Capitulo 3 – Lágrimas de um Gu

Capitulo 3 – Lágrimas de um Gu



Capitulo 3 – Lágrimas de um Guerreiro

Há dezesseis anos o grande Lorde Voldemort havia caído perante um bruxo, chamado Harry Potter. Ninguém sabia exatamente como o menino derrotara o bruxo uma vez que ele ainda era um bebê e ninguém presenciara o ocorrido, muitas teorias diferentes correram entre os bruxos, cada uma mais fantasiosa do que outra. Quando Harry Potter estava terminando seu primeiro ano em Hogwarts, o lorde das trevas retornou ao tomar posse da desejada pedra filosofal, que estava escondida na escola de magia e bruxaria de Hogwarts.
Mas havia uma grande diferença entre esse novo Lorde Negro com o que caíra dez anos antes, os bruxos imediatamente perceberam que ele estava mais poderoso do que nunca, talvez uma dádiva concedida ao Lorde ao tomar do elixir da vida. Ele voltou com sede de sangue e querendo vingança, como não conseguiu pegar Harry Potter, uma vez que a família do menino escondia-se muito bem, e enquanto ele estava em Hogwarts era praticamente impossível atingi-lo, o Lorde Negro concentrou suas forças em seu plano de dominar o mundo.
Quando a guerra se alastrara pelo mundo, o tão temido bruxo das trevas, Lorde Voldemort, espalhou seu poder pelos quatro cantos do mundo, mergulhando o mundo em uma nova era de guerras. Destruiu lares, despedaçou família inteiras, conquistou dezenas de países, destruiu as esperanças de muitas pessoas, mas ainda conseguiam resistir bravamente.
O crescimento do poder do Lorde das Trevas desde que ele retornou foi tão grande que a dois anos os bruxos não eram mais segredo para os trouxas, agora eles sabiam da existência do povo mágico e ambos haviam se unido perante um inimigo em comum. Os líderes de todos os países livres do domínio de Voldemort se uniram formando o Império da Luz, a fome de conquista do lorde era tamanha que aquela já era uma guerra mundial e o confronto do Império da Fênix, como era popularmente conhecida por causa do seu fundador e líder dela Alvo Dumbledore, era algo que se opunha totalmente e lutava pela liberdade e para a queda do Império das Trevas, como era mais conhecido o domínio onde Voldemort era uma espécie de Deus.
Apenas um lugar no mundo inteiro era seguro o bastante, pois em meio as batalhas, Lorde Voldemort e Alvo Dumbledore, depois de “conversas” cautelosas, ambos os lados declararam a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, bem como todas as outras escolas de magia do mundo, eram lugares intocáveis ou neutros, ninguém deveria interferir nas escolas e a segurança dos alunos era a prioridade, os alunos não sofreriam represálias de nenhuma parte sendo eles filhos de comensais, de aurores ou mesmo membros dos chamados Rebeldes, aqueles que não aceitavam se aliar nem a Voldemort e nem a Dumbledore, eram como uma força independente.
As recentes batalhas haviam sido traiçoeiras e fatais para ambos os lados, embora nenhum dos lados pense em desistir de seus ideais, o idealismo de Pureza do Sangue Bruxo por parte de Voldemort e seus comensais, rivalizava de maneira acirrada com o ideal de paz e liberdade dos membros do Império da Luz nas escolas de magia pelo mundo afora. Era um dos fatores que mais ocasionava confusão e desentendimento entre alunos, pois eram pessoas de todos os lados da guerra estudando e convivendo em um único lugar, não haviam incidentes graves, no entanto.
Em Hogwarts a maioria dos aliados e membros de famílias das trevas estavam na sonserina, casa que pertencera ao Lorde Negro, mas podia se encontrar os mesmos partidários das trevas entre lufa-lufas, corvinais e grifinórios, a única coisa que superava a rivalidade que existia entre ambos os lados entre os alunos era o quadribol. O campeonato de quadribol, assim como a Taça das Casas eram muito disputadas, nesse ponto era o único momento em que não importava em que lado se estivesse na guerra, cada casa queria se provar a melhor e lutavam até o fim para isso, as amizades que são formadas nas escolas de magia do mundo tem de ser esquecidas quando saem para o mundo real que é a guerra.
Os trouxas haviam sido escravizados nos paises onde Voldemort dominava, ele não queria mais extermina-los, uma vez que descobrira a utilidade de ter escravos para ele se divertir, a destruição, a fome, a morte e a ruína espalhava-se, enquanto os comensais da morte se portavam como os soldados do Lorde Negro, eles viviam com tudo que era do bom e do melhor, escravas mulheres para se divertirem, enquanto lutavam pelos ideais de seu mestre, pelo nome dele e pela pureza bruxa. As pessoas dos países conquistavam estavam amedrontadas demais sequer para fugir e apenas obedeciam enquanto o lorde desfilava pelas ruas de seu império soberano e poderoso. O centro do Império das Trevas eram os Estados Unidos, lugar que Voldemort escolhera por ser o centro mundial do capital econômico e a maior potencia mundial em tecnologia e armamento, além do vasto território, que era todo protegido por milhares de feitiços protetores lançados pelo próprio Lorde das Trevas, era um lugar considerado impenetrável, uma vez que nem Alvo Dumbledore tinha poder suficiente para destruir as barreiras protetoras que Voldemort impusera. Ainda faziam parte do território do Lorde grandes potencias mundiais como Bulgária, todo o continente da Oceania, Japão, Índia, China, Rússia, França, Alemanha e todo o resto do continente Americano.
O Império da Luz tinha sua sede principal na Inglaterra, era onde ocorriam as principais decisões sobre as táticas de guerra e as missões. Não existia mais um ministro da Magia, todos os países aliados ao Império da Luz eram governados por um único líder, cada sede da aliança possuía um representante, que falava em nome dos habitantes e respondia diretamente ao líder do Império da Luz, assim eles decidiam o que era melhor para os habitantes de determinado lugar e as defesas para a sobrevivência do povo.
O líder do Império da Luz era ninguém menos que Alvo Dumbledore, o único homem que o Lorde Negro já temera em sua longa existência, embora nas ultimas batalhas o Lorde Negro tenha levado clara vantagem nos confrontos em que ambos travaram.
Alguns poucos sobressaíam-se em meio a guerra, nomes que davam medo a muitas pessoas de ambos os lados, o nome de James Potter, Lílian Potter, Sirius Black, Remus Lupin, Alastor Moody, Nymphadora Tonks, eram alguns poucos exemplos de guerreiros valorosos e poderosos que se destacavam do lado do Império da Luz. Entre os representantes do Império das Trevas claramente destacavam-se Belatriz Lestrange, Lucius Malfoy, Carlos Macarthy, Reynold Wilson e Flinch Tompsom, poucos exemplos dos guerreiros que mais destacavam-se entre todos, além é claro de Alvo Dumbledore e Lorde Voldemort. Eram nomes dignos que seriam lembrados durante muito tempo, até mesmo depois da morte deles.
Com a união dos governos trouxas e bruxos, muitos aparelhos eletrônicos passaram a ser usados também por bruxos. A tecnologia trouxa uniu-se a magia e os aparelhos haviam sido melhorados, aumentando o alcance, a durabilidade e a praticidade de muitos aparelhos. Bruxos agora usavam celulares para conversarem ao invés de corujas, embora essas ainda fossem utilizadas. Outros aparelhos que fizeram muito sucesso com o povo mágico foram os notebook, os Ipod’s e principalmente os aparelhos de Mp3.
A guerra pendia para o lado das trevas, Voldemort expandia seu domínio cada vez mais, conquistando pequenos países, as sombras do poder dele encobriam mais da metade do mundo, dando claramente um enfoco superior ao lado das trevas que vencia a guerra a passos largos.
Essa era a atual situação do mundo, um mundo prestes a eclodir.
O que ambos os lados dessa guerra não sabiam é que algo extremamente importante estava para ocorrer, algo que fora decidido pelos deuses. Eles não sabiam ao certo o que aconteceria dali para frente, mas tinham certeza de que estavam fazendo o que era certo.
O destino dos humanos agora era incerto, um guerreiro estava para ressurgir das cinzas, muitos gritariam seu nome em júbilo, enquanto outros ficariam aterrorizados somente com a menção de seu nome e correriam de sua presença como um condenado foge da cruz.
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Em uma cabine do Expresso de Hogwarts, que movia-se em direção a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts a todo vapor, um moreno de olhos verdes encontrava-se dormindo, estava sozinho na cabine que ele havia trancado com magia, pois queria ficar sozinho, essa era sua personalidade, sempre sozinho e frio.
O garoto possuía cabelos negros como a noite, que eram despenteados, seu corpo era o de um garoto normal, era alto, mais ou menos um metro e oitenta e cinco de altura, ele fazia muito sucesso com as garotas de Hogwarts, embora fosse reservado e quieto na maior parte do tempo, os boatos sobre suas proezas amorosas corriam soltas pelas bocas femininas que diziam já haver provado da pegada do moreno. Embora metade do que diziam fosse mentira, o garoto realmente merecia a fama que lhe era atribuída, uma vez que ele não se fazia de rogado quando uma garota dava em cima dele.
É obvio que estamos falando do tão conhecido menino-que-sobreviveu, Harry Potter.
Em meio ao silencio da cabine, onde tudo que se ouvia era o som do motor do trem, um vórtice negro apareceu do nada a frente do moreno, a mais ou menos dois metros do chão, um fio entre vermelho sangue e negro como a escuridão saiu de dentro do vórtice e grudou no peito do moreno, seu corpo começou a levitar e então algo aconteceu, o garoto pareceu despertar, ou melhor apenas abriu os olhos que estavam desfocados e aparentemente sem vida, e então passou a gritar desesperadamente, seu corpo sentia uma dor tão profunda que superava qualquer uma que ele sentira em sua vida.
Uma onda opressora e forte de energia desprendeu-se do vórtice negro, o fio vermelho e preto saiu completamente do vórtice e parou a centímetros do corpo do moreno que ainda flutuava, uma espécie de corpo começou a aparecer do nada, logo um corpo parecido com um fantasma flutuava, e de repente os corpos uniram-se, uma fumaça espessa envolveu o corpo do garoto, uma fumaça negro avermelhada que passou a ser sugada pelo corpo do adolescente. Uma onda de poder e energia maciça percorreu o corpo do jovem passando pelas paredes da cabine do expresso, destruindo as barreiras protetoras que o moreno havia provocado e expandindo-se para todos os lados.
Uma presença poderosa e selvagem se fez presente pelo mundo todo, todos sentiram o novo poder despertado, e muitos se arrepiaram com o que sentiam transparecer pela presença, selvagem, fria e cheia de sede de sangue.
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O moreno estava ajoelhado ao chão respirando ruidosamente, estava paralisado pelo cansaço, seu corpo estava dolorido, o que quer que a Deusa fizera tinha sugado suas energias. Lembrara-se da dor que sentira ao aparecer naquele mundo, fora maior do que qualquer coisa que já sentira, maior que as torturas pela maldição cruciatus que recebera do próprio Voldemort.
Levemente cambaleante pôs-se de pé e então sentou-se no banco, precisava descansar. Olhou para seu corpo e reparou que estava com uma roupa diferente da que lembrava, não usava mais jeans e camiseta, estava usando um sobretudo negro por cima de uma camiseta vermelha e uma calça esporte preta, seu corpo parecia ser o mesmo de seu mundo, não pensou muito nisso, não era importante.
Percebeu que estava em uma cabine do expresso, não sabia nada desse lugar...
Porém antes que o moreno terminasse seus pensamentos uma torrente de imagens começaram a aparecer diante de seus olhos, era como se uma vida inteira de lembranças simplesmente passasse diante de seus olhos. Um segundo depois Harry percebeu que eram memórias do seu eu daquele mundo.
Forçando a mente, Harry procurou filtrar as imagens para que fosse algo mais coerente. O que ele descobriu. No entanto, o fez desejar jamais ter lembrado de nada.
Harry descobriu que na noite do ataque que ele sobrevivera de Voldemort, seus pais estavam fora em uma reunião da ordem, ele havia ficado sozinho com os dois elfos domésticos que havia na casa, ambos haviam sido mortos pelo lorde ao tentarem protege-lo.
Desde pequeno Harry era diferente, em todos os aspectos. Quando estava para completar dois anos, seus irmãos nasceram, um casal de gêmeos, Samantha e Hugo, e foi aí que as coisas mudaram. Na verdade, tudo havia mudado após o ataque sofrido, Harry havia mudado, antes era uma criança comunicativa e brincalhona, que adorava se divertir, mas que tornou-se arredio após o incidente, não gostava mais de brincar, ficava apenas sentado a um canto observando tudo com olhos verdes inexpressivos e distantes.
Seus pais tentaram de tudo para fazer com que ele brincasse, mas depois do nascimento dos gêmeos eles ficaram ocupados demais, Harry acabou por ficar um pouco de lado. Com o passar do tempo ficou claro a diferença entre as crianças, os gêmeos eram brincalhões e adoravam qualquer farra, diferente de Harry que era quieto, aos poucos o moreno foi começando a entender melhor as coisas que aconteciam ao seu redor.
Quando completou sete anos ele foi matriculado na escola trouxa, desde então a vida do moreno mudara. Assim que aprendera as ler as primeiras letras e palavras, Harry forçou-se a melhorar, quando estava em casa ele usava livros de magia e começava lendo-o aos poucos, com o passar dos meses ele já conseguia ler com facilidade e então passou a estudar magia.
Como ainda faltava tempo para ir para Hogwarts, Harry apenas estudava pelos livros que haviam na biblioteca de casa, sua obsessão por conhecimento cresceu de maneira rápida, tornando-se freqüente o moreno passar o dia inteiro na biblioteca ou embaixo de uma arvore no jardim apenas lendo.
Lia de tudo, lendas bruxas, compêndios dos maiores bruxos de todos os tempos, livros que falavam de Hogwarts e de outros lugares mágicos pelo mundo, e também de leis bruxas.
Quando completara dez anos passara a ler os livros que eram usados no primeiro e segundo ano em Hogwarts, que eram dos tempos de seus pais. Entre eles, seus preferidos foram o de poções, DCAT e transfiguração. Tanto que passou a ler outros títulos sobre o assunto no decorrer dos meses.
Na viagem para Hogwarts ele estava ansioso, queria que seus pais sentissem orgulho dele, havia anos que procurava ser melhor e mais inteligente para receber um pouco da atenção deles, mas seus pais eram pessoas ocupadas e ainda havia os gêmeos que eram menores, no final das contas ele acabava negligenciado, fora sempre assim desde que os gêmeos nasceram.
Porém sua ansiedade foi substituída por surpresa e incredulidade quando o chapéu seletor o selecionou para a Sonserina. Não fora apenas ele que ficara surpreso, mas todos se surpreenderam, pois sabiam que os Potter eram membros da casa dos leões a centenas de gerações e ele, Harry Potter, era o primeiro Potter a ir para a casa das serpentes.
Foi aí que o verdadeiro inferno começou em sua vida. Quando retornou para casa, seus pais não estavam na estação como ele imaginara, estavam esperando em casa. Ao chegar em casa uma simples olhada para seus pais e ele soube, estavam decepcionados, embora sua mãe conseguisse superar a decepção e abraça-lo, seu pai não parecia ser forte o suficiente e apenas acenou para ele dando as boas vindas. O moreno sentiu seu coração sangrar ao saber que seu pai estava ainda mais decepcionado com ele, sempre tentara merecer um pouco da atenção dele em sua vida, mas a situação ruim piorou quando seus irmãos entraram pela porta dos fundos que dava para o jardim. Hugo ao ver o irmão, foi logo debochando, o chamando de ovelha negra dos Potter, Harry sentiu-se ainda mais pequeno e inferior dentro daquela casa, sua mãe era a única que conseguia superar sua indiferença e penetrar em sua armadura.
Era seu único consolo naquela casa, embora seu pai e seus irmãos não fossem maldosos, ele sabia que eles apenas suportavam sua presença, pelo menos seus irmãos, seu pai ele entendia, era orgulhoso ao extremo e parecia não conseguir admitir um membro da casa das serpentes em casa. Foi nesse dia que Harry desistiu de querer que seus pais sentissem orgulho dele, talvez sua mãe, mas suas prioridades haviam mudado.
Outro ponto entre eles fora o quadribol, Harry não ingressara no time de quadribol sonserino por medo do pai odiá-lo mais ainda, uma vez que sabia que a paixão dele era o qudribol. As diferenças apenas aumentaram quando Hugo tornou-se apanhador da grifinória e Samantha artilheira, Harry tornara-se um excluído.
Nos anos seguintes ele se jogara de corpo e alma aos estudos e depois as garotas, Severo Snape parecia adora-lo tanto quanto o seu queridinho Draco Malfoy, que aliás era seu único amigo em Hogwarts. Harry sabia que era por que ele odiava seu pai, e como ele e o pai não se entendiam, ele fazia de tudo para fazer seu pai sofrer ainda mais.
A imagem de sua família perfeita quebrou-se em sua mente, aquilo que ele mais desejara e que estivera presente em seus sonhos mais secretos estava destruído. Lembrou-se das palavras de Hades e do aviso que ambos os deuses lhe deram, eles tinham razão, as conseqüências eram grandes demais e muito doloroso. Sem que ele percebesse uma lágrima escorreu pelo canto de seu olhos.
Ato contínuo outras grossas lágrimas de dor e desilusão a seguiram, ele estava arrasado. Seus sonhos perdidos, seu mundo acabara de desmoronar, ele não sabia se conseguiria continuar depois disso, como veria seus pais e não se emocionaria, como ele ocultaria seus sentimentos ao ver pessoas que ele sempre quis conhecer.
Havia apenas uma solução, e era aparentar indiferença, ele era bom nisso, sua oclumência o ajudaria nesse ponto, seguiria em frente. Não demonstraria nada a ninguém, lutaria na guerra e venceria dessa vez. As imagens da última batalha vieram a sua mente, cenas que ele fazia questão de não esquecer mais, pois elas o tornariam mais forte e poderoso naquele mundo, onde faria o possível para que aquilo não acontecesse de novo, para que seus amigos continuassem vivos mesmo que estes não o estimassem nesse mundo, faria como Baha dissera, iria conquistar a amizade deles. Estava tão concentrado em seus pensamentos que não percebeu sete pares de olhos curiosos olhando da porta da cabine que se abrira após a onda de energia que desprendera-se do corpo do moreno.
Limpou as lágrimas do rosto com um gesto brusco e violento, havia quebrado sua promessa de nunca mais chorar, se certificaria de não precisar quebra-la mais, era um guerreiro e dessa vez as coisas seriam do seu jeito.
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Gina Weasley havia acabado de se acomodar em uma cabine do expresso de Hogwarts, onde também encontravam-se seu irmão Rony, a namorada dele Hermione Granger, sua amiga Luna Lovegood, Neville Longbottom e seus amigos Hugo e Samantha Potter.
Enquanto olhava distraída a paisagem lembrou-se vagamente de Rony e Mione, como eram diferentes de agora. As brigas eram lendárias, as discussões feias e todos saiam da frente quando estavam discutindo, até que um dia no ano anterior eles ficaram presos em uma detenção juntos e acabaram se acertando, não foi uma surpresa para todos uma vez que Hogwarts inteira sabia que ambos se amavam.
No meio da viagem a ruiva é tirada de seus pensamentos por uma energia poderosa que passou pela cabine deles, fazendo seu corpo ficar arrepiado. Olhou para a amiga e perguntou.
- O que foi isso?
Samantha balançou a cabeça negativamente e olhou para o irmão gêmeo que também estava perdido. Rony havia caído do banco e estava massageando o local atingido, Neville também balançou a cabeça em negação, Hermione tinha uma expressão pensativa e Luna parecia estranhamente alheia ao que estava acontecendo.
Um a um eles levantaram-se e saíram da cabine, encontrando outros alunos curiosos pelos corredores do expresso. Quase ao fim dos vagões passaram por uma cabine que estava com a porta aberta, mas diferente das outras pessoas, o ocupante dela não havia saído para ver o que acontecia. Vendo de quem se tratava fez um sinal de silencio para os companheiros e prestou atenção ao moreno de olhos verdes que se encontrava sentado olhando para o nada.
Espantada percebeu lágrimas rolando pelo rosto do garoto, e se ela não estivesse enganada podia ver nos olhos dele que eram lágrimas de dor e algum outro sentimento que ela associou a desolação. Olhou para os companheiros e percebeu no rosto deles o mesmo choque e incredulidade que deveria estar estampado em seu rosto.
Simplesmente era difícil acreditar que o garoto mais frio e distante que ela já conhecera em sua vida, não era tão frio e vazio de sentimentos como ela pensava. Ele parecia estar sofrendo muito, como se tivesse perdido algo muito precioso, alguma coisa despertou em seu peito, um sentimento que ela julgara já ter esquecido, mas que reacendera ao ver aquele garoto sofrendo com tanta intensidade. Uma louca vontade de entrar na cabine e conforta-lo se desprendeu de Gina, não sabia porque, mas queria vê-lo bem.
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Mal Harry refez sua convicção e percebeu que era observado, foi instintivo e ele estava pronto para atacar quando percebeu a presença deles.
Virando os olhos, que estavam levemente úmidos, Harry deparou-se com seus amigos e mais duas pessoas que ele identificou imediatamente. Passando os olhos por eles o moreno reparou que eles estavam um pouco diferentes do que se lembrava.
Gina estava com os mesmos cabelos cor de fogo, olhos redondos e bonitos da cor do Whiky envelhecido, a pele era branca e o rosto povoado de algumas sardas, o que sempre havia dado algum charme a ela, já usava as vestes de Hogwarts, apenas olhando percebi que ela tinha o mesmo gênio forte de seu mundo.
Rony estava mais alto do que se lembrava, os olhos azuis vivos o olhavam de maneira crítica, também vestia as roupas da escola, o porte era mais desenvolvido também, como alguém acostumado a fazer exercícios. Hermione estava mais elegante e mais bem vestida, os cabelos não eram mais emaranhados e sim levemente cacheados, o que realçava seu rosto, as curvas suaves de seu corpo estavam destacadas pelo uniforme da escola.
Neville não parecia mais o garoto desengonçado, parecia mais confiante e orgulhoso, os cabelos negros estavam cortados bem curtos. Luna estava muito bonita também, seu corpo estava mais desenvolvido, as curvas mais chamativas, o cabelo loiro chegava a metade das costas e os olhos azuis nebulosos estavam fixos em si, o que Harry sabia que ela ficava linda quando estava séria e concentrada.
Harry olhou de relance para as outras duas pessoas, seus irmãos.
Samantha era linda, cabelos negros como os seus só que lisos, os olhos verdes esmeralda como os da mãe, a pele clara realçava sua beleza, o corpo já estava desenvolvido, o olhar levemente curioso sobre si, Harry viu em sua mente que ela o achava um enigma e que nunca conseguira entende-lo.
Hugo tinha cabelos castanho-avermelhados, uma mistura entre os pais, os olhos castanhos como os do pai, o porte atlético típico de um jogador de quadribol, o rosto orgulhoso olhava para si com uma expressão que lembrava a repúdio e indiferença.
Recuperando-se de seu leve estado de torpor o moreno levantou-se e caminhou em direção a porta da cabine parando bem em frente de onde os adolescentes estavam, em seguida fechou a porta com um gesto rápido. Ainda não estava certo de estar pronto para enfrenta-los, precisava de um tempo para por os pensamentos em ordem.
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Os garotos ficaram irritados com o gesto do moreno, Hugo esbravejava algo muito obsceno sobre o irmão, Rony o apoiava, já que ele odiava Harry Potter tanto quanto Draco Malfoy, os outros preferiram não comentar ou se expressar sobre o que viram.
Gina, porém, estava irritada pelo ato idiota de um garoto idiota. Quando chegaram próximo a cabine Gina disse aos amigos que já voltava e dirigiu-se ao banheiro, enquanto terminava de lavar as mãos a ruiva sentiu uma presenças atrás de si, mas mal pensou em virar-se e escutou uma voz gritando um feitiço estuporante, em seguida mergulhou no torpor e na mais completa escuridão.

N/A: Desculpem os erros de gramática, esse capitulo ficou mais como um reconhecimento de território pelo lado do moreno, uma espécie de adaptação com a nova realidade. No próximo muita ação. Me perguntaram sobre shipper pro Harry, garanto que haverá sim, ainda estou na dúvida sobre com quem eu o coloco, mandem a opinião de vocês. O que vocês querem? H/Hermione, H/Gina, H/Luna, Harry/P.O. ou qualquer outro, apenas dêem a opinião e farei o que tiver mais comentários.

Agradecimentos especiais:
Milton Geraldo da Silva Ferreira:
Leo_Lobo_Loko: ótimo saber que gostou, espero que aprecie o terceiro também. Eu sou fascinado por mitologia, meu hobby predileto é ler sobre o assunto, quase compete com escrever. Abraço.
Trinity: Puxa, já percebeu de quem eles falavam, eu estou curtindo escrever esse Harry meio divino, embora não vá haver o espírito do Deus em questão, apenas os poderes virão, desculpe se você esperava a reencarnação dele ou a própria presença do ser, mas vai ser bem bacana. Beijos.
Gabby Lupin: que bom que gostou, espero que continue lendo e comentando. Beijos.
¢£³ Deco: Esse capitulo ficou mais como uma adaptação a nova realidade, no próximo capitulo muita ação. Quanto a eu criar novos personagens, com certeza sim, os personagens criados sempre se identificam muito com o autor, e eu pretendo dar um toque muito pessoal neles. Abraço.
James V Potter: acho que o segundo capitulo respondeu sua pergunta, espero que aprecie. Abraços.


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