Viagem Inesperada e Retorno



N/A: Na primeira parte deste capítulo, eu (autor, mas podem me chamar de Lord Racalas ^^), resolvi pular a parte de enquanto HP estava nos “adoráveis” Dursley. Ou seja, eu só vou comunicar o que aconteceu até ele sair dali, não vou detalhar nem nada. Correto?

Bem, desejo uma boa leitura e peço que comentem, nem que seja para me xingar.



Capítulo I – Viagem Inesperada e Retorno


Duas semanas após o início de suas férias de inverno, Harry Potter foi levado à casa dos Weasley para passar o resto de suas férias lá, uma vez que estava completamente deprimido por causa da morte de Sírius no final do ano anterior, e assim a Ordem da Fênix resolveu transferir Harry para um lugar mais ameno e com mais amigos. Mal eles sabiam que essa foi a melhor coisa que eles já fizeram para o Mundo Bruxo.

Chegando lá, é recebido pelos seus dois inseparáveis amigos, Rony e Hermione, por Gina (que lhe havia mandado uma estranha carta nas férias, dizendo o que ainda sentia por ele, mas ele realmente não estava “com cabeça” para falar com ela, ainda), Fred e Jorge (os dois últimos que ali estavam só de visita, pois na verdade moram no Beco Diagonal para cuidar de sua loja de logros). Todos tentaram animar ele, convidando ele para fazer diversas coisas divertidas, mas ele preferiu ir aos seus aposentos.

Na mesma noite, Harry estava trancado no quarto do Rony (ele sempre fica no mesmo quarto que ele), quando foi chamado para jantar. Ao descer para a sala de jantar, cumprimenta Arthur Weasley que acabava de chegar do Ministério, onde trabalhava.
-Como vai o serviço, Sr. Weasley? – pergunta ele fingindo animação.
-Muito bem, obrigado por perguntar Harry. Fui promovido, e agora trabalho na seção de Prevenção Contra Objetos Mágicos Fraudulentos. – Responde Arthur animado.
-O que é isso? – Pergunta Harry sem entender.
-Bem, com a volta de Você-sabe-quem efetivada, vários malandros estão vendendo por aí objetos falsos que deveriam proteger as pessoas contra magias das Trevas e coisas assim. – Responde Arthur.
-Sei... Entendi. – Fala Harry imaginando a idiotice das pessoas que compram tais objetos, ou talvez fosse o medo de Voldemort que as motivasse?
Nesta hora a Sra. Weasley os chama para jantar, e assim todos se sentaram a mesa, e começaram a jantar.
-Vai emagrecer até sumir se não comer nada, Harry querido. – Diz a Sra. Weasley.
-Não estou com fome. – Fala Harry amargurado pensando em Sírius, coisa que fazia frequentemente.
-Pô cara, assim não dá. Come aí e para de ficar pensando no Sírius! – Diz Rony já indignado com a situação.
Harry nem teve tempo de responder a nada, pois nesta mesma hora foram ouvidos barulhos de aparatação típicos, um estalido de chicote. Todos ouviram o barulho da aparatação, e também ouviram vozes lançando feitiços para desativar as defesas da casa. Imediatamente o Sr. Weasley pega sua varinha, mas nem teve tempo de usá-la, pois cinco Comensais da Morte adentraram a casa e o atingiram com Feitiços Estoporantes (um recorde para os Comensais, que em uma situação normal no mínimo usariam Cruciatus). Vários outros até tentaram sacar sua varinha mais foram todos desarmados. Até que um dos Comensais, aparentemente o líder do ataque, se pronuncia.
-Prestem atenção todos vocês seus traidores do sangue. Fomos ordenados de capturar vocês para o mestre, e assim viemos fazer, mas não se iludam! Se tentarem uma besteira...
Mas “ele” nem teve tempo de terminar sua frase. Harry conhecia aquela voz. Conhecia e a odiava como se fosse o próprio Voldemort. Aquela pessoa era Bellatriz Lestrange, a assassina de Sírius, e Harry se sentiu tomado por uma raiva e um ódio que nem ele sabia de onde tinha vindo. Seus olhos, antes verdes, ficaram negros, e ele num movimento tão rápido que até hoje não se tem explicação para tal velocidade (N/A: ou pelo menos o autor não quer revelar ainda... ^^), sacou sua varinha e sem pensar muita coisa além na sua vontade de destruir aquela que lhe causou tanta dor levando seu padrinho Sírius, ele bradou:
-AVADA KEDAVRA!!! – Sua voz parecia mais a voz de um demônio, e não de um jovem garoto de 15 anos.
Para a sorte de Bellatriz, um Comensal percebeu tudo e para impedir que sua comandante morresse, cometeu a maior estupidez da face da terra: se jogou na frente da Maldição da Morte lançada por Harry, que nestas horas já nem raciocinava direito tal qual era sua ira alucinada para matar Bellatriz. Ele achou que por ser tão jovem e aparentemente inocente ele não saberia usar com eficiência tal Maldição. Um equívoco fatal. O corpo do Comensal tombou desfalecido ao chão, e um segundo se passou, um longo e demorado segundo, até que os outros comensais junto com Bellatriz desarmassem Harry e o prendessem com pesadas correntes. Bella se aproxima dele e diz:
-Ora ora, hoje é uma noite de surpresas. Saímos para capturar adoradores de trouxas traidores do sangue para trocar pelo Potter e olha só quem encontramos? O PRÓPRIO POTTER! E ainda por cima nos recepcionando com uma Maldição da Morte. Que maus modos Potter – Ela balança a cabeça como se tivesse o censurando. – E não é que você matou o meu servo, Potter? Hoje em dia não se fazem mais servos como antigamente. Não, não se fazem. Todos eles sempre querem pegar seu lugar, ter mais confiança do mestre do que agente, mas esse que você “apagou” não... Ele era especial. E VOCÊ O MATOU!!! AGORA VAI PAGAR POR ISSO! – Ela começa a rir histericamente.
-Pois é Potter. Eu nem vou perder meu tempo te levando ao Mestre. Acho que ele vai me recompensar muito por ter matado o maior inimigo dele. Pena que eu não posso te torturar Potter. Pena mesmo – Ela aponta a varinha para Harry, e diz – Avada Kedavra!


Dor, Harry sentiu muita dor, quando foi envolto por uma luz branca que aparentemente emanava do seu corpo. Essa luz branca o sugou para algum lugar antes que a Maldição de Bellatriz o acertasse. Era como se fosse uma Chave de Portal, mas era muito, muito mais forte. Parecia que estava sendo arrastado de costas para o infinito numa velocidade incrível. Quando finalmente desacelerou um pouco no seu “vôo”, um portal se abriu as suas costas (ele obviamente não o viu), e ele foi arremessado numa sala com uma velocidade incrível. Bateu no chão e depois voou contra uma parede, que para sua infelicidade era de metal. Ele desmaiou de tanta dor que sentiu, e percebeu antes disso que estava todo quebrado.


Recobrou a consciência, mas ficou com os olhos fechados, constatando a dor que sentia em todo o corpo, arriscou abrir um pouco os olhos e mesmo sem seu óculos percebeu que estava numa cama, parecida com uma cama de hospital ou enfermaria.
Tentou se sentar cama, mas a dor foi tanta que ele desistiu no meio do trajeto. Ficou ali deitado, de olhos abertos, imaginando que coisa tinha lhe acontecido. Ouviu quando a porta do quarto onde estava se abriu, e dela entrou alguém, mas ele não conseguia enxergar direito sem seus óculos.
-Vejo que está acordado, Sr. Potter. – Fala o estranho que havia entrado no quarto.
-Eu... Eu, morri? – Pergunta Harry desnorteado.
-Bem, é uma pergunta muito difícil de ser respondido nas atuais circunstâncias – Fala o estranho numa voz aparentando bom humor. – Ah, eu já tinha me esquecido, você usa óculos não é? Accio – e os óculos de Harry, todos quebrados, voam para a mão do homem – Reparo – e os óculos se concertam.
O homem devolve o óculos a Harry, que os usa e então dá uma boa olhada no estranho a sua frente. Ele era um senhor de aparentemente uns 60 anos, vestido numa roupa bruxa normal, e tinha um olhar muito bondoso para Harry.
-Obrigado. – Agradece Harry ao homem.
-Ah, de nada. – Fala ele sorrindo.
-Bem, não quero ser rude, nem nada, mas eu sou Harry Potter, o que o senhor já deve saber pelo modo do qual me chamou quando entrou, mas eu não sei quem é você. – Fala Harry.
-Hm, bem. Aí é que está o ponto da coisa. Eu vou lhe concertar, só um instante – e ele coloca sua mão sobre o peito de Harry e começa a murmurar vários encantamentos e logo Harry sente sua dor ser aliviada completamente. – Eu quero que você venha comigo dar uma volta, para conversarmos melhor – Fala ele saindo do quarto. – Venha, por favor.
Harry, meio apreensivo, mas curioso acima de tudo, seguiu o homem, e logo que saíram num largo corredor deduziu que fosse um lugar subterrâneo, pois as paredes eram todas de metal.
-Onde estamos, Sr.? –Pergunta Harry vendo que a extensão do corredor era grande.
-Estamos em um lugar conhecido por Base Principal do Grupo “Terrorista” A.R.C.I. – responde ele calmamente.
-O que?? Terrorista?? – Indaga Harry incrédulo.
-Bem, pelo menos nosso inimigo nos chama assim.
-Que é A.R.C.I., se não se importar em dizer? – Indaga Harry.
-Aliança Rebelde Contra o Império. – Responde o homem em tom de tranqüilidade.
-Rebelde? Império? Que império? – Pergunta Harry muito confuso.
-O de nosso inimigo, naturalmente. – O homem parecia um poço de calma.
-E quem é vosso inimigo? – Pergunta Harry já impaciente com a falta de objetividade das respostas do homem.
-O mesmo que o seu. – Diz o bruxo.
-Lord Voldemort? – Fala Harry meio irritado.
-Ele mesmo... Mas, veja bem, talvez você esteja perdido, está bem, você está bem perdido. Então vou ser bem mais direto com você – fala ele abrindo uma porta para um lugar que parecia um auditório, só que muito maior. No centro havia uma confortável poltrona de couro, e na sua frente havia uma mesa com três cadeiras, nas quais duas estavam ocupadas, uma por um duende, e outra por um vampiro. Ao lado da cadeira vazia havia um centauro de pé. – Sente-se, Sr. Potter, por favor. Não tenha receio, vamos ter uma conversa muito importante aqui – E nisso ele vai até a mesa e ocupa a cadeira vazia.
Harry muito intrigado com tudo aquilo se senta na cadeira e fica encarando a mesa, na qual os quatro conversavam baixinho. De repente, o bruxo que estava com Harry se levanta e os outros ficam observando Harry, enquanto ele fala:
-Bem, Sr. Potter, o lugar onde você está, é exatamente duzentos anos depois da noite em que você foi atacado por Bellatriz Lestrange.
-Como é que é?! – Indaga Harry pasmo.
-Isso mesmo, este lugar aqui, é como o mundo se tornou quando você foi morto pela Maldição de Bellatriz. Você concerteza conhecia sua profecia não é? – Pergunta o homem.
-Sim, mas... – fala Harry mas é cortado pelo homem.
-Então esqueça-a. Você naquele dia que para você é ontem e para nós é uma mera lenda, foi assassinado por Bellatriz Lestrange, na Toca, a casa dos Weasley da sua época. Depois daquilo, Lord Voldemort, exibiu para todo mundo seu novo troféu, a cabeça de Harry Potter, e então tomou controle do mundo inteiro, ou pelo menos boa parte dele. – Diz o homem como se lesse um livro de História.
E assim, uma penseira aparece na frente de Harry, que olha para ela intrigado, mas o bruxo faz um sinal positivo com a cabeça e fala:
-Depois de ver estas memórias, nós iremos responder a qualquer pergunta que você tenha a fazer, e depois explicaremos o que queremos de você.
Então Harry se posiciona na frente da penseira, e logo depois é “sugado” pela mesma, e assim começa uma viagem pelas memórias ali impostas. Viu Voldemort matando vários trouxas e expondo assim o Mundo Bruxo aos trouxas, viu ele desfilando com sua cabeça para lá e para cá, sem nem se importar com o que os outros pensavam, e sempre que alguém se opunha aos seu comando, era torturado em “praça pública” e depois morto. Como ele viu, os trouxas não ficaram quietos com isso, e assim iniciou uma guerra entre Voldemort e os trouxas, na qual direta ou indiretamente todos os bruxos (bons ou ruins) eram prejudicados. Muita gente morreu, depois de cerca de 20 anos após o início da guerra, Voldemort finalmente venceu os trouxas, e assim se tornou imperador de toda a Europa, Ásia, América do Norte e pedaços da Oceania e da América do Sul e Central. Viu também seus comensais se tornarem os Inquisidores dos Tempos Modernos, por assim dizer, e fazerem em pessoas inocentes as mais bárbaras torturas, das quais Harry nem imaginava poderem existir. O povo era massacrado só por querer ser livre. Lord Voldemort foi comparado com um tirano de uma seqüência de filmes trouxas, ele era comparado ao Imperador Palpatine, dos filmes Star Wars, e seu Darth Vader era ninguém menos que Lúcio Malfoy, que por sinal também havia fabricado sua “cota” de Horcruxes. E por último, em meio a tantas memórias de lutas e massacres que Harry preferiu não ter nascido para ver, ele viu uma reunião peculiar, na qual várias raças se faziam presente, e ali foi criada a ARCI, e a partir dali começou-se uma oposição ao imperador, mas que e era obviamente frustrada, pois o Imperador era muito poderoso. Várias raças haviam participado da reunião de criação, mas infelizmente só Bruxos, Duendes, Centauros e Vampiros sobreviveram, todas as outras foram perecendo em combate lutando pelos seus ideiais. A guerra parecia perdida, até que finalmente, um talentoso bruxo veio aos líderes da ARCI com uma proposta que poderia vencer o Imperador e criar um mundo muito melhor, por mais que os próprios líderes da ARCI poderiam deixar de existir por causa dela: Alterar a Linha do Tempo.
De repente, Harry foi sugado de volta e se deparou novamente na sala onde estava agora com os líderes da ARCI. Ficou meio aturdido no início, depois sentiu vontade de vomitar por ver a realidade no que o mundo se tornaria, depois um pesar imenso tomou conta de sua mente, e ele se sentiu impotente. Mas isso mudaria, ah sim.
Vendo o estado de choque de Harry Potter o líder Duende da ARCI finalmente falou:
-Bem, jovem Harry Potter, quando achar oportuno, pode começar a fazer suas perguntas, que depois explicaremos o porque de você estar aqui.
Depois de algum tempo de hesitação, Harry conseguiu formular uma pergunta para eles e disse:
-Bem, er, na última memória que eu vi um bruxo veio até vocês e falou sobre alterar a Linha do Tempo. Isso se refere a me trazer do passado?
-Exato. Muito embora saibamos que se você aceitar ou não nossa proposta que iremos lhe fazer depois, nós todos iremos morrer. – Respondeu o Vampiro.
-Por que irão morrer? – Pergunta Harry intrigado.
-Isso nós lhe explicaremos depois de lhe fazer a proposta. – Disse o Centauro.
Harry pensou um pouco e fez a pergunta mais óbvia que lhe pareceu no momento. – O que aconteceu aos meus amigos Weasleys e à Hermione?
-Bem, você tem que entender que os Comensais da Morte foram até A Toca naquela noite para usar os Weasleys de isca para pegar você, mas como você estava lá, e morreu, você deve perceber que eles não precisariam mais dos Weasleys não é mesmo? E como a Srta. Granger era segundo eles uma “Sangue-Ruim”, eles a odiavam tanto quanto a você. – Respondeu o Bruxo.
-Então foram assassinados. – Concluiu Harry com desespero e ódio ao mesmo tempo.
O Bruxo, ao perceber o ódio de Harry Potter sorriu disfarçadamente e pensou consigo mesmo: “Mais fácil do que o planejado”.
-Mais alguma pergunta, Sr. Potter? – Indagou o Vampiro.
-Porque vocês não se indentificam para mim? – Disse ele um pouco com raiva.
-Porque não sabemos se poderemos contar com você. Simples assim. – Respondeu o Centauro.
-Ninguém mais tentou pegar as Horcruxes no meu lugar? – Perguntou Harry depois de um tempo de hesitação.
-Bem, ninguém mais que sabia sobre elas estava vivo, não é mesmo? – Respondeu o Duende.
-Entendo. – Disse Harry baixinho.
-Não. Eu acho que você não entende mesmo. – Disse o Bruxo duramente.
-Como não? – Perguntou Harry percebendo a dureza na voz do estranho.
-Você idolatra Alvo Dumbledore, mas a culpa de tudo, DE TUDO, é dele. No início de conversa, ele poderia ter matado Lord Voldemort quando ele ainda era fraco e não tinha todas suas Horcruxes, ou seja, logo no mesmo dia em que Voldemort veio lhe pedir um emprego, como você já deve saber da história. Mas ele não fez, porque seus propósitos utópicos de criar um mundo perfeito e de todo mundo dançando ciranda de mãos dadas e cantarolando alegremente não lhe permitiam isso. E, não bastasse isso, houve você, Potter. Ele pediu que você matasse Lord Voldemort, mas nem sequer lhe ensinou a usar as Imperdoáveis! Como vai matar alguém se não sabe fazê-lo? E foi provado que Dumbledore era um velho que propagava a paz entre seus comandados e nem lhe ensinava como se defender por causa de erros no seu passado, erros obscuros que ele cometeu, e assim começou a se esconder sobre seu estilo de bom samaritano. E adivinha?! NÃO ADIANTOU NADA! Isso foi mais do que provado na noite em que você morreu! Por mais que você tentou fazer o certo, ou seja, matar os inimigos, se Dumbledore tivesse dado um pouco de treinamento a todos vocês poderiam ter sobrevivido e matado aqueles bastardos, e impedido o final trágico que agora estamos todos nós da ARCI e do povo em geral sofrendo. Eu queria ter trazido o Dumbledore só para torturar ele até o final dos meus dias. Mas infelizmente só foi possível trazer uma pessoa, e enfim, Potter, se você não tiver mais nenhuma pergunta, iremos logo falar sobre o porque de você estar aqui. – O Bruxo terminou, e estava transtornado, anos e anos de dor e amargura foram desintalados de sua garganta, e quem teve que ouvir isso foi o Harry. Mas no fundo, Harry Potter começou a perceber a verdade nas palavras do velho Bruxo, e começou a levemente desgostar de Dumbledore. Coitado do Diretor de Hogwarts.
Depois de alguns minutos digerindo as palavras do Bruxo, Harry finalmente se manifestou:
-Vamos em frente, então. – Disse ele num tom bem baixinho, que não poderia ser ouvido se o silêncio não fosse mortal.
-Bem, nós, líderes da ARCI escolhemos trazer você do passado, Harry Potter, por um simples motivo: Você é de fato o único que poder vencer Lord Voldemort. Mas o Lord Voldemort do seu tempo. Digo isso, porque você é o único que nós sabíamos que depois de saber a verdade jamais iria falquejar na luta contra o mal. Você odeia Voldemort mais do que tudo, você o quer morto pela morte de seus pais e de seu padrinho. Você o quer morto por todas as pessoas que ele fez sofrer. E agora depois de saber a verdade, nós sabemos que o quer morto só pelo fato de ele existir para transformar o mundo no que ele é. – Começou o Duende.
-Muito bem, mais e se eu não aceitar seja lá o que vocês me propunham? – Perguntou Harry desafiador.
-Naturalmente, haviam outras pessoas que odeiam Voldemort até o fim das forças, mas você é o único, e nos desculpe por isso mas é a verdade, que nós podemos manipular. Se você não aceitar nossa proposta, nós iremos lhe devolver para o abraço mortal do Avada de Bellatriz, mas se aceitar nossa proposta, você poderá transformar o mundo no local melhor para todos, inclusive para você. – Respondeu o Centauro.
-Vocês querem me manipular?!? – Grita Harry indignado.
-Olhe pelo lado bom, pelo menos nós estamos sendo sinceros, e é para garantir um mundo melhor, ao contrário de Dumbledore, que o manipulou a sua vida toda, sempre lhe ocultou a verdade, mentiu várias vezes para você e ainda no final das contas só o levou à morte. – Falou o Vampiro calmo.
Depois de muito tempo perdido em seus pensamentos confusos, Harry se afundou mais ainda na poltrona que estava sentado e concluiu, por fim:
-Ou eu aceito o que vocês estão me impondo, ou vocês me deixam morrer, e ainda por cima com a certeza de que eu fui “covarde” o suficiente para não querer fazer um mundo melhor. Muito inteligente da parte de vocês. – Fala Harry triste.
-Que bom que entendeu isso Harry, mas queremos que entenda que isso foi nosso último “respiro”, e nós precisávamos ter certeza que você iria aceitar. Nós não somos monstros, mas na guerra, tudo é válido, e acredite: nós preferiríamos que fosse de outro jeito. – Falou o Bruxo.
-Muito bem, qual é a proposta de vocês afinal? – Perguntou Harry compreendendo um pouco os motivos deles.
-Nós queremos que você vença a guerra contra Voldemort logo no início dela, antes de você estar morto e antes da guerra contra os trouxas. Nós queremos lhe treinar aqui com tudo que nós temos, por um período de três anos, e depois iremos lhe mandar de volta no tempo, para antes de quando você foi morto, para preparar tudo para a guerra, e finalmente acabar com este terror. – Disse o Duende feliz por Harry ser mais maduro do que eles pensavam.
-De quanto tempo antes da minha suposta morte estamos falando exatamente? – Pergunta Harry.
-Bem, mais ou menos uns três meses. É mais ou menos isso que você irá precisar para depois revelar-se. – Disse o Centauro.
-É claro que você ficará oculto de todo o mundo até a noite em que nós lhe trouxemos, e nós iremos lhe guiar em tudo, você não estará perdido, nesses três anos iremos lhe treinar em tudo, tudo mesmo, e isso inclui em como agir com as possíveis situações que por ventura aconteçam. Nós iremos lhe preparar, ao contrário do que foi antes feito com você. Nós lhe daremos liberdade para fazer o que quiser para deter a guerra quando voltar, mas iremos também lhe dar conselhos que seria bom se você os levasse em conta. – Disse o Bruxo.
-E quando é que nós iremos começar? – Pergunta Harry decidido.
-Ótimo. Agora mesmo. Começaremos melhorando este seu preparo físico. Chamem Hércules agora, para botar este moleque “na forma”. – Disse o Bruxo sorridente.


Três Anos Depois, ou Três Meses Antes (dependendo da interpretação de cada um):

Harry finalmente retorna ao “seu mundo”, depois de tanto treino exaustivo, tanta orientação e tanta preparação. Estava definitivamente diferente de quando ele havia ido ao futuro. Os cabelos continuavam rebeldes como sempre, e seus olhos continuavam verdes, mas ele estava mais alto, cerca de 7 centímetros, também agora estava com o corpo desenvolvido. Já não era mais um garoto, agora ele tinha o corpo de um homem. Aparentava ter 19 anos, mas ele nem sabia sua idade ao certo, pois como ele iria contar o tempo que viveu no futuro? Às vezes ele ria de si mesmo pensando nisso e tentando achar uma resposta. Agora, ele vestia botas de combate, uma calça jeans preta um pouco folgada, usava um sobretudo preto que o deixava com ar de misterioso. Não usava mais óculos, pois seus mentores do futuro haviam corrigido este problema para ele. E também tinha agora sua espada, Galanodel (N/A: Galanodel é o nome da espada, e em élfico quer dizer ‘Sussurro da Lua’), uma bela espada ocidental de duas mãos, folha larga, com a lâmina de aproximadamente um metro e meio que sempre ficava em suas costas, feita por uma raça já extinta no futuro, os Elfos, mas será que estariam extintos atualmente? Quem sabe... Sua espada era feita de um material indestrutível, além de ter sido banhada em veneno de basilisco, tornando-a uma arma mortal. A lâmina era de cor anil muito clara, que seguida mente mutava para um liláz igualmente muito claro, o que dava um ar de mistério na espada, assim como diz o seu nome. Havia uma outra peculiaridade na espada: ela só servia a ele. Quando Harry a empunhava, era como se estivesse empunhando uma pena, de tão leve que a espada era para si, mas quando qualquer outro tentava usá-la, se decepcionava, pois parecia estar empunhando um elefante. Isso sem falar nas suas duas Desert Eagles, pistolas trouxas estas que poderiam rachar o crânio de um basilisco com um tiro. Ele estava em frente ao Caldeirão Furado, e ali ele começaria. Sua Jornada seria longa antes da sua “volta” por assim dizer, e ele sabia disso, mas nada o faria se desmotivar. E ele sabia iria fazer de tudo para impedir o que aconteceria se ele tivesse morrido.

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Desert Eagle

O primeiro lugar que ele pensa em ir, como foi sugerido, foi ao Gringotes, para começar a preparar seus investimentos na guerra. Transfigurou seu rosto para se parecer com qualquer um, pois por mais difícil que poderia parecer, ele poderia ser reconhecido por alguém e assim tudo ir por água abaixo e entrar em colapso. Também ocultou sua espada Galanodel em forma de uma Tatuagem de uma espada e uma lua crescente se cruzando, que ficou visível em seu ombro. Ele sabia que se fosse visto por alguém que o conhecesse ou na pior das hipóteses por si mesmo o mundo poderia entrar em colapso. Ele foi avisado disso, e então preferiu tomar os devidos cuidados para que isso não acontecesse.

Entrando no Gringotes, ele foi logo falar com um duende livre, e lhe disse que queria abrir uma nova conta. O duende prontamente lhe atendeu, e ele foi dando seus dados ao duende, que ia anotando compulsivamente.
-Nome? – Perguntou o duende.
-Alexander De La Vécquie – Disse ele com um sotaque francês.
-Idade? – Perguntou o duende.
-19 anos. – Respondeu Harry.
-Você não é daqui não é? – Perguntou o duende ciente da resposta, mas isso lhe pouparia várias outras perguntas.
-Não, nasci em Marseille na França, sou filho de pai trouxa e mãe bruxa e vim para cá sozinho para morar após o fatídico dia no qual eles morreram. – Disse Harry fingindo tristeza.
-Ah, sinto muito senhor. – Disse o duende.
-Está tudo bem, não se preocupe. – Disse Harry.
-Bem, quanto vai querer depositar? – Perguntou o duende num tom ganancioso.
Harry neste momento retirou do bolso de seu sobretudo preto uma ordem de transferência de conta de um banco trouxa, coisa que ele ganhara de seus mentores do futuro, e Harry viu os olhos do duende brilharem ao ver o número de dígitos que continham no espaço referente ao valor da conta no papel.
-Acho que você conseguiria providenciar a transferência para mim, não é mesmo? – Perguntou Harry sorridente.
-Claro que sim, senhor. – Disse o duende meio envergonhado e saindo para providenciar a transferência. Alguns minutos depois voltou com uma chave, entregou-a a ele e dizendo – não se esqueça de que você precisará desta chave para entrar no banco, se você perder ela, e alguém a achar, essa outra pessoa poderá ter acesso à sua conta. Então, proteja-a.
Pegou a chave e agradeceu ao duende, e depois aparatou na frente de um hotel trouxa em Londres, e ali ficou até o outro dia.
Quando acordou, desceu e tomou seu café da manhã no hotel, e depois disse à recepcionista que iria sair o dia todo, e só voltaria à noite. Dito isso, foi até o banheiro do hotel e aparatou na frente de uma empresa de investimentos trouxas, em seguida adentrando o local. Chegou na recepção e falou:
-Olá, meu nome é Alexander De La Vécquie, e gostaria de falar com o dono da empresa.
-Só um pouquinho. – A moça falou algo pelo telefone e depois o mandou entrar na sala do dono da empresa. Sentou-se numa cadeira enquanto analisava o homem a sua frente: um homem meio gordo, vestindo uma roupa formal trouxa, era um pouco careca e tinha um bigode peculiar. Em suma, ele lembrava o seu tio Valter.
-Olá, meu nome é Alexander De La Vécquie, e eu gostaria de contar com você para ser meu consultor financeiro. –Disse Harry sem demora.
-Muito bem, do que você precisa, meu senhor? – Perguntou o homem interessado.
-Simples, vou lhe dar total acesso às minhas contas e você será pago para fazer o que eu mandar você fazer com o dinheiro lá depositado. É bem simples, e não se preocupe que você vai ganhar bem o suficiente para até a sua 5ª geração poder viver sem trabalhar. – Falou Harry.
-Uau! E porque você confiaria em mim? A propósito meu nome é Josh Farell. Disse o homem espantado.
-Porque se você tentar me sacanear, tentar de alguma forma me roubar, ou me passar para trás, eu vou lhe cortar cada dedo do seu pé com um palito de dente, depois vou cortar seus pulsos com um martelo e por último vou cortar todo o seu corpo em vários pedacinhos e distribuir eles entre cada país do mundo. ISSO É UMA PROMESSA. Entendeu agora porque? - Disse Harry com uma cara diabólica que ele aprender a fazer durante seu treinamento. E no fundo ele faria isso mesmo com o trouxa, mas só depois de algumas sessões de cruciatus.
-S-sim senhor... – Respondeu ele apavorado e levando a sério o que Harry havia dito.
-Então você aceita? – Pergunta Harry calmamente.
-Aceito. – Disse ele mais tranqüilo.
-Ótimo. Dentro de dois dias você irá receber as autorizações, e a partir daí você irá cumprir todas as ordens que lhe forem enviadas para este celular aqui via SMS. Eu sempre irei colocar uma assinatura que você irá reconhecer e um trecho da ordem anterior, e sendo assim será impossível alguém tentar mandar mensagens no meu lugar, uma vez que só eu sei o nº deste telefone. Te vejo em breve. – Disse Harry e depois sai dali sem esperar que Josh tinha a lhe dizer.

Depois disso, voltou ao Gringotes e chamou o mesmo duende que o havia atendido. Quando ele veio, Harry perguntou:
-Como é seu nome meu caro?
-Zook, senhor. Se não se importa, por que o interesse em meu nome? – Responde e pergunta ele desconfiado.
-Eu ouvi dizer que o Gringotes tem um serviço de controle financeiro para seus melhores e mais ricos clientes, não é mesmo? – Pergunta Harry já sabendo a resposta, mas ele tinha que chegar no assunto.
-Bem, sim. – Responde o duende.
-E, acredito eu, que me enquadro nesta categoria, não é? – Indaga Harry sorridente.
-Naturalmente que sim, senhor. – Responde Zook.
-Então eu quero lhe contratar como meu assistente de investimentos no mundo bruxo, você acha que é possível? – Pergunta Harry.
-Bem, acredito que sim. Mas o problema é que eu trabalho para o banco, então eu teria que ser demitido para trabalhar para você, não é? – Responde Zook.
-Não tem como trabalhar para mim e o banco ao mesmo tempo? – Pergunta Harry já sabendo a resposta novamente, mas testando a confiabilidade do duende.
-Jamais! Isso seria uma desonra completa para um duende honesto. – Diz Zook ofendidio.
-Muito bem! Está contratado. Vou acertar isso com o presidente do banco. Acho que um salário de 200 Galeões mensais estaria bom não é mesmo? – Pergunta Harry.
-Naturalmente que sim. – Fala Zook feliz. Realmente era uma boa quantia.
-Certo. Agora vou falar com o presidente. – Fala Harry saindo.
Depois de alguns minutos de conversa, ele acaba cedendo por Harry ter uma conta milionária em seu nome (ou no de Alexander). Harry volta para falar com Zook e diz para ele:
-Sua primeira tarefa será construir isso, bem no local indicado, não interessando quanto deve ser pago pelo terreno e pela construção – Fala Harry entregando uma pasta com uma planta e a localização do que estava querendo. – Use construtoras trouxas e para pagá-las mande uma mensagem de celular (Harry explica como fazer isso e entrega um celular para Zook) para este número – entrega um papel com o número do celular da empresa trouxa, e também com o nome de Josh -, sempre com uma prévia da ordem anterior e com a assinatura ADV. Não se esqueça disso.
-Sim, não irei esquecer. – Diz Zook confiante.
-Tudo bem, agora vou partir. Qualquer coisa você irá receber uma coruja de mim. Não tente me localizar. Se alguém perguntar por mim você não me conhece. – Fala Harry já se afastando.
-Tchau! – Diz Zook.

Estava tudo pronto. Os preparativos iniciais estavam pronto, e sua “construção” estaria pronta a tempo graças ao três meses de vantagem que ele teve. Agora era só esperar, e estar “lá” na hora certa, e depois começar a distribuir mais ordens para seus “auxiliares”.
Dito isso, aparatou num hotel trouxa no litoral brasileiro e por lá ficou por muito tempo, até a hora de sua “volta”.

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