Inevitável



*Lumus*
A primeira coisa que posso dizer é : Sorryyyy... desculpa msm!
Eu acho que vocês devem estar de saco cheio dos meus pedidos de desculpas mas, é o minimo que posso fazer (e o maximo seria a postagem do novo cap.) por mim. Estou so trabalho e prova na univesidade e quem faz sab como é final d semestre. Ninguem merece! Isso que dá tentar se + alguem na vida. Mas, o que importa é que tem cap. novo e espero q vocês gostem, pq eu adorei escrevê-lo... Vamos falar um poukinho mais do meu ruivo favorito e da Cdf + TDB de todas...Mas, antes, vamos aos coment's:
MarciaM: hehehhe... "Demorou, mas estamos lendo", essa foi boa! que bom q gostou... fico extremamente agradecida por isso!!! E... sera q seu desejo se tornou uma ordem??? so lendo neh!!!!
Molly: Poção polissuco? como assim?será? hehhehe... To fazendo a GIna super tristinha ñ é... tbm to com peninha dela... Mas digamos que isso vai melhorar... Q otimo q vc axa q a minha fic é muito boa pra fikr parada por tanto tempo... mas to um poukinho sem tempo como ja dc... e tbm pq o cap. anterior e esse ñ estavam previstos, foi por impulso q os escrevi... eu acho... b-jusss
Paolo Black Potter: Valeu msm! e seu desejo é uma ordem... demorou, mas postei! =P
Daniela Paiva : Brigadinho q espero q goste desse tbm!
Adriana Roland: Valeu msm pelo coment... E sobre Harry Voltar pelo menos 1 dia... hum... sera? =P
Então vamos ao cap.

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Mesmo lutando contra uma imensa vontade de desaparatar em sua casa e sumir da vida de todos os Weasley, suas pernas e seu inconsciente teimavam em fazer o contrário. Será que valeria a pena mesmo, sendo ela tão orgulhosa e ele tão insensível?

- Calma Hermione! É so um pedido de desculpas. – falou respirando fundo.”Por quê eu tenho que pedir desculpas se foi ele que começou tudo?” Perguntou para si parando de andar. Definitivamente não seria ela que correria atrás de uma possível reconciliação. Passou a olhar em volta, fechando a cara com raiva de si mesma por ter pensando em fazer tal absurdo. Olhou para alguns fogos que escreviam no ar, com luzes prateadas e vermelhas, a palavra “Felicidade” que no momento seguinte se transformou na palavra “Gina” quando se chocaram contra alguns fogos com luzes verdes, fazendo uma chuva de pétalas de rosas caírem sobre os convidados. Voltou a olhar os convidados, mas seu olhar caiu em Rony que estava de costas para ela, distante o suficiente para ele não notar que ela o olhava. Rony fitava um ponto a sua frente, parecia hesitante em fazer algo.
Hermione girou a cabeça rápida ao sentir alguém tocar em seu ombro e viu o rosto bonito de Victor Krum.

- O que foi agora?

- Eu estava pensando... – disse ela virando-se para ele – Por que eu tenho que tomar a iniciativa de pedir desculpas para ele se foi única e exclusivamente culpa dele por tudo isso estar acontecendo?
Krum encarou pensativo a expressão de contrariedade que transpassava no rosto de Hermione. Curvou-se um pouco para o lado para ver Rony atrás de Hermione e percebeu que ele começara a andar na direção oposta. Voltou-se para ela.

- Você tem razão! – Hermione sorriu triunfante.

- Eu sabia que você concordaria comigo! Então eu acho melhor...

- Sim, concordo com você. Mas se você fala que ele é tão cabeça –dura, então não espere muita coisa dele. Não espere que ele venha ate aqui pedir desculpas pra você. – Hermione desmanchou o sorriso e fechou a cara. Krum, sorrindo, voltou a olhar para Rony que havia parado junto a um grupo de garotas e agora falava alguma coisa no ouvido de uma delas, notou também que ela sorria.

- Se você concorda comigo, então porque falou isso? – perguntou Hermione fazendo Krum voltar sua atenção para ela. Ficaram em silêncio por alguns segundos ate Krum quebrá-lo.

- Pensei que você entenderia o que quis dizer. – Hermione abaixou a cabeça, cruzando os braços fitando seus pés dando a Krum a visão das pessoas e arregalou os olhos, espantado, quando viu Rony. Não poderia esperar ate a amiga entender o que quis dizer com aquelas palavras. – Foi uma comparação entre vocês dois. Se ele é cabeça-dura você é...

- Eu não sou cabeça-dura.

- Isso mesmo! Você é inteligente e sabe o que faz, então, acho melhor você deixar esse orgulho de lado antes que seja tarde, neh! – Krum falou rápido sem olhar para amiga, mas sim para um ponto atrás dela, que não entendendo um tom de aflição na voz do amigo, virou-se para ver o que ele olhava e soltou uma exclamação levando uma das mãos a boca e a outra, ao lado esquerdo do peito, tentando não acreditar no que via. Sentiu o sangue de seu rosto esvair e sua respiração ficar lenta. Ouviu Krum falar alguma coisa em seu ouvido, mas não conseguiu distinguir nada além de um sussurro rouco. Dor e raiva a consumiam transformando aquela perplexidade em puro ódio ao ver Rony Weasley aos beijos com Lilá Brown.


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Não sabia por quê, mas ficou um pouco hesitante em pegar a carta olhando para aquela coruja que ainda estendia a pata, soltando pios que pareciam de irritação. E se fossem más notícias? Se ali, naquela carta, estava o conteúdo que levaria seu sonho de “felizes para sempre” por água’baixo? So poderia saber se lê-se. Aproximou-se da cama e sentou-se ao lado da coruja, antes de soltar a carta da pata de Edwirges, acariciou o cocuruto de penas brancas da coruja.

- Você me traz noticias boas ou más Edwirges? – a coruja soltou outro pio.
Com as mãos tremulas, Gina soltou a carta, respirou fundo antes de abrir. Era agora ou nunca. Pelo tamanho do papel não parecia uma carta, mas sim um bilhete. “Será que ele não teve nem tempo de escrever?” Essa perguntou passeou por sua mente ate abrir todo o bilhete. Fechou os olhos. Após alguns segundos com o bilhete aberto nas mãos que tremiam, abriu um dos olhos de vagar fitando o papel, abriu o outro e pós a lê:


Por via Pó de flú, visite:
O Salão comunal da Grifinória, Hogwarts.



O Bilhete não tinha remetente, mas aquela letra inclinada e as letras um pouco desproporcionais uma da outra, definitivamente era dele, era de Harry. Não sabia se ria ou se chorava, decidiu por ficar pulando pelo quarto lendo o bilhete ate cansar, ate decorar todas as palavras, as virgulas, todos os acentos e pontos. Sentiu algo bicar sua cabeça e deparou-se com Edwirges voando de cima dela para a mesa de cabeceira, derrubando um porta-jóias e soltando um pio de indignação.

- Se você esta com fome? Tem um montão de comida lá embaixo. Vá e sirva-se – falou a ruiva estampando um largo sorriso no rosto. A ave soltou um pio feliz e saiu voando pela janela.

Arfando de tanto pular, Gina voltou para a cama, sentando-se. Leu mais uma vez o bilhete a pouca luz que vinha dos poucos fogos que ainda explodiam lá fora. Notando isso, correu para a janela de seu quarto e viu que alguns convidados já se moviam em direção a casa. Ela tinha que sair da li o mais rápido possível, se não, seria impossível com todas aquelas pessoas perguntando para onde ela pretendia ir, sem contar em sua mãe que faria um escândalo percebendo que ela queria fugir de seu próprio aniversário sem saber se era realmente Harry que teria lhe mandado tal bilhete. Mas ela sabia que era ele, tinha certeza disso ou pelo menos tudo indicava que sim. Edwirges nunca que iria receber ordens se não fossem de Harry ou a mando dele.

Aproximou-se da mesa de cabeceira, abriu uma gaveta e sem saber o porquê pegou sua varinha.

Sem mais pensar em nada, correu em direção a porta do quarto escancarando-a, desceu a escada mais ligeiro ainda. Percebeu que estava descalça quando sentiu o chão sujo da sala, pensou em ir buscar o par de sandálias dada pelo gêmeo, não pretendia se apresentar ao seu amado descalça, tinha que estar perfeita, porém ouviu vozes vindo do lado de fora, pela janela. Não hesitou em si dirigir a lareira. Pegou um punhado de Pó de flú de dentro de um recipiente pendurado na extremidade esquerda da lareira. Entrou nela. E antes de falar em alto e bom som o lugar, certificou-se lendo mais uma vez o pergaminho. E falou:

- Salão Comunal da Grifinória. Hogwarts. – a ultima visão que Gina teve foi de sua mãe olhando espantada, com as mãos na boca, para ela que sorria.


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Apesar daqueles lábios quentes e macios já conhecidos para ele, não era exatamente aqueles que gostaria de estar beijando naquele momento. Separou-se da dona daquele perfume adocicado, rompendo assim o beijo e viu que ela sorria para ele. Com certeza não era aquele sorriso que ele queria ver, mas não tinha nada mais a perder. Nem sequer imaginava que há alguns metros dali estava a garota que desejava, roendo-se de ódio e ciúme.

- Por que isso agora... Uon-Uon? – perguntou Lilá acariciando a nuca do ruivo que lutou contra todas as forças para não gritar com ela pedindo para que parasse de chamá-lo assim.

- Já disse. Você está linda e por que queria lembrar os velhos tempos. – disse ele forçando um sorriso. Ela ao ouvir isso sorriu mais ainda dando um selinho nele.

- Obrigada pelo linda. E pra falar a verdade, eu também sinto saudades de você Uon-Uon. – “Eu disse que sentia saudades? Ah, meu Merlin! To começando a me arrepender de ter feito isso!” Pensou Rony não escutando nadinha do que ela dizia. – Uon-Uon? Você esta bem? Parece tão distante.

- Ah! Não! Nada! – ela o olhou contrariada. – Na verdade queria lhe pedir uma coisa...

- Peça! – interrompeu ela dando outro selinho nele.

- Então, por favor, não me chame mais de Uon-Uon. – pediu ele com uma carinha de cachorro sem dono.

- Poxa! Pensei que gostasse...

- Eu nunca gostei!

- Então por que nunca me disse? – perguntou ela cruzando os braços e ficando de costas para ele. Rony revirou os olhos.

- Por que você acha? Por que... – ele não queria dizer o que realmente pensava sobre o apelido. Apesar de ser grudenta, ele a considerava uma boa companhia, engraçada e inteligente, além de muito bonita, uma beleza comum, mas, era bonita. Não tanto quanto Hermione que era tudo isso e mais um pouco. – Por que não queria que acontecesse isso. Entende?

Ela demorou um pouco para voltar-se para ele e responder, no entanto, vendo que uma pessoa olhava furiosa para onde eles estavam, não hesitou em virar-se e beijar o ruivo fazendo com que ele se assustasse com a reação da garota. “Não vou ter perder pra ela de novo!” Pensou ela enquanto o beijava.

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Se pudesse matar alguém, seria um daquele casal, mas provável a garota, ou essa pessoa que teimava em falar alguma coisa em seu ouvido que não passavam de sussurros. Já irritada com ambos os casos, virou-se para o tagarela as suas costas.

- Dá pra calar a boca? – mandou ela quase gritando com os punhos fechados.

- Calma Hermione! So estava dizendo...

- Não me interessa o que você diga! So quero que cale essa boca que já esta me irritando, antes que eu azare você. – disse ela entre dentes sem se importar com a expressão espantada de Victor Krum que estava com as mãos erguidas no ar. Ele apenas consentiu com a cabeça ao ouvir a fúria da amiga.

Hermione bufou de raiva e virou-se mais uma vez para o casal, que agora, trocava outro ardente beijo. Tirou sua varinha da bota que usava e a segurou firme na mão direita. Krum percebendo isso mandou sua cautela, em relação á raiva da amiga, para o espaço e segurou, firme, o braço direito dela.

- Você não vai fazer nenhuma besteira. Não vale...

- Se não soltares meu braço vou fazer uma besteira ainda maior. – falou ela olhando para a mão dele em seu braço.

O moreno hesitou um pouco, mas soltou o braço da amiga, sem antes dizer em seu ouvido “Faça o que tiver que fazer então, mas que seja agora!”. Hermione ao ouvir essas palavras sentiu algo ligar dentro de si, como se fosse uma permissão que queria há muito tempo. Então poderia fazer o que quisesse contanto que fosse naquele momento? Então poderia mandar seu lado de garota certa por inferno e soltar toda essa raiva que sentia? Sim, ela podia! Respirou fundo e rumou para a casa, deixando Krum sem ação. Mas antes de dar cinco passos, parou e olhou mais uma vez para o casal.

- Chega de ser certinha! – de repente ela desapareceu do lugar onde estava deixando para trás somente o som de um estampido, no segundo seguinte, o casal que estava a metros de distância, agora estava apenas, a um.
Victor Krum, notando o que amiga tinha feito, colocou as mãos no bolso da calça e sorriu. Alguns convidados, a maioria ex e estudantes de Hogwarts pararam a volta á casa esperando por um grito que desse inicio ao barraco, mas não veio, apenas a voz doce e decidida de Hermione se fez presente juntamente com o barulho dos poucos fogos que ainda explodiam iluminando e derramando, naquelas pessoas, confetes e pétalas de rosas.

- Ronald. Preciso falar com você. - Pediu ela cruzando os braços fazendo
com que o casal se soltasse.

- Quê? – disse Rony fazendo cara de desentendimento. Hermione revirou os olhos.

- Ta surdo ou o quê? Falei que quero falar com você.

- Mas agora? – perguntou Lilá envolvendo seus braços em torno do pescoço do ruivo fazendo com que Hermione fechasse o punho.

- É! Agora! – responde ela olhando desafiante para Lilá.

- Ih! Vai começar o barraco! – disse Fred para o irmão gêmeo.

- Então façam suas apostas! – Falou Jorge virando-se para as pessoas ali.

- Em Hermione Granger... – começou Fred

- A cdf mais conhecida de Hogwarts, boa em tudo que já fez e melhor amiga de Harry Potter o “Eleito da cicatriz”...

- Ou em Lilá Brown, ex-namorada de roniquito...

- Como se fosse grande coisa...

- Uma Grifinória de sangue puro e outras coisas à mais...

- Então quem vai ganhar essa disputa pelo coração de nosso adorado irmão? - Terminou Fred sorrindo maroto para o Hermione, Rony e Lilá que balançaram a cabeça negativamente.

Ao mesmo tempo em que Rony falou “Ta!” Lilá disse “Não mesmo!” Ambos se olharam. Ela serrando os olhos para ele que deu um meio sorriso sem graça. Enquanto que o sorriso de Hermione era de Triunfo.

- Eu não acredito que você vai me deixar aqui pra ir com ela Uon-Uon? – perguntou Lilá descrente.

- Um ponto para Granger! – Gritou Fred.

- Eu já pedi para que não me chame assim. – disse ele tirando os braços dela de seu pescoço. Lilá fez força para que ele não conseguisse, porem, Rony era mais forte.

- Sim, vai falar comigo ou não... Uon-Uon? – brincou Hermione, mas sem tirar um tom sério da voz.

- Dois pontos para Granger! – agora foi a vez de Jorge.

- Do que você o chamou? Você não tem direito algum de chamá-lo assim. – Brigou Lilá cruzando os braços e ficando entre Rony e Hermione. O ruivo balançou a cabeça negativamente.

- Oh garota! Eu não estou falando com você, então, por favor, dá licença? – Hermione parou de falar fazendo gestos com a mão para que Lilá saísse de sua frente.

- Três a zero para Granger! – Disse Fred.

- Olha aqui Granger! Quem você pensa que é pra falar assim comigo heim?

- Brown se recupera fazendo um ponto! – Jorge.

- Lilá, deixe-me falar com Mione, vai ser ra...

- Agora é “Mione” é? – Lilá irritou-se mais ainda e virou-se para Rony com os dentes cerrados. Deu um passo em sua direção e Rony deu outro para trás.

- Eu sempre a chamei assim. Mione é minha amiga!

- Hei Ronald? Vai demorar ai vai? – perguntou Hermione.

- Foi por causa dessa sua “amiga”... – ela desdenhou ao dizer “amiga” – Que terminamos daquela vez. E agora por causa dela vai me deixar sozinha aqui?

- Três a dois para Granger! – Fred.

- Não terminamos por causa de Mione, mas sim por você ter pensado besteira de mim...

- Ah! Agora a culpa é minha? Olha aqui...

- Dá pro casal brigar depois? Ronald quero...

- CALA A BOCA GRANGER! – gritou Lilá virando para ela com o dedo indicador erguido.

- Uh! Empate! - Jorge

- Não me mande calar a boca Brown! Você não me conhece. – disse Hermione ríspida, mas sorrindo descrente.

- Quatro a três para Granger! – Fred.

- Só porque você teve sorte de sobreviver quando derrotaram você-sabe-quem não quer dizer que você é uma grande bruxa. Você não passa de uma bruxinha de quita que só estava ao lado da pessoa certa. Harry sim pode ser considerado um grande bruxo! – disse ela dando um passo em direção a Hermione ainda com o dedo erguido.

- Uh! Pegou baixo Brown...

- Mas do mesmo jeito temos outro empate! – Continuou Fred.
Hermione ia falar quando Rony se interpôs entres as duas e virando-se para Lilá disse:

- Não fale assim dela Lilá! – Hermione deu mais um sorriso triunfante deixando que um sentimento que parecia felicidade a invadisse. Lilá ficou de
boca aberta olhando para o ruivo.

- Não precisa Rony. Eu sei me defender. Do mesmo modo, obrigada! – Hermione terminou de falar fazendo uma coisa que nunca tinha feito antes, afagou os cabelos da nuca de Rony por trás dele. O ruivo ficou paralisado. – Se você me considera uma bruxa de quinta, nem ouso falar a sua classificação por ser tão baixa já que nem consegue dizer V-o-l-d-e-m-o-r-t sem parecer idiota.

- Nuuussa!!! Boa Granger! – falou Jorge mostrando os polegares para Hermione, mas ela nem o olhou.
Vendo que Hermione estava sendo arrastada por Rony por um dos braços Lilá falou baixinho so pra si:

- Veremos quem é idiota Granger. – Tirou a varinha de dentro de sua bolsa, mas antes que a apontasse para a garota, Krum, que vira tudo, gritou um “Cuidado” de onde estava e Hermione já sabendo do que se tratava, tirou rapidamente sua varinha da bota e a direcionou para Lilá que no momento seguinte foi erguida pelos pés para o alto ficando de cabeça para baixo, soltando um grito agudo, tentando segurar seu vestido de estampa de forma que ninguém visse suas roupas intimas.

- Definitivamente temos uma vencedora: Granger! – gritou Jorge entre gargalhadas sendo seguido por Hermione, assim como algumas outras pessoas. No entanto as amigas de Lilá e Rony não gostaram nadinha disso.

- Hermione desfaz isso! – pediu Rony passando uma de suas mãos pelo seu cabelo, em tom irritado.

- Ah! Rony, por quê? Ta tão engraçado. – Hermione tentava conter os risos, enquanto Lilá ainda gritava e começava a chorar pedindo ajuda. – Harry não acreditaria nisso!

- Vindo de você, não! – encararam-se sorrindo – Mas, desfaz isso por... – mas antes que Rony terminasse de falar os gritos de Lilá haviam desaparecido. Os dois olharam para a garota que, agora, estava chorando abraçada por Parvati que olhava cortante para Hermione.

- Ih! Sujou! – disse Jorge olhando para o lado da casa.
Antes que Hermione visse a quem Jorge se referia ouviu um grito.

- Quem fez isso? – era a Sra. Weasley.

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Com aquela sensação de que uma brisa morna invadia seu corpo e ser sugada como água por um imenso ralo, sentiu tudo ao seu redor rodar muito rápido. Com os braços junto ao corpo e as pernas bem grudadas uma na outra nem se atreveu a abrir os olhos e ver uma seqüência de lareiras que passavam. Por fim, saiu da lareira, ou melhor, foi quase cuspida por ela, ajeitando logo o vestido novo que ganhara. Além de descalça não pretendia se apresentar pior para ele, não toda bagunçada, descabelada e cheia de cinzas. Pensando nisso, nem notou na aparência do lugar e muito menos que havia uma pessoa de costas pra ela do outro lado da sala. Ainda, um pouco tonta, passava a mão convulsivamente pelo vestido para tirar as poucas cinzas que estavam lutando bravamente para não sair.

- Pretende me azarar? – perguntou uma voz que a assustou. Ela levantando a cabeça devagar e deparou-se com o dono daquela voz. Aqueles cabelos muitíssimo pretos, rebeldes... Aqueles olhos... Aqueles olhos verdes vivos que tanto almejava em vê-los de novo e aquele sorriso, que lhe transpassava calma, seu porto seguro, sua vida, sua alma. Harry estava ali na sua frente, a olhando da cabeça aos pés sorrindo. - Não podia estar mais perfeita!

- Assim? Descalça? Cheia de cinzas? Descabelada? – Gina falou com dificuldade já que sua voz estava começando a ficar embargada

- Já te vi em situações piores. Só lama e descabelada te lembra alguma coisa...? – perguntou Harry coçando a ponta do queixo, como se quisesse lembra de alguma coisa, sorrindo.

Sem se segurar, Gina correu ate ele e se jogou em seus braços, deixando assim, que uma seqüência de lágrimas escapassem pelo seu rosto, mas aquelas eram diferentes, eram de pura felicidade. Harry a recebeu firme, porém deu um passo para trás, com o impulso da garota, fazendo um gemido de dor que não passou despercebido pela ruiva.

- O que foi Harry? – perguntou ela afastando-se dele o suficiente para olhá-lo, com o rosto marcado de lágrimas, nos olhos.

- O quê? – Harry parecia confuso.

- Isso! Isso que você fez agora. Esse gemido de dor aí...

- Ah! Nada que preocupe! – disse ele a puxando para um novo abraço só que ela se desvencilhou e fez a posição que ele tanto adorava, jogou os cabelos pra trás e colocou as mãos na cintura, digna de uma Sra. Weasley. Harry sorriu.

- Como assim “nada”? Harry Potter o que foi isso?

- Eu não acredito que você vai acabar com tudo isso aqui que preparei especialmente pra hoje. – Apesar do sorriso ainda no rosto, Harry transpassava contrariedade na voz.

Só ai que Gina lembrou onde estava e percebeu que havia uma atmosfera diferente naquele lugar. O salão comunal da Grifinória nada tinha daquele que servia de, ao mesmo tempo, de sala de reunião, diversão e estudo. Velas foram colocadas em pontos estratégicos, iluminando as várias rosas vermelhas e lírios brancos que enfeitavam o lugar. As mesas que antes ocupavam o espaço não estavam ali dando lugar a um tapete de pétalas de rosas e almofadas em tom de vermelho e amarelo ouro. Uma mesa estava ali com lugar para duas pessoas e uma tapeçaria muito bonita. A única mobília que parecia pertencer ao antigo salão era um sofá que estava de frente á lareira que, momentos atrás, não estava acesa. Sorriu para Harry que retribui o sorriso e se abraçaram de novo.

- Esta muito mais perfeito do que eu poderia imaginar... Mas ainda quero saber o motivo daquele “ai”! – disse a ruiva no ouvido do moreno.
Ficaram ali abraçados, extravasando tudo que sentiam no momento, esvaziando aquele sentimento de saudade... O mundo poderia acabar naquele momento, que pra eles, já estava de bom tamanho. Aquele era o melhor presente que ambos poderiam se dar.

Harry por fim desvencilhou-se dos braços de Gina, enxugou o rosto da amada. Pegou em suas mãos a levou em direção a mesa posta para eles. Puxou a cadeira para que ela se sentasse, depois, com Gina já acomodada no seu lugar, sentou-se.

- Espero que esteja com fome. – disse ele pegando um pequeno cardápio ao lado de seu prato. Mas a ruiva não fez a mesma coisa, só ficou o observando com o semblante preocupado, chamando, assim, a atenção de Harry. – Que foi? Não está com fome?

- Preciso fazer algumas perguntas. – Harry a estudou por um momento. Fechou o cardápio e o colou no mesmo lugar, cruzou os braços em cima da mesa e pôs-se a observá-la. – Isso não é uma volta não é? Você não esta voltando não é?

- Era a 1° coisa que deveria ter explicado. – Gina se afundou na cadeira – Não! Não estou voltando apesar de que essa é a minha vontade...

- Então por que você não faz a NOSSA vontade? – perguntou ela se levantando da cadeira. Ele balançou a cabeça negativamente.

- Você sabe muito bem o porque. E não era...

- Você e seus motivos para ficar longe de mim! – ele também se levantou quando percebeu que ela estava ficando vermelha e começara a altear a voz. Ia abrindo a boca para falar algo, mas ela o interrompeu. – Era Voldemort! É esse ego superprotetor! Essa incrível vontade de fazer tudo pelos outros e nada por você mesmo, deixando tudo para segundo, terceiro plano. Por que você não deixa isso de lado e vive a sua própria vida e que os outros se ferrem? Já acabou essa história de o “Eleito”! Você já fez o que muitos bruxos esperavam, ate o que eu mesma esperava. Você já derrotou Voldemort! Já esta de bom tamanho isso! Por que você não experimenta viver um pouco o que quer? Que saco! – Gina falava tudo muito rápido e alto de mais para a distância dos dois, andando de um lado para o outro, mexendo as mãos freneticamente. Parou e se apoiou na cadeira.

- Eu já experimentei o que quero e por esse motivo quero garantir que não vai acabar. Não quero que ninguém, que ainda queira me ver morto, atrapalhe os momentos que serão os melhores de minha vida, sendo que todos eles quero passar ao teu lado. – Harry falou tudo muito calmo, não queria piorar aquela situação. Na verdade o que mais queria era que aquilo não estivesse acontecido. Isso não estava nos planos.

Gina ficou olhando para a mesa com uma imensa vontade de derrubar tudo. O sentimento de grande saudade que sentia havia dado lugar a uma imensa raiva que não sabia de onde vinha. O que mais queria naquele momento era manifestar tudo isso que sentia, mesmo que aquilo custasse uma noite de felicidade ao lado de quem amava. Porém... “Por quê estou fazendo isso? Meu Deus, o que estou fazendo com ele?” Perguntava-se erguendo o rosto para encarar Harry e viu tristeza naquele olhar. A raiva foi cessando, o rosto já não estava tão quente e mais uma vez a tristeza lhe envolveu.

- Não era isso que eu queria. Não preparei isso tudo pra ver você irritada comigo. Pra descontar a raiva que sentimos em mim. Queria uma noite sem dor de cabeça, sem estresse, sem frustração, sem ansiedade de encontrar um Comensal, que eu pudesse dormir, por que desde que sair dA’Toca nunca passei mais de cinco horas dormindo. E tudo que consegui foi ouvir seus gritos de raiva. To começando a achar que essa noite não era pra existe. Que estaríamos melhor um longe do outro na companhia, apenas, da saudade. – Harry desviou seu olhar da ruiva e fitando o chão foi em direção a lareira. Gina não tinha coragem de falar coisa alguma. – Você sabia muito bem o que a minha vida significa, o que ela se tornou quando meus pais morreram, quando se apaixonou por mim. Você sabia muito bem o homem marcado que sou quando se aproximou de mim.

Aquelas palavras foram o suficiente para Gina desatar, mais uma vez, em lágrimas. Mesmo que o quê Harry tinha falado não tivesse teor algum de raiva, foram as piores palavras que ela tinha ouvido dele em todo esse tempo que passaram juntos. Gina se aproximou dele por trás, hesitou um pouco em tocá-lo, porém, sabendo que tinham chegado àquela situação, por causa dela, era seu dever mudar isso o quanto antes, antes que à noite, que fora preparada com tanto carinho, fosse por água’baixo.

Harry sentiu-se ser envolvido em um abraço por trás. Olhou para as
pequenas mãos que surgiram por cima da camisa preta que usava e logo em seguindo o corpo de uma pessoa se juntar à suas costas. Gina colocou sua cabeça no ombro dele e falou baixinho entre soluços.

- Perdão! Por favor, me perdoa? Não sei o que me deu. Não sei como conseguir ser tão egoísta. Mas... – Gina parou de falar quando Harry segurou suas mãos virando-se pra ela. Percebeu que os olhos do moreno estavam mais verdes e brilhantes que nunca, porém um pouco vermelhos, denunciando que dali tinham saído lágrimas. Sentiu um aperto no peito e sem se conter àquela ínfima distância entre eles o puxou pela camisa para um abraço e o apertou o Maximo que pode como se quisesse que ele nunca saísse dali e chorou mais ainda, soltando soluços contínuos. Harry apenas se conformou em acariciar os cabelos flamejantes e percebeu que a extensão de cabelos vermelhos dela estava sendo interrompida por mechas cor de mel.

- Agora está muito mais parecida com o fogo. Meu foguinho! – Gina se afastou dele ainda soluçando e deparou-se com um sorriso que lhe energizou por dentro e sorriu também.

- Então estou perdoada?

- Sempre esteve...

- Não sei como pude ser tão egoísta. – interrompeu ela acariciando o rosto dele.

- Não vamos mais falar disso Ok? – pediu ele enxugando o rosto dela que confirmou. – O que me interessa agora é o motivo de você ter feito isso no cabelo? – perguntou ele pegando uma mecha do cabelo dela.

- Tens certeza de que é realmente isso que importa? – Falou ela dando um sorriso maroto. Ele a olhou com o mesmo sorriso, porém levantando uma sobrancelha.

Um arrepio percorreu o corpo dos dois quando sentiram seus lábios encostarem-se um no outro.

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Era sonho, ou melhor, um pesadelo. Aquilo não poderia estar acontecendo justamente no momento que ela tinha recebido passe livre para fazer o que quisesse. Não tinha feito o que pretendia, mas tinha ido muito além do que poderia te imaginado fazer. Do que sua visão de ética e comportamento exigiam. Mas como toda ação, provoca uma reação. Daria tudo para que essa reação fosse boa, no entanto, ocorreu o contrário.

A Sra. Weasley passou por ela e Rony encarando-os e seu olhar caiu na mão que Hermione segurava a varinha, em seguida vinha Remo Lupin, que por incrível que pareça, tinha um meio sorriso no rosto e por Macgonall com seu mesmo ar repressivo. A Sra. Weasley parou diante de Lilá, que ainda chorava, e a abraçou, pedindo para que se acalmasse. Quando a garota parecia ter se tranqüilizado, a mulher virou-se para todos os que ainda estavam ali, pois quando a voz dela surgiu, muitos convidados desapareceram do nada, ficando apenas alguns.

- Quem fez isso? – tornou a perguntar com severidade. Mas ninguém respondeu.
Hermione e Rony fitavam um ponto no chão. Os gêmeos olhavam interessados para mais uma palavra que se formava no ar, porém com as luzes fracas. As irmãs Patil ainda olhavam fulminante para Hermione. Cátia, Angelina, Neville, Luna e Simas observavam, a situação, calados.

- Eu vou perguntar mais uma vez. Quem-fez-isso? SE ninguém responder... – ela olhou inquisidora para os gêmeos – Ninguém vai sair daqui enquanto não aparecer o culpado por ter feito esse barbaridade com a srta. Brown.

Perdida em pensamentos que envolviam dizer a verdade, situação que a verdadeira Hermione Granger aprovaria, mesmo decepcionando a Sra Weasley e seus professores e dizer uma possível verdade, ou seja, inventar uma mentira deslavada. Mas, como isso seria possível se muita gente tinha visto o que realmente tinha acontecido? Rony fez um barulho com a garganta que a despertou desse conflito. Olhou ao redor e notou uma expressão de “medo” no rosto de cada amigo, seria completamente injusta com todos ali. Deu um passo a frente.

- Fui eu! – Hermione congelou e arregalou os olhos ao ouvir a voz de Rony ao mesmo tempo em que ele a segurou pelo braço. Ela o olhou e viu aflição e culpa naquele olhar. “Culpa?”. Lilá recomeçara a chorar e balançava a cabeça negativamente.

- Rony? RONALD WEASLEY! CONTE-ME ESSA HISTORIA DIREITO SEU MOLEQUE? – gritou a Sra. Weasley avançando em direção ao filho. Como Rony ainda segurava o braço de Hermione, ela sentiu que ele começara a tremer de medo. Sentiu vontade de rir, porém, a situação não indicava que fazer isso seria bom.

A Sra. Weasley chegou bem perto do filho com olhos cerrados. Antes que ela retornasse a olhar para a varinha em punho de Hermione, a garota deixou que ela escorregasse para dentro da bota, tentando fazer o mínimo de movimento possível.

- DIGA RONALD, POR QUE VOCÊ FEZ ISSO COM A SRTA BROWN? VAMOS? FALE SEU MOLEQUE! Mesmo que você tente se justificar nada que diga fará com que sua punição não seja a pior. – disse a mãe do ruivo apontando o dedo indicador para ele que ouvia tudo de cabeça baixa.
Mesmo com toda a raiva que havia sentido de Rony, Hermione não poderia deixar que ele pagasse por uma coisa que não havia feito. E mesmo por que, a punição dela não teria as mesmas proporções da do ruivo, isso ela tinha certeza. Porém, quando ia abrindo a boca para dizer a verdade, assim interrompendo a vergonha que o ruivo passava, outro grito se fez presente.

- NÃO FOI ELE SRA WEASLEY! – gritou Lilá soltando-se de Parvati, que a havia pegado em outro abraço quando a Sra Weasley soltou-a.

- O que foi que você disse, minha filha? – perguntou a mulher. Hermione engoliu em seco e achou melhor ela falar antes que a outra inventasse uma mentira.

- Fui eu! – disse ela super baixo no mesmo momento que Lilá gritou de onde estava.

- FOI A GRANGER! – as irmãos Patil confirmaram com um aceno de cabeça.

- Ela disse que fui eu, Sra Weasley. – Hermione chamou a atenção da mulher que imediatamente levara a mão à boca assim como a Profa. Macgonagall.

- Oh, Hermione! Por que você fez isso? – perguntou a nova diretora de Hogwarts.

- Eu estava de cabeça quente e confesso que fiz besteira, mas o que importa é que não foi o Rony. – respondeu ela de cabeça baixa. Ao terminar de falar, sentiu um movimento ao seu lado e viu que Rony tinha ficado atrás dela e colocou uma de suas mãos em seu ombro, com a intenção de lhe passar força. Hermione deu um meio sorriso.

- Não foi cabeça quente coisa nenhuma. Ela começou a me ofender do nada e não aceitou ouvir algumas verdades e me azarou como resposta. – dizia Lilá enquanto se aproximava da Sra. Weasley, Hermione, Rony e Prof Macgonagall. Hermione não pode acreditar no que ouviu e no que não ouviu em seguida. Ela estava preocupada em inventar uma história pelo fato de que havia muitas pessoas ali que a desmentiriam. No entanto, Lilá tinha feito o mesmo e não ouve reclamações.

- Não foi bem...

- Cale a boca Rony que você não foi chamado para a conversa! – brigou a Sra. Weasley interrompendo o filho. – Hermione! Nunca pensei que você
fosse capaz de fazer tal absurdo, mesmo que de cabeça quente...

- Mas ela fez Sra Weasley! – disse Lilá.

- Sim! Minha querida, já sei o que ela fez e foi horrível. – disse ela para a garota. – Não sou sua mãe Hermione, mas como está em minha casa e não tolero esse tipo de coisa vou ter que, não é bem castigar, mas acho que você deve subir para seu quarto e pensar no que fez, sem antes pedir desculpas para Lilá Brown.

- Eu acho que ambas deveriam se desculpar por que...

- Já disse para ficar calado! – Rony foi interrompido pela Sra. Weasley que ainda olhava para Hermione com descrença.

- A Sra. me disse uma vez... – Rony falava baixinho, porém com firmeza na voz, mesmo recebendo um olhar fulminante de sua mãe. – Que não tolera que seus filhos aceitassem injustiça. Então... – levantou o olhara para encarar a mãe, sua voz ficou mais firme. – Eu acharia melhor que as duas se desculpassem, por que ambas se ofenderam aqui. – Hermione e Lilá viraram, a cabeça rápida para Rony, que ainda matinha os olhos fixos na mãe, no entanto, a Sra. Weasley, tentava esconder um meio sorriso de aprovação pela maturidade do filho.

- Muito bem, então! Neville? – chamou a Sra. Weasley, o garoto pegou um susto.

- Senhora?

- Venha ate aqui! – mandou a mulher. Neville hesitou um pouco, mas graças a um empurrão de Luna ele conseguiu se mover e foi em direção do grupo. – Você ouviu bem o que Rony falou? – ele consentiu com a cabeça. – Você concorda com ele?

Neville engoliu em seco. Ficou olhando de Hermione para Lilá e dessa para Rony que parecia ter uma expressão de desespero no rosto.

- Pode contar a verdade Neville. Ninguém para te prejudicar por isso. – pediu Hermione. Neville respirou fundo por fim...

- Con-concordo com Rony!

- Muito obrigada Neville. Então, Hermione e Srta. Brown queiram se desculpar agora! – aquilo não foi um pedido, mas sim uma intimação. Hermione olhou para Lilá que virou a cara cruzando os braços. Ela soltou um bufo de indignação.

- Desculpas Brown! Sinceramente. – pediu Hermione estendo a mão direita para Lilá, que percebendo o movimento olhou para a mão de Hermione.

- Era o mínimo que você poderia fazer, Granger. – e saiu.

O queixo de Hermione caiu, assim como de alguns ali, inclusive da Sra. Weasley. Rony tirando a mãos de cima do ombro de Hermione deu um passo para seguir Lilá, mas a amiga não permitiu o segurando pelo braço, o rosto de Rony estava vermelho.

- Bom, eu tentei. – Falou a castanha soltando o braço do ruivo.

- Mas não é o suficiente. Então, querida, por favor, vá para seu quarto Ok! – pediu a Sra. Weasley saindo do transe em relação a reação de Lilá.
Hermione baixou a cabeça deu meia volta e saiu em direção a casa. Ouviu Rony dizer alguma coisa que foi interrompido por mais um grito da mãe. Olhou para a direção de onde estava Krum, lançou-lhe um sorriso amarelo e ele outro confortador. “Nunca mais sigo nenhuma idéia sua!” Pensou entrando na casa. As pessoas que estavam lá lançaram olhares incriminadores para ela, que baixou a cabeça, mais uma vez, e subiu as escadas.

- Eu não acredito que fiz isso! – disse ela batendo a porta do quarto. – Definitivamente, eu não acredito que fiz isso. – começou a andar pelo quarto esfregando uma mão na outra. Não sabia o que pensar, tudo tinha ocorrido tão depressa. Não tão depressa assim, já que a noite foi planejada há muito tempo, mas a sua mudança de temperamento foi muito rápida. – Eu vou matar o Vitor! Tudo culpa dele... Eh... Bem, acho que vou matar o Rony também. È! Vou matar o Vitor e o Rony, por que se não fosse... – Mas interrompeu sua lista negra quando ouviu gritos vindos do andar de baixo, que aumentavam gradualmente e por fim pegou um susto vendo que a porta do seu quarto fora escancarada e Rony sendo arremessado, pela Sra. Weasley, por ela.

- O-o...

- Você esta pensando o quê heim, Ronald? Já não basta a Gina ter sumido e você...

- O quê? A Gina sumiu? – perguntou Hermione levando uma das mãos a boca.

- Sim, sim, sim! Gina sumiu. E pelo o que Remo falou parece que foi encontrar com Harry em algum lugar...

- O quê? – falaram Rony e Hermione, porém, a garota estava sorrindo.

- Foi o que ouviram. E agora, escutem bem o que vou falar. – rapidamente o sorriso de Hermione sumiu, com vergonha de encarar a mulher, abaixou a cabeça, assim como o ruivo ao seu lado. – Vocês dois vão ficar aqui ate pararem com essa implicância...

- Não entendi!

- Entendeu sim, querida. Vão ficar aqui trancados ate pararem com essa frescura. Por que já sei que tudo isso que aconteceu com a Srta. Brown foi por causa de mais uma briga. Fred e Jorge me contaram a descursão que as duas tiveram por causa de Rony. – Se Hermione já estava envergonhada com o que fez com a amiga, ficou mais ainda ao ouvir o que a Sra. Weasley falou. E lembrando o que ocorrera teve a certeza de que todos estariam pensando a mesma coisa. Sentiu seu rosto esquentar tão de repente que não duvidava nada que estava na tonalidade da cor dos cabelos de Rony. Abaixou mais ainda a cabeça. – Vão ficar trancados e nem tentem me enganar, por que vou saber se estiverem mentindo ou não. Nem que eu tenha que usar Legilimência, ou pior Veritaserum com vocês. E nem pensem em aparatar, por que se não vão se arrepender muitíssimo de ter feito isso, Ok? – saiu batendo a porta com estrondo e por fim, o casal ouviu um click.
Os dois ficaram algum tempo olhando para a porta fechada e, volta e meia, se encaravam. Certificando que seu rosto já não estava tão vermelho, Hermione virou para Rony o encarando furiosamente.

- O que foi que você fez? – Rony a olhou espantado.

- Eu? Eu não fiz nada.

- Engraçado como você nunca faz nada...

- Você não ouviu o que mamãe falou? Foram os gêmeos! – disse ele sentando-se na cama dela.

- Não interessa se foram eles ou não. Você sempre tem culpa em tudo que acontece. E levanta da minha cama! – Rony obedeceu na mesma hora.

- Não to entendo! Dessa vez eu não fiz nada.

- Você nunca entende nada. Você é tapado ou quê? Ah! Me esqueci que seu nome é Ronald idiota Weasley! – disse ela irônica, voltando a andar de um lado para o outro.

- Seria possível pedir para que você não me ofenda e pare de gritar?

- Quem ta gritando aqui? – perguntou ela indo em direção ao ruivo que deu vários passos para trás e acabou caindo na cama dela. – Já disse para não encostar na minha cama!

- Eu acho que quem ta gritando aqui é você! E pode ficar com essa merda de cama – disse ele se levantando e falando alto para que Hermione desistisse de falar – E antes que você comece a me ofender de novo. Eu-não-fiz-nada! Foram os gêmeos que contaram uma história mirabolante de que vocês duas estavam lutando pelo meu coração de pedra – Rony sentiu o rosto corar, porém não parou de falar. – E tiveram uma pequena ajuda de ninguém menos que seu amiguinho Vitor Krum.

- Nem me fale nesse ai que é outro que to com vontade de matar! E é verdade ele é meu amigo sim, um amigo muito melhor que você, Rony, muito melhor. – Hermione parou de falar ofegante e a centímetros de distância do rosto de Rony como dedo erguido.

- Você fala isso por que ele não conheceu a verdadeira Hermione Granger...

- Eu falo isso por que ele conheceu uma Hermione que você não conhece! – interrompeu a castanha abaixando a cabeça e dando passos para longe dele. Virou e ficou de frente para porta.

- E por que você não me apresenta? – perguntou Rony baixinho, bagunçando os cabelos com uma das mãos. Aquela repentina aproximação dos dois mexeu com ele.

- O que foi que você disse – perguntou Hermione virando-se para ele.

- Nada! Agora sai da frente! – Rony rumou para a porta e pegou a maçaneta tentando abri-la.

- Nem parece que você é um bruxo Rony. Sai da frente! – Hermione pegou sua varinha dentro da bota e apontou para a porta – Alorromora! – nada – Bombarda! - nada – Reducto! – mais uma vez o feitiço lançado por ela não funcionou e a porta continuava intacta. Hermione já estava se irritando. – Estu...

- Não vai funcionar! E acho ate melhor isso. – interrompeu Rony segurando a mão de Hermione para que ela parasse. Algo aconteceu dentro deles fazendo com que, mesmo contra suas vontades, quebrassem aquele toque rapidamente. Hermione respirou fundo vendo Rony dar meia volta e por fim perguntou.

- E posso saber como você chegou a essa idiota conclusão? – mas antes que o ruivo pudesse abrir a boca...

- VOCÊS PODEM USAR QUAL FOR O FEITIÇO, MAS ESSA PORTA NÃO VAI ABRIR. E SÓ POR ISSO, VÃO FICAR SEM COMER ATE AMANHA! – brigou a Sra. Weasley do lado de fora.

- Isso responde a sua pergunta? – falou Rony sentando-se no chão, apoiando as costas no criado mudo. Hermione afastou-se da porta guardando a varinha.

- O que você esta fazendo? – perguntou ela. Rony lançou-lhe um olhar de desentendimento. Ela revirou os olhos. – Ai no chão? Por que se sentou ai no chão?

- Ora, por que, na sua cama não posso nem encostar. – respondeu ele desmanchando o nó dos tênis.
Por um momento, Hermione ficou observando o ruivo, pensando na possibilidade de deixar o amigo sentar-se na cama, por fim, disse contrariada:

- Ta bom, Rony, desculpa! Levanta do chão e senta na cama.

- Não. Obrigado! Ta bom aqui. – Rony agora tirava a camisa de dentro da calça fazendo com que em poucos segundos seu barriga aparecesse. O coração de Hermione acelerou com tal vista a deixando sem ação. – Que foi?

- Na-nada!... Então fique ai onde esta! – disse ela indo ate o criado mudo pegar um de seus livros, fazendo questão de bater com o bico da bota na perna do ruivo.

- Não ta me vendo aqui não? – perguntou ele massageando o lugar.

- Ah! Não vi você mesmo! Desculpa? – disse ela com uma expressão de ofendida ironia no rosto. Rony sorriu torto para ela que nem ligou e sentou-se na cama abrindo um livro de Runas Antigas, em uma pagina marcada.

- O que você ta fazendo?

- Bolo! – respondeu sem tirar os olhos da página querendo se concentrar.

- Quê?

- É idiota mesmo! O que se faz com um livro? Pelo menos essa você pode responder. – continuava a olhar o livro virando algumas folhas anteriores a aquela.

- Eu sei o que se faz com um livro ta. Mas quero saber por que você vai lê-lo agora? – Rony se levantou e olhou para a janela com curiosidade por fim abriu-a.

- Por que estou com vontade. E posso saber o por que de você esta abrindo a janela? – porém, Rony não respondeu, parecia muito interessado olhando para alguma coisa lá em baixo, voltou a olhar para dentro do quarto, parou na cama onde Hermione estava sentada ainda com livro aberto, mas averiguando o que ele fazia, e olhou de novo para fora.

- Acho que já sei um jeito de sairmos daqui. – disse ele virando-se para ela.

- Não querendo perguntar, mas já perguntando. Qual foi a idéia brilhante que você teve? – pediu ela levantando-se da cama e indo em direção a ele.

- Pela janela! – respondeu sorrindo.

- Nossa! Que brilhante! E como vamos sair por aqui? É alto o suficiente para que uma pessoa quebre o pescoço com uma queda daqui de cima. E antes você do que eu. – falou Hermione debruçando-se no parapeito da janela e olhando para baixo. – Ai! Me deu ate enjôo.

- Nem parece que você é uma bruxa Hermione. – a garota tentou esconder o riso, porém, vendo no rosto do ruivo, um contagiante, não agüentou e abriu um largo sorriso. Aquilo esquentou Rony por dentro e ate que não estava sendo tão “horrível” ficar trancado com Hermione. – Wingardium leviosa te dá alguma idéia?

- Rony não podemos usar magia lembra? Sua mãe vai saber! – retorquiu Hermione vendo Rony murchar seu sorriso – Só se...

- Só se? – perguntou ele

- Bem! Já vi muitos filmes, por incrível que pareça...

- Filmes? – Rony a olhava com desentendimento.

- Depois te explico. Mas sinceramente Rony, depois de tantos anos de convivência, não sei como não aprendeu várias coisas do mundo trouxa. – ele deu um meio sorriso. – Continuando. Em alguns, os personagens escapavam por janelas através de lençóis ou panos amarrados uns nos outros. Mas eu nunca pensei que aquele besterol fosse me ajudar em algum momento da minha vida.

- Os gêmeos fizeram isso uma vez, mas foram pegos antes de chegar lá em baixo. – disse Rony pensativo. – Mas gostei da idéia. Vamos pegar esses lençóis aqui. – apontou para a cama.

- Nem parece que você é um bruxo Rony! – sorriram - Lençóis não! – Hermione pegou mais uma vez sua varinha e com um único aceno conjurou uma imensa corda.

- Você não disse que não poderíamos usar magia por que mamãe vai saber? – perguntou o ruivo mostrando um sorriso cínico.

- Não estou usando magia para fugirmos, mas sim para ajudar na nossa fuga. O que é bem diferente.

- Ta bom! – disse ele rindo. Ela fingiu não ligar e pegou a corda do chão.

- Rony amarre isso no pé da cama firme o suficiente para não soltar com o nosso peso OK? – disse ela jogando a corda para o ruivo que a pegou e abaixou-se ao pé da cama. Hermione ficou observando, ou melhor, avaliando se ele amarraria firmemente. Por fim, ele terminou. – Rony, você tem certeza de que está bem firme?

- Claro que ta! Mas, como eu não faço nada que preste, como você sempre diz, pode experimentar. – ele apontou para a corda amarrada com vários nois no pé da cama dela teatralmente. Ela arqueou uma sobrancelha pegando a ponta da corda e começou a esticá-la. Quando estava no ponto certo, ela deu um puxão com toda a força que possuía, a cama arredou em sua direção fazendo com que ela desse dois passos para trás, porém, o salto da bota dobrou resultando em uma exclamação de dor. Rapidamente, Hermione, soltou a corda, e andou ate a cama mancando. Rony, notando, foi ajudá-la. – Você ta bem?

- To ótima! – falou ela sarcástica forçando um sorriso que saiu extremamente
falso, abrindo o zíper da bota.

- Ta nada! Ta doendo muito? – via-se aflição no rosto do ruivo e Hermione percebendo isso, não hesitou, e sorriu confirmando a pergunta. – Não está doendo tanto assim, está ate sorrindo. – ela riu mais ainda e ele acompanhou.

- Estou rindo para não chorar! Mas, na verdade, eu acho que ficaria melhor se nos aproximássemos à cama da janela, para não ocorrer esse pequeno acidente de novo. – ela falava massageando seu tornozelo que, gradualmente, ia ficando vermelho.

- Você tem certeza que esta bem, que consegue ficar em pé. Por que esse negócio ta ficando vermelho já. – retorquiu Rony apontando para o pé de Hermione e controlando um desejo de fazer a massagem por ela. Rony acreditava que nunca tinha visto um pé tão perfeito. – Não somente o pé.

- O quê? – perguntou Hermione franzindo o cenho. Rony tinha falado alto de mais. Ele sentiu seu corpo gelar quando encarou os olhos cor de mel da garota e sem agir por contra própria percebeu que nunca tinha olhado Hermione de tão perto, não de 30 cm de distância. Começou a delinear todo o rosto dela, parando na sua boca entre aberta. Com um incontrolável desejo de sentir aqueles lábios, levantou-se rapidamente, com tal ato, sem querer, bateu com seu joelho no rosto dela. – Ai que droga! Rony você quer me matar? – gritou ela levando as mãos ao rosto. Rony não percebeu nadinha do que havia feito.

Enquanto Hermione ofendia todas as gerações anteriores e futuras de Rony, o ruivo não conseguiu para de pensar em tudo que sentiu por estar apenas a 30 cm dela. “Você ta louco Rony? Você não pode pensar isso... é a Hermione Granger! A garota super chata que briga com você desde o primeiro dia que se viram!” Pensando nisso, Rony lembrou de uma garota com cabelos, que mais pareciam uma juba de leão, entrar na cabine do Expresso de Hogwarts, onde ele e Harry estavam tranqüilos, e implicar com ele, sentiu raiva nesse mesmo momento dela. Porém seu sentimento em relação à garota havia mudado quando eles escaparam, por sorte, do trasgo que invadira o banheiro feminino e ela havia mentido, coisa que nunca havia feito, para a culpa não cair nele e nem em Harry. Lembrou do segundo ano deles e de Hermione petrificada em decorrência do ataque do monstro de Slytherin, sentiu pânico ao vê-la daquela maneira, porém, não demonstrara nenhum grande sinal de fraqueza em favor a Harry, que já estava em péssimo estado de culpa por isso. Dentre todos os casos que envolviam a amiga, nenhum deles foi pior do que vê-la com Vitor Krum no seu quarto ano. Definitivamente aquela sensação de perda e impotência ele nunca esquecerá.

Ainda perdido nesses e em outros pensamentos que envolviam uma pergunta de como seria o gosto do beijo dela, ele escutou gemidos e soluços que o tiraram a força desse mar de pensamentos e virou-se para o lugar onde estava Hermione e entrou em pânico quando viu a garota debruçada na cama e escondendo seu rosto no travesseiro.

- Mione? Que foi? Você...

- Sai daqui! – disse ela com a voz abafada pelo travesseiro.

- Mas...

- SAI, RONY! SAI DAQUI! – gritou ela tirando pos poucos segundos o rosto do travesseiro, mas foi o suficiente para Rony notar que o rosto dela estava muito vermelho e não era em decorrência, apenas, do choro.

- Mione para de frescura, não precisa chorar tanto por causa de uma dorzinha no tornozelo. – disse ele se aproximando dela.

- Dorzinha? – ela virou-se para ele e via-se fúria naquele rosto vermelho e inchado de choro. - DORZINHA? VOCÊ NÃO SE SENTE MAIS NÃO? NÃO NOTOU QUE QUASE DEFORMA MEU ROSTO COM TEU JOELHO?

- Que? Co-como assim? – Rony possuía uma verdadeira expressão de desentendimento no rosto. Mas, para Hermione, não importava.

- VOCÊ NÃO PERCEBEU QUE BATEU COM SEU JOELHO NO MEU ROSTO QUANDO SE LEVANTOU? – de repente Rony sentiu seu joelho latejar, mas tinha uma profunda impressão de que ele doía já fazia um tempinho.

- Foi isso? Poxa! Desculpa, mas eu não percebi...

- NÃO SERIA A PRIMEIRA VEZ NÃO É? VOCÊ NUNCA PERCEBE AS COISAS QUE FAZ DE ERRADO! – se Hermione pudesse e tivesse coragem, um Avada Kedavra seria pouco para ela esbanjar sua fúria, porém, não sentia vontade o suficiente para tanto.

- Poxa, Hermione! Foi mal! Já pedi desculpas. – disse Rony se ajoelhando perto da cama dela.

- Rony! Já estou cansada das suas desculpas. Sempre foi assim. Sempre uma besteira seguida de um pedido de desculpas. Mas que droga. Será que você não pode fazer nada certo pelo menos por um dia inteiro? – Hermione falava com profundo rancor e não era só pela dor, que ainda sentia, mas por tudo que havia acontecido durante semanas e quem sabe anos.

- É engraçado como você sempre esta me recriminado pelo o que faço, pelo o que não faço e pelo o que sou.- Rony se levantou - Eu sei que faço besteira e muita por sinal, mas não posso mudar isso do dia pra noite por que você quer...

- Eu acho que você já teve tempo o suficiente pra mudar!

- E eu acho que voCÊ já teve tempo o suficiente pra notar que ESSE É o MEU jeito, que esse É o Rony, que você conhece e, com certeza, se arrependeu por isso! – Rony não agüentava mais tudo aquilo, não ouvir sempre que era o errado, e se não falasse tudo que sentia em relação a isso, sua amizade que tanto zelava, com Hermione, acabaria ali mesmo.

- Ah! Rony, mas também não é assim. Eu não me arrependo de ter lhe conhecido...

- Mas parece sabia? Parece que você só fala comigo pra se senti superior. Pra demonstrar que você sempre é a melhor em tudo que faz em relação a mim. – Rony andava de um lado para o outro enquanto falava. Hermione arregalava os olhos ao ouvir aquilo e estava começando a se arrepender de ter dito algumas coisas. – Será que só pelo fato de você ser inteligente já não te da prestígio? Será que sempre terá que se comparar ao burro aqui?

- Rony, você não é burro!

- Mas é o que parece quando você fala que sempre faço besteira e que sou culpado por tudo que acontece. Como se eu não pensasse antes de agir, mas não tenho culpa se dificilmente da certo. – a voz de Rony saiu tão infantil e sua posição final foi tão engraçada, quando parou de frente pra ela com ombros curvados e pernas abertas, como se fosse um grande gorila ruivo, que Hermione não segurou e desatou a rir. – E posso saber o motivo da graça? – mas Hermione não respondeu. – Mas que droga! Dá pra falar! Talvez eu só sirva pra isso, pra fazer os outros rirem.

- É... Desculpa Rony. Mas... – Hermione respirou fundo antes de continuar. –
Você ficou muito engraçado falando isso.

- Ta vendo como não sou tão inútil assim? – falou ele acalmando-se.

- Talvez seja por isso que gosto... – Hermione parou bruscamente de falar desviando o olhar do ruivo que ficou apreensivo para que ela terminasse. – Gosto da tua companhia.

Era estranho como o ambiente do quarto poderia mudar tanto de atmosfera como aconteceu. Primeiro era cheio de brigas e discursões, depois de cumplicidade, logo após retornando a brigas, e agora era de extremo constrangimento. Era difícil se portar diante um do outro quando o assunto era sentimento. Ficaram calados, Rony olhando os móveis do quarto com curiosidade e Hermione fingia verificar seu tornozelo que já estava menos vermelho. Por fim, Rony, falou:

- E ai? Consegue escapar?

- Quê?

- Fugir? Lembra? Era isso que iríamos fazer. – disse Rony aproximando-se da janela.

- Bom! Será que deveríamos? Não sei se consigo com esse tornozelo. – ela fazia movimentos circulares com pé fazendo caretas.

- Que pena! Nossa fuga foi por água’baixo.

- Vá você! – mandou ela displicente.

- Que? Você quer se ver livre de mim? – perguntou ele cruzando os braços.

- Quem dera! Mas não é isso. Não quero que fique aqui por que se não vamos brigar mais e mais vezes...

- Então você quer que eu saia para não brigarmos? Ai eu saiu e minha mãe aparece e não me ver aqui e você conta uma historia de que eu bati em você para poder fugir? É isso? – Rony continuava com os braços cruzados perto da janela.

- Sobre a história de você me bater, não será invenção já que isso realmente aconteceu. – ele revirou os olhos. – Mas o resto acontecera sim!

- Nossa Hermione! Como você é péssima! So deseja o mal pra mim. – agora Rony estreitava os olhos com falsa raiva.

- Antes você do que eu! – Hermione se divertia com a situação.

- Ah é? Eu não conhecia esse seu lado extremamente rancoroso.

- E você queria o quê? Depois de um quase tornozelo fraturado pelo seu péssimo dom de marinheiro e uma joelhada no rosto. Era o mínimo que eu poderia lhe desejar! – dizia ela como se estivesse simplificando uma dificílima conta de Aritimância.

- Ta certo! Você tem todos os motivos do mundo para querer me ver com a cabeça toda enfaixada pela Sra, Weasley depois de uma horrível queda daqui de cima.

- Rony! Que horrível – Hermione fingia estar indignada. – Mas, vendo por um lado. Não seria nada ruim deixar de ver essa cabeleira ruiva por um bom tempo. – Rony gargalhou com tal afirmação.

- Mas falando sério agora. Desculpa, pela joelhada, eu não percebi mesmo. E por algumas coisinhas que eu falei, apesar de que não me arrependo de nada. – falou quando parou de rir.

- Só por isso, eu acho que vou me arriscar em descer essa corda e fugir para minha casa e cuidar desse tornozelo aqui. – disse Hermione apoiando-se, com as duas mãos, na cama. Rony se posicionou para segurá-la, caso precisa-se.

Tendo o braço de Rony, como apoio para se erguer, segurou com força e se ficando de pé sentiu que a mão do ruivo segurava firme sua cintura. Tentando manter esse pensamento longe do alcance de sua consciência, colocou o pé dolorido no chão e imediatamente sentiu uma pontada de dor, fez uma careta.

- Doeu? – perguntou Rony preocupado. Ela confirmou.

- Mas consigo me manter sozinha em pé.

- Tem certeza? – ela confirmou de novo. Rony a soltou.

Vacilante, Hermione, tentou se dirigir à janela, no entanto, como ainda estava com um lado da bota no outro pé, o salto não foi firme o suficiente para suportar todo seu peso, o salto virou fazendo com que ela caísse, mas, Rony a segurou firme nos braços. A centímetro do rosto dele, com corpos colados, sentiu, tanto a sua quanto a respiração dele ficar descompassada. Nem os dois tornozelos e o lado direito do rosto dolorido a faziam desviar seu olhar daqueles azuis, cheios de carinho e desejo. Isso ela sabia que via ali. Aos poucos, foram suprimindo aquela distância sem, realmente perceberem o que estava acontecendo. Gradualmente fora fechando os olhos e por fim sentiram os lábios um do outro.

Os lábios ficaram selados por alguns segundos ate que, devagar, Rony foi abrindo sua boca ao mesmo tempo em que uma de suas mãos saia da cintura de Hermione e pousava na nuca dela como se estivesse com medo de que aquele momento acabasse rápido de mais. E era realmente isso que pensava. Queria sentir mais os lábios dela antes que ela se desse conta do que estava acontecendo e parasse aquilo dando, logo em seguida, um senhor tapa nele. Porém percebeu que a boca dela também abria e sentiu-se maravilhado com tudo aquilo. Seus desejos profundos estavam acontecendo, mas não foram cumpridos quando, de repente, Hermione parou o ato e afastou-se dele abrindo os olhos. Rony, frustrado, fez o mesmo.

- Isso não aconteceu! – falou ela

- Des...

- Isso definitivamente foi obra de uma mente insana! – continuou ela, porém não movia nenhum músculo para sair da posição que estava.

- Desculpa Hermione. Foi culpa minha! – com uma imensa vontade de fazer o contrário, Rony se afastou por completo da amiga, mas ainda a segurando firme e a levou ate a cama. Hermione ainda falava palavras desconexas para ele e só voltou a olhá-lo quando já estava acomodada.

- Não era para ter acontecido. Não era mesmo.- falava ela balançando a cabeça negativamente

- Eu sei. E já pedi desculpas! – lamentou-se ele

- Foi... estranho! – Hermione falava bestificada e com uma expressão de puro desentendimento. – Foi com beijar um irmão.

- Também achei. – concordou Rony não querendo e já se preparando para mais um acesso de gritos delas. – Por isso, peço...

- E sabe o que é mais estranho? – perguntou ela olhando para ele.

- O quê? – hesitou Rony, mas perguntou.

- Que foi... bom! Que eu gostei. – e em um movimento repentino, Hermione, puxou Rony pela camisa e colou seus lábios no dele. E pelo o que parecia, ela queria continuar do mesmo ponto que pararam. O que foi muito bem aceito por ele.

Não era mais um beijo calmo, mas sim, avassalador, cheio de desejo e saudade. Como sentir saudade de uma coisa que nunca aconteceu? Mas era o que parecia. Rony sabia que não era como beijar Lilá tinha muito mais que diversão, desejo e obrigatoriedade naquele beijo, tinha felicidade, espontaneidade, desejo, carinho, afeto, adoração, vontade de que aquele momento nunca acabasse. Se morresse depois desse dia, iria feliz. Hermione percebeu que o beijo de Rony era muito melhor que o de Vitor Krum, só não sabia explicar o por que já que, Vitor, era muito mais experiente em relação a isso, e chegou em uma conclusão. Era por que gostava de Rony muito mais que como um amigo, que sua atração por ele era muito mais do que só física. No mínimo, gostava dele para a vida toda.
Assim decorreu o resto da noite para aquele casal. Uma noite inevitável que demorou muito para acontecer.

Enquanto isso no salão comunal da Grifinória no castelo de Hogwarts...

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E aiiiiiiiii????? gostaram????
Foi horrivel? pessimo? regular? bom? muito bom? otimo? a autora foi feliz? a autora foi extremamente feliz??? hehhehehe...
Como ja falei, eu gostei de tê-lo escrito e espero que gostem de lê-lo...
Foi Inevitávem escrever esse cap... assim como foi:
Inevitável um encontro do Harry e da Gina...
Inevitável ela ficar triste por ñ ser pra sempre...
Inevitável descontar sua frustração por ñ tê-lo d vz...
Inevitável Hermione com ciumes...
Inevitável Ela perder a cabeça...
Inevitável Os gemeos brincarem com isso...
Inevitável pagar por ter feito o inevitável...
Inevitável não discutir com Rony varias vezes...
Inevitável Rony não ser desastrado....
Inevitável Rony e Mione sorrirem um para o outro...
Inevitável eles se beijarem...

EVITÁVEL escrever mais um inevitável...
=P

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