Destino



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Segunda Temporada, Capítulo Cinco – Destino ######################################################################


 


Era isso. Draco resolvera que não podia mais esperar. Os ataques de Harry estavam ficando mais freqüentes e mais violentos, o que indicava que a hora estava próxima. Ele era um Guardião. Sua espada conversara com ele. Ela estava certa, e ele tinha de destruir seu inimigo, mesmo que custasse a vida de outro Guardião, mesmo que custasse a vida de um amigo. Do seu amigo, Harry Potter.


A sua espada lhe dissera qual a função dos Guardiões, e como eles apareceram.


Os Guardiões eram os maiores inimigos de Apocalypse, que tem por maior objetivo destruir a população humana, para iniciar uma revolta contra seu irmão Genesis. Para poder começar seus planos, Apocalypse precisa possuir “A Chave”, que é um corpo poderoso o suficiente para agüentar seu poder. Mas para poder possuir a chave, ele deve absorver primeiro os três Guardiões. Ou melhor, absorver a companheira destes, sendo assim, suas espadas. Uma vez possuindo as três espadas, Apocalypse pode ir atrás de seu corpo ideal e possuí-lo. Somente os Guardiões podem o impedir, pois suas espadas são muito poderosas. Aquele que na lenda contada por Harry criara e entregara as espadas para os Guardiões, era um servo de Genesis. Então o grande objetivo de um Guardião, era primeiro identificar a “Chave”, e depois se unir aos outros guardiões e se afastar ao máximo dela.


Agora Draco estava na frente de Harry, sua reluzente espada verde em punho, e sua Aura à sua volta. Estivera ali por um longo tempo, refletindo. Mas agora tomara sua decisão: iria trair seus amigos, e cumprir seu dever como um Guardião.


Levantou sua espada com as duas mãos, mesmo que só precisasse de uma para tal. Baixou vagarosamente até o meio da testa de Harry, para mirar, a espada já cortando a Aura negra que tentava inutilmente proteger Harry. Agora levantou a espada bem acima da cabeça, e disse:


-Harry, sinto muito por isso. É a única maneira, não posso deixar que você destrua tudo. Eu gosto de viver, eu gosto de meus familiares, e dos meus novos amigos... Muito embora eles irão me odiar pelo que vou fazer agora. Espero que nós nos encontremos um dia no Plano Espiritual. Mas a SUA hora chegou, e não a NOSSA. Adeus, meu amigo. – Disse com palavras emocionadas e verdadeiras, e depois baixou a espada com violência.


 


 


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MENTE DE HARRY POTTER


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De alguma forma, Harry sabia que todo seu sofrimento estava chegando a um fim. Agora era a hora do tudo ou nada, ou se ganhava ou se perdia. Ele poderia finalmente ver seus pais, ou ele iria para o temido inferno? Por que estava divagando? Ele não morrera, não ainda... Por enquanto, teria de ficar só com a esperança...


A hora está chegando, meu companheiro... Disse uma voz na sua mente, mas ela não era de Nemesis.


Quem é você?


Sou Galanodel, é claro.


Galanodel? Impossível, Galanodel é uma espada.


Não sou só uma espada, talvez seja, mas pelo menos sou mais do que uma espada comum. Mas isso não importa. Vim me despedir. Nosso tempo juntos acabará logo, infelizmente. O inevitável é inevitável, por isso se chama assim.


Nós iremos perder?


Não seja tão egocêntrico, meu companheiro. Você é um Guardião, existem outros dois. Infelizmente não tenho tempo para explicar isso. Na verdade, não tenho tempo para nada. Você será o primeiro Guardião a cair, talvez não o último. Mas sua vida não acabará com isso, vou garantir que você tenha a oportunidade de mudar o destino do mundo. Vou lhe dar agora quatro presentes. Eles estarão bloqueados para seu acesso, e só serão revelados quando a hora certa chegar. Um por um, eles serão liberados, e quando o quarto e último presente se revelar, o final chegará. O final de Apocalypse ou o final da humaninade e de todos os outros seres do planeta. Lembre-se: “Quem sabe de onde veio sabe para onde vai.”


E com estas estranhas palavras Galanodel se ausentou de sua mente, e logo ele sentiu os quatro pesentes de que ela falava: quatro caixas pretas com um selo dourado cada, nas profundezas de sua mente. Agora só lhe restava esperar.


 


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SALA DE SEGURANÇA


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Um baque surdo, seguido por um estardalhaço de metal. Foi isso o que se ouviu.


Draco apenas sentiu algo estranho, e vagamente com sua visão periférica pôde ver o que o acertou: um grande bola de luz branca. Por um centésimo de segundo se sentiu levitando, e depois foi arremessado violentamente contra a parede. Sua espada caiu ao seu lado, mas ao mesmo tempo longe do seu alcance.


Estava zonzo e sem ar, pois a pancada havia sido realmente forte. Concentrou sua energia espiritual e já liberou sua aura para lhe defender. Uma vez com o escudo pronto, usou a forma dos tentáculos para tentar encontrar e esmagar seus inimigos. Ele ainda não conseguia enxergar, estava tudo girando, mas nada além de sua visão fora afetada. Ele podia sentir a presença de mais pessoas na sala, mas quem poderia ter chegado até ali? Era impossível que houvesse algum inimigo ali, não era? A tão poderosa e indetectável base dos Lobos da Noite, fora infiltrada? Não importava agora.


Sentiu quando um de seus tentáculos agarrou firme um corpo, e sem delongas tratou de começar a amassá-lo, como uma cobra sucuri.


Vagamente, começou a ouvir ruídos, o que indicava que sua audição também fora temporariamente perdida, mas a boa notícia é que estava voltando. Não eram ruídos, e sim vozes. Agora ele as ouvia mais alto. Estavam lhe chamando, pelo seu nome. Elas lhe diziam para parar. Lhe PEDIAM para parar.


Logo sua visão começou a clarear e ele pôde destinguir alguns borrões, e as vozes foram ficando mais claras, e logo ele as reconheceu: eram dos Lobos da Noite. Ele hesitou por um instante. Por que seus amigos o atacariam? Quando conseguiu finalmente recuperar sua visão, viu o motivo da preocupação dos seus amigos: o corpo que ele agora triturava, era Hermione. Instantaneamente a soltou e recolheu seus tentáculos, mas permaneceu com o escudo em volta de si. Em uma hora destas, ele não podia arriscar.


Neville e Dino já foram ao socorro de Hermione, e começaram a curar ela. Draco constatou outras presenças: Ken, Ullez, e... E outras três criaturas que ele não reconheceu. Até que uma delas falou:


-Você quase matou sua amiga, por quê fez isso? – Sua voz era feminina, e saiu cantarolada, muito límpida e bonita. E agora que ele melhor reparava, não era só a voz da “garota” que era bonita. Ela era perfeita, loira, olhos verdes e pele levemente morena. Logo Draco reparou uma outra peculiaridade nela: suas orelhas, que eram pontudas, e levemente compridas, e aí a ficha finalmente caiu para ele.


-Pu** Mer**! – Exclamou Draco ao levar o “soco da verdade”. – Que diacho! Eu achei que estávamos sendo atacados por inimigos. De quem foi a maldita idéia de me enfiar aquela bola de luz na raiz de minha orelha?!


-Você viu a luz? – Indagou um outro elfo, que era definitivamente masculino.


-Claro que vi! E ela me acertou em cheio. – Gritou Draco furioso.


-De que luz você está falando, Jovem Malfoy? – Indagou Ullez.


-O que diabos está acontecendo aqui? – Perguntou Draco confuso.


Todos hesitaram, mas foi a elfa a única que pareceu entender a situação, e então ela respondeu:


-Aquele globo de energia foi uma magia usada por Ésthen, ali. – Disse ela indicando um elfo de longos cabelos negros, de aparência muito resguardada e carrancuda. Ele parecia não estar gostando desta situação. – Ninguém teria condições de ver a magia além dos elfos, pois este tipo de magia é conhecido como Magia Relâmpago. Muito útil no desarme, e infalível sobre todos os aspectos. A maioria das criaturas nem sabe de onde saiu o ataque. Nós apenas atacamos você por que você parecia que ia destruir este jovem deitado na cama. Foi a única solução: usar uma magia rápida o suficiente para lhe tirar de cena antes que você matasse ele, pois viemos aqui justamente para curá-lo. – Ela falava como se Harry estivesse apenas doente, com uma gripe, talvez?


Draco fechou a cara e apontou a mão para sua espada, que estava a dois metros dele caída no chão. Então a espada veio até ele e ele a guardou em sua bainha.


-Esta espada... – Disse Hermione hesitante, que já havia se recuperado. – Não é a...


-Sim, Mione, é a espada do Banco. Na verdade, agora é a minha espada. Aliás, me desculpe por quase ter te matado, não foi esta a minha intenção. Eu achei que ia morrer e fiquei desesperado.


-Tudo bem... – Sorriu ela. – Agora, parece que você ficou bem fortinho neste tempo em que estivemos fora, hein?


-Realmente, mas isso é conversa para outra hora. Agora devemos resolver nosso problema com Harry. Elfos, vocês conseguem resolver o problema dele?


-O problema de todos nós... – Resmungou Ésthen.


-Sim, podemos. – Respondeu a elfa. – A propósito, meu nome é Räina.


-Sou Draco Malfoy.


-Pois bem, Draco Malfoy, nada é garantido, nós vamos tentar acordar ele e isolar o monstro dentro dele com nossa poderosa magia antiga, para que ele nunca possa se libertar. – Respondeu ela. – É provável que seu amigo morra no processo, mas é a melhor opção.


-Então comece logo, não temos tempo a perder. – Sentenciou Draco com um frio na barriga. Era tudo ou nada agora.


Os elfos prontamente se colocaram à volta de Harry, e logo um globo de energia se firmou à sua volta.


-Independente do que acontecer, não interfiram! – Avisou Räina.


Então os estranhos elfos começaram o seu ritual, cantando.


 


Draco estava muito preocupado. Já se passavam mais de trinta minutos de canto dos elfos, a melodia, envolvente, emanava magia difícil de se compreender. Tirando a parte mágica da coisa, a melodia era incrivelmente bonita. Nada que algo humano pudesse comparar, nem mesmo as bonitas melodias de Haendel ou Mendelssohn.


Mas de súbito algo começou a mudar:


A melodia começou a ficar mais violenta, mais gutural. Os elfos que antes estavam de olhos fechados abriram seus olhos, e todos perceberam que algo estranho estava acontecendo, pois seus olhos emanavam uma luz negra. Logo um sentimento começou a ser passado através da música: Ódio. Em seguida, vários outros sentimentos passaram pelos presentes, por sua espinha, como se os sentimentos fossem deles: Vingança, raiva, sede de poder, arrogância, e vários outros.


Logo uma luz negra começou a emanar do corpo de Harry, e depois envolveu todo o círculo dos elfos. Logo ninguém enxergava mais nada.


Em seguida, uma súbita explosão de pura energia aconteceu, sem nenhum barulho, e todos tiveram de proteger-se com os braços. Alguns segundos depois todos puderam ouvir um grito agonizante muito alto, de alguém que conheciam, de Harry Potter. O grito transpareceu uma agonia inimaginável, e tão subitamente como ele começou, ele cessou.


Depois foi a vez dos três elfos gritarem, e em seguida veio uma explosão, outra, mas desta vez era uma explosão física.


Todos sentiram um imenso poder, e depois foram arremessados contra os extremos da sala, mas toda a sala estava explodindo, mesmo com as paredes reforçadas que Harry mandara fazer para caso de ataques ou outros fenômenos, mas talvez nunca fora pensada num ataque vindo de dentro, talvez porque ninguém realmente tinha a capacidade de entrar sem convite, sem convite...


Quando parecia que toda a base iria desabar, segui-se uma calmaria. Uma tenebrosa calmaria.


 


Gina demorou um pouco para retomar a consciência. Quando abriu os olhos, tentou entender o que via: uma criatura que parecia um dementador estava voando, e os três elfos tentavam inutilmente atacá-la. Quando a compreensão começou a voltar à sua mente, viu que a criatura parecia mesmo com a morte, mas ao invés de ter um rosto de caveira, era um rosto que poderia se caracterizar como humano. Mas não era, pois o rosto era perfeito, a beleza era algo horrendo perto de algo que se aproximasse da explicação para aquele rosto. Nada que fosse humano, élfico, ou seja o que fosse, poderia se equiparar à metade da beleza daquele rosto. Era tão perfeito, que era impossível indentificar com um gênero. Era, literalmente, a perfeição. A união de masculino e feminino, uma androgenia hipnotizante.


A pele desta criatura era mais pálida do que a de qualquer vampiro, e seus olhos eram negros, não só as partes comuns (N/A: Desculpem minha total ignorância como pessoa, mas eu não sei como se chama a parte colorida dos olhos, vocês sabem, aquela que algumas pessoas tem azul, outras verde, etc.), mas todo o olho da criatura era negro.


Outra diferença entre a criatura e a morte era que a morte usava uma foice, mas esta criatura usava uma espada. Usava “a” espada de Harry, Galanodel. Então assim era um Espectro.


Foi então que o grito de Harry veio à sua mente, e ela procurou pelo corpo de seu namorado. Não estava ali. Nada, nem que fosse um mísero pedaço, nada, o corpo havia sumido completamente. Um enorme buraco surgiu no seu peito neste instante.


Gina também viu os elfos serem arremessados desdenhosamente pelo Espectro, que ria debochadamente, enquanto dizia, com a voz que parecia se formar por um coro de mais de mil vozes:


-Seus inúteis humanos, não adianta vocês tentarem lutar contra meu poder. Vou destruir todos vocês como se pisasse em folhas secas! Aceitem seu destino! – Além da característica do coro, sua voz era assustadora, e imediatamente Gina sentiu-se intimidada e fadada à destruição, bem como sugeria a voz induzidora do Espectro.


-Seu filho de uma cadela! – Gritou Draco se levantando e empunhando sua espada verde. – Acha mesmo que irei permitir você destruir tudo o que eu dou valor? Acha que vai simplesmente vir aqui e destruir todo mundo e nada vai acontecer? Eu existo para fazer com que você deixe de existir, maldito!


-Um outro Guardião? Dois no mesmo dia? Que sorte! – Riu Apocalypse debochado. – Vamos, venha até mim e abaixe a cabeça para que eu possa te destruir sem nenhuma dor por sua parte e ficar com sua miraculosa espada verde. Não adianta lutar, vocês estão todos condenados, lutar só causará dor.


A voz dele era tão persuasiva que Draco pareceu tentado a desistir, assim como Gina já tinha desistido de lutar.


Mas então ele pareceu acordar do transe. Gina quis dizer para ele parar de lutar, para ele desistir, que não havia esperança, mas nem isso ela conseguiu fazer. Estava paralizada, em choque, nem ela sabia.


-Você é surdo por um acaso? Não ouviu o que eu disse? Talvez minha espada clareie sua mente! – Urrou Draco e avançou contra Apocalypse.


Quando as duas espadas se chocaram uma pequena explosão de energia empurrou ambos, fazendo-os recuar, e assim Apocalypse riu, dizendo:


-Você não entende? Eu vou te matar e você nem saberá o que aconteceu! Cortesia do seu “melhor amigo”. – Sua voz era zombeteira e desdenhante.


Gina entendeu. Não havia esperança nenhuma mesmo, pois Galanodel controlava o tempo. A qualquer instante, Draco e todos os demais morreriam sem nem saber o que ocorreu.


Mesmo com a terrível revelação, o rosto de Draco não se alterou, a ira ainda o dominava, ou talvez a insanidade. Avançou mais uma vez contra Apocalypse, e mais uma vez eles foram expelidos. Mas desta Draco logo emendou outro ataque, e outro, e outro, até que ambos estavam esgrimindo. Com movimentos muitos leves, considerando as enormes espadas que carregavam.


A luta foi transcorrendo em velocidade que Gina quase não podia acompanhar, mas algo diferente aconteceu: pelo visto Apocalypse baixou sua guarda e Draco o atingiu no peito. Ele pareceu virar fumaça, e no seu rosto se formou uma expressão de medo. Todo seu corpo virou uma fumaça negra, e sumiu completamente, junto com a espada Galanodel.


Imediatamente Gina (e todos os demais) se sentiram acordados de um transe e finalmente puderam se mexer.


-Você... Matou ele? – Perguntou Gina vacilante a Draco.


-Não... Bem que eu gostaria, mas isso foi só o começo. Tempos terríveis ameaçam se aproximam. – Disse ele misteriosamente, e depois completou. – Preciso falar com alguém. Não demoro.


E assim ele saiu rápido dali e indo para seus aposentos, deixando a todos, e principalmente Gina, com inúmeras indagações.


 


 


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MENTE DE HARRY, ALGUNS MINUTOS ANTES


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Harry começou a sentir presenças estranhas, em sua mente. Perguntou-se quem eram.


Não demorou muito a entender o que estava se passando: estavam tentando acordá-lo, alguém estava fazendo um perigoso trabalho mental, como se fosse um tipo de cirurgia. Quem estava fazendo isso, ele não tinha a menor idéia, pois não é qualquer um que tem a capacidade de fazer um processo destes. Era um extremo risco para as duas partes, ou seja, operadores e operados.


Ficou acompanhando de longe o que eles faziam, e não conseguia compreender sua magia. Era algo completamente estranho para ele, mas ele sabia que não era Apocalypse, pelo menos não pessoalmente.


De repente a energia começou a oscilar, e ele acompanhou quando Nemesis deu seu golpe fatal e apoderou-se da consciência dos estranhos seres, controlando-os, e então passando a fazê-los trabalhar em prol de libertá-lo. As pobres criaturas não tinham idéia de com quem estavam lidando. E o pior é que ele só podia assistir, a negra energia de Apocalypse envolvendo a mística presença das criaturas em sua mente. Mas no fim das contas, só lhe restava esperar. Ele não estava com medo, ele confiava em Galanodel, e ela lhe dissera que de um jeito ou de outro, ele teria a chance de ter uma luta justa contra Nemesis. Desta vez ele ganharia, e com certeza custaria muito para Harry, mas ele tinha que se concentrar no objetivo, e não nos efeitos colaterais.


Algo estranho aconteceu, e ele subitamente despertou, com um desesperado grito, ao ver que finalmente o Espectro tinha saído de seu corpo, e estava empunhando Galanodel, pronto para desferir o golpe final. Seu grito aumentou de intensidade quando sentiu uma força o puxando pelas costas, e então tudo ficou escuro.


Por pouco tempo, pois subitamente viu uma estranha claridade, uma claridade de sol, mas não pode identificar nada, pois estava de costas para o chão, e caiu violentamente de costas no mesmo, a uma altura de mais ou menos dois metros. E então ficou inconsciente pelo choque. Seu último pensamento foi em que diabo de lugar Galanodel o havia mandado.


Obviamente, ele não precisaria nem verificar para saber que uma das misteriosas caixas de Galanodel havia se aberto, pois não havia outra explicação para tanta sorte. Era a segunda vez que escapava da morte iminente, e era a segunda vez que havia sido por um buraco o puxando pelas costas.


 


 


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APOSENTOS DE DRACO


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Draco entrou nos seus aposentos e bloqueou a porta. Tinha que pensar no que havia acontecido, e tentar entender tudo.


“Holimion...” Pensou ele.


“Sim, jovem companheiro?” Veio a resposta.


“O que foi que aconteceu ali?” Indagou.


“Seria melhor se você descobrisse por si só, vai ser melhor para você entender. Qualquer coisa eu te ajudo.” Respondeu ela sabiamente.


“Então ta...” Começou ele organizando os pensamentos. “Os elfos tentaram usar sua magia, mas algo deu errado...”


“Certo.”


“...O que deu errado?”


“Pergunta errada, jovem Draco.”


“Hm... POR QUE deu errado, então?”


“Exatamente. Isso eu acho que posso explicar: os elfos subestimaram o podere e a influência de Apocalypse, e foram pegos de surpresa, ou talvez o próprio Apocalypse tenha tomado conta de seus corpos em alguma parte do ritual, de forma que ele conseguiu se libertar.”


“Muito bem. Tendo ele se libertado, supõe-se que ele se libertou de algo ou alguém, que no caso seria Harry, que é onde chegamos ao âmago da questão: o que aconteceu com o Harry? Ele morreu?”


“Isso eu também posso explicar, mas de forma muito simplória: morrer ele não morreu. Isso teria sido impossível pelo menos nos primeiros segundos. Eu acho que houve uma separação de ‘corpos’ entre ele e o Espectro. Como o próprio nome já sugere, o corpo do Espectro é algo apenas espiritual, e isso explica o fato de ele ter virado fumaça quando o atingimos, ao invés de morrer...”


“Então ele não está de fato morto, não é?”


“Creio que não. Teria sido muito fácil. E eu senti a presença dele sendo levada embora. Ele apenas sobreviveu por causa da espada que carrega. Ele usou a energia da espada para sobreviver. Mas voltando ao assunto de Harry Potter, eu senti duas presenças num dado momento. Ou seja, ele e o Espectro. Depois houve a explosão de luz, o grito e em seguida sua presença desapareceu. Pergunto-lhe: você já viu algum ser que ao morrer simplesmente some sem dar vestígios? Creio que se ele tivesse morrido, seria por um golpe de espada, e pelo chão estaria espalhado muito sangue. Mas não havia nada. E outra: quando alguém morre, sua presença vai levemente se esvaindo, mas com Harry foi diferente: sua presença sumiu de supetão. Então concluo que ele não morreu, e sim que deu algum jeito de sobreviver. Talvez algum movimento desesperado, talvez alguma tentativa de aparatar para fora da base? Talvez ele tivesse um desbloqueio que só ele pudesse aparatar e desaparatar da base. Mas se esse for o caso, deveríamos estar buscando por ele agora mesmo, pois um movimento tão repentino deve ter o exaurido completamente, e ele pode estar definhando agora.”


“Concordo com você. Então devemos agora mesmo iniciar as buscas. Vou convocar os Lobos.”


“Primeiro se recomponha, Draco.”


“Está bem.”


Então Draco traçou seus planejamentos cuidadosamente e depois foi falar com os Lobos.


 


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SALA DE SEGURANÇA


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A sala estava em completas ruínas. Draco teria de dar um jeito de reformar ela, depois, e em seguida ver se foram causados mais danos à base. Mas isso teria de esperar. Assim que entrou disse:


-Vamos, pessoal, acordem! Harry pode estar precisando da nossa ajuda agora. Ele pode estar morrendo. – Disse ele a todos, que estavam sentados no chão com semblantes pensativos.


-Harry está bem? – Perguntou Gina.


Ela estava em choque, e então Draco resolveu perdoar a pergunta estúpida.


-Gina, eu não sei. Mas o que eu sei é que o mais provável é que ele se teleportou daqui antes de ser assassinado por Apocalypse, e assim ele deve estar por aí, precisando de ajuda. Temos que procurar por ele.


Demorou, mas Draco conseguiu fazer todos acordarem do transe e se aprontarem para buscar por Harry.


-Por onde começamos? – Indagou Hermione.


-Começaremos pelos lugares mais prováveis: Hogwarts, Beco Diagonal, Largo Grimmauld, A Toca... Iremos nos dividir em duplas. Eu vou buscar Eva. Simas, você deve levar estes elfos para o St. Mungus, eles parecem muito mal.


Finalmente eles repararam nos elfos. Estavam desacordados, em um espécie de coma.


-Certo. – Respondeu Simas.


-Então vamos, nos encontramos aqui em duas horas. Procurem em todos os lugares. E Lobos, por nada neste mundo tirem suas máscaras ou falem com alguém. Sejam discretos, vocês sabem como fazer isso.


E então eles logo partiram, muito atordoados ainda com os acontecimentos. Draco preocupou-se, será que eles ficariam bem?


 


 


OFF: Olá. Este capítulo marca o meu retorno a fic, que virá acompanhado de algumas mudanças:


-A partir de agora, os capítulos irão demorar mais do que o usual (uma semana) para saírem. Em compensação, quero escrever capítulo com melhores descrições, tanto de personagens/lugares quanto de relacionamentos. Até agora eu sempre fui bem objetivo em tudo, e agora, em obviamente baixa escala, começarei a mudar isso.


-Agora teremos um salto temporal. Neste presente momento confesso que ainda não comecei o próximo capítulo (presente momento leia-se como o momento em que terminei este cap, e não o momento no qual o postei), mas enfim, a questão é que saltos temporais serão mais freqüentes na fic, e como prometido, finalmente agora a guerra guerra começa. Claro que vai haver um período de descrições, para então chegarmos no período de guerra. A forma que eu vou fazer isso será um segredo, mas aviso que podem ser flashbacks, imensos parágrafos descritivos, etc.


-Agora a fic passará por um breve “gaiden”. Harry irá vivenciar algo imprescindível para que ele possa vencer Apocalypse no final feliz da história, ou para que ele aprenda isso em vão e acabe morrendo do mesmo jeito. xD


-Talvez, este final de capítulo tenha ficado meio estranho. Posso explicar. É óbvio que numa situação normal, os Lobos fariam perguntas, do tipo, ‘que porra é essa que aconteceu?’, e outras do gênero. Realmente, talvez vocês achem que esteja faltando esta parte. Mas Draco é um líder agora. Ele é “O” líder. Então antes de dar qualquer conforto aos seus subordinados, ele deve fazer o mais urgente trabalhando com as informações que tem. Coisas de líderes.


-Bem... Sim, Harry perdeu Galanodel. Sim, ele escapou por pouco da morte. Sim, ele fez outra viagem temporal (isso é óbvio, não considerem spoiler). Logo logo, vocês irão conhecer um novo time que entrará em campo, e começarão a ver mudanças nos seus conceitos (pelo menos para esta fic) de Dumbledore, Ordem da Fênix, e etc. Não pensem que o Harry virou secundário. Para ele, imaginem como uma compensação: para ‘exorcizar’ seu demônio, ele teve de dar algo muito valioso em troca. Na verdade, ele perdeu seus dois maiores poderes, mas não se enganem. Ele vai renascer das cinzas. Ou talvez ele simplesmente morra e eu mudo o título da fic e o personagem principal. Depende do que vai render mas coments.


-Como de praxe, eu aguardo seus reviews, então, não fique com este peso na consciência: comente! Aceito sugestões, reclamações, teorias, o que você quiser escrever. Fique à vontade. Finja que eu escrevo a fic para você (dããã, eu faço isso mesmo ^^).

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