Ataque Ao Banco



XXII – Ataque ao Banco


 


 


OFF: Recomendo “Whiskey In The Jar”, do Metallica, de trilha para a parte de introdução do personagem novo. Esqueçam a letra, se foquem na melodia, ela reflete a personalidade de Ken. A propóstio, assistam o começo do vídeo, e sintam a energia da galera, todo mundo curtindo. ^^ O show do Metallica agora é um dos que eu gostaria de estar.


 


OBS: Eu recomendo todos os vídeos que eu coloquei neste capítulo, eu gosto de todos eles, sobretudo este do Metallica e o do Three Doors Down.


 







 


ALGUM LUGAR AO NORTE DA ITÁLIA, KEN AMOTT


 


Ken ficou estarrecido ao ler a mensagem no seu Pager. Ele não estava acreditando no que lia. Então eles finalmente entrariam na briga? E ainda do lado mais fraco? Algo estava acontecendo e ele não tinha a menor idéia do que era. Estivera caçando foras-da-lei por muito tempo, negando sua verdadeira posição entre os seus, entre os vampiros. E pelo visto, agora o dever lhe chamava.


Naturalmente, Ken Amott era um dos vampiros mais poderosos de toda a Sociedade Civilizada dos Clãs, como era conhecida a sociedade dos vampiros sob o comando de Lorde Isaac e do Conselho de Clãs. E há alguns anos (cerca de cinqüenta, mas para seres eternos isso é pouco) fora eleito General de Exércitos da SCC (Sociedade Civilizada dos Clãs), tanto por sua experiência em combate (mais de mil anos caçando vampiros transgressores) quanto por seu poder nato (Ken possuía algumas habilidades raras entre os vampiros, e muito ele devia à sua Espada).


E agora ele era convocado para reassumir seu posto pois os vampiros tomariam partido na briga, e no lado do Governo. Ele teria de deixar sua caçada atual para outro vampiro caçador, e ele odiava isso. Mas dever era dever, ele jamais gostaria de desapontar Lorde Isaac, ou Eva...


Então ele usou sua aparatação vampírica (por meio de fumaça negra) e foi direto ao castelo do Lorde.


 


 


CÂMARA SECRETA, HARRY POTTER E EVA MENDES


 


-O que aconteceu, Eva? Por que me chamar assim tão subitamente? – Harry estava preocupado.


-Meu pai me informou que o nosso... General de Exércitos solicita um encontro com você. No Beco Diagonal. – Ela disse um tanto receosa.


-Quando?


-Neste exato momento. Ele já o está esperando.


-Algo que queira me dizer sobre o tal General? – Harry sabia que havia algo errado ali.


-Não, nada relevante. – Disse ela.


Ela mentira, e Harry sabia disso. Mas não iria pressioná-la. E então disse.


-Por favor, avise aos demais Lobos se eles perguntarem, estou indo agora. – E assim aparatou.


 


 


BECO DIAGONAL, HARRY POTTER


 


Harry andava olhando de canto de olho para todos os lados, procurando pelo tal General vampiro, mas não conseguia o encontrar. De repente, notou que alguém caminhava ao seu lado. Alguém bem estranho, com uma roupa escura, e um capuz que cobria boa parte de seu rosto. Este estranho tinha um longo cabelo branco.


 


Ken Amott


 


-Você é o General que eu procuro? – Perguntou Harry, sem se deixar abalar pela habilidade excepcional do vampiro em se ocultar.


-Deixe-me me apresentar. Sou Ken Amott, General de Excércitos da Sociedade Civilizada dos Clãs dos vampiros. – Por mais que fosse cordial, o vampiro estava cuspindo as palavras entre os dentes. Algo o desagradava.


-Bem, você deve saber quem sou ou porque estamos aqui. Então vamos direto ao assunto: o objetivo dos vampiros será impedir os Comensais da Morte de entrarem no banco Gringotes. – Harry também foi cordial.


-Só isso? – Ele parecia desapontado.


-Me desculpe? – Harry ficou sem entender.


-Só impedir um monte de chorões amadores de entrar no banco? – Ele estava indignado. – Não acredito que me tiraram de uma caçado só por isso.


-Escute, General Amott, eles não são um bando de chorões. Graças a mim, particularmente, os Comensais da Morte vem sendo bem mais treinados, e os lobisomens se farão presentes provavelmente. Digo, os de Família,não os escravos. – Explicou Harry.


Uma coisa que Harry viera a entender na ARCI, é que os lobisomens tem uma sociedade tão organizada quanto à dos vampiros. Os Lobisomens de “família” podem se transformar a hora que quiserem, sem ter problemas com luas ou coisas assim. Os “Filhos-da-Lua”, como muitos ignorantes chamam TODOS os lobisomens, são só os escravos. Os lobisomens transformados, que só se transformam em luas cheias. A diferença de poder entre os escravos e os ‘aristocratas’ é obviamente enorme. Todos apenas conheciam os escravos porque os ‘aristocratas’ dificilmente saíam de seus lares, por se considerarem superiores a esse mundo, ou algo assim. Quando Tom pedia ajuda, obviamente os lobisomens só mandavam seus escravos, pois se perdessem, não lhes custaria nada. Mas desta vez a coisa poderia ser diferente. É claro, com algo tão definitivo em disputa, os verdadeiros lobisomens poderiam aparecer.


-Parece que nos divertiremos, então. – Ele parecia agora menos rabugento. – Onde ficaremos?


-Vocês ficarão inicialmente dentro do banco, e só sairão quando os Comensais começarem a aparecer, para que nós tenhamos o elemento surpresa.


-E você vai fazer o que? Ficar sentado assistindo? – Ken parecia duvidar muito do poder de Harry.


-Não, eu e meus subordinados iremos enfrentar os Caveiras.


-Caveiras? – Indagou ele confuso.


-Você vive aonde? – Indignou-se Harry. – Os Caveiras são um grupo de Comensais com tipos diferentes de Magia, exatamente como alguns primogênitos vampiros podem ter, os Caveiras tem.


-Estranho isso. Mas não importa, desde que eles sejam eliminados, para mim tanto faz. – Desdenhou ele.


-Então estamos combinados? – Perguntou Harry.


-Nos vemos na batalha. – Assim ele sumiu.


 


 


BANCO GRINGOTES, CONTROLADOR, DUENDES E VAMPIROS


 


O controlador já havia posicionado seus Lobos conforme o planejado anteriormente. Agora faltava convencer o tal General vampiro a fazer a sua parte.


-Tem certeza que é só para protegermos o local? Parece um desperdício de nosso talento. – Disse ele, e depois de uma leve inspirada, agora que estavam do lado de fora conversando, ele enrijeceu. – Não é possível. Eva está aqui?


Opa. Parecia que algo havia sido omitido afinal. Mas agora era hora de se fazer de salame.


-Eva? – Perguntou o controlador dando de ombros.


-Eva Mendes Morghul, filha do Lorde Isaac. – Disse ele como se falasse algo óbvio.


-Ahn, você a conhece? – Questionou o controlador curioso.


-Se a conheço? Nós somos como irmãos, mais do que isso, até.


Como assim mais que irmãos? Estranho...


-Como assim, mais do que irmãos?


-Você sabe, nós fomos criados juntos, e assim depois de tantos e tantos anos, acabamos descobrindo algo a mais.


Será que o controlador deveria mencionar o suposto casamento? Como eles eram ‘algo a mais’ se ela era para se casar com o controlador?


-Suponho não seja um sentimento recíproco. – O controlador não iria por nada perder a chance de minimizar aquele vampiro arrogante.


-Como assim? Claro que ela me ama! – Disse ele irritado.


-Eu não diria isso. – Disparou o controlador acidamente.


-E por que não maldito? – Ele estava muito irritado. – Responda ou...


-Ou o que? Vais me atacar? Esqueceu que estás aqui sob as ordens do conselho? Vais passar por cima deles e atacar-me? Acha que terás cinco segundos de chance contra mim? – O controlador explodiu. Chega de cortesia. – Ora, que maldição de vampiro arrogante você é? Aposto que fazem mais de séculos que não fala com a pobre Eva e ainda acha que ela te ama.


-Isso não é da sua conta!


-Ah, claro que é! – Disse o controlador sorrindo. – De certa forma, ela era para estar casada comigo a uma hora destas! E pensar que Lorde Morghul me ofereceu sua mão. Parece que você não é tão importante, afinal! – O controlador disparava suas palavras como uma metralhadora, para ferir mesmo o vampiro. – E tem outra, agora Eva é uma das minhas, ela faz parte do meu grupo, e ela está sim aqui. Ela está aqui para ajudar, coisa que você não parece muito disposto a fazer não é? Ponha-se no seu lugar, “General” Ken. Você é tão arrogante que me enoja!


-Cuide suas palavras, humano! – Disse ele com desgosto. – Nós não deveríamos estar apoiando seres tão patéticos como vocês.


-Então é isso? Você não gosta de nós e por isso é tão arrogante? – Riu o controlador com desprezo. – Então eu te desafio, para depois da batalha, nós iremos duelar, eu e você, à moda dos vampiros! Vamos ver se vais ser tão arrogante depois de eu quebrar todos os seus ossos!


-Vamos ver então. – Disse ele entre os dentes.


-Ótimo, agora fique em sua maldita posição e faça o que lhe é dito. Depois da batalha nos encontraremos, isso se estiver vivo, é claro. – O controlador não podia deixar de provocar o vampiro.


Agora ele tinha outra coisa a pensar, os duendes. Será que eles dariam conta? Foi muito engraçado ver todos eles com espadas curtas ou arco e flecha, preparando-se para a batalha. Tomara que eles não precisem usar as armas!


 


 


BECO DIAGONAL, LOBOS DA NOITE E CONTROLADOR


 


-Vou usar meu poder para ver aonde eles irão aparecer, esperem um pouco. – Disse o controlador pelo comunicador, e depois usou um de seus poderes concedidos pela espada. – Como e previra, Travessa do Tranco. – Disse ele com voz forçada. – Fiquem em suas posições. Eles chegarão a qualquer momento.


O controlador não mencionou que apenas os Caveiras viriam pela Travessa do Tranco. Os demais comensais aparatariam na frente do banco mesmo. Não havia necessidade para preocupa-los.


-Teremos de mudar um pouco. – Disse ele. – Aqui o Zumbi pode nos afetar. Vamos nos juntar ao Dino no teto do banco, entendido?


-Sim. – Responderam Charlie-Um e Delta-Três.


Feito isso, todos eles apareceram.


A sincronia, o controlador tinha que admitir, fora perfeita. Num segundo eles não estavam lá, e no outro, todos estavam. Centenas de Comensais. O controlador não tinha idéia de como Tom conseguira tantos novos recrutas. Ele deveria ter trabalhado desde o último embate.


-Concentrem-se no Zumbi. Os vampiros darão conta dos Comensais. Não saiam da proteção. A qualquer momento os Caveiras aparecerão na rua, só atirem ao meu sinal. – Disse o controlador já usando a sua visão perfeita.


Alguns segundos depois, os Caveiras apareceram, com Zumbi atrás dos três outros, caminhando estranhamente. Não era à toa que tinha este nome, pois a criatura realmente não parecia humana. Era estranha demais até para um inferi.


-Lembrem-se: cabeça e coração. Atirem... Agora!


E várias balas voaram em direção ao Zumbi. Ele estemeceu com os impactos na sua cabeça e coração. Mas estranhamente, ele continuou andando como se nada acontecera. Os outros caveiras nem sequer perceberam o que havia acontecido.


-Fuck... – Disse o controlador. Não podia ser o que ele estava pensando. – Atirem de novo.


E outra revoada de balas. Acertaram precisamente mas de nada adiantou.


-Gente, estamos com problemas, e dos sérios. Charlie-Dois e grupo de apoio continuem em posição, os demais, larguem as armas e se preparem para a ação. O que Tom fez com o Zumbi foi imperdoável, mas não há tempo para explicar. O único jeito de parar esta criatura é a decapitando. Mas com o poder que ela tem, isso será muito difícil. Eu terei de agir sozinho. Vocês deverão me dar cobertura atacando os outros Caveiras. Vamos lá!


 


 


BECO DIAGONAL, LOBOS x CAVEIRAS


 


N/A: Neste segundo momento, a música trilha é Hero Of The Day, do Metallica. Novamente, peço que ouçam a melodia para acompanhar o espírito de Harry.







 


O controlador tinha de fazer algo rápido. Se o Zumbi chegasse na batalha contra os vampiros estava tudo perdido. E o pior, é que nenhum ataque direto funcionaria aparentemente, pois os outros Caveiras iriam defender seu trunfo. Então, nada de Fogo ou objetos arremessados, e como eles tinham que ficar a uma distância segura, nada deveria ser muito efetivo. Por mais que ele usasse um ultra feitiço, o telecinético poderia criar um escudo facilmente. Sua melhor chance seria o feitiço de Charlie-Dois, mas mesmo assim o Caveira criaria o escudo. Não havia outra escolha, ele teria de deixar os outros pros Lobos, era ele contra o Zumbi.


-Atenção Lobos da Noite. Eu tenho um plano. Suicida, na verdade. Mas não importa. Está fora de cogitação nós perdermos esta batalha. Pensem bem, eu sou o único que pode matar o Zumbi, graças à Galanodel. Eu posso desacelerar o tempo e usar minha máxima velocidade ampliada com o meu poder para voar para cima do Zumbi e arrancar sua cabeça com Galanodel. – Disse ele. Agora vinha a parte ruim. – Eu vou ter mais três segundos aproximadamente para tentar aparatar para um lugar seguro, mas depois disso, eu vou cair em coma, por que fazer isso provocará uma dor inimaginável, e também eu vou esgotar meu poder, e além disso, farei isso para não libertar o demônio interior. Provavelmente, eu não vou acordar sozinho do coma. Vocês terão de matar os outros três Caveiras, eu sei que vocês conseguem.


-Não, por favor, não! – Delta-Dois estava chorando.


-Sinto muito, não há outra escolha. Talvez vocês consigam me tirar do coma, mas não dêem ênfase a isso, vocês devem se preparar para as próximas batalhas. Confiem em Lorde Isaac, ele é bom, e também em Delta-Três. A partir de agora, Alpha-Um é o líder. Acho que isso é um adeus. Se eu conseguir aparatar, vocês encontrarão meu corpo em nossa base principal, na sala de segurança. Se eu não conseguir, saibam que eu confio em vocês, vocês são os melhores. Agora mecham-se. Não chorem por mim, eu não valho isso. Se vocês quiserem me reanimar, depois do coma, peçam para Lorde Morghul explicar o que é meu demônio interior, e se mesmo assim vocês não quiserem me matar e sim me tirar do coma, vocês são pessoas melhores do que eu jamais fui. Vamos lá Lobos, eu confio em vocês!


Agora estava na hora de agir.


 


 


BECO DIAGONAL, HARRY POTTER x ZUMBI


 


N/A: Mais uma trilha sonora, desta vez, é Psychosocial do Slipknot. Vale lembrar que eu escolhi as músicas de acordo com os ânimos do Harry e da situação em geral. Espero que entendam.


 







 


Harry agora já não era mais o controlador. Ele passara o cargo adiante. Ele esperava que Alpha-Um fosse um bom líder. Agora estava na hora do grande ato. Que droga! Ele não gostava nem um pouco do auto-sacrifício, mas não havia escolha, ele era um idealista, afinal, e sempre para os líderes idealistas recai algum tipo de auto-sacrifício, e o seu não seria pequeno. Conjurou sua fiel espada na mão esquerda, dizendo:


-Galanodel, dai-me forças, pois você é mais poderosa do que eu.


Concentrou sua energia toda, era agora a hora. Mentalizou a energia da espada, e usou-a, para desacelerar ao máximo, e talvez com sorte parar, o tempo. Quando conseguiu, sentiu a tradicional pontada de dor, só que desta vez estava pior. Ele não contara aos Lobos, mas ultimamente os poderes de Galanodel custavam cada vez mais em dor. Mas isso já não era mais relevante. Concentrou então sua própria energia e liberou toda ela. Provavelmente quando a contagem do tempo voltasse ao normal, causaria uma enorme explosão aonde ele estivera. Mas quem se importava?


Usando todo seu poder voou para cima do seu inimigo, com Galanodel em sua mão, e transferiu o máximo de energia que pode para sua espada, para conseguir desferir um golpe forte o suficiente para matar a repugnante criatura. Sentiu que algo errado aconteceu. Mas nada importava mais, pois a cabeça do maldito Zumbi já estava voando no ar.


Agora ele tinha três segundos para aparatar dali, caso contrário, seria obviamente destruído. Talvez isso fosse uma boa coisa para o mundo, mas ele era egoísta o suficiente para não querer morrer ali, daquele jeito. Concentrou o resto de seu poder e aparatou para a sala de segurança da sua base no Alasca. Ou melhor, da base dos Lobos da Noite. Ele provavelmente nunca mais seria um dos Lobos, não depois de eles saberem a verdade contada por Lorde Isaac.


Sentiu quando aparatou com sucesso para a sala de segurança. Pronto, agora era usar toda sua vontade para trancar-se em coma. Arremessou Galanodel para um lado, cortando suas ligações com ela. Era injusto ela ficar eternamente presa com ele. E então ele fez o maior sacrifício que conseguiria pensar, usou uma técnica mental de coma induzido. Dificilmente ele se livraria desta. Que Merda. Foi a última coisa que Harry pensou.


 


 


BECO DIAGONAL, LOBOS DA NOITE


 


N/A: Agora, neste momento, a trilha é Citizen Soldiers, do Three Doors Down.


 







 


-Recomponha-se, Delta-Dois! – Ordenou Alpha-Um, que agora era o controlador. – Nós temos uma batalha para vencer ainda, ele não gostaria de ter seu sacrifício em vão.


Em realidade, eles não conseguiram ver o que acontecera direto, apenas viram uma enorme explosão de energia aonde estivera Harry, e então um breve risco preto voando em velocidade extrema em direção ao Zumbi, e no instante seguinte a cabeça dele voava em direção ao céu, e mais nada. Os Caveiras levaram um susto e tanto, e eles tinham de aproveitar isso, e Alpha-Um estava ciente disso.


-Vamos lá Lobos, nós temos que completar a missão do controlador! Não faremos do sacrifício dele algo inútil! – Gritou Delta-Três.


-Atiradores, façam cobertura, eu e Delta-Três e Alpha-Dois iremos atacar diretamente, Equipe Bravo e Charlie-Um vão nos proteger com escudos. Entendido?


-Sim. – Veio a resposta.


-Então vamos lá. Agora!


Os três Lobos saíram de sua cobertura e foram em direção aos estupefatos Caveiras.


-Pronus! – Lançou Alpha-Um já sacando sua katana.


-Ceifum Integra! – Alpha-Dois não iria poupar seu terrível feitiço psicótico.


Delta-Três nem tentou alguma magia, sacou sua katana e já se transformou indo em direção ao maior dos caveiras.


O Caveira telecinético simplesmente segurou o feitiço de Alpha-Dois e o mandou de volta, quase acertando, mas destruindo um pouco do calçamento.


Já o pirocinético não teve o que fazer contra o feitiço de Alpha-Dois, e a caveira verde fez seu serviço, mas quando ela foi passar sua colheita a seu mestre, algo deu muito errado: estranhamente, Alpha-Dois foi arremessado inconsciente quando absorveu a caveira, e quando caiu no chão começou a tremer em convulsão.


-Puta que pariu! – Praguejou Alpha-Um. – Alguém tire o Alpha-Dois daqui.


Imediatamente um feitiço de Bravo-Um puxou Alpha-Dois para longe da batalha. Mas o Caveira telecinético aproveitou a brecha para atacar.


Ele pelo que parecia haver descoberto a fonte da “imunidade” dos Lobos. Usou seu poder para arrancar todo o chão aonde Alpha-Um estava pisando e lançou tudo ao ar, com violenta velocidade.


Já o Caveira musculoso, avançou contra Eva que o acertou com a espada, mas sua pele parecia de ferro. A espada nem fez cócegas. E ele aproveitou isso para acerta-la um soco com sua enorme mão bem no meio do rosto dela. Ou foi o que ele pensou que fez, pois subitamente algo parou seu soco no caminho. Uma mão estranhamente pálida segurava sua enorme mão, e ele não entendeu o que estava acontecendo. De repente, ele viu o rosto da criatura que o segurava, era perfeito, mas pálido e feroz. Mais de mil anos de ira pareciam recair no rosto daquele vampiro quando olhava para o Caveira.


E então Ken Amott usou sua mão direita que estava livre para desferir uma poderosa estocada na boca do estômago do enorme monstro, que urrou de dor e foi arremessado vários metros longe.


-Irresponsável! – Gritou Ken para Eva. Por mais que ela estivesse sob a roupa de Lobo da Noite, seu cheiro era irreconhecível. – Fico envergonhado por seu pai, você fazendo linha de frente para tão patético grupo de inferiores.


Mas uma batalha não era lugar para conversa, e o telecinético aproveitou-se da brecha para concluir seu trabalho: levantou suas mãos para horizontalmente para os lados, ficando em posição de crucificado, olhando para o céu, e arrancou neste movimento duas enormes paredes de lojas adjacentes, e rindo diabolicamente, sussurou:


-Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Morra! – E assim levou os braços à frente e as duas paredes arrancadas foram em direção uma à outra, para se encontrar no meio e esmagar Alpha-Um.


Alpha-Um viu que seria seu fim. Tudo aconteceu tão rápido e mesmo assim passou tão devagar aos seus olhos, quando viu as duas paredes vindo em sua direção. O jorro de adrenalina total em seu corpo fora instantâneo, é claro. Ele só tinha tempo para tentar uma única coisa. Como em horas de desespero, calculou mal seu poder, e acabou usando todo ele, para aparatar o mais longe dali que pudera. Não fora covardia, apenas instinto. Seu timing fora exato, pois no exato momento em que sumira, as paredes se fecharam sobre onde ele estivera milésimos de segundo atrás.


 


 


BECO DIAGONAL, DELTA-TRÊS E KEN AMOTT


 


-Não! – Ela vira quando as paredes se fecharam sobre Alpha-Um. Ela odiava perder companheiros tanto quanto Harry.


Demorou um instante até os outros perceberem o que havia acontecido à Alpha-Um.


-Não! – Disse Bravo-Um descontrolada. – Mais um não!


O sentimento de vazio foi igual em todos eles. Mas Delta-Três era diferente. Ela era uma vampira. Vampiros sentiam mais raiva do que os humanos, eles eram sedentos por vingança, era um instinto. E sendo assim, Delta-Três viu tudo vermelho.


Esqueceu-se de Ken que estava ao seu lado, esqueceu-se de tudo o resto, apenas via o Caveira que havia matado Alpha-Um, e avançou sobre ele, com suas presas à mostra.


O Caveira havia percebido isso, e usou seu poder para fazer uma força contrária à velocidade exorbitante de Delta-Três. Ele era muito forte, e o resultado fora uma desaleceração surpreendente, bem no meio do tórax de Delta-Três, o que fez suas pernas, braços e cabeça voarem à frente, como se num acidente de carro com alguém usando cinto de segurança.


O estralo de sua espinha saindo do lugar fora audível até para os humanos presentes.


Ken não teve tempo de evitar nada. A única coisa que pode fazer era sentir ódio. E vingar-se, é claro. Avançou contra o maldito monstro, mas de nada adiantou. Uma força invisível bloqueava todos os seus ataques com avidez impressionante. E o pior, o Caveira ria dele, zombava dele. Ele tirara sua máscara, e sua pele era branca como a neve, e seus olhos vermelhos como o sangue.


Impossível! Pensou Ken Amott. Ele ficou estatizado pelo que vira.


Então o estranho ser o olhou com um olhar significante e apontou seu dedo para ele em formato de “revólver” (N/A: Ah, vocês sabem do que eu falo, tipo um ‘jóia’ com o indicador em riste para a frente, como se fosse dizer ‘bang’), dobrou o pelogar simulando um tiro e levou o indicador perto da boca para dar um leve assopro. E depois aparatou.


O Caveira musculoso seguiu seu exemplo.


 


 


BANCO GRINGOTES, LOBOS, VAMPIROS E DUENDES


 


A batalha fora fácil para os vampiros. Os Comensais não deram nem pro começo de sua sede por matança. Os duendes nem puderam desembainhar suas espadas, o que os deixou de certa forma chateados. Por isso Ken tivera tempo de ir ao combate dos Caveiras, ajudar Eva, pois é claro, ele não se importava com os outros tais Lobos da Noite. Que vergonha, Eva participar de um grupo com o nome de “Lobos”. E o pior, o maldito Potter acabara sumindo. Será que morrera? Que pena, ele adoraria dar uma lição nele. Insultando Ken daquela forma, que inferior metido. Eva, ela concerteza ficaria bem, mas isso não mudava o fato de que ela sentira dor. Muita dor. E o maldito que fizera isso a ela parecia saber disso. E ele saíra impune. Agora Eva estava já sob os cuidados dos vampiros no castelo de Lorde Isaac.


Mas agora o silêncio reinava dentro banco Gringotes. Todos estavam reunidos, mas ninguém falava.


-Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? – Perguntou Ken impaciente. –Nós vencemos. Acabamos nosso serviço aqui, vamos embora.


-Cale a boca. – Disse um dos tais Lobos da Noite. Pelo seu cheiro, era bruxo de sangue puro.


-Como é? – Indagou Ken, parecendo não acreditar na petulância do garoto.


-Eu disse para você calar sua maldita boca. – Repetiu o garoto.


-Como ousa! – Levantou-se Ken pronto para dar uma lição no garoto, mas os outros mascarados também se levantaram sacando seus malditos gravetos.


-Calma aí, rapaz. – Disse um outro. Também puro. – Não vamos querer uma briga aqui, não é?


-Briga? Vocês não podem agüentar nem dois segundos contra mim. – Disse ele arrogante.


-Talvez, mas nós iríamos tentar te matar de qualquer forma. – Disse uma menina, com um cheiro parecido com um dos garotos.


-Nós perdemos dois dos nossos hoje, outro está muito mal e nós não sabemos por que. E, além disso, como você mesmo viu Delta-Três está muito ferida também. Então nós não estamos com espírito para sua indelicadeza. – Disse uma outra garota.


-O que aconteceu com o maldito Potter? – Perguntou Ken ignorando os problemas dos inferiores.


-Maldito Potter é o seu pai, seu desgraçado! – Disse a menina de sangue puro. Ela estava prestes a atacar ele, ele percebera.


-Vá com calma, Delta-Dois. – Disse um dos rapazes. – Nós temos que ver como nosso líder está.


-Ex-líder, na verdade. – Comentou um dos garotos.


-Bravo-Dois, não seja tão insensível, mas que droga! – Reclamou uma das meninas.


-Lobos, esta é a nossa deixa. – Disse um dos rapazes com voz firme. – Alguém leve o Alpha-Dois. Vamos logo ver o controlador, ou ex, tanto faz. Duendes, obrigado pela cooperação, assim que der, entraremos em contato com vocês.


-Tudo bem. – Disse o presidente do banco.


 E assim eles foram.

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