BRUXA MARAVILHA



Capítulo XIII


 


BRUXA MARAVILHA


 


      Naquela manhã de domingo, dia das mães, Hermione acordou em seu quarto, na casa de seus pais, e logo concluiu que Rony a havia levado até lá, depois que adormecera. Tinha que admitir que, apesar das diferenças entre eles, ele era um cavalheiro. Ainda não entendia bem o tinha acontecido com ela na noite anterior, aquele choro incontrolável... Rony queria que voltassem a ser amigos. “Por que ele não aceitava logo que precisavam ficar bem longe um do outro? Seria bem mais simples...” – pensou.


 


      Hermione lembrou-se dos Weasley e de como o dia anterior na casa deles havia sido divertido. Sentira saudade deles e estivera ansiosa por revê-los. Mas ao mesmo tempo algo a inquietava: algo que poderia acontecer entre ela e Rony e que deveria evitar de qualquer maneira. O fato de ainda se sentir atraída por ele era um problema que deveria resolver rapidamente. Conhecia bem a sensação terrível causada pela perda do amor. Não daria a ele uma segunda chance de repetir aquela atitude que tanto a magoara. Precisava proteger-se e muito, principalmente porque havia se sentido à vontade com ele ontem em alguns momentos.


 


      _ Isso não pode se repetir, Hermione! Definitivamente, não! – murmurou pra si mesma, espreguiçando-se. Olhou para o relógio sobre o criado-mudo e constatou: eram nove horas da manhã. Dormira demais, mas bem que ela estava precisando de uma longa e relaxante noite de sono. Fazia muito tempo que não se sentia tão bem. Sentia-se revigorada, exceto pelo leve ardor em seu pulso, no lugar onde as algemas haviam sido colocadas. “Será que Rony as levou com ele?” – pensou enquanto massageava o pulso dolorido.


 


      Levantou-se e correu para o banheiro. Tomou uma ducha e assim que acabou de se vestir ouviu alguém bater na porta do quarto. “Seria Rony?”


 


      _ Hermione querida! Chegamos! – Era sua mãe, constatou balançando a cabeça; claro que não poderia ser o Rony. “Que idéia, Hermione! Tire isso da cabeça” – Há uma pequena coruja aqui fora e acho que ela está querendo entregar alguma coisa pra você... Ela está fazendo um barulho terrível lá na sala.


 


      _ Olá, mamãe. Bom dia e Feliz Dias das Mães! Como está o papai? – falou Hermione abrindo a porta do quarto e abraçando a mãe.


 


      _ Seu pai está bem querida. Foi para o quarto tomar um banho e desfazer as malas. Você passa o dia conosco hoje?


 


      _ Claro que sim, mamãe. O dia e a noite. Só vou embora quarta-feira – Hermione beijou-a e saiu para ver a coruja. Era Píchi, a coruja de Rony, mas o recado era de Gina. Uma pontada de decepção vibrou em seu peito.


 


      _ Olá, Pichitinho! – disse ela, acariciando a pequena coruja enquanto lia o bilhete de Gina. Píchi a aguardava, emitindo pios de ansiedade e se remexendo inquietamente, como se quisesse levar uma resposta aos Weasley. Bichento apareceu, roçando-se em Hermione e começou a brincar com a coruja. Pelo visto, os dois se entendiam muito bem, diferente de seus donos.


 Mione, por favor, perdoe-me pelo que fiz ontem... por favor, por favor, por favor... Diga-me que vai me perdoar, sim? O Rony acha que você não vai mais querer saber de nenhum de nós. Não faça isso, por favor! Você sabe que só queremos o seu bem... Você ainda vai me ajudar com os preparativos do noivado, não vai? Diga que vai, por favor! Não me queira mal!


Gina.



P.S.: Rony pediu que dissesse a você que ele deixou um presente para sua mãe na sala.”


 


♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥


 


      Na Toca, Rony estava sentado no jardim aguardando ansiosamente o retorno de Píchi. De repente, alguém tocou-lhe o ombro. Era Gina que, dando um beijo em sua testa, sentou-se ao seu lado.


 


      _ Como está seu pulso, Rony?


 


      _ Ainda arde, Gina! Por que será que o Pichitinho está demorando tanto?


 


      _Ele é pequeno, Rony. E Hermione deve estar respondendo ao bilhete. Ela não vai deixar de nos dar uma resposta.


 


      _ Será? – perguntou Rony arqueando as sobrancelhas incrédulo – E acho que, depois do que aconteceu, ela não aparece mais aqui de jeito nenhum. Ontem ela só foi gentil e educada comigo porque não tinha outra opção...


 


      _ Não pense assim, Rony... ela ama você. Sabe disso...


 


      Ele já não acreditava nisso. Apesar do belíssimo dia de primavera e da animação na casa dos Weasley correr solta desde cedo, Rony estava acabrunhado e triste. Ainda nem havia tomado seu café da manhã. Estava pensando em tudo o que ocorrera no dia anterior e em todas as perguntas que aquela bruxa havia feito a ele depois que retornara para casa. Apesar de achar estranho, ele contou tudo o que se lembrava desde o momento em que tinha sido deixado sozinho com Hermione. Ninguém lhe explicou o porquê daquele interrogatório, só justificaram que Aeshma era quem havia dado as algemas a Gina. Muito cansado de tudo e de todos, pedira desculpas e fora se deitar.


 


      _ Rony, veja! Aí vem Píchi – exclamou Gina fazendo-o sair do transe em que se encontrava.


 


      Gina estendeu o braço para Pichitinho, mas Rony foi mais rápido e o alcançou primeiro. Havia realmente um bilhete de Hermione. Rony abriu-o apressada e ansiosamente, o coração aos pulos.


 


“Gina,


O que você fez foi muito grave e, para mim, não há o que perdoar. Você simplesmente não deveria ter  feito o que fez. Agora, porém, só me resta esquecer. Você não poderia ter forçado um encontro entre mim e seu irmão e achar que iria ficar tudo bem entre nós duas. Tudo isso foi uma grande tolice!


No entanto, vou cumprir com a minha palavra e continuarei mantendo contato com a loja de eventos e distribuirei os convites do seu noivado, mas não espere que eu compareça à festa. Desde já fique sabendo que não estarei presente em seu noivado. O que aconteceu foi demais para mim!


Por favor, diga ao Ronald que a mamãe adorou o presente dele e agradece.


Hermione.”


 


 


      _ Diga-me, Rony, o que ela escreveu? - pedia Gina enquanto espichava os olhos por sobre os ombros do irmão querendo ler o bilhete. Só que Rony era mais alto que ela...


 


      Ele nada lhe respondeu, apenas largou o bilhete no chão e entrou na casa, subindo para o seu quarto e trancando-se lá dentro. Gina leu o bilhete e não conseguiu impedir que uma lágrima de tristeza rolasse por sua face. Suspirou e vendo Harry chegar jogou-se em seus braços mostrando o bilhete de Hermione e contando-lhe o que acontecera.


 


      _ Acho que estraguei tudo, Harry! – disse Gina soluçando. Harry a apertou de encontro ao peito com um abraço enquanto lia o bilhete de Hermione.


 


      _ Acalme-se, Gina! Nós daremos um jeito deles se entenderem. Dá pra perceber que a Hermione está realmente muito zangada. Você sabe que ela sempre foi muito centrada em estudos e nunca tolerou muitas brincadeiras nem mesmo quando éramos crianças. Ela sempre foi a mais séria e equilibrada de todos nós! Eu vou consultar alguns aurores e outros bruxos experientes para verificarmos o que pode ser feito no caso deles.


 


      _ Mas Harry! Nem sabemos quanto tempo eles têm. Que poder maléfico a maldição das algemas trouxe para eles. Hoje mesmo o Rony me disse que seu braço ainda arde no lugar onde estavam as algemas... Temos que ver também como a Hermione está se sentindo.


 


      _ Gina, olhe pra mim! – disse Harry forçando-a a encará-lo e enxugando as lágrimas dos olhos dela – Não posso dizer a você quanto tempo eles têm ou o quê ainda pode acontecer, mas sei que tudo terminará bem – Harry falava mais para ele mesmo do que pra Gina. Queria acreditar nisso. Precisava acreditar! Lembrou-se, ainda, de uma frase que lera em algum lugar ou que alguém dissera para ele: “Tudo acaba bem. Se ainda não está bem é porque não terminou.” – Vamos entrar Gina, seus irmãos estão todos aí, inclusive o Percy. O Gui e a Fleur chegaram de viagem. Não vamos deixar sua mãe, preocupada, ok? Afinal hoje é um grande dia para ela e a casa está cheia! Eu vou conversar com o Rony e mais tarde você tem que voltar para Hogwarts. No próximo final de semana eu vou procurar a Hermione e conversarei com ela com mais calma, certo?  Agora dê um sorriso para mim – pediu Harry beijando suavemente os lábios da jovem ruiva que em breve seria sua noiva.


 


♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥


 


      O almoço transcorria bem na casa dos pais de Hermione. A casa estava bem arrumada. Sentia-se um suave perfume de rosas no ambiente. A mesa posta para três, muito bem decorada e com poucas travessas. Havia três tipos de talheres e outros três tipos diferentes de copos para cada um deles. Foi servida, de entrada, uma salada de folhas variadas com molho de manga e ovos recheados. Em seguida, veio o prato principal: Truta com crosta de amêndoas e Pesto de manjericão; arroz branco e um legítimo bourgogne chardonnay para acompanhar. De sobremesa havia um delicioso crumble.


 


      Comeram calma e silenciosamente. O silêncio era quebrado apenas pelo barulho dos talheres. Conversaram pouco à mesa. O pai de Hermione perguntou-lhe pela livraria e por sua nova casa. Ela respondeu que pretendia efetuar a mudança na quarta-feira e pediu ajuda à mãe.


 


      Os Granger não eram ricos, mas tinham requinte. Bem educados, tranqüilos e cultos, falavam vários idiomas e sabiam discorrer sobre quaisquer assuntos. Adoravam ler. Deles Hermione herdou o gosto pelos livros. Não eram pessoas insensíveis, mas o uso habitual da etiqueta fazia com que fossem considerados frios e distantes. Principalmente o Sr. Granger que era bem mais sério e concentrado do que a mãe de Hermione.


 


      A Sra. Granger percebeu que sua filha não estava bem. Questionada, Hermione respondera que não era nada, apenas um mal estar e que iria se deitar após o almoço. Realmente ela estava sentindo seu braço arder no lugar onde estiveram as algemas. “Vou usar um remédio trouxa daqui a pouco: gelo.” – pensou enquanto massageava o pulso. Esse ardor a fazia lembrar-se de Rony, seu outro mal-estar, e de que a festa devia estar bem animada na casa dos Weasley a esta hora... Muita gente e muito barulho... Nada de etiquetas... Ela aprendera a gostar disso. Era bem diferente da vida solitária que conhecia.


 


♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥



      _ Percy, passe-me o ensopado, por favor!


 


      _ Credo, Jorge, ainda vai comer?


 


      _ Não, irmãzinha! Estou pedindo o ensopado para tomar banho com ele.


 


      Gina respondeu mostrando a língua para Jorge e lhe fazendo uma careta bem feia Jorge jogou-lhe um pedaço de cebola cozida. Harry sorria enquanto mastigava.


 


      _ VOCÊS DOIS, PAREM COM ISSO! – gritou Molly. Arthur Weasley estava muito ocupado saboreando o que parecia ser um suculento pedaço de pernil assado - Parece que vocês ainda não cresceram! Estão piores do que quando eram bebês!


 


      _ Se você quiser mãe, a gente pode encolher – disse Fred – Já pensou? A gente com corpinho de bebê e essa cara barbada?...


 


      As risadas ecoaram pelo ambiente. Rony não participava da conversa, mas estava mais animado também. Resolveu comer um pouco. A comida de sua mãe era muito saborosa. Várias travessas e caçarolas espalhavam-se pela mesa. Era guisado de polvo com legumes, guisado de carneiro com ervas, ensopado de borrego, pastinaca, molhos, pães, assado de leitão, moranga recheada com frutos do mar, suco de abóbora, frutas, saladas, doces, sobremesas e bebidas para ninguém botar defeito. Carlinhos trouxera um barril de cerveja amanteigada da Romênia. Gui chegou com uma caixa de vinho francês, presente dos pais de Fleur.


 


      Rony olhou para Percy. Ele parecia feliz ali. A morte de Fudge havia quebrado o orgulho dele. Ninguém questionou sua chegada. Os Weasley eram assim. Estavam sempre dispostos a amar e perdoar. Correu os olhos pela mesa: seus pais, Gui e Fleur, Carlinhos, Percy, Fred e Jorge, Harry e Gina. Todos rindo e brincando. Era o dia do reinado da alegria naquela casa. E não seria ele que iria estragar o momento com sua tristeza. “Merlin! Como queria estar perto dela” – ao pensar nisso levou rapidamente a mão ao seu pulso, pois o ardor aumentou momentaneamente. O gesto não passou despercebido por Gina que olhou para ele, preocupada.


 


      _ Está se sentindo bem Rony? – perguntou Gina.


 


      _ Sim, Gina. Tudo bem – respondeu Rony tentando parecer o mais natural possível.


 


      - Cadê a Hermione, Rony? – perguntou Fred – Vimos que ela estava com vocês ontem, não é Jorge?


 


      _ É, É xim – respondeu Jorge com a boca cheia de carne de leitão.


 


      _ É por isso que você está com essa cara feia, maninho? O beijo dela deve ser azedo... Ela estava com uma cara de limão ontem, a Mionezinha! Quiá, Quiá, Quiá, Quiá, Quiá, Quiá, Quiá, Quiá, Quiá, Quiá! – insistiu Fred caindo na gargalhada e fazendo todos rirem.


 


      Gina não gostou nada e se levantou irritada. Harry segurou-a pensando que ela fosse lançar uma azaração contra Fred. Iria voar comida pra todo lado!


 


      _ PÁRA COM ISSO FRED! DEIXE O RONY EM PAZ! – gritava Gina.


 


      _ Uhhhhhh! Ai que medo da bruxa magrela! – Fred levantou-se também imitando a irmã. Virou-se de costas para ela e rebolou. De repente ele sentiu uma espinhada no traseiro. Era sua mãe que havia lançado um feitiço contra ele – AAAAIIIIIII! – gritou Fred! A gargalhada foi geral. Até Rony sorriu.


 


      _ Calma pessoal, que revolta! – disse Fred esfregando o traseiro dolorido e virando-se para a mãe – Senhora Molly Weasley, irei processá-la – Molly levantou a varinha novamente – Pensando melhor, irei retirar todas as acusações... – ela abaixou a cabeça e ele mostrou-lhe a língua – Ei, Rony. Eu e o Jorge temos boas notícias pra você. É sério.


 


      _ O que foi agora, Fred? – disse o Rony sem acreditar que Fred e Jorge pudessem falar alguma coisa séria na vida deles.


 


      _Escutem vocês todos! – começou Fred – Rony, você se lembra que ficou com uma garota desconhecida na sua festa de formatura?


 


      _ Que pergunta, Fred! Você sabe que ele não lembra. Ele só tem alguns flashes daquela maldita noite. – retrucou Gina! O barulho à mesa cessou. Todos estavam muito curiosos agora. Até o Sr. Weasley parou de comer.


 


      _ Sim, mas ele tem os flashes, lembranças incoerentes, mas tem – disse Jorge.


 


      _ Já contei essa história a vocês milhares de vezes. Não quero mais falar desse assunto – falou Rony irritando-se.


 


      _ Sabemos disso, Rony. E sabe por que perguntamos muito? Nós achamos essa história toda muito esquisita. Você nunca iria ficar com outra garota naquela festa que não fosse a Hermione, nem com muita cerveja na cabeça. Nunca vi ninguém tão apaixonado por alguém como você, maninho! Fomos atrás para descobrir e agora temos certeza que você foi enganado.


 


      _ Como é? – disse Rony


 


      _ Enganado como? – perguntou Harry.


 


      _ Um dia antes da formatura recebemos um grupo de três garotas do 5º ano da Sonserina na Gemialidades Weasley. Elas estavam muito interessadas em comprar algo que as fizessem ganhar pelo menos um cara para elas beijarem na festa de vocês, já que elas não tinham pares.


 


      _ Por Merlin! – disse Molly – Essas jovens, cada ano que passa ficam mais assanhadas.


 


       Fred continuou.


 


      _ Nós vendemos para elas a Bruxa Maravilha. Pela descrição que a Gina e o Harry fizeram da moça, concluímos que foi uma das que comprou a poção. E ela deve ter dado para você beber, misturando com alguma outra bebida.


 


      _ Espera aí – disse Harry levantando-se e olhando para Rony – Quando o encontramos com a garota, Rony, você estava do lado de fora do Salão de Festas, próximo a um balcão de jardim. Em cima do balcão eu vi uma taça com uma bebida rosada e também havia uma garrafa de uísque de fogo. Você não se lembra, Rony?


 


      _ Não, Harry, não me lembro de nada. Nem sei como aquela garota esbarrou comigo.


 


      _ E tem mais – prosseguiu Fred – Temos o nome e o endereço daquela encalhada. Vacância Renge. Ela mora em Little Hangleton.


 


      _ Vacância Renge? Quem daria um nome desse a uma filha? – perguntou Gui.


 


      _ Os pais dela, Gui – disse Jorge fazendo todos voltaram a rir.


 


      _ Mas tem uma coisa, Fred. O efeito dessa poção não dura vinte e quatro horas? – perguntou Harry.


 


      _ É mesmo, Fred! Como se explica isso? – disse Gina.


 


      _ Pode durar até vinte e quatro horas. Depende da dose, do peso da vítima e da atração que esta sentir por quem a está enfeitiçando – explicou Jorge.


 


      _ Certo. Então, considerando que ela tenha usado somente um pouco da Bruxa Maravilha, o peso do Rony e o fato dele nem conhecer a dita cuja, o feitiço deve ter durado algumas horas ou até somente alguns minutos – concluiu Gina.


 


      _ Certíssimo Gina! – disse Fred – E, portanto, tudo se encaixa. E o melhor: Nós falamos com ela.


 


      _ Falaram? – perguntou Rony.


 


      _ Sim – disse Fred – E ela confirmou que “agarrou” um ruivo na festa. Foi uma fatalidade, Rony. Ela não tinha nenhum interesse especial em você. Só queria “pegar” alguém na festa. Só que tem um problema, Rony... Ela não está disposta a confessar para Hermione. Acha difícil, constrangedor, sei lá... Coisa de mulher. Argh!


 


      _ Estava bom demais pra ser verdade. A Hermione nunca vai acreditar nessa história se eu ou algum de vocês contarem para ela – disse Rony – Não sem provas.


 


      _ Ah! Mas os meus irmãozinhos detetives vão conseguir uma prova, não vão? – disse Gina para Fred e Jorge.


 


      _ Claro que vamos! – disse Jorge – Afinal nós somos os rapazes mais lindos, fofos, inteligentes, charmosos, interessantes, sarados e divertidos de todo o Reino Unido.


 


      _ Eca! Ui, que nojo! Ai, alguém me segura que eu tô passando mal... – disse Gina, fingindo um desmaio!


 


      _ Não se preocupe, Rony – disse Harry aproximando-se e dando-lhe um tapinha nas costas - Nós iremos dar um jeito de fazer a usurpadora da Vacância Renge falar. Nem que para isso eu precise usar minha influência com o Ministério.


 


      _ O que você está pensando fazer, Harry? – perguntou Percy.


 


      _ Não sei – respondeu Harry olhando duramente para Percy – Talvez eu arranje uma intimação falsa para ela ou coisa parecida, mas vou pensar em algo, pode ter certeza.


 


      _ Pode contar comigo. – respondeu Percy abaixando a cabeça. Todos o olharam, espantados, mas ninguém disse nada.


 


      _ Isso pode complicar você, Harry. – disse Rony – Esqueça!


 


      _ Complicar-me? – Harry olhou para Rony, indignado – Complicação eu vivi durante quase dezoito anos da minha vida. Aquilo sim era complicado. Não vai ser uma bobagem dessas que irá me complicar, Rony!


 


      Ninguém ousou discordar. Conversaram, ainda, sobre outros assuntos e passaram a tarde aproveitando aquela reunião de família. Por volta das quatro horas Gina se arrumou para voltar a Hogwarts. Harry iria acompanhá-la. Em seguida, todos foram voltando para suas casas, um a um, ficando apenas Molly e Arthur na Toca. Aquele fora um dos melhores dia das mães que ela já tivera, apesar de alguns contratempos. Todos os seus filhos estavam bem encaminhados. Só faltava o Rony se acertar com Hermione. O que mais uma mãe poderia querer além de saber que seus filhos eram felizes?


 



 



 

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