Capitulo 21 – Dia Seguinte



Capitulo 21 – Dia Seguinte


 


 


Lílian estava sentada em sua cama enquanto via e ouvia o marido e Sirius discutindo os detalhes da batalha em Atenas, na verdade ela prestava total atenção aos detalhes da conversa, pois estava muito impressionada com o tal Azrael e a mulher encapuzada que lutara contra o outro Cavaleiro das Trevas, que ela sabia que se chamava Rabinor.


 


Mas o tal Azrael chamara mais sua atenção do que a própria garota e mesmo com toda a crueldade que ele demonstrara possuir enquanto torturava e matava Korcet, Lílian ainda sentira algo diferente em relação a ele, como se o conhecesse de algum lugar, embora ela não conseguisse ver o rosto daquele guerreiro.


 


- Você tem certeza disso Sirius? – a voz de Tiago estava extremamente séria enquanto olhava para o amigo, o que chamou a atenção da Professora de Poções que finalmente deixou de olhar o vazio para voltar seus olhos aos dois homens.


 


- Tenho Tiago. – Sirius disse firmemente respondendo a pergunta que o amigo lhe fizera. – Vou conversar com Harry amanhã mesmo.


 


- Do que estão falando? – Lílian perguntou se intrometendo na conversa, pois havia perdido aquela parte.


 


- O Sirius decidiu se aliar ao Panteão e a Azrael, por isso vai conversar com Harry. – Tiago respondeu a pergunta da esposa sem retirar os olhos de cima do amigo que continuava devolvendo o olhar de maneira séria.


 


- Tem certeza sobre isso, Sirius? – Lílian perguntou surpresa pela decisão do amigo, afinal era um passo sem volta, disso ela tinha certeza.


 


- Absoluta Lílian. – concordou Sirius enquanto balançava a cabeça para enfatizar sua resposta. – A guerra mudou de nível e nós acabamos ficando para trás, sem contar que do jeito que as coisas estão indo Dumbledore vai cair em pouco tempo. Ele está metendo os pés pelas mãos e cometendo erros graves, os membros dos Cavaleiros da Luz já estão percebendo os erros do diretor e tenho certeza que não sou o único querendo me debandar para o lado de Azrael.


 


- Essa é uma decisão muito séria, Sirius. – Tiago falou com seriedade enquanto continuava encarando o amigo sem nem mesmo piscar, parecia estar tentando entender os verdadeiros motivos para aquela decisão do amigo.


 


- Eu sei, Tiago. – disse Sirius simplesmente enquanto dava de ombros. – Eu pensei bastante e decidi que essa é a melhor coisa para se fazer nesse momento e acho que vocês dois deveriam fazer a mesma coisa.


 


- O que? – Tiago praticamente gritou a pergunta olhando para o amigo de maneira chocada e incrédula ao mesmo tempo.


 


- Por que Sirius? – Lílian foi mais comedida na pergunta e a fez em voz calma e normal causando um sorriso pequeno em Sirius.


 


- Em primeiro lugar, porque Azrael é o lado de oposição mais forte contra Voldemort e Dumbledore está enfraquecendo muito rapidamente. – Sirius começou a falar calmamente enquanto olhava para os amigos.


 


- Não é porque Dumbledore está perdendo a guerra que vamos mudar de lado Sirius, nós não somos covardes. – Tiago interrompeu o amigo falando firmemente enquanto movia as mãos enfaticamente e de maneira frenética.


 


- E em segundo lugar, principalmente porque Harry é aliado de Azrael e se nós temos algum resquício de esperança de conseguirmos nos aproximar dele, a melhor maneira de isso acontecer é nos tornarmos aliados dele. – Sirius continuou falando como se o amigo não o houvesse interrompido e dessa vez Tiago ficou completamente sério enquanto prestava atenção ao que o amigo estava falando para ele, sabendo que era verdade.


 


- Provavelmente. – Tiago falou simplesmente concordando com Sirius enquanto voltava seus olhos para a esposa.


 


- O que você acha, Lily? – Sirius perguntou olhando para a ruiva que desviou os olhos do marido para olhar para Sirius.


 


- Acho que se quiserem tentar uma aproximação com Harry vão precisar se esforçar bastante. – Lílian falou simplesmente.


 


- Como se eu não soubesse disso. – Tiago resmungou em voz baixa enquanto imagens de todas as cenas que ele tivera com seu filho passavam por sua mente.


 


- Essa é a coisa certa a se fazer Tiago. – garantiu Sirius falando firmemente. – Não apenas por causa do Harry, mas porque com eles estaremos realmente fazendo a diferença e ajudando a libertar cada vez mais pessoas da tirania do Lorde Negro.


 


- Acho que você tem razão. – concordou Tiago pensando nas dificuldades que teria para conseguir o perdão de seu filho.


 


- Eu sempre tenho razão. – Sirius falou de maneira pomposa arrancando um sorriso de Tiago e descontraindo o clima tenso que havia se formado no quarto desde que Sirius havia tocado no assunto Harry.


 


- Acho que você nunca vai mudar Black. – Lílian brincou olhando para Sirius que ria abertamente, mas que ficara sério após as palavras da ruiva.


 


- Porque ficou tão sério Sirius? – Tiago perguntou estranhando a atitude do amigo e parando de sorrir imediatamente.


 


- Acho que de agora em diante eu vou acabar mudando um pouco. – Sirius falando devagar enquanto olhava para qualquer lugar menos para os amigos, e quando o animago não encarava diretamente era porque estava escondendo algo.


 


- O que você quer dizer com isso? – perguntou Lílian intrigada com as palavras do amigo, conhecia Sirius e sabia que ele estava escondendo algo.


 


- Bom, é que... – começou Sirius tentando escolher as melhores palavras. – É que ultimamente eu tenho me encontrado com alguém.


 


- Como assim? – Tiago perguntou com seriedade enquanto Lílian apenas abria um sorriso enorme no rosto.


 


- Verdade, Sirius? – a voz da ruiva estava divertida enquanto olhava para o amigo que retribuía o sorriso dela.


 


- Sim, Lílian. – disse Sirius simplesmente antes de voltar os olhos para o amigo e dessa vez falar com mais cuidado. – Faz quase um mês que eu conheci uma garota e desde então a gente meio que tem saído junto.


 


- Como ela é? – Tiago perguntou com curiosidade estranhando todo o tato que o amigo estava utilizando para falar com ele.


 


- Bem, ela é loira de olhos azuis e tem um corpo escultural. – Sirius falou sorrindo alegremente enquanto uma imagem surgia em sua mente.


 


- Com você não poderia ser diferente, não é mesmo Black? – Lílian perguntou em tom divertido vendo a expressão sonhadora no semblante do amigo e então balançou a cabeça. – Não acredito que eu estou vendo Sirius Black apaixonado.


 


- Como é? – o tom de descrença na voz de Tiago fez Lílian sorrir mais largamente enquanto Sirius ficava tão vermelho como um tomate.


 


- Ok, eu confesso. – disse Sirius levantando as mãos no ar como se estivesse se rendendo, em seguida voltou a falar. – Sirius Black está oficialmente amarrado, de quatro, completamente apaixonado por uma mulher.


 


- Eu não acredito que ouvi isso. – sussurrou Tiago em tom incrédulo enquanto olhava para o amigo e ria perversamente, lembrava-se de todas as piadinhas que Sirius lhe dissera nos anos em que eles estiveram em Hogwarts e Tiago estava apaixonado por Lílian, finalmente havia chegado a hora da revanche.


 


- Pois pode acreditar, meu caro Pontas. – Sirius falou sorrindo largamente enquanto abria os braços e logo em seguida os dois amigos se abraçaram.


 


- Parabéns, Sirius. – disse Tiago enquanto abraçava o amigo, mas logo em seguida se afastou dando lugar para a esposa abraçar o amigo.


 


- Você merece, Black. – Lílian falou antes de se lançar nos braços do homem e falar em seguida baixinho ao ouvido dele. – Você está com uma cara de idiota apaixonado, cuidado para não deixar o Tiago perceber, senão você já sabe.


 


- E quem é ela? – Tiago perguntou quando os dois se separaram do abraço chamando novamente a atenção do amigo para si.


 


- O nome dela é Emily Sexton, ela faz parte dos Cavaleiros da Luz italianos. – Sirius falou empolgado enquanto se lembrava da garota em questão. – Ela tem vinte e seis anos, é uma das melhores guerreiras da Itália e é a mulher perfeita para mim.


 


- Ela possui alguma coisa a mais do que o belo corpo? – perguntou Lílian sorrindo de lado quando Sirius fez uma careta.


 


- Mas é claro que sim, Lílian. – falou Sirius de maneira defensiva, o que alargou o sorriso da ruiva. – Ela é especialista em duelos mágicos e com armas, sem contar que Emily é bem mais poderosa do que eu, estou completamente apaixonado.


 


- Pobre Sirius. – zombou Tiago depois de o amigo ter confessado tão dramaticamente seu amor pela italiana.


 


- E quando vamos conhecê-la? – Lílian perguntou ignorando a zombaria que o marido dirigia a Sirius, enquanto o mesmo lançava olhares nada amistosos para Tiago, que apenas sorria perversamente de volta.


 


- Espero que em breve, mas com todos esses ataques acontecendo não sei realmente quando vamos poder nos reunir novamente. – disse Sirius com uma expressão desolada no rosto, mas em seguida o mesmo rosto abatido iluminou-se em um sorriso radiante. – Por algum acaso vocês viram Remo ultimamente?


 


- Faz alguns dias desde a ultima vez que estivemos juntos. – disse Lílian em tom pensativo lembrando-se do dia anterior a vinda deles para Hogwarts. – Foi naquele dia em que jantamos todos lá em casa, lembra-se?


 


- Eu também não vi o Remo depois daquele dia Sirius, pelo menos eu não me lembro de tê-lo visto. – Tiago comentou também em tom pensativo antes de olhar inquisidoramente para o amigo. – Porque a pergunta Sirius?


 


- Bom, eu gostaria de avisar vocês em primeira mão que nosso caro amigo Aluado está apaixonado. – Sirius falou com um sorriso enorme na face.


 


- Dois marotos apaixonados? – Lílian falou em tom de deboche olhando ironicamente para o animago. – Isso é demais para minha pobre cabecinha.


 


- Não seja má, sua ruiva esquentada. – sirius grunhiu em direção a Lílian que sorriu meigamente para ele em resposta. – Pois eu tenho absoluta certeza que o Aluado está caindo de quatro pela minha priminha.


 


- Mas suas primas são todas casadas, Sirius. – Tiago falou em tom exasperado fazendo Sirius revirar os olhos.


 


- Estou falando da filha de Andrômeda, Tiago. – Sirius disse no mesmo tom exasperado que o amigo havia falado com ele.


 


- Tonks? – Lílian disse mais em afirmação do que pergunta arqueando as sobrancelhas e lembrando-se dos poucos momentos que vira a garota meio estabanada e o amigo lupino junto. – Não posso negar que eles fazem um belo par.


 


- Quem diria que o Remo se tornaria um papa anjo? – Tiago falou em tom de gozação e depois rindo baixinho sendo acompanhado por Sirius.


 


- Vocês dois nem pensem em zombar do Remo por causa disso. – Lílian falou em tom seco e severo fazendo os dois marotos perderem os sorrisos imediatamente enquanto voltavam os olhos para a ruiva que estava séria.


 


- Que isso Lily. – Tiago falou sorrindo de maneira sedutora para a ruiva, mas ela apenas desviou-se da atenção do marido e continuou olhando severamente para os dois que perceberam que ela realmente estava falando muito sério.


 


- Por que não Lílian? – Sirius perguntou curioso enquanto olhava para a Professora de Poções, que abrandou um pouco a expressão.


 


- Vocês se lembram de como o Remo ficou quando contou para a Anne sobre a verdadeira condição dele e ela o rejeitou em seguida? – Lílian perguntou em tom sério e depois de ver a confirmação dos dois amigos que também haviam ficado sérios com a lembrança do acontecido, ela continuou. – Então imaginem como deve estar sendo difícil para ele se soltar agora que está apaixonado novamente, sabendo o que aconteceu da primeira vez.


 


- Mas Tonks sabe que ele é um lobisomem. – Sirius falou como se aquilo fosse bastante obvio e a ruiva apenas balançou a cabeça em assentimento.


 


- Mesmo que ela saiba e o Remo tenha consciência desse fato, as coisas não devem ser fáceis para ele, afinal ele ainda tem o medo de poder machucá-la no dia da lua cheia. – a voz da ruiva continuava bastante séria, mas os olhos verde esmeralda dela haviam se abrandado enquanto ela lembrava-se do amigo. – Portanto deixem o Remo resolver os problemas amorosos dele em paz, pois se ele tiver dois amigos o enchendo só vai se enfiar mais dentro daquela armadura que ele criou em volta de si mesmo para se proteger.


 


- Você tem razão, Lily. – Sirius falou pensativamente lembrando-se de todo o sofrimento que Remo havia passado quando eles estavam na escola.


 


- É, não vamos incomodá-lo com isso. – Tiago também concordou e seus pensamentos se dirigiam par ao mesmo lugar onde Sirius estava, os anos de escola e tudo o que o amigo lupino havia passado e agüentado.


 


- Acho que deveríamos dormir, já é muito tarde. – Lílian falou logo em seguida retirando ambos os marotos de seus pensamentos.


 


- Cacete, quase quatro horas da manhã. – Sirius disse em tom incrédulo enquanto olhava para o relógio em seu pulso e em seguida levantava-se de um pulo. – Eu tenho que ir e descansar um pouco, afinal terei de dar aulas amanhã de manhã, ou melhor dizendo, daqui a apenas quatro horas eu tenho que estar em sala de aula.


 


- Até amanhã Sirius. – Lílian falou se despedindo do maroto que já saía pela porta logo depois de se despedir do amigo.


 


- Nós também teremos que dar aula amanhã bem cedo. – Tiago falou baixinho enquanto se deitava novamente na cama puxando a mulher consigo.


 


- Daqui a pouco você quer dizer. – Lílian retrucou enquanto se aconchegava mais ao corpo do marido que a estava abraçando.


 


- Minha primeira aula amanhã será para a turma do sétimo ano. – falou Tiago baixinho sabendo que a esposa perceberia o que aquilo realmente queria dizer, que ele na verdade daria aula para Harry amanhã na primeira aula.


 


- Você vai se sair bem. – foi tudo o que Lílian disse enquanto afagava distraidamente o peito do marido ao mesmo tempo em que ele acariciava seus cabelos.


 


- Acha que nos aliarmos a Azrael é o certo a se fazer? – Tiago perguntou revelando um pouco da duvida que estava sentindo.


 


- Não pense que você estará se aliando a Azrael e sim ao seu filho mais velho. – disse Lílian com os olhos fechados e praticamente pegando no sono. – Lembre-se que estaremos nos colocando ao lado de nosso filho.


 


- Mesmo assim, eu não sei se é a coisa certa a se fazer. – desabafou Tiago apertando a mulher em seus braços.


 


- Se você quer conquistar a confiança de seu filho, primeiro terá de mostrar que confia completamente nele, caso contrario qualquer coisa que faça será absolutamente em vão. – Lílian falou em tom sábio e levemente distante, mas a voz dela já se encontrava pastosa pelo sono que havia voltado, por isso Tiago resolveu fechar os olhos e tentar dormir.


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Harry e Sarah apareceram no meio da passagem secreta que eles haviam utilizado anteriormente para irem ao ataque que acontecera a Grécia, o que embora para eles parecesse ter acontecido a bastante tempo na verdade ocorrera naquele mesma noite.


 


Sem nem mesmo precisarem de iluminação os dois caminharam rapidamente e em silêncio pela passagem secreta, cada um deles carregando uma mochila nas costas e eles pareciam não precisar se esforçar muito para carregá-las mesmo aquelas mochilas estando cheias de objetos e de livros, o que por si só já a tornaria extremamente pesada.


 


Poucos minutos depois eles saíram pela entrada da passagem secreta ganhando os corredores do castelo, logo depois começaram a correr rapidamente indo em direção ao sétimo andar e assim que chegaram no local o moreno se adiantou e depois de dar três voltas em frente a parede um porta apareceu para eles que não esperaram nada para adentrarem o tão conhecido ambiente que eles utilizavam para treinamento.


 


- Vamos rápido. – falou Harry largando a mochila em cima de uma mesa que havia no canto direito ao lado da porta.


 


Sarah também colocou a mochila que carregava em cima da mesma mesa e em seguida ambos saíram da sala fechando a porta as suas costas, logo ambos se dirigiam rapidamente até a torre da grifinória. O moreno sabia que a sala precisa estava completamente protegida contra os outros, ele garantira isso quando utilizara um feitiço antigo de proteção dentro dela, o feitiço garantia que apenas as pessoas que ele permitisse poderiam ver e adentrar aquele local, o moreno agradecia mentalmente por ter conhecimento daquele feitiço.


 


- Apanhador. – Sarah falou a senha para o quadro da Mulher Gorda que se encontrava dormindo e abriu automaticamente sem nem mesmo ver direito os alunos que passaram pelo buraco do retrato. – Isso é tão idiota e simplista, qualquer um pode entrar na torre da grifinória, tudo o que precisa saber é a senha e convenhamos, a diretora da grifinória não é nem um pouco criativa.


 


- Ela é fanática por quadribol, embora consiga disfarçar muito bem o sentimento. – Harry falou em tom calmo enquanto parava próximo ao local em que o dormitório masculino ficava a esquerda e o feminino a direita.


 


- Boa noite... – estava dizendo Sarah enquanto se virava para o moreno quando foi arrebatada em um beijo quente e possessivo.


 


Os dois grudaram-se no beijo como se suas vidas estivessem dependentes daquele momento, o moreno a apertou com força nos braços enquanto uma boca devorava a outra. Sarah não ficava para trás e o beijava com a mesma violência e intensidade, naquele jogo ela não gostava de perder e sempre retribuía igualmente as caricias e os beijos do moreno.


 


- Isso sim é um beijo de boa noite. – disse Harry sorrindo baixinho para a garota que curvou os lábios inchados pelo beijo em um sorriso.


 


Em seguida a garota soltou-se dos braços do namorado e subiu correndo as escadarias que davam acesso a seu dormitório deixando Harry apenas a observando com um sorriso enviesado nos lábios, ela fora realmente um presente dos céus para ele.


 


O moreno esperou até que Sarah desaparecesse de suas vistas para somente então se virar e caminhar novamente para o buraco do retrato saindo da torre da grifinória e passando a caminhar pelos corredores do castelo que aquela hora estavam silenciosos e vazios.


 


Não demorou muito para Harry praticamente atravessar o castelo em direção as masmorras e adentrar na sala comunal das serpentes. Tão diferente da casa dos leões, pensou Harry com um suspiro enquanto se encaminhava para o dormitório masculino da sonserina.


 


Abriu a porta do quarto que ele ocupava com Draco e outros dois sonserinos uma vez que Nott não fazia mais parte do quadro de alunos da escola, o moreno sorriu sobriamente enquanto pensava que ninguém havia solucionado o desaparecimento de Nott ainda e duvidava muito que um dia chegassem a alguma conclusão verdadeira.


 


Harry despiu-se calmamente e entrou no banheiro sonserino, em poucos minutos ele estava tomando um banho quente e se livrando do sangue de Amos Diggory que ainda teimava em ficar em seu corpo. Assim que terminou secou-se e depois de vestir uma cueca verde deitou-se em sua cama fechando os olhos, tudo o que ele queria naquele momento era dormir o restante do tempo que ele ainda tinha antes de precisar acordar para o novo dia.


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Dumbledore ainda se encontrava em sua sala naquele momento, fazia pouco mais de duas horas que Snape havia saído de sua sala, mas mesmo assim o diretor tinha um pressentimento muito ruim, como se algo estivesse para acontecer e ele não soubesse.


 


Já estava quase amanhecendo quando um brilho esverdeado na lareira chamou a atenção de Dumbledore que assim que ouviu a voz do Chefe dos Cavaleiros da Luz levantou-se imediatamente se aproximando da lareira e vendo o rosto sério e sombrio de Jason, naquele momento o diretor sentiu um arrepio na espinha embora não soubesse identificar exatamente o motivo para aquela repentina hesitação em seu ser.


 


- Dumbledore. – Jason disse novamente em tom de saudação, o Chefe dos Cavaleiros era bastante fechado e reservado sempre evitando falar mais do que o necessário.


 


- Boa noite Jason, ou melhor dizendo, bom dia. – saudou Dumbledore fazendo um gesto casual em direção da janela que havia em sua sala, mas Jason nem ao menos piscou. – Acredito que as notícias não sejam boas.


 


- Nem um pouco. – retrucou o Chefe dos Cavaleiros da Luz em tom sério. – A menos de uma hora recebemos o alerta de um assassinato no distrito de Falmouth.


 


- Quem foi assassinado? – Dumbledore perguntou em um tom fúnebre enquanto sentia o medo aumentando em seu ser, afinal sabia muito bem quem estava escondido naquela cidade e eram muito poucos os que sabiam a localização dele.


 


- Amos Diggory. – falou simplesmente Jason enquanto via o rosto do diretor empalidecer mortalmente, o que o deixou curioso, mas continuou falando como se não houvesse percebido nada de errado. – O alerta foi dado pelo elfo doméstico do Senhor Diggory, mas quando chegamos ao local já fazia mais de uma hora que ele estava morto.


 


- Como ele morreu? – Dumbledore perguntou repentinamente curioso sobre o que acontecera a Diggory.


 


- Ele foi literalmente estripado, Dumbledore. – falou Jason com um tom de voz estranho. – Quem quer que tenha feito isso não deixou nenhum rastro, não há nada que possamos fazer para descobrir quem foi o responsável, as pistas foram todas cobertas, não restou nem mesmo impressões digitais e a mente do elfo doméstico foi alterada e por um feitiço realmente forte, é irreversível. Agora, não tem como eu lhe dizer como ele foi morto, isso você terá de ver por si mesmo Dumbledore, venha agora que o corpo está aqui na sede dos Cavaleiros, mas o filho dele já reconheceu o pai e liberou o corpo para que o funeral seja preparado.


 


- Eu vou imediatamente. – Dumbledore falou com seriedade enquanto alcançava o saco de pó de flú e assim que viu o rosto de Jason desaparecendo entrou na lareira e jogou o pó.


Mas ele já tinha uma leve suspeita sobre quem teria atacado a seu amigo e o matado tão cruelmente, Dumbledore sabia que teria que agir o quanto antes e apenas por precaução levaria alguns dos melhores Cavaleiros da Luz até Hogwarts quando voltasse.


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O despertador soou no dormitório feminino do sétimo ano da grifinória e foi silenciado logo em seguida por um golpe seco da mão de Hermione Granger que observou o relógio vendo que já eram sete horas da manhã, a garota resmungou levemente antes de se levantar e já estava se dirigindo ao banheiro quando percebeu Sarah deitada confortavelmente em sua cama, o que a monitora achou estranho, pois estivera esperando que ela chegasse por boa parte da noite e quando se cansara de esperar fora dormir.


 


- Sarah. – sussurrou em voz baixa Hermione enquanto balançava o corpo da amiga levemente fazendo com que esta se movesse inquieta.


 


- Hum... – foi tudo o que Hermione obteve como resposta da morena que parecia estar dormindo como um anjo.


 


- Sarah Connor, acorde imediatamente. – Hermione falou em tom baixo e autoritário, pois não queria acordar as outras garotas que dividiam o dormitório com elas, afinal sabia o quanto o “sono de beleza” era importante para Parvati e Lilá.


 


- Mais cinco minutos. – Sarah sussurrou enquanto se aconchegava melhor entre as cobertas com que estava naquele momento.


 


- Você quem pediu. – Hermione falou mais para si mesma do que para a garota profundamente adormecida na cama, em seguida a monitora se aproximou até que seus lábios ficaram próximos ao ouvido de Sarah e então sussurrou maliciosamente. – Nossa Sarah, o Harry está dando uns amassos na Parkinson...


 


- Afaste-se do meu namorado, cara de buldogue. – a voz da morena estava fria e sem vida quando ela deu um pulo e se pôs de pé apontando a varinha firmemente para a porta surpreendendo e assustando Hermione que não estava esperando uma reação tão fria e violenta como a que a morena demonstrara. – O que...?


 


- Tudo bem Sarah, foi só uma brincadeira. – se apressou a dizer Hermione levantando as mãos em sinal de rendição, pois não estava disposta a se arriscar e receber uma azaração da garota, afinal de todos eles ela era a mais poderosa depois de Harry. – Você não queria acordar e então eu precisei apelar, só não esperava que você...


 


- Tudo bem. – disse Sarah em tom de quem encerra o assunto enquanto guardava a varinha novamente. – Mas não precisava exagerar tanto assim.


 


- Eu sei, mas se acordarmos essas daí... – Hermione falou apontando com o dedo para as outras duas ocupantes do dormitório feminino do sétimo ano. – Elas vão ficar o dia inteiro reclamando conosco sobre as horas de sono perdidas e um monte de besteiras mais.


 


- Vamos nos arrumar que ganhamos mais. – disse Sarah em tom divertido enquanto pegava algumas coisas em seu malão e em seguida se dirigia até a porta do banheiro que ficava no quarto delas, Hermione a acompanhou de perto e assim que as duas estavam dentro do local trancaram a porta rapidamente.


 


Havia espaço para duas garotas tomarem banho ao mesmo tempo naquele banheiro e as duas aproveitavam esse fato, logo ambas estavam se arrumando o mais rápido possível. Depois de vinte minutos elas já haviam se vestido e naquele momento estavam arrumando os cabelos em frente ao enorme espelho.


 


- Será que eu poderia lhe perguntar algo, Sarah? – Hermione questionou com voz baixa sem olhar para a amiga.


 


- É claro Hermione. – disse Sarah simplesmente sem nem mesmo retirar os olhos do penteado que estava fazendo em seu cabelo, na verdade ela não era muito boa nesses assuntos, mas sempre se esforçava.


 


- Bem, você e o Harry já... hã, bem... você sabe... – Hermione tentou perguntar, mas acabou se atrapalhando e gaguejando um pouco.


 


- Quer saber se nós dois já transamos? – Sarah perguntou rapidamente cortando as palavras gaguejadas da monitora.


 


- Sim. – Hermione respirou aliviada ao perceber que Sarah havia entendido o que ela realmente queria saber.


 


- Porque quer saber? – Sarah devolveu outra perguntas fazendo Hermione ficar mais vermelha do que ela já estava.


 


- Curiosidade apenas. – disse Hermione se esquivando da pergunta da amiga, mas acabou recebendo um olhar inteligente da parte de Sarah.


 


- Não precisa mentir para mim Hermione, posso ver em seus olhos que não está sendo sincera. – Sarah disse enquanto olhava diretamente até os olhos de Hermione através do espelho e a monitora sentiu-se atravessada até a alma pelos olhos azuis da amiga, mesmo esta estando a olhando apenas através do espelho.


 


- Tudo bem. – Hermione disse baixinho enquanto suspirava com força, em seguida virou-se para olhar para os olhos da amiga. – É que o Rony está um pouco diferente comigo, me olhando ansiosamente como se estivesse esperando algo de mim e eu sei que ele quer que eu diga que quero fazer amor com ele.


 


- Mas você quer? – Sarah perguntou com curiosidade e um pouco de cuidado na voz, pois não era uma especialista para dizer alguma coisa a mais.


 


- Querer eu quero, mas não sei se ainda estou pronta para fazer isso. – Hermione falou baixinho enquanto corava ainda mais, se é que aquilo ainda era possível, pois ela estava em um tom de vermelho intenso.


 


- Olha Hermione, sinceramente eu não posso dar um conselho pra você sobre isso, por que eu nunca conversei sobre esse assunto com ninguém. – Sarah falou deixando transparecer um pouco de sua amargura na voz.


 


- Então você e o Harry não... – Hermione não completou a frase e apenas desviou os olhos dos dois oceanos azuis que eram os olhos de Sarah.


 


- Na verdade, sim. – disse Sarah sorrindo pela primeira vez desde que haviam iniciado aquela estranha conversa.


 


- Mas você disse que nunca havia conversado sobre isso com ninguém antes. – Hermione apontou em tom incrédulo enquanto observava o sorriso feliz de Sarah.


 


- E eu não conversei mesmo. – Sarah garantiu enquanto balançava a cabeça encarando Hermione nos olhos sem nem mesmo piscar. – Quando o Harry me beijou no quarto eu simplesmente não conseguia pensar em mais nada a não ser em beijá-lo de volta e depois disso as coisas aconteceram muito naturalmente.


 


- E doeu? – perguntou Hermione com curiosidade olhando para Sarah que sorriu largamente enquanto as lembranças invadiam sua mente.


 


- Um pouquinho. – disse Sarah sorrindo baixinho. – Mas a dor não foi nada comparado com todas as sensações maravilhosas que o Harry me fez sentir, parecia que eu tinha ido a lua e voltado em poucos segundos, simplesmente não dá para se descrever o que a gente sente.


 


- Parece ter sido maravilhoso. – comentou Hermione com a sobrancelha arqueada enquanto via os olhos azuis da amiga brilharem.


 


- Foi fantástico. – garantiu Sarah sorrindo, mas subitamente ficou séria ao ver a careta de Hermione e lembrar-se o motivo dela ter iniciado aquele assunto. – Olha Hermione, quanto ao que você perguntou, eu só posso dizer a você que não deve fazer nada se não estiver se sentindo cem por cento confiante de que realmente é isso o que você quer.


 


- Querer eu quero, mas... – Hermione falava em tom hesitante enquanto voltava seus olhos para o espelho para se olhar.


 


- Mas você não deve fazer se não tem absoluta certeza. – garantiu Sarah com voz firme e decidida. – É um passo importante e você sabe disso Hermione, por isso converse com Rony e diga para ele o que você está sentindo, se ele realmente amar você aposto que ele vai te entender e saberá esperar até você se sentir confiante para dar esse passo.


 


- Obrigada Sarah, você é uma garota incrível. – Hermione disse abraçando a morena e em seguida as duas saíram do banheiro.


 


Lilá e Parvati continuavam a dormir¸ por isso Hermione e Sarah pegaram seus materiais silenciosamente. Sarah não acreditava nos conselhos que tinha acabado de dar a monitora, mas estranhamente sentia que era o certo a ser feito, pensava no que tinha dito a Hermione enquanto arrumava os materiais escolares.


 


Ela e Hermione estavam prestes a sair quando a morena olhou novamente para as duas garotas profundamente adormecidas em suas camas e um sorriso maroto curvou os lábios de Sarah que sacou rapidamente sua varinha e com um movimento brusco as duas garotas foram arrancadas de suas camas e jogadas direto ao chão com um baque seco. As duas acordaram assustadas, enquanto no corredor Hermione e Sarah morriam de rir ao mesmo tempo em que desciam as escadas do dormitório indo para a sala comunal.


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No dormitório da sonserina dois garotos já estavam acordados, mas nenhum deles ainda havia sequer se movido de seu lugar ou feito qualquer menção de se levantar cada um deles perdido em seus próprios pensamentos.


 


Harry pensava no que Voldemort provavelmente estaria fazendo naquele exato momento, o que segundo suas informações apontavam para o fato de ele estar desaparecido a algumas horas. O pouco de informações sobre esse fato que seus clones haviam conseguido reunir indicavam que o Lorde Negro estava fazendo um recuo estratégico, provavelmente ele deveria estar reunido com os Dragões Negros naquele exato instante. Se Harry conhecia Voldemort como achava que sim, o Lorde das Trevas estaria muito preocupado naquele momento e estaria se empenhando em aperfeiçoar suas habilidades para enfrentar Azrael.


 


Voldemort não era burro e já deveria ter percebido que haviam guerreiros extremamente poderosos que seriam capazes de complicar o rumo da guerra e ele não deveria querer mais correr riscos desnecessários, o que fazia Harry acreditar que assim que o Lorde Negro estivesse pronto ele passaria a atacar por todos os lados, o que não lhe dava muito tempo para preparar seus amigos e os outros guerreiros para as batalhas.


 


O moreno calculava que teria por volta de um mês ou dois no máximo enquanto Voldemort se preparava e posicionava seus aliados e guerreiros nos pontos mais estratégicos, o moreno apenas esperava que fosse o suficiente para os outros ficarem prontos para a batalha e também que fosse o suficiente para ele recrutar os outros membros do Império da Luz para sua causa, ou pelo menos a grande maioria deles.


 


Também havia a pequena vingança de Sarah que eles haviam iniciado na noite anterior com a morte de Diggory, mas ainda haviam outros três que haviam violentado as irmãs e a mãe de Sarah antes deles matarem a família da namorada. E mesmo que Dumbledore não houvesse feito nada além de torturar a mãe de Sarah, fora ele quem permitira que aquilo fosse feito com a família da garota e por isso ele deveria pagar, mas o castigo dele seria o pior.


 


Na cama de dossel verde e prateada ao lado da qual o moreno estava instalado e pensando, Draco Malfoy também já estava acordado e por uma incrível coincidência do destino também se encontrava com os pensamentos longe, principalmente em uma certa morena de olhos verdes que havia cativado o coração sonserino a mais de um ano, mesmo que ela não soubesse desse fato ou pelo menos Draco achava que não.


 


Lembrou-se que desde a primeira vez que a vira sentira-se levemente impressionado com ela, mas soubera disfarçar muito bem a admiração que sentira pela garota decidida e brincalhona que ela era, talvez estivesse apaixonado por ela desde aquela época e apenas não soubesse, pensou Draco sorrindo com ironia.


 


Aquilo era bem provável, afinal sempre se sentira muito bem quando estava perto dela, mesmo quando estava apenas provocando a ela e os amigos que sempre estavam ao redor dos Weasley. Em seus pensamentos ele podia admitir que sempre sentira inveja do “pobretão Weasley” como ele sempre zombara do ruivo.


 


Tinha inveja porque ele e a Weasley tinham o que ele não possuía, o amor da família e o carinho de amigos verdadeiros. Fora mais ou menos no segundo ano que ele se aproximara de Harry, no começo não suportava ficar no mesmo local que um Potter mesmo que aquele estivesse na casa das serpentes, mas então seu pai dissera que o Lorde das Trevas havia ordenado que ele se aproximasse do filho mais velho dos Potter e ele fora obrigado a obedecer.


 


Logo que ele se aproximara do moreno descobriu que gostaria da companhia dele, pois parecia ser tão sozinho e solitário como ele, já havia percebido que ele não se dava muito bem com a família, naquela época ele apenas não sabia a intensidade dessa intriga.


 


Aos poucos a missão que lhe fora ordenada havia sido esquecida e o moreno se transformara em um amigo verdadeiro, alguém com quem ele poderia contar para qualquer coisa. Também se lembrou do dia em que confessara a Harry o que seu pai e o Lorde Negro haviam ordenado que ele fizesse, surpreendentemente o moreno não ficara zangado com ele ou o chutara de sua vida, pelo contrário, Harry o apoiara e o ajudara a elaborar os relatórios que ele tinha de enviar para seu pai todas as semanas.


 


Aquilo fora a cerca de três anos atrás, lembrou-se Draco. Eles estavam no meio do quarto ano naquela época e fora quando a amizade deles se fortalecera pelo segredo compartilhado, e naquele meio tempo a inveja de Draco diminuíra consideravelmente e ele passara a apreciar o que tinha e deixara de desejar o que os outros tinham.


 


É claro que ainda observava a irmã mais nova de Harry, mesmo que discretamente e sem entender porque gostava tanto de olhá-la. Até que no ano anterior ele finalmente havia percebido que estava completamente apaixonado por ela, no começo aquilo o deixara completamente chocado e sem saber o que fazer.


 


É claro que logo depois ele se resignara com o fato sabendo que jamais poderia tê-la, afinal estava destinado a se tornar um comensal da morte como seu pai e não havia muita coisa que ele podia fazer e entrar para o grupinho do Dumbledore estava fora de cogitação, afinal ele preferia estar com o monstro conhecido e que ele sabia do que era capaz do que o velhote, que era cuidadoso com o que fazia e que quando dava o bote era pior que uma cobra.


 


E então Harry aparecera com a milagrosa proposta para que ele se aliasse a Azrael que era ninguém mais ninguém menos do que ele próprio, o que deixara Draco inicialmente surpreso, pois ouvira as façanhas do guerreiro misterioso, mas logo a surpresa deu lugar para a esperança, porque uma vez ao lado de Harry ele teria uma chance com a irmã dele.


 


O tempo de treinamento era realmente fantástico, Draco jamais imaginara que poderia existir uma maneira de alterar o tempo como Harry fizera com a Sala Precisa, e depois ainda havia os períodos em que eles descansavam e podiam conversar e se distrair uns com os outros, na primeira vez ele meio que se mantivera afastado dos outros, mas Harry o obrigara a se aproximar e apresentara cada um deles de maneira adequada como se aquela fosse a primeira vez que eles haviam se visto em toda a sua vida inteira.


 


Para Draco aquele fora o inicio de sua nova vida, sabendo que deveria esquecer todos os momentos ruins de seu passado e partir para frente visando sempre seu futuro e sua felicidade. Ele se aproximara muito de Samantha naquele período de treinamento e estava cada vez mais apaixonado por ela, e tinha quase certeza de que era retribuído.


 


Naquele momento Draco pensava na maneira em que deveria abordar o assunto, sabia que não haveria muitas possibilidades para um momento a sós com a garota, talvez no próximo passeio para o povoado de Hogsmeade, mas Draco sabia que o próximo passeio seria em duas semanas e ele achava que já esperara tempo demais.


 


Por isso o sonserino decidiu agir o quanto antes, talvez devesse falar com a garota aquele dia mesmo, só precisava encontrar o momento ideal para aquilo, pois não queria correr o risco de ser dispensado por ela na frente de outras pessoas.


 


- Está acordado Malfoy? – a voz de Harry na cama ao lado tirou Draco de seus pensamentos e ele virou-se levemente na cama.


 


- Sim. – disse simplesmente o loiro enquanto abria os olhos levemente apenas o suficiente para ver um borrão a sua frente.


 


- Então levante. – disse Harry enquanto ele próprio se levantava e começava a pegar algumas peças de roupas dentro de seu malão para em seguida se dirigir ao banheiro enquanto Draco apenas se remexia de novo na cama e depois sentava-se lentamente.


 


Malfoy riu enquanto se levantava devagar da cama e logo depois começava a procurar as roupas de seu uniforme escolar dentro de seu próprio malão, ao mesmo tempo o sonserino retirava as roupas que usara para dormir e jogava dentro do cesto de roupas sujas se dirigindo para a porta do banheiro em seguida, entrando um minuto mais tarde quando Harry saiu lá de dentro já de banho tomado e com o seu próprio uniforme vestido.


 


- Te vejo no café da manhã. – disse Harry pegando a mochila onde estavam seus materiais escolares e se dirigindo para a porta do quarto saindo em seguida.


 


Draco apenas acenou com a cabeça enquanto fechava a porta do banheiro e se dirigia para a pia, logo depois começando a higiene que fazia todas as manhãs logo depois de acordar.


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No dormitório masculino do sétimo ano da grifinória os alunos haviam acordado cedo e naquele momento o banheiro já estava ocupado por Neville que se encontrava dentro do mesmo a quase dez minutos e não ligava para os resmungos exasperados de Rony que estava esperando do lado de fora da porta para entrar assim que o outro saísse.


 


- Até que enfim Neville. – Rony falou no momento em que o garoto abriu a porta do banheiro, o ruivo entrou rapidamente no interior do box, mas antes de trancar a portar ainda falou. – Você está parecendo uma garota ficando tanto tempo dentro do banheiro.


 


- Cala a boca, Rony. – resmungou Neville dirigindo-se até a sua cama de dossel e em seguida começou a se vestir.


 


Em poucos minutos Rony também tomara banho e voltara ao quarto para se arrumar antes de ir para o salão principal para tomar café da manhã antes de irem para as aulas daquele dia. Não demorou muito e Rony e Neville já se encontravam prontos e em seguida saíram do dormitório para descer as escadas que davam ao salão comunal.


 


- Até que enfim as moças desceram. – Hermione disse em tom zombeteiro quando os dois chegaram ao salão comunal.


 


- Bom dia pra você também. – Neville resmungou enquanto se dirigia diretamente até o buraco do retrato.


 


Os outros três estavam logo atrás dele e logo o quarteto andava em passos rápidos em direção ao salão principal, logo após a saída deles Gina desceu as escadas do dormitório feminino seguida por Samantha. Quase ao mesmo tempo Hugo vinha descendo as escadas do dormitório masculino do sexto ano.


 


- Parece até que combinamos. – Hugo falou sorrindo enquanto se aproximava e beijava a namorada nos lábios. – Bom dia maninha.


 


- Dia. – disse Samantha simplesmente e logo em seguida impedindo que o irmão voltasse a beijar a namorada. – Estamos um pouco atrasados irmãozinho, então deixe para matar as saudades da sua ruiva para mais tarde.


 


- Estraga prazeres. – resmungou Hugo, mas seguiu a irmã enquanto agarrava a mão da namorada e ambos seguiam juntos.


 


Enquanto caminhavam em direção ao salão principal eles conversavam sobre banalidades, e mesmo enquanto estavam distraídos na conversa não puderam deixar de reparar nos olhares curiosos dos outros estudantes no caminho.


 


Quando entraram pelas portas do salão principal encontravam ele quase completamente cheio naquele momento e então se dirigiram até a mesa da grifinória onde os amigos estavam sentados. Eles se sentaram em silêncio ao lado de Rony e Hermione, Neville estava sentado na mesa da Corvinal bem ao lado de Luna e Sarah se encontrava confortavelmente instalada na mesa da sonserina ao lado de Harry, não havia nem sinal de Draco ainda.


 


- Temos a primeira aula com seu pai hoje. – Hermione disse olhando para Hugo e Samantha que apenas devolveram o olhar discretamente.


 


Naquele momento uma revoada de corujas entraram dentro do salão principal interrompendo a resposta ao comentário da monitora e chamando a atenção dos outros alunos e dos professores. Uma coruja de cor bege pousou em frente a Hermione e ela se inclinou levemente retirando o jornal que estava amarrado a pata da coruja e em seguida depositando uma moeda de bronze no pequeno saquinho que havia na outra pata dela.


 


- Tem algo sobre ontem ai? – Gina perguntou curiosa enquanto via a amiga devorar as notícias com os olhos.


 


- Tem sim. – disse Hermione em tom misterioso ao mesmo tempo em que eles percebiam os cochichos aumentando de tom por todo o salão principal.


 


- Então leia pra nós. – disse Rony impaciente enquanto percebia que Luna também havia recebido um jornal, assim como Sarah e Lílian Potter na mesa dos Professores.


 


 


A Guerra Recomeça!


 


Durante a noite de ontem o Lorde das Trevas voltou a ordenar um ataque em massa a um país inteiro, participaram do ataque milhares de comensais da morte acompanhados por vampiros, dementadores e lycan’s.


 


Foi a maior movimentação que o lado das trevas teve em mais de um ano e meio, o alvo escolhido para essa retomada na guerra foi o Território Grego. Os aliados das trevas apareceram em todas as cidades do país causando mortes e terror em seus moradores, os Cavaleiros e os Guardiões da Luz destacados para proteger a localidade entraram em ação imediatamente após o início do ataque, mas segundo uma testemunha eles não foram capazes de defenderem as pessoas presentes nas ruas das cidades gregas naquele momento.


 


Ainda segundo uma testemunha, que na verdade é um dos membros do Império da Luz, nem mesmo os reforços de membros e Cavaleiros da Luz de outros países foi o suficiente para conter os ataques feitos pelo lado das trevas.


 


Os números dos mortos entre os inocentes é imenso, as baixas entre os Cavaleiros da Luz e membros do Império da Luz passam dos cinco mil mortos e outras centenas de feridos estão instalados nos hospitais em estado grave, foram poucos os membros do Império que tiveram apenas ferimentos leves e não necessitaram de acompanhamento médico.


 


Mas esses números poderiam não ser nada comparado a proporção que essa verdadeira chacina grega teria se tornado se não fosse a intervenção de um novo grupo de guerreiros que vem sendo chamado de Panteão, e que estão sendo liderados por Azrael, o mesmo que conquistou todo o continente da Oceania em apenas uma noite. (Mais informações sobre o ataque a Oceania na pág. 3, informações sobre Azrael na pág. 02)


 


Ainda segundo testemunhas os guerreiros comandados por Azrael surgiram em todas as localidades da Grécia, sendo que em algumas cidades apareceram somente guerreiros com níveis mais altos de poder vestindo sobretudos negros e portando capuzes que escondiam seus rostos exatamente como o líder do Panteão se veste com a diferença de que haviam animais estampados nas costas de cada sobretudo enquanto que Azrael usa um sobretudo com duas foices cruzadas nas costas, o que nos leva a crer que possam se tratar de pessoas da mais alta confiança de Azrael, além de provavelmente possuírem altos postos dentro dessa nova organização. (mais informações sobre os animais que estampavam os sobretudos dos guerreiros e sobre como estão sendo chamados na pág. 07)


 


Somente com a intervenção desses guerreiros desconhecidos é que foi possível reverter a situação e então os comensais começaram a ser contidos e mortos rapidamente, principalmente pelos guerreiros que ocultaram seus rostos com capuzes negros. Muitos dos guerreiros que estavam lutando em nome do grupo chamado Panteão eram ex-membros das Resistências que faziam frente tanto ao Império da Luz como o das Trevas, assim como muitas das pessoas que Azrael libertou das prisões que estavam espalhadas pelo continente Oceânico e pessoas dos outros países que ele já conquistou nos dias anteriores. (mais informações sobre as ações de Azrael na pág. 10)


 


Também foi relatado por testemunhas que alguns dos guerreiros que escondiam seus rostos em capuzes lutaram contra os tão temidos Cavaleiros das Trevas, dentre eles o próprio Azrael. Na cidade de Atenas Azrael enfrentou ninguém menos do que Kocet, o líder dos Cavaleiros das Trevas, segundo os relatos o Cavaleiro foi simplesmente massacrado de maneira impiedosa pelo líder do Panteão.


 


Uma das pessoas encapuzadas que acompanhavam Azrael estava sendo chamada de Hell, que na mitologia nórdica era considerada a própria deusa dos mortos (mais informações na pág. 06), e ela também matou um dos Cavaleiros das Trevas, o até então conhecido como Rabinor que era um grande nome nos círculos das trevas.


 


Você-Sabe-Quem sofreu dois grandes golpes com a morte de seus dois Cavaleiros, mas acima disso os outros Cavaleiros das Trevas não foram capazes de vencerem as pessoas que acompanhavam Azrael e todos foram vencidos, embora não tenham sido mortos. Pela primeira vez em muito tempo temos realmente grandes avanços na batalha contra as trevas, mas fica a grande questão de quem seria realmente Azrael e seus companheiros.


 


O líder do Império da Luz, Alvo Dumbledore, não foi encontrado nem na sede do Império em Londres e nem em Hogwarts para dar algum esclarecimento ou algum comentário sobre a derrota sofrida na noite de ontem. Tanto o Império da Luz como o Império das Trevas saíram derrotados na noite anterior, e mais uma vez Azrael levou a melhor.


 


Quais os verdadeiros objetivos de Azrael e seu grupo? Estarão eles apenas querendo ajudar? Se sim, porque simplesmente não se alia ao Império da Luz e a Dumbledore para lutar contra as trevas? Por enquanto, temos apenas hipóteses e tudo o que podemos fazer é agradecer Azrael e seus companheiros por todas as vidas que eles já salvaram.


 


Por John Sweven.


 


 


Hermione terminou de ler e fez um muxoxo enquanto virava a pagina e continuava a ler as matérias que o jornal trazia em seu interior, havia detalhes sobre o resgate de Gina na Austrália e os passos que Azrael fizera desde o dia em que tomara a Oceania.


 


Havia uma relação dos países que ele tomara e que agora controlava, todos eles detalhados e com descrições cronológicas dos dias e datas em que ele passara a ter controle sobre aqueles locais, incluindo as localidades que anteriormente haviam pertencido a Resistência tanto ao Império da Luz como o das Trevas.


 


Ainda dentro do jornal Hermione leu aos amigos as descrições que haviam feito das lutas de Harry e Sarah, além de terem especulações de quem seriam eles realmente. Também havia a informação sobre os desenhos que haviam nos sobretudos que cada um deles fizera uso na batalha, além dos nomes que eles haviam utilizado.


 


- Fizeram uma matéria completa. – comentou Samantha olhando a cada passo para a entrada do salão principal esperando ver um certo loiro aparecer.


 


- Problemas. – Hugo falou de repente percebendo a entrada silenciosa de alguns Cavaleiros da Luz pelas entradas do salão principal.


 


- Merda. – Rony praguejou quando também notou os Cavaleiros, assim como percebeu que eles possuíam um alto nível de magia, provavelmente eram os guerreiros mais poderosos que o Império da Luz possuía.


 


Logo depois eles perceberam a entrada de Dumbledore no salão, mas o que deixou não apenas eles como os outros que estavam espalhados pelo salão surpresos foi perceber que o diretor se dirigia para a mesa da sonserina onde estavam Harry e Sarah.


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No momento em que Harry entrou no salão principal de Hogwarts percebeu que muitos alunos já estavam sabendo sobre o que acontecera na noite anterior na Grécia, pois muitos dos alunos estavam cochichando uns com os outros de maneira empolgada e até mesmo temerosa, havia alguns exagerados que diziam que Azrael havia matado Dumbledore no dia anterior, não que ele não quisesse que aquilo fosse verdade, pensou Harry sombriamente.


 


Já estava sentado na mesa da sonserina a quase dez minutos quando percebeu Sarah, Hermione, Rony e Neville entrando pelas portas do salão. Não precisou nem mesmo acenar, pois no instante seguinte a morena se despedia dos amigos e vinha diretamente até onde ele estava se sentando ao lado de Harry  logo depois de beijar o namorado nos lábios, o que causou outro burburinho pelo salão principal, afinal eles eram um casal diferente.


 


Ele era um sonserino e ela uma grifinória, e normalmente aquilo queria dizer inimigos mortais, mas aquele tipo de coisa era passado.


 


O moreno e Sarah começaram a tomar o café da manhã enquanto conversavam em voz baixa, afinal ninguém precisava saber sobre o que eles dois estavam falando e nem o encontro que estavam combinando para mais tarde.


 


Harry olhava a todo momento para a mesa dos professores pelo canto do olho, sempre olhando para o local onde estavam seus pais e Sirius. Percebia que os três estavam discutindo baixinho e ficou curioso para saber a respeito de que seria aquela conversa, mas sempre desviava o olhar quando um deles acabava focando os olhos diretamente para onde ele estava, o que o fazia perceber e desconfiar que provavelmente ele era o assunto da conversa.


 


Harry e Sarah perceberam quando Gina entrou no salão sendo acompanhada pelos irmãos de Harry e em seguida se dirigiram para a mesa da grifinória sentando-se ao lado de Rony e Hermione. Quando o correio coruja chegou e Sarah desenrolou o jornal que ela tinha passado a comprar o moreno se interessou pelo que poderia estar escrito, por isso inclinou-se e passou a ler a matéria escrita junto de Sarah.


 


Assim que terminou de ler Harry percebeu que todos os alunos estavam comentando sobre o ataque e principalmente sobre Azrael e o Panteão, podia perceber que cada aluno tinha uma opinião diferente sobre o que eles estavam tentando fazer e seus verdadeiros objetivos, o moreno quase riu quando entendeu que um dos alunos da corvinal estava achando que ele queria ser um novo Voldemort e que estava apenas preparando o terreno.


 


Porém seu divertimento simplesmente evaporou quando sentiu a presença de alguns Cavaleiros da Luz dentro da escola, na verdade pode perceber que eles já estavam entrando silenciosamente dentro do salão principal e o moreno nem precisou olhar para os lados para saber que eles haviam cercado o local e estavam entrando por todas as entradas.


 


Harry percebeu que Sarah estava em estado de alerta total, pois o corpo da garota estava tenso e rígido como uma estátua. O moreno alcançou a mão dela com a sua por baixo da mesa e a apertou levemente dando apoio e conforto ao mesmo tempo, naquele momento o moreno percebeu que Dumbledore caminhava decidido diretamente até onde ele e a garota estava, mas continuou fingindo estar mais atento a seu café da manhã assim como Sarah estava fazendo.


 


- Será que poderíamos conversar, Harry? – Dumbledore perguntou quando se aproximou do moreno e de Sarah, mas mesmo assim ele mantinha uma distancia razoável dos dois, como se estivesse tentando se prevenir, o que divertiu o moreno.


 


- Sobre o que? – perguntou Harry apenas para perguntar, afinal tinha plena certeza sobre o que o diretor queria conversar com ele.


 


- Um assunto particular, e acredito que a Senhorita “Connor” deveria nos acompanhar. – falou Dumbledore colocando um pouco mais de ênfase no sobrenome da morena que apertou a mão do moreno mais fortemente, aquela frase do diretor apenas deu certeza a Harry sobre o assunto e principalmente as intenções que ele tinha.


 


- Estamos tomando café, diretor. – Harry responde com sarcasmo na voz sem nem mesmo tirar os olhos do seu prato uma única vez, assim como a garota.


 


- Eu insisto. – disse Dumbledore deixando transparecer uma ponta de irritação na voz, o que fez Harry curvar os lábios em desdém.


 


- Então vai ter de falar aqui mesmo, pois eu quero terminar meu café da manhã antes de ir para a minha primeira aula. – Harry falou calmamente pela primeira vez desviando os olhos de seu prato e pousando-os nos olhos azuis do diretor.


 


- Se é o que você deseja. – disse Dumbledore com frieza enquanto se aproximava mais e ficava de frente para o moreno e Sarah.


 


Harry percebeu que os alunos estavam prestando bastante atenção ao que estava acontecendo entre ele e o diretor, também viu pelo canto dos olhos que seus pais e Sirius haviam se levantado e se aproximado levemente deles, mas mesmo assim ficando a uma boa distância, os Cavaleiros da Luz estavam se aproximando cada vez mais deles. Será que os idiotas pensam que não estamos notando eles? Harry pensou divertido.


 


- Eu gostaria de discutir sua “lealdade” com Azrael, Harry. – Dumbledore falou de maneira clara e direta olhando bem dentro dos olhos verdes do moreno que sentiu mais uma vez o diretor tentando invadir seus pensamentos.


 


- Não perca seu tempo velho, jamais conseguirá penetrar as defesas que existem em minha mente. – Harry rosnou em voz baixa, mas devido ao silêncio que havia tomado conta do salão principal todos os alunos foram capazes de escutar as palavras do moreno.


 


- Devo confessar que seus poderes mentais me surpreendem. – disse Dumbledore friamente embora estivesse exalando um suspiro sentido naquele momento que não enganou o moreno. – Mas o que eu quero é que você reveja seus conceitos e aceite ser leal ao Império da Luz aceitando minhas ordens a partir de hoje.


 


- Mas nem que eu fosse louco. – Harry disse em tom incrédulo e divertido que fez Sarah rir levemente enquanto Dumbledore cerrava os dentes.


 


- Você pode aceitar isso por bem ou por mal Harry. – falou Dumbledore deixando que suas palavras soassem calmas e tranqüilas.


 


- É mesmo? – rosnou Harry desdenhosamente enquanto sentia que os Cavaleiros da Luz estavam a poucos metros dele e de Sarah, também percebeu a presença de Draco que chegava silenciosamente no salão.


 


- Aceite ser leal apenas a mim abandonando Azrael e então eu não revelarei nada sobre a Senhorita “Connor” e o que ela fez a Amos Diggory na noite anterior. – Dumbledore novamente enfatizara o sobrenome da garota enquanto falava de maneira triunfante olhando para o moreno com os olhos azuis cintilando.


 


- Do que diabos você está falando? – Harry rosnou friamente se fazendo de desentendido e surpreendendo Sarah que o olhou levemente sobressaltada, mas o diretor tomou o movimento dela por outra coisa.


 


- Não vai me dizer que não contou a ele Senhorita Connor, ou devo dizer Senhorita Black-Hawk? – Dumbledore sussurrou em voz baixa para que apenas os dois garotos pudessem ouvir o que ele estava dizendo.


 


- Eu... – Sarah começou falando, mas um aperto da mão do moreno a fez engolir os impropérios que estava pronta para lançar contra o velhote.


 


- Então deixe-me informá-lo Senhor Potter de que o verdadeiro nome da sua namoradinha é na verdade Katherine Sarah Black-Hawk. – Dumbledore falava em tom baixo e satisfeito como se estivesse revelando o maior segredo do universo, o moreno esboçou uma falsa expressão de surpresa que deve ter convencido, pois o diretor sorriu largamente enquanto o olhava e em seguida continuou falando. – Ela provem de uma família formada por comensais da morte, não duvidaria nada de que ela seja uma espiã de Voldemort aqui dentro, mas isso não me interessa no momento e sim os motivos que a trouxeram a Hogwarts.


 


- E quais seriam? – Harry perguntou como se realmente estivesse interessado na resposta do diretor, ao seu lado Sarah estava se segurando para não rir, pois não conseguia entender como Harry conseguia fingir tão bem.


 


- Se vingar pela morte da família dela, que foi morta em uma ação dos antigos membros da Ordem da Fênix que agora fazem parte do Império da Luz. – Dumbledore falou como se aquilo fosse um verdadeiro crime por parte da morena, o que deixava Harry um pouco impressionado pelo teatro que o velho conseguia formar ao seu redor. – A ação foi feita por mim e por mais quatro pessoas, nós matamos a família dela e agora ela quer se vingar.


 


Harry sentiu que Sarah estava a ponto de explodir, principalmente pela maneira com que o diretor descrevera o que acontecera na casa de Sarah, era como se eles fossem heróis que haviam livrado a humanidade de verdadeiros monstros. Harry apenas apertou mais fortemente a mão da morena forçando-a a ficar calada e passando força e paciência ao mesmo tempo para a garota através de seus pensamentos.


 


- Apenas querer se vingar não a torna uma criminosa. – Harry falou com voz normal sem se importar em falar baixo ou esconder algo dos outros estudantes, na verdade queria humilhar Dumbledore na frente de seus próprios alunos e comandados.


 


Sem demonstrar nada o moreno soltou sua mão direita, que até aquele momento estivera segurando firmemente a mão da garota ao seu lado, e em seguida a espalmou a apontando diretamente até o chão. Harry se concentrou e apenas em pensamento executou um pequeno feitiço que fez com que uma sombra se desprendesse de sua mão indo diretamente para o chão, aquele era um pequeno encantamento que criava uma sombra que ele podia controlar apenas com a mente, um dos muitos feitiços que ele aprendera através do colar que estava em seu pescoço.


 


- Concordo com você Harry, mas os fatos da última noite me levam a crer que ela já iniciou sua vingança e portanto a torna uma assassina. – Dumbledore disse calmamente enquanto sorria amigavelmente em direção aos alunos que estavam olhando diretamente até a mesa da sonserina, onde eles estavam conversando.


 


Com apenas metade de sua atenção voltada para o diretor, o moreno concentrava sua maior atenção na sombra que percorria silenciosamente as paredes do castelo indo em direção a sala do diretor da escola. A velocidade que aquela pequena sombra atingia era realmente impressionante e em apenas alguns segundos já estava atravessando a gárgula que protegia as escadas da sala de Dumbledore e logo depois a porta de madeira.


 


- Suspeitamos que a sua namorada saiu da escola na noite anterior e se dirigiu até o local onde Amos Diggory se encontrava, em seguida o amarrou e torturou durante algum tempo antes de finalmente estripá-lo até a morte. – a voz do diretor revelava todo o nojo que sentia enquanto estava falando e olhando para o rosto de Sarah.


 


- E o que mais ela fez? – Harry perguntou em um tom falsamente interessado e inocente, como se ele realmente não soubesse aquilo e estivesse surpreso com as informações que estava recebendo, e aquilo deixava Sarah ainda mais surpresa com o garoto.


 


- Esmagou os dedos das mãos dele, os pés, destruiu os joelhos, arrancou as orelhas e o nariz, também arrancou a língua e os olhos. – Dumbledore falou fazendo uma careta enquanto a imagem do que vira mais cedo aparecia em sua mente novamente. – As unhas também foram arrancadas, além de haver indícios de perfurações nos dedos com objetos pontiagudos e pequenos, o que nos leva a crer que se tratavam de pregos.


 


- Caramba. – sussurrou Harry em tom chocado e surpreso enquanto olhava para o diretor. – Fizeram um trabalho e tanto nele.


 


- Como assim fizeram? Sabemos que foi sua namorada que fez isso a Amos. – Dumbledore falou se irritando novamente com as palavras do moreno.


 


Enquanto Harry ouvia o relato de Dumbledore o moreno controlava a pequena sombra que estava dentro da sala do diretor, logo depois de ter entrado na sala a sombra fora diretamente até a mesa de Dumbledore encontrando o que ele estava precisando bem em cima da mesa, o que fez Harry perceber a ingenuidade do velhote ao achar que ninguém invadiria o escritório dele.


 


A pequena sombra abriu a pasta e Harry também pode ver cada uma das palavras que estavam escritas sobre Sarah, em seguida o moreno pensou nos planos que ele já havia traçado e resolveu fazer uma pequena mudança, iria fazer que Dumbledore passasse por senil perante seus próprios guerreiros e ainda livraria Sarah de qualquer suspeita.


 


Harry controlava a sombra como se fosse ele próprio que estivesse na sala do diretor folheando o relatório que MacKinley entregara ao velhote sobre Sarah, além do mais ele poderia usar magia como se a sombra fosse ele mesmo. Com apenas alguns poucos feitiços o arquivo estava completamente alterado e não havia nenhuma foto da Sarah atual ou de qualquer dado sobre ela, ou algo que fosse capaz de denunciá-la.


 


No lugar dos relatórios sobre a vida de Sarah e sua verdadeira identidade existia apenas papéis sobre a família Black-Hawk e sua morte, inclusive os dados sobre Katherine Black-Hawk que constava como morta no incêndio que vitimara a família a vários anos atrás. Satisfeito com seu trabalho o moreno desfez o encantamento que estivera utilizando e voltou a prestar atenção somente no que o velhote estava falando.


 


- Sabemos que foi ela que matou Amos Diggory, portanto a menos que você queira que ela seja presa imediatamente sugiro que aceite me apoiar a partir de agora. – Dumbledore disse com a voz séria olhando com firmeza para o moreno.


 


- E por algum acaso você pode provar que foi Sarah quem matou o Diggory? – perguntou Harry usando de sarcasmo e desdém na voz.


 


- Provar nós não podemos. – Dumbledore admitiu em tom de voz um pouco derrotado, mas em seguida os olhos do diretor brilharam em malícia. – Mas eu não preciso provar que foi ela que matou o Amos, apenas o fato de ela ser filha de quem é e estando ilegalmente na escola prova que ela se infiltrou aqui dentro com propósitos escuros, e com apenas esse detalhe ela já pode ser presa por falsidade ideológica e também ser acusada de ser uma espiã do Lorde Negro.


 


- Então o preço do seu “silêncio” é minha lealdade, não é mesmo? – Harry perguntou em voz baixa e fria.


 


- Harry... – Sarah começou a falar e estava pronta para se levantar e mandar o diretor para o inferno quando foi interrompida por um olhar firme do moreno.


 


- Exatamente. – disse Dumbledore com voz firme enquanto sorria levemente para o moreno e ignorava o leve protesto de Sarah. – Fico feliz que tenha entendido meu ponto de vista.


 


- É claro. – disse Harry calmamente e mentalmente acalmou Sarah pedindo que ela ficasse em silêncio. Em seguida Harry levantou-se lentamente da mesa da sonserina até ficar em pé de frente para o diretor, mas quando voltou a falar a voz do moreno estava forte e alta fazendo com que todos os presentes no salão principal ouvissem suas palavras que estavam sendo ditas em tom frio e impassível. – Você está acusando minha namorada de matar um homem ontem a noite quando ela estava em sua cama no dormitório feminino da grifinória. E como se isso não bastasse está insinuando que Sarah é na verdade uma garota que morreu a mais de cinco anos atrás. Antes de falar qualquer coisa diretor, eu vou perguntar se você pode provar todas essas acusações que está fazendo contra Sarah, pois se isso for verdade eu mesmo a prendo.


 


As palavras do moreno reverberaram pelo salão principal como chicotadas frias e dolorosas deixando todos os que ouviram as palavras dele em tom chocado e incrédulo, os cochichos já enchiam o local enquanto os estudantes comentavam uns com os outros. Tiago e Lílian estavam olhando com os olhos arregalados tanto para Dumbledore como para a garota e Harry, Sirius não ficava muito atrás, mas ele estava olhando mais atentamente para Sarah e franzindo os olhos como se estivesse tentando se lembrar de algo.


 


- Mas é claro que eu posso provar a veracidade de minhas palavras. – Dumbledore disse em tom chocado, não pelas palavras do moreno e sim pelo fato dele as haver dito em voz alta para que todos fossem capazes de ouvir, era como se ele realmente quisesse que eles ouvissem a conversa deles. – Você vai se arrepender disso Harry.


 


- Duvido. – o moreno disse simplesmente enquanto via o diretor chamando por sua fênix e em seguida desaparecendo em uma onda de chamas.


 


- O que você está fazendo Harry? – Sarah perguntou em pânico, não que estivesse com medo e sim por causa das conseqüências que sua verdadeira identidade traria.


 


- Confie em mim, Sarah. – foi tudo o que o moreno disse enquanto olhava firmemente para a garota que em seguida afirmou com a cabeça.


 


- Eu confio. – Sarah falou pegando novamente na mão dele e entrelaçando os dedos de sua mão com a dele no exato momento em que as chamas voltaram a clarear o salão principal antecipando a volta de Dumbledore.


 


- Aqui estão as provas de que a Senhorita Connor na verdade é Katherine Sarah Black-Hawk. – Dumbledore falou estendendo a pasta para Harry que a pegou e abriu em seguida olhando calmamente todas as informações que ele havia alterado, viu a morena a seu lado olhando para o que estava escrito e percebeu a surpresa dela.


 


Harry passou página por página a pasta que se encontrava em sua mão vendo todos os dados alterados e quando finalmente terminou de folhear percebeu que seus pais e Sirius haviam se aproximado e se encontravam praticamente ao lado dele e de Sarah, então estendeu a pasta para eles que passaram a olhar os dados que ela continham.


 


- É isso? – perguntou Harry em um tom de voz indecifrável olhando friamente para Dumbledore que arqueou as sobrancelhas o olhando.


 


- Sim, todas as informações que estão nessa pasta são verdadeiras e vieram de uma fonte segura. – Dumbledore falou concordando enquanto observava as expressões incrédulas dos pais de Harry e de Sirius enquanto eles olhavam os dados.


 


- Eu simplesmente não entendo como aquilo pode provar que minha namorada é essa garota e nem como aquilo prova que ela matou Diggory. – Harry disse firmemente olhando para Dumbledore enquanto os olhos verdes dele exalavam algo como piedade, o que deixou o diretor espantado. – A única coisa que eu percebi foi a semelhança do nome da menina morta ter Sarah no meio, nada mais além disso.


 


- Do que você está falando? – Dumbledore perguntou em tom surpreso e pela primeira vez revelando algo como curiosidade enquanto andava rapidamente até onde a pasta estava sendo lida por Sirius e os Potter, em seguida o diretor arrancou a pasta das mãos dos Potter e ele mesmo olhou franzindo os olhos. – Mas o que é isso?


 


- São os dados que você disse que provavam que a Sarah não era quem ela dizia ser, Dumbledore. – Sirius falou como se fosse óbvio e acabou recebendo um olhar irritado por parte do diretor que folheava as páginas.


 


- Esse não é o relatório que John MacKinley me entregou. – falou Dumbledore jogando a pasta no chão que rapidamente foi pega por um dos Cavaleiros da Luz que estavam no salão e logo eles próprios analisavam os dados, o diretor se virou para Harry e falou com a voz crispada de ódio. – Isso tem dedo seu, Potter. Me diga o que fez com o relatório original.


 


- Acho que você tem trabalhado demais Dumbledore. – Harry falou novamente ensaiando o mesmo olhar piedoso enquanto direcionava seus olhos para o diretor. – O estresse de estar comandando o Império da Luz deve estar lhe afetando diretor.


 


- O que disse? – o diretor perguntou se aproximando perigosamente do moreno e de Sarah enquanto falava com rispidez.


 


- Quer que eu seja mais claro diretor, então tudo bem. – Harry falou calmamente enquanto um pequeno sorriso diabólico e desdenhoso transparecia em seus lábios, sorriso que fez Dumbledore sentir um arrepio gelado de medo em sua espinha. – Acho que finalmente você está se tornando senil velhote, você está vendo demais onde não existe nada. Não me admira que a guerra esteja no ponto em que se encontra sendo que você esteja liderando o Império da Luz, mas ainda bem que Azrael decidiu finalmente tomar a iniciativa na guerra, pois se tivéssemos deixado como as coisas estavam provavelmente estaríamos derrotados em pouco tempo.


 


- Você o conhece? – veio a pergunta de um aluno da sonserina que se encontrava bem próximo de onde ele estava, percebeu que os outros alunos também ouviam e se perguntavam a mesma coisa uns aos outros.


 


- Eu não apenas o conheço como estou ao lado dele nessa guerra. – Harry falou com voz gelada. – Pelo menos ao lado dele sei que podemos vencer a guerra.


 


Depois de dizer isso Harry olhou brevemente para Sarah e os dois viraram as costas prontos para se dirigirem para as portas do salão principal, estava quase na hora da primeira aula deles que seria de Duelos Mágicos e Duelos com Armas com o pai de Harry.


 


- Eu não vou deixar que ela escape Harry. – Dumbledore falou com a voz cheia de raiva e ódio, o moreno percebeu que naquele momento o velhote estava muito alterado emocionalmente para pensar nos atos que cometeria. – Sietrix.


 


Harry ouviu o feitiço sendo pronunciado pela voz do diretor e mesmo sem ver pode sentir o jato de luz acinzentado que disparava da varinha dele indo diretamente para a pessoa a seu lado, sabia que tipo de feitiço era aquele e o que ele poderia causar caso a pessoa fosse atingida, por isso um ódio mortal se desprendeu de seu corpo enquanto ele se virava rapidamente e tomava a frente da namorada estendendo o braço esquerdo em seguida e recebendo o jato escuro na palma de sua mão.


 


O choque produzido pelo impacto do feitiço reverberou pelo salão principal, muitos alunos haviam prendido a respiração ao verem o jato de luz escura e mortal saindo da varinha de Dumbledore, aqueles que conheciam o feitiço ofegaram em surpresa e choque, mas nada deixou os professores, alunos e Cavaleiros da Luz mais surpresos do que verem Harry Potter parar aquele feitiço negro com apenas uma das mãos.


 


- Você não deveria ter feito isso, velhote. – a voz de Harry estava fria e sem vida quando ele falara, o que causara um tremor involuntário no corpo de todos os presentes no salão, enquanto Dumbledore engolia em seco e dava um passo para trás finalmente consciente do que havia acabado de fazer e sabendo que passara dos limites.


 


- Harry... – o diretor não conseguiu pronunciar nada mais do que o nome do moreno, pois no instante seguinte levou um murro no rosto.


 


O som do impacto do soco que o moreno deu no diretor soou nos ouvidos dos presentes como uma chicotada enquanto Dumbledore era jogado para trás em um arco gracioso e logo em seguida atravessava a pouca distância que o separava da parede mais próxima da mesa sonserina que ficava do lado do salão, o diretor atingiu a parede com um baque violento fazendo com que uma grande rachadura acontecesse na parede do chão até o teto, naquele momento foi possível ouvir o gemido de dor do diretor enquanto ele se levantava com um pouco de dificuldade para se colocar de pé para poder encarar Harry novamente.


 


- Estou cansado de você velho. – Harry falou enquanto se aproximava lentamente de onde Dumbledore cambaleava levemente para conseguir se manter de pé enquanto olhava para o moreno que chegava cada vez mais perto, e quando o moreno falou novamente a voz estava sombria e carregada de promessas. – Você cometeu um erro grave ao atacar alguém que eu gosto velhote, e agora você vai descobrir o que eu normalmente faço com aqueles que tentam machucar as pessoas que são importantes para mim.


 


Antes que o moreno pudesse se mover e se lançar contra o diretor novamente sentiu uma deslocação de ar em toda a sua volta e instintivamente sabia que eram os Cavaleiros da Luz que estavam se movimentando.


 


Harry viu um sorriso surgir nos lábios de Dumbledore quando ele também percebeu que os Cavaleiros da Luz estavam indo em seu auxílio, mas o sorriso desapareceu do rosto do diretor quando os mesmos Cavaleiros foram golpeados por estudantes que haviam se movimentado em velocidade assombrosa e interceptado os guerreiros antes que eles chegassem perto o bastante do moreno, o que deixou Dumbledore com os olhos em choque.


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Assim que Harry havia golpeado Dumbledore os amigos dele haviam se levantado e se aproximado cautelosamente enquanto todos os outros presentes no salão principal ofegavam em surpresa ao verem o moreno agredir ao diretor, mas quando o moreno estava para avançar novamente contra Dumbledore os Cavaleiros da Luz se movimentaram dirigindo-se diretamente para o moreno e nesse momento cada um deles agiu rapidamente.


 


Gina foi a primeira a se movimentar e acertou um forte soco em uma mulher de cabelos negros que se aproximava pelas costas do moreno fazendo a guerreira desabar inconsciente aos seus pés devido a intensidade e força que ela utilizara no golpe. Ao mesmo tempo em que a ruiva se movimentava Hugo também havia interceptado um Cavaleiro alto e loiro que avançava velozmente, o garoto socou o homem no estomago fazendo com que ele se curvasse sobre seu próprio corpo, mas o irmão de Harry não deu tempo para que o guerreiro se recuperasse e em seguida acertou um forte soco na nuca do homem loiro que desmaiou imediatamente.


 


Luna e Neville estavam sentados na mesa da corvinal quando a discussão entre Harry e o diretor começara assim como os fatos que aconteceram logo depois e em todos esses momentos eles não haviam interferido, mas quando os Cavaleiros da Luz avançaram em direção ao moreno ambos levantaram-se da mesa imediatamente e em menos de um segundo se encontravam ao lado direito do moreno interceptando dois Cavaleiros.


 


Luna acertou um chute violento na lateral do corpo de um homem negro que apenas arregalou os olhos surpreso antes de cair inconsciente após receber outro chute forte da loira, dessa vez no rosto. Neville tentou golpear o outro Cavaleiro da Luz, mas este mostrou-se um pouco mais esperto e atento desviando do golpe do grifinório e em seguida tentando lhe golpear na altura da cintura, Neville bloqueou o golpe do Cavaleiro e em seguida elevou seu joelho direito em direção vertical acertando o guerreiro na altura das costelas e antes que o homem percebesse chutou-o no estômago socando a nuca dele logo depois quando o guerreiro se curvou sobre si mesmo.


 


Rony e Hermione haviam se levantado e avançado junto com Gina e Hugo bloqueando outros dois Cavaleiros da Luz que estavam se aproximando da retaguarda do moreno. Hermione pegou um Cavaleiro de surpresa golpeando o homem nas costelas com dois poderosos socos que nocautearam o guerreiro, já Rony não teve tanta sorte, pois o outro Cavaleiro havia percebido os movimentos de Hermione e dos outros e vendo os seus companheiros sendo nocauteados, por isso ele foi capaz de se esquivar do golpe que o ruivo estava para aplicar nele e em seguida tentar atacar a Rony com um chute que visava atingir o garoto no rosto, Rony bloqueou o golpe do guerreiro e segurando a perna que fora utilizada no golpe o ruivo chutou a perna de apoio do guerreiro que desabou no chão e em seguida o ruivo chutou o Cavaleiro na cabeça deixando-o inconsciente.


 


Samantha tinha percebido os movimentos de todos os amigos, eles pareciam estar sincronizados enquanto atacavam aos Cavaleiros da Luz. A irmã de Harry também se aproximara rapidamente do irmão quando percebeu o que estava para acontecer, mas diferente dos outros ela foi diretamente a frente do irmão onde um homem truculento se colocava em frente ao diretor como se quisesse protegê-lo do moreno, a garota quase riu daquilo afinal sabia que o irmão poderia matar aquele homem apenas com o olhar, mas ela não queria arriscar que ele acabasse matando sem necessidade, por isso em apenas dois segundos Samantha já se encontrava em frente ao homem acertando um soco com tanta força no rosto dele que ele literalmente voou para a esquerda de onde eles estavam e chocou-se com a parede parecendo desmaiado quando desabou ao chão.


 


Quando Lílian percebeu a movimentação de tantos Cavaleiros da Luz dirigindo-se para atacarem seu filho tudo na mente da ruiva desapareceu, deixando apenas que o instinto maternal se apoderasse de todo o corpo da ruiva. Ela não se importou com o fato de seu filho ter acabado de atacar ao diretor de Hogwarts e líder do Império da Luz, tudo o que ela percebia eram aquelas pessoas querendo machucar seu filho mais velho.


 


O instinto de mãe dentro dela aflorou com violência e tudo o que ela pensou foi em atacar cada um deles, naquele momento Lílian aprecia uma leoa furiosa que estava pronta para defender seus filhotes. Um dos Cavaleiros passava próximo a ela quando Lílian simplesmente virou-se e pode olhar a lateral do corpo do Cavaleiro.


 


Nesse momento a Professora de Poções colocou tudo o que ela aprendera durante seu treinamento para se tornar um Cavaleira da Luz e quando o poder percorreu seu corpo ela girou e acertou um chute com violência na altura do peito do homem, que voou para trás com força e batendo a cabeça na quina da mesa da Lufa-lufa caindo inconsciente logo depois, sem pensar a ruiva avançou e interceptou um outro Cavaleiro da Luz, mas esse estava atento e se defendeu iniciando um duelo feroz com a mãe do moreno.


 


Sirius e Tiago também agiram e não ficaram parados, afinal se eles realmente desejavam pelo menos tentar uma aproximação com Harry precisariam demonstrar com atos e não apenas com palavras, como Lílian estivera dizendo a eles durante todo o café da manhã. Sirius barrou sua prima, Nymphadora Tonks, aparecendo em frente a metamorfomaga que naquele momento estava vestida com a usual armadura dos Cavaleiros da Luz.


 


Os cabelos da Cavaleira estavam em um negro intenso revelando toda a seriedade em que ela se encontrava, os olhos estavam em sua cor natural, de um azul oceano que poderia hipnotizar qualquer homem, aqueles olhos eram a marca de todos os Black’s e caia muito bem na mulher.


 


- O que está fazendo Sirius? – Tonks perguntou tentando passar pelo primo, mas sendo segura firmemente pelo mesmo.


 


- Não interfira. – disse o animago com seriedade enquanto continuava segurando a mulher firmemente. – Por favor, Tonks, não me obrigue a lutar com você. Confie em mim, prima. Não vai querer atacar meu afilhado.


 


- Droga, Sirius. – Tonks resmungou enquanto suspirava com desagrado, mas por dentro estava silenciosamente agradecida pela interferência do primo, pois não estava gostando daquela situação desde que eles haviam recebido as ordens do líder do Império da Luz, em seguida apenas concordou com a cabeça e voltou seus olhos para onde o diretor da escola se encontrava ficando impressionada com a velocidade que Harry se movia.


 


Enquanto Sirius barrava Tonks, Tiago avançou e socou um homem moreno que ele conhecia apenas de vista. O homem que ele vagamente lembrava que se chamava John voltou-se para ele tentando lhe golpear, logo ambos estavam em uma ferrenha luta de um contra um, mas Tiago conseguiu atravessar a guarda dele nocauteando o homem com uma seqüência de socos no rosto que chegou até mesmo a quebrar o nariz do Cavaleiro.


======


 


 


Draco chegara ao salão principal pretendendo tomar seu café da manhã no exato instante que Dumbledore abordou Harry na mesa das serpentes, por isso manteve-se oculto e silencioso afinal havia detectado a presença dos Cavaleiros da Luz.


 


Ouviu toda a conversa do diretor com o moreno e ficou levemente surpreso com as informações que Dumbledore jogava contra o moreno, mas apesar de todas as palavras que Harry dissera o sonserino sabia que ele não estivera nem um pouco surpreso com aquelas palavras.


 


Draco conhecia o amigo muito bem, assim como todos aqueles que estiveram treinando com Harry nos últimos tempos, e Malfoy tinha certeza absoluta que não era o único que havia percebido que o moreno estava jogando com o diretor.


 


Com aquilo Draco somente podia supor que Harry sabia exatamente a verdade sobre Sarah, assim como o loiro tinha certeza absoluta que a acusação do diretor sobre a morte de Amos Diggory por Sarah era simplesmente verdadeira, mas o que Dumbledore desconhecia era que provavelmente Harry também estava envolvido na morte do homem, afinal o sonserino lembrava-se muito bem que o amigo havia demorado muito para chegar ao dormitório na noite anterior, o que deixava claro que provavelmente ele estava com a namorada.


 


O loiro percebeu a movimentação dos Cavaleiros da Luz assim como a rápida interferência dos amigos que interceptaram os guerreiros e os nocauteando logo em seguida, também viu com um pouco de surpresa os pais do amigo ajudando a bloquear os Cavaleiros assim como o padrinho de Harry, mas este apenas segurava uma mulher que Draco conhecia muito bem e sabia perfeitamente que era sua prima.


 


Mas Draco também percebeu que três Cavaleiros da Luz haviam se movimentado sorrateiramente evitando os alunos que haviam barrado seus companheiros e se aproximavam de Harry rapidamente, foi nesse momento que Draco escolheu se movimentar e em uma velocidade maior que os olhos humanos poderiam ver atravessou o salão principal aparecendo a frente dos três Cavaleiros que pararam surpresos quando o viram.


 


- Saia da frente moleque. – rosnou o mais alto deles em tom furioso e imperativo, se mostrando superior ao garoto.


 


- Não. – Draco disse com sarcasmo enquanto olhava desdenhosamente para os três homens que enrijeceram o corpo quando o sonserino zombara deles.


 


- Sai da frente, filhote de comensal ou então vamos passar por cima de você. – o Cavaleiro mais a direita e que era ruivo disse em tom superior enquanto olhava para Draco como se ele não passasse de um mero obstáculo, o que deixou o sonserino levemente aborrecido enquanto inclinava a cabeça e arqueava a sobrancelha.


 


- Vocês podem tentar. – foi a resposta fria e sarcástica que Malfoy deu a eles deixando os Cavaleiros mais irritados.


 


- Moleque imbecil. Vamos acabar com ele. – rosnou novamente o mais alto e entroncado dos Cavaleiros antes de avançar contra Draco, sendo seguido imediatamente pelos outros dois guerreiros depois de um instante de vacilação.


 


Draco esquivou do golpe do mais alto dos três homens e depois de um segundo levantou seu joelho acertando as costelas do Cavaleiro que gemeu enquanto cuspia sangue e caia de joelhos no chão, mas mal o loiro havia golpeado o Cavaleiro, ele e precisou se defender dos golpes dos outros dois homens que foram facilmente bloqueados pelo sonserino.


 


O loiro esquivou de um chute do homem ruivo enquanto bloqueava um soco do outro Cavaleiro que era loiro como ele próprio, em seguida movimentou-se rapidamente escapando dos golpes dos dois Cavaleiros enquanto se protegia do terceiro que havia se recuperado e estava furioso, principalmente por ter sido atingido por um adolescente.


 


Mentalizando um feitiço de impacto o sonserino apontou a mão esquerda para o Cavaleiro ruivo que arregalou os olhos surpreso um segundo antes de receber um jato amarelo no peito que o lançou cerca de dez metros para trás onde caiu inconsciente e com algumas costelas quebradas, ao mesmo tempo em que lançava o feitiço contra o homem ruivo Draco utilizava a mão direita para bloquear um soco do Cavaleiro loiro para logo depois acertar uma porrada com força na altura do rosto do mesmo que deu três passos para trás.


 


Draco nem pode respirar e precisou se defender de uma seqüência de socos e chutes que o mais entroncado dos três Cavaleiros tentou lhe acertar, naquele momento o loiro daria qualquer coisa para poder usar todos os seus poderes e aniquilar rapidamente aqueles três Cavaleiros, mas o sonserino sabia que se mostrassem do que eles eram capazes de fazer poderiam facilmente associar eles aos guerreiros que haviam lutado na Grécia e vencido os Cavaleiros das Trevas, e eles haviam concordado que aquela não seria uma boa idéia, pelo menos não ainda.


 


Esquivando-se de um golpe do grandalhão Draco girou enquanto elevava sua perna direita acertando um chute direto na nuca do Cavaleiro loiro que gritou antes de cair de borco no chão parecendo bastante machucado e completamente inconsciente. Então Draco pode se preocupar apenas com o mais forte os três homens que estivera enfrentando, desviou-se de um chute e bloqueou um soco dele cruzando ambas suas mãos em frente a seu rosto.


 


Draco amparou com a mão esquerda um chute que visava acertar seu pescoço e em seguida elevou sua perna direita golpeando a cintura do Cavaleiro que grunhiu de dor em seguida quando o loiro socou-o no rosto quebrando seu nariz e fazendo com que uma grande quantidade de sangue jorrasse pelo ferimento.


 


Enquanto lutava com o Cavaleiro, Draco sentia um poder obscuro crescendo e emancipando através de Harry, mas estava ocupado com o homem contra estava lutando e por isso não podia observar atentamente seu amigo para saber exatamente o que estava acontecendo entre ele e o diretor naquele momento.


 


O sonserino aproveitou uma brecha na guarda do Cavaleiro e avançou com força e rapidez aplicando repetidos golpes na linha de cintura do grandalhão, em seguida elevou seu pinho atingindo o homem no rosto e quando o Cavaleiro se encontrava tonto, Draco aproveitou e em um rápido movimento correu até ficar as costas do homem e em seguida o golpeou com força na altura de sua nuca fazendo o Cavaleiro despencar até o chão inconsciente.


 


Suspirando o loiro olhou ao seu redor avaliando a situação, mas antes seus olhos foram diretamente até uma certa morena de olhos verdes. O sonserino sorriu levemente quando viu que ela havia nocauteado a dois Cavaleiros da Luz que se encontravam a seus pés e naquele momento ela estava olhando algo a direita de Draco que intrigado virou-se para ver o que chamava tanto a atenção não apenas dela como de todas as pessoas naquele salão principal, mas antes mesmo de por seus olhos na cena que viu logo mais adiante ele já havia sentido a energia de ódio que exalava de Harry.


 


 


 


 


 


 


 


N/A: Galera, antes de mais nada eu gostaria de pedir desculpas para aqueles que esperavam a reunião dos deuses nesse capitulo, mas ele ficou grande demais, foram quase de vinte e cinco paginas do Word, por isso a reunião ficara para o próximo, sinto muito. O titulo desse capitulo ficou uma porcaria, mas eu não tive inspiração nenhuma para outro.


 


Agradecimentos especiais:


 


Dark Phoenix: que bom que gostou da tortura no capitulo anterior, como deu pra ver apareceu o Sirius e os pais do Harry novamente, no próximo capitulo eles vão conversar com o Harry, assim como vai haver a pequena reunião dos deuses. Abraços.


 


James V Potter: Sei que a tortura ficou pouca, mas garanto que a próxima vai ser mais intensa e vai durar um “pouco” mais de tempo. Fiquei curioso a respeito do que os Indianos fazem com pessoas que cometeram os mesmo crimes e vou pesquisar na internet, quem sabe para a próxima, não é mesmo... o Sirius apareceu conversando com os Potter, mas a conversa com o Harry vai ficar para o próximo capitulo assim como o lance dos deuses, eu disse que seria nesse, mas o capitulo ficou imenso e se eu for escrever essa cena não iria conseguir postar ainda hoje, portanto fica para o próximo. Espero que tenha gostado do capitulo. Abraços.


 


Anderson potter: as torturas vão vir em pouco tempo, eu garanto, quanto as próximas batalhas já acontecerão nos próximos capítulos, mas os Dragões ainda não vão aparecer, mas em breve. Eu realmente pensei nesse lance para a tortura do Diggory, mas então resolvi deixar para os outros ou pelo menos algo bem parecido. Concordo com você que a Sarah foi meio cruel na tortura, mas o Harry ainda é mais. Espere os próximos. Abraços.


 


Polaris: realmente a tortura foi um pouquinho forte nessa parte, até mesmo eu senti alguns arrepios imaginando se aquilo estivesse acontecendo comigo, coloquei essa parte de um filme que eu assisti a algum tempo atrás só que não lembro o nome no momento. Acho que a humilhação pelo tamanho do equipamento dele foi um pouco forçado, mas qual a melhor maneira de atingir o orgulho de um homem do que pelo “equipamento” dele? Concordo com você no caso dele merecer algo ainda mais pior do que havia recebido, mas a intenção era deixar o corpo do Diggory reconhecível a alguém, além de deixar bastante claro que ele foi torturado brutalmente antes de ser morto, foi como um aviso para os outros. Morrer desse jeito que você descreveu deve ser horrível, e eu tambem ano desejo uma morte assim para mim. Obrigado pela dica, eu estava mesmo pensando na parte psicológica para as próximas torturas, mas eu vou precisar me esforçar um pouco, pois quero que a próxima tortura seja inesquecível tanto para mim que escrevo como para quem for ler. Obrigado novamente pelo toque e espero que tenha gostado do capitulo que esta bem parado, mas no final teve um pouquinho de ação. Beijos.


 


TiuToddy: ei fera, o Diggory pagou caro pelo que fez a família da Sarah, mas ainda não foi forte o suficiente, espere para ver o que vai acontecer com os outros, porque se sair do jeito que eu estou imaginando... Coitado deles, já estou com pena. Abraços.


 


Jonathan: que bom que gostou do capitulo anterior, espero que este esteja bom. Abraços.


 


 

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