O herdeiro



Cap. 32_

Nada parecia fazer muito sentido no momento. A única coisa em que Harry podia pensar era em manter Voldemort distraído. Não importava como. Ele não podia deixar Voldemort perceber que Hermione estava ali. Se Voldemort descobrisse que ela era tão importante para Harry, ele a torturaria. Ele a usaria para atingir Harry das piores maneiras possíveis. E se ele descobrisse, não. Voldemort sempre soubera. Voldemort fora o primeiro a descobrir. Voldemort sempre soubera o quanto Hermione era importante. E, certamente, sempre estivera louco de vontade de colocar as mãos asquerosas sobre ela.

Harry quis pensar rápido, mas assim que pensou em proteger a garota, Voldemort sorriu pretensiosamente. Um sorriso que não agradou nem um pouquinho Harry.

Por cima dos ombros de Voldemort, Harry viu Hermione sacar a varinha, lentamente. Os comensais em volta olhavam todos para Harry, esperando ordens. Mas Voldemort não prestava atenção neles.

_Vocês não podem distrair Lord Voldemort. _e fez um gesto brusco com a varinha. Imediatamente, Hermione soltou a varinha e jogou o pescoço pra trás, e soltou um grito de dor.

_Hermione! _Harry gritou, dando um passo a frente. Com um sinal da cabeça, Voldemort indicou que era para os comensais detê-lo. Alguns comensais ergueram a varinha e Harry não soube explicar o que aconteceu depois. Cada varinha erguida, exceto a de Voldemort, explodiu. Uma de cada vez. Fazendo várias farpas de madeira voarem pelo lugar. Voldemort não demonstrou surpresa, ao contrário da cada comensal que teve a varinha explodida. Mione, ajoelhada no parapeito da janela, ergueu os olhos, mais surpresa do que qualquer outro no lugar. Os olhos de Harry estavam estreitos e ele encarava Voldemort com uma fúria que ela nunca vira antes.

_Você andou aprendendo truques novos, não é mesmo? _Voldemort perguntou com um certo sarcasmo. Os comensais começaram a cochichar. A porta continuava a fazer um som muito alto cada vez que as armaduras se chocavam contra ela. Mas Harry não ouvia nada disso.

_Nunca. Mais. Toque. Nela.

O sorriso de Voldemort aumentou. _É claro que eu não sujaria minhas mãos tocando nessa sangue sujo. Mas eu não preciso tocar. _e fez mais um gesto com a varinha. Hermione gritou novamente e apertou os olhos e as mãos, visivelmente com dor.

A janela se abriu. A bacia onde a aliança tombou para um dos lados, fazendo um barulho ensurdecedor. Harry estava pronto para atacar Voldemort quando, sem explicação, ele parou de torturar a garota e olhou para a bacia vazia no chão.

Hermione apoiou uma das mãos no chão e segurou o peito com a outra, arfando descompassadamente. _Você bebeu isso? _Voldemort perguntou com uma expressão misteriosa.

_Não lhe interessa. _Harry respondeu ainda com o olhar estreito.

_Para o bem de sua namoradinha trouxa, garoto, devolva o anel que você pegou. _Voldemort respondeu com um tom de voz de quem dá um conselho. Harry não teve tempo em pensar em alguma resposta. No segundo seguinte, a porta cedeu, e um batalhão de armaduras entrou tempestuosamente na sala. Voldemort parou-as com um único movimento do braço _E então? Quer que eu as mande atacar sua namorada?

Harry fechou os olhos com força. E desejou não ter envolvido Hermione nisso. Ouviu um estalido e abriu os olhos novamente. Por um momento não acreditou no que via. Dumbledore e vários membros da ordem da fênix haviam aparatado a volta dos comensais.

Os olhos de Voldemort pareceram faiscar. Com um gesto de uma das mãos, Dumbledore fez as armaduras que Voldemort parara se ajuntarem docilmente junto a parede. Voldemort tentou parecer impassível, apesar da raiva estar visível em sua face ofídia.

_Alvo Dumbledore. _ele exclamou prendendo a ar.

_Tom. _Dumbledore respondeu calmamente. Harry tentou olhar em volta rapidamente. Os comensais pareciam um pouco perdidos. Bastante aparvalhados. Harry se lembrava com riqueza de detalhes do último encontro que ele presenciara de Dumbledore com os comensais, e que terminara com os ditos comensais presos.

Eles pareciam lembrar muito bem, também.

_Tonks, leve Harry e Hermione de volta ao castelo. _Dumbledore ordenou em uma voz ainda calma.

Voldemort perdeu o controle: _E por que exatamente você acha que eu vou deixar vocês os levarem desse jeito?!

_Por que eu quero que seja assim. _Dumbledore respondeu seriamente. Seu olhar tornou-se rígido. Harry pensou que se Dumbledore estivesse olhando assim para ele, ele já estaria correndo para o lado oposto o mais rapidamente possível.

Mas não foi o que Voldemort fez. Com um gesto da varinha ele conjurou uma serpente viva, que se debateu no chão e foi direto na direção de Hermione.

_Hermione! _Harry gritou e Hermione se encolheu. Dumbledore com um gesto rápido fez a cobra voar pelos ares, bater contra a parede e desaparecer em seguida.

_Leve o garoto, Tonks! _Dumbledore gritou. Voldemort fez um arco aberto com a varinha, conjurando varinhas novas para seus comensais, e foi como se isso fosse a largada de uma corrida. Feitiços voaram por todos os lados. Harry precipitou-se na direção de Hermione, mas um braço o envolveu pela cintura e quando ele olhou para trás encontrou Tonks.

_Me solta! _Harry berrou, tentando se soltar. Tonks abaixou-se e um feitiço passou por cima de sua cabeça.

Tonks não deu ouvidos ao que ele estava dizendo. No segundo seguinte, desaparatou e aparatou e Hogsmeade.

Hermione não estava mais encolhida no parapeito da janela. No momento em que o primeiro feitiço estalou, ela pulou para o chão e começou a praticar toda a variedade de feitiços ofensivos e defensivos que praticara durante o ano. E não estava em desvantagem, nem mesmo se comparada ao mais cruel dos comensais.

Dumbledore não demorou a percebe-la. _Minerva! Leve Hermione para o castelo!

Hermione escutou e parou. Ela não queria ir. Sentia que podia fazer a diferença. Virou-se para Dumbledore. A tempo de ver que ele e Voldemort não duelavam. Apenas se encaravam.

Ela não teve dúvidas de que eles estavam discutindo mentalmente.

Sentiu Minerva puxando-a pelo braço. Ela puxou o braço novamente.

_Você sabe o que ele bebeu, não sabe? _Voldemort perguntou com um sorriso maldoso.

Dumbledore não respondeu. Os olhos de Hermione se arregalaram. Minerva puxou seu pulso novamente e ela puxou-o com mais força. Começou a caminhar, desesperada, na direção dos dois, mas Minerva puxou-a novamente, e desaparatou dali, aparatando em Hogsmeade.

***

Hermione estava em estado de choque. Harry não sabia porquê. Quando Minerva aparatou com ela em Hogsmeade, a garota atirou-se em seus braços e não parou de chorar um minuto. Minerva não ficou tempo o suficiente por perto para explicar o que tinha acontecido, e Harry ficou sem saber o que fazer. Levou a garota de volta para o castelo e, no caminho, ela parou de chorar, passando a perguntar, insistentemente se ele estava bem. Harry respondia que estava ótimo, mas ela não parava de limpar as lágrimas das bochechas, voltando sempre a repetir:

_Você está sentindo algo estranho, Harry? Podemos ir à enfermaria.

Harry, sem entender, sorria ternamente e respondia que estava ótimo. Tudo bem. Mesmo.

Levou Hermione diretamente para a sala da profª McGonagal. Imaginou que Dumbledore iria querer vê-lo quando voltasse. Mas entrou na sala, porém, ouviu um soluço vindo de uma cadeira e, logo depois, uma nuvem ruiva lançando-se contra eles.

_Oh, Merlim! _Gina exclamou abraçando Hermione. Harry olhou e viu Rony, pálido, encostado à porta. Quando ele entrou, Rony soltou o ar e desabou em uma cadeira.

_Então... E nós contamos... E eles foram.... _Gina ainda soluçava, falando desconexamente, enquanto Hermione a alojava em uma cadeira _Então Snape disse... Contou pra Você sabe quem... Foram atrás de vocês...

_O que disse? _Harry perguntou apertando os olhos _Snape contou ao Voldemort onde nós estávamos?

_Não. _Gina retrucou limpando as lágrimas _Foi Você sabe quem que nos contou onde vocês estavam. Sabe, não sabíamos onde vocês estavam e Voldemort sabia onde estava a horcrux. Então tivemos que arriscar.

Hermione voltou a chorar. Harry abraçou-a e beijou seu cabelo. Gina e Rony não entenderam, mas ainda assim, levantaram-se. _Acho que vamos dormir, já que vocês estão bem. _Gina disse, indo até a porta. Antes de sair Rony ainda foi até Hermione.

_Você está bem? Não está doendo nada? _Rony perguntou segurando seus ombros. Harry afastou-se dela, deixando-a encarar Rony. Ela fez que sim indicando que estava bem. _Eu... Vou indo, então. _e seguiu Gina para fora da sala.

Harry e Hermione se alojaram em uma poltrona. Ela aninhou-se entre seus braços e apertou com força sua camisa. Ela não queria perde-lo. Não sabia o que podia acontecer por culpa do que ele bebera, e também não sabia o que faria sem ele.

Sentiu que ele se mexia e afastou o rosto de seus ombros, para ver o que ele estava fazendo. Lentamente, ele tirou a aliança roubada do bolso. Hermione tirou do próprio bolso a aliança que ainda usava.

_Você acha que isso vai quebrar o vínculo que os unia? _ela perguntou abruptamente, olhando para ele _Quer dizer, Godric disse que as alianças iam uni-los para sempre. Você acha que se nós a destruirmos essa união vai ser quebrada?

_Eles eram ligados por algo muito maior que isso. _Harry respondeu, beijando a garota. _Amor. Isso não vai mudar, mesmo que a aliança seja destruída. Eles vão continuar unidos.

Hermione olhou para baixo e segurou a aliança junto com Harry. Seus dedos se tocaram levemente, segurando o frio aro de ouro. Ela ergueu novamente os olhos e viu que Harry acompanhava seus movimentos com o olhar. Seus olhos se cruzaram e uma vontade de estarem mais perto cresceu, como sempre crescia. Hermione inclinou o rosto e beijou-o. Suas mãos se entrelaçaram, ainda segurando o anel. Então, antes que eles pudessem de dar conta do que estava acontecendo realmente, a aliança se rompeu entre suas mãos e queimou-os.

Hermione pulou do sofá, assustada. A aliança jazia nas mãos de Harry, partida em dois pedaços iguais. Uma fumaça enegrecida emanava da ruptura. Harry empurrou a aliança com um dedo, avaliando-a. Depois, ergueu os olhos para garota.

_Você está bem? _ela fez que sim com a cabeça, examinando a própria mão. Nesse exato momento, a porta se abriu, e Dumbledore e Minerva entraram com passos firmes.

Harry parou na soleira da porta, olhando para os dois. Hermione sentiu-se como uma garotinha indisciplinada. Mas Harry não se afetou. Minerva ainda mantinha um ar de abalo. Então, Dumbledore virou-se para ela e pediu com uma voz calma: _Pode nos deixar um momento, Minerva?

Minerva se retirou sem dizer nada. Dumbledore contornou a escrivaninha e sentou-se. Hermione entendeu a deixa e sentou-se a sua frente, mas Harry sequer se levantou da poltrona na qual estava.

_Harry, pode se sentar aqui, por favor? _Dumbledore solicitou, como se não tivesse entendido o ato de rebeldia. Harry levantou-se a contra gosto e sentou-se ao lado da namorada. _Eu gostaria de lhes dizer o quanto foi perigoso o que vocês fizeram hoje. Vocês têm idéia disso? Do risco que correram? _Hermione fez que sim com a cabeça. Harry não se mexeu. _Há algo errado, Harry? Fora o fato de você ter fugido da escola para se envolver em uma situação tão perigosa?

_Nós não tínhamos opção, tínhamos? _ele perguntou com a voz um pouco rancorosa _O senhor não ia acreditar na gente, de qualquer maneira.

_Você está me julgando muito mal, Harry. Estamos todos tentando mantê-lo a salvo, enquanto tentamos resolver a situação.

_Resolver a situação? _ele perguntou franzindo o nariz. Hermione teria achado a expressão engraçada, se não soubesse que Harry estava realmente bravo _Como vocês estão resolvendo a situação? Rony, Hermione e eu resolvemos praticamente tudo, até agora. _Então, jogou os dois pedaços da aliança no tampo da escrivaninha _Toma sua última horcrux.

Inesperadamente, Dumbledore sorriu. _Eu imaginei que vocês iam conseguir isso muito rápido.

_Por quê? _Hermione perguntou abruptamente, antes que Harry pudesse responder. Ela queria saber porque só o fato de terem tocado na aliança a destruiu com tanta facilidade.

_Vocês não perceberam? _o olhar em dúvida dos dois respondeu-lhe que não _Vocês são as duas pessoas mais parecidas com Rowena e com Godric que eu já vi em toda a minha vida. E deixaram-se unir da mesma maneira que eles. Entendem? Talvez seja a primeira vez desde que eles viveram que uma inteligência tão aguçada e uma valentia tão flamejante se unem por um sentimento tão puro.

Hermione apertou a mão de Harry por baixo da mesa. Harry parecia estar menos bravo, por algum motivo. _Acho que... Vamos dormir, professor. Estamos muito cansados. _e levantou-se.

Hermione acompanhou-o, mas antes que pudessem alcançar a porta, Dumbledore chamou Harry novamente.

_Preciso pedir-lhe uma coisa muito importante. E preciso que, desta vez, você cumpra. _Harry virou-se para ele e ele continuou _Não vá atrás de Voldemort ainda.

Harry franziu as sobrancelhas. _Por que não iria? Agora que ele está vulnerável.

_Só... Não vá, Harry. Eu preciso que você espere. Ele não está tão vulnerável ainda.

Hermione sentiu um alarme disparar dentro de sua cabeça. Harry fez que sim com a cabeça, disse boa noite, abriu a porta e ficou esperando Hermione passar. Mas ela não saiu.

_Hm, Harry, vai indo. Ainda quero perguntar algo.

Harry franziu novamente as sobrancelhas. Interiormente, chateado por Hermione não querer dividir algo com ele. Saiu, resistiu a vontade de ficar escutando atrás da porta e foi para o dormitório.

Hermione voltou a cadeira e sentou-se novamente. Dumbledore juntou as pontas dos dedos. Repentinamente, os olhos da garota encheram-se de água.

_O que foi aquilo que ele bebeu? _ela perguntou sem rodeios.

Um vislumbre de preocupação passou por trás dos oclinhos meia lua do profº, mas ele se esforçou para que ela não percebesse. _Você escutou, não é mesmo?

Hermione fez que sim e as lágrimas começaram a saltar dos seus olhos. Dumbledore deu um suspiro cansado e sorriu. _Eu lhe prometo, srta Granger, que não é nada que vá afetar a saúde de Harry. Nada que possa lhe fazer mal, diretamente.

Hermione franziu as sobrancelhas. _E indiretamente?

Dumbledore inclinou a cabeça, ainda sorrindo. _Não precisa se preocupar com isso, Hermione. Harry não está correndo nenhum risco.

Mione sentiu que podia acreditar nisso. Fungando, levantou-se e começou a caminhar até a porta. Dumbledore chamou-a novamente.

_Só o mantenha longe de Voldemort, sim?

Hermione não entendeu, mesmo assim concordou e saiu da sala.

***

Dias se passaram e a eles seguiram-se semanas. Harry não quebrara a promessa feita. Hermione estava estudando tão desesperadamente que agradecia mentalmente o fato de Harry estar se comportando, se não, ela teria muito trabalho para estudar e mantê-lo longe de confusões ao mesmo tempo.

Gina andava feliz. Com os amigos e o irmão longe de encrencas, ela tinha total disponibilidade para curtir seu relacionamento com Draco. Ainda que recebesse, diariamente, cartas dos gêmeos com endereços de clínicas psiquiátricas e terapias alternativas para melhorar o funcionamento mental. Ela os ignorava completamente. Estava feliz. E isso era o que importava

Entrementes, ela não era a única que recebia cartas contra o relacionamento. As cartas de Lúcio estavam atingindo uma freqüência quase diária, e um teor de ameaças que assustaria qualquer Lufa-Lufa inocente.

Mas ele não era um Lufa-Lufa e muito menos inocente. E não estava assustado. Não até um domingo, em que foi chamado nem seu quarto por Filch, porque tinha visitas.

Não conseguiu pensar em quem poderia visitá-lo, mas mesmo assim vestiu uma camisa, já que ele não as usava dentro do quarto, e saiu para os corredores do castelo. Foi levado por Filch até uma sala no corredor do primeiro andar. Era uma sala confortável, com uma lareira apagada e poltronas com capas de crochê.


Draco fez uma careta, considerando a decoração de muito mau gosto. Então olhou em volta e deparou-se com uma figura alta, loira e bonita, que o encarava com uma expressão tristonha.

_Mamãe?! _Draco exclamou surpreso demais.

_Vou deixa-los a sós. _Filch falou saindo e fechando a porta.

Draco percebeu como sua mãe parecia mais pálida e mais magra. Enquanto a olhava, ela soltou um soluço seco e foi até ele, com passos largos, abraçando-o e começando a chorar.

Draco era realmente alto, mas sua mãe também era. Ela se atirou em seu pescoço e, sem graça, Draco passou a mão por seu cabelo.

_o que foi, mamãe?

Narcisa se afastou para encara-lo. _Por que você fez isso? Com tantas garotas decentes nessa escola, Draco, por que aquela fedelha?

Draco percebeu imediatamente qual seria o rumo da conversa. No fundo, pensou que devia ter esperado por isso. Até mesmo antes.

_Mãe, Gina é decente.

_Seu pai está furioso, Draco! Furioso! _ela começou a caminhar pela sala agitando os braços. Então parou e olhou-o. _Você está contente por ter desestabilizado sua família?

_Eu desestabilizei a família? _ele perguntou apontando dramaticamente para si mesmo _Essa família é uma instituição falida. Nunca teve estabilidade.

Narcisa fez uma careta ofendida e recomeçou a chorar. Draco ficou sem saber o que fazer, e ela foi até uma mesa no centro e pegou uma grande bolsa que deixara sobre ela.

_Seu pai não está contente, Draco. Ele... Ele tem planos contra você. _apoiou o rosto na mão e voltou a chorar _Contra o próprio filho, merlim.

_Tudo bem, mãe. Eu estou seguro aqui. Ele não pode entrar aqui.

_Não! _Narcisa retrucou com um tom desesperado _Existem coisas das quais você não tem conhecimento, Draco. Você está... Está correndo perigo.

_Mãe, eu... _mas ela interrompeu-o.

_Aqui. _e empurrou a bolsa para ele _Tem dinheiro o suficiente para você se manter pela vida toda, longe daqui. Eu odeio que você goste daquela garota, mas você ainda é meu filho. _Draco abriu a bolsa e olhou para a enorme quantidade de galeões dentro dela. Gina teria ficado surpresa, mas ele já vira bem mais do que aquilo junto _Você tem que pegar isso e fugir, Draco.

_Eu não posso fugir. _ele respondeu como se a idéia fosse absurda. _Eu não posso deixar Gina aqui.

_Então fuja com ela, droga! Ela também não está a salvo!

_Eu não... Não posso. Ela tem família. Ela nem se forma esse ano.

Narcisa lançou-lhe um olhar desesperado. De repente, olhou para um relógio mágico que tinha no pulso e teve um sobressalto.

_Preciso ir! Se ele descobrir que eu estive aqui... _e caminhou graciosamente até a porta. Então voltou até onde Draco estava e chegou bem perto de seu rosto. _Pense nisso, Draco. Por Merlim, fuja daqui.

E saiu, deixando um Draco extremamente confuso para trás.

***

Hermione, trancada no banheiro, não conseguia acreditar que isso estava acontecendo com ela.

Não que ela não fosse gostar da idéia. Mas isso não podia acontecer naquela hora. Ela era uma adolescente. Nem terminara os estudos ainda.

Imaginou que Harry, certamente, ficaria exultante. Mas ele também era apenas um adolescente. E, pelos céus, estavam no meio de uma guerra. Como ela podia exigir dele mais atenção do que a que ele já lhe dava.

Pro que, certamente, Harry a cobriria de atenções. Ela sabia disso. Ela o conhecia. Mas ela não podia deixa-lo mais preocupado. Não podia.

Sentiu-se sozinha. Desesperada. Com medo.

Sentiu necessidade de conversar com alguém. Mas quem?

Quem poderia entender como ela estava se sentindo.

Então lhe ocorreu...

A única que fora mãe na adolescência...

...Marisa Sumers.

***

Marisa sentiu uma batida leve na porta e olhou no relógio. Imaginando quem podia ir até sua sala àquela hora, levantou-se, pôs de lado o livro que lia e foi até a porta.

Quando abriu aporta deparou-se com Hermione Granger, com um ar meio perdido e com os olhos meio vermelhos. _Posso falar com a senhora, profª?

Sem responder, Marisa saiu do caminho para que ela entrasse. Hermione entrou e parou, meio sem graça, perto da porta.

_Sente-se, querida. _Marisa pediu, ocupando ela mesma uma das poltronas. Hermione sentou-se. _o que houve com você?

_Eu... _Hermione soluçou levemente _Eu estou me sentindo acossada, profª. Não... Não sei exatamente o que fazer.

_Mas o que houve? _ela perguntou com um tom de preocupação mais acentuado.

_Eu... Estou grávida. _e ergueu os olhos para ver a reação da profª. Marisa apenas ficou um pouco mais tensa, mas tentou não mostrar. _E a senhora foi sempre tão legal comigo. _Mione começou a torcer as mãos sobre o colo e a chorar. _E eu não tinha ninguém para conversar. Ninguém. _Marisa lembrou-se que a mãe da garota morrera e sentiu dó.

_Tudo bem, querida. _Marisa levantou-se e ajoelhou-se ao lado da poltrona da menina, passando a mão em seu braço _Vai ficar tudo bem. Tenho certeza que Harry vai ficar muito feliz com isso. Ser mãe pode parecer uma péssima idéia agora, mas é uma coisa maravilhosa.

Mione passou as mãos nos olhos. _Eu não posso contar a ele. Não agora. Simplesmente não posso. Ele está preocupado demais agora. Eu não posso dar mais essa preocupação a ele.

_Hermione, não vai ser uma preocupação. Vai ser uma alegria. _Marisa corrigiu-a com uma voz urgente. Então inclinou a cabeça e abrandou o tom de voz. _Sabe, Hermione, eu não gosto de falar sobre isso, mas eu engravidei quando tinha sua idade.

Hermione entendera perfeitamente bem que ela não gostava de falar sobre isso, mas não resistiu a perguntar.

_Onde está seu filho, profª?

Marisa levantou-se, como se fosse muito doloroso falar sobre isso. Ficou de costas para a menina, olhando pela janela.

_Eu tive um caso com... Com um comensal. _Hermione não se sentiu surpresa. Sabia perfeitamente bem quem era esse comensal. _Só que... Ele nunca se importou realmente. Eu não sei se eu nunca signifiquei nada para ele, ou se eram as más companhias que estavam o mudando, mas o fato é que ele simplesmente não se importava. Até que, eu não sei porque, eu sofri um ataque de comensais. Talvez eles não quisessem que um dos mais fiéis seguidores de Você Sabe Quem tivesse um filho com alguém que não fosse Comensal. Acho que eles nunca apoiaram nosso romance por isso. Por que eu não era comensal. _Marisa voltou-se para ela novamente. Mione viu que tinha uma lágrima escorrendo silenciosamente por sua bochecha. _O fato é que eu não cheguei a ter esse filho. Eles... Eles me torturaram até que eu o perdesse. _Mais uma lágrima escorreu e ela levou a mão ao rosto.

Mione ficou sem saber o que fazer. Nunca imaginara algo assim. Nunca. E se sentiu invadida por uma escaldante onde de raiva.

_E... O pai do seu filho?

_Ele não deixou o lado das trevas. _Mais lágrimas foram libertadas _Ele nunca se importou realmente com isso. Sabe, nunca.

Mione sentiu raiva de Snape. Como ele podia ter sido tão cruel. Como?

_E... _ela deu de ombros tristemente _eu nunca deixei de gostar dele. Não é estranho? Eu... Ainda faria qualquer coisa por ele. Qualquer coisa.

_Eu sinto muito por trazer tudo isso a tona, prof ª, sinto muito mesmo.

Marisa suspirou. _Tudo bem. Só seja sincera com Harry, Hermione. Tenho certeza que vocês dois, juntos, podem superar qualquer dificuldade.

Hermione levantou-se ainda atordoada. Sem saber o que dizer, agradeceu os conselhos e saiu para o corredor.

Com uma imensa vontade de agredir Severo Snape.




Na: antes de mais nada, Feliz Natal para tds eeeeeee :D

Ahavene, huhauhauhauha. agora deve ter deixado mais curiosa por causa do Draco. Ele apareceu taum pokinhu neh, tadinho... ai ai... e eu q gosto tanto dele rsrsrsrs... Aaah vc viu de acordo com Dumbledore, o líquido naum vai fazer mal ao Harry... ... ...hehehe *risada maligna* rsrsrsrsrs.... Aaaahhh vlw pela promessa de naum abandonar... rsrsrs Bjsssssse ótimo Natal

Monique, hauhauhauhauha e eu respondendo pras duas hauhauhauh, como eu sou lerda hauhauhauha.... obrigada por continuar a ler ^^ Bjsssss e feliz Natal

kamikinha, aaaahhh matadora de Dracos siiiim!!!!! Mas eu naum posso reclamar pq eu to sendo mto má fazendo o Draco aparecer taum poko hauhauhauha... Ele naum voltou, puxa snif snif... hauhauhauha, verdd eu fikei esperando ateh o final hauhauhauhauhaua como eu sou lerda neh? rsrsrsrs Parabéns pela sua fic viu? Continue por aki, jah tah acabando tbm... O próx axu q vai ser o último, depois o epílogo ^^ Bjsssss e feliz Natal

jack, eu demorei de novo. pode reclamar, pq eu naum tenho nem um bom motivo pra isso *autora com vergonha* Quer dizer eu trabalhei pra caramba, mas antes eu estudava e trabalhava e arrumava um tempinho... Eh q tava difícil de sair esse cap rsrsrs Eu nem sei se ficou bom *autora com vergonha mais uma vez* hauauhauha Mas obrigada pela paciência viu? hauhauha eu lembro qndo eu disse isso no cap 4... Moh triste, ngm comentava na minha fic hauhauhauha... Contando carneirinhos, Jack? Assim vc dorme e perde a históira... rsrsrs Feliz Natal pra vc, e bjsssssss

sy, entaum, Dumbledore naum resistiu. Teve q mandar o Harry de volta pra casa... hehehe... Mas o Harry ainda vai ficar frente a frente com Voldemort... aí jah viu ;) Continue por aki ^^ Feliz Natalll

caroline, Eu demorei :( eu sei... Pode me apedrejar agora, eu mereço rsrsrsrs... Aaahh naum, Natal eh época de perdoar! Perdoe meus atrasos hauhauhauhauhauha... O q achou da continuação? Eh o Dumbledore foi corajoso mesmo... rsrsrs... Continue por aki... E paciencia comigo hehehe Feliz Natal e bjssssss

Viviane, aaaahh naum sou mah naum rsrsrsrs... Eu continuei d onde eu parei... hauhauauha q brilhante minha idéia de começar de onde eu parei neh ~~ rsrsrsrsrs Espero q vc continue por aki ^^ Feliz Natal e bjssss

larissa, aaaahhh obrigada pelos elogios rsrsrs... Puxa eu demorei msm, mas naum foi por mal, axu q foi falta de inspiração msm rsrsrsrs... aaaahh mas certamente vc naum morreu e espero q naum morra!!! Sobreviva!!!! Naum vou demorar mais... e o prox eh o último... Depois soh o epílogo ^^ Feliz Natal e bejsssssss

Lílian, hauhauhauhauha, digamos q vc acertou de novo... o liquido naum eh msm soh enfeite hehehe... Puxa, sabe que eu preferia esse seu desfecho para o cap do q o meu.... Bem mais emocionante hauhauhauha... Mas o Dumbledore tinha q ir lah salvar.... E a Mione tinha q ouvir o Voldemort falando akilo ... rsrsrsrs Vou aparecer mais vezes no msn pra ouvir seus conselhos ^^ Feliz Natal e Bjssssss

LoLa Malfoy & LoLy Potter, uau, praticamente uma peça de tatro rsrsrsrs... Puxa, obrigada pelos elogios meninas... E espero sinceramente q a saúde da srta Loly esteja em perfeito estado e q ela naum tenha desmaiado de nv pq eu demorei rsrsrsrs... Continuem por aki, feliz Natal pras duas e bjsssss

Bia, hauhauhauha, ei ateh q eu gostei da sua idéia de ter dexado ele sem magia, mas naum deu pra encaixar na história hauhauhauha... Puxa, to começando a acreditar q eu sou mah ^^ rsrsrs aaahhh demorei um pokinhu mas naum foi uma eternidade ^^ hehehe... Continue por aki, feliz Natal e mts bjsssss

Ricardo, eu entendo como vc estava... eu tava mto ocupada tbm, rsrsrsrs... Claaro q saíram neh? o Harry eh o Harry hauhauhauhauha... q baba ovo do Harry q eu sou rsrsrsrsrs... Aaahh naum chora naum, se naum eu choro tbm ^^ ... Espero q continue lendo, bjssss e Feliz Natal

Tamirys, obrigada pelos chocolates rsrsrs... Ainda bem q seu irmão nao comeu, pq tava mto bons msm... hauhauha comi tudoooo hauhauhauhauha... obrigada por acompanhar a fic... Feliz Natal lindaaaa... Bjsssss

Aline, seja bem vinda rsrsrsrsrs... obrigada pelo elogio :D Naum me abandone naum, viu? Bjsss e Feliz Natal :D

Danny, hauhauhauhauha, hmmm quase lah, naum eh bem um efeito retardatario hehehe... Mas naum se preocupe. O tio Dumbledore falou q o Harry naum corria risco de vida... hehehehe... aaaiii verdd, bem q podia existir algm como o Harry pra cada uma de nós ^^ eu ia adorar hehehehe... Obrigada msm por continuar lendo... Feliz Natal e bjssssss

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Comentários (1)

  • Isis Brito

    Hermione grávida?? Agora??Merlin, essa guerra tá ficando mais difícil...Indo para o próximo capítulo com uma vontade enorme de agredir Snape - parte 2. 

    2012-08-05
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