Zeus segurando sua lança, certamente era ali que os mortais prestavam homenagens ao deus, também era possível observar diversas esculturas pequenas que estavam espalhadas pelo local, mas Rony não viu sinal algum de uma espada.


 


O ruivo começou a procurar por todos os lados, mas não encontrou nenhum vestígio de algum esconderijo onde pudesse estar depositada a espada que estava destinada a ele, mas o ruivo tinha absoluta certeza que ela se encontrava naquele local, podia inclusive sentir a presença e o poder de tal espada, além do mais Harry não o enviaria ali caso não tivesse absoluta certeza de que a espada estava mesmo ali.


 


Subitamente Rony lembrou-se das passagens secretas que havia em Hogwarts e então bateu com a mão na própria testa, obviamente que a espada não estaria simplesmente ali para que ele a pegasse, caso contrário outra pessoa já o teria feito muito tempo antes, então deveria ser aquilo que Harry quisera dizer com o fato de que eles seriam testados, talvez o teste fosse simplesmente encontrar a espada, desvendando seu segredo.


 


Imediatamente Rony começou a procurar por qualquer sinal de alavanca ou uma porta oculta e escondida na parede, o garoto ruivo verificou pedaço por pedaço daquele local, procurou inclusive nas pequenas frestas que havia entre as estátuas espalhadas pelo enorme salão, mas não conseguiu descobrir onde teria uma passagem secreta ali.


 


Depois de mais alguns minutos procurando pelo salão o ruivo decidiu verificar o teto, Rony observou atentamente cada misero pedaço do teto do Templo de Zeus, mas também não conseguiu descobrir nada que indicasse algo oculto.


 


- Droga Harry, você poderia ter me enviado para enfrentar alguma coisa. A Hermione que deveria estar aqui resolvendo esse problema. – resmungou Rony para si próprio enquanto se sentava em frente a estátua no altar. – Minha garota que é boa nessas coisas.


 


Rony focou pensativamente seus olhos no altar que fora feito para Zeus e foi com um clique que ele percebeu que fora o único local em que não havia procurado por algo oculto, claro que ele não mexera ali por respeito, mas não havia outra parte daquele salão melhor para se ocultar alguma coisa do que o próprio Altar de Zeus.


 


Aproximando-se rapidamente o ruivo começou a examinar detalhadamente cada parte do altar, mas também não encontrou nada, por isso o garoto dirigiu-se até a estátua de Zeus que ele havia deixado por último de propósito.


 


Depois de alguns minutos examinando a estátua o ruivo ficou confuso ao não conseguir encontrar nenhuma alavanca ou qualquer outra coisa que pudesse indicar uma trava para uma passagem secreta, por isso socou o peito da estátua de Zeus em um momento de raiva, o que o surpreendeu foi o fato de que o raio cravejado no peito de Zeus simplesmente afundou-se para dentro da estátua e então ele pode ouvir um forte barulho.


 


Ao se virar Rony viu que uma parte do chão do templo estava se abrindo e revelando um lance de escadas que descia, um sorriso brincou nos lábios de Rony enquanto ele se dirigia até o local e começava a descer as escadas entrando em um local escuro, mas conforme ele avançava as tochas que haviam nas paredes começavam a se acender automaticamente e assim que ele as passava elas se apagavam.


 


Assim que as escadas terminaram o ruivo encontrou-se em um local extremamente pequeno e mal iluminado, mas ele não deu importância para isso quando observou o que havia em uma das paredes do local, uma espécie de mural dourado e prateado contornavam e suspendiam uma espada simplesmente magnífica.


 


Rony imediatamente lembrou-se da estátua que ele havia visto do lado de fora do templo, a mesma espada dourada encontrava-se exatamente ali, bem a frente do ruivo. Dourada era um modo simples de dizer, pois ela era feita do mais puro ouro, era totalmente banhada em ouro ou feita do próprio ouro, o ruivo não sabia dizer e na verdade não importava nem um pouco para ele.


 


Havia detalhes que a adornavam como desenhos espirais no cabo da espada, mas a lâmina era tão limpa e sem detalhes que chegava a reluzir o reflexo do ruivo enquanto ele se aproximava de onde a espada estava.


 


Rony admirou a beleza de espada por alguns instantes antes de erguer a mão e segurá-la com a mão direita, mal a havia tocado e o ruivo sentiu como se algo dentro dele houvesse acordado, algo que estivera ali dentro adormecido enquanto esperava, Rony sentiu o poder dele crescer assustadoramente até mesmo para ele.


 


O ruivo ofegou com a intensidade daquele poder que agora percorria suas veias como um rio de lava escaldante, parecia queimá-lo por dentro, mas queimava de uma maneira extremamente agradável porque em um instante Rony não via a hora de entrar em batalha novamente para testar todo o seu poder, poder que ele sabia ser dele e apenas dele.


 


- Agora sim. – sussurrou Rony para si próprio enquanto segurava a espada com firmeza, queria usá-la imediatamente, mas sabia que teria de esperar até estar em Hogwarts onde testaria a espada e precisaria treinar para controlar todo aquele poder.


 


O ruivo não duvidava que precisaria de muito treinamento duro e intensivo para conseguir dominar todo aquele poder dentro de si e não acabar causando uma destruição com ele, Rony não sabia porque todo aquele poder despertara tão cedo, afinal era necessário muito treinamento para conseguir aquilo, somente suspeitava que tinha a ver com a espada.


 


Mas se havia alguém que poderia confirmar suas suspeitas, esse alguém era Harry. Em seguida Rony fez um movimento em diagonal com a espada e uma bainha negra surgiu em volta da lâmina dourada, o que o fez ocultar um sorriso, então o ruivo posicionou a espada em sua cintura e logo depois concentrou-se desaparatando do Templo de Zeus diretamente para o castelo de Hogwarts, mais especificamente para a Sala Precisa.


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Winchester. – Inglaterra.


 


A madrugada estava calma e tranqüila na cidade de Winchester, as poucas pessoas que ainda encontravam-se nas ruas naquele momento tratavam-se de soldados que pertenciam ao Panteão e que faziam a segurança da população, fazia pouco mais do que dois dias que Azrael tomara posse do Império da Luz, mas as modificações feitas por ele e por seus guerreiros eram vistas em todos os lugares.


 


Dezenas de Cavaleiros da Luz e membros do Império haviam sido presos por serem traidores ou até mesmo por serem corruptos e desleais com seu próprio povo, as condições de vida haviam melhorado levemente naqueles dois dias, as ruas estavam sendo purificadas e limpas, os bandidos estavam sendo caçados pelos guerreiros do Panteão, a escravidão silenciosa que havia nas cidades já fora praticamente eliminada e em breve todos teriam lugares novos onde morar, a reestruturação da cidade já havia começado e casas caindo aos pedaços e velhas foram derrubadas e em breve dariam lugares a residências adequadas.


 


Foi em uma das ruas daquela cidade que estava sendo reestruturada e limpa aos poucos que Hermione Granger apareceu juntamente com um lampejo azulado, a garota olhou ao redor por alguns instantes antes de começar a caminhar rapidamente pelas ruas, Hermione ainda estava surpresa pelo local onde encontrava-se a espada que ela deveria encontrar.


 


Um museu. Pensou a garota chocada. Como ninguém nunca havia reparado em uma espada mágica que estava guardada em um museu como se não fosse um artefato místico?


 


Mas Hermione sabia muito bem o motivo, ninguém sabia realmente a quem aquela espada havia pertencido, muitos apenas acreditavam saber e julgavam erroneamente.


 


Hermione saiu de seus pensamentos quando percebeu que já se encontrava em frente ao Museu de História da cidade, o local que guardava uma espada extremamente poderosa que deveria ter pertencido a alguém muito importante, embora a garota não soubesse a quem.


 


Enquanto aparatava para o interior do museu Hermione imaginou quantas espadas haviam sido forjadas pelos deuses e que não haviam sido usadas mais do que uma vez, segundo as lendas que ela conhecia havia dezenas de espadas espalhadas pelo mundo que os deuses simplesmente haviam deixado com os mortais.


 


Hermione atravessou os corredores do museu tomando o cuidado de desativar todos os alarmes e câmeras de vídeo que ela encontrou pelo caminho, logo a garota chegou a um pavilhão que estava reservado para as armas medievais e adentrou o mesmo caminhando imponentemente até duas portas duplas que havia no fim do pavilhão.


 


Com um feitiço Hermione desativou os alarmes e destravou as portas, em seguida as abriu e entrou no local encontrando várias redomas de vidro, em cada uma delas haviam armas e mais armas, desde simples punhais até lanças e machados de guerra.


 


Em pé haviam duas armaduras, uma masculina e outra feminina, o que surpreendeu Hermione, pois não imaginava que as mulheres haviam utilizado armadura antigamente, mas em seguida algo mais interessante chamou a atenção da Monitora Chefe de Hogwarts.


 


No canto da sala e dentro de uma redoma de vidro havia uma espada de lâmina verde claro com cabo prateado, Hermione soube que era aquela espada que ela viera buscar, então adiantou-se até o local e com um movimento simples de sua varinha desligou os alarmas e retirou os feitiços de proteção que havia ao redor da redoma, com mais um movimento de varinha a redoma de vidro simplesmente desapareceu e então Hermione pode finalmente guardar sua varinha e erguer a mão direita até envolver o cabo prateado com seus dedos.


 


Mal Hermione tocou a espada e a trouxe próxima a si e uma força esmagadora pareceu surgir dentro dela, algo que por um momento Hermione pensou que fosse sufocá-la e destruí-la, mas em seguida essa mesma força tornou-se intensa e extremamente familiar a garota.


 


Era algo que vinha de dentro dela e não um intruso invasor, Hermione concentrou-se enquanto fechava os olhos e “sentiu” todo o poder que a percorria da cabeça aos pés naquele momento, algo indescritível de se dizer ou mesmo mensurar.


 


Mas foi então que uma “sombra” começou a surgir do nada diretamente as costas de Hermione, que sentiu a mudança repentina que acontecera ao redor de si, a garota virou-se a tempo de ver a sombra começar a tomar forma até transformar-se em uma bela mulher de cabelos negros e olhos inteligentes que a olhou imponentemente.


 


- Quem é você? – perguntou Hermione com hesitação enquanto apertava o cabo da espada e se posicionava para o combate, pois a mulher portava uma espada muito parecida com a que Hermione estava usando naquele momento.


 


- Me vença e eu lhe direi. – murmurou a mulher em tom rouco e longínquo antes de simplesmente sumir, Hermione ergueu a espada bem a tempo de evitar que a outra espada a atingisse diretamente no rosto, o choque das duas espadas provocou faíscas violentas enquanto ambas as guerreiras mediam as forças.


 


Hermione “empurrou” a mulher com sua espada fazendo-a dar alguns passos para trás e em seguida atacou com força iniciando uma seqüência rápida e violenta de golpes, mas a mulher era uma espadachim excepcional e defendeu todos os ataques de Hermione revidando em seguida e atingindo um golpe no ombro de Hermione que gemeu enquanto elevava a mão esquerda para segurar o corte profundo que havia sido feito em seu ombro.


 


- Demonstre que merece será nova portadora dessa espada, Granger. – murmurou a mulher em tom baixo e levemente debochado enquanto encarava a garota que fecho a cara e avançou com rapidez iniciando outra série de golpes.


 


Hermione meio que perdeu um pouco o auto controle quando escutou o deboche na voz da mulher, Hermione se cansara de ficar ouvindo os outros debochando de si, cansara de ficar ouvindo piadas de mau gosto apenas pelo fato de seus pais serem trouxas, ela simplesmente cansara de ser humilhada e ridicularizada pelos outros.


 


Os ataques de Hermione ficavam cada vez mais violentos e ferozes enquanto a mulher continuava a defender-se de todos os golpes e ainda tinha o mesmo sorriso de deboche nos lábios, fato que deixava Hermione irada.


 


Cansada daquilo a garota atacou com fúria, mas acabou errando o golpe quando a mulher desviou-se, a espada que Hermione estava portando acertou um pilar de concreto e este quebrou-se ao meio e caiu fazendo as estruturas do local começarem a balançar, mas Hermione nem mesmo se importou com aquilo.


 


A garota certinha e sempre racional agora estava furiosa e não estava ligando para mais nada naquele momento, não deu tempo para a outra mulher e em seguida Hermione já reiniciava os ataques, mas sem que Hermione percebesse ela própria aumentava seu poder e sua velocidade enquanto atacava, isso apenas aumentava o sorriso nos lábios da outra guerreira, pois era exatamente por aquele motivo que ela estava ali, para testar os limites da menina.


 


Cerca de dez minutos depois que a luta havia começado as duas ainda estavam se golpeando furiosamente, embora Hermione mais atacasse do que se defendesse. Ambas as guerreiras possuíam alguns cortes, Hermione sangrava, mas a outra mulher estranhamente não havia derramado nem mesmo uma gota de sangue.


 


Foi em um acesso de raiva que Hermione liberou grande parte do poder que ela possuía dentro de si fazendo uma onda de poder exalar dela acertando diretamente a outra guerreira que foi lançada contra a parede as costas de onde ela se encontrava, quando a mulher recuperou-se e voltou os olhos para a menina que estava testando ela surpreendeu-se com o que viu, uma aura extremamente poderosa circulava o corpo da menina, uma aura amarela da cor do sol.


 


Enquanto encarava aquela garota que demonstrava ser imensamente poderosa, mais até mesmo do que ela própria imaginara, a mulher sentiu uma onda de respeito por aquela menina, pois quando ela conseguisse dominar completamente seus poderes seria quase tão poderosa quanto ela própria, se não chegasse a seu nível de poder.


 


- Espere. – disse a mulher em tom baixo e firme no momento em que Hermione estava para avançar e atacar, a garota surpreendeu-se com aquela ordem e parou olhando curiosamente para a mulher que naquele momento guardava a espada em uma bainha.


 


- O que foi? – grunhiu Hermione em tom curioso enquanto encarava a guerreira nos olhos esperando para ver se aquilo não seria um engodo para que ela fosse pega desprevenida, mas pela maneira como a mulher enviou-lhe um sorriso Hermione percebeu que não seria enganada, mais confusa ainda a garota apenas encarou a guerreira até que a mesma voltou a falar.


 


- Meus parabéns, você foi testada e passou no teste. – disse a mulher em tom satisfeito enquanto encarava a garota.


 


- Testada? – Hermione deixou escapar e foi com surpresa que lembrou-se das palavras de Harry, em seguida Hermione encarou a mulher com a qual ela lutara até alguns momentos atrás e perguntou. – Quem é você?


 


- Sou Naya. – respondeu a mulher em tom rouco e longínquo novamente, como se ela falasse de um lugar muito distante, mas mesmo assim havia confusão nos olhos de Hermione, então Naya continuou a falar. – Sou uma semi-deusa, filha de um deus com uma humana. Atualmente vivo no Olimpo com os outros deuses, essa espada que agora você está usando pertenceu a mim em um passado distante, mas eu a deixei no mundo dos humanos quando fui morar no Olimpo.


 


- Se você mora no Olimpo, como pode estar aqui? – perguntou Hermione com curiosidade, embora por dentro estivesse gritando que aquilo era sensacional e impossível ao mesmo tempo, ela estava na frente de uma semi-deusa, pelo amor de Merlin.


 


- Estou apenas fazendo um favor para meu tio. – respondeu Naya enquanto um sorriso brincava nos lábios da semi-deusa. – Meu tio Hades me pediu para testar você, disse que você viria em busca de minha antiga espada, mas que para ser a portadora dela você deveria mostrar-se merecedora e você superou minhas expectativas. Lembre-se disso Hermione Granger, você será uma das guerreiras mais poderosas deste mundo se sobreviver a esta guerra.


 


Hermione nem mesmo teve tempo de dizer mais nada, pois Naya simplesmente desapareceu tão silenciosamente e rápido como havia surgido. Exalando um suspiro Hermione preparou-se para arrumar o local e foi somente então que ela percebeu que encontrava-se novamente em frente a cúpula de vidro de onde retirara a espada, olhando ao redor a garota percebeu que não havia nem mesmo um sinal de que houvera alguma batalha ali dentro, Hermione olhou para si própria apenas para descobrir que não estava mais sangrando e que não havia nenhum corte em seu corte.


 


Com uma sensação estranha a garota sussurrou algo inaudível e logo em seguida conjurou uma réplica da espada que estava em sua mão e a depositou no mesmo lugar de onde retirara a espada, em seguida recolocou a cúpula de vidro e somente então Hermione desaparatou de dentro do museu pensando no interior da Sala Precisa.


 


 


 


 


Agradecimentos especiais:


 


Haseo: Ai camarada, a fic ta atualizada de novo. Com uma ameaça dessas eu preciso continuar a fic, não é mesmo? Bem, não pretendo parar não amigo, nenhuma das minhas fics, mesmo que umas estejam demorando mais do que as outras. Quanto a sua fic, vou ler ela daqui a pouco e já comento cara, mas apenas pelo nome parece ser boa. Abraços, fera.


 


Kalih: Que bom que essa fic é boa o bastante para prender a atenção tantas vezes. Eu também adoro ela, acho que ela é minha preferida depois de Apocalipse... Os Dragões das Trevas vão dar o ar da graça em três capítulos e vai ser indescritível. Você resumiu bem algumas das lutas que terão daqui para frente, acho que estes são os que eu deixei pistas no decorrer dos capítulos, os outros serão surpresa. Obrigado pelos elogios a minha humilde pessoa, não acredito que mereça tanto, mas agradeço mesmo assim. Beijos e até o próximo capitulo.


 


Carolzynha LF: Que bom que gostou dessa fic também, espero que tenha curtido esse capitulo de testes que foi light perto do que os outros terão de passar. Os deuses são mesmo demais. Beijos e até o próximo capitulo.


 


Biank Potter: Acho que essa fic que você leu se chama Descendentes Divinos escrita pelo Black Wolf, se não foi então eu recomendo que você leia, pois ela é simplesmente demais. Bom, não vou dizer o que vai acontecer, pois senão estragaria a surpresa, mas posso dizer que você chegou bem perto do que vai rolar, embora o Harry não vá a nenhum outro mundo. Beijos e até o próximo capitulo.


 


Trinity: Não precisa se preocupar por ter ficado por esse tempo por fora, essas coisas acontecem e as vezes a gente precisa de um tempo de uma coisa ou outra na vida. Não posso prometer não matar a Sarah, assim como não posso garantir que ela vá mesmo morrer, foi apenas um comentário de Baha, ninguém pode dizer se aquilo realmente irá ou não acontecer, afinal o destino pode ser alterado. Beijos e até o próximo capitulo.


 


Edna Marques: Espero que tenha gostado de ver o que a Hermione fez. Ah e obrigado pelo elogio, fico feliz que tenha gostado do enredo da história e da personalidade do Harry e da Sarah. Beijos e até o próximo.


 


Gabriel Griffindor Magid: Eu acho que sou um pouco sádico sim, acho que dá para perceber pelas batalhas e torturas... Quanto a “morte” da Sarah, realmente não vou revelar nada agora, até porque Baha comentou aquilo como uma possibilidade, mas o destino pode ser irônico as vezes, então essa fica sem resposta amigo. Abraços.


 


Mari: Movimento POR FAVOR NÃO MATE A SARAH? Bem criativo devo ressaltar, concordo com você com o fato do Harry não merecer perde-la, mas quem sabe o que pode acontecer, não é mesmo? O destino as vezes é alterado, o que significa que ela pode ou não morrer. Tudo depende da mente sádica do autor, é claro. Beijos e até o próximo capitulo.


 


Kika.Cerridween: Bem, você comentou cada um dos capitulo que leu, eu realmente gostaria de responder um por um os seus comentários e perguntas, mas vou ter de generalizar um pouco ou então escrevei muito, espero que entenda. Realmente se fosse para o Harry se tornar o cara super poderoso o sacrifício da Sarah poderia valer a pena, afinal ninguém merece ver um cara em depressão por ter perdido o amor da vida dele. Mas acho que no caso do Harry se a Sarah morresse ele não entraria em depressão não, ele iria destruir o mundo em busca de vingança. Espero que tenha gostado da luta entre Hermione e o Cavaleiro das Trevas, assim como o restante desse capitulo.


Dumbledore será sempre um manipulador, mesmo nos livros da JK é possível ver essa faceta de Dumbledore, sempre ocultando informações, na verdade muitas coisas ele nem mesmo precisava revelar completamente para o Harry, apenas dar pequenas dicas sobre o que era importante ou não, como no caso da profecia, o diretor na precisava ter revelado nada ao Harry, apenas dito para ele que era importante e que Voldemort a queria, com certeza nosso herói seria mais cuidadoso e não cairia em uma armadilha tão obvia.


Realmente as batalhas daqui para frente serão ainda mais ferozes e intensas, com guerreiros mais poderosos e cruéis. Um desafio e tanto para nossos amigos. Quanto ao lance do Harry achar que não pertence a família dele naquele mundo, se deve simplesmente ao fato da maneira como ele viveu sua vida, ele tem duas memórias diferentes tentando se conciliar e uma delas é uma vida sem os pais e a outra uma vida em que era menosprezado e que achava que os outros o odiavam, acho que tem também o fato dele sempre perder as pessoas que ele gosta, como aconteceu no outro mundo, embora isso não justifique. Quanto ao James e a Sirius, posso garantir que a conversa será longa antes de eles colocarem todos os pingos nos is... e o Harry não vai facilitar não.


O lance do Sirius ter começado a fic com a enfermeira da escola e depois com a auror foi falha minha, acabei me esquecendo que o Sirius era casado com a enfermeira, o primeiro lapso que eu cometi na fic, mas agradeço por você ter me alertado para esse fato, já modifiquei o capitulo, então vai ficar com o Sirius começando a fic namorando a enfermeira e então eles terminam e o Sirius conhece a auror italiana. Espero que perdoe meu lapso.


A tortura foi pesada então? Não sei realmente se as cenas surgiram na minha cabeça por causa dos filmes, mas confesso que gosto muito de filmes de terror e do gênero, embora tenha assistido apenas Jogos Mortais I, II e III, ainda não consegui tempo para comprar os outros filmes, talvez agora eu compre para conseguir algumas novas idéias. Albergue eu assisti apenas o 2.. Ah, não consegui definir se você gostou ou não da tortura, mas acredito que não... Hahahaha.


Quanta a sua pergunta: onde estava Sarah na realidade na qual o Harry morreu? Quem sabe eu não responda essa pergunta futuramente, talvez no fim da fic, mas não posso garantir nada.


Devo lhe informar que me diverti muito com seus comentários, alguns sendo inclusive muito engraçados, mas a parte que eu ri pra valer foi no comentário do capitulo 7 quando você diz que a melhor parte dele foi o “titio Vold ter seu ataque de pelanca fulminante”, quase cai da cadeira de tanto rir nessa parte.


Espero que você continue me brindando com comentário igualmente interessantes e divertidos, pois eles me animaram a escrever esse capitulo, embora o próximo ficará bem mais empolgante e interessante, pois será quando os testes mais difíceis ocorrerão. Beijos e até o próximo capitulo.


 


Kaos StoneHange: Mais um que não quer que eu mate a Sarah. Bem cara, ainda não sei dizer o que vai rolar daqui para frente, então ficaremos na expectativa. Abraços e até o próximo.


 


Gi Magno: Cara, ainda não sei realmente o que vai rolar na fic, estou tentando decidir o que acontecerá. Abraços e até o próximo.


 


 


Próxima Atualização (11/01): Alterando a Historia e Harry Potter e a Herança das Sombras.


 

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