Capitulo 18 – Katherine Sarah

Capitulo 18 – Katherine Sarah



Capitulo 18 – Katherine Sarah Black-Hawk


Voldemort estava verdadeiramente furioso pela primeira vez em mais de dois anos. A sua frente os sete Cavaleiros das Trevas restantes estavam ajoelhados enquanto atrás deles os comensais que haviam conseguido sair da batalha com vida.

Ouvira os relatos de cada um dos sete Cavaleiros sobre as batalhas e ainda não conseguia acreditar no que eles haviam lhe revelado, a um canto do salão Kassius parecia pensativo com as informações, mas Voldemort sentia seu sangue fervendo de ódio, ódio contra o tal Azrael por frustrar seus planos e ódio contra aqueles imbecis a sua frente que pareciam não serem capazes de vencerem alguns guerreiros mais poderosos.

- Estão querendo me dizer que foram derrotados por Guerreiros desconhecidos? – sibilou Voldemort com a voz gelada e sombria ecoando pelo imenso aposento.

- Sim, milorde. – responderam os sete Cavaleiros das Trevas em uníssono, sabiam que seriam castigados.

- Como isso foi possível? – a pergunta foi feita em um sibilo frio e cruel causando estremecimento e pânico nos comensais da morte.

- Eles eram poderosos milorde. – respondeu Liam se atrevendo a erguer os olhos e olhar diretamente para o Lorde Negro – E embora nunca os tenha visto antes ou mesmo sentido o poder deles sei que são mais fortes do que eles demonstraram, pelo menos o que lutou comigo e se chama Erebo tem muito potencial oculto.

- Então eles são novos em batalhas. – Voldemort sibilou baixinho enquanto pensava no que Liam dissera.

- Eu creio que sim milorde. – Liam concordou balançando a cabeça e logo depois baixando os olhos novamente.

- Pelo que vocês disseram eles escondiam seus rostos... – falou Voldemort e assim que obteve resposta dos Cavaleiros voltou a falar – Mas deveria existir algo que os diferenciasse um do outro, me digam como eles estavam vestidos.

- Eles vestiam sobretudos negros milorde, mas o que os diferenciava uns dos outros eram figuras de animais que estavam estampados na parte de trás do sobretudo trouxa que eles vestiam. – Viktor falou lembrando-se do Dragão estampado nas costas de Zeus.

- E Azrael? – perguntou Voldemort olhando questionadoramente para seus Cavaleiros que negaram com a cabeça aquele conhecimento.

- Milorde? – Kassius se aproximou lentamente, seus movimentos não faziam nenhum barulho e eram fluidos como os de um felino.

- Sim? – o Lorde das Trevas voltou seus olhos para o melhor de seus homens, era também aquele em que ele mais confiava.

- Um de meus informantes me repassou que Azrael estava no ataque a Atenas junto com uma companheira chamada Hel, os dois lutaram contra os dois Cavaleiros das Trevas no local e eles os mataram de maneira cruel, segundo as palavras de meu informante no Império da Luz. – Kassius disse com a voz fria e impassível.

- Qual dos dois matou Korcet? – perguntou Voldemort com a voz cheia de curiosidade pela primeira vez desde que soubera do fracasso do ataque.

- Azrael matou Korcet e Hel matou Rabinor. – Kassius falou indiferente as expressões de medo que os comensais da morte possuíam, provavelmente sabiam que seriam torturados pela falha no ataque ao território grego.

- Bem, vocês falharam em cumprir minhas ordens e agora está na hora do castigo. – sibilou Voldemort voltando seus olhos para os homens que estavam de joelhos a sua frente, em seguida fez um rápido movimento com as mãos e todos os sete Cavaleiros das Trevas e os comensais da morte caíram no chão gritando de dor enquanto sentiam milhares de facas e adagas perfurando seus corpos enquanto o sangue jorrava, mas um segundo depois a tortura parava e então eles percebiam que fora apenas uma breve visão e que estavam inteiros, mas em seguida sentiam novamente as mesmas sensações agonizantes de carne sendo retalhada.

Naquela noite toda a Fortaleza Negra ouviu os berros dos Cavaleiros das Trevas e dos comensais da morte sendo castigados pela falha deles, todos sabiam como o Lorde das Trevas podia ser cruel quando queria e nenhum deles estava disposto a sentir o mesmo que os que estavam recebendo o castigo do Lorde Negro.

- Milorde. – Kassius se aproximou do Lorde das Trevas assim que o mesmo parara o castigo de seus servos, os Cavaleiros das Trevas estavam se arrastando para fora da sala enquanto os comensais da morte estavam simplesmente desmaiados no chão, alguns claramente mortos por não terem suportado os inumeráveis castigos que Voldemort havia imposto a eles naquela noite. – Há mais uma coisa que precisa saber.

- Diga. – Voldemort apenas acenou enquanto Kassius se aproximava mais dele, estava se sentindo cansado e queria desfrutar de um pouco de silêncio por um tempo.

- Azrael dominou a Grécia e expulsou os Cavaleiros da Luz que não quiseram se aliar a ele, mas todos os gregos ficaram e agora fazem parte de suas fileiras. – Kassius informou rapidamente antes de se afastar assim que o Lorde lhe deu permissão.

Voldemort ficou pensativo por alguns segundos enquanto observava Kassius saindo pela porta do enorme salão enquanto outros comensais entravam na sala e começavam a retirar os corpos de seus companheiros. Então Dumbledore havia perdido mais um território, perdera não apenas o domínio sobre a Grécia como também o efetivo tanto humano como financeiro do país grego, a guerra estava começando a ficar interessante e o Lorde das Trevas pela primeira vez em muitos anos sentia vontade de lutar, queria enfrentar Azrael e Harry Potter, queria ver se os dois eram tão poderosos assim quando estivessem frente a frente em uma batalha.

Mas antes iria treinar um pouco, fazia tempo que não lutava pra valer e sabia que estava um pouco enferrujado, nada que uns bons treinamentos não resolvessem. Também teria de fazer uma pequena visita a América Central onde seus guerreiros mais poderosos estavam treinando em uma ilha isolada de tudo, primeiro os colocaria em batalha e então veria se Azrael e seus “amigos” eram tão bons mesmo.
======


Ele sentia sua cabeça latejando e seus sentidos estavam levemente embaçados, preocupado verificou suas proteções mentais e descobriu que sua mente continuava intacta, aos poucos foi se lembrando do que havia acontecido. Os flashes da batalha vieram a sua mente e ele reviu a si mesmo lutando contra o Cavaleiro das Trevas, golpe por golpe até perder o controle e passar a torturar e em seguida matar Korcet.

Ordenando os pensamentos lembrou-se que deveria estar na Sala Precisa naquele momento e relaxou um pouco, mas quando foi se mover sentiu um corpo junto ao seu e ficou rígido. Abriu os olhos lentamente e os semi-cerrou para que conseguisse enxergar na escuridão que se encontrava o quarto naquele momento.

Soube que estava no quarto para os garotos e aquela era sua cama, então virou-se lentamente tentando fazer o mínimo de movimento possível e olhou para a figura feminina que se encontrava abraçada a si. Os cabelos negros caiam esparramados ao redor do rosto delicado de Sarah, a expressão serena no rosto a fazia ficar muito parecida com um anjo.

Ficou apenas observando a garota por alguns segundos tentando entender o que ela estava fazendo deitada junto com ele, ainda mais que ele sentia que se encontrava vestido apenas com uma cueca. Mas então levantou sua mão direita levando-a em direção ao rosto dela e em seguida retirando as mechas de cabelos escuro que estavam tampando boa parte da face da morena, Harry sentiu a maciez do cabelo dela, mesmo estando sujo por causa da batalha que haviam travado, podia ver que ela estava vestindo as mesmas roupas de antes.

Ela deveria ter ficado ali cuidando dele, pensou Harry, e provavelmente se deitara na cama por estar muito cansada. Uma onda de posse se apoderou dele enquanto traçava o rosto dela com seus dedos, o sentimento que estava sentindo em seu peito aumentando a cada instante, nunca imaginara que pudesse se sentir daquela maneira com alguém, mas agora que estava acontecendo parecia ser a melhor coisa do mundo.

Uma vontade louca de beijá-la imediatamente quase fez com que o moreno perdesse o controle que estava exercendo sobre si mesmo, sabia que queria beijá-la, prová-la e marcá-la como sua para sempre, mas sabia que não poderia forçar a garota a algo, sentia o ódio vindo dela nos treinamentos, sabia que ela não estava pronta para ter um relacionamento, mesmo que ela não entendesse esse fato, como também sabia que ela não estaria pronta até ter completado sua vingança, mas Harry podia ser paciente e esperar por ela, tinha uma guerra inteira para vencer ainda.

Aproximou mais seu corpo do dela apenas para sentir a maciez e as curvas do corpo feminino, ela tentava parecer durona e forte, mas por baixo de tudo aquilo era apenas uma menina delicada e sensível, como Gina também era, mas a ruiva apenas usava aquela fachada para se proteger dos irmãos ciumentos, já Sarah era outra história, aquela faceta não era apenas uma fachada e sim parte da personalidade dela que ela foi forçada a adquirir durante a sua vida, provavelmente depois do trauma que ela sofrera.

No começo ele pensara que ela havia sido violentada por alguém, mas depois de conviver com ela nos treinamentos percebera que o ódio dela vinha de alguns anos e não de pouco tempo atrás, por fim chegara a conclusão de que alguém destruíra a família dela, pois ela nunca falava nada sobre eles e quando era perguntada sobre o fato dizia apenas que não tinha família.

Ela parecia alheia a tudo enquanto dormia, e nem parecia perceber que ele estava acariciando o rosto dela. Harry se aproximou um pouco mais e lentamente inclinou sua cabeça até que pode sentir o cheiro que exalava dela, um cheiro diferente chegou em suas narinas, algo semelhante a floresta virgem e campo, mas que parecia extremamente exótico do ponto de vista do moreno.

Afundou o rosto no pescoço dela por baixo dos cabelos sentindo mais profundamente o cheiro que exalava do corpo da garota, obteve um leve resmungo como resposta enquanto ela se mexia ainda dormindo. Afastando-se o moreno olhou a expressão dela se tornar levemente sorridente e depois voltar a mesma expressão serena enquanto se aconchegava melhor debaixo do edredom, mas o moreno não desistiu, iria acordá-la.

Chegando rente a ela, com seus lábios a poucos centímetros dos dela o moreno desviou os lábios e beijou o queixo dela e então passou a distribuir leves beijos por toda a face da morena até o momento em que sentiu que ela despertava, nesse momento ele ficou com o rosto a apenas um dedo de distancia olhando diretamente para os olhos azuis que se abriam lentamente e focavam-se nos olhos verdes do moreno.

- Oi dorminhoca. – sussurrou Harry e em seguida baixou o rosto selando seus lábios com os dela que arregalou os olhos ao sentir que o moreno a estava beijando.

Num primeiro momento Sarah ficou imóvel e rígida enquanto processava o que estava acontecendo, afinal aquele era seu primeiro beijo. Mas quando sentiu como ele movia a boca sobre a sua exigindo que ela correspondesse acabou suspirando de prazer e nesse exato momento a língua do moreno insinuou-se por entre seus lábios a pegando de surpresa e fazendo com que ela soltasse uma exclamação abafada, o que serviu apenas para dar mais espaço para a língua ávida que invadiu sua boca transformando o beijo em algo mais intenso e avassalador.

Não houve como negar nada a ele, pois o moreno já a puxava para ele, as mãos grandes encontrando um caminho entre os cachos negros enquanto deslizava com a língua sobre seus lábios, Sarah mal conseguia respirar tamanha a onda de desejo que a inundou.

Harry estava algo entre maravilhado e extasiado com a essência e o toque do corpo dela com o seu, mesmo lutando para se afastar um pouco e não assustá-la ele não conseguia, era tarde demais para voltar atrás.

Diversas razões diferentes do motivo que deveria interromper aquele momento passaram pela mente de Sarah enquanto Harry passeava as mãos em suas costas, mas quando os lábios dele deslizaram para seu pescoço ela já não conseguia se lembrar nem mesmo do próprio nome. Um leve gemido escapou de seus lábios enquanto arqueava o corpo levando sua cabeça para trás, os lábios de Harry deslizavam por sua orelha enquanto as mãos dele a apertavam fortemente.

- Sarah... – a voz do moreno não passara de um gemido abafado enquanto ele se afastava levemente e a olhava nos olhos.

Sarah viu as intenções dele nos belos olhos verdes e em vez de se sentir assustada com o que estava para acontecer a garota sentia um calor incendiando-a e obrigando-a a continuar, por isso afastou-se levemente sem romper o olhar e então retirou o sobretudo que ainda vestia e logo depois a blusinha deslizou por seus braços, para então ser jogada no chão ao lado da cama.

Harry olhava hipnotizado para os movimentos da morena enquanto ela retirava o sobretudo e a blusinha focando seus olhos na pele exposta, mas quando ela moveu seus braços para desabotoar o sutiã deixando-o deslizar sobre os braços até se juntar a blusinha no chão sua respiração parou em algum lugar de seu corpo. Engolindo a falta de ar o moreno baixou seus olhos, a pele dela macia e pálida na leve luz que vinha da lareira, como ela havia se sentado ligeiramente para retirar as peças de roupa seus cabelos caiam sedutoramente por cima dos seios.

Quando Sarah abriu os braços num leve convite ela viu o desejo explodindo nos olhos dele que escureceram consideravelmente, os lábios dele se encontraram com os dela novamente e a garota foi capaz de sentir uma paixão quente através do beijo, ela sentiu ele inclinando-a contra a cama e então rodeou seus braços ao redor do pescoço do moreno ao mesmo tempo em que ele soltava o peso sobre o corpo dela.

Os beijos tornaram-se mais quentes e apaixonados ao mesmo tempo em que as mãos percorriam ávidas o corpo um do outro, o moreno deslizou seus lábios pelo pescoço da garota e com medo de assustá-la apenas passou brandamente sobre os seios rosados enquanto deslizava beijando agora o abdômen da garota.

Sarah levantou o quadril quando sentiu Harry desabotoando sua calça e logo depois a puxando juntamente com sua calcinha, jogando-as no chão em seguida. Ela estava completamente nua embaixo dele e o moreno sentiu repentinamente seus desejos tornarem-se realidade, quando sua mão direita deslizou pela perna da garota subindo até as cochas o moreno a viu fechar os olhos, a mão do moreno parou muito próximo da virilha dela e Sarah segurou sua respiração antecipando um toque ou algo que ela não sabia o que era, seu quadril levantou-se desesperadamente tentando um contato maior com a mão e o corpo do moreno.

Harry viu os olhos da morena abrirem-se e ela ofegava enquanto ele deslizava um dedo para dentro dela, a garota quase pulou de surpresa com o inesperado contato intimo. Agilmente o moreno inclinou-se por cima dela e tomou os lábios carnudos em um beijo possessivo para abafar os gemidos que escapavam pelos lábios de Sarah.

Sarah sentia o calor crescer no fundo de seu âmago enquanto os lábios do moreno eram possessivos e ao mesmo tempo suaves, enquanto investia o dedo de maneira firme entre usas pernas. Nunca imaginara que seria assim sua primeira vez com um garoto, a sensação de calor aumentava e apenas se incendiou quando o moreno direcionou os lábios em seus seios.

Um arrepio de excitação perpassou pelo corpo da morena quando os lábios do moreno encontraram o bico de um de seus seios endurecidos e ele o pôs na boca, a morena levantou seu quadril lentamente encontrando com o dedo que deslizava para dentro e para fora de si, a morena passou a acompanhar o ritmo que Harry colocava enquanto sentia-se quente, o formigamento dentro dela se intensificava cada vez mais chegando a assustá-la, ouviu seu nome sendo dito pelos lábios do moreno antes que ela arqueasse seu corpo enquanto tudo a sua volta explodia.

Seu corpo amoleceu enquanto ela ofegava e gritava, logo depois enquanto respirava profundamente sua visão voltava aos poucos ao normal, ela estava se sentindo incrivelmente bem e relaxada, quase saciada, mas ainda havia uma necessidade de completar o ato que haviam começado e ela tremeu quando sentiu as carícias do moreno continuarem em seu corpo.

Harry sentiu os tremores sacudindo o corpo feminino enquanto tomava de maneira faminta o seio delicado, mas continuou as carícias deslizando sua língua sobre o bico do seio enquanto deslizava em seguida para o outro seio abocanhando-o com volúpia, seu membro pressionava pesadamente contra a cocha da morena que voltava a arfar enquanto o abraçava novamente.

Sarah cravou suas unhas nos ombros fortes do moreno enquanto gemia baixinho, ela levantava o quadril instintivamente contra o dele sentindo o grau de excitação do moreno. Harry sentia que poderia explodir a qualquer momento se não estivesse dentro dela naquele exato instante, por isso moveu-se e retirou a única peça de roupa que vestia ante de afastar as pernas dela e colocar-se entre elas, ávido por senti-la completamente.

- Terei de machucá-la por um momento. – Harry sussurrou quando a sentiu hesitar, então colocou ambas as mãos nos lados da face da garota forçando-a a encará-lo enquanto se inclinava e encostava os quadris. – Prometo que será só por um instante.

Mal terminou de falar e o moreno viu a permissão brilhar nas íris azuis e então deslizou para dentro dela lentamente ouvindo a respiração dela ofegante escapando dos lábios carnudos enquanto ela arqueava o corpo e colocava suas pernas em volta de sua cintura. Quando encontrou a esperada resistência do corpo da morena Harry fechou os olhos e com um rápido golpe enterrou-se profundamente dentro dela ao mesmo tempo em que ouvia um grito abafado escapar pelos lábios da garota.

Harry encostou sua cabeça no ombro da morena ficando imóvel enquanto ela se ajustava a seu corpo, o moreno a sentia tão firme e quente em volta de si que precisou morder seus lábios para resistir a ânsia de penetrá-la com força e encontrar a doce libertação e o prazer que ela tinha para lhe oferecer. Quando Sarah relaxou ela deslizou as mãos pelas costas do moreno deixando um rastro de fogo por onde as mãos delicadas passavam, fazendo gemer enquanto sentia os músculos do corpo dela se contraindo em volta de si.

Harry elevou sua cabeça e olhou para o rosto sereno da garota, os olhos dela estavam fechados. O moreno sussurrou o nome da garota que abriu seus belos olhos para encontrar com os olhos verdes do moreno, o brilho dos olhos azuis estava tão escuro como um mar revolto e o olhar dela parecia em chamas assim como Harry se sentia naquele momento, não conseguindo mais suportar aquela tortura o moreno começou a se mover lentamente, com investidas suaves que faziam Sarah abrir a boca tentando respirar enquanto ondas de choque percorriam seu corpo.

Sarah fechou novamente seus olhos enquanto a enchente de emoções e sensações invadia seu corpo atravessando-a como se fosse uma lança, ela sentiu-o investindo profundamente fazendo com que ela soltasse um gemido mais agudo e prazeroso, o que a pouco fora doloroso e desconfortável agora transformava-se em algo incrivelmente maravilhoso.

O moreno a olhava enquanto investia lentamente contra o corpo feminino, a ouvir gemer e ofegar com as novas sensações que estava sentindo, seus movimentos estavam lentos e suaves, mas o corpo de Sarah estava pegando fogo pedindo por algo que ela não tinha certeza do que era, por isso desceu as mãos e cravou as unhas na cintura do moreno enquanto as investidas dele aumentavam de ritmo, os lábios dele em seu pescoço sussurravam promessas encantadoras e maravilhosas ao mesmo tempo em que eram incrivelmente eróticas para ela.

Sarah sentiu a explosão ocorrer novamente dentro dela, só que dessa vez em maior intensidade, ela afundou em um orgasmo arrebatador e que a deixou arquejando enquanto tentava voltar ao normal, voltou seus olhos e olhou novamente para os olhos verdes. Harry respirava rapidamente enquanto sentia a morena palpitando e alcançando o prazer, sentia ela se deixando levar ao mesmo tempo em que seus músculos se contraiam em volta de si, e ouviu os gemidos de prazer que saiam dos lábios dela enquanto o máximo do prazer a arrebatava.

Os braços da garota caíram molemente na cama, mas Harry não parou de se movimentar dentro dela, ele pegou ambas as mãos da garota e as elevou para cima de sua cabeça e então entrelaçou seus dedos aos dela, em seguida capturou os lábios dela num beijo faminto e erótico. Sarah gemeu alto quando sentiu o moreno começar a mergulhar profundamente dentro de si enquanto a língua dele deslizava de maneira desesperada dentro de sua boca.

Sarah apertou suas pernas em volta da cintura do moreno quando novas onda eletrizaram seu corpo, em seguida passou a levantar sua cintura de encontro as investidas profundas do moreno, ficando satisfeita quando ouviu um gemido sufocado saindo da garganta do moreno, um gemido que parecia o resmungo de um animal faminto, pensou ela.

Harry afastou-se dos lábios da garota enterrando seu rosto na curva do pescoço de Sarah sentindo o cheiro gostoso dela, em seguida mordeu levemente o ombro da morena quando sentiu a familiar libertação explosiva que estava crescendo dentro de seu corpo rapidamente, mas dessa vez mais intensa e profunda. Seus movimentos tornaram-se ainda mais frenéticos quando os gemidos de Sarah voltaram a ecoar no quarto, precisava mais dela, precisava ir mais forte e mais profundo, e ele foi fazendo com que ambos explodissem deixando escapar gemidos altos enquanto o moreno se derramava no interior de Sarah.

A morena fechou seus olhos enquanto sentia o segundo orgasmo rasgando-a por dentro tomando conta de todo o seu corpo inundando-a e surpreendendo-a, a garota respirava estremecendo de prazer, sua mente e seu corpo repletos da mais profunda energia e exaustão, mas sentia-se forte e viva como nunca se sentira em toda sua vida.

A garota conseguia sentir a respiração pesada e o coração do moreno batendo ritmado contra seu peito enquanto ele se deixava cair em cima dela após o orgasmo arrebatador que haviam acabado de experimentar. Provavelmente deveria se sentir desconfortável com aquela posição, mas não conseguia sentir nada a não ser um leve entorpecimento maravilhoso em seu corpo, depois de alguns momentos o quarto continuava quieto e em silêncio que era quebrado apenas pelo barulho de suas respirações irregulares.

Harry ainda não havia conseguido se mover de cima da garota, seus dedos ainda estavam entrelaçados nos dela e seus corpos ainda estavam profundamente ligados. Sarah queria dizer alguma coisa, mas não conseguia encontrar sua voz, porém Harry moveu-se segundos depois rolando para o lado dela, que virou-se para poder olhar no rosto dele e percebeu que seus olhos estavam fechados, mas em seguida sentiu as mãos dele a puxando para seu lado, ela deixou um leve suspiro escapar antes de deitar sua cabeça no peito dele enquanto se braço o rodeava abraçando-o.

Harry deslizou seus dedos pelos cabelos negros da morena e o ritmo suave e lento logo fez com que a garota fechasse os olhos enquanto ouvia os batimentos do coração do moreno, Harry passara seu braço em volta dos ombros dela de maneira firme, quase possessivamente. Ficaram nessa posição por vários minutos sem se mexerem apenas apreciando o contato dos corpos até que Sarah moveu levemente seu corpo e virou-se deitando por cima do moreno e colocando seu queixo no peito dele olhando diretamente nos olhos verdes.

- Isso foi... – ela começou baixinho enquanto seu rosto adquiria diversas tonalidades de vermelho fazendo um ligeiro sorriso aparecer nos lábios do moreno.

- Fantástico. – completou Harry interrompendo-a e sorrindo para a garota que devolveu o sorriso um pouco nervosa.

- É, foi mesmo. – concordou a morena balançando levemente a cabeça sem parar de olhar para o moreno um segundo sequer.

- O que foi Sarah? – perguntou Harry quando percebeu o desconforto que ela estava sentindo, então perguntou preocupado – Eu machuquei você?

- Não. – apressou-se a dizer a garota enquanto lembrava-se das maravilhosas sensações que havia sentido nos braços do moreno, então voltou a focar seus olhos nos dele quando uma duvida veio a sua mente – Mas... é sempre assim?

- Assim como? – perguntou Harry estranhando a rápida mudança de assunto, mas resolvendo ignorar e responder ao que ela perguntara – Essas sensações arrebatadoras e maravilhosas que deixam a gente parecendo flutuar em outro mundo?

- É. – Sarah disse simplesmente.

- Não Sarah, não é sempre assim maravilhoso. – respondeu Harry sorrindo com o canto dos lábios enquanto a admirava. – Na maioria das vezes, acontece apenas um enorme alívio físico, nada comparado com as sensações que experimentamos hoje.

- O que acontece agora? – Sarah perguntou a ele enquanto baixava os olhos até o queixo do moreno, não tinha coragem de ver pena ou algo assim nos olhos dele.

- Agora só depende do que você quiser Sarah. – Harry falou suavemente enquanto levava sua mão até o queixo dela e a obrigava a levantar o rosto para poder encará-lo nos olhos. – Se depender de mim nós podemos começar a namorar imediatamente, por que eu gosto de você Sarah, gosto muito, na verdade acho que estou completamente apaixonado por você.

- Eu não sei o que dizer. – falou a garota finalmente quando conseguiu se recuperar do que ele lhe falara. – Eu não sei se sou merecedora de você Harry, há coisas no meu passado que deixariam qualquer pessoa com nojo de mim...

- Ei. – Harry a interrompeu colocando os dedos em cima dos lábios dela fazendo com que ela se silenciasse e em seguida falou suavemente. – Eu sei que aconteceu alguma coisa na sua vida Sarah, algo que a marcou de maneira profunda, assim como também sei que você quer se vingar de pessoas de dentro da aliança, e seja lá quem for eu prometo a você que vou ajudá-la a obter sua vingança. Portanto isso não é uma desculpa razoável o bastante para você negar o que sinto por você ou o que você sente por mim.

- Eu sei. – Sarah disse suspirando baixinho e em seguida exalou uma golfada de ar antes de olhar novamente diretamente nos olhos verdes do moreno. – Mas eu não posso aceitar iniciar um relacionamento com você antes de resolver meus problemas, na verdade eu nem sei como funciona um relacionamento já que meu primeiro beijo foi com você, pois nunca tive espaço para isso em minha vida antes de conhecer você...

- Espere Sarah, fique calma. – pediu Harry quando percebeu que ela estava começando a ficar levemente agitada. – Por que você não me conta o que aconteceu com você e assim eu posso decidir se você vale ou não a pena.

- Tudo bem. – concordou Sarah por fim, se teria de contar alguma hora quanto antes fosse melhor e caso ele não quisesse ter mais nada com ela, pelo menos ela ainda teria as lembranças do que acontecera a pouco com eles. – Antes de eu começar a contar você precisa saber que Sarah Connor não é meu verdadeiro nome. Meu verdadeiro nome é Katherine Sarah Black-Hawk, e minha família era composta por comensais da morte devotados ao Lorde das Trevas.

- Katherine... – sussurrou Harry achando interessante como o nome Sarah ficava melhor nela, mas o sobrenome que ela dissera chamou mais sua atenção do que o fato da família dela terem sido aliados de Voldemort, uma vaga lembrança daquele sobrenome veio a sua mente então perguntou. – Você disse Black-Hawk? Os famosos Falcões Negros?

- Sim. – Sarah respondeu enquanto voltava a olhar o queixo dele, as lembranças do passado voltando com força total.

- O que aconteceu Sarah? – perguntou novamente o moreno ao perceber que ela estava com uma expressão vaga e distante, como se estivesse em um outro lugar, ela balançou a cabeça e voltou seus olhos para ele antes de voltar a falar.

- Fazia pouco mais de dois meses que eu tinha completado dez anos, Voldemort já havia retornado naquela época... – a garota começou a falar com a voz baixa e levemente tremula, em seguida pigarreou e quando continuou sua voz estava mais firme e decidida. – Estávamos morando na Irlanda, meu pai e minha mãe sempre estavam em reunião com o Lorde das Trevas, aquele era um tempo difícil para nós, pois a guerra estava para recomeçar e com força total. Nossa família sempre foi conhecida por serem fiéis ao extremo do Lorde Negro, nem mesmo depois de sua queda meu pai e minha mãe deixaram de estar ao lado dele, mesmo estando fugindo, meus tios e os outros parentes também precisaram fugir depois da primeira queda de Voldemort, mas voltaram assim que o Lorde das Trevas os chamou. De alguma maneira Dumbledore e a Ordem da Fênix descobriram que nós estávamos escondidos em Dublin e em uma noite eles vieram...

Harry ouvia o relato em silêncio enquanto acariciava lentamente os cabelos negros da garota e a apertava contra seu corpo tentando transmitir um pouco de consolo para todo o sofrimento que ele sabia que ela tinha guardado dentro de si. Quando ela parou para respirar fundo Harry sabia que mataria os desgraçados que a haviam feito sofrer daquela maneira como ele estava vendo através dos belos olhos azuis mergulhados em tristeza.

- Meu pai se chamava Steven e minha mãe Claire, eu tinha duas irmãs mais velhas, Elizabeth e Emily. Estávamos terminando de jantar naquela noite quando os alarmes de segurança que meu pai havia colocado ao redor da propriedade foram disparados, levamos um susto e meu pai mandou que nos escondêssemos. – a voz da garota ano passava de um sussurro doloroso e Harry somente ouvia por estarem muito próximos um do outro. – Enquanto eu corria para a porta da sala onde estávamos comendo ouvi a porta da frente explodindo, acho que com um feitiço, então o medo tomou conta de mim naquele momento... Eu corri até a sala e entrei dentro de um pequeno armário escondido em uma estante de livros, então minha mãe apareceu e selou a portinhola com feitiços protetores, eu não tinha visto que ela havia me seguido, tentei chamá-la, mas ela não me escutou, pois tinha colocado um feitiço imperturbável ao redor do pequeno armário, ela tinha me trancado lá para que eu ficasse segura. Quando ela se virou para voltar para onde meu pai estava alguém apareceu na porta, eu não o conhecia e por isso fiquei com muito medo, principalmente por causa da expressão maldosa que ele tinha no rosto. Ele riu e entrou na sala enquanto minha mãe apontava a varinha para ele, logo depois alguém mais entrou na sala e ele trazia meu pai que estava amarrado, ele foi jogado contra a parede e minha ame foi ajudá-lo só que os dois homens não deixaram e começaram a atacar a minha mãe, mas ela era uma bruxa muito habilidosa e conseguiu se defender dos dois homens até que mais dois homens apareceram pela porta e cada um deles estava com uma de minhas irmãs, e quando eles ameaçaram matá-las minha mãe chorou muito e acabou jogando a varinha no chão ficando desarmada, e então eles também a amarraram e a colocaram perto de meu pai, então...

A voz de Sarah falhou e o moreno soube que agora viria a pior parte da história, pois as lágrimas começaram a deslizar pelo belo rosto dela.

- Se você não quiser continuar eu vou entender Sarah. – Harry sussurrou próximo ao ouvido dela fazendo a garota balançar a cabeça em negação.

- Não. Eu preciso continuar. Eu quero continuar. – reforçou ela enquanto limpava as lágrimas com uma das mãos tentado parar de chorar e voltando a narrar os fatos em seguida. – Então ele entrou na sala, o próprio Alvo Dumbledore estava ali olhando com frieza para minha família. Ele começou a questionar meu pai e minha mãe sobre os planos de Voldemort sobre a guerra, mas como eles eram muito fiéis se negaram a dizer qualquer coisa, acho que eles pensaram que seriam levados presos ou algo assim, mas logo ficou claro que ele não pretendia fazer nada disso, pois ele mandou que o homem que segurava minha irmã Elizabeth mostrar o que eles fariam com elas se meus pais não cooperassem, então ele deu um tapa no rosto dela e quando ela caiu no chão passou a utilizar a maldição da tortura, eu estava olhando horrorizada para o que aquele homem estava fazendo com minha irmã, sabia o que aquela maldição fazia. Dumbledore começou a falar as coisas que aqueles homens fariam com as minhas irmãs se meus pais não cooperassem com ele, por isso eles falaram tudo o que sabiam sobre os planos de ataque de Voldemort, informações e espiões que eles conheciam, tudo o que você possa imaginar, eu ainda consigo ouvir as vozes deles falando sobre os ataques que estavam planejados para acontecer, quando eles finalmente terminaram de falar o que sabiam e Dumbledore virou as costas para ir embora eu pensei que finalmente ele nos libertaria, acho que meus pais também pensavam assim, mas quando ele estava passando pela porta se virou para os homens que estavam com ele e disse que eles podiam se divertir a vontade.

- Maldito desgraçado. – Harry rosnou baixinho pensando em milhares de maneiras diferentes para matar o velhote, sabia que ele era um desgraçado, mas não imaginava que pudesse chegar a tanto, podia muito bem imaginar o que aconteceu depois que ele saiu da sala, mas precisava ouvir da boca dela assim como ele sabia que ela precisava desabafar e tirar um pouco daquele veneno que corria por dentro dela.

- Quando minha mãe tentou reagir e partiu pra cima deles ela também foi amarrada e depois a jogaram ao lado de meu pai enquanto começavam a tirar as roupas das minhas irmãs, elas tentavam resistir e lutar, mas eles eram quatro e elas eram apenas duas garotas indefesas e sem varinha. Elizabeth tinha dezessete anos e Emily só tinha treze, elas foram violentadas de maneira brutal, usadas como se não passassem de vermes insignificantes, eu tive que ouvir os gritos delas e o choro sem poder fazer nada, minha mãe tinha me trancado, o que eu poderia fazer além de continuar assistindo aqueles monstros destruírem minha família. – Sarah fez uma pausa de alguns segundos para poder respirar enquanto as lágrimas rolavam abundantemente e dessa vez ela não queria limpá-las, precisava chorar, era como se estivesse extraindo algo ruim de dentro dela, logo ela voltou a falar. – Os quatro se alternavam para usá-las, mas todos eles as violentaram, uma de cada vez, elas eram apenas crianças e eles abusaram delas de uma maneira que não se faz nem mesmo com a pior das prostitutas. Elas foram violentadas de todas as maneiras que você possa imaginar Harry, e elas não podiam fazer nada mais do que chorar e implorar para que eles parassem, mas eles não paravam, pareciam sentir ainda mais tesão com os gritos e a dor que elas estavam sentindo, eles não passavam de animais Harry. Isso durou mais de uma hora, a essa altura minhas irmãs já nem choravam mais, era como se não sentissem mais dor e nem nada, acho que foi por isso que eles pararam de brincar com elas e as deixaram jogadas ao lado de meus pais, mas eles ainda não haviam acabado e logo depois puxaram minha mãe e arrancaram as roupas dela, só que ela não reagiu...

- Estou aqui com você Sarah. – sussurrou Harry quando viu que a garota estava com dificuldade para continuar a falar.

- Eu sei Harry. – Sarah sussurrou de volta enquanto ensaiava o esboço de um sorriso para ele, mas logo respirou fundo tentando arrumar força para terminar a história. – Meu pai já tinha chorado muito enquanto via minhas irmãs sendo violentadas, mas quando eles passaram a violentarem minha mãe o choro ficou desesperado, Elizabeth e Emily estavam abraçadas ao meu pai, elas estavam nuas e dava pra ver os machucados que elas tinham por todo o corpo. Minha mãe nem tentou deter os monstros enquanto eles abusavam dela, acho que o choque de ver o que eles haviam feito com as filhas foi muito grande para ela, por isso acho que ela não esboçou nenhuma reação, mas com minha mãe eles foram mais brutais e cruéis, eles a violentavam com dois de cada vez enquanto os outros riam e zombavam dela e de minhas irmãs, falavam coisas obscenas. Eu apenas olhava para a expressão vazia da minha mãe enquanto ela olhava diretamente para o lugar onde eu estava e no fundo dos olhos dela eu podia sentir o alívio dela por eu estar escondida e a salvo, mas eu me sentia horrível por não poder fazer nada a não ser observar o que eles faziam com ela...

- Você era apenas uma criança Sarah, não teve culpa de nada. – Harry falou firmemente interrompendo o relato dela e forçando-a a encará-lo enquanto ela falava. – Você não pode continuar se culpando pelo que aqueles monstros fizeram com sua família Sarah, sua família não culpou você por isso e você não deveria fazer o mesmo, os culpados vão pagar, eu garanto para você. Eu juro por tudo o que é mais sagrado que não vou descansar enquanto não matar todos eles.

- Eu acredito em você Harry, e sei que não foi minha culpa o que aconteceu, também sei que não poderia fazer nada, pois minha mãe havia me trancado dentro do armário. – ela falou olhando para o moreno enquanto pensava em como o adorava, sabia que estava apaixonada por ele e sentia-se muito bem em saber que ele a correspondia, todo o receio que ela havia sentido pouco antes da batalha na Grécia havia desaparecido assim que ele a beijara, mas voltou a se concentrar no assunto que estavam discutindo e lembrou-se do que vinha depois passando a relatar para o garoto. – Depois que eles se deram por satisfeitos se vestiram e rindo cruelmente se aproximaram de onde meu pai e minhas irmãs estavam e então o puxaram jogando-o do outro lado da sala. Eles começaram a torturá-lo usando primeiro a maldição cruciatus rindo enquanto meu pai gritava de dor pelo que eles estavam fazendo, ele nem tentou resistir a maldição e eu sabia que ele podia, afinal era um dos melhores comensais da morte. Então eles falaram algo em voz baixa uns com os outros e depois de concordarem com algo eles pararam de torturar meu pai e foram em direção a minhas irmãs que recuaram até a parede, acho que estavam horrorizadas pensando que eles iriam abusar delas novamente, mas ao invés disso eles lançaram feitiços de tortura nelas, ouvi um deles falando a meu pai que ele iria ver a morte das filhas antes de poder finalmente morrer, mas eles não usaram apenas uma maldição da morte para matá-las, eles pareciam gostar de dor e ouvir suas vítimas gritando e implorando por piedade. Eu os ouvi lançando um feitiço chamado “Perklaine” em minhas irmãs e a expressão de horror que meu pai fez foi o suficiente para que eu entendesse que o que quer que ele fosse era bastante doloroso e cruel, na época eu não sabia que feitiço era aquele, mas depois eu descobri o que o feitiço era uma variação do feitiço sectusempra, com a diferença que os danos aconteciam internamente. Não demorou nem um minuto e minhas irmãs começaram a gritar como se algo as estivesse rasgando por dentro e logo depois elas começaram a sangrar por todos os lugares possíveis, pela boca, nariz, olhos, ouvidos e também pelas partes íntimas, a tortura delas não durou mais do que dois minutos, porque elas acabaram morrendo afogadas no próprio sangue. – Sarah soltou um soluço abafado enquanto as imagens a inundavam rapidamente, a expressão de dor do pai enquanto via as filhas morrendo nunca sairia de sua cabeça, depois de respirar fundo ela continuou a falar antes que o moreno a interrompesse. – Em seguida eles passaram para minha mãe, mas antes de atacarem ela com feitiços eles a espancaram, os quatro a chutavam em todas as partes do corpo, um deles acertou o rosto de minha mãe arrancando não apenas sangue da boca dela como também alguns dentes, em seguida eles passaram a lançar feitiços cortantes, ouvi um deles lançando azarações de ferroada enquanto outro gritava um feitiço negro que eu não me lembro direito qual é, eles continuaram torturando-a e lançando feitiços diferentes no corpo da minha ame enquanto meu pai olhava impotente para o horror que aqueles homens estavam causando, eles continuaram dessa maneira por mais uns dez minutos antes de um deles sacar um punhal da cintura e cortar a garganta da minha mãe. Foi o pior momento da minha vida, pois o grito de dor que meu pai lançou destruiu meu coração e tudo o que eu conseguia sentir era um ódio irracional por aqueles malditos desgraçados por terem destruído minha família. Em seguida aconteceu o que eu já sabia que eles fariam, torturaram meu pai por alguns minutos de maneiras diferentes, mas ele já não esboçava reação alguma com o que eles faziam, acho ver sua família sendo destruída tira todas as suas vontades de viver. Assim que terminaram de fazer o que quiseram com meu pai eles o mataram com uma maldição da morte, depois atearam fogo nos outros cômodos da casa, para que parecesse um ataque de comensais da morte eu acho e logo depois eles foram embora.

- O que aconteceu depois que eles foram embora Sarah? – perguntou Harry incentivando-a a continuar a história.

- O fogo estava por todos os lados e foi então que eu me dei conta que precisava sair dali ou acabaria sendo queimada viva, não que naquele momento eu estivesse me importando muito com minha vida, mas um ódio tinha crescido em meu peito e a sede de vingança foi o que me obrigou a sair do esconderijo, não sei como, mas o feitiço que minha mãe tinha lançado já não estava funcionando mais, acho que parou de funcionar quando minha mãe morreu. Então eu sai de lá e passei sem olhar para os corpos da minha família e fui correndo até a biblioteca onde eu sabia que estariam as coisas que eu precisaria. – Sarah falava com a voz mais firme agora, como se estivesse com uma força renovada em seu interior. – Meu pai era uma pessoa muito inteligente e havia sempre uma rota de fuga para nós na casa, documentos falsos e dinheiro para recomeçarmos em algum lugar distante. Eu peguei todos os documentos falsos que estavam escondidos e o dinheiro que ele sempre deixava de reserva e então corri diretamente para o quarto dos meus pais onde tinha uma chave de portal programada para que acionasse quando fosse tocada, era nosso meio de fuga mais rápido. Assim que eu a toquei senti o puxão no umbigo e quando eu cai no chão e abri os olhos estava em um bosque e havia uma cidade próxima, em seguida peguei os documentos falsos da minha família e os rasguei um a um, deixando apenas o meu, e enquanto adentrava a cidade joguei os documentos no lixo, também escondi o dinheiro em minhas roupas e continuei caminhando até chegar em um orfanato, então eu bati na porta, mas como era de noite todos eles já estavam dormindo e quando eu pensava em desistir e ir embora a porta se abriu e uma mulher apareceu querendo saber o que eu queria, disse a ela que estava com fome e que meus pais tinham morrido, então ela disse que eu poderia ficar lá por um dia, mas acabei ficando bem mais. A carta da escola de Magia chegou, era a mesma em que meu pai havia estudado e então eu passei a ir para lá, cada vez aprendendo mais e elaborando a melhor maneira para que eu pudesse me vingar dos desgraçados, então eu resolvi vir para cá esse ano e foi a minha melhor decisão, pois agora eu tenho amigos e estou cada vez mais perto de realizar minha vingança.

- E o resto de sua família? – perguntou Harry assim que ela terminou de falar. – Seus tios e os outros parentes, ainda estão vivos?

- A maioria já está morta também, mas ainda tenho um primo vivo. – Sarah falou as palavras com desprezo evidente. – Mas eu mesma quero acabar com a raça de Stanley Black-Hawk, aquele maldito bastardo sempre invejou meu pai, sem contar que tentou violentar Elizabeth uma vez, por isso vou matar ele.

- Certo, mas e quanto aos homens que acompanhavam Dumbledore em sua casa... – falou Harry e o moreno viu os olhos da morena escurecerem violentamente, mas diferente de quando ela estava excitada agora os olhos dela emitiam chamas sombrias e malignas, era uma chama que Harry conhecia muito bem e que também queimava dentro dele, a chama da vingança. Em seguida Harry perguntou implorando mentalmente que não fosse ninguém que ele gostasse ou se importasse. – Quem eles eram Sarah, qual o nome dos desgraçados?

- Eu descobri o nome deles algum tempo depois através de jornais e algumas pesquisas que eu fiz sozinha, alguns deles são muito influentes no Império da Luz. – Sarah comentou em voz baixa enquanto olhava diretamente para o moreno se perguntando o que ele acharia dos nomes que ela estava prestes a lhe dizer – Eles são Amos Diggory, Lucas Morin, Peter Pettigrew e... o Professor Severo Snape.

- Foram eles então. – comentou o moreno em voz baixa pensando em cada um deles e revendo a imagem deles mentalmente, Pettigrew e Snape não eram nenhuma surpresa, dois comensais da morte imundos, embora ele soubesse que ali o Professor de Poções fosse mesmo fiel a Dumbledore, o que dava no mesmo para o moreno, o tal Morrin ele não conhecia e nem se lembrava de alguma vez tê-lo visto, mas ficara realmente surpreso com Diggory, jamais imaginaria que ele seria capaz de cometer tal ato. – Quem é esse Morrin? Não me lembro dele.

- Ele já era velho naquela época e agora é um dos conselheiros do Império da Luz e braço direito de Dumbledore. – falou Sarah olhando fixamente para ele tentando enxergar qualquer reação, mas ele parecia impenetrável – Ele estava no dia em que você fez o teste contra os Angel’s, um velhote tão desgraçado quanto o próprio Dumbledore.

- Então temos cinco desgraçados para matarmos. – comentou Harry olhando para a morena que o olhava com uma expressão estranha no rosto como se estivesse esperando algo dele – Por que está me olhando desse jeito Sarah?

- Você não sente raiva de mim, nem está querendo me expulsar de perto de você por eu ser quem eu sou ou algo assim? – perguntou Sarah surpresa por ele ter reagido tão bem a história do que era sua vida.

- É claro que não. Por que eu me sentiria ou faria algo desse tipo Sarah? – questionou Harry incrédulo olhando espantado para a morena.

- Bem, eu sou filha de comensais da morte... – ela falou enrubescendo, mas foi cortada pela voz firme do moreno.

- Eu não ligo a mínima para isso Sarah, o Draco também é filho de comensais da morte e ele é meu amigo, não importa quem você foi, o importante é quem você é de verdade. – Harry falou antes de beijá-la nos lábios e em seguida voltar a falar. – Eu te amo Sarah e nada na sua vida vai me afastar de você, não importa o que seja. E eu vou ajudar você a se vingar desses malditos, mas espero que você tenha um pouco de paciência, pois vamos acabar com eles em grande estilo, vamos aproveitar o que eles fizeram para derrubar o Império da Luz de vez.

- Eu já esperei vários anos, algum tempo a mais não vai fazer muita diferença para mim Harry. – Sarah falou movendo-se lentamente para beijá-lo, mas parou quando sentiu seus seios roçando no peito masculino e somente naquele instante percebeu que continuava nua nos braços dele, uma onda devastadora de vergonha e prazer percorreu o corpo dela deixando seu rosto tão vermelho quanto um tomate maduro.

- Agora você não tem mais desculpa para não aceitar ser minha namorada Sarah, a menos que você não queira. – Harry disse de maneira insinuante enquanto roçava seus lábios nos dela deixando-a um pouco entorpecida enquanto as ondas de calor voltavam a preencher o corpo feminino, a garota soltou um resmungo baixo quando ele afastou os lábios.

- Eu aceito ser sua namorada Harry. – falou impaciente e em seguida avançou beijando-o avidamente absorvendo o gosto dele, passados alguns momentos ela interrompeu o beijo quando algo lhe veio a mente, então perguntou com a voz baixa. – Harry... você já havia feito sexo com outras garotas antes, não é mesmo?

- Sim. – sussurrou Harry em resposta olhando profundamente dentro dos olhos da morena que estremeceu com a intensidade do olhar do garoto.

- Quantas? – perguntou Sarah cheia de curiosidade.

- Algumas. – falou Harry desviando o assunto, sabia que algumas não chegava a ser exatamente verdade, afinal no ano em que ele passara treinando ficara com muitas garotas inclusive a Professora de DCAT que entrara aquele ano, o que ele podia fazer se ela lhe dera mole, não é mesmo? – Só que nunca havia sido assim com nenhuma delas, Sarah. Nunca ouve sentimento em meus relacionamentos, sempre foi apenas uma coisa física.

- Acho que nós temos que ir Harry. – falou Sarah quando sentiu os lábios possessivos e fortes do moreno deslizando por seu ombro e chegando a seu pescoço onde passou a mordiscar e lamber o local. – Os outros devem estar esperando por nós dois, sem contar que devem imaginar muito bem o que estamos fazendo aqui dentro.

- Eles podem esperar mais um pouco, afinal não vão fazer nada sem mim mesmo. – sussurrou Harry antes de morder o ombro da morena que gemeu baixinho enquanto ele chupava o local. – E quanto a saber o que nós dois estamos fazendo, eu não dou a mínima, deixe que eles fiquem morrendo de inveja da gente.

- Merlin. – exclamou Sarah quando sentiu a virilidade dele voltar com força pressionando seu ventre a fazendo estremecer com o contato intimo.

- Amo você Sarah. – falou Harry enquanto a virava de costas na cama cobrindo-a com seu corpo, ela afastou instintivamente as pernas e o moreno acomodou-se no espaço com um gemido gutural que soou maravilhosamente aos ouvidos da morena.

- Também te amo Harry. – Sarah disse quase num gemido enquanto ele mordiscava um de seus seios e acariciava o outro com a mão.

O moreno deslizou sua mão pelo corpo dela até alcançar a intimidade da garota encontrando-a úmida e pronta deixando Harry tonto e sem conseguir pensar, por isso acomodou-se melhor sobre ela e a invadiu com força fazendo Sarah arquear o corpo e gemer loucamente enquanto o moreno passava a investir rapidamente dentro do corpo delicado.

Aos poucos a morena elevava os quadris recebendo as fortes estocadas do moreno e gemendo a cada investida, um prazer violento rasgou a garota ao mesmo tempo em que o moreno aumentava ainda mais o ritmo. Sarah nunca imaginara que algum dia gostaria de ser amada daquela maneira rude e selvagem, mas estava sentindo-se terrivelmente excitada e acompanhava a força que o moreno empregava no sexo.

Ambos gozaram com força e praticamente ao mesmo tempo, o moreno afundou o rosto nos cabelos negros enquanto desabava pesadamente sobre o corpo delicado e feminino, mas a garota não se importava com o peso do corpo másculo, pelo contrário, quando ele se encontrava naquela posição sentia-se mulher e protegida ao mesmo tempo, por isso quando ele fez um movimento para rolar para o lado ela o rodeou com suas mãos segurando-o com força.

- Fica assim um pouquinho. – sussurrou ela prendendo-o com os braços e as pernas, mas quando ele relaxou e concordou ela deixou suas pernas deslizarem ao redor dele e acomodou-as na cama enquanto acariciava as costas masculinas e suadas.

Ficaram daquela maneira por um bom tempo antes de adormecerem felizes e saciados. Naquele mesmo momento acontecia algo que nenhum deles poderia imaginar, Alvo Dumbledore tramava uma manipulação contra o moreno se baseando na garota, pois agora ele sabia quem ela realmente era e usaria aquilo para tentar controlar Harry.







Agradecimentos especiais:

TiuToddy: nesse capitulo a historia da Sarah, espero que tenha gostado. Abraços.

Dark Phoenix: infelizmente esse capitulo ainda não tem ação e talvez nem o próximo, mas a historia da Sarah veio a tona, em breve o Harry e a Sarah vão torturar alguém. Abraços.

GutoRo7: Ei velho, não sei se mereço tanto assim, conheço fics milhares de vezes melhor do que a minha, mas é sempre bom saber que estou agradando. O Sirius vai conversar com o Harry assim como a Lily e o pai dele, e vai ser em breve, só não falou ainda porque o Sirius acha que o garoto ta dormindo em sua cama no dormitório sonserino. Como o capitulo demonstrou o Harry não deu a mínima para o fato da Sarah ser quem ela é e por ter mentido sobre sua verdadeira identidade. Aí cara, desculpa não ter colocado seu nome, acho que na pressa de responder todos os comentários antes de postar me fez esquecer. Vou dar uma olhada na sua fic velho, e só pelo nome já gostei. Abraços.

Anderson potter: ai cara, espero que tenha gostado da historia da Sarah, e não se preocupe o Dumbledorevai vair em breve e vai apanhar da Sarah sim. Os cAvaleiros da Luz apenas começaram a se debandar para o lado do Harry, em breve o Dumbledore ano vai ter mais ninguém para comandar. Abraços.

Milton Geraldo da Silva Ferreira: Ai velho, eu posto toda segunda e até hoje nunca deixei de postar.

James V Potter: como deu pra perceber o Voldemort ficou um pouco irritado e preocupado, mas nada muito exagerado afinal ele ainda tem uma carta na manga. O Império do Dumbledore finalmente começou a ruir bem diante dos olhos do velhote, sei que você gosta dele e tudo mais cara, mas na minha fic ele é um dos caras ruins que estão do lado do bem. Abraços.


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.