Descobertas



Cap. 05

Harry acordou desorientado na segunda feira à tarde. Perdera as aulas, mas não estava se importando nem um pouquinho. Ele não lembrava exatamente o que estava fazendo ali. Só lembrava que era importante. Fez uma forcinha para lembra. Abriu os olhos. Estava sem óculos e enxergando tudo embaçado. O que era mesmo que estava fazendo antes de ir para a ala hospitalar?

Flashes começaram a surgir. Um caixão. Uma voz sem dono. Alguém em perigo. Então, subitamente, lembrou.

_Dumbledore! _ele sentou na cama rigidamente e pegou os óculos da cabeceira. Precisava falar com o diretor e já.

_Menino, você não está bem ainda. _resmungou a enfermeira empurrando-lhe chocolate. _O diretor acabou de sair daqui. Ele disse que volta assim que...

_Estou aqui, Papoula... _Dumbledore entrou calmamente na enfermaria. Harry pensou em como ele podia estar tão calmo com Voldemort prestes a atacar a pessoa que ele mais... “Prestes a atacar Hermione” _ele se forçou a emendar.

_Profº, Voldemort, ele estava lá. Ele falou comigo. Ele ia atacar Mione. Então imaginou se não tinha conseguido realmente isso. Pulo da cama _Hermione! Como está Hermione?

_Acalme-se, Harry. Hermione está abalada, mas fisicamente está ótima.

_E Voldemort?

_Voldemort não estava lá, Harry. _ele falou calmamente como se explicasse algo muito óbvio a uma criança muito obtusa.

_Estava. Estava sim. Ele disse que Hermione estava de preto. E ela estava de preto.

_Ele blefou, Harry. Ele queria assustar você e conseguiu. Você não pode deixar-se enganar dessa maneira.

_Mas...

_Tinha pessoas da Ordem vigiando o local, Harry. Ou você acha que íamos deixá-los ir para lá sem proteção? Voldemort não chegou nem perto do velório dos Granger.

_Ele falou comigo. _Harry, entendendo finalmente o que acontecera, contou exausto: _Ele disse que Hermione seria a próxima porque eu me importava muito com ela. Ele disse que eu não percebi ainda, mas ele sim.

_E você se importa?

Harry não entendeu a pergunta. Era óbvio. Era sua amiga.

_É claro que sim. Ela é minha amiga.

Dumbledore inclinou a cabeça para um lado.

_Sabe, Harry, Voldemort não foi o único que percebeu algo que só você não quer perceber. E ele leu isso na sua mente, Harry. Não pode estar errado.

Harry deitou novamente na cama e ficou encarando o teto. Talvez se importasse muito com Mione. Talvez demais. Talvez gostasse mesmo dela mais do que só como amiga. Talvez a amasse e tivesse levado tempo demais para perceber.

Não. O talvez já não servia mais. Harry tinha certeza do que sentia.

_Eu não quero que Voldemort a tire de mim, profº, as pessoas que eu amo são sempre tiradas de mim. Eu não devia gostar dela.

_Não se proíba de gostar das pessoas só por medo de perdê-las, Harry.

Então ele ergueu a cabeça para encarar o diretor.

_Eu acho que já está na hora de ir atrás dele, profº. Eu tenho uma profecia pra cumprir e não posso mais ficar aqui me escondendo feito um rato. Eu quero ir atrás dele.

Dumbledore dirigiu-lhe um olhar cansado. _Voldemort não é assim tão fácil de matar.

_Eu sei. Eu sei que ele é forte, poderoso e...

_Não. Não é disso que eu estou falando. _ele se sentou em uma cadeira ao lado da cama de Harry e assumiu um tom grave e sério. _Está na hora de contar-lhe uma coisa sobre Voldemort.

Harry não gostou daquilo. Sempre que o diretor começava com “está na hora de contar-lhe alguma coisa” boa coisa não era. Primeiro foi a profecia, depois a morte dos Granger e agora tremia só de ouvir essa frase.

_Sabe porque Voldemort não morreu definitivamente quando o feitiço que ele lançou em você voltou? _Harry fez que não com a cabeça _ Ele criou objetos que guardam pedaços de sua alma. Quando o corpo dele morre, ele não morre totalmente. _Harry achou aquilo uma maluquice. Perguntou-se se ainda estava sonhando, mas não interrompeu Dumbledore _Entende, Harry? Cada vez que mata uma pessoa, sua alma é fragmentada e um pedaço dela guardado dentro de um objeto. Esses objetos se chamam horcrux e, enquanto esses horcrux não forem encontrados e destruídos, Voldemort não será morto.

_E é tão difícil assim encontrar um horcrux?

_Ele não tem apenas um horcrux, Harry. Tem seis. Mais o pedaço da alma que está no corpo dele, são sete.

Harry se sentiu desanimado. Como se já não fosse suficientemente difícil encontrar e destruir Voldemort, agora ainda tinha essas horcrux, que ele não fazia nem idéia do que poderia ser, para encontrar e destruir.

_Que forma tem essas horcrux?

_Uma horcrux pode ser qualquer coisa. _ “puxa, isso facilita tanto as coisas” Harry pensou com tristeza, imaginando que podia estar andando pela rua, chutar uma latinha e, puf, era uma horcrux. Dumbledore pareceu ler seus pensamentos, pois completou em seguida _Mas Voldemort era uma pessoa com manias de colecionar, digamos assim. Acredito, pelas horcrux que eu já achei, que ele só usava objetos significativos.

_O sr já achou horcrux? _Harry perguntou começando a se animar.

_Sim, já. Mas isso não é assunto para agora, Harry. Volte a descansar.

_Não! _Harry exclamou querendo saber mais. _Eu preciso saber.

Dumbledore suspirou cansado.

_De seis, Harry, Três deles já foram destruídos. A Ordem deu conta de dois. Um deles, Harry, você mesmo destruiu.
Harry ficou confuso. Como podia ter destruído uma horcrux sem perceber. _Mas... O quê... ? Que horcrux?_ele perguntou.
_O diário de Tom Ridlle. O diário era um horcrux e você o destruiu em seu segundo ano.
Harry ficou ainda mais surpreso. Então era realmente assim. Qualquer coisa, por mais inimaginável que fosse, podia ser um horcrux.
_Dos outros três, a Ordem tem sabe mais ou menos onde estão dois. O outro está perdido. _Dumbledore continuou calmamente. _Mas a Ordem vai cuidar disso, entendeu? _Harry fez que sim, apesar de não ter um pingo de vontade de ficar de fora. _Vou deixar você descansar, então, Harry, antes que Madame Pomfrey me expulse daqui. _Até logo, Harry.

***

Gina estava lendo um livro, embaixo de uma árvore grande e frondosa, quando o time da sonserina entrou no campo de quadribol para treinar. Junto com eles, um grupo de torcedoras esquizofrênicas invadiu o lugar.

Tentou não se irritar com os gritinhos das garotas, mas já não estava com um bom humor, por causa da preocupação com Harry, apesar de madame Pomfrey afirmar que ele não corria perigo algum, e com Hermione, que freqüentara as aulas forçando-se a voltar para a rotina.

_Uhu, Draco. Pega o pomo pra mim? _Pansy, com a saia presa acima da cintura para ficar mais curta, pulava e gritava na arquibancada.

_Claro. Quer também, Virgínia? _e essa agora. E ela podia jurar que estava escondida.

Gina não respondeu. Apenas revirou os olhos e levantou-se para ir ler em um lugar mais tranqüilo.

_Olha que se você for embora não vai me ver jogar. _ele comentou antes de subir na vassoura para o treino.

_Puxa. Estou terrivelmente triste com isso, Malfoy. _e depois fez uma expressão entediada _Se liga, eu vou ver o suficiente do seu jogo quando a Sonserina enfrentar a Grifinória. Ou não, talvez não dê tempo. _e sorriu ironicamente.

_Draco. _Pansy chamou com uma voz manhosa que fez Gina enjoar _Eu não quero dividir você com ela. _e disse o ela com certo desprezo, mas Draco sequer prestara atenção.

_Não. Não vai mesmo dar tempo. _ele respondeu a Gina _Vocês não vão nem ver minha Nimbus 3000, de tão rápida que ela é.

_A vassoura não faz um jogador, Malfoy. Eu mesma ganharia de você e dessa sua vassoura com uma StarShooting. _e isso era um blefe. Um blefe bem capenga e ela sabia disso, mas não podia deixar Draco sair por cima.

_Quando quiser, Virgínia. Quando quiser. _respondeu sorrindo ironicamente _Mas agora com licença, que o melhor jogador precisa mostrar como se agarra um pomo.

_Então preste atenção nele, Malfoy. Talvez você aprenda alguma coisa. _gritou já a distância, fazendo um tchauzinho com a mão.

Draco subiu na vassoura e ficou vendo Gina ir embora. Estava tão distraído com o andar gracioso da garota e com as pernas que ele mesmo admitia, agora, serem lindas, que nem reparou que Winter olhava para o mesmo lugar. E com um olhar que o teria feito ficar zangado, se ele tivesse visto.

E ainda estava distraído quando Winter viu que ele também estava olhando para Weasley. E, também, quando Winter pegou seu bastão de quadribol e arremessou com toda a força um balaço em sua direção.

A última coisa que ele lembrava era de ter tido algo muito forte batendo em sua cabeça e uma queda livre de 5 metros.

***

Harry estava impaciente e querendo voltar para sua própria rotina. Precisava contar a Rony e Hermione o que Dumbledore lhe contara e precisava ser rápido. Tinha um plano todo arquitetado na cabeça. Não era exatamente aquilo que se dizia “puxa, que plano que ele tem”, mas já era melhor que nada.

O próximo fim de semana seria uma visita a Hogsmeade e, ele sabia que era insanidade, mas se eles conseguissem descobrir onde estava o próximo horcrux, poderiam ir eles mesmos atrás do objeto. Harry não queria perder tempo. Estava sentindo como se a vida de dezenas de outras pessoas dependessem de ele acabar logo com isso ou não. Entre essas vidas a de Hermione. E se ele acontecesse alguma coisa com ela, ele não se perdoaria jamais.

Ficava se perguntando como não percebera antes o quanto gostava dela. O quanto ela era importante para ele. O quanto só a sua presença já garantia a ele um dia melhor. Ou, talvez, não fosse assim antes. Talvez fosse um sentimento recente. Ele não saberia dizer. E também ano estava com vontade de descobrir. O sentimento em si já era bem complicado sem ele ficar tentando descobrir quando ele nascera.

Em uma de suas tentativas frustradas de roubar sua própria roupa e fugir da enfermaria, Draco Malfoy foi levado para lá, desacordado, e colocado em uma cama envolta por um biombo. Harry não o viu chegar, pois madame Pomfrey levou-o de volta à cama pelas orelhas apenas depois.

Hermione e Rony chegaram logo depois disso. Hermione ainda parecia abatida, mas parecia ter voltado a falar com Rony normalmente.

_Você está bem, Harry? _Hermione perguntou sentando-se na cama.

_Você nos deu um baita susto, sabia? _Rony contou sentando-se na cadeira que Dumbledore usara. _O que aconteceu, afinal?

Então Harry contou-lhes tudo. Desde quando Voldemort invadira sua cabeça até o que Dumbledore lhe contara e seu plano de ir atrás das horcrux.

Rony estava com uma cara meio verde e Harry supôs que era medo. Mas Hermione tinha um olhar rígido e determinado.

_Eu vou, Harry. Eu vou com você.

Os planos de Harry não eram exatamente assim. Na verdade, ele preferia que Hermione ficasse no castelo protegida.

_Na verdade, Mione, eu preciso que alguém fique, para me cobrir, pedir ajuda se eu não voltar, esse tipo de coisa.

_Eu quero ir. _Harry se assustou com o brilho em seu olhar castanho _Eu não vou deixar o assassino dos meus pais impune por aí, Harry. Eu quero ir. _e depois olhou para Rony _Rony pode ficar.

_Não. Eu não vou ficar. _ele respondeu obstinado. _Eu vou com vocês. Ou vocês acham que eu deixaria vocês irem sozinhos? Gina pode ficar aqui.

_Ela não vai gostar da idéia. _Harry respondeu.

_Ela não tem que gostar. _Rony retrucou.

Enquanto discutiam maiores detalhes, Draco acordou com uma forte dor de cabeça. Doía mexer. Doía ficar parado. Doía até pensar. Amaldiçoou Winter até a sétima geração. Não importava o quanto ele fosse alegar que fora sem querer, quando saísse dali, Draco acabaria com ele. Tudo bem que ele queria a vaga de capitão, mas não conseguia imaginar porque ele o atacara daquela maneira. “Winter, maldito” _Draco pensou e ficou fitando o teto, e então percebeu que não estava sozinho na enfermaria e que alguém do outro lado do biombo estava conversando.

Alguém que ele conhecia. Alguém sangue-ruim, alguém pobretão e alguém santo Potter.

_Ok, então. Domingo, assim que sairmos para Hogsmeade. _a sangue ruim falou _Vou pesquisar mais na biblioteca sobre o assunto. Vocês dois tentem descobrir mais sobre a localização.

E continuaram a discutir detalhes sobre uma fuga. E Draco achou aquela informação muito interessante. Será que era aquele tipo de coisa que Lucius queria saber, quando disse que “manteria contato” ? Bom, se era isso que ele queria, Draco não estava nem aí. Essa informação ele ia usar para outra coisa bem mais útil.

De repente a raiva de Winter passou e ele começou a acreditar mais naquele ditado: há males que vêm para o bem.

***

Hermione estava imaginando onde poderia começar a procurar sobre horcrux. Supunha que isso fosse magia negra e, se essa suposição estivesse certa, isso seria bem mais difícil do que ela imaginava. Organizou uma pequena lista com livros onde poderia começar a procurar, logo que saiu da enfermaria e foi para o seu quarto, e desceu para o salão procurando por Rony.

_Ei, Rony. _chamou-o, encontrando-o quase saindo pelo buraco do retrato, apressado. Ele parou e esperou-a se aproximar. _Estava indo para a biblioteca, procurar sobre você sabe o quê. _e deu um risinho nervoso. _Você não quer ir comigo?

_Puxa, Mione, sinto muito, mas eu vou mesmo ter que recusar esse convite delicioso de passar horas enfiado na biblioteca. _ele respondeu brincando, sem saber o quanto aquilo era importante para ela _Não, mas falando sério agora, _e seu rosto ficou mais sério, realmente _eu marquei de me encontrar com a Lilá. Sinto muito. _e dessa vez ele parecia realmente sentir.

_Puxa Rony, _ela respondeu fingindo que também achava a situação engraçada, por mais que isso a machucasse _você vai levá-la para jantar? Eu pensei que ela soubesse o caminho. _e riu. _Tudo bem, eu vou sozinha.

_Ok. _ele riu também, mas sem nenhuma alegria _Vejo você depois. _e saiu pelo buraco do retrato.

Hermione ficou olhando por onde ele saíra. Depois amassou o papel, jogou-o na lareira e voltou para o quarto.

Encostando-se na porta, escorregou até sentar no chão. Por qualquer ângulo que avaliasse, nunca estivera pior, em toda a vida. Krum, seu amigo e confidente mesmo a distância, se fora. Seus pais, seus portos seguros em qualquer tempestade, as pessoas mais importantes para ela, se foram. E agora Rony, alguém que ela gostava mais do que achava possível gostar, estava indo embora também, apesar de se manter perto o suficiente para que ela o visse partindo.

Nunca se sentira tão sozinha e sem rumo, e, mais uma vez, deixou as lágrimas escorrerem livremente por seu rosto. Imaginou que àquela hora, Rony estaria com Lilá, quando ela queria estar com ele. Quando ela precisava dele para ajudá-la a passar por tudo aquilo.

Só tinha mesmo Harry Potter, seu melhor amigo, que no momento mais difícil se mostrou mais presente do que qualquer outro; apesar de estar passando por um momento também muito difícil, ele arranjara tempo para se preocupar com ela e segurar sua mão. E Gina Weasley, a irmã mais nova que ela nunca tivera e que a conhecia melhor do que ela mesma.

Limpou as lágrimas e pegou papel e caneta para fazer uma nova lista.


Na: gente tah tarde, naum revisei o cap entaum t=deve ter um moooonte de errinhos nele hehehe
NA2:Vou aproveitar aki pra agradecer os coments q (finalmente hehe) apareceram...
Feeeeuuu hauhauauha vc naum gansa meu amor, vc eh bem vinda seeempre, t amu um tantaum e q bom q vc gostou e axa q eu tenho estilo...

Luara, agradeçooo mtooo os elogios e continue lendo e dexando sua opiniões tah? Pode dar sugestões tbm e críticas :D

India q boooom q gostou... eu axu q ela ainda tah meio morninha mas continue lendo que eu prometo q ela esquenta tah....

Romariooo huahauauhauhauh q óóótimooo q vc gostou, vc sabe como sua opiniaum é importante pra mim...

Suuuu e Tamii idem ao do Romario, se vcs naum aparecessem aki a fic naum tava completa... e jah q vcs taum aki, dexem sugestões viiiiiuuuu

Na3: naum desistam da fic, gente, e por favor, tenho q pedir de novu?
COMENTEM!!!!!!!

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Comentários (1)

  • Isis Brito

    Eu tô meio perdida aqui... Em que ano acontece tudo isso? o.ORony, como sempre, se mostrando um legume insensível...Harry tendo os primeiros sinais de que gosta da Mione...Isso tá ficando muito legal!! xD 

    2012-08-01
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