O Teste dos Fundadores, 1ª P



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Segunda Temporada, Capítulo Sete – O Teste dos Fundadores


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Harry fitava Rowena em silêncio, enquanto ela lhe explicava seu teste.


-...e então se você conseguir chegar vivo e pegar aquele pedaço de vaso lá  no fundo você passa no teste. – Disse ela com um sorriso maroto.


Eles estavam em um lugar que Harry acreditava não existir em seu tempo. Eles


aparataram dentro do lugar, então não dava para ter certeza do que era nu


mgeral, mas estavam dentro de um enorme salão com paredes e teto de pedra,


que tinha aproximadamente um quilômetro de comprimento por duzentos metros


de largura e uns trinta metros de altura. Aparentemente, não havia nada em


seu caminho, nada que o impedisse de caminhar livremente até o tal pedaço de


vaso e o pegar. Mas é claro, não seria tão simples. Algo muito ruim estava


por vir, ele podia sentir isso.


-E para que serve este pedaço de vaso? Por que eu devo me arriscar para


pega-lo? – Indagou Harry.


-Primeiro, por que você quer e precisa das profecias, e também este é um


pedaço de um vaso que junto com suas outras três metades é uma chave de


portal para um lugar... Diferente, onde você enfrentará o desafio final e se


passar receberá tudo o que precisa para seguir adiante em sua missão. –


Respondeu ela seriamente.


Muito engenhoso. Somente os fundadores para conseguir dividir uma chave de


portal em quatro pedaços e ainda as fazer funcionar depois.


Harry fitou o vaso mais uma vez e depois voltou-se para Rowena, para


perguntar algo, mas ela já havia sumido. Ele estava sozinho, e só sairia


depois de ter aquele pedaço de vaso em mãos, ele tinha certeza.


 Avançou um passo rumo ao “tesouro”, e a ação já começou. De todos os cantos


onde ele pôde imaginar, centenas de feitiços saíram, rumando sua destruição.


Eram feitiços de todos os tipos, efeitos, cores. Sua única saída foi usar


sua aura como escudo.


De início funcionou, mas o poder era demais, e logo sua aura começou a


rachar, prestes a explodir. Harry concentrou-se e aparatou, aparecendo no ar vinte metros acima de onde estivera, já com a aura ativada, defendendo os feitiços que começaram a vir aonde estava agora. Mas teve tempo o suficiente para avistar seu alvo. Concentrou-se e apontando a varinha para aonde estava sua “saída livre” daquele lugar lançou:


-Aresto Momentum! – O feitiço saiu ampliado como ele sempre o usava. Ele conseguiu desacelerar o tempo dentro do campo de efeito do feitiço, mas não o tanto quanto esperava, e a diminuição em seu poder foi enorme. Caramba, pensou, eu não tinha idéia de que isso custasse tanto. Devo me lembrar de só usar isto como último recurso.


Mas não tinha tempo a perder. Aproveitando o pequeno recesso dos feitiços, projetou sua aura como dois tentáculos mirando o teto muito à sua frente, e quando encostou com a aura nele, se puxou, exatamente como o Homem Aranha fazia com suas teias. Conseguiu fazer isso mais uma vez até que o efeito do Aresto Momentum passasse.


Droga, deste modo vou acabar morrendo antes de chegar lá.


Até que então teve uma idéia. Poderia morrer, mas era sua melhor opção nesta situação. Ao invés de tentar defender, ele iria absorver todos os feitiços. O perigo? É claro que se ele absorvesse energia demais ele poderia ter um “overcharge”, ou seja, ele absorveria mais energia que seu corpo poderia suportar e explodiria. Literalmente. E como eram centenas de feitiços por segundo, as chances de isto acontecerem eram muito altas.


Ainda no ar, resolveu botar a idéia em prática: moldou sua aura de forma a ela assimilar energia, e não bloqueá-la (como acontecia com escudos). Instantaneamente sentiu um enorme acréscimo na sua energia, e isto só aumentava.


Até que então ele percebeu algo estranho: conforme ele se mexia, os feitiços pareciam se mexer também. Ao pousar no chão, logo se impulsionou e viu que sua teoria estava correta. Os feitiços se moviam dentro de algo que parecia ser um campo gravitacional (no qual ele era o centro), e aparentemente vinham das bordas deste campo, que com certeza era uma esfera, por isso a sensação de feitiços vindo de todos os lugares do salão. Na verdade, eles vinham em todas as suas direções. Mas, qual o tamanho desta esfera? Agora que analizava, a idéia de Rowena fora simplesmente incrível. Ela não precisava usar as paredes para expelirem feitiços como ele havia pensado, era apenas necessário formular um feitiço que indicasse o alvo e que usasse todas as direções em volta do alvo como ponto de partida para os demais feitiços, que seriam também adicionados na “fórmula” do feitiço. E é claro, precisava-se de muita, muita energia. Mas, o que ele deveria esperar de Rowena Ravenclaw? Nada menor do que isso, pelo menos.


Mas, como desarmar o feitiço? A sua melhor tentativa seria bloquear a energia, com mais energia. Então ele teria de fazer um campo de energia do tamanho da esfera. A maneira mais segura de acertar seria usar um de seus ataques mais destrutivamente poderosos, um ataque que ele só conseguia usar com a energia de Apocalypse, da qual ele agora não dispunha mais. Ele tinha certeza de que sem uma outra fonte de energia, a não ser a sua, ele jamais conseguiria usar aquele ataque.


Mas, é claro, sempre se usa a improvisação (N/A: Jeitinho brasileiro... Do autor ^^). Ele usaria a energia do próprio feitiço contra ele. Então ele teria de esperar estar quase no “overcharge” e então liberar toda a energia de uma só vez.


Sempre correndo riscos.


Ele teria de ser muito rápido, pois precisava de uma enorme energia, mas se ele pegasse energia demais, ele explodiria. De qualquer forma, ele nem sabia se seu corpo agora conseguia suportar a energia necessária sem se destruir. Mas era sua única saída.


A sua energia estava subindo rápido demais, em poucos segundos já estaria no ponto, no ponto de explodir. Aguardou até o último instante, até o máximo que poderia suportar, e então reuniu tudo e liberou, junto com sua energia, sua aura... Tudo.


Se não desse certo, ele estaria a mercê do feitiço, que com certeza o trucidaria, pois gastaria toda sua energia com o ataque e não teria como se defender. Mas isso não era uma opção, não para ele, pelo menos.


Sentiu quando sua energia subitamente “sumiu”, e ele ficou temporariamente desacordado, em uma espécie de transe, enquanto caía alguns metros no chão. Com certeza isso doeria quando recobrasse a consciência.


Infelizmente para ele, ele não chegou a ficar totalmente desacordado, o que o fez sentir o impacto que quebrara alguns (ou vários) de seus ossos, a dor o tomou por completo. E então ele apenas esperou que os feitiços o destuíssem.


Mas não foi o que aconteceu. Depois de alguns instantes, uma voz conhecida falou com ele.


-Quanta imprudência, mas mesmo assim foi uma idéia genial. – Harry não conseguia associar a voz a nenhuma pessoa, e por algum tempo, não soube quem estava falando com ele. – Caramba, você está todo quebrado! Deixe-me lhe dar uma mão.


Logo Harry se sentiu sendo curado. A pessoa que o curara, a mesma que estava falando com ele como se o conhecesse a anos, havia o curado de forma estranha: Harry se sentia totalmente novo, mas o estranho não usara magia. Harry podia estar quase desacordado, sem poder mexer um músculo que fosse, mas não ficara desatento. Ele podia sentir o fluxo de magia naquela pessoa, e ele era bem forte, mas ele não viu nenhuma parte deste fluxo passar para ele ou sumir, como aconteceria caso o seu curandeiro usasse um feitiço de cura


Harry ainda não conseguira aprender a descobrir o poder das pessoas baseado na relação energia espiritual x energia vital. Muitos conseguiam, mas era necessária muita experiência e prática, coisas que ele não tinha. Obviamente, como era uma análise, esta técnica era muito mais prática do que teórica, e assim ele nunca teve tempo para praticar e aprender na ARCI, com seus três anos de treinamento puxado e exaustivo. Quem sabe ele um dia aprenderia esta técnica.


Logo Harry sentiu apto a se levantar, e assim fez. Meio zonzo, fitou seu misterioso curandeiro, e levou algum tempo até seus olhos se ajustarem, e ele conseguir reconhecer a pessoa.


-Mas... O que você faz aqui? – Espantou-se Harry ao reconhecer a pessoa à sua frente.


-Meu dever é zelar para que as coisas aconteçam como devem. – Disse-lhe o Andarilho do Tempo. – E no caso, significa salvar você da morte, esteja onde for.


-As coisas acontecerem como devem, ou como você quer que aconteçam? – Indagou Harry pensativo.


-Eu estou do lado do bem, então qual a diferença? – Respondeu-lhe o Andarilho.


Muito sábio. Pensou Harry.


-Mas você pode me rastrear aonde quer que eu esteja, nem que eu esteja na fruta que partiu? – Harry estava grato, mas mesmo assim a possibilidade o assustava. Ele jamais poderia se livrar do Andarilho, caso um dia fosse necessário.


-Algo assim, faz parte do meu... Talento. – Respondeu ele seriamente. – Mas isso não importa. Você tem que concluir os desafios e conseguir aquilo que os Fundadores tem a lhe dar. Sem isso você jamais poderá derrotar Apocalypse.


-E como eu vou fazer para ir embora? Eu nem ao menos tenho a minha espada!


-Quando chegar a hora, você vai entender. “Primeiro as coisas que vem primeiro” (N/A: tradução da frase americana ‘First things first’). Concentre-se no seu dever de agora, que depois o resto se resolve. Apenas tente sobreviver. – Disse-lhe o Andarilho. – Eu não poderei lhe salvar de novo. Mesmo o meu poder, tem limitações... Eu não sou Deus: se você estiver prestes a morrer aqui, eu não posso te salvar novamente. Tenha responsabilidade! Cuide bem da sua vida, pois você só tem uma. E é desta vida que dependem todas as outras vidas do planeta Terra. Lembre-se disso.


E dizendo isso ele sumiu.


Harry pôde sentir quando o tempo voltou a sua contagem normal, como acontecia a cada final de visita deste misterioso ser super poderoso e intelectual. Posso jurar que ele não é mais velho do que eu, mas provavelmente é muito mais sábio.


Os feitiços realmente haviam cessado, o que significava que sua “arma secreta”, pelo menos uma dentre as várias, funcionara. Harry gostava do nome deste ataque: era baseado em uma coisa que acontecia às vezes no Universo. Às vezes significava muito mais do que a existência da humanidade, mas se tratando do Universo, era um tempo relativamente curto. O nome deste super ataque era Super Nova. Ele adorava ele, pois era uma demonstração de puro poder, e seu lado ambicioso ficava satisfeito quando ele usava aquele ataque, embora ele apenas o usasse “às vezes” (N/A: entendam o trocadilho, senão vai parecer estranho).


Harry andou vários metros até que algo novo acontecesse. Naturalmente, Rowena não ia se contentar só com um plano A para sua eliminação. Foi envolto numa escuridão repentina, uma escuridão tão densa que nada lhe era visível mais. Então uma voz ressonou, mas Harry não sabia se era em sua mente ou se era algo falando:


-Olá, estrangeiro. Se conseguir desvendar minha charada, poderá chegar ao seu destino final. Você tem pouco tempo, pois a cada segundo o ar vai lhe faltar mais oxigênio, e a cada resposta errada, o seu tempo é drásticamente encurtado. Se responder corretamente, poderá seguir viagem: “Sou a escuridão que o envolve. Sou também a mãe de todos os males humanos: violência, preconceito, raiva... Acompanho também o começo da humanidade, e pouco a pouco os humanos tentam me combater, mas muitas vezes acabam se afastando do ponto de partida, no sentido contrário. Jamais serei totalmente erradicada, pelo menos enquanto os humanos forem humanos. Quem sou eu?”


Que ótimo. Uma charada, como para entrar na Corvinal, mas desta vez busco minha vida na resposta certa. Era tudo que eu precisava: pensar logo após batalhar pela minha vida. É bem cara da fundadora da Corvinal isso...


Harry sentiu que o ar que ele respirava estava cada vez mais rarefeito, ou seja, sem oxigênio.


Bem, mãe dos males de toda a humanidade? Que tipo de mãe é essa...


Acompanha os humanos desde o começo... O que tinham os meus ancestrais que pode ser tão ruim assim?


De repente, a resposta veio clara na mente de Harry.


Só pode ser isso, não existe outra coisa que se encaixa.


Harry sentiu que seu tempo estava no final.


-Você é... A ignorância! – Disse ele sem titubear.


Harry ouvir um riso em sua mente, e logo em seguida as trevas foram iluminadas com a luz.


-É... Estou mesmo mergulhado na ignorância aqui... – Pensou alto.


Andou até o altar sem mais nada acontecer, e assim que colocou as mãos no vaso ele sentiu tudo se comprimir à sua volta, pois estava sofrendo uma Aparatação Induzida, como ele havia aprendido a fazer com a ARCI.


Uma chave de portal dupla?


Quando chegou no seu desafio seguinte, teve vontade de gritar e fugir dali, mas sabia que nem um nem outro iria dar certo.


Na sua frente, três pessoas o fitavam. Provavelmente as três pessoas que ele mais valorizava e se importava no mundo: Gina, Rony e Hermione.


-O que... Vocês fazem aqui? – Indagou ele assustado.


-Nós não sabemos... Não conseguimos lembrar... – Disse Gina com a voz falha.


-Simplesmente acordamos aqui... – Completou Hermione.


-Por que você nos deixou Harry? – Indagou Rony.


-Como é? – Indagou Harry confuso.


-Harry, você libertou Apocalypse e fugiu! – Acusou-lhe Gina.


-Eu não fugi... – Começou ele, mas foi cortado.


-Ah, não, imagina... – Desdenhou Hermione. – Você apenas se salvou, não é? E nos deixou lá para morrermos!


-Eu não... – Começou de novo, mas não pode completar.


-Você não o que? – Perguntou Rony. – Claro, você é importante, não tinha necessidade de morrer à toa. Nós intendemos... Só não nos peça perdão!


Harry estava muito confuso. Aquilo era mesmo um desafio? Eles eram reais? Como foram parar ali?


Gina agora chorava.


-Harry... – Começou ela com a voz falhando. – Eu só não consigo entender... Entender o por que... Você não me ama mais? – Indagou ela com os olhos cheios de medo e súplica.


Isso sim, cortou-lhe o coração.


Mas eles não são reais! Disse para si mesmo. Mesmo tentando se convencer de que não passavam de uma piada de mal gosto de algum dos Fundadores, ele não conseguia ignorar o que aqueles fantasmas diziam, pois de um jeito ou de outro, era verdade. Ele deixara seus amigos à mercê de Apocalypse. Ele tinha certeza de que se quando e se ele voltasse, se não fosse no exato momento em que ele partira, todos os seus amigos poderiam ser assassinados pelo seu inimigo.


Harry fechou os olhos.


-Vocês não são reais! – Bradou ele.


-Não somos? – Indagou a voz de Hermione. – Como podemos fazer isso, então? – E ela tocou-lhe o braço. O toque foi gelado, como se estivesse encostando em um bloco de gelo. Um calafrio percorreu-lhe a espinha.


-Não, não são! – Gritou ele com raiva. – Vocês não são meus amigos, são monstros horrendos que se fazem passar por pessoas, mas que na verdade são as criaturas mais desprezíveis de todas, pois não tem identidade!


Harry abriu os olhos e seus três “amigos” o fitavam estarrecidos.


-Não é possível... – Disse “Gina”.


-Sim, é possível! – Retrucou Harry. – Eu amaldiçôo vocês, Incubus*! – Quando berrou isso, as três criaturas assumiram sua verdadeira forma, algo que lembrava vagamente Tom Riddle, mas eram muito mais feias (se é que isso é possível). Eram totalmente carecas, e sua pele marrom claro era coberta de manchas marrom escuro. Eram criaturas de aparência raquítica e sua boca tinha um formato oval, sem lábios, mas com dentes perigosamente afiados. Suas mãos tinham três dedos com garras, e as criaturas não usavam roupas, pois não tinham sexo para cobrir. Além disso, tinham asas de demônio (N/A: Similares a asas de dragão, só que em menor proporção logicamente, e são asas compridas e de pouca “altura”) que as dava um aspecto ainda mais grotesco.


Puta merda... Pensou Harry. Tudo o que eu precisava, três Incubus para mim matar, e ao mesmo tempo!


Sacou sua varinha e conjurou uma espada bastarda (N/A: de uma mão e meia) e assumiu posição de combate. Varinha numa mão, espada na outra. Exatamente como aprendera quando estivera com a ARCI, o estilo do Bruxo Gladiador,como lhe dizia Hércules, seu mestre em combate. “Muito difícil de aprender, pois além de estar usando uma espada precisa-se ter total controle sobre a magia usada pela varinha, mas de um poder inimaginável, o estilo do Bruxo Gladiador pode até combinar ataques físicos (com a espada) e espirituais (com a varinha, pois a magia é uma energia espiritual) em golpes de muito poder destrutivo, mas apenas para os mais habilidosos e experientes usuários”, disse-lhe Hércules.


As criaturas avançaram voando contra ele, todas ao mesmo tempo, e a única coisa que ele pode fazer foi defender-se com um feitiço escudo. Seria uma batalha a la gavião, com elas lhe atacando por cima, que era o ponto mais forte delas.


Após desferir o ataque inicial, as três criaturas ficaram voando à frente de Harry, como se o convidassem a atacar, e foi o que ele fez.


-Avada Kedavra! – Um raio verde amplificado magicamente para acertar as três criaturas ao mesmo tempo se lançou, mas ao tocar nas criaturas nem pareceu fazer cócegas.


Hmpf, seria fácil demais. Vamos ver outro!


-Bombarda Máxima! – Uma explosão muito poderosa, mas sem efeito.


Ok, última tentativa.


-Exterminius! – Uma das mais poderosas magias negras criadas por um bruxo. Se isso não funcionasse, ele poderia esquecer o resto. Dito e feito: nenhum resultado.


Muito bem, nada de magia direta, como eu previ.


As criaturas soltaram um grunhido gutural e voltaram ao ataque, mas desta vez Harry fez um poderoso ciclone em volta de si, para além de defender-se, atrapalhar a visão das criaturas. Aproveitou e voou para cima, até a ponta do ciclone, e logo após saiu dele, com sua espada levantada em riste, pronto para golpear o primeiro monstro à sua frente.


Sua jogada pareceu impressionar as criaturas, que não esperavam por isso, e Harry desferiu seu ataque no primeiro Incubus à sua frente, no ar.


O problema era que os Incubus são criaturas extremamente velozes quando estão voando. O monstro à sua frente simplesmente girou e desviou de seu ataque, e o repeliu com um poderoso e dolorido soco na lateral direita de seu corpo, fazendo Harry ser arremessado vários metros adiante, o que lhe rendeu algumas costelas quebradas.


Ai. Isso dói.


Mas ele não teve tempo para se lamuriar, pois as criaturas já avançavam novamente contra ele.


Concentrou-se e aparatou para longe, deixando os Incubus no “vácuo”. Fez um feitiço de cura e sentiu um pouco de alívio.


Harry teria de mudar de estratégia, caso contrário seria assassinado, e logo. Ele não estava levando seu estilo de luta a sério, estava apenas focando a magia. Ele não estava confiando nos seus ensinamentos, e isso lhe rendera um monte de energia posto fora.


Teria de raciocinar. Qual era o ponto fraco dos Incubus? Como eram criaturas frias, devido à falta de sangue circulando em seu corpo, os Incubus eram vulneráveis ao calor. Pelo menos isso fora o que lhe disseram. Incubus eram muito raros, e eram igualmente poderosos. Geralmente são criaturas que andam sozinhas entre a humanidade.


Harry teria de criar uma distração. Concentrou-se e criou uma bola de fogo perto dos Incubus (que ainda o estavam procurando), e na hora eles se afastaram com grunhidos do fogo.


Agora que ele reparara, ele estava num lugar exatamente igual ao anterior, só que neste enorme salão não havia iluminação, apenas de alguns candelabros nas paredes. É claro, ele abriga criaturas vulneráveis ao calor...


O bom disso é que ele podia se esconder no escuro, graças à fraca visão que estas criaturas têm enquanto estão em suas formas reais.


Ele conseguiu o que queria com sua bola de fogo: as três criaturas, na fuga, se separaram, tornando-se um alvo fácil para ele.


Criaturas mágicas têm uma estrondosa resistência contra ataques mágicos, mas ninguém é imune à magia. Sendo assim, Harry usou um feitiço para puxar a Incubus em sua direção. E ela veio, completamente sem entender o que estava acontecendo.


Harry aumentou a intensidade do feitiço para que ela viesse numa velocidade que a desorientasse, para ela não poder tentar se esquivar ou se defender.


Quando o monstro estava a dez metros de distância, Harry apontou sua espada em direção a ele, que para sua sorte, vinha de costas.


Meio segundo depois Harry sentiu o solavanco acompanhado em seguida por um urro de dor da Incubus, e logo depois Harry saiu rolando com a criatura, estando ela com sua espada enterrada nas costas.


Quando parou de rolar, Harry tirou a criatura de cima dele e se levantou, arrancando a espada das costas do Incubus e aparatando novamente.


Sua idéia estava indo bem. Por mais que as Incubus tivessem uma visão terrível, elas tinham ótimos ouvidos, e aliado ao extremo silencio daquele enorme salão morto, era uma ótima vantagem para elas. Mas, com Harry aparantando, elas não podiam nunca saber sua exata localização.


Agora só faltavam duas, e Harry estava pronto para elas.


Dificilmente sua estratégia funcionaria novamente, por isso ele teria de mudar de ataque.


Por que será que a energia também é medida em calorias? Ah, é claro, é por que energia é calor, e vice-versa.


Agora Harry iria executar seu plano final.


Fez sua espada sumir, pois ela não seria mais necessária, e conjurou uma pequena chama na mão agora livre, propositalmente mostrando sua localização às criaturas. E logo depois ele apagou a chama, como uma forma de provocação.


Como esperado, Harry ouviu o grunhido de raiva dos Incubus, que vinham voando com muita raiva em sua direção. Ele calculou a velocidade de vôo dos monstros e ficou esperando eles entrarem em seu campo de ataque.


Assim que o fizeram, Harry concentrou toda a energia em seu corpo e, usando sua aura, liberou ela toda ao mesmo tempo criando um “campo de força” de energia pura, envolvendo os apavorados Incubus, enquanto eles evaporavam tal o poder do ataque de Harry.


O campo de força durou apenas cinco segundos, e depois tudo voltou à escuridão, pelo menos para Harry, que caiu de costas no chão, inconsciente.


 


Quando acordou, Harry estava fraco, mas não tinha tempo para descansar. Ele ainda tinha dois desafios pela frente.


Foi então que percebeu que a luz voltara ao salão, e que ele era exatamente igual ao que ele estivera antes. Seria este o mesmo lugar? Que tipo estranho de magia é esse?


Quando olhou para cima, viu que estava escrito em letras luminosas de cor branca, uma mensagem:



“Parabéns, anjo. Você completou o segundo desafio e agora deve rumar para o terceiro, para depois de completar todos os cinco desafios você possa receber o conhecimento necessário para seguir sua peregrinação. Vai aí uma pequena amostra, como incentivo, a primeira das profecias de Merlin. Salazar Slytherin.”


 


Cinco desafios? Mas são apenas quatro fundadores...


Então Harry viu a primeira das profecias de Merlin, e se espantou.


 


Um Grande Mal, antigo e perigoso.


Inevitavelmente, será libertado.


 


Apenas um anjo, com conhecimento antigo e muito poder.


É capaz de derrotá-lo, e impedir o plano deste Mal.


 


Duas premissas de vida, em sua breve ligação.


Dois lados: um dá a vida, o outro a tira.


 


Com o risco da aniquilação, o anjo se depara.


E finalmente, está iniciado o começo do fim: para um dos lados.”


 


Harry memorizou a profecia e seguiu adiante, pois agora não tinha tempo para analisá-la devidamente.


Ao chegar no altar ali havia um segundo pedaço de vaso, e quando ele encaixou juntamente com o pedaço que já tinha, sentiu que aparatava novamente.


Magia estranha, essa dos fundadores. Raciocinou Harry espantado enquanto era levado mais uma vez, provavelmente para o início daquele salão, pensando no que o aguardava desta vez.


 


*Rez a lenda que Incubus e Sucubus eram criaturas irmãs que seduziam os homens e depois os matavam. Eram criaturas de extrema beleza, mas que sua forma real era aterradora. Muitos os associam aos vampiros, mas obviamente, tudo não passa de mito. Peço que compreendam as diferenças entre a verdadeira lenda dos Incubus e os que aparecem na fic.


 


OFF: Fim de capítulo. Tive de fazer um corte, pois o capítulo ia ficar gigantesco. Só postarei o resto, com coments, é claro. “Comente, e saiba o final da história”.


É claro que ainda falta um tanto para a história acabar, mas é bom o pessoal já ir se antecipando e comentando, para motivar o autor a escrever. ^^

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