Capitulo 16 - Fúria



Capitulo 16 - Fúria


Foi no meio do caos que Harry e Sarah surgiram em Atenas. O moreno não se preocupou em olhar para a garota, pois sabia que ela olhava a dor e o sofrimento das pessoas com os olhos arregalados, o que acontecia com muitos durante a primeira vez em uma batalha de verdade.

Harry olhou de relance para Sarah e percebeu que ela já estava recuperada do choque, portanto partiu para a luta. Podia sentir a presença de dois Cavaleiros das Trevas por perto, mas ignorou-os por um momento para se concentrar nas criaturas das trevas que estavam matando as pessoas e os Cavaleiros da Luz.

No começo da luta Harry usou da maldição da morte diversas vezes, mas quanto mais inimigos ele derrotava parecia que apareciam outros tantos, eles estavam as centenas pelo local e demoraria muito tempo para acabar com todas as criaturas usando magia, a não ser que ele passasse a utilizar feitiços mais poderosos, o que seria burrice, pois com certeza ainda teria que enfrentar um daqueles Cavaleiros das Trevas e precisaria estar forte para conseguir derrotá-lo.

Harry passou então a utilizar uma forma animaga parcial transformando apenas suas mãos logo após guardar sua varinha. Suas mãos transformaram-se em garras negras, a couraça de sua forma animaga, um dragão negro, era resistente a muitos feitiços e as garras prateadas que tomaram o lugar de suas unhas com certeza retalharia aqueles lobisomens.

Harry avançou com um sorriso que os aliados negros consideraram como diabólico no rosto, o primeiro lycan que apareceu na frente do moreno teve a garganta rasgada e enquanto desabava ao chão sua cabeça desprendeu-se de seu corpo rolando pelo chão, o que causou espanto e medo em algumas criaturas.

Nesse momento os lycan’s avançaram em peso contra o moreno cercando-o e atacando como uma verdadeira matilha de lobos. Eles apenas não contavam com a velocidade extraordinária e a força acima do normal do garoto, que esquivou-se dos avanços dos lobos e atacou com rapidez rasgando e dilacerando vários deles.

Os lobos continuaram com as investidas em cima do moreno que esquivava os golpes e matava as feras no instante seguinte usando suas poderosas garras, mas eles eram muitos e o moreno estava começando a sentir dificuldade de continuar lutando fisicamente contra tantos inimigos ao mesmo tempo e quanto quase foi acertado pelas garras de um dos lobos o moreno ficou extremamente irritado e decidiu parar de brincar e lutar a sério.

Transformando sua mão direita de volta ao normal e deixando apenas a esquerda ainda com as garras Harry sacou sua varinha rapidamente e fez uma rocha que estava próxima de si levitar, ela tinha cerca de cinqüenta centímetros de diâmetro. Com um sutil movimento de varinha a rocha separou-se em dezenas de pequenas pedrinhas que ficaram flutuando a frente do moreno, que em seguida fez as mesmas dispararam contra os lobos.

Os lycan’s riram quando viram o que ele havia feito, afinal como simples pedrinhas poderia feri-los? A resposta veio quando o moreno fez um rápido movimento de varinha e logo depois as pequenas pedras brilharam fracamente antes de se transformarem em adagas prateadas. Poucos dos lobos conseguiram se desviar a tempo do ataque do moreno que pegou todos eles de surpresa, de todos os lycan’s que estavam lutando contra ele pouco mais de cinco sobreviveram ao ataque.

Os lobos que sobraram estavam se sentindo amedrontados pelo estranho ser a frente deles, com certeza ele não era nem um pouco normal para ter conseguido fazer aquilo em tão pouco tempo, mas atacaram da mesma forma, pois desertores eram caçados e executados, então era melhor morrerem em campo de batalha do que serem torturados até a morte por terem abandonado o campo de luta antes de ser ordenado a retirada.

Harry deu um passo para o lado quando o primeiro lycan tentou acerta-lo e enterrou as garras de sua mão esquerda na altura do coração da fera que ganiu de dor, ao mesmo tempo em que o moreno erguia sua varinha e com um movimento rápido lançou dois lycan’s para trás com força, um quarto quase o pegou antes que ele lançasse a maldição da morte que ceifou a vida do lobo.

Enquanto o primeiro lobo que o atacara caia ao chão sem vida, Harry desviava-se de mais um para em seguida dar um golpe seco na altura do pescoço do lobo arrancando sua cabeça fora que voou longe ao mesmo tempo em que o corpo desabava ao chão ainda tendo espasmos. Com o canto dos olhos o moreno percebeu a rápida aproximação dos últimos dois lycan’s, que eram aqueles que ele havia arremessado com força.

Como não daria tempo de acabar com os dois com magia o moreno esperou que ambos estivessem próximos de si para se desviar saltando por cima do corpo deles e aterrissando nas costas de ambos enquanto executava outra maldição da morte acertando um dos lobos na cabeça e quando o último lycan virou-se para confrontá-lo Harry ergueu a varinha apontando-a diretamente ao peito da criatura que hesitou por um segundo antes de avançar contra o moreno.

- Sectusempra. – Harry gritou o feitiço negro que aprendera com seu antigo professor de poções, o raio negro atingiu o lobo no peito causando cortes profundos na criatura que ganiu alto chamando a atenção dos guerreiros que estavam mais próximos do moreno.

- Avada Kedavra. – Harry ouviu uma voz fria gritar a suas costas e aparatou no mesmo instante aparecendo cinco metros de onde estava e finalmente olhou para o seu atacante encontrando com um comensal que ainda estava com a varinha firmemente apontada para o local onde ele se encontrava anteriormente.

- Não precisa se apressar. – falou Harry com uma voz mansa e quase infantilmente que fez o comensal sentir um medo horrível, afinal o tom contrastava com os olhos do estranho que pareciam demoníacos e sedentos por sangue. O moreno aproximou-se do comensal lentamente e com um movimento da mão direita o desarmou, enquanto ouvia o som agonizante da morte do lycan, podia sentir o sofrimento da besta e aquilo não o incomodava nem um pouco – Vejo que você quer morrer primeiro que seus companheiros.

- Não... por favor, não... – balbuciou o comensal da morte pregado ao chão tamanho seu pavor e medo daquele estranho.

Harry aproximou-se mais do comensal da morte e levantou sua mão ate a altura onde ficava a máscara de comensal dele arrancando-a em seguida, revelando um homem de pouco mais que vinte e cinco anos, cabelos loiros e olhos azuis. O moreno sabia que muitas garotas considerariam aquele cara bonito, afinal fazia o tipo atlético, mas para ele era apenas mais um bastardo que se tornara comensal da morte e que matava pessoas inocentes.

- Você não passa de um ser repugnante e sem escrúpulos. – falou Harry e lentamente foi chegando mais próximo do comensal até poder olhar diretamente nos olhos dele – Prepare-se para sentir a pior dor de sua vida. Sua mente agora é minha.

A seguir o moreno invadiu a mente do comensal de maneira brutal destruindo qualquer barreira mental que ele pudesse ter erguido, qualquer proteção que Harry encontrava na mente do comensal ele rasgava sem se preocupar com o estrago que causaria a ele. Lentamente o moreno foi absorvendo informações sobre o aliado das trevas enquanto rasgava e destruía a mente do pobre comensal, dissecando a vida dele.

Quase um minuto depois Harry terminou seu rastreamento pela mente do comensal e então o soltou, o homem caiu no chão parecendo mole e sem vida abraçando os próprios joelhos como se estivesse sentindo frio. O moreno quase gargalhou da cena que presenciava, porém sabia que havia ainda mais aliados das trevas para destruir, então acabou usando um feitiço explosivo que fez o homem em pedaços, o sangue espirrou e manchou toda a roupa do moreno, mas ele não estava ligando muito para o fato.

Olhou ao redor o campo de batalha para verificar como as coisas estavam indo. Viu Dumbledore caído aos pés de um homem que ele soube ser um Cavaleiro das Trevas, não apenas pela armadura negra que o mesmo utilizava, mas sim pelo enorme poder que ele exalava, percebeu que ele também não era qualquer Cavaleiro, era um dos mais poderosos, senão fosse o mais poderoso.

Viu também Sarah lutando contra vários comensais da morte e derrubando um atrás do outro, quase sorriu pelo que via ela fazer. Ela era realmente mais poderosa do que sempre aparentava e matava sem misericórdia como ele ensinara, mas Harry suspeitava que a sede de sangue dela era motivada por outra coisa, porém não a pressionaria para que ela lhe revelasse seu segredo. Seria paciente e deixaria que ela se sentisse segura para revelar o que tanto a atormentava em seu passado, e quando isso acontecesse o moreno a ajudaria no que ela precisasse.

Com um estremecimento viu seu padrinho lutando ferozmente contra dois comensais da morte, mas desviou seu olhar para os outros comensais que se aproximavam de si. Sorrindo com ironia pela idiotice deles Harry esperou até que eles começaram a atacar para revidar com feitiços explosivos que assim que acertavam o alvo faziam os comensais explodirem espalhando pedaços de seus corpos por todos os lados.

Quando se livrou deles avançou contra o grupo de comensais que estavam lutando contra seu padrinho e um grupo de Cavaleiros da Luz que mal estavam conseguindo resistir as investidas dos aliados das Trevas, enquanto lançava o primeiro feitiço viu Sarah confrontar um outro Cavaleiro das Trevas que também se encontrava no local.

- Akriam. – um jato acinzentado partiu de sua varinha acertando três comensais da morte em cheio, que foram rapidamente retalhados pelo feitiço.

- Crucio. – cinco comensais lançaram ao mesmo tempo a maldição da dor no moreno assim que se recuperaram do choque de verem três de seus companheiros serem fatiados por aquele feitiço que eles não conheciam.

- Patético. – sussurrou Harry com a voz fria e sarcástica olhando para os comensais que o atacaram, ele havia anulado as maldições imperdoáveis com apenas um movimento de sua mão – Vou mostrar como se faz. Crucio.

O moreno lançou a maldição que para a surpresa dos presentes dividiu-se em cinco raios avermelhados atingindo cada um dos comensais que haviam utilizado a maldição da tortura no moreno. Os cinco comensais berraram agoniados com a intensidade da maldição, nunca haviam sentido tanta dor antes, talvez apenas quando Voldemort os torturava.

- Já chega de brincar com vocês. – falou Harry com a voz fria e praticamente sem vida olhando para todos os comensais como se eles não passassem de vermes, nenhum deles tentara intervir enquanto Harry torturava os companheiros deles. O moreno ergueu novamente a varinha enquanto um sorriso de canto surgia em seus lábios – Dark Blade.

Assim que o moreno disse o feitiço, centenas de adagas negras surgiram a frente dele e dispararam na direção dos comensais da morte, alguns chegaram a conjurar feitiços escudos, porém as adagas enegrecidas atravessaram as proteções como se elas não fossem nada acertando os comensais que foram perfurados pelas afiadas lâminas, foram poucos os que tiveram a sorte de não serem atingidos em pontos vitais, mas a maioria dos comensais acabou sendo atingido por adagas no coração e na cabeça, ou ainda na garganta morrendo praticamente na hora.

Sabendo que alguns comensais poderiam vir a ser úteis o moreno os deixou sofrendo e partiu para o local onde havia visto o Cavaleiro das Trevas e Dumbledore, deixando para que Sirius e os Cavaleiros da Luz se encarregassem dos comensais feridos. Parou a poucos metros de onde ambos estavam e olhou divertido a cena, Alvo Dumbledore, aquele que era considerado o maior bruxo do mundo, aos pés de um Cavaleiro das Trevas.

- Que interessante. – exclamou ele com a voz cheia de desdém olhando para o velho diretor que tentava se levantar, porém mal conseguia se arrastar.

- E quem seria você? – perguntou Korcet, estava bastante curioso com aquele estranho ser, não apenas com ele como também com aquela que havia vindo com ele e que estava lutando contra Rabinor de igual para igual.

- Azrael. – o sussurro surpreso veio da parte de Dumbledore que finalmente levantou a cabeça olhando para a figura conhecida que pouco tempo atrás estivera dentro do salão principal de Hogwarts levando a Senhorita Weasley após tê-la resgatado.

- Então você é o tão temido Azrael... – falou o Cavaleiro das Trevas pensativo enquanto observava a figura do homem que todos os aliados do Lorde das Trevas estavam temendo, na verdade ele não parecia tão intimidador como falavam.

- Sou. - retrucou Harry friamente, sem se preocupar com o tom do Cavaleiro, então lembrou-se do que vira na mente do comensal que havia invadido momentos ante – E você é Korcet, o mais forte dos Cavaleiros das Trevas. Agora deixe o diretor ir e lute comigo.

- Ora, estou surpreso por você saber quem eu sou. – disse Korcet sorrindo amigavelmente como se estivesse conversando com um amigo – Então me diga, veio salvar o querido diretor de Hogwarts, não é mesmo?

- Salvar? – retrucou Harry com riso na voz, o que surpreendeu o Cavaleiro – Não quero salvá-lo, mas também serei eu a ter o prazer de matar o velhote.

- É mesmo? – perguntou surpreso Korcet sem saber como interpretar corretamente aquela resposta, já Dumbledore estava com os olhos arregalados de medo.

- É. – disse Harry e avançou contra o Cavaleiro visando um chute que acertou-o na linha de cintura lançando Korcet vários metros para trás.

O moreno atacou novamente golpeando dessa vez o rosto de Korcet que recebeu o soco e cuspiu sangue, mas em vez de se raiva a reação do Cavaleiro foi uma gargalhada que surpreendeu o moreno, porém não teve tempo para entender o motivo, pois foi atingido por um soco que ele nem viu de onde saiu.

O Cavaleiro aproveitou a desorientação do moreno para aplicar vários golpes seguidos, alternando entre socos e chutes sempre acertando o moreno que não conseguia se esquivar e muito menos defender os rápidos golpes de Korcet. Para quem estava assistindo a luta, no caso Dumbledore e Sirius mais alguns Cavaleiros da Luz, parecia que Azrael estava levando uma verdadeira surra e que não duraria muito tempo.

Porém, ao contrário do que eles imaginavam, o moreno estava apenas se aquecendo e tentando descobrir a maneira de lutar do Cavaleiro e também a quantidade de habilidade e poder que ele possuía. Korcet estava usando quase todos os poderes que possuía na luta, por isso Harry tinha tanta dificuldade em se defender quando não estava utilizando nem mesmo metade de seus poderes, mais um soco forte de Korcet o lançou ao chão, o moreno sentia seu corpo doendo em todas as partes.

- Esperava mais de você Azrael. – debochou o Cavaleiro a poucos metros do moreno que não retrucou enquanto se levantava com um pouco de dificuldade do chão. – Ainda não acredito que foi você conquistou a Oceania, você não passa de um fracote.

Então para surpresa dos presentes o moreno riu, mas riu com vontade. O Cavaleiro das Trevas, assim como os observadores, imaginou que o tal Azrael estivesse louco para rir em um momento como aquele, afinal estava perdendo a luta e já se encontrava praticamente derrotado. Harry levantou-se e se colocou de pé com um pouco de dificuldade, então sacou sua varinha e a transfigurou novamente em uma espada e correu na direção de Korcet.

O Cavaleiro ficou um pouco surpreso pela ousadia dele, mas acabou sacando sua espada da bainha e quando ele atacou utilizou sua espada de lâmina prateada para defender o golpe dado por ele. A seguir uma batalha de espadas se fez presente e para a surpresa de Korcet o moreno aumentava a velocidade dos golpes e de seus movimentos forçando com que ele aumentasse seus poderes para poder suportar o ataque.

Harry aumentava gradativamente seus poderes juntamente com a força e a velocidade de seus golpes até que ambos ficaram emparelhados, duas forças poderosas se combatendo, causando pequenos tremores e fortes ondas de impacto cada vez que suas espadas se chocavam. O moreno ficou surpreso com seu aumento de magia, afinal poucos dias atrás estivera um pouco acima do nível de magia de Harris e agora lutava de igual para igual contra o mais poderoso de todos os Cavaleiros das Trevas, aquilo era muito interessante.

É claro que tinha o fato de ele ter treinado na sala de tempo, mas não esperava aumentar tanto assim seu nível de magia. O moreno não podia negar que aquilo era muito bom, pois sabia que Voldemort era extremamente poderoso, muito mais do que Korcet era e com certeza ele iria treinar para aumentar ainda mais seu nível antes de lutar consigo. Conhecia bem demais a cabeça do Lorde das Trevas para antecipar esse fato.

- Parece que sua amiga não está se dando tão bem quanto você. – falou Korcet assim que conseguiu espaço para respirar depois de terem trocado golpes de espada por quase dois minutos seguidos, instintivamente Harry se virou para olhar Sarah vendo que ela lutava ferozmente contra o outro Cavaleiro das Trevas e na verdade parecia estar vencendo, o que se confirmou quando ela conseguiu enterrar a espada que usava no ombro do adversário. Foi no instante em que sentiu a deslocação de ar que Harry percebeu que caíra em uma armadilha de Korcet e quando se virou pronto para se defender descobriu que já era tarde demais e sentiu a lâmina da espada do Cavaleiro atingindo em cheio seu peito, porém o moreno era muito rápido e ainda conseguiu evitar ser cortado ao meio, mas não o suficiente para evitar o rasgo que começava na altura de seu ombro e terminava próximo de seu estômago, para então ouvir a voz de Korcet zombar dele. – Você definitivamente é muito rápido. Ela é muito importante para você verdade?

A voz zombadora do Cavaleiro invadiu a mente de Harry enquanto ele cambaleava para trás, o corte fora profundo e estava sangrando abusivamente, causando leves tonturas no moreno que lançando um feitiço mudo conseguiu estancar o sangramento, porém não podia desperdiçar muita energia, portanto não fechou o corte.

- Acho que vou me divertir bastante com ela quando acabar com você. – a voz maliciosa do Cavaleiro despertou Harry de suas reflexões dolorosas, passando a prestar mais atenção ao que ele estava dizendo – Se ela for tão gostosa como é poderosa, imagine o que eu vou fazer com ela. A transformarei em minha escrava sexual e depois de me divertir bastante com ela a jogarei para os comensais terminarem de usá-la. Consegue imaginar isso Azrael, o sofrimento e a dor que ela vai sentir cada vez que for violada, vou causar tanta dor a ela que ela vai desejar a morte... Vou fazer ela suplicar para que você a salve, mas você vai estar morto. Estará morto, mas vai morrer sabendo que ela sofrerá por todo o pouco tempo de vida que ainda resta a ela...

O Cavaleiro foi interrompido por uma onda devastadora de poder que se desprendeu do moreno que estava de gatinhas no chão, mas o que mais apavorou o Cavaleiro das Trevas e os outros que observavam a luta foi os sentimentos que se desprendiam dela: dor, raiva, ódio, mas acima de tudo uma sede de sangue brutal e esmagadora. Uma aura assassina e brutal exalava de Azrael enquanto ele se levantava aos poucos e ficava ereto como um rei, olhando para Korcet que tremeu e deu um passo para trás incrédulo.
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Assim que chegou a capital grega Sarah arregalou os olhos ao perceber a devastação que os comensais da morte estavam causando, havia corpos de pessoas espalhados pelo chão junto a um verdadeiro rio de sangue. Enxergou os lycan’s comendo pedaços de pessoas e percebeu o momento em que Harry se moveu avançando na direção deles e soube que precisava se controlar.

Ela queria sua vingança e para isso teria que matar os responsáveis por seu sofrimento no passado, portanto era hora de se transformar na guerreira que Harry a ensinara a ser, lembrou-se de todas as palavras dele sobre a guerra, também ouviu mentalmente a voz dele contando as atrocidades que os comensais cometiam contra as mulheres e crianças que eram capturados e levados aos domínios do Lorde Negro.

A determinação se apoderou de seu corpo ao pensar em sua família que estava morta, mais do que nunca ela desejava a morte dos desgraçados responsáveis, mas antes teria de passar por aquela prova de fogo. Olhando para o lado viu muitos comensais da morte torturando pessoas, provavelmente trouxas, que estavam no local, também havia outros comensais que lutavam contra alguns Cavaleiros da Luz, por isso ela avançou diretamente para onde os comensais estavam torturando e se divertindo com o sofrimento das pessoas.

- Lerius Torhet. – Sarah gritou no momento em que estava próxima aos comensais da morte atingindo dois deles, que imediatamente caíram ao chão gritando e se contorcendo, em poucos segundos o corpo de ambos estava derretendo até não sobrar nada além de um poça gosmenta no chão, ela ficou parada olhando por dois segundos as primeiras mortes que causava e estranhamente sentia-se muito bem, aqueles desgraçados mereciam morrer por todas as atrocidades que eles já haviam cometido, porém em seguida gritou por puro reflexo. – Protector.

Uma barreira espelhada rebateu todos os feitiços que haviam sido lançados contra ela, mas para infelicidade de Sarah nenhum dos comensais foi atingido pelos feitiços, pois conseguiram se desviar a tempo.

- Quem é você maldita? – gritou um dos comensais parecendo furioso pelo que ela havia acabado de fazer.

- Pode me chamar de Hel, babaca. – depois de dizer isso Sarah sorriu enviesado antecipando a diversão que teria matando aqueles comensais da morte, em seguida ergueu novamente a varinha bradando – Sectusempra. Sectusempra.

A morena executou os dois feitiços rapidamente enchendo de cortes dois comensais que não conseguiram reagir a tempo e desabaram no chão gritando enquanto sangravam barbaramente. Os outros comensais reagiram e tentaram atingir Sarah com diversos feitiços negros que ela desviou a maioria e defendeu os outros com um forte feitiço escudo.

- Avada Kedavra. – pela primeira vez Sarah executou a maldição da morte contra um ser humano, o jato de luz esverdeado chocou-se contra o peito de um dos comensais da morte que voou para trás com os olhos arregalados de espanto enquanto caia sem vida no chão.

Urrando de raiva os comensais da morte a rodearam formando uma espécie de circulo em torno dela, todos com as varinhas apontadas diretamente para ela, porém nenhum deles parecia querer ser o primeiro a atacar.

- Avada Kedavra. – finalmente um deles tomou coragem e atacou com a maldição da morte, porém quando o jato de luz verde estava para acertar a garota ela se desviou fazendo com que a maldição da morte golpeasse o comensal que estava diretamente atrás dela que tombou sem vida, nesse momento Sarah sentiu a ponta de uma varinha em sua nuca, um dos comensais havia se movido em uma velocidade surpreendente pegando-a de surpresa.

- Agora você já era. – soou a voz maliciosa do comensal atrás dela, Sarah sorriu intimamente pela burrice do comensal de achar que seria tão fácil vencê-la daquela maneira. – Morra cadela. Sectusempra.

Para surpresa de todos os comensais ela havia se movido tão rapidamente que o comensal não teve como parar a maldição negra que atingiu outro de seus companheiros que também caiu ao chão gritando e se contorcendo se juntando aos outros dois que naquele momento agonizavam lentamente, meio inconscientes pela dor que sentiam.

Sarah girou o corpo e pegando o comensal que havia tentado acertá-la com o feitiço ela o desarmou com um soco de sua mão esquerda, já que a direita estava com a varinha, em seguida chutou a perna de apoio dele quebrando-a e fazendo o comensal soltar um urro de dor enquanto caia de joelhos, porém não teve tempo de mais nada porque naquele mesmo instante Sarah chutou com força o pescoço dele, que desabou no chão morto.

A garota não perdeu tempo prestando atenção a ele e apontou a varinha para outro comensal lançando a maldição cruciatus nele que caiu pesadamente no chão contorcendo-se e gritando pela dor que sentia. Ela teve que cessar o ataque quando um outro comensal lançou um feitiço negro contra ela e foi obrigada a se proteger com um feitiço escudo.

- Trians. – gritou um comensal apontando a varinha para ela, que reconheceu o feitiço que Harris havia lançado em Harry quando eles se enfrentaram em Hogsmeade, sabia que aquele feitiço poderia causar danos sérios se por acaso ela fosse atingida, mas ela se protegeu conjurando um poderoso feitiço escudo desconhecido pelos comensais.

- Jytek. – gritou Sarah de repente e um jato perolado partiu da palma da mão esquerda da garota ao mesmo tempo em que ela usava a varinha para conjurar um feitiço escudo para se proteger do ataque de um dos comensais.

O jato de luz perolada acertou em cheio oito comensais da morte que foram envolvidos por chamas esbranquiçadas que ao invés de consumirem seus corpos, estava queimando a alma dos comensais da morte, o processo era terrivelmente doloroso e os oito homens gritavam ensandecidos pedindo e implorando por clemência, algo que com certeza não viria.

Assim que os oito comensais pararam de gritar as chamas desapareceram e eles caíram no chão, estavam mortos, pois sem uma alma o corpo não sobrevive e a alma deles havia sido destruída pelo feitiço da garota. Agora restavam poucos deles, cinco apenas, contou Sarah mentalmente, não seriam tão difíceis de matar.

Como querendo contradizer o pensamento da garota eles avançaram e rindo zombeteiramente Sarah aparatou surgindo as costas do último comensal para em seguida dar um giro no ar chutando a cabeça do homem, o som de ossos se partindo mostrou que ele havia quebrado o pescoço, quando os outros comensais se viraram ela já havia desaparecido novamente.

Um jato de luz esverdeada apareceu do nada e acertou outro deles que tombou morto sem saber que fora alvo da maldição da morte, agora restavam apenas três deles. Parecendo pensarem juntos eles se colocaram de costas uns para os outros enquanto apontavam a varinha para o nada, a risada da morena foi ouvida claramente o que os assustou ainda mais.

Um dos comensais conseguiu divisar um borrão em alta velocidade vindo na direção dele, mas quando pensou em reagir sentiu garras afiadas rasgando sua carne e momentos depois estava estirado no chão sangrando abundantemente pelo pescoço onde podia ser distinguido claramente as marcas das garras de uma fera, o que deixou os últimos dois comensais apavorados.

Um rosnado baixo atraiu a atenção deles para o lado direito de onde se encontrava o corpo do comensal atingido pelas garras, onde os outros dois puderam observar os três comensais que agonizavam no chão que naquele momento estavam bem mortos, afinal haviam sido rasgados pela mesma fera que matara o outro comensal rasgando a garganta dele.

Agora eles estavam terrivelmente apavorados sabendo com absoluta certeza que eram homens mortos, por isso não hesitaram em atacar com toda a sorte de feitiços que eles lembravam a garota parada próxima a seus companheiros mortos. Sarah não fez muito caso dos feitiços e desviando-se agilmente partiu para cima dos últimos dois comensais da morte, que ainda tentaram reagir, mas Sarah passou rapidamente por eles decepando as cabeças deles com as poderosas garras que haviam em sua mão, uma transformação animaga parcial de sua forma, que era de uma loba branca, ela ainda podia se transformar em um segundo animal que era uma fênix negra.

Suas mãos voltaram ao normal enquanto ela olhava o campo de batalha, viu Harry ajudando os Cavaleiros da Luz enfrentado os outros comensais da morte, também percebeu Dumbledore aos pés de um Cavaleiro das Trevas, mas de alguma forma sabia que Harry queria enfrenta-lo e foi nesse momento que sentiu o poder negro que se encontrava próximo, então se dirigiu até ele curiosa para saber quem era, provavelmente deveria ser outro Cavaleiro das Trevas.

O que se confirmou ao chegar ao local de onde emanava o poder e dar de cara com um homem vestindo uma armadura negra com uma espada pendendo de uma bainha em sua cintura, seu sangue ferveu antecipando a adrenalina que teria ao enfrentar alguém tão poderoso. Uma vontade de se superar a dominou, queria ser tão forte e tão capaz como Harry era, portanto teria de vencer aquele Cavaleiro das Trevas.

- Ora, o que temos aqui? – a voz fria e desdenhosa do Cavaleiro das Trevas irritou Sarah que sentiu ainda mais vontade de lutar, mas também de matar aquele Cavaleiro – Pelo que eu ouvi você se chama Hel, deusa do submundo e Rainha dos mortos... Humf, não me faça rir. Será que você pelo menos é poderosa?

- Porque não verifica otário? – rosnou Sarah tremendamente irritada, aquele desgraçado se arrependeria por zombar dela de uma maneira tão ofensiva.

- Meu nome é Rabinor querida. – falou o Cavaleiro com voz suave e meiga, fazendo Sarah arquear a sobrancelha desdenhosamente.

- Obrigado por me revelar seu nome Cavaleiro... – e quando ele sorriu para ela Sarah completou de maneira arrogante – Vai ser muito útil para quando eu te matar e precisar colocar um nome em sua lápide.

- Primeiro terá que conseguir me matar, querida. – falou de maneira séria Rabinor, não gostara da ameaça dela e a faria se arrepender por isso.

- Não sou sua querida maldito. – replicou Sarah ficando furiosa com o Cavaleiro e partindo para cima dele.

Ela tentou golpeá-lo na altura da cintura com um chute, mas foi bloqueada recebendo um forte soco no rosto logo em seguida. Sarah cambaleou alguns passos para trás tentando se recuperar, porém foi atingida novamente dessa vez no estômago e em seguida o Cavaleiro passou a acertar varias seqüências de golpes em sua linha de cintura e no rosto, até que ele socou-a com mais força no rosto fazendo com que ela voasse cerca de cinco metros ante de cair violentamente no chão.

- Irritável e facilmente manipulável. – debochou Rabinor olhando para a figura caída no chão arquejando.

Sarah levantou-se devagar sentindo seus músculos protestarem enquanto se movia, mas logo ela se pôs de pé reconhecendo o erro grave que cometera ao subestimá-lo depois de tudo o que Harry falara e avisara sobre nunca lutar pensando na vitória. Não cometeria o mesmo erro duas vezes, pensou a garota, enquanto silenciosamente prestava atenção em Harry que agora estava enfrentando o outro Cavaleiro das Trevas.

Fazendo um rápido movimento a garota sentiu seus músculos estalarem de alívio, em seguida forçou seus poderes a percorrerem seu corpo com força revigorando suas energias, não falharia de novo. Assim que abriu os olhos novamente partiu com velocidade para cima do Cavaleiro na mesma velocidade que usara anteriormente, viu o sorriso condescendente dele quando analisou seu golpe e sua velocidade, sorriso esse que desapareceu quando ele tentou bloqueá-la encontrando apenas o ar enquanto seu chute acertava a cintura dele que dobrou-se ante a surpresa por ter sido atingido, logo em seguida Sarah o agarrou pelo cabelo e puxou-o para baixo apenas para que o rosto dele fizesse contato com seu joelho.

O Cavaleiro voou para trás uivando de dor enquanto sangue jorrava de seu nariz, Sarah chegou a sorrir para si mesma enquanto observava o Cavaleiro levantar praguejando contra tudo e contra todos, mas ela não estava disposta a esperar mais e sem se preocupar com nada atacou Rabinor que não teve tempo para bloquear o primeiro golpe que o atingiu em cheio, porém em seguida ele recuperou-se e passou a se defender ao mesmo tempo em que atacava sem piedade a garota.

A partir daquele momento iniciou-se uma batalha ferrenha entre os dois, ambos eram poderosos e rápidos ao mesmo tempo. Passaram mais de meia hora lutando sem que nenhum deles conseguisse ganhar uma vantagem muito grande sobre seu oponente e embora não estivesse usando todos os seus poderes para lutar contra o Cavaleiro estava começando a se sentir cansada, o desgaste das lutas anteriores e também daquela que ela enfrentava no momento eram elevados e estava começando a cobrar seu preço.

Naquele momento eles já estavam lutando com espadas e os golpes eram fortes e precisos por parte de Sarah enquanto que o Cavaleiro preferia a força e a habilidade, o que facilitava um pouco para a garota, mas ela sabia que aquilo não seria o suficiente para conseguir vencer aquela luta, Rabinor era um adversário poderoso e não seria vencido com facilidade.

- Sabe o que vou fazer com você querida... – falou de repente o Cavaleiro das Trevas, ele estava respirando ruidosamente por causa do cansaço da luta, Sarah o ignorou enquanto atacava, mas ele voltou a falar – Eu vou prender você e transformá-la em minha amante. Vou usar você de todas as maneiras possíveis e quando eu terminar com você não haverá uma única parte de seu corpo que eu não terei violado e usado...

A voz de Rabinor morreu quando uma energia forte e opressora exalou da garota. Sarah estivera ouvindo calada enquanto tomava fôlego, mas as palavras dele trouxeram lembranças dolorosas de seu passado, coisas que ela vivia tentando esquecer e que não conseguia tirar de sua cabeça. O ódio dominou todos os poros dela e seu corpo gritava por sangue, sangue daquele maldito que trouxera a tona às lembranças e o sangue dos desgraçados responsáveis por elas, no final todos eles iriam pagar pelo que fizeram, ela iria garantir isso.

O seguinte movimento de Sarah foi tão rápido que o Cavaleiro das Trevas não teve tempo de se defender e acabou sentindo a lâmina da espada da garota trespassando seu ombro antes que ele sequer percebesse, Rabinor urrou de dor quando ela girou a espada dentro de seu corpo rasgando ainda mais sua carne.

- Você não deveria ter dito isso. – sussurrou a garota em um tom de voz que Rabinor julgou ser bestial – Vai se arrepender por me fazer lembrar de coisas dolorosas que existem em meu passado Cavaleiro das Trevas.

Quando Rabinor tentou se mover para golpear a garota ela chutou a mão dele o que fez com que a espada dele voasse de suas mãos caindo a mais de dez metros de distância, antes que pudesse perceber o fato com clareza o Cavaleiro sentiu um chute entre suas pernas que o fez cair ao chão arquejando de dor enquanto levava ambas as mãos ao local.

Sem se abalar Sarah arrancou a espada do ombro de Rabinor obtendo mais um urro de dor, que apenas aumentou quando a garota desceu a espada acertando o pulso esquerdo dele e arrancando fora a mão do homem que olhou sem acreditar para o membro que estava no chão enquanto o sangue jorrava do toco que ficara. Quando o Cavaleiro levou a mão direita para pegar a mão no chão com um novo movimento Sarah decepou a outra mão dele que nesse momento urrava de dor ao mesmo tempo em que lágrimas de dor deslizavam de seus olhos.

Não querendo que ele morresse tão rápido a garota lançou feitiços incendiários nos cotocos dos braços dele cicatrizando os ferimentos enquanto o cheiro de carne queimada entrava por suas narinas. Naquele momento Sarah usava seus poderes ao máximo e estava bloqueando a magia de Rabinor, pois havia sentido quando ele tentou lançar um feitiço contra ela.

De maneira cruel a garota enterrou a espada na cocha esquerda do Cavaleiro girando e causando mais dor ainda ao homem, logo depois arrancou a espada da carne dele e a enterrou dessa vez na cocha direita, com os poderes bloqueados o Cavaleiro não podia estancar os ferimentos ou a dor que Sarah estava provocando o que estranhamente levou um sorriso aos lábios dela.

- Você não é tão valente agora, não é mesmo? – provocou Sarah com a voz sarcástica e cruel, seu sangue borbulhava clamando por derramar o dele sem misericórdia, mas ela não queria que fosse muito rápido, queria que ele sofresse e sentisse muita dor – Cadê o valentão que ia me usar e abusar de mim, hein Cavaleiro?

Em vez de responder Rabinor choramingava baixinho, pois nunca sentira tamanha dor em sua vida. Aquela garota não era normal, todo aquele poder concentrado em uma única pessoa era aterrador, mas ela era cruel e sanguinária, podia sentir o prazer com que ela o torturava e ouvia seus gritos de dor e agonia, sentiu vontade de nunca a ter desafiado, agora entendia por que ela tinha o nome da deusa dos mortos.

- Sabe Rabinor, não sei se você soube o que aconteceu com um de seus companheiros em Hogsmeade, - a voz da garota era sussurrada e baixa revelando um prazer diabólico com a dor que ele sentia – Sabe o que Harry Potter fez a Harris, não é mesmo?

E quem não sabia, pensou o Cavaleiro tremendo levemente. Ninguém sabia o que o pirralho havia feito com Harris, mas ninguém queria sofrer o mesmo castigo que ele.

- Eu poderia fazer algo parecido com você, mas sinto que meu amigo está ficando furioso com algo que aquele outro Cavaleiro disse para ele. – Sarah disse displicentemente enquanto sentia a magia do moreno tornar-se cruel e assustadora, muito parecida com a sua nesse momento, só que muito mais poderoso do que ela – Por isso vou matá-lo de maneira rápida, porém não menos dolorosa, posso garantir.

Tudo o que Rabinor podia fazer era engolir em seco enquanto aguardava seu destino, não podia fazer um simples feitiço que fosse para se defender, sem contar que perdia sangue em abundancia e já se sentia fraco e tonto, além de não ter mais suas mãos que ela tão cruelmente arrancara. Sem fazer caso da careta de pavor que o Cavaleiro fazia Sarah golpeou com sua espada o fecho da armadura de Rabinor que abriu-se caindo no chão com um baque.

O que ela iria fazer deveria ser feito no corpo da pessoa, por isso precisara retirar a armadura. Ainda com a espada ela fez um rápido movimento e rasgou a camisa que ele usava mostrando o peito nu do homem, sem se abalar Sarah elevou a mão direita logo depois de passar sua espada para a mão esquerda.

A garota passou a murmurar palavras em uma língua esquecida pela maioria das pessoas, era uma linguagem conhecida antigamente como a língua dos mortos. Poucos segundos depois um pequeno pentagrama surgiu a frente da garota, era em um tom de negro profundo que deixou Rabinor arrepiado, não estava entendendo nada do que ela dizia, mas o som da pronúncia das palavras lhe parecia sombrio e assustador.

Nas pontas dos pentagramas desenhos eram recortados pela luz sombria, de repente o pentagrama voou diretamente ao peito nu de Rabinor que urrou mais alto do que antes enquanto tombava para trás caindo de costas no chão enquanto gemia e se contorcia, Sarah ainda continuava a murmurar um pequeno cântico fazendo o pentagrama brilhar mais fortemente antes do corpo do Cavaleiro ser consumido por chamas negras.

Ele berrava como um condenado e na verdade ele era, as chamas negras queimavam a alma e o corpo dele ao mesmo tempo, o pentagrama nada mais era do que um símbolo da condenação eterna ao qual a garota o aplicara.

- Você jamais terá paz Cavaleiro. – declarou Sarah quando os últimos vestígios do corpo de Rabinor desapareciam em frente a seus olhos – Sofrerá eternamente por todo o mal que já causou, queimará nas chamas do inferno até o fim dos tempos.

Naquele momento Sarah sentiu uma forte onda assassina e virou-se a tempo de ver Harry torturando o outro Cavaleiro negro de uma maneira milhares de vezes pior do que ela fizera.
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Assim que o moreno sentiu o medo de Korcet sorriu de uma maneira cruel e sanguinária, algo que devastou seu corpo e sacudiu sua alma de uma maneira bruta e primitiva. A aura assassina se desprendia de seu corpo e era totalmente direcionada ao Cavaleiro das Trevas que parecia muito surpreso com o fato, pois não era qualquer um que podia demonstrar uma aura assassina como aquela e eram poucos no mundo que ainda estavam vivos que podiam exalar o mesmo tipo de aura mágica, entre eles Kassius e o próprio Voldemort, nem mesmo Dumbledore era capaz desse feito.

Korcet ainda estava surpreso com Azrael e finalmente entendia porque ele era tão temido, porque aquele poder e aquela crueldade não era humana, ou pelo menos não podia ser. Resolveu atacar antes que ele resolvesse matá-lo de uma vez, se fosse suficientemente rápido talvez tivesse alguma chance de vencer.

Usando todo o poder que tinha e a velocidade máxima que ele podia alcançar devido ao cansaço da batalha que estava tendo com Azrael o Cavaleiro das Trevas partiu para cima da figura ereta que continuava parado no mesmo local apenas olhando diretamente para si. O chão por onde o Cavaleiro passava parecia rachar e tremer tamanho o poder que ele exalava, ao contrario do moreno que mesmo exalando mais poder que o Cavaleiro conseguia controlar muito bem sua aura.

Quando Korcet golpeou o moreno na linha de cintura o mesmo se curvou levemente como se tivesse sido atingido pela força do mesmo, Rabinor chegou a esboçar um leve sorriso de vitória que sumiu quando Azrael ergueu a cabeça enquanto segurava a perna que ele havia usado para chutá-lo, em seguida o Cavaleiro sentiu-se arremessado para trás com brutalidade, porem não chegou a se afastar muito, pois o moreno aparecera na trajetória dele socando a nuca de Rabinor que dessa vez foi ao chão que rachou aonde ele desabou meio tonto.

Mesmo grogue com o golpe recebido o Cavaleiro se levantou cambaleante enquanto balançava a cabeça tentando clarear as idéias, mas não teve tempo para nada. Harry não deu trégua para Korcet, não estava ligando a mínima para a honra, não havia honra em uma guerra. Tudo o que Harry conseguia pensar eram as palavras maliciosas do cavaleiro, a maneira como falara sobre Sarah, o moreno jamais perdoaria aquele maldito pelo que ele ameaçara fazer.

Dessa vez o soco de Harry acertou a barriga do Cavaleiro que cuspiu sangue devido a força do golpe, a partir daí um verdadeiro massacre começou. Harry foi impiedoso e passou a golpear Korcet sem parar, sempre alternando entre o rosto e a linha de cintura dele. O moreno não deixava o Cavaleiro cair no chão sempre utilizando seus poderes para mentê-lo sempre de pé enquanto socava e chutava o Cavaleiro.

Durante quase dois minutos Harry continuou golpeando Korcet até ficar cansado daquilo e se afastou levemente parando de usar seus poderes contra ele que caiu pesadamente no chão parecendo inconsciente. O moreno aproximou-se do Cavaleiro furioso pela falta de reação do mesmo e logo depois apontou sua varinha para ele executando um “Enervate” para reanimá-lo, o Cavaleiro despertou de repente arfando levemente.

- Você é muito fraco Korcet. – falou Harry friamente aproximando-se ainda mais do Cavaleiro a ponto de suas faces ficarem a menos de trinta centímetros de distancia um do outro – Mas eu vou me divertir com você pelo que disse sobre minha companheira.

- Não, por favor, eu imploro. Tenha piedade. – disse Korcet com a voz tremendo levemente, nuca em toda sua vida tinha imaginado que se encontraria em uma posição tão humilhante – Eu não estava falando a sério, por favor.

- Tarde demais Cavaleiro. – rosnou Harry com desdém enquanto erguia a varinha novamente pensando em que feitiço causaria mais dor nele. – Vocês sempre foram especialistas em causar dor nas pessoas, mas será que você agüenta ser torturado por mim Korcet?

O Cavaleiro começou a pedir baixinho que o deixasse ir, mas Harry sabia que jamais poderia fazer aquilo. Ele era um Cavaleiro das Trevas, já deveria ter matado milhares de pessoas, torturado outros milhares... e quantas garotas e mulheres ele já não teria violentado? Quantas pessoas não teriam implorado a mesma coisa para ele, ou melhor, implorado pela vida de seus familiares sem que ele demonstrasse a menor piedade?

- Não há piedade com pessoas como você Korcet. – declarou Harry em um sussurro cruel – Vamos ver como você se sai com isso... Crucio.

O Cavaleiro recebeu a maldição cruciatus no peito e tentou de todas as maneiras possíveis não gritar de dor, mas foi impossível não gemer fortemente enquanto mordia os lábios até que sangue saiu do mesmo escorrendo por seu queixo e deslizando para seu pescoço.

- Ora, você tem peito para suportar a maldição da dor Cavaleiro, mas vamos ver até onde você vai suportar. Crucio. – dessa vez a maldição cruciatus foi mais forte e poderosa fazendo Korcet gritar e se contorcer sem poder resistir a ela, o moreno sustentou o feitiço por cerca de trinta segundos antes de cessá-la – Parece que não é tanto assim não é mesmo? Que tal mudarmos o nível de nossa pequena brincadeira... Incêndio.

Chamas acertaram o corpo de Korcet que rolou no chão tentando apagar o fogo que envolvia seu corpo, logo ele sentia seus cabelos sendo queimados assim como suas roupas e sua pele, a única coisa que resistia e o protegia levemente era a armadura negra. Rindo de maneira cruel Harry conjurou várias agulhas de dez centímetros cada e com um rápido movimento de varinha elas foram lançadas contra Korcet que sentiu seu corpo sendo perfurado por elas, porém elas não apenas o perfuraram como também entraram no corpo dele causando mais dor ainda, pois elas se moviam cortando a carne dos órgãos internos.

- Isso deve doer. – Harry comentou distraído como se ele estivesse comentando o tempo – Vamos melhorar isso, quero ouvir você gritar.

O moreno moveu levemente a varinha na direção de Korcet e para a surpresa do mesmo a pele dele começou a se descolar do corpo dele, causando uma dor aguda que o fez berrar como um condenado. Com um novo movimento de varinha um rasgo foi feito no braço esquerdo de Korcet e foi ali que a pele dele foi retirada sendo controlado pela varinha do moreno que se deliciava com cada grito de dor que estava causando no Cavaleiro.

Quando não sobrou mais pele no corpo de Korcet Harry visualizou a obra inacabada, como a pele fora arrancada era possível ver as veias e alguns ossos dele, o sangue pingava de maneira preguiçosa no chão formando uma pequena poça ao redor do corpo do Cavaleiro.

- Como se sente não tendo pele Korcet? – perguntou Harry divertido e cruel ao mesmo tempo, tudo que ele obteve como resposta foi um leve choramingo de dor – Sabe Korcet, acho que você tem dedos demais no corpo. Diffindo.

Harry executou o feitiço que era considerado simples e que era ensinado no terceiro ano da escola, o polegar da mão esquerda de Korcet foi arrancado causando um berro de dor aguda no Cavaleiro. Deliciado com aquilo o moreno esperou alguns segundos antes de usar o mesmo feitiço duas outras vezes decepando mais dois dedos, o que deixou o Cavaleiro urrando e tremendo de dor no chão, ele não conseguia mais se mover, estava todo dolorido e machucado, sem contar que seus poderes pareciam terem sido drenados de repente e ele não conseguia mais reagir desde que começara a apanhar do tal Azrael, tudo o que ele podia desejar no momento era morrer o mais rápido possível, porque a dor estava insuportável.

- Não fique chateado Korcet, você perdeu somente cinco dedos, tem muitos outros ainda. – falou Harry com a voz satisfeita enquanto ouvia o Cavaleiro gritando cada vez mais alto depois de arrancar os dois últimos dedos que ele ainda tinha na mão esquerda. Depois rindo ainda mais alto do que anteriormente Harry decepou os outros cinco dedos que ele tinha na mão direita, logo em seguida bufando irritado quando o Cavaleiro desmaiou outra vez – Assim não dá Korcet, eu estou querendo brincar e você fica desmaiando o tempo inteiro. Enervate.

Aos poucos Harry foi arrancando pequenas partes do corpo do Cavaleiro que agonizava de dor, sem saber o que mais esperar daquele que se chamava Azrael, na mente de Korcet ele via o Anjo da Vingança o torturando e castigando por todos os seus pecados, enquanto olhava para o ser que arrancava partes suas ele via asas negras nas costas do mesmo assim como o manto da morte sobre os ombros de Azrael. Sim, ele estava em frente ao Anjo da Morte e com ele não havia misericórdia ou perdão com os inimigos, apenas dor e vingança.

Quando não restava nada mais do que o tronco de Korcet, Harry suspirou cansado. Olhando para a obra prima que ele estava construindo soube que ainda faltava algo para completar o quadro, mas não conseguia se lembrar do que era. Os locais onde ele usara o feitiço cortante estavam todos cauterizados e o cheiro de carne queimada predominava no local, aquilo evitava que sua presa morresse esvaindo-se em sangue e ao mesmo tempo causava mais dor.

Cansado de brincar com o Cavaleiro das Trevas o moreno olhou ao redor encontrando os olhos apavorados de Sirius e alguns Cavaleiros da Luz que ele fez questão de ignorar, encontrou também Dumbledore sendo atendido por um medibruxo do Império da Luz ao mesmo tempo em que olhava aterrorizado para si e para o que sobrara de Korcet, mas também não deu muita bola para o que eles pensavam e por fim encontrou com a pessoa que estava procurando.

Olhando para ela encontrou com os olhos azuis da garota olhando diretamente para ele como se pudesse ler sua alma, mas para sua surpresa ela não olhava para ele com medo ou repugnância. Ela parecia estar admirando o que ele fazia com seu adversário, como se estivesse orgulhosa dele. A garota sorriu levemente para ele como se o incentivasse a continuar, o moreno estava para voltar-se para terminar com a tortura quando sentiu duas presenças divinas no local e somente naquele momento se deu conta deles, mas percebeu que eles já se encontravam no local a algum tempo, mas devido a sua concentração na batalha não os sentira antes. Foi então que uma idéia surgiu em sua mente e imediatamente ele usou o resto de suas forças para se concentrar.

Encontrou a presença dos amigos em varias cidades diferentes, espalhados pelos quatro cantos da Grécia e sentiu que eles haviam perseverado e vencido suas batalhas. Rastreou a mente de seus clones descobrindo que toda a Grécia já havia sido tomada e os aliados das trevas estavam espalhados, em sua maioria mortos. Poucos haviam conseguido escapar com vida do ataque e outro tanto havia sido capturado e preso, por isso projetou sua mente a todo o território da Grécia, fazendo com que todas as pessoas que se encontrassem dentro do território grego escutassem sua voz mentalmente.

- Eu sou Azrael, líder do grupo chamado Panteão. – sua era fria e poderosa o que causou estremecimentos em todos que ouviam a voz dele – A partir desse exato instante todo o território grego pertence a mim e a meu grupo. Aos integrantes do chamado Império da Luz, não precisam se preocupar com suas famílias, dou minha palavra de honra que serão protegidos enquanto estiverem sob meus domínios.

O moreno podia sentir a revolta de muitos Cavaleiros da Luz e algumas outras pessoas, mas aquilo não era importante. Sentiu também o ódio que Dumbledore estava emanando contra si, quase sorriu perversamente, o idiota nem mesmo conseguia disfarçar o que sentia. Deixando o velho de lado o moreno voltou a falar, pois a hora dele chegaria muito em breve, porém não seria naquele dia, infelizmente.

- Para aqueles que quiserem permanecer com suas famílias aqui na Grécia, saibam que serão muito bem vindos a se juntar em nossa causa, que é a liberdade dos povos tanto mágicos como os não mágicos. – Harry voltou a falar com mais veemência e força do que antes, percebeu o interesse que muitos demonstraram possuir, até mesmo para espiões, por isso continuou – Se assim desejarem serão aceitos se jurarem lealdade a mim até o fim dessa guerra e romperem seus laços com o Império da Luz. Antes que pensem em virarem espiões dentro do Panteão saibam que nossos traidores são punidos com a morte. Há representantes do Panteão em todas as regiões da Grécia e aqueles que resolverem se juntar a nós devem se apresentar a eles, aos que não estiverem interessados vocês terão exatamente um minuto para deixar a Grécia, depois desse tempo serão considerados inimigos e como tais serão mortos por meus homens. Porém antes que vão, vou lhes dar uma amostra do que eu posso fazer com meus inimigos.

Então a imagem de Korcet apareceu na mente de todos que engoliram em seco ao verem a massa disforme e praticamente irreconhecível aos pés de Azrael, alguns comensais conseguiram fazer a associação com o Cavaleiro das Trevas e ficaram chocados e pálidos com a visão.

- Para aqueles que não o reconheceram ainda esse é Korcet, o Líder dos Cavaleiros das Trevas. – voltou a falar Harry assumindo um tom mais frio e cruel quando prosseguiu – Ou o que sobrou dele. Agora está na hora de morrer Korcet.

Logo depois de declarar isso Harry moveu ambas as mãos formando um pequeno símbolo com as mãos juntas, então uma luz negra brilhou no meio de suas mãos, no começo era fraco, mas então logo brilhou com força dando um brilho fantasmagórico ao redor de si mesmo.

- Receba seu castigo Cavaleiro... Soul Revenge. – das mãos unidas do moreno pequenos fios dispararam conectando-se com o peito do Cavaleiro das Trevas que começou a gritar ainda mais alto do que até aquele momento, os fios negros ligavam o corpo de Korcet até a pequena esfera de luz negra que o moreno tinha entre as mãos. – Vingança da alma.

Assim que Harry sussurrou essas palavras foi como se ele houvesse dado uma sentença de morte porque Korcet urrou gravemente antes de desabar inconsciente. Do peito de Korcet os fios negros começaram a sair e surpreendentemente eles ligavam uma pequena esfera acinzentada que saiu do corpo do Cavaleiro e foi lentamente puxada até se juntar entre as mãos de Harry e fundir-se com a esfera de luz enegrecida.

Em seguida a esfera tornou-se de um cinza chumbo, logo depois um raio disparou acertando o corpo do Cavaleiro que nem sequer esboçou uma reação enquanto seu corpo era consumido rapidamente, parecia que estava sendo queimado, mas não existia fogo. Em poucos segundos o corpo de Korcet não passava de uma massa gosmenta e disforme no chão e era absorvida pela terra, a luz entre as mãos do moreno também se apagou levemente até que finalmente cessou, nesse momento Harry voltou a falar em tom baixo.

- A vingança foi feita. Que sua alma arda nas chamas do purgatório por toda a eternidade. – a voz de Azrael era baixa e calma, porém todos que estavam ligados mentalmente com ele ouviram, embora não fizesse muita diferença, pois eles já se encontravam apavorados demais com o que haviam visto, alguns com certeza não estavam interessados em se tornar inimigo de alguém como ele e muito menos se aliar a uma pessoa capaz de fazer aquilo, ao contrario de outros que ficaram impressionados com o poder que ele demonstrara possuir o que poderia garantir a sobrevivência de suas famílias na guerra se elas estivessem sob a proteção daquele ser, esses eram obviamente em sua maioria os Cavaleiros e Guardiões da Luz que viviam na Grécia. – A partir de agora quem ainda estiver interessado em ir embora e continuar com suas vidas tem um minuto para fazer isso.

Durante um minuto Harry permaneceu concentrado no numero de pessoas que partiam da Grécia e não ficou muito surpreso ao descobrir que eles formavam apenas os Cavaleiros da Luz que haviam vindo de outros países para ajudar na proteção do local. Sentiu o momento em que Sirius aparatou de volta a Inglaterra assim como Dumbledore que precisou do apoio de um dos Cavaleiros da Luz para poder aparatar corretamente.

- Ótimo, para aqueles que ficaram e que estão interessados em se tornarem membros do Panteão fiquem sabendo que não precisam se preocupar, pois toda a Grécia será cercada e protegida a partir de agora. Meus homens lhes darão maiores informações em poucos momentos, enquanto eles não chegam façam o levantamento das baixas e do número de mortos que nós causamos nas fileiras inimigas, e também livrem-se dos corpos dos aliados das trevas. – Harry falou rapidamente enquanto sentia-se terrivelmente cansado da batalha, sabia que em breve desmaiaria, mas ainda tinha de proteger o país antes de poder descansar. – Sejam bem vindos ao Panteão.

Depois de dizer isso Harry cambaleou levemente, mas sentiu-se amparado por duas mãos pequenas e firmes que o ajudaram a se manter consciente enquanto ele quebrava o contato mental com os Gregos e mandava uma mensagem par aos outros amigos mandando-os de volta para Hogwarts naquele exato instante. Ainda amparado por Sarah o moreno começou a murmurar algumas palavras em uma língua antiga e logo uma luz enegrecida emanava de seu corpo e percorria a cidade ateniense para logo depois varrer cada canto da Grécia, quase dois minutos depois Harry finalmente respirou fundo e pode parar de usar magia, então olhou para Sarah.

- Me leve de volta, aparate no local de onde saímos. – sussurrou para ela sabendo que tinha poucos segundos antes de perder a consciência pelo uso excessivo de magia – Me leve para a Sala onde nós treinamos e a programe para se passar mais um ano em apenas uma hora, preciso descansar e vocês vão precisar treinar mais.

- Tudo bem. – sussurrou Sarah baixinho no ouvido do moreno que suspirou caindo em sono profundo nos braços da garota que conseguiu sustentá-lo sem muitos problemas utilizando magia para aumentar a própria força, ela também se sentia esgotada tanto física quanto mentalmente e concordava com alguns dias de descanso dentro da Sala Precisa. Em seguida a garota desapareceu do local com o moreno rumo a Hogwarts.
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Duas figuras distintas estavam observando a luta em Atenas ao mesmo tempo em que podiam olhar todas as outras batalhas que estavam acontecendo dentro da Grécia, aquela era uma vantagem deles por serem quem eram.

- O que está achando deles? – perguntou Hades friamente enquanto observava Harry atacar o Cavaleiro das Trevas.

- São fortes, Harry os treinou bem. – respondeu a deusa dando de ombros enquanto examinava mais atentamente Sarah – Principalmente aquela ali, a aura de vingança dela é surpreendente, embora a de Harry seja centenas de vezes maior do que a dela.

- Concordo. – Hades falou prestando atenção enquanto a garota condenava o homem com quem estava lutando a um castigo bem pior do que a morte.

- Agora sim vamos ver até onde o moreno ali pode ser cruel. – observou Baha sentindo a aura assassina e opressora que o garoto estava exalando naquele momento.

Nos minutos seguintes eles assistiram a tortura que Harry Potter infringiu no Cavaleiro, os deuses faziam leves caretas em alguns momentos. Mesmo Hades que sempre via a morte e o sofrimento sentiu uma leve pontada de compaixão ao ver a maneira como Harry torturara e matara o tal Korcet, sem remorso e sem piedade.

- Bem, certamente ele não é alguém que se deve ter como inimigo. – falou Baha depois de um breve silêncio, logo depois viu a garota se aproximar de Harry e em seguida os dois desapareceram do local indo para a escola, ela sabia. – O que acha que nossos queridos irmãos e irmãs estão pensando nesse exato instante?

- Quer dizer sobre o fato de terem seus nomes usados por meros mortais? – perguntou Hades com divertimento voltando seus olhos para Baha que também sorria para ele – Acho que não vão gostar nem um pouco, principalmente Ares, mas vou ter que conversar com ele antes que meu querido sobrinho faça alguma besteira.

- Acho que ele realmente pode vencer essa guerra, acabar com Voldemort e salvar não apenas o mundo mortal como também o mundo dos deuses. – disse Baha com os olhos distantes.

- Eu também acho que ele é capaz, mesmo sem saber que o está fazendo. – Hades concordou suspirando baixinho, não sabia se deveriam alertar o garoto ou não sobre o perigo que não apenas o mundo dele, mas como todos os outros mundos corriam se por acaso Voldemort vencesse a guerra e dominasse.

- Por que ele não usou nossos nomes? – perguntou Baha depois de pensar um momento na resposta de Hades.

- Sinceramente eu não sei. – retrucou o deus dos mortos dando de ombros indiferente, para ele não fazia a menor diferença. – Vamos sair logo daqui, temos alguns deuses para acalmar. - Em seguida os dois deuses desapareceram do local em que se encontravam.






Agradecimentos especiais:

Silvia Cecil: a vingança da Sarah não vai demorar muito e coitado dos responsáveis pelo sofrimento dela. Lílian entende o suficiente do filho, acho que todas as mães são assim e os iramos do moreno estão tentando se redimir com ele e conquistar a confiança do garoto. O Sirius vai participar mais ativamente nos próximos capítulos também, o Tiago vai pedir perdão, mas vai ter de rastejar para conseguir que Harry o perdoe. O dumbie vai tentar controlar o Harry através da Sarah, só que vai cometer um erro e vai pagar muito caro por tentar manipular o moreno. Beijos.

GutoRo7: Ai cara, obrigado pelos elogios é sempre bom saber que os leitores estão gostando, quanto a postar uma vez por dia, é complicado isso, sem contar a falta de tempo para escrever mais e se eu pudesse eu realmente postaria todos os dias. Mas como é difícil isso acontecer capitulo toda segunda fera, mais uma vez obrigado pelo incentivo. Abraços.

The Jones ;D: Isso mesmo, o Dumbledore vai apanhar em pleno salão principal, espere pra ver. Abraços.

Kalih: isso mesmo, e tambem se eu colocasse todos eles ia ficar muito repetitivo e poderia acabar cansando de se ler, por isso eu coloquei alguns lutando mais do que os outros, mas em breve haverão batalhas em cima de batalhas para eles lutarem. Espero que a luta do Harry e da Sarah tenha agradado, sei que deveria ter posto no capitulo anterior, mas acabaria ficando muito grande, pois eu queria mostrar mais do Harry e da Sarah, o que cada um deles é capaz de fazer e tudo mais. Como deu pra perceber o Dumbie ficou vivo, pois quer acabar com ele pessoalmente. O Harry ficou furioso com o que o Korcet falou que faria com a Sarah, ai deu no que deu. Nesse capitulo deu pra perceber um pouco do que aconteceu com a Sarah, nos próximos capítulos a historia dela será revelada. Beijos.

Artur Soares Scalassara: Coitado do Korcet, confesso que senti um pouco de pena dele com o que o Harry fez a ele, mas bem que ele merecia, realmente os Cavaleiros estão muito preocupados. Abraços.

TiuToddy: não se preocupe cara, mesmo assim obrigado por deixar o recado, espero que quando ler goste do capitulo. Abraços.

Silvia Cecil: espero que o capitulo tenha agradado, a reação do Dumbie e dos cavaleiros da luz no próximo capitulo. Realmente o Tiago é um tremendo babaca, mas ele já ta se tocando dos seus erros, mas susto ele vai tomar, mas de um jeito diferente, claro. Beijos.

Trinity: Que bom que curtiu as lutas, foi muito legal escreve-las, principalmente as do Harry e da Sarah que estão nesse capitulo, espero que tenha gostado. A reação do império da luz e de Dumbie no próximo capitulo, assim como Lílian e Tiago recebendo a noticia sobre a batalha, os garotos vão ficar preocupados mesmo, principalmente a Hermione. O Draco com certeza não deu a mínima para o fato, mas ele é um sonserino nato e os outros são “típicos grifinórios” como Snape diria. Como deu pra ver, o motivo era a Sarah mesmo, mas dessa vez o azarado do Korcet falou bobagem e recebeu seu castigo, to com pena dele até agora. Mentira, eu adorei escrever a tortura dele. Fico feliz de que esteja tudo bem com você, e sobre a HI é relamente uma pena que vai demorar um pouquinho pra vir capitulo, mas vamos esperar ansioso pelo capitulo, tenho certeza que todo mundo ta com tanta expectativa quanto eu. Beijos garota.

GutoRo7: ai cara, quanto ao lance da mitologia, eu já encontrei diversas definições diferentes para vários deuses, inclusive Cronos e Zeus. Eu não sei se você estava se referindo a tempo como horas e dias, por exemplo ou se era em relação ao clima. Em uma das definições que eu mais encontrei sobre Zeus é que ele seria o deus do tempo(clima), capaz de formar tempestades e etc. Mas se não for quanto a isso, tudo bem, eu entendo, o problema é que em alguns sites existe a definição como ele sendo odeus do trovão, outros como deus do raio, mas o mais aceito é o deus do clima. De qualquer forma, valeu pela dica fera. Abraços.




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