Capitulo 14 – Território Grego

Capitulo 14 – Território Grego



Capitulo 14 – Território Grego

A rotina que se instalara dentro da Sala do Requerimento era muito apreciada por todos os seus ocupantes, os treinamentos haviam ficado cada vez mais pesados e complicados, Harry exigia o máximo dos amigos enquanto repassava a eles todo o conhecimento que aprendera em seu treinamento no outro mundo.

Eles foram evoluindo aos poucos e aprendiam muito depressa, no começo foi realmente puxado para eles se acostumarem ao ritmo de treinamento que Harry impusera, praticamente sem descanso para eles, mas eles logo superaram essa pequena barreira e depois de algum tempo nenhum deles reclamava mais dos ritmos pesados que o moreno impunha aos amigos.

No começo do treinamento alguns deles haviam relutado em aprender Magia Negra e Harry não insistira em tentar convence-los e apenas concordou com a cabeça enquanto continuava treinando os outros normalmente, dois dias depois aqueles que não quiseram aprender as artes obscuras voltaram atrás ao ver o progresso dos outros amigos e desde aquele dia nenhum deles desistiu mais de nenhum dos treinamentos,pois agora sabiam que qualquer coisa que eles aprendessem poderia ser muito bem utilizado.

Durante o período em que o treinamento já se estendia muitos deles se tornaram amigos de Draco, que conquistara a confiança de alguns pouco a pouco, e o que mais importava ao loiro era ter conseguido se tornar amigo de Samantha. A ruiva aceitara a amizade do garoto primeiramente porque o irmão confiava nele e depois por realmente apreciar a companhia do sonserino que se mostrara bastante divertido e brincalhão nos poucos momentos que eles tinham de intervalo entre um treinamento e outro...

Mesmo fazendo par com Rony, Neville se aproximou um pouco de Luna. Sempre que podia o garoto procurava a companhia da loira, eles conversavam sempre nos intervalos e principalmente antes deles irem dormir, ambos gostavam daquela aproximação e mesmo que o garoto não soubesse Luna não via a hora em que Neville fosse se declarar, mas ela já estava ficando um pouco impaciente com a demora e estava seriamente pensando em seguir o conselho de Gina e agarrar o garoto pela gola da camisa e beijá-lo.

Hugo aproveitava todos os momentos livres para passar o máximo de tempo possível próximo a Gina sempre tentando uma aproximação maior e de tanto insistir ambos acabaram se beijando em uma noite enquanto se preparavam para dormir. Logo depois o garoto havia se declarado para ela e agora ambos estavam namorando, os dois muitos felizes por serem retribuídos em seus sentimentos, embora o namoro não tenha agradado muito a Rony.

Como Samantha passava a maior parte do tempo com o loiro sonserino e Luna com Neville, além da ruiva estar se entendendo com Hugo, Hermione não tinha muita opção além de passar os momentos de descontração lendo ou conversando com Rony. Obviamente ela preferia mil vezes ocupar seu tempo com o ruivo do que ler algum livro, por que os livros ela poderia ler outra hora. Quanto mais tempo a garota passava com o ruivo mais tomava consciência do amor que sentia por ele, sem contar o que o garoto demonstrava sentir por si. Mesmo com todas as cargas de treinamento eles ainda encontravam tempo para namorarem nos intervalos e principalmente antes de dormirem, mesmo alternando entre pequenas brigas infantis e os treinamentos eles conseguiam conciliar tudo e o namoro seguia firme e forte.

Sarah se aproximara ainda mais de Harry e ambos sempre conversavam nos poucos momentos que tinham, e o moreno gostava muito de conversar com a garota porque sempre acabava descobrindo algo novo sobre ela e as vezes ele revelava algo de si próprio para ela, o que mostrava que o relacionamento deles estava evoluindo, pois não contara a mais ninguém além dela qualquer coisa sobre seu verdadeiro passado.

Embora ninguém além de Harry percebesse Sarah treinava com afinco procurando aprender o máximo possível e logo no inicio do treinamento o moreno constatara algo que ele suspeitara desde que conhecera a garota, ela se mostrara muito poderosa e absorvia os conhecimentos com uma avidez surpreendente e Harry não ficara surpreso quando ela demonstrara ter conhecimento sobre alguns feitiços negros e mortais.

Harry sabia que ela queria se vingar de alguém que provavelmente circulava por Hogwarts, motivo mais provável para ela se transferido para Hogwarts. Tinha também o fato dela ter ameaçado o chapéu seletor para que ele a colocasse na grifinória o que se dava provavelmente ao fato da garota não querer chamar a atenção de ninguém e passar despercebida, o que não acontecia com os alunos da sonserina que eram constantemente vigiados devido a reputação duvidosa que a casa das serpentes possuía em revelar grandes bruxos das trevas.

Mas Harry não estava muito preocupado com relação a quem ela queria matar, porque tinha certeza que era isso que ela pretendia fazer desde o momento em que pusera seus olhos nela. O moreno estava mais preocupado com a aproximação de ambos e sabia o que estava acontecendo entre eles, tinha certeza sobre o que sentia em relação a garota e apenas não dera um passo em diante porque não sabia como ela se sentia em relação a ele, não queria precipitar as coisas, mas a cada ficava mais difícil resistir e ele já estava cansado de tentar esperar ela demonstrar interesse.

O treinamento que mais rendeu por parte dos garotos foi obviamente o de Magia Antiga, o de Magia Negra e o de esgrima, que foi uma das partes em que eles mais se esforçavam para aprenderem, principalmente porque ocorria durante a noite depois de todos os outros tipos de treinamento que eles tinham e naquele momento eles estavam sempre cansados, mas se esforçavam para aprenderem o máximo possível.

Agora, quase dois anos depois do inicio do treinamento deles, o moreno finalmente estava satisfeito com o resultado que obtivera, embora ainda pretendesse continuar com os treinamentos de vez em quando. Naquele meio tempo em que os amigos treinavam, ele também aproveitara para aumentar os próprios poderes enquanto treinava, principalmente lutando contra os amigos na parte prática. Durante os quase dois anos que permaneceram dentro daquela sala dividindo as refeições e as acomodações, Harry ensinara a eles praticamente tudo o que aprendera com seus antigos professores além de alguns truques novos que ele descobrira através do colar que Hades lhe dera.

Naquele dia Harry acordou mais cedo que seus amigos e depois de se exercitar em uma sala paralela que ele pedira para a Sala Precisa criar ele acomodou-se em uma poltrona e assim que a Sala forneceu a ele o café da manha o moreno passou a se alimentar calmamente enquanto pensava nos últimos meses. Ficara muito contente com a aproximação de Draco com Samantha, embora sentisse algumas fisgadas no estomago de vez em quando, mesmo que confiasse no loiro e soubesse que ele respeitaria sua irmã não podia deixar de pensar como um irmão mais velho.

Também vira com prazer a aproximação dos outros e foi naquele momento que ele percebeu a ironia do destino. Não tinha percebido até aquele momento que aquele grupo era formado por casais ou futuros casais, pensou ele sorrindo internamente. Luna e Neville só faltavam se agarrarem um ao outro, o que Hermione e Rony já faziam desde antes do treinamento e agora Hugo e Gina também estavam namorando. O moreno previa que faltava bem pouco para Draco e Samantha seguirem pelo mesmo caminho e ainda tinha ele próprio e Sarah, embora se dependesse exclusivamente dele ambos já estariam juntos, mas ele precisava levar em conta que ela era a mais nova do grupo e não sabia o que ela pensava em relação a ambos.

É claro que ela devia ter conhecimento da atração mutua que ambos sentiam, o que não queria dizer que ela aceitaria uma aproximação e Harry não queria que ela recuasse, por isso havia se decidido em pegar ela de surpresa em um momento em que ela se encontrasse com a guarda baixa e desprotegida, mesmo aquela não sendo uma estratégia digna o moreno achava que valia tudo na guerra e na conquista.

Foi tirado de seus devaneios pelo barulho de movimentação no espaço reservado para eles dormirem e olhando na direção do local viu Sarah indo em sua direção com uma cara sonolenta, típica de quem acabava de acordar. Sorriu para ela enquanto cumprimentava ela e obteve um resmungo em resposta o que o fez sorrir ligeiramente, já se acostumara com aquela faceta dela ao acordar, o que estranhamente ele achava adorável da parte dela.

Logo os outros também se levantavam e se sentavam ao redor do moreno enquanto tomavam o café que lhes era destinado. O moreno apenas observava todos eles, haviam mudado muito naquele tempo de treinamento, embora no tempo real não houvesse se passado mais do que algumas horas ali dentro se passar quase dois anos e as mudanças físicas eram notáveis.

Todos eles sem exceção estavam mais fortes, os garotos estavam mais encorpados e com os músculos definidos e no lugar sem contar a aparência mais séria e a aura de poder que os rodeava. As garotas estavam mais belas, as curvas mais acentuadas e definidas que com certeza chamariam a atenção dos alunos de Hogwarts, tinha certeza que os garotos cairiam matando em cima das garotas e ele tinha a intenção de se resolver com Sarah antes que algum idiota se intrometesse entre os dois. Também sabia que as garotas ficariam encantadas com seus amigos, o que provavelmente provocaria o ciúme das meninas, mas isso poderia ser superado.

- Isso está delicioso. – falou Rony com a boca cheia chamando a atenção para si, Harry apenas balançou a cabeça, por maior que algumas mudanças ocorressem outras coisas jamais mudariam – Eu não sei como a Sala Precisa consegue fazer um café da manhã tão delicioso.

- Ela prepara aquilo que você deseja. Normalmente naquilo que você estiver pensando no momento, se você estiver pensando na comida de alguém a Sala fornecerá uma refeição quase igual a que você imaginou. – falou Harry sabendo que o ruivo sempre pensava na comida que a Sra. Weasley preparava, não podia dizer muita coisa, pois também imaginava a comida dela quando fazia seu pedido a Sala Precisa, afinal não havia cozinheira melhor do que a mãe do Rony.

O resto da refeição eles passaram em silêncio, cada qual imerso em seus próprios pensamentos. Quando Harry terminou seu café ele levantou-se calmamente e se dirigiu até o local onde dormia e arrumou as poucas coisas que havia levado para lá e depois voltou para o local onde os amigos estavam.

- Não vamos continuar o treinamento Harry? – perguntou Hermione estranhando o fato do moreno ter arrumado as coisas dele.

- O treinamento de vocês terminou. – declarou Harry olhando para eles que se entreolharam surpresos pelo fato – Já ensinei tudo o que podia a vocês, inclusive lhes dei experiência em batalha enquanto treinávamos a parte prática.

- Então você acha que somos fortes o bastante para derrotar os Cavaleiros das Trevas? – perguntou Rony animado com a possibilidade.

- Duvido muito. - retrucou Harry com frieza fazendo a empolgação do ruivo ir por terra, os outros também o olharam interrogativamente.

- Mas você disse... – Rony tentou falar, mas Harry o interrompeu falando rapidamente, o que fez Hermione rir levemente pela cara que o namorado fazia.

- Eu disse que já ensinei tudo o que podia pra vocês e vocês tem o conhecimento necessário para derrotar um Cavaleiro das Trevas, o que não quer dizer que vocês possam fazer isso. – Harry disse com a voz calma.

- O que exatamente você quer dizer com isso? – perguntou Hermione intrigada com a frase ambígua do moreno.

- Eu quero dizer que os Cavaleiros das Trevas possuem anos de experiência em batalhas e em guerras. – falou Harry com a voz lenta para que eles entendessem – Eles conhecem pequenas artimanhas e segredos que normalmente fazem a diferença numa luta.

- Então está dizendo que precisamos ganhar experiência lutando de verdade e não apenas em treinamento? – perguntou Sarah olhando atentamente para o moreno de olhos verdes que apenas balançou a cabeça antes de responder.

- Exato. – disse Harry e se apressou em acrescentar ao ver um pequeno desanimo aparecer no semblante de alguns deles – Não estou querendo dizer que vocês não sejam capazes de enfrentar um dos Cavaleiros agora e sobreviver, apenas não serão capazes de matá-lo, pois ele com certeza conhecerá alguns truques que o ajudarão e que vocês dificilmente conseguirão prever, a menos que conheçam as mesma artimanhas.

- Se o treinamento acabou, isso quer dizer que nós já vamos sair daqui? – perguntou Gina sorrindo para o moreno.

- Ainda não. – falou Harry lembrando-se de algo em que vinha pensando a algum tempo – Antes de sairmos daqui eu gostaria de dar algo a vocês.

Assim que terminou de falar Harry fez um amplo movimento com as mãos e logo depois uma luz brilhou das palmas das mãos do moreno indo diretamente aos amigos que se assustaram por um momento. Em questão de segundos eles perceberam o que Harry fizera, em seus corpos cobrindo as habituais roupas que eles usavam encontravam-se agora sobretudos negros, embora parecessem iguais cada um deles tinha um desenho diferente nas costas que os diferenciava uns dos outros e que representavam a forma animaga deles.

- Sei que vocês estão ansiosos para por em prática tudo o que aprenderam. – falou Harry e viu a confirmação deles com leves balançares de cabeça e em seguida prosseguiu – Portanto eu não vou privá-los disso, mas eu gostaria que vocês não fossem reconhecidos por ninguém, pelo menos por enquanto.

- Porque? – perguntou Hugo com a sobrancelha arqueada em confusão, os outros também não entendiam muito bem o motivo para aquilo.

- Primeiramente porque chamaria muita atenção pra vocês e duvido muito que vocês gostariam de ter seus pais na cola de vocês. – falou Harry olhando para eles como se aquilo fosse obvio e vendo que alguns se encolheram ligeiramente diante da possibilidade, menos Sarah que permaneceu impassível o que confirmou as suspeitas do moreno – Por isso fiz esses sobretudos especiais pra vocês. Eles são magicamente modificados e podem se amoldar ao corpo de vocês transformando-se em uma segunda roupa e ficando invisível a qualquer um, e quando precisarem dele basta desejar que ele volte ao normal o que acontecerá no mesmo instante, ele também possue um capuz que vai impedir qualquer de reconhecê-los em campo de batalha.

- Legal. – sussurrou Rony que ficou vermelho como um tomate ao perceber que sua voz fora alta o suficiente para todos ouvirem, o que causou o sorriso divertido de alguns deles e o zombeteiro de Draco.

- Como provavelmente vamos precisar nos comunicar durante as batalhas não poderemos nos chamar pelo nosso nome, o que com certeza nos entregaria. – disse Harry chamando novamente a atenção para si. – Por isso eu decidi nomear cada um de vocês de uma maneira diferente.

- Como assim? – perguntou Hermione curiosa com o que o moreno falara, principalmente para saber o que ele estava planejando.

- Como vocês sabem, os comensais passaram a me chamar de Azrael e eu até que gostei, porque isso me manteve incógnito e me permitiu um bom disfarce. – falou Harry obtendo a concordância dos amigos – Eu andei pesquisando um pouco sobre o Arcanjo Azrael e descobri algumas coisas bem interessantes como o fato de ele ser considerado como o Anjo da Morte ou o Arcanjo da Vingança, além de ser aclamado como o Comandante de todos os Anjos.

- O que isso tem haver com os nomes que você quer dar pra gente? – interrompeu Samantha olhando interessada para o irmão.

- Bem, primeiramente eu pensei em nomear vocês com nomes de anjos uma vez que eu seria considerado o líder dos anjos, mas como não existem anjos femininos em nenhuma cultura que eu conheço, decidi por fim nomear vocês com outros nomes, ainda mais fortes e poderosos. – a voz de Harry era lenta e arrastada enquanto falava, o que os amigos dele estavam considerando como sendo de propósito apenas para deixá-los mais ansiosos.

- Nomes mais poderosos do que os Anjos, você não está querendo dizer... – Hermione falou abrindo a boca incrédula, mas foi interrompida pela voz séria do moreno confirmando as suspeitas da garota quanto aos nomes que ele pretendia usar.

- Exatamente isso Hermione. – declarou Harry com firmeza o que surpreendeu aos amigos que olharam de um para outro tentando chegar a mesma conclusão que a garota, mas não conseguindo nenhuma pista dos nomes.

- Será que você poderia explicar isso um pouco melhor Potter. – falou Draco com a voz debochada olhando para o moreno – Se vocês dois não perceberam, nós pobres mortais ainda estamos totalmente por fora do assunto.

- Eu já ia chegar lá Malfoy. – devolveu Harry com sarcasmo sabendo que o loiro estava apenas chamando sua atenção como sempre fazia quando queria muito saber alguma coisa – Como estava dizendo, encontrei os nomes ideais para vocês, nomes que vão causar medo nos comensais da morte assim que eles virem do que vocês são capazes de fazer.

- Fala logo Harry, estamos mais do que curiosos. – Draco disse perdendo a paciência e demonstrando toda a sua curiosidade na voz.

- Eu decidi dar nome de deuses a vocês. – revelou Harry por fim olhando as expressões surpresas e incrédulas dos amigos olhando para ele.

- Deuses? – sussurrou Rony olhando entre maravilhado e um pouco assustado com o que o moreno revelara.

- Harry... – Luna falou baixinho chamando a atenção de todos para ela, logo que o moreno a olhou ela perguntou – Será que eles não vão ficar muito bravos por usarmos os nomes deles?

- Do que está falando Luna, deuses não existem de verdade, são apenas lendas antigas. – retrucou Hermione com a voz paciente e antes que a loira pudesse abrir a boca para retrucar a voz de Harry chamou a atenção de todos novamente.

- Posso garantir minha cara Hermione que os deuses não apenas existem como também nos observam. – a voz fria e divertida do moreno revelava o quanto ele se divertia com o assunto – E não se preocupe Luna, garanto a você que nenhum deles vai nos incomodar por usarmos o nome deles.

- Mas isso é impossível, deuses não podem existir. – Hermione insistiu falando com a voz um pouco mais alta e histérica.

- Acredite se quiser Hermione, mas que eles existem não há nenhuma duvida. – respondeu Harry em um tom de voz que não deixava duvidas e margens para o assunto continuar.

- Quais deles você pretende nos nomear? – perguntou Draco com a voz impassível, mas por dentro estava morrendo de curiosidade e o moreno percebeu isso e deu um leve sorriso para o loiro que enrijeceu a expressão quando percebeu que Harry captara o que sentia naquele momento.

- Depois de analisar as principais características de cada um de vocês, eu decidi qual dos deuses se adapta melhor a cada um de vocês. – falou Harry enquanto se levantava e passava a caminhar ao redor dos amigos logo parando em frente a Neville – Neville, a partir de hoje seu nome de batalha será Thor, deus do trovão. Rony será conhecido como Zeus, mais conhecido como o deus do tempo. Sarah será conhecida como Hel, conhecida como deusa nórdica do submundo e Rainha dos Mortos. Hermione será conhecida como Nêmesis, deusa da ética e da justiça. Draco será conhecido como Érebo, a personificação da escuridão. Samantha será conhecida como Nix, a personificação da noite. Gina representará Ártemis, a deusa da caça. Hugo será conhecido como Ares, deus da guerra e por fim Luna, que a partir de agora se chamará Selene, a deusa da lua.

- Você está falando sério? – perguntou Sarah intrigada por ele a ter nomeado como a deusa dos mortos, ainda não entendia muito bem o motivo dos nomes.

- Sim, se vocês desejarem saber mais sobre os deuses em questão eu posso emprestar esse livro a vocês. – falou Harry mostrando para os amigos um livro de capa esverdeada intitulado “Divindades” em letras negras na capa. – Aqui explica detalhadamente as principais características de cada deus, sem contar que abrange diversas culturas diferentes.

- É claro que eu quero saber. – retrucou Hermione levantando-se e pegando o livro da mão do moreno que sorriu de canto.

- Eu sei que você quer ler agora Hermione, mas no momento temos um pequeno problema a ser resolvido. – disse Harry, que já havia recebido um comunicado mental de um de seus clones a respeito do ataque a Grécia que já estava em andamento, o que chamou a atenção dos amigos para ele – Nesse exato instante está acontecendo um ataque a Grécia, território que pertence ao Império da Luz e que essa noite passará a pertencer ao Panteão.

- Panteão? – perguntou Sarah surpresa pelo que ele dissera, já ouvira aquela palavra em algum lugar, só não lembrava onde.

- É o nome que eu resolvi dar a nosso grupo, foi de onde eu tirei a idéia de dar nomes de deuses a vocês. – respondeu Harry sorrindo rapidamente.

- Deixa isso de lado, quer dizer que vamos finalmente testar nossas habilidades? – perguntou Rony empolgado ganhando uma carranca da namorada.

- Isso mesmo, acabei de ser informado do ataque e vamos partir imediatamente, mas lembrem-se vocês devem usar seus nomes de batalha ou vão se denunciar. – falou Harry enquanto se dirigia para a porta, os amigos fizeram rapidamente feitiços convocatórios pegando as poucas coisas que tinham e guardando dentro do sobretudo que estavam usando, como era mágico era capaz de suportar grandes quantidades de objetos sem pesar nada – Coloquem os capuzes.

Assim que Harry ordenou os amigos fizeram o que ele mandou e imediatamente os capuzes cobriam os rostos deles e a única coisa que os diferenciava eram os animais que eles tinham retratado nas costas do sobretudo e no formato físico dos meninos e das garotas.

- Vamos nos dividir em pares, então cada par vai para uma cidade diferente. – ordenou Harry enquanto andava na frente deles e os encaminhava para a passagem da bruxa de um olho só, logo chegando ao seu destino e abrindo a passagem para surpresa de alguns de seus amigos que não conheciam o lugar – Eu e Sarah ficamos com Atenas, as outras duplas serão Hugo e Luna, Neville e Gina, Rony e Samantha, Draco e Hermione. Escolham uma cidade e aparatem para o local, vocês estudaram geografia bruxa então conhecem a localização do lugar. Sejam rápidos e mortais.

Assim que terminou de falar Harry segurou a mão de Sarah e desapareceu sem fazer nenhum som com a garota, os outros olharam-se por alguns segundos e depois de se decidirem também aparataram com destino a seus alvos.
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Naquele momento a noite já estava alta na cidade de Atenas, cidade que é a capital da Grécia e também a capital da Ática. Além de ser uma cidade moderna, Atenas também é famosa por ter sido uma poderosa Cidade-Estado e um centro de cultura muito importante nos tempos antigos. Atenas foi a principal cidade na Grécia Antiga durante o grande período da civilização grega, no primeiro milênio a.C., durante a "Idade do Ouro" da Grécia (aproximadamente 500 a.C. até 300 a.C.) ela era o principal centro cultural e intelectual do Ocidente.

Incluindo os subúrbios, Atenas possui uma população de cerca de 3,3 milhões de habitantes, quase um terço da população total da Grécia. Atenas cresceu rapidamente nos últimos anos e vem sofrendo problemas urbanos, como superpopulação, congestionamentos e poluição do ar.

Atenas espalha-se pela planície central de Ática, que é limitada pelo monte Aegaleo a oeste, monte Parnita ao norte, monte Pentélico a nordeste, monte Hímetus a leste, e o Golfo Sarônico a sudoeste. Expandiu-se de modo a cobrir toda a planície, sendo, portanto, pouco provável que a cidade cresça em área de forma significativa no futuro devido às fronteiras naturais. A geomorfologia de Atenas causa frequentemente fenômenos de inversões térmicas, parcialmente responsáveis pelo problema de poluição, embora esses problemas estivessem cada vez menores desde a junção e descoberta com o mundo da magia.

A terra ateniense é rochosa e de baixa fertilidade. O antigo local da cidade era centrado na colina rochosa da Acrópole. Em tempos antigos, o porto do Pireu era uma cidade à parte, sendo, hoje, parte da grande Atenas.

O centro da cidade é a Praça Sintagma (Praça da Constituição), local do antigo Palácio Real, do Parlamento da Grécia e de outros prédios públicos do século XIX. A maioria das partes antigas da cidade concentram-se ao redor deste centro. As partes mais recentes são construídas em concreto e sofrem, geralmente, de carência de facilidades urbanas como estacionamentos.

E foi exatamente na Praça Sintagma que os comensais da morte e dois Cavaleiros das Trevas apareceram sendo acompanhados por diversas criaturas das trevas aliadas do Lorde Negro. Os Lycan’s espalharam-se atacando a tudo e todos que viam como um bando de lobos carniceiros que eram, os dementadores imediatamente passaram a rodear as pessoas e sugar a almas dos trouxas que estavam passeando naquela noite amena em Atenas.

Os Cavaleiros das Trevas apenas observaram divertidos enquanto os comensais e as criaturas negras faziam a festa com os trouxas indefesos, logo haviam dezenas de corpos estraçalhados pelo local, órgãos humanos e pedaços de braços e pernas estavam espalhados em um verdadeiro rio de sangue. Os comensais torturavam os poucos bruxos que estavam presentes no local e tentaram ajudar as pessoas que estavam ali naquele momento.

Em poucos minutos uma verdadeira carnificina já tinha acontecido ali, e foi naquele momento que os Cavaleiros da Luz chegaram rompendo o silêncio com o barulho de aparatações. Logo feixes de luzes coloridas disparavam das varinhas dos guerreiros da luz matando alguns Lycan’s e uns poucos comensais da morte pegos de surpresa.

Alguns utilizaram feitiços do patrono que apenas dispersaram os dementadores espalhando-os por toda a cidade, mas antes mesmo que os Cavaleiros da Luz pensassem em voltar a atacar os comensais uma rajada de poder os arremessou violentamente para trás e quando eles conseguiram se levantar viram os dois Cavaleiros das Trevas rindo de se acabar deles, o que causou a raiva deles que partiram para o ataque, o que foi um erro.

Os dois Cavaleiros de Voldemort sorriram divertidos quando os Cavaleiros da Luz avançaram com força na direção deles e quando golpearam encontraram apenas o ar, mas logo foram atingidos violentamente por trás. Era como se fossem vários Cavaleiros a serviço de Voldemort e não apenas dois, por que todos os aliados da luz recebiam os golpes ao mesmo tempo e em poucos minutos a maioria dos Cavaleiros Gregos estavam derrotados ou mortos, poucos ainda tinham fôlego para se manterem de pé.

Eles quase respiraram aliviados quando mais Cavaleiros da Luz, que faziam parte do esquadrão grego, chegaram para ajudar, mas o alivio durou poucos minutos quando ficou claro que os Cavaleiros das Trevas estavam apenas brincando com eles e os vencendo como se eles fossem moscas.

Foi nesse momento que Dumbledore apareceu no meio da Praça e viu a carnificina que aquele campo de batalha havia virado, e pelo que podia ver a cidade estava um caos completo o que o fez suspirar sabendo que muito dificilmente aquela cidade sobreviveria a aquela batalha, mas ele não podia desistir e jamais o faria, por isso passou a atacar os comensais que via os nocauteando e imediatamente acorrentando os aliados de Voldemort.

O diretor continuou atacando os comensais e os acorrentando, embora fosse obrigado a matar os Lycan’s que se intrometiam em seu caminho. Foi em um desses momentos que o diretor avistou Sirius e o restante dos Cavaleiros que haviam vindo da Inglaterra em auxilio a Grécia, mas não pode se aproximar por que naquele exato instante um jato negro quase o acertou, o que o fez perceber que estava distraído demais para perceber as lutas ao seu redor e quando olhou para quem quase o acertara ficou levemente surpreso, e bem lá no fundo um pouco assustado também, afinal aquele era Korcet, o Cavaleiro das Trevas mais poderoso, ficando atrás apenas de Kassius, o homem mais leal que Voldemort possuía e o próprio Lorde das Trevas.

- Ora diretor, nos reencontramos novamente. – falou Korcet com a voz divertida olhando para Dumbledore com um brilho nos olhos que fez o diretor se arrepiar levemente. – Finalmente vou poder acabar com sua raça velhote.

- Não creio que seja tão fácil assim Korcet. – devolveu Dumbledore calmamente embora estivesse tremendo levemente por dentro.

- Pois eu discordo velhote. – falou o Cavaleiro antes de levantar sua mão direita e proferir friamente – Avada Kedavra.

A maldição da morte quase acertou Dumbledore em cheio, mas ele conseguiu se esquivar a tempo e o feitiço acertou e cheio um comensal que estava de costas para o diretor, em seguida Dumbledore sorriu divertido para o Cavaleiro e disse com ironia.

- Não vai me matar com uma simples maldição da morte Korcet. – a voz do diretor era calma apesar da ironia contida.

O Cavaleiro não respondeu e apenas riu cinicamente antes de desaparecer no ar, o diretor só teve tempo de erguer ambos os braços defendendo o chute que o Cavaleiro pretendia acertar sua cabeça, os pés dele se enterraram no chão quase até a altura do joelho, mas Dumbledore deu um impulso e literalmente jogou o Cavaleiro para o alto. Rindo alto Korcet avançou novamente ainda no ar e pegou Dumbledore com a guarda baixa, acertando em cheio um soco na altura do rosto que o fez voar por quatro metros e cair pesadamente no chão.

Antes que o atordoado diretor se recuperasse Korcet avançou rapidamente e chutou a cabeça do diretor que foi lançado a mais dois metros de distancia, em seguida aproveitando-se o Cavaleiro lançou diversos feitiços explosivos no diretor que mesmo um pouco atordoado provou-se um ótimo transfigurador ao transformar um banco em um enorme centauro que recebeu a maioria dos feitiços lançados por Korcet.

O cavaleiro avançou e desferiu um forte soco contra o diretor que conseguiu bloqueá-lo e logo uma luta intensa iniciou-se entre os dois, mas logo Korcet conseguiu ultrapassar a guarda de Dumbledore e o acertou com um chute na perna esquerda quebrando-a e fazendo o diretor gritar de dor enquanto caia de joelhos, logo o Cavaleiro distribuía socos e chutes no diretor que mal conseguia se defender da maioria dos golpes.

Cansado da luta Korcet parou de atacar o diretor fisicamente e a seguir passou a torturá-lo com a boa e velha maldição cruciatus, ela sempre funcionava em quem quer que fosse. O Cavaleiro das Trevas ria maniacamente enquanto o diretor berrava de dor até quase a exaustão, e quando finalmente Korcet resolveu liquidar com o diretor duas presenças poderosas chamaram a atenção do Cavaleiro, principalmente uma delas que era selvagem e transpirava crueldade, uma crueldade bruta e completamente diferente da que ele estava acostumado a sentir em Voldemort, não era o desejo de ver os outros sofrerem e sim a vontade de fazer seus inimigos urrarem de dor, e pela primeira vez em muito tempo Korcet sentiu uma pontada de temor por quem quer que fosse aquele ser. Viu o guerreiro avançar contra seus aliados e atacar de maneira brutal, sem nenhum pingo de piedade ou misericórdia, e ele avançava em sua direção, também percebeu a companheira dele hesitar por um segundo antes de avançar com força e passar a atacar os comensais com quase tanta vontade quanto aquele que se dirigia diretamente até onde ele estava.

- Parece que hoje você se safou Dumbledore. – falou Korcet assim que percebeu o estranho ser se aproximando dele após literalmente repartir um Lycan ao meio usando apenas as mãos.
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Creta é considerada a maior ilha e uma das treze periferias da Grécia. Está localizada no sul do mar Egeu e é a segunda maior ilha do mar Mediterrâneo oriental e a quinta maior de todo aquele mar. Segundoa mitologia era naquela ilha que vivia o minotauro.

Aquela estava sendo uma noite fresca e agradavel para os habitantes da ilha grega até o momento em que dezenas de sons de aparatação cortaram o ar chamando a atenção das pessoas que ainda estavam fora de suas casas naquele momento. Logo a marca negra estava no ceu noturno iluminando aquela noite agradável que estava tornando-se um terror, pois logo vários vampiros atacavam as pessoas, os comensais lançavam feitiços explosivos e incendiários nas pessoas enquanto os poucos bruxos tentavam defender os trouxas, mas acabavam todos mortos também, pois estavam com a guarda baixa enquanto protegiam as pessoas.

Os Cavaleiros da Luz que faziam a guarda e proteção da ilha apareceram cinco minutos após o inicio da invasão e encontraram um verdadeiro banho de sangue no local, corpos espalhados por todos os lados e sangue manchando as paredes das residências mais próximas eram uma pequena amostra do que eles encontraram no local, mas logo tiveram de colocar as observações no fundo da mente deles, pois tiveram de se defender do ataque dos comensais da morte que partiram para cima deles como animais sedentos por sangue.

Logo mais Cavaleiros da Luz apareceram vindo em auxilio daqueles que já estavam em batalha, mas nesse momento muitos deles já haviam tombado na batalha e estava claro para os guerreiros da luz a superioridade dos guerreiros das trevas. com a chegada dos outros Cavaleiros a batalha ficou levemente equilibrada para ambos os lados, feitiços e maldições explodiam de um lado a outro e poucos minutos depois mais corpos de ambos os lados haviam tombado por terra, mas naquele momento a coisa mudou de lado.

O Cavaleiro das Trevas que estava liderando aquele ataque a cidade de Creta estava apenas observando a batalha e se deliciando com o cheiro de sangue que invadia suas narinas, embora não fosse o mais poderoso entre os Cavaleiros ele podia se orgulhar de ser o que mais gostava de ver sangue derramado no campo de batalha, mas estava começando a ficar entediado e então resolveu entrar na batalha e passou a atacar junto com os comensais e logo ficou evidente a vantagem que eles ganharam e quando já se cansara daquela luta e pensava em liquidar todos aqueles Cavaleiros da Luz, duas presenças fortes apareceram no campo de batalha e imediatamente direcionou seus olhos para as duas figuras, uma delas era claramente feminina.

Sem se importar com mais ninguém o Cavaleiro dirigiu-se para onde estavam as duas figuras que haviam começado a atacar os vampiros furiosamente e estavam se saindo realmente bem, o Cavaleiro chegou no exato instante o ser masculino lançava dezenas de jatos de chamas aniquilando quase metade dos vampiros que haviam no campo de batalha, o que surpreendeu Marcus que quase os havia alcançado e naquele exato momento a figura feminina lançou uma centena de adagas prateadas que perfuraram os vampiros transformando-os em pó acabando com quase todos os vampiros que haviam sido designados para aquele ataque, deixando o Cavaleiro ainda mais surpreso com o poder que eles demonstravam possuir.

- E quem seriam vocês? – perguntou Marcus assim que estava próximo aos desconhecidos que olharam intensamente para o Cavaleiro e depois se olharam como se estivessem se comunicando mentalmente, o que irritou o Cavaleiro, mas este permaneceu em silêncio apenas esperando a resposta para a pergunta que fizera.

- Eu sou Ares. – respondeu Hugo voltando-se para olhar de frente para aquele que demonstrava claramente ser um dos Cavaleiros das Trevas de Voldemort, afinal com aquela armadura era difícil não perceber aquele fato.

- Pode me chamar de Selene. – Luna comentou calmamente também olhando para o Cavaleiro das Trevas.

- Isso é algum tipo de piada? – devolveu o Cavaleiro com a voz debochada e cheia de sarcasmo – Porque não me dizem seus verdadeiros nomes ao invés de ficarem usando esses nomes ridículos de deuses.

- Você vai ter de vir descobrir Cavaleiro. – retrucou Hugo preparando-se para enfrentar o Cavaleiro, olhou de relance para Luna e percebeu que ela estava analisando a força do ser das trevas – Afinal qual é o seu nome?

- Eu sou Marcus Heiman. – o Cavaleiro falou cheio de pose, que sumiu e deu lugar a um acesso de ira quando Hugo replicou com sarcasmo.

- Sei, aquele que é considerado o nono em poder depois de Voldemort no lado das Trevas. – a voz do garoto estava calculadamente sarcástica e atingiu em cheio quando a raiva do Cavaleiro veio a tona e ele partiu para cima de Hugo.

- Você vai se arrepender por ter debochado de mim moleque. – Marcus gritou enquanto avançava com raiva e golpeou com força acertando a guarda fechada de Hugo que teve que dar vários passos para trás para suportar o ataque e logo se viu obrigado a defender um novo golpe do adversário que dessa vez quase o acertou, logo Hugo já estava acostumado a velocidade do oponente, que era apenas um pouco superior a que o irmão usava quando lutava contra eles no treinamento.

Luna apenas observou os primeiros golpes trocados entre os dois e após se certificar de que Hugo resistiria contra aquele oponente a garota dedicou sua atenção aos comensais da morte que ainda lutavam contra os Cavaleiros da Luz e aos poucos vampiros que haviam restado depois dos poderosos feitiços que ela e Hugo haviam usado. Assim que acabou com o restante dos vampiros Luna se dirigiu ao grupo de Cavaleiros que lutavam contra os comensais, para então começar a atacar os comensais sem piedade.

A garota havia aparecido na frente dos Cavaleiros da Luz que se assustaram e quase atacaram a pessoa que havia surgido na frente deles, mas pararam ao perceber que ela havia defendido os feitiços que os comensais tinham lançado contra eles apenas usando um poderoso feitiço protetor que nenhum deles soube reconhecer e assim que o escudo abaixou, ela passou a atacar os comensais com violência matando-os sem piedade.

O que restou a eles foi apenas se defender de algum eventual feitiço errante que vinha das varinhas dos comensais e olhar para aquela estranha guerreira que tinha uma águia desenhada no sobretudo negro que usava, ela matava os comensais como se eles fossem moscas e insetos. Logo não restava mais nenhum aliado negro vivo, o único que ainda continuava em pé era o Cavaleiro das Trevas que eles perceberam lutava contra um estranho vestido igualmente a aquela estranha garota com a diferença que nas costas dele, no lugar da águia havia um enorme Grifo.

Quando venceu o último dos comensais Luna se permitiu um pequeno sorriso enquanto observava os corpos daqueles que ela matara, no fundo não sentia nem um pouco de remorso pelo que fizera, na verdade sentira um certo prazer ao saber que estava matando aqueles malditos desgraçados que torturavam e abusavam de pessoas inocentes. Harry estava certo, os comensais mereciam a morte, eles não passavam de animais sujos e cruéis, todos eles deviam morrer.

- Quem é você e porque nos ajudou? – um dos Cavaleiros da Luz se adiantou e perguntou tirando Luna de seus pensamentos.

- Eu me chamo Selene e estou sob as ordens de Azrael. – revelou Luna e viu o choque e o medo se espalhar pela face dos Cavaleiros, mas ela continuou não ligando para as expressões incrédulas e atordoadas dos Cavaleiros – A partir de hoje a Grécia pertence ao Panteão, serão bem vindos a se juntarem a nós se assim desejarem, caso contrario poderão partir para outras regiões que o Império da Luz domina.

- O que? – um dos Cavaleiros perguntou atordoado com o que acabara de ouvir – Não podemos simplesmente ir embora, a maioria de nós possue família aqui.

- Acredito que saibam que os territórios que Azrael domina são impenetráveis e seus escudos protetores são fortalecidos diariamente. – falou Luna pensando no que Harry revelara a eles sobre a proteção dos lugares que agora estavam sob o domínio dele, os escudos eram fortalecidos sempre que o moreno aumentava seus poderes o que acontecia diariamente segundo o que ele contara e iam ficar ainda mais poderosos depois daquela batalha, pois tinha certeza que o moreno se superaria ainda mais naquele dia. - Não precisam se preocupar, suas famílias serão protegidas por Azrael e creio que elas estarão mais bem protegidas do que se estiverem sob a proteção do Velhote do Dumbledore. Pensem, vocês tem alguns minutos para se decidirem.

Depois de falar Luna se dirigiu para onde Hugo ainda lutava ferozmente com o Cavaleiro das Trevas. ao contrario de Luna, Hugo estava tendo a maior dificuldade para vencer o Cavaleiro das Trevas, ele tinha de admitir que o cara era tremendamente poderoso e se tivesse se encontrado com aquele cara antes do treinamento que recebera do irmão, com certeza seria massacrado em um segundo, mas não ia desistir só por que o cara era grande e mau.

Logo que viu Luna se afastando para enfrentar os comensais da morte que lutavam a certa distancia dali, Hugo concentrou-se totalmente no adversário como Harry ensinara e esqueceu qualquer outra coisa que estivesse em sua cabeça. Defendeu-se de vários golpes seguidos do Cavaleiro, mas infelizmente acabou sendo atingido algumas vezes, agora entendia o que Harry enfrentara em Hogsmeade e pela primeira vez em toda a sua vida sentiu um orgulho imenso de ser irmão de Harry Potter.

- É somente isso que você tem pra mostrar garoto? – debochou Marcus olhando divertido para Hugo que sentiu algo borbulhar dentro dele, sabia que estava sendo provocado e ninguém provocava um Potter e saia impune.

- Vá se ferrar idiota. – disse Hugo e partiu pra cima do Cavaleiro atacando pela primeira vez, desde o momento em que começara a lutar contra Marcus ele apenas se defendera, mas agora estava na hora de fazer uma pequena demonstração do que aprendera com o irmão.

A velocidade que Hugo usou para atacar Marcus era monstruosa e o Cavaleiro mal teve tempo para bloquear os dois primeiros golpes que visavam sua cabeça, portanto foi brutalmente atingido na altura das costelas no terceiro golpe desferido por Hugo e a partir desse momento Marcus recebeu uma seqüência violenta de socos e chutes que atingiam em cheio o alvo, por fim Hugo acertou um chute no estomago de Marcus que foi arremessado por cerca de vinte metros antes cair estatelado no chão respirando rapidamente, mas para surpresa de Hugo o Cavaleiro riu.

Marcus nunca sentira-se tão bem em toda a sua vida, porque tirando os próprios Cavaleiros que treinavam entre si ele nunca enfrentara alguém com um nível tão elevado de poder, nem mesmo Dumbledore se comparava com aquele garoto ou seja quem ele era, não se importava, ele era poderoso e Marcus queria lutar com ele até a morte. Por isso riu, afinal não era todo dia que se encontrava alguém com aquele nível de poder e ele tinha a impressão que aquela mulher que chegara com ele podia ser ainda mais poderosa.

Marcus levantou-se devagar sentindo seu corpo protestar devido aos golpes sofridos, mas seu sangue estava borbulhando tamanha a vontade e intensidade com que ele queria lutar, era algo mais que insano. Sorrindo Marcus sacou uma espada longa da bainha, a lâmina era acinzentada e o cabo avermelhado dava um ar fantasmagórico a bela arma, não se preocupou em olhar para o tal Ares, podia sentir o local exato onde a presença dele estava então avançou com rapidez na direção daquele que se provava merecedor de enfrentá-lo.

Hugo observou curiosamente o Cavaleiro se levantando e meio que se espreguiçando como se estivesse um pouco dolorido e sorriu com aquilo, mas seu sorriso sumiu ao perceber que o Cavaleiro ria e logo depois havia sacado uma espada longa e em estilo celta. Não se importando muito com aquilo Hugo sacou sua varinha e realizando o feitiço que Harry lhe ensinara transfigurando sua varinha em uma reluzente espada de cabo negro com a lâmina tão negra quanto a noite, o que o surpreendeu levemente, mas deixando aquele pequeno detalhe de lado o garoto avançou indo de encontro ao Cavaleiro e cruzando sua espada com a dele.

Logo eles travavam uma luta ferrenha e bastante equilibrada com ambos se estudando e sendo cuidadosos ao mesmo tempo em que atacavam com ferocidade e violência. Hugo lembrou-se das aulas de esgrima com Harry e passou a trabalhar as variações dos golpes alternando em variados estilos de golpes ora usando ambas as mãos e outra vez atacando com a espada invertida e as vezes meio cruzada na frente de seu corpo, o que deixava Marcus sem saber exatamente o que esperar para o próximo golpe.

Hugo finalmente conseguiu vencer o bloqueio do Cavaleiro e atingiu-o na altura da cocha esquerda, o golpe produziu um rasgo fundo que imediatamente começou a sangrar em abundância e enquanto comemorava silenciosamente Hugo quase foi atingido em cheio no peito, sua sorte foi que seus reflexos eram excelentes por causa do quadribol e ele conseguiu dar um passo para trás provocando apenas um risco na diagonal de seu peito.

- Ora Ares, eu esperava mais do deus da guerra. – debochou Marcus tentando desconcentrar o garoto, havia percebido que ele era muito bom em esgrima e dificilmente o venceria daquela maneira, por isso tentou uma tática subversiva.

- Eu não sou o deus da guerra. – retrucou Hugo arrancando um sorriso involuntário do Cavaleiro que desapareceu quando o garoto conseguiu furar novamente a guarda de Marcus e conseguiu cortar o braço esquerdo dele – Sou muito melhor do que ele.

- Apenas em seus sonhos. – retrucou o Cavaleiro e então concentrou todo o seu poder e afastou-se rapidamente do garoto e erguendo ambas as mãos após ter colocado a espada na bainha em sua cintura, o Cavaleiro proclamou com um sorriso diabólico no rosto que fez Hugo engolir em seco ao sentir tanta magia concentrada – Extinction.

Hugo arregalou os olhos, mas se controlou a tempo antes que o medo o dominasse e concentrando seu poder ergueu ambas as mãos enquanto sua espada voltava a ser uma varinha. Proferindo palavras em uma língua antiga e movendo as mãos como se estivesse fazendo símbolos no ar, logo depois uma espécie de escudo de cor alaranjada circulou o garoto e projetou-se contra o feitiço de extinção que Marcus lançara.
Assim que os feitiços entraram em contato Hugo soube que não era poderoso o bastante para suportar aquele ataque e foi com surpresa que ele viu um segundo escudo, só que esse amarelo da cor do sol, erguer-se e se juntar ao seu. Ambos os escudos foram fortes o bastante para repelir o feitiço de extinção o que fez o Cavaleiro das Trevas engolir um grito de fúria e somente naquele momento percebendo que ele era o único daqueles que haviam chegado a ilha para atacá-la em nome de Voldemort que ainda estava vivo naquele lugar.

- Nos encontraremos novamente Ares. – o Cavaleiro declarou quando sentiu que não venceria aqueles dois estando sozinho, não era um covarde, mas sabia quando a possibilidade de vitória era nula, afinal sentira na pele o poder de um deles, tinha certeza que não suportaria muito tempo lutando contra aqueles dois.

- Maldito. – gritou Hugo assim que viu o Cavaleiro desaparecer, não conseguira vencê-lo sozinho, precisara da ajuda de Luna para suportar o ataque que ele desferira contra si mesmo. – Que droga, eu devia ter conseguido vencê-lo.

- Calma Ares. – Luna falou próxima de Hugo que olhou para ela com a cara amarrada e a garota pareceu se divertir levemente – Não se preocupe, em breve você será forte o bastante para vencer aquele Cavaleiro sozinho. Lembre-se, hoje foi apenas nosso teste e acredito que nós dois passamos, agora vamos lançar as proteções ao redor da ilha como o Azrael nos ensinou.

- E eles? – perguntou Hugo olhando para o grupo de Cavaleiros da Luz que olhava para eles muito interessados.

- Não se preocupe com eles, Azrael decidirá o que fazer com aqueles que não quiserem se aliar a ele. – falou Luna e em seguida acompanhada por Hugo elevou suas mãos para o ar e murmurou algumas palavras em uma língua tão antiga quanto as areias do tempo, logo luzes de todas as cores partiam dos dois e rodeavam toda a ilha, depois de dois minutos finalmente a proteção estava completa e ninguém entraria ou sairia daquela ilha sem a permissão de Harry – Agora basta esperarmos que Azrael termine sua batalha e lance a proteção por toda a Grécia.

Mal Luna terminou de falar e uma voz profunda e sombria encheu a mente de todos os habitantes que estavam espalhados pelo território grego, incluindo os comensais que ainda estavam vivos e os Guerreiros da Luz de outros países que haviam ido em auxilio dos Gregos.









N/A: Ei galera, foi mal parar o capitulo no meio da batalha e não mostrar os outros lutando, mas se eu colocasse todos eles o capitulo iria ficar muito grande e eu precisaria de mais alguns dias para postar, por isso eu o dividi em dois, espero que entendam. Abraços a todos.

Agradecimentos especiais:

Anderson potter: oi cara, é isso ai, eles ficaram direto na sala precisa e eu sei que ela não fornece comida e nem nada orgânico, mas eu decidi ignorar esse detalhe na minha fic, apenas para deixar as coisas mais simples. Concordo com você, Professor Potter foi dolorido de engolir, mas foi bem feito. Abraços cara.

TiuToddy: ei fera, seria bem simples não é, Voldemort chegar detonando tudo e estraçalhar o velhote e depois o Harry acabava com o Tio Voldy, até que não é ma idéia. Mas quem vai detonar o Dumbledore vai ser o Harry e ninguém mais, bem, talvez a Sarah. E o lance do Harry e da Sarah ta esquentando e acho que logo pinta alguma coisa, porque o clima já rolou. Abraços.

Artur Soares Scalassara: que bom que gostou do capitulo anterior cara, espero que esse capitulo esteja bom, mas o próximo vai estar melhor porque o Harry vai detonar tudo, a Sarah também. O dumbledore vai só mesmo querer chantagear o Harry usando a Sarah, mas vai se arrepender amargamente disso. Concordo com você, o velhote tem que apanhar bastante e ele vai sofrer muito antes de morrer, isso eu garanto e obrigado pelos elogios. Abraços.

Trinity: realmente o capitulo anterior não teve muita ação, mas esse já teve muita batalha e o próximo vai ser ação pura, do começo ao fim. Como deu pra notar, os amigos do Harry foram com ele pra batalha como Azrael e também ganharam alguns nomes poderosos de brinde, o que será que os verdadeiros deuses vão achar disso? Quero só ver... agora a parte, o capitulo de Herdeiros ficou demais, eu queria ter mais tempo e poder escrever capítulos maiores, mas eu to me esforçando e quem sabe, por enquanto esse aqui é o maior capitulo até agora. E talvez o próximo seja maior ainda. Beijos.

¢£³ Deco: A Sarah ta bem interessada, só que o Harry ainda não percebeu que ela está muito atraída por ele, mas as coisas vão mudar. O Harry vai sim tomar uma atitude e logo, não sei se vai ser já no próximo por que tudo o que eu tenho planejado é a continuação da batalha, mas quem sabe... concordo com você na parte das mães cara, afinal elas são sempre superprotetoras, a relação da família do Harry ficou um pouco tumultuado, mas no fim eu consegui passar o que eu queria na relação entre pai e filho que vai dar o que falar ainda... espero que tenha gostado da reação dos amigos do Harry, quanto a SAm, ainda não consegui explorar esse lado, mas vou aproveita-la nos próximos capítulos onde ela descreve sua aproximação com o Draco... O próximo capitulo vai ser ação pura fera. Abraços e até a próxima.

Kalih: espero que tenha gostado da confusão que a aparição do Draco gerou, bem que os garotos ficaram revoltados, mas o Harry contornou a situação e dominou a parada, não deixando que eles brigassem. Nos próximos capítulos vai ficar mais evidente a convivência entre o sonserino e os outros. No próximo capitul ao Sarah vai ter um momento só dela no meio da batalha onde ela vai mostrar por que Harry a denominou como Hel, coitado de quem cruzar o caminho dela... Quanto a relação de família, aquela cena ficou muito parecida com o que eu imaginei da briga entre eles, não quis colocar uma reconciliação tão rápida e posso garantir que o Tiago vai precisar correr e muito para não perder de vez as chances que ainda tem com o Harry. Beijos.





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