Pedidos.



Capitulo 28: Pedidos.

A expectativa em ter Severo Snape invadindo sua mente mais uma vez consumiu todo o tempo – e não era pouco já que um quanto de hospital não possui atrativos – que Harry Potter possuía naquele quarto do hospital bruxo em Nova York. Tanto isso quando o primeiro parece real e, pode ser dizer, concreto do Dr. Stuart, sobre suas dores de cabeça, assombrou seus sonhos resultando em mais uma noite mal dormida.

Após Remo Lupim ter citado o nome do antigo professor de poções como o único que possuía uma grande habilidade em legilimência dessa forma, o único, no momento, capacitado para penetrar a mente de Harry e descobrir se o seu inconsciente estava, realmente, travando uma luta interna entre de bom que Harry ainda tinha e a lembrança frustrada de que, para ele, as coisas nem sempre em tão fáceis, eram injustas, ou seja, a tudo que se apegava era tirado de si por ser quem era, Harry relutar o máximo e mais bravamente que pode não para ter aquele homem vasculhando seus pensamentos, afirmando que não era necessário e que poderia esperar tranquilamente a lua cheia passar para que Remo pudesse fazê-lo. No entanto, alem de remo e Tonks lhe contestarem, Dr. Stuart afirmava que seria um desproposito esperar por mais tempo, já que as dores em decorrência dos pesadelos que pontuavam as noites de sono de Harry só iriam se intensificar cada vaze mais, dessa forma, as poções ministradas também. Alem do mais, dessa vez, Harry não estaria sozinho com Severo em suas masmorras estando à mercê e completamente vulnerável as “habilidades” do antigo professor como era em seu quinto ano, pois agora ele estaria acompanhado do trio de curandeiros responsáveis por ele, alem do casal Lupim que poderia intervir a qualquer momento que achassem necessário.

Mesmo a contra gosto, Harry aceitou que Snape fosse acionado em seu auxilio, principalmente quando Remo usou de sua melhor arma de manipulação: procurar a curandeira Hermione Granger e lhe informar tudo que estava acontecendo. Pois essa sim poderia obter melhores resultados – alem de Gina, é claro – em convencer Harry Potter. Ao aceitar a decisão de todos em detrimento da sua o Dr. Stuart passou o mais detalhadamente possível o que iria acontecer na nova tentativa de penetrar na mente de Harry.

Primeiramente o Dr. Stuart, pelo fato de ser descendentes de trouxas e conhecer a pratica da hipnose, iria fazer com que Harry entrasse em um sono profundo para que pudesse relatar todos os acontecimentos sobressalentes em decorrência da legilimência usada por Snape, sendo que este estaria fazendo o seu próprio relato ao percorrer a mente do rapaz. Os outros dois curandeiros auxiliares estariam fazendo, periodicamente, o acompanhamento dos sinais vitais dos dois homens para que, a qualquer eventualidade, a secção fosse interrompida para não causar danos nas mentes dos dois homens. Remo e Tonks estariam todo o tempo presente, observando. No entanto, se houvesse necessidade, eles colocariam em ação com suas varinhas, pois mesmo que acreditassem que Snape pouca coisa pudesse fazer a Harry, por estarem por perto, não se podia confiar em alguém que possuía grande afinidade com as artes das trevas e, principalmente, se essa pessoa fosse Severo Snape, alguém que possuía tanto ódio de Harry quanto esse sentia pelo ex-professor.

Assim que o Dr. Stuart saiu do quarto deixando os três bruxos a sós, Remo, sabendo que Harry era o fiel do segredo da morada de Snape, conjurou um pedaço de pergaminho, tina e pena passando-os para Harry que percebendo o porquê daquele ato, escreveu o que deveria ser escrito logo em seguida entregando o pergaminho para Remo que o leu – Tonks se afastou providencialmente – e o ateando fogo com sua varinha.

Ele explicou que iria procurar por Snape na manha do dia seguinte para que estivesse na Inglaterra, mas precisamente no condado que Snape residia, por volta do horário do almoço – algo haver com o fuso horário dos dois paises. Entraram em acordo de que Remo possuía total liberdade para contar tudo sobre o problema que atormentava a vida de Harry. Seria melhor dessa forma, pois omitir qualquer detalhe de Snape resultaria em uma objeção maior do ex-professor em ajudar de alguma forma o rapaz. Se queriam o auxilio de Snape nessa nova tentativa então teriam que ser claros, mesmo contra suas próprias vontades e diante de se mostrar completamente frágil aos olhos do ex-professor. O que era a mais absoluta verdade.

Combinaram então que tudo acontecia depois da lua cheia para que Remo pudesse acompanhar. Nesse momento Harry contestou mais uma vez: porque pedir ajuda a Snape se Remo só não fará o uso da legilimência por causa da lua cheia e agora essa de que tudo ocorrera justamente depois da lua cheia? Se for assim, não tem necessidade nenhuma de Snape comparecer, Remo pode, muito bem, fazer o trabalho. No entanto. Não seria apenas a semana da lua cheia que deixaria incapacitado o lobisomem, pois ate que houvesse sua total recuperação de uma semana difícil já teria perdido tempo, tempo esse que não poderia mais ser abusado. Quanto antes soubessem o que atormentava Harry Potter, melhor seria para que encontrassem uma cura para seu mal. E mais uma vez a contestação de Harry não foi aceita e Remo iria comparecer, mesmo que fragilizado. Dessa forma, Snape também teria tempo o suficiente para estudar e compreender a dimensão das possíveis barreiras que encontraria na mente de Harry.
E foi com uma sensação de náusea e algo amargo surgir em sua boca que Harry viu Remo Lupim desaparecer pela porta de seus quarto para se encontrar com aquele que pediu profundamente nunca mais poder rever.

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Era uma ladeira íngreme que descia em direção a um rio, que a vegetação havia encoberto impedindo-o que fosse visto. Dália exalava um cheiro acre de algumas coisas em decomposição. Logo ao lado, uma chaminé de uma fabrica há muito tempo abandonada se erguia em meio ao céu nublado dando um ar de abandono e agouro mais ainda ao lugar. A rua era de pedra batida, mas em alguns pontos elas estavam soltas e qualquer pessoa que não tivesse prestando a devida atenção aonde pisava seria capaz de atropecar nelas. No entanto, não se dando mais ao trabalho de detalhar aquela paisagem decrépita, começou a andar em direção oposta ao rio, subindo a ladeira. Não acreditava que mesmo depois de tudo, ele continuava morando naquele lugar que ocupou quando estava “infiltrado” no lado das trevas. Sorri descrente.

À medida que passava pelas casas abandonadas de tijolos velhos e castanhos avermelhados, um incomodo crescia dentro de si. Os lampiões da rua estavam todos quebrados indicando que a noite, a imagem do lugar, seria mil vezes pior do que naquele momento e agradeceu intimamente em estar ali naquele horário, mesmo o sol estando encoberto por nuvens de chuva, ainda era cedo para ele se pôr. Dobrou em uma esquina, surgindo em uma rua igual a anterior e seguir reto em direção a uma casa, pode ser dizer a única, que não estava com igual aspecto miserável às outras.
Parou diante a porta e bateu três vezes. Esperou um momento, quando estava levantando o punho para repetir o ato, escutou um barulho vindo do lado de dentro da casa, indicando que alguém viria recebê-lo. Segundos depois a porta se abriu revelando Serevo Snape.

Foi inevitável não se surpreender com os cabelos oleosos e negros, mas que agora estavam salpicados de frios brancos, revelando que a velhice enfim se apoderava daquele corpo, no entanto, mesmo com algumas rugas a mais e olheras contornando os olhos, estes ainda continuavam impenetráveis e inexpressivos como sempre foram.

- Não sabia que receberia visitas, se não teria implantado vários feitiços anti-intrusos nas redondezas. – falou na sua habitual voz arrastada.

- Bom te ver também, Severo. – Lupin ironizou meneando a cabeça em cordialidade. - Vejo eu enfim os anos estão deixando marcas.

- Igualmente. – retorquiu sem demonstrar expressão alguma. – No entanto, acredito que você não veio para falar de minha aparência. O que quer Remo?

- Posso entrar? – pediu olhando o interior da casa.

- Não! – Remo respirou fundo tentando controlar os impulsos.

- Onde esta sua educação Snape? – Remo tentou sorri, porem a expressão de Snape era de mais profundo desagrado, impedindo qualquer demonstração de cordialidade. – OK! Deixe-me entrar Snape. Garanto que irei direto ao assunto.

- Estamos em uma área desabitada Remo, acredito que qualquer coisa que tenha para falar pode ser aqui fora. Ninguém vai ouvir. – Snape rebateu em sua típica voz arrastada e sem emoção.

- Acredito que o que tenho para dizer irá demorar e o seu estado atual indica que não agüentara tanto tempo em pé, Snape.

Severo crispou os lábios analisando o homem a sua frente e percebendo a determinação em conversar, estampada naquele rosto cansado, deu um passo par o lado, dessa forma permitindo que Remo entrasse. – Você não vai me deixar e paz não é? – Remo concordou entrando.

Olhando rapidamente para o interior da casa, percebeu que o lado negro de Snape ocupava cada canto. Havia penas uma janela de frestas que parecia estar todo o tempo fechada, impedindo, dessa forma, que a claridade do sol invadisse totalmente a sala. Uma luminária pendia do teto indicando que a qualquer momento ela poderia despencar. Duas estantes, do chão ao teto, ocupavam a parede de frente a porta e bem no centro delas, havia uma escada que levava ao andar superior, de onde vinha o cheiro de alguma poção desconhecida para Remo, no entanto ela exalava uma fumaça azul. Um sofá para dois lugares e uma poltrona capenga, estavam dispostas de qualquer jeito na sala, no centro uma mesa coberta por uma camada grossa de poeira. Definitivamente, aquele lugar não era, no mínimo, regulável para uma pessoa normal residir.

- Comece. – exigiu Snape fechando a porta e andando em direção à poltrona. Ele mancava. Sentou-se com um pouco de dificuldade e passou a avaliar Remo, esperando que começasse a falar o que tinha para dizer.
Remo respirou fundo se acomodando no sofá. Juntou a ponta dos dedos pensando por onde deveria começar já que falara que iria direto ao assunto. Soltou o ar e falou: - Harry... Harry Precisa da sua ajuda Snape.

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Mais uma vez estava em sua sala no Departamento para Doenças Irreversíveis. Como de costume, sempre ao final do expediente, organizava todas as papeladas em ordem para que no dia seguinte não perdesse tempo procurando o que ficara pendente. Na verdade, não era necessária toda essa preocupação, por que a sua sala, como sempre Gina dizia, era mais bem organizada do que a do próprio Ministro da Magia. Depois de separar e descansar os pergaminhos rabiscados de uma nova fórmula para a poção Acônito em cima da mesa, jogou o corpo para trás na poltrona, fechando os olhos e involuntariamente a conversa que tivera com Rony há dois dias surgiu em sua mente.

Nunca tinha visto o namorado falar de alguma premonição em relação à Harry daquela maneira. Ele sempre tinha suposições em relação ao comportamento do amigo, mas nada tão... forte como aquilo. Nada tão claro como viu nos olhos azuis dele. E dessa forma não havia como negar: alguma coisa estava acontecendo. Ela mesma já estava sentindo uma preocupação maior em relação à Harry há vários dias, no entanto, nunca externalizou por medo de deixar os outros da mesma forma que ela sem que tivesse provas de que, realmente, alguma estava acontecendo de errado, isso claro tirando o fato de que Harry não dava noticias, nem ele e nem as pessoas que o acompanhavam como Remo e Tonks.

Sorriu ao lembrar do plano de Rony em, literalmente, usar e abusar do lado materno de Tonks para, ela, Hermione, tentar descobrir algo sobre Harry. Nem ao menos tinha formulado mais uma conversa que poderia ter com a metamorfomaga quando a porta de sua sala escancarou-se revelando Rony e Gina passando aos tropeços por ela.

- Eu falei que não era para ele entrar, por que você tira esse tempo para relaxar, mas, já viu não é? Essa porta não respeita. – falou Gina com a voz irritada apontando para Rony.

- E eu disse que com toda a certeza você iria querer me receber. Sou seu namorado! – disse Rony ríspido.

- Grande coisa! – ironizou Gina cruzando os braços. – E como você se diz namorado dela...

- Eu sou o namorado dela!

- Então deveria respeitá-la. Respeitar esse momento que a Mione tem longe de você.

- Se a Mione quisesse ficar longe de mim ela falaria. – sentenciou Rony dando um passo em direção a irmã e apontando para Hermione.

- Será que ela já não falou Roniquinho? – perguntou com desdém.
Rony abriu a boca para retrucar, no entanto, parou no ato e olhou para Hermione com um ar intrigado, comprimindo o cenho. – O que Gina que dizer com isso Mione?

- O que ela quer dizer eu não sei. Só sei que ela esta implicando com você e que, pelo o que percebo, estas caindo direitinho. – respondeu Hermione com um meio sorriso percorrendo seus lábios, voltando a relaxar na poltrona.
- Tem certeza, Mione? Por que se você...

- Claro que ela tem certeza, oh tapado! Hermione te ama! – falou Gina dando uma tapinha na cabeça do irmão que lhe lançou um olhar fulminante pela ação. – Bom, já que não consegui impedir que o legume insensível atrapalhasse minha chefinha, vou indo. Ate mais! – disse se aproximando da porta e antes de fechá-la colocou. – E Rony, por favor, se controla! – fechou a porta antes de ouvir a voz malcriada de Rony.

- Às vezes parece que você e Gina não são irmãos. – disse Hermione sorrindo.

- Também acho o mesmo. – replicou Rony ainda olhando em direção à porta. – Mas às vezes ate me divirto com essa maluca me tirando. – sorriu, chegando mais perto de Hermione e depositando um beijo demorado.

- Rony! Estou em meu ambiente de trabalho! – ralhou empurrando o namorando e levantando-se da poltrona que Rony não demorou em ocupar.

- Mas o seu horário de expediente já acabou. – respondeu com um sorrido maroto apoiando as longas pernas em cima da mesa.

- Isso não interfere em nada. – ela também sorria. – Mas diga, o que você veio fazer aqui?

De repente o sorriso malicioso que ocupava o rosto de Rony desapareceu dando lugar para uma feição preocupada e ansiosa. – Adivinha de onde acabei de vim?

- Hum... Dá loja? – perguntou Hermione com cautela.

- Não! – respondeu Rony com excitação em cada letra. – De Tendring.

- De Tendring, em Essex? - Hermione estava surpresa. – Mas esse não é o lugar onde...

- Exatamente! Onde o Snape mora. – continuou com um sorriso de triunfo que Hermione não entendeu de onde poderia vim.

- E o que você estava fazendo lá Rony? – perguntou com um tom preocupado na voz.

- O que Harry nos pediu para fazer, é claro! Ou você não se lembra? – Rony lançou um olhar intrigado para Hermione. – Não acredito que você não se lembra do...

- Claro que lembro Rony! Só achava que não era mais...

- Necessário? Como assim, não era mais necessário Hermione? Somos os únicos, a saber, onde Snape mora, além de Harry. – Rony parecia não acreditar que Hermione havia esquecido desse fato tão importante. Logo ela que era muito apegada a detalhes. Como poderia se esquecer justamente desse.

- Sei que somos os únicos. Só que, com tantas coisas acontecendo, havia me esquecido disso. – colocou com um tom de desculpa na voz. Realmente era verdade, ela havia esquecido do pedido que Harry fez há eles anos atrás.

- E provavelmente nunca mais foi fazer uma visita para o seboso não é? Pelo menos para verificar se ele ainda continua vivo. – falou Rony cheio de magoa e descrença.

- Desculpe! Sei que errei por ter esquecido de uma coisa tão importante...

- Põe importância nisso.

- Rony, deixe-me falar, por favor? – pediu com um tom irritado na voz. – Sim! Esqueci e estou muito arrependida, mas poderia dizer o que aconteceu para você ter vindo direto para cá e me avisar de uma coisa que poderia ser dita quando estivéssemos em outro lugar e não com essa urgência toda? – mesmo com o tom avermelhado que as pontas das orelhas de Rony tomaram, ele não deixou de sorri pela capacidade da namorada de pegar as coisas no ar.

- Eu estava na loja, fazendo o levantamento do dia, quando uma vontade incontrolável de fazer uma visita pro seboso me consumiu. Foi o que eu fiz. Nossa! Aquele lugar esta ficando mais miserável a cada dia, você tinha que ver...

- Rony, por favor, vá direto ao assunto. – pediu Hermione com calma, no entanto a curiosidade estava lhe consumindo. Rony sorriu.

- Quando estava quase na casa do Snape a porta se abriu e eu me escondi. Esperando que o Snape saísse, por que ele não recebe visita, pois ninguém sabe que ele mora ali. Mas, adivinha quem eu vi saindo? – perguntou Rony cheio de ansiedade e um ar de prepotência na voz.

- Rony, se você continuar com isso, juro que te azaro. Dá para falar logo e para com esse joguinho de adivinhação? – agora a irritação era perceptível e Rony percebendo a que ponto o humor da namorada havia chegado, ficou sério.

- Eu vi ninguém menos que, Remo Lupin saindo da toca do morcego. – conclui serio.

Hermione ficou paralisada, olhando para Rony com a boca ligeiramente aberta e os braços, antes cruzados a frente do corpo, haviam caído frouxamente para os lados. Ela piscou algumas vezes antes de falar.
- Remo Lupin? Rony você tem certeza de que viu Remo Lupin?

- Claro! Senão não estaria falando com tanta convicção. Era Remo sim. Eu tenho certeza. – Rony demonstrava firmeza ao dizer aquelas palavras.

- Mas... O que ele estaria fazendo lá?

- Foi o que me perguntei no momento que o vi. Mas uma outra pergunta veio na minha cabeça e tenho certeza de que você acabou de pensar nela. – concluiu olhando para Hermione que lentamente levou as mãos à boca.

- Como ele conseguiu chegar lá? Se apenas eu você e...

- Claro que foi o Harry, Hermione. O Harry é o fiel do segredo da casa de Snape ele só contou para nós dois, mais ninguém. Com certeza foi ele que disse ao Remo onde Snape mora. E se procuraram Snape é por que alguma coisa esta acontecendo e eu aposto todos os galões suados que conseguir com aquelas lojas que alguma coisa fora do comum, além de preocupante, esta acontecendo. Senão, não estariam à procura de Snape. Mas por que justamente o Snape? – perguntou olhando tão interessado para Hermione como se a garota fosse dar uma resposta simples e convicta.

No entanto Hermione puxou uma outra cadeira e sentou-se de frente para Rony, apoiando um braço e a cabeça em cima da mesa, sem olhá-lo diretamente, perdida em seus próprios pensamentos. Sem dúvida a pergunta de Rony era no mínimo alarmante. Mas seja o que estivesse acontecendo a Harry, por que procurar Snape se Harry não o suporta e só aceitou ajudá-lo, por que Alvo Dumbledore pediu depois de ter explicado o que havia acontecido para que Snape lhe matasse?

- Eu não sei Rony. Tem alguma coisa muito estranha acontecendo e bem maior do que imaginamos. – falou em um sussurro de voz.

- Eu falei que tinha. – falou convicto de que todo o tempo estava certo.

- Sim, Rony, você estava certo. – Rony sorriu largamente. – E agora, temos que descobrir o que estava acontecendo e o quanto mais rápido melhor.

- Corrigindo, Mione, você vai descobrir com a Tonks alguma pista em relação a isso. – enfatizou debruçando-se sobre a mesa continuou. – Você vai conseguir. – ela sorriu.

- Eu tenho que conseguir Rony. Harry precisa da gente e pelo o que vejo o quanto antes melhor. Se Snape esta envolvido é por que o que quer que esteja acontecendo ao Harry é urgente. – colocou, logo após dando um beijo no namorado. Levantou-se tirando o jaleco e o pendurando atrás da porta em um pequeno armador que havia ali.

- E quando é que você vai faze isso? – Rony perguntou voltando a sua posição normal na poltrona.

- Vou encontrar Tonks...

- Mas agora? – levantou a sobrancelha em espanto.

- Claro! Ou você não ouviu quando disse que o problema com o Harry é bem maior do que imaginamos? – Rony balançou a cabeça confirmando. – Então! Além do mais Tonks pediu para que eu vá visita-lá para saber como anda a saúde do bebê e a sua própria. Já que fui eu que ministrei as poções para que sua gravidez não fosse de grande risco em decorrência do problema de Remo. Pelo menos, dessa forma, não estarei pegando-a de surpresa. Pelo menos não totalmente. – concluiu pegando sua bolsa e puxando Rony da poltrona.

- Você vai comentar que vi Remo saindo da casa de Snape mais cedo? – perguntou abrindo a porta da sala de Hermione para que ela passasse e fechou-a logo em seguida, assim que passou.

- Isso vai depender do que Tonks vai falar. – respondeu com determinação na voz.

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Severo Snape encarava Remo Lupim com seus olhos impenetráveis e estudiosos, com as pontas dos dedos juntas apoiando seu queixo, ao fim do que parecia ser uma história monótona de um menino hipócrita que precisa de sua preciosa ajuda. Ficara o tempo todo da narrativa de Lupim calado, ouvindo atentamente a cada palavra dita pelo outro, por vezes piscava sonolentamente ou arqueava a sobrancelha em surpresa por algum detalhe ou ate mesmo remexia-se desconfortável na poltrona de aparência mofenta, no entanto, nada falara. Talvez por esse fato ou por estar preocupado e angustiado pela saída da lua naquela noite, Remo estava quase para levantar daquele sofá e balançar Snape ate que dissesse algo, pois não era nada confortante ter aquele homem na sua frente lhe avaliando e suas palavras.

Por fim Snape respirou profundamente tirando os dedos da ponta do queixo e falou: - Então quer dizer que o menino-que-sobreviveu esta querendo que eu percorra sua mente mais uma vez? – falou de forma debochada.

- Na verdade estamos precisando de sua habilidade em Legilimência para desvendar o porquê das dores de cabeça...

- Isso, é claro, se o tal curandeiro esta certo. Pois para mim, essa é mais uma maneira de Potter querer chamar a atenção. Mas o que esperar de alguém que possui, como sobrenome, o nome Potter? – ironizou.

- Severo, não vim aqui para ouvir você falar de seu desprezo por Tiago ou por Harry, apenas vim pedir sua ajuda. – pediu Lupim respirando profundamente. Pois mesmo sabendo que teria que aturar o humor negro de Snape sem perder a paciência, era inevitável não deixar que o sangue entrasse em ebulição a cada alfinetada dada pelo ex-colega de escola.

- E por que você não o ajuda? – perguntou Severo com fingida curiosidade, no entanto, como já sabendo o porquê, não esperou resposta alguma do outro. – Ah, claro! A lua cheia... Que lastima! – mais uma vez a voz suavemente debochada sendo destilada. Remo apenas meneou a cabeça afirmando. – E onde estão os fies escudeiros de Potter?

- Ninguém mais sabe do que esta acontecendo, além de você agora...

- E eu deveria me honrar por isso? – os lábios de Snape comprimiram em um sorriso astuto.

- Por isso talvez não, mas... por isso. – Remo fez um gesto amplo com os braços indicando tudo ao redor. O sorrido de Snape desapareceu de seu rosto dando lugar a uma feição afetada.

- Chegamos ao ponto principal de toda essa ladainha não é? – falou Snape em um fio de voz, porém dava pra perceber a irritação em cada palavra. – Então... em troca de ajudar o precioso Potter ele me deixará em paz?

- Harry não o procura há muito tempo Snape. E por isso não acredito que sua tranqüilidade seja afetada por ele. E só estou aqui pedindo sua ajuda, Severo, foi por que eu insistir por considerar que você seja o melhor no que faz...

- Ah! Então quer dizer que o Potter não deseja, realmente, minha... ajuda?

- Harry só não deseja rever você. Considero que isso seja recíproco, não? – Mais uma vez a feição afetada percorreu o semblante de severo. – Diga Severo, o que você vai perder se ajudar Harry?

- E o que ganharia se ajudar o Potter? – perguntou lançando um ar superior a Remo.

- Claro... Nunca se deve aceitar uma proposta sem avaliar suas vantagens,
o principal lema dos sonserinos. – Snape meneou a cabeça confirmando. – Acredito que apenas pelo fato de estar vivo já seja uma grande vantagem para você Severo, pois de acordo com que escuto muitas pessoas, e ate mesmo o Ministro, não pouparam quantos galeões forem necessários para saber uma pista do Comensal da Morte que matou Alvo Dumbledore. A Morte de Alvo não foi esquecida, Severo. E acredite Harry só não entrega sua cabeça em uma bandeja para não ter que dar explicações sobre as Horcruxes e, principalmente, por considerar o pedido de Alvo, já que...

- Ele é o único que sabe onde estou... Ou pelo menos era. – concluiu Snape com um ar irritado. Um músculo tremia o canto de sua boca.

- Exatamente! – confirmou Remo com um sorriso maroto. Havia encurralado Snape.

- Se eu me recusar a ajudar o Potter vocês me deixaram em paz? – perguntou já sabendo a resposta.

- É evidente que não. – respondeu Remo, apenas confirmando o que o ex-professor de poções deduzia.

- Pois bem, então não temos mais nada a conversar. – falou levantando-se da poltrona com um pouco de dificuldade e da mesma forma andando ate a porta que a abriu, indicando, dessa forma, que, por ele, a visita já estava encerrada.

- Você ainda não falou se vai nos ajudar? – falou Remo, levantando-se e caminhando ate o outro um pouco atordoado com o repentino fim de sua conversa com Snape.

- Possuo alguma outra saída? - Remo apenas lançou um meio sorriso para o ex-colega que retribuiu apenas o mesmo olhar frio de sempre.

A conversa estava terminada. Nenhum dos dois tinham mais alguma coisa a dizer, a não ser Remo que desejou boa noite ao outro que nada respondeu e desaparatou logo em seguida desejando que Snape cumprisse sua palavra de comparecer ao hospital bruxo em Nova York no primeiro dia após a lua cheia.

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Pouco tempo depois de Hermione aparatar na vila de Cordegan, onde as casas mais parecem chalés em suas mini-fazendas – os terrenos envoltos das moradas eram grandes o suficiente para acomodar perfeitamente, em torno de dês chalés dispostos uma ao lado do outro – olhou para o lado esquerdo e percebeu que as luzes da casa aos poucos iam se acendendo. O que indicavam que seus moradores acabavam de chegar.

Adiantou-se em direção a casa, passando por um pequeno portão branco de madeira, chegando ate a porta dando-lhe duas batidinhas. Ouviu alguém do lado de dentro para que esperasse e logo em seguida, com seus típicos cabelos em tom de rosa choque, Tonks lhe sorria de forma convidativa depois de não conseguir esconder um expressão de surpresa que percorreu seu rosto.

- É impressão minha ou se esqueceu de que eu viria hoje? – perguntou Hermione com um ar de contrariedade. Tonks fez uma careta engraçada em sinal de que a amiga havia acertado ao mesmo tempo em que dava espaço para que ela entrasse o que Hermione fez balançando a cabeça negativamente diante da atrapalhação da amiga.

- Não que eu tenha esquecido. – Hermione sorriu. – Na verdade esqueci sim. Mas também pudera não é? Isso são horas de aparecer doutora? – falou entre sorrisos após fechar a porta e indicar uma poltrona para Hermione que se sentou, mas logo em seguida levantou-se para ajudar Tonks se acomodar em um sofá de dois lugares. – Obrigada!

- Esse foi o combinado. Viria ate aqui depois de meu expediente.

- Que terminou muito tarde, por sinal. – sorriu.

- É... mais ou menos. – uma pontinha de vergonha poderia ser vista na fala dela. – Rony apareceu do nada e... – Tonks gargalhou.

- Não venha me dizer que não gostou da surpresa. Só pelo fato de chegar tarde para me consultar indica que o quão boa foi matar a saudade. – colocou ainda sorrindo.

- É verdade! – no entanto não era apenas isso. Mas abordar o assunto delicado que a atormentava e Rony também, não poderia ser dito naquele momento. Ela acabara de chegar e já entrar em um assunto delicado desse? Não. Deveria preparar o terreno primeiro. – E agora me diga Sra. Lupim como esta se sentindo desde nossa última consulta? – perguntou colocando todo seu ar de profissional em cada palavra.

- Gorda! – respondeu Tonks com uma careta, passando a mão pela barriga. Hermione sorriu. – Mas tirando os pés inchados e a cãibra que às vezes não me deixa dormir e nem ao Remo... Estou me sentindo ótima! – completou sorrindo.

- E as poções? Esta as tomando nos horários e nas medidas certas? – Hermione abriu sua pequena maleta de coro de dragão e tirando de dentro uma agenda para fazer anotações.

- Seria impossível não esquecer com o Remo me regulando todo o tempo.

- Devo entender que isso esta sendo um sacrifício para você? – brincou Hermione.

- Sacrifício não, mas que é estressante, isso é! – falou irritada.

- É normal, Tonks! Principalmente nas condições que Remo enfrenta. – Hermione dizia com um ar condolente e ao mesmo tempo cansado. Tonks parecia toda vez esquecer do probleminha peludo do marido e do mais novo medo de Remo. – Você sabe como foi difícil para ele aceitar ter você e agora um filho. Remo tem medo de que essa criança venha a ter o mesmo... problema que ele.

- Eu sei disso. E nossa como sei, mas às vezes me sufoca sabe? – Hermione sorriu. – E nem adiante conversar com ele. Remo esta insuportável.

- Não há necessidade alguma dele ficar assim, não depois de tudo que já conversamos e como esta sendo o seu tratamento. Dessa forma ela vai acabar deixando você louca e isso não é muito bom para o bebê.

- Eu já estou louca! – falou segurando a cabeça em tom de rosa-chiclete com as duas mãos fazendo Hermione soltar uma gargalhada e logo ser seguida por Tonks. – E o pior de tudo é que não sabemos se vai ser menino ou menina. – colocou num muxoxo parando de rir no mesmo momento.

- Por que, Tonks? – perguntou Hermione um tanto confusa.

- Como assim, por que Hermione? – falou exasperada. – Se não sabemos do sexo do bebê fica um tanto impossível de encontrar um nome para ele... ou ela.

- Não acredito que vocês ainda não escolheram um nome! Já estamos praticamente no sétimo mês, Tonks. Mesmo sem saber o sexo da criança vocês já deveriam ter escolhido pelo menos o provável para menino e para menina. – replicou voltando sua atenção para anotar algumas coisas na agenda

- Eu sei Mione! Mas a culpa não é minha. Remo sempre foi um homem decidido, maduro, dono de si... – Tonks começou a enumerar varias qualidades para Remo com um ar sonhador de mulher a apaixonada ate ouvir Hermione solta um “hem-hem”. – Mas, ainda não decidiu em um único nome para dar. Se for menina, Remo deseja que seja Cibele, o nome de sua mãe, eu concordei. É bonito! Mas, o problema é se for menino. Remo ainda não decidiu entre: Alvo, por ser seu maior mestre; entre Sirius e Tiago, por terem sido seus melhores amigos durante anos; e Harry por tantas qualidades que não consigo enumerar. – terminou contando nos dedos, mas após perceber que a pena que Hermione escrevia com tanto afinco em sua agenda havia parado de ranger olhou para a amiga de canto de olho.

Hermione continuou de cabeça baixa ao ouvir Tonks citar o nome de Harry com uma naturalidade indevida, principalmente por saber que Harry, nos últimos anos, havia se tornado um assunto delicado ao se tratar com os Weasley e com Hermione. Mas conhecendo Tonks muito bem, sabia que a mulher não havia feito por mal, pois essa habilidade de dizer coisas fora do momento já era bem aceita por todos eles. Tonks era atrapalhada mesmo, no entanto Hermione não poderia deixar passar essa oportunidade de falar de Harry. De conseguir o tanto queria saber do amigo.

- É... E por falar em Harry, Tonks... – começou cautelosa. – Você não tem alguma noticia sobre ele. Desde que Harry foi... Ele nunca mais deu noticia alguma, a não ser no aniversario de 17 anos da Gina, mas ele apareceu só pra ela. Estou tão... preocupada. – terminou em um fio de voz olhando tristemente para Tonks. Não que estivesse mentindo. Realmente estava preocupada com o amigo, mas se tinha que aproveitar do estado delicado da amiga teria que ser o mais melosa possível.

- Eu sei o tanto quanto você Hermione. Sei somente o que a imprensa divulga. – falou com um ar natural.

- Desculpe Tonks, mas sei que não sabes somente o que a imprensa divulga. – Hermione colocou um pouco de firmeza na voz para indicar que não desistiria tão facilmente. – Sei que Remo tem encontrando com Harry nesse ultimo meses e... posso estar um tanto enganada, e como peço para que seja realmente isso, mas sinto que esta acontecendo alguma coisa com Harry e, conhecendo ele tão bem quanto conheço, se estiver certa ele não vai nos procurar para não nos preocupar. – um meio sorriso descrente percorreu o rosto de Hermione ao terminar de falar.

Tonks olhava para Hermione parecendo pensar no que falar ao saber das premonições de Hermione e mesmo com aquela expressão penalizada, Tonks sabia que Hermione não desistiria tão facial de saber algo sobre o amigo. Mesmo tendo jurado ao marido que nada falaria sobre qualquer coisa que envolvesse o momento frágil por qual Harry estava passando, sentiu tanto pena e ao mesmo tempo angustia por não poder dizer nada para acalmar o coração daquela mulher que, praticamente, viu crescer não achou que faria mal se pelo menos dissesse que Harry estava... vivo.

- Olhe Hermione, prometi ao Remo que nada falaria sobre... sobre Harry, ate mesmo porque Remo comenta apenas o necessário comigo, mas posso lhe garanti que ele esta bem. – sorriu com a intenção de passar confiança.
- Será que esta mesmo Tonks? – perguntou Hermione com a voz aflita, entendendo com aquelas palavras que, por Tonks, aquela conversa estava encerrada. – Desculpe Tonks, mais uma vez, mas não consigo acreditar que realmente ele esteja bem, pois se estivesse ele já teria voltado ou ele mesmo teria dado noticias. Mas... mas Harry sumiu. Ninguém sabe dele, a não ser Remo...

- Hermione, acredite, Harry esta bem...

- Então por que ele não volta? - cortou Tonks levantando da poltrona. - O que o esta impedindo de voltar para seus amigos e para a mulher que ama? Pois mesmo a Gina estando namorando com Scoth, ela não pára de pensar um minuto sequer em Harry e se, realmente, esta acontecendo algo com ele, não sei do que Gina pode ser capaz de fazer para descobrir o quê. Acredite, Tonks, antes eu saber o que esta acontecendo do que Gina. – terminou um tanto ofegante olhando pra Tonks que estava com uma expressão dura lhe encarando. Só ai percebeu a que ponto havia chegado. Tonks não podia passar por aquilo e quem era ela para quebrar a tranqüilidade que a metamorfomaga deveria estar tendo. Maldita hora que resolver dar atenção ao legume insensível que se dizia seu namorado. Mas já estava feito. – Desculpe pelo meu descontrole, mas entenda...

- Tudo bem, Hermione, entendo perfeitamente o que esta sentindo em relação à Harry. Sei o quanto são amigos e o quanto você se preocupa tanto com ele quanto com Rony, mas não posso lhe dizer mais nada.

Hermione ia abrindo a boca para falar quando a porta se abriu revelando Remo Lupim com um semblante cansado, porém, havia um sorriso vitorioso no seu rosto.

– Feito! Ele aceitou! – falou de costas para as duas mulheres, fechando a porta, parecendo não perceber que Hermione estava na casa.

- Remo! – falou Tonks tentando advertir o marido.

- Severo... – Remo parou de falar imediatamente ao virar e perceber Hermione na sala olhando para ele com uma expressão intrigada. – Hermione?!

- O que ia falar sobre Severo, Remo? – perguntou dando alguns passos em direção ao antigo professor que apenas abriu a boca para falar, porém nada saiu. – Sim, Remo, o que você iria falar sobre Severo?

- Hermione, escute... – tentou uma saída.

- Não vou me fazer de desentendida. – Remo e Tonks lhe lançaram olhares intrigados. – Então, eu sei que o Senhor esteve na casa de Snape.

- O quê? – perguntou Tonks com a voz um tanto esganiçada, olhando de Remo para Hermione.

- Rony foi fazer uma visita a Snape quando viu o Senhor saindo da casa dele. – arrematou de uma só vez. – As únicas pessoas que sabem onde Snape esta morando somos apenas eu, Rony e Harry e, acredito, que nem Rony e muito menos eu falamos a qualquer pessoa sobre o paradeiro dele, então isso só pode indicar que quem falou ao senhor foi Harry. E por favor, não me diga que não é nada demais, pois se Snape foi chamado é por que alguma coisa de ruim esta acontecendo e eu quero saber.
Remo passou alguns segundos avaliando a gravidade da situação. Não poderia imaginar que justamente no dia que ele fora “visitar” Snape, Rony também havia feito o mesmo. E se culpou amargamente por não ter sido tão cuidadoso. Agora, com aquela garota lhe olhando com tanta intensidade, não poderia mais fazer o que Harry tanto queria.

- Sempre falei que para as garotas de sua idade você era a mais inteligente. – Se Hermione ficou encabulada não dava para perceber, ate mesmo por que não era mais aquela menina de 14 anos. – E falei isso para Harry também. Ele não pestanejou ao me ouvir dizer que você seria a primeira a descobrir, no entanto, parece que Rony deu sorte. – respirando profundamente e sentando-se em outra poltrona, continuou. – Sente-se Hermione.

- Obrigada. – disse relaxando o corpo e fazendo o que Remo pediu.

- No entanto, Hermione, quero lhe pedir uma... ou melhor, duas coisas. – Hermione consentiu. Não hesitaria em nada para saber o que finalmente estava acontecendo. – Você tem que me prometer que você dará conta do Harry quando ele souber o que fiz. – os três sorriram, porém o de Remo não durou nada, ficando, logo em seguida, serio e preocupado. – Você tem que me prometer que não vai contar nada a ninguém, muito menos ao Rony.

- Por quê? – perguntou assustada.

- Prometa-me Hermione. - Pediu sem alterar o tom de sua voz.
Alguns instantes se passaram ate que Hermione consentiu com um aceno de cabeça.

- Muito bem. Então... – relaxou na poltrona trocando um longo olhar com Tonks que consentiu para o marido, sorrindo. - Está na hora de mais alguém saber o que esta acontecendo.

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Bom gente!
Esta ai o cap.
Peço desculpas para voces por todo esse tempo, mesmo que ja estejam acostumados com essa minha demorar em relação a postagem dos caps, não vou deixar de pedir desclpas a vocês pela paciência.
Para quem faz universidade sabe o quanto ela exige da pessoa, então, eu passei por um mês um tanto conturbado... trabalhos, seminários, fórum de pesquisa em extensão, enfim, um bando d coisa que me deixou meio sem tempo... mas, graças a um carderninho que tenho, sempre que sntia expiração, ia lá e escrevia uns pedacinhos de minhas histórias... ficou uma rabisqueira só =D... mas de poukinho em poukinho aki está o cap, novinho para voces....
acredito q ñ respondi a expectativa em relação a minha demora... +... tv q corta o cap... =D... mal eu?? nánnn!!!

* Vamos aos coments:
Prika Potter; mayra black potter; Penny Lane; Danielle C. Pereira; Daniela Paiva : Bejus moçass... obrigada pelo carinho. =D (dando pulinhos de felicidade!)

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