<b> Capitulo 6 – Repercussão <

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Capitulo 6 – Repercussão

Harry ainda segurava Gina nos braços se perguntando como demônios a garota sabia quem ele era, afinal estava usando uma mascara sobre o rosto. Simplesmente não entrava na mente dele que ela sabia que se tratava dele, e percebera claramente que ela não estava delirando, muito pelo contrário, a garota parecia firme e decidida, como se tivesse certeza do fato. Ele deve ter apertado levemente os braços em volta da menina, porque involuntariamente a garota soltou um gemido dolorido despertando o moreno de seus devaneios. Olhou para a garota demoradamente antes de solta-la devagar a sua frente, a ruiva cambaleou um pouco, mas pôs-se de pé imediatamente, erguendo os belos olhos castanhos para olhar para si cheia de si.
- Do que me chamou? – perguntou Harry apenas para disfarçar e ter certeza de que ela o reconhecera mesmo.
- O chamei de Harry, por que esse é o seu nome. Você é Harry Potter, irmão de Hugo e Samantha. – ela respondeu de maneira clara e firme, como se tivesse certeza absoluta do que falava. – Eu posso sentir que é você, então não adianta negar.
Harry apenas continuou olhando para ela, sem saber exatamente o que fazer ou o que pensar sobre a convicção dela, embora soubesse muito bem a resposta para o motivo de ela ter aquele estranho poder de sentir sua presença. Balançou a cabeça suspirando, não tinha planejado uma complicação dessas, precisava de uma saída rápida, ninguém devia saber sobre ele, pelo menos não ainda, ele precisava deixar algumas coisas prontas antes de se revelar.
- Certo, pode me dizer como consegue saber quem eu sou? – ele perguntou enquanto ordenava seus pensamentos para o que ele pensara em fazer, sim, talvez desse certo, a ruiva tinha apenas que colaborar e então ele poderia continuar agindo nas sombras e finalmente começaria a por seu plano de treinamento em pratica, dessa vez ele treinaria os amigos para que eles fossem capazes de derrotar até mesmo deuses, pensou com um rosnado.
- Bem, eu não sei explicar. – começou a ruiva olhando incerta para o moreno que apenas a incentivou com o olhar – Eu apenas sinto uma coisa boa quando estou perto de você, é um sentimento de proteção, como se eu soubesse que você me protegeria acima de qualquer coisa, e também eu sinto uma conexão entre nós dois, como se estivéssemos de alguma maneira ligados, mas não de maneira romântica, é como se você de alguma forma fosse meu irmão gêmeo. – explicou Gina rapidamente – Eu sei que parece loucura, mas...
- Não parece loucura. – cortou-a Harry olhando para ela com a cabeça levemente tombada para a direita – Eu sei o que você quer dizer.
- Quer dizer que você também sente essa conexão que existe entre nós? – perguntou ela esperançosa de que finalmente entenderia o que aquilo queria dizer.
- Sim. – respondeu o moreno de forma pensativa. – Você sente essa ligação de irmão comigo, porque de fato somos irmãos. – explicou Harry e ao ver a expressão chocada dela acrescentou rapidamente – Não irmãos de sangue, mas irmãos de alma.
Gina olhou para o moreno que ainda estava com o sobretudo e o capuz que escondiam seu rosto, mas ela não se importou com aquilo, era como se ela pudesse ver e sentir o rosto dele, pensou na resposta dele, irmãos de alma, será que era mesmo possível eles serem irmãos de alma, embora não soubesse o que aquilo queria dizer, estava muito curiosa.
- O que exatamente significa o fato de sermos irmãos de alma? – perguntou Gina para ele, queria entender o que aquilo queria dizer e sabia que ele teria a resposta para sua pergunta.
- O fato de sermos irmãos de alma, quer dizer que estamos ligados desde o dia em que nascemos, é muito raro de acontecer algo assim entre bruxos ou trouxas. Eu não sei exatamente como ocorre essa ligação, apenas acontece, em toda a historia existiram apenas dois seres que podem dizer que foram irmãos de almas, e ambos acabaram tendo um relacionamento um tanto estranho. – explicou Harry tentando ser o mais claro possível – Eles acabaram se casando e foram de certa forma felizes em seu relacionamento, mas o amor que existia entre eles era fraternal e de amizade. O casamento deu certo, mas eles eram almas iguais que se uniam, eram o mesmo lado de uma moeda por assim dizer. Também foram grandes magos em seu tempo, embora naquela época o mundo era muito primitivo e eles não ficaram conhecidos.
- O que aconteceu com eles? – perguntou Gina olhando para Harry de maneira estranha, o moreno tinha um pressentimento de onde estavam os pensamentos loucos da ruiva.
- Foram felizes, Gina. Tiveram uma vida pacifica, não havia paixão avassaladora no casamento de ambos, mas naquela época as pessoas não procuravam o amor como hoje em dia. Nos tempos remotos as mulheres casavam-se com os mais fortes, com aqueles que pudessem protege-las dos perigos e pudessem colocar alimento na mesa, esse era o pensamento naquela era, mas isso já faz muitos séculos, nem sequer existem dados históricos sobre eles, embora eu acredite que eles tenham sido mais poderosos que Merlin.
Gina arregalou os belos olhos castanhos com a fala de Harry, afinal Merlin era uma lenda no mundo bruxo, muitos diziam que Voldemort já tinha superado os poderes de Merlin, uma vez que claramente o Lorde Negro estava maiôs poderoso que Dumbledore, e o moreno dizia calmamente com aquela voz mansa e fria que haviam existido pessoas mais poderosas que ele.
- Isso significa que... – Gina começou perguntando, mas foi interrompido por Harry que já havia adivinhado o que ela perguntaria.
- Sim ruiva, significa que se resolvêssemos nos casar, provavelmente seriamos felizes. – disse o moreno calmamente, então completou maliciosamente – E embora a idéia seja muito tentadora, eu acredito que a senhorita esteja apaixonada por um outro Potter ou estou enganado? – a pergunta saiu divertida e Gina enrubesceu.
- O que quer dizer? – perguntou tentando disfarçar, como ele sabia, Merlin e ela havia imaginado que conseguira enganar a todos. Percebeu apenas pela postura que ele não se deixara enganar pelo seu tom descrente de voz, então suspirou derrotada. – Está bem, eu confesso. Estou completamente apaixonada por um Potter. Satisfeito? – perguntou um pouco brava.
- Na verdade sim. – respondeu zombeteiro. De repente ficou serio novamente e comentou – Agora precisamos discutir o que vamos fazer com a sua pequena descoberta.
- Como assim? – perguntou Gina olhando de maneira inquisidora para ele – Não está pensando em obliviar minha memória está?
- Eu não faria isso com você Gina. – disse Harry sinceramente, embora a idéia tenha passado pela mente dele varias vezes, aquilo resolveria a questão rapidamente – Eu pensei em uma coisa, por que eu não quero que ninguém saiba que eu salvei você, pelo menos ainda não.
- Por que? – perguntou Gina com a sobrancelha arqueada – Você me salvou, isso mostraria a todos que você não está do lado de Você-Sabe-Quem. – completou a ruiva como se fosse obvio.
- Sim, isso me daria alguns pontos e me ajudaria bastante a eliminar um pouco da minha fama negativa. – comentou Harry sem se importar realmente com aquilo – Mas eu não quero que saibam que fui eu que fiz aquilo na Austrália. – vendo o semblante interrogativo dela o moreno explicou calmamente o que acontecera depois que ela fora seqüestrada, contou como descobrira o paradeiro dela, apenas deixando de lado algumas coisas que ele fizera, como a pequenas tortura em Nott e a violência com que matara os comensais que estavam na mansão. – Já esta quase amanhecendo e as noticias correm rapidamente, em breve eu terei controle completo de toda a Austrália. E garanto que até o final do dia o continente da Oceania será a base de operações da força que eu pretendo montar para destruir o exercito e os domínios de Voldemort.
A ruiva estremeceu com menção ao nome do Lorde Negro, mas estava chocada com o que o moreno relatara, nem por um segundo ela havia pensado nos comensais que estavam guardando o local em que fora mantida como prisioneira, tinha noção que ele suavizara o relato, mas estava impressionada e um pouco amedrontada com o que ouvira. Olhando para ele perguntou.
- Por que você está querendo formar uma base, por que não se junta a Dumbledore ou ao Império da Luz?
- Não, eu jamais me uniria a eles. – percebendo que a ruiva argumentaria Harry continuou – Eles me odeiam Gina. Todos eles, meus irmãos, meus pais, os professores, os membros do Império, eles nem sequer acreditam mais que eu serei o adversário de Voldemort. Estão treinando guerreiros, elevando o nível deles em combate, estão procurando alguém que possa derrotar Voldemort, além de mim, porque Dumbledore sabe que não tem poder o bastante para vencer o Lorde Negro.
- Seus pais e seus irmãos não odeiam você Harry. – Gina tentou argumentar com o moreno, mas foi inútil porque ele balançou a cabeça como se espantasse um inseto muito incomodativo, em seguida olhou para ela e a ruiva mesmo não vendo os olhos dele podia sentir toda a dor que aquilo ainda causava nele.
- Sim Gina, eles me desprezam, talvez minha mãe e Samantha gostem de mim de alguma maneira, minha mãe eu sei que gosta e sente pelo menos um pouquinho de orgulho de mim, e isso já me basta. Não vou olhar para trás ruiva, tem uma guerra monstruosa bem na nossa frente, e eu não tenho mais tempo para pensar nessas coisas, agora é lutar ou morrer. – a voz fria e sem vida fez a ruiva sentir um arrepio pela espinha.
- Como vamos fazer para eles não descobrirem o que realmente aconteceu? – perguntou Gina ignorando as ultimas palavras dele, aquele era um assunto delicado e para uma outra hora – Por que Dumbledore é um excelente legilimente e há também os especialistas no assunto do Império, eu provavelmente serei examinada assim que eles se certificarem de que estou bem.
- Eu tenho uma idéia. – respondeu Harry, em seguida explicou – Vou lançar um feitiço em você, será como se sua mente tivesse sido apagada. – ao ver a cara da ruiva Harry riu – Não para você, mas para quem tentar ler sua mente será como observar apenas escuridão, como se você ficado inconsciente durante todo o tempo, você se lembrará de tudo o que conversamos. Eu peço a você que não conte a ninguém que fui eu que te resgatei, mas sei que você vai querer contar para seus amigos. – falou Harry com a voz impassível não demonstrando o que ele sentia em relação ao assunto – Por isso vou lançar um outro feitiço, este parecido com o feitiço Fidelius, com a diferença que a informação guardada não e um local e sim a própria informação. Os únicos autorizados a saberem sobre o que aconteceu serão Rony, Hermione, Neville, Luna, Samantha e Hugo, eu te autorizo a contar a ele, mas previna-os de que eles estarão enfeitiçados e não poderão comentar com ninguém o que você ira dizer a eles, caso contrario punições mortais os assolarão.
O moreno sacou sua varinha negra e apontou para a ruiva que esperou impaciente, Harry fez um movimento circular e lançou o feitiço que escondia as memórias de algum outro legilimente, aquele feitiço não existia, pelo menos não para os mortais, era uma das coisas que já aprendera com aquele estranho colar, podia sentir mais conhecimento deslizando por sua mente e seu corpo, assim como noções de batalha com espada, lembrou-se de conseguir uma espada, mas ele precisava de uma que você no mínimo tão poderosa como a do Lorde das Trevas.
Viu o feitiço atingir a ruiva e uma luz branca perolada envolvê-la, em seguida desapareceu, Gina sentiu-se um pouco tonta ao receber o feitiço de memória, mas apenas esperou que Harry executasse o outro feitiço. Harry movimentou a varinha em diagonal depois começou a murmurar palavras que a ruiva não ouvia e o pouco que ouvia não conseguia entender, logo depois ele fez uma espécie de X no ar e uma cruz azulada formou-se no ar e em seguida disparou em sua direção, envolvendo todo o seu corpo e selando as informações que o moreno queria, então a luz desapareceu e Gina cambaleou um pouco sendo amparada pelo moreno, ela sentia-se fraca e cansada.
- Agora podemos ir ruiva. – o moreno sussurrou suavemente no ouvido dela e Gina novamente se sentiu no conforto dos braços do moreno, apoiou-se nele sem se importar, ele cuidaria de tudo, confiava nele – Lembre-se Gina, você não sabe de nada do que aconteceu.
Gina concordou balançando a cabeça, então chamas negras envolveram o corpo de ambos, em seguida Gina sentiu a tão conhecida sensação da aparatação, mas daquela vez foi suave e ela sentiu-se bem, ao invés de enjoada como das outras vezes que aparatara, então a ruiva fechou os olhos quando a escuridão ameaçou envolve-la.
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Os amigos encontraram-se novamente no salão comunal após terem feito a higiene matinal, não haviam dormido nada esperando noticias de Gina, mas não houvera nada, ninguém veio lhes dizer ou lhes nenhuma explicação, estavam aflitos com o que poderia ter acontecido. Rony entrelaçou os dedos com os de Hermione e olhou-a demoradamente, ela era seu refugio naquele momento, na verdade era desde o momento em que descobrira que a amava, lembrou-se que demorara duas semanas arrumando coragem para chamar a garota para sair, mas com um pequeno empurrãozinho de sua irmã ele acabara se declarando, nunca se arrependera da decisão que tomara, ela era uma pessoa incrível, uma verdadeira grifinória.
Hermione sentia a tensão e o nervosismo do namorado, ela também estava muito preocupada com o que poderia ter acontecido com a amiga, sabia muito bem o que os malditos comensais podiam fazer, os relatos das monstruosidades deles eram relatadas nos jornais, mas ela rezou a Merlin que alguma coisa fosse descoberta e que ela fosse encontrada o mais rápido possível.
Neville e Samantha caminhavam lado a lado e ambos tinham expressões sombrias e preocupadas no rosto, Gina era amiga de ambos e eles sentiam a falta dela, esperavam que a ruiva estivesse com eles em breve.
Hugo era de longe o que mais sofria, ele descobrira que estava apaixonado pela ruiva durante as férias, mas não tivera coragem de se declarar, afinal nunca reparara em nada que mostrasse que ela sentisse algo a mais que amizade por ele, já com seu irmão... Hugo lembrou-se da primeira vez em que a vira, ela tinha ficado hipnotizada por Harry, e passou a ficar vermelha sempre que ficava próxima a ele, Hugo não percebera, mas passara a desprezar ainda mais o irmão depois dessa descoberta, riu amargo. Esse fora um combustível que alimentara seu ódio por Harry.
Balançou a cabeça espantando os pensamentos sombrios quando próximos a entrada do salão principal encontraram com Luna que também se encaminhava para tomar o café da manha parecendo tão cansada quanto eles, afinal nenhum deles dormira, todos preocupados com a segurança da ruiva.
Chegaram ao salão principal e viram os pais de Rony e Gina em frente a mesa dos professores, a Senhora Weasley estava abraçada ao marido e chorando baixinho enquanto Dumbledore falava com eles em voz baixa. Em seguida um flashe de luz negra iluminou o salão chamando a atenção de todos para as pessoas que acabavam de chegar. Muitos ficaram chocados, pois era impossível aparatar nos terrenos de Hogwarts, mas para algumas pessoas aquele não fora o maior choque.
Nos braços de um homem estranhamente vestido com um sobretudo negro estava Gina Weasley.
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Molly Weasley quase desmaiara quando recebera a noticia em sua casa de que precisavam partir imediatamente para Hogwarts, pois havia acontecido algo grave durante a viagem ao expresso de Hogwarts. Mil e um pensamentos deslizaram pela mente da Senhora, envolvendo um ataque de comensais da morte ou do próprio Você-Sabe-Quem.
Foi Arthur quem acalmou-a, mesmo estando muito preocupado, convenceu a esposa a esperarem até chegarem a Hogwarts para que Dumbledore falasse o que havia acontecido. Mas Molly não precisava ir para Hogwarts para saber que algo havia acontecido com um de seus filhos, seu coração apertou-se e seus olhos inundaram-se de lágrimas.
Uma hora depois eles partiram para a escola, logo após a Senhora Weasley ter tomado uma poção calmante. Chegaram aos terrenos de Hogwarts quando já estava de manha, então Hagrid os acompanhou até o salão principal onde Dumbledore e os professores, assim como a maioria dos alunos já estava tomando o café da manha. Como que impulsionada por algo invisível Molly Weasley avançou e perguntou de maneira direta.
- O que aconteceu Dumbledore? Foi um de meus filhos não é mesmo? – vendo o diretor olhar significativamente para os professores, Molly perdeu a paciência – Me diga Dumbledore, o que aconteceu?
O diretor suspirou e levantou-se aproximando do casal Weasley, imediatamente o silencio no salão principal foi total, pois a história do seqüestro da menina Weasley já correra pela boca de todos os alunos em uma velocidade espantosa.
- Molly, Arthur, eu sinto muito, mas a sua filha, Ginevra foi seqüestrada ontem durante a viagem do expresso de Hogwarts.
Arthur Weasley empalideceu mortalmente e um suor gelado brotou em sua testa, já a senhora Weasley soluçou em alto e bom som, as lagrimas escorriam livremente pelo rosto da matriarca dos Weasley, ela não se importava em esconder o que estava sentindo, sua filhinha, sua Gina fora levada por aqueles monstros.
- Onde ela está Dumbledore? – Arthur Weasley perguntou, sua voz soou rouca e estranhamente arranhada como se estivesse segurando um bolo na garganta. O senhor Weasley ainda não podia acreditar no que tinha escutado, sua princesinha fora seqüestrada.
- Estamos fazendo o possível para encontra-la Arthur, mas o garoto que a seqüestrou também desapareceu. Os membros do Império estão procurando por informações, estamos tentando descobrir se alguém sabe o paradeiro da menina Weasley. – Dumbledore disse com a voz calma e serena tentando transmitir um pouco de tranqüilidade ao casal.
Molly Weasley ergueu seu rosto do peito do marido e fitou Dumbledore com a expressão furiosa.
- Como assim você não sabe para levaram a minha filha? – todos no salão ouviram a pergunta que fora praticamente gritada pela Senhora Weasley – Você garantiu que o Expresso era tão seguro quanto Hogwarts, como pode permitir que algo assim acontecesse? – perguntou ela novamente com a voz cheia de dor e sofrimento.
- Sinto muito Molly. As defesas do trem são muito boas, mas alguém facilitou o acesso a uma chave de portal, somente assim o menino conseguiu entrar no expresso. – revelou Dumbledore sabendo o impacto que aquelas palavras teriam.
- Quer dizer que há um traidor entre nós? – Artur perguntou incrédulo, afinal os segredos sobre a segurança eram restritos a poucas pessoas, mas algo mais chamou sua atenção – Quem foi o desgraçado que seqüestrou minha filha?
- Teodore Nott. – respondeu o diretor com um suspiro – Não o encontramos no castelo, ele também desapareceu.
- Minha filhinha. – sussurrou a Senhora Weasley. O senhor Weasley começou a murmurar palavras de consolo a esposa, mas foi interrompido por uma explosão de chamas negras a suas costas que chamou sua atenção.
Arthur e Molly viraram-se rapidamente e deparam-se com duas pessoas. Um ser alto vestindo um sobretudo negro como a noite, assim como um capuz que escondia totalmente seu rosto, mas o que chamou a atenção de ambos foi a pessoa que ele trazia no colo. O choque foi grande ao reconhecerem sua menininha confortavelmente acomodada ao estranho.
Molly deu um grito ao ver a filha acomodada nos braços daquele estranho. Deu um passo na direção dele, mas foi detida pelo braço forte do marido que a segurou firmemente, mas ela ignorou e com um repelão forte livrou-se de Arthur e caminhou decidida para a pessoa que segurava sua filha.
- Sua mãe está aqui Gina. – Harry sussurrou no ouvido da ruiva que levantou a cabeça com um pouco de dificuldade e reconheceu sua mãe vindo em sua direção parecendo disposta a enfrentar tudo para pega-la em seus braços.
O moreno a colocou calmamente no chão e Gina ficou de pé um pouco amparada por Harry, estava fraca e debilitada. Percebeu o momento exato em que o moreno ia desaparecer, mas virou-se rapidamente e jogou-se nos braços dele, ele ficou um pouco surpreso e em seguida retribuiu o abraço da menina.
- Obrigada. – sussurrou ela no ouvido dele, em seguida afastou-se do moreno um pouco para logo ser abraçada por sua mãe. – Calma mamãe, eu estou bem.
- Oh minha filhinha, eu fiquei tão preocupada. – a senhora Weasley chorava abraçada a filha, em seguida Arthur também aproximou-se abraçando a menina.
- Minha princesinha. – sussurrou carinhosamente Arthur próximo ao ouvido da filha – Que bom que está bem.
- Eu estou bem, Azrael me salvou. –Gina declarou chamando a atenção dos pais para o estranho encapuzado que estava próximo a eles, mas que havia se afastado um pouco.
Harry olhou para a ruiva com as sobrancelhas arqueadas. Aquele era o nome que o comensal o chamara, Azrael, o Anjo Vingador como bem sabia Harry. Sorriu internamente, aquele nome causaria medo nos comensais, afinal Azrael também era considerado como o Anjo da Morte em algumas culturas.
As pessoas agora olhavam para ele e Harry percebeu os olhares curiosos, receosos, os olhares de medo e também os olhares hostis que recebia, mas ignorou a todos eles e concentrou-se nos pais da ruiva, que ele também considerava como seus pais adotivos, embora aquilo fosse no outro mundo, ali eles eram pessoas diferentes. Arthur aproximou-se.
- Eu gostaria de agradecer por salvar minha filha, Sr. Azrael. – ele falou de maneira calma e respeitosa, embora a curiosidade estivesse clara nos olhos dele.
- Não tem que me agradecer, Sr. Weasley. – sussurrou de volta Harry – Eu fiz o que eu achei que devia fazer.
- Mesmo assim obrigada. – dessa vez a Senhora Weasley falou emocionada.
Harry apenas balançou a cabeça em concordância, e estava para desaparecer quando sentiu a aproximação do velhote, a aura agressiva do diretor estava totalmente voltada para si, mas Harry não ligou e virou-se para encarar o velho de frente, ele aproximava-se com a varinha firmemente apontada para o seu peito.
- Quem é você? – perguntou Dumbledore com a voz calma e serena, o que contradizia toda sua postura que estava pronto para atacar.
O moreno continuou encarando o diretor, sem se preocupar com ele. Os Weasley olhavam chocados para o diretor, mas Gina ficou boquiaberta, como ele tratava o cara que tinha salvado sua vida daquela maneira.
- Meu nome é Azrael. – o sussurro frio percorreu todo o salão principal causando um arrepio gelado de medo nas pessoas presentes. O moreno optara pelo nome, afinal ainda não iria se identificar, não enquanto o seu plano não estivesse pelo menos na metade.
- E como conseguiu resgatar a Senhorita Weasley? – perguntou novamente o diretor com mais ênfase na frase, como se fosse uma ordem, o moreno achou aquilo extremamente divertido, já que ele achava que podia alguma coisa, Harry iria brincar e sacanear o velho.
- Foi muito fácil, diretor. – dessa vez a voz de Harry saiu zombeteira e levemente cruel – Eu estava passando por lá quando encontrei a mansão repleta de comensais e pensei em me divertir um pouco. Brinquei com ele e no subsolo encontrei a Senhorita Weasley e mais alguns prisioneiros, depois a trouxe para cá.
Harry observou os olhares de medo que as pessoas direcionaram a si, mas também percebeu olhares de receio, repulsa e até mesmo de ódio pelo que ele havia feito. Olhou para Gina que entendeu rapidamente que mais tarde eles conversariam, então o moreno desapareceu em meio as chamas negras que envolveram seu corpo. O silencio caiu pesadamente no salão principal, e todos esperaram para ver o que o diretor faria.
- Vamos ao meu escritório, lá conversaremos melhor sobre o que aconteceu. – disse o diretor ao Weasley e em seguida virou-se para os alunos e falou calmamente – Meus alunos, terminem seu café, as aulas da parte da manhã estão canceladas, tenham uma boa manhã.
Em seguida todos observaram o diretor sair do salão principal acompanhado de perto pelos Weasley e por alguns professores. Depois de alguns minutos os amigos da ruiva dispararam pelo mesmo caminho que o diretor, ignorando os estômagos vazio que imploravam por comida, eles estavam mais preocupados em saber como Gina estava.
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A sala do diretor encontrava-se cheia naquele momento, muitas pessoas estavam lá esperando para ver o que o diretor faria a respeito daquele estranho encapuzado que libertara a menina Weasley. Em um canto os amigos abraçavam a ruiva e sussurravam palavras carinhosas para ela, eles estavam felizes pelo fato dela estar bem e sem nenhuma escoriação ou ferimento grave, aparentemente o encapuzado havia cuidado dos ferimentos da menina.
De repente o diretor levantou-se de sua cadeira que ele estava ocupando e passou a andar por toda a extensão da sala chamando assim a atenção dos presentes para a figura dele, nesse momento todos ficaram em silencio apenas esperando para saber o que o diretor falaria. Ele parou novamente e virou-se na direção onde Gina encontrava-se e perguntou.
- Do que se lembra Sr. Weasley? – a voz calma e serena não enganou a ruiva, sabia muito bem que aquela era uma maneira do diretor fazer os outros se sentirem calmos e seguros, mas aquilo nunca funcionara com ela.
- Apenas de ir ao banheiro no Expresso, e ouvir uma voz gritando um feitiço estuporante. – respondeu a ruiva sem um pingo de emoção na voz, o que chamou a atenção dos presentes para a menina. – Depois eu acordei em uma cela, estava tonta e havia um comensal me vigiando, fui torturada um pouco, mas eles não tiveram tempo para mais nada porque varias explosões começaram a acontecer acima de onde eu estava. – Gina fez uma pausa para respirar lembrando-se do que Harry falara – Depois de algum tempo Azrael entrou na cela e me tirou de lá. – querendo deixar bem claro que ele era poderoso a ruiva acrescentou – E quando estávamos saindo da mansão onde fui mantida prisioneira, pude ver o que restou dos comensais da morte. – então a ruiva riu para espanto dos presentes – Estavam todos mortos, corpos espalhados por todos os lados.
A surpresa e a descrença espalhou-se pela face das pessoas ao redor, afinal havia poucas pessoas que podiam fazer um estrago considerável nos soldados do Lorde Negro, quando mais destruir toda uma base de comensais. O diretor estava para perguntar mais uma coisa quando batidas apressadas ressoaram da porta da diretoria, suspirando ele mandou quem quer que fosse entrar, para sua surpresa tratava-se de Sirius, e ele tinha uma expressão preocupada.
- Sirius. – Tiago adiantou-se e cumprimentou o amigo, que em seguida beijou o rosto de Lílian, Sirius ainda acenou com a cabeça para os outros presentes antes de virar-se novamente para o diretor.
- Tenho notícia. – disse o professor em um tom levemente estranho – Podem ser noticias boas ou extremamente ruins. – completou o professor.
- E que noticias são essas? – perguntou Lílian com angustia na voz.
- Bem, eu descobri o local onde a Senhorita Weasley foi mantida como refém. – começou Sirius e antes que fosse interrompido por um dos presentes ele continuou – Na verdade, foi um dos meus informantes que me falou, ele estava apavorado com algo que havia acontecido. Ele me contou que estavam com a Senhorita Weasley, também disse que um demônio apareceu e matou a maioria deles. – Sirius fez uma pausa – Eu tentei ir até o lugar que ele me falou, mas há uma forte magia de proteção em volta, não apenas do local, mas também de toda a Oceania Dumbledore, eu tentei de todas as maneiras que eu conheço ultrapassar essa barreira, mas é simplesmente impossível.
Sirius pausou o relato, ainda tinha a parte mais complicada e ele precisava pesar bem suas palavras. O diretor percebeu as expressões no rosto de seu professor de feitiços, mas esperou que ele colocasse os pensamentos no lugar.
- Eu conversei com outros informantes, eles me disseram que estavam perdendo terreno no continente. Quando eu falei com eles, simplesmente me disseram que um cara chamado Azrael tinha destruído uma das bases de operações deles com facilidade e que havia declarado com todas as letras que aquele era um território dele. – Sirius disse com a expressão preocupada e sombria – E ele não está sozinho, porque ele atacou apenas o lugar onde a menina estava como prisioneira, mas outros seres que simplesmente estão aparecendo por todos os lados da Austrália e da Oceania, eles matam os comensais e dominam o lugar. São poucos os que eles levam como prisioneiros e menos ainda os que conseguiram escapar para contar a história, como se eles quisessem que alguém sobrevivesse para relatar o que eles estavam fazendo.
- Eu não duvido que seja isso mesmo Sirius. – disse Dumbledore de forma pausada – Acredito que Azrael quer que saibamos que ele está dominando aquele lugar como território dele. Continue por favor.
- Ele já dominou toda a Oceania diretor, a prisão na Nova Zelândia foi completamente esvaziada. Os prisioneiros estão sendo levados para grandes acampamentos e estão sendo alimentados e divididos em grupos, não sei exatamente o que eles estão fazendo, não consegui descobrir mais do que o fato de que eles estão reformando todos os lugares. A prisão agora parece estar cheia com os comensais aprisionados. – Sirius fez mais uma pausa – Tentei entrar no continente pelos atalhos que nós conhecemos, mas o lugar está literalmente impenetrável.
O diretor de Hogwarts respirou fundo, aquilo era preocupante. Os outros integrantes da sala apenas observavam e absorviam as informações, alguns também estavam tão preocupados quanto o diretor, já uma certa ruiva não estava nem aí.
- E esse Azrael, o que sabemos sobre ele? – manifestou-se Minerva McGonagall pela primeira vez, chamando a atenção de todos para si.
- Eu nunca ouvi falar nada sobre ele. – Tiago disse.
- Eu também não, e eu tenho muita experiência com batalhas, nunca tinha ouvido uma única menção do nome dele ou de que ele existisse, é como se ele houvesse aparecido do nada. – Sirius falou um pouco preocupado com o fato.
- Não acredito que aquele seja seu verdadeiro nome. – a voz calma e serena de Dumbledore chamou os presentes de volta dos devaneios sobre o encapuzado.
- Por que não? – perguntou Tiago com a voz tensa.
Severo Snape e Dumbledore ainda chegaram a abrir a boca para responde, mas foram cortados por Lílian que antecipou-se a pergunta do marido e respondeu.
- Azrael (em transliteração arábica seria Ezra'il ou Ezra'eil) é tipicamente conhecido como anjo da morte, e é uma forma em português do nome árabe Ezra'il ou Ezra'eil. O nome literalmente significa "aquele a quem Deus ajuda". – Lilian respirou e percebeu que todos prestavam muita atençao ao que ela falava, parecia que nunca haviam ouvido falar sobre aquele assunto – Segundo a mitologia ele é rsponsavel por separar a alma do corpo das pessoas que fora chamadas a deixar o mundo fisico para o mundo espiritual. O nome Azrael possui varios significados, entre eles o Anjo da Morte, Anjo da Vingança e o mais conhecido o Anjo Vingador. Azrael é o Comandante dos Anjos na mitologia. Existe uma outra definição ainda sobre Azrael, na demologia ele ainda é considerado como um Anjo da Misericordia. – Lilian terminou de falar lembrando-se de um livro que lera a algum tempo atras – Mas literalmente falando, ele é aquele que leva a morte aos inimigos da verdade e da justiça, por isso Anjo Vingador.
Um pesado silencio instalou-se no local, todos muito pensativos. Finalmente Gina levantou-se, estava cansada e queria um banho quente para aliviar o cansaço, nao ligava muito para as preocupações deles. Uma vez que confiava em Harry.
- E daí que ele seja um Anjo Vingador ou qualquer outra coisa, ele salvou minha vida e vou ser eternamente grata a ele por isso. – falou a garota de maneira direta e continuou para espanto de alguns – E agora eu estou com ele, parece que ele está querendo entrar na guerra, e eu vou apoiá-lo. Devo isso a ele.
Em seguida a ruiva saiu porta a fora, seguida pelos amigos que a olhavam espantados, mas a seguiram em silencio a té a torre da grifinoria, onde a viram subir para seu dormitorio. Na sala do diretor todos ainda estavam pensado nas palavras da menina Weasley quando o Senhor e a Senhora Weasley levantaram-se e despediram-se dos demais dizendo que tinham de retornar para casa, mas eles também pensavam como a filha deles. Aquele estranho salvara a menina deles e eles seriam gratos a ele pelo resto de suas vidas, e se um dia precisassem fazer uma escolha, já haviam optado por ela naquele momento, pois enquanto Dumbledore estava na escola, Azrael havia resgatado sua filha se arriscando para isso. Deviam a ele.
Na sala do diretor os professores comentavam entre si a reação da menina Weasley e também as informações que tinham sobre o estranho, mas nao conseguiam chegar a uma opiniao formada sobre ele. Nisso o diretor falou novamente fazendo sua voz soar forte pela sala.
- Vamos esperar para ver o que acontece. Nao adianta nada tentarmos chegar a uma conclusao com tao poucos dados, a unica coisa que eu tenho certeza é que aquele cara é perigoso, muito perigoso. Pude sentir o poder dele, e é muito grande, nao consegui definir a extenção dos poderes dele, mas até onde pude perceber sao quase do mesmo nivel que os meus. – aquela informação deixou os professores muito preocupados. – Vao, as aulas da manhã foram canceladas, mas ainda terão de dar as aulas da tarde aos alunos.
Em seguida os professores saíram da sala indo em direção ao salão principal onde já acontecia o almoço.


N/A: mais um capitulo postado, as coisas estao esquenatando, e as peças estao começando a ser postas diante de todos. Eu sei que a capa tá horrivel, entao se alguem souber fazer uma e estiver disposto, eu agradeceria. Comentem pessoal e boa leitura. Abraços.
Agradecimentos especiais:
¢£³ Deco: Harry mal está apenas começando cara. Quanto as torturas futuras, tenho pena do alvo, porque o bicho vai pegar. O Harry não e fraco, nem no outro mundo ele era, apenas Voldemort era mais poderoso que ele, quanto ao Portador da morte, isso meio que surgiu, não era isso que iria colocar, mas quando eu tava escrevendo me veio na cabeça as histórias que eu li do batman em que aparecia o Anjo Vingador, e simplesmente foi. Sua pergunta da transformação foi muito interessante, bem, a resposta e sim, mas não será uma super transformação, será uma coisa básica, só esperando para ver. A personagem da Sarah eu já tinha, sempre quis escrever uma história com a personagem Sarah, e eu precisava de um sobrenome e me veio o nome da Sara Connor na cabeça, e acabou ficando. Abraços cara.
Trinity: Que bom que gostou, consegui encontrar tempo e li suas duas fic’s, são simplesmente fantásticas, quanto ao capitulo, o Harry realmente foi cruel na tortura, sem dó nem piedade, mas ele está apenas começando, em breve as coisas se encaixam e vai batalha atrás de batalha. Quanto a sombra nas costas do moreno, bem isso será apenas um pouco mais para frente, mas será interessante. Beijos.
cleyton orion dumbledore: que bom que ta gostando, não o Harry não tem duas formas animagas, tem mais... espere e verá. Abraços.
Leo_Lobo_Loko: que bom que está gostando, quanto a capa eu sou péssimo fazendo capa, mas estou tentando melhora-la e hoje estou postando uma outra, um pouco melhorzinha.
KON: que bom que gostou da fic. Espero que goste desse novo capitulo. Abraços.
Markim: fico feliz que tenha gostado do capitulo, açao pra valer. Quanto as formas animagas do Harry, é assim mesmo e ele nao tem duas formas nao, sao mais, as explicações virao em breve. Abraços.
James V Potter: Valeu pelo comentário, Harry definitivamente com tudo. Não sei se você lembra, mas Harry recebeu autorização para contar apenas a uma pessoa, e essa pessoa não será a Gina, alias ainda vai demorar um pouquinho para ele revelar a alguém de onde ele realmente veio. Abraços.

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