Retorno à Hogwarts



OFF: Por favor, antes de lerem este capítulo, eu quero que leiam o que tenho a dizer agora.


Na verdade, eu gostaria de pedir, encarecidamente, que cada um que está acompanhando esta fic, se quiser, por favor que deixe um coment respondendo às seguintes perguntas:


1. O que você gostaria que acontecesse na fic, para ela melhorar ainda mais?


2. Está bom assim o modo como a fic é escrita (rápida, dinâmica e sem muitas páginas) ou preferes o Estilo Tolkien (extensa, muito detalhada, que diz até que a grama é verde e a neve é branca e fria)?


Por favor, é muito importante isso para mim, para que com as respostas eu possa melhorar a fic ainda mais.


Sem mais delongas, eis o capítulo VI:


 


Capítulo VI – Retorno a Hogwarts e Visita no Expresso


 


Depois de muito tempo estudando (mais formas de ensinar do que conteúdo propriamente dito), Harry se viu na hora de embarcar para Hogwarts. Conjurou para si um óculos, mas com lentes de vidro, sem grau nenhum, só para manter as aparências e foi para King’s Cross.


Estava com muita saudade de Gina, pois só a vira na noite em que voltara, e não pudera e não tivera tempo de visitá-la mais. Agora, na hora do embarque, tinha dois problemas iniciais: primeiramente, seus dois melhores amigos, que ele não sabia como iriam reagir ao terem de conviver com ele. E, em segundo lugar, teria de explicar a muita gente sua nova aparência, além de que teria de agüentar o ciúme de Gina, pois tinha que admitir que no tempo em que esteve fora, muitas garotas da ARCI deram em cima dele, e aqui provavelmente não seria diferente.


Quando adentrou a Plataforma Nove e Três Quartos, não viu nada de diferente, e então guardou sua bagagem e foi procurar uma cabine. Ao entrar no trem de fato, percebeu que seu problema seria muito maior do que havia previsto: muita gente o encarava e cochichava logo em seguida, muito mais do que o normal. Será que as pessoas o reconheciam? Ou achavam que ele era de outra escola?


Estava divagando só voltou à realidade quando alguém pulou em si e o abraçou muito forte, quase o derrubando. Era Gina. Ele a abraçou também, mas se envergonhou pelo impulso de atirá-la longe. Três anos numa guerra sangrenta eram o suficiente para deixar qualquer um com os nervos a flor da pele, sempre esperando um ataque, sempre alerta. Mas foi a primeira vez que ele falhara, e seu impulso veio tarde demais, o que foi bom no final das contas.


Tenho que evitar este tipo de distração, pensou ele.


Ele a ouviu falar:


-Amor, quanta saudade...


-É mesmo, também senti saudades. – Respondeu ele.


Em seguida olhou para duas pessoas que o encaravam, Rony e Hermione. Uma tenção surgiu no local, tudo pareceu quieto, e Gina percebeu isso, e falou:


-Ah, qual é, vocês não vão brigar com ele de novo, não é? – Como o silêncio persistiu, ela continuou – Deixem de ser infantis, este ainda é o Harry,muito mais lindo, mais ainda é ele... – Terminou ela sorrindo.


Harry teve de sorrir diante o elogio da namorada. Mas logo o sorriso desapareceu, e ele ficou encarando os amigos. Hermione foi a primeira a falar:


-Harry... – E correu e o abraçou, desmanchando-se em lágrimas. – Eu fui tão estúpida, você jamais faria o que fez se não tivesse outra escolha, e estou tão envergonhada por ter brigado com você...


-É cara, por mais que agente não concorde com isso, você deve concordar menos ainda, pois aconteceu com você. Sentimos muito por isso, e gostaríamos que nos perdoasse. – Falou Rony hesitante. – O que não significa que abdicamos do direito de saber o que realmente aconteceu, e muito bem explicado... – Ele terminou sorrindo hesitante, esperando alguma resposta que demorou a vir.


-Tudo bem, eu entendo o que sentiram, mas com certeza tive meus motivos, agora vamos parar com este drama e vamos logo achar uma cabine! – Ele sorriu, mas não sem lembrar-se de que não dissera que não se importava mais quantos teria de matar para finalmente trazer paz ao mundo.


-Muito bem, é assim que se fala! – Disse Gina orgulhosa.


Estavam se dirigindo para uma cabine quando a luz ficou mais fraca, e Harry rapidamente notou isso. Mas ele ficou horrorizado ao perceber que outra coisa aconteceu: todos estavam imóveis, exceto ele.


Isso teve o poder de fazê-lo congelar. O que eles poderiam querer agora, estão todos mortos! Ou será que... Não, impossível, Riddle jamais teria conseguido nossa tecnologia... Ou teria? Sua mente estava cheia de questionamentos e incertezas, mas logo ele voltou ao modo analítico e prático que sua condição de soldado o implicava.


Mas não levou muito tempo e algo aconteceu: de uma das cabines adiantes abriu-se uma porta, e alguém a passou. Não parecia qualquer ser humano comum que já encontrara, usava roupas estilo “ninja” japonês, e carregava uma mortal Kama (versão reduzida de uma foice) presa por uma corrente no cabo, muito bem fixa na sua cintura. Imediatamente tentou acessar Galanodel e trazê-la para um estado físico, mas não conseguiu, então, sacou sua varinha e projetou estupefaça mentalmente, mas nada aconteceu também.


-Sua magia não funciona aqui, Harry Potter. – Disse a pessoa, que tinha voz masculina.


-Aqui aonde? E quem diabos é você, criatura? – Perguntou Harry desafiador.


-Sou aquele do qual o nome não é importante. – Apenas respondeu ele calmamente.


-Detesto joguinhos deste tipo! Eu gosto de coisas diretas, mas pelo menos já és alguém. – Disse Harry.


-Muito bem observado, Harry Potter. – Disse ele. – Mas posso lhe dizer o que sou, o que por sua vez sim é muito importante: sou o Andarilho do Tempo.


-Andarilho do quê? Impossível. Nossa tecnologia era a mais avançada e nós só pudemos fazer duas viagens temporais, uma de ida e outra de volta. E foi justamente comigo. Impossível você ser o Andarilho, o que implica que suas viagens temporais são freqüentes, que por sua vez implica num avanço de nossa tecnologia de nível Ômega em questão de segurança. – Analizou Harry.


-Muito sábio novamente, devo admitir. Mas esqueça isso. Não provenho nem do tempo que você diz que seria o futuro do planeta. Venho sim do futuro que você criou a partir do dia de hoje. – Disse ele.


-Não gosto da idéia de alguém que fique por aí andando no tempo sem controle. – Comentou Harry nervosamente.


O “ninja” a sua frente riu. E depois disse:


-Foi por isso mesmo que estou aqui, porque você não gosta de pessoas que tem o que você não pode controlar, Imperador. – Disse o Andarilho.


Demorou segundos para Harry sequer supor por que o sujeito o chamara de Imperador.


-Imperador do que? Devo supor que me dirá do que estás falando...


-Você já sabe. E terá mais certeza ainda num futuro muito próximo. Vou lhe dar um conselho: o único jeito de fazer o que veio aqui para fazer dependerá de seu auto-controle nos próximos cinco minutos. Lembre-se disso. Antigos problemas sempre serão problemas a menos que você próprio faça algo para resolvê-los de uma maneira correta. Se você falhar agora, estará tudo perdido para o seu objetivo, e eu hoje vivo a falha na sua capacidade em relação ao que acontecerá agora quando eu me for. Nos encontraremos em breve, Harry Potter. – E ao terminar isso ele se foi.


-Espere... – Harry disse, mas o Andarilho do Tempo já havia ido embora e o tempo voltara ao normal.


-Falando sozinho, testa rachada? – Uma voz fria e zombeteira que ele reconheceria até se tivesse vivido duzentos anos encheu-lhe os ouvidos. Harry só pensou em duas palavras: Draco Malfoy.


Instantaneamente ele se virou para ver o loiro, sua maior desavença com a exceção de Tom, e quase riu da cara que ele fez ao ver Harry Potter novamente. Naturalmente ele deveria ter achado estar falando com a pessoa errada alguns segundos, mas então ele olhou para Rony e Hermione ao seu lado, e também para Gina abraçada a ele, então a surpresa se formou no seu rosto.


-Potter, você está diferente, arranjou até uma namorada... Oh, me esqueci que já tinha uma. Opa, agora anda com duas, Potter? Um sangue-ruim e uma traidora do sangue... Que péssimo gosto.


As palavras do Andarilho do Tempo começaram a fazer sentido em sua mente agora. Pelo menos a parte inicial dela. Então teria que se aliar a Malfoy para que sua missão se cumprisse? Isso seria terrivelmente medonho e impossível. Uma verdadeira provação para ele. Mas ele então percebeu que se tratava de Draco Malfoy, e então viu a verdade por trás de tudo: eles se odiavam em igual valência.


Quando se deu conta, já era quase tarde demais, pois viu Rony voando para cima de Malfoy, mas o segurou a tempo.


-Rony, deixe isso para mim. Não se preocupe. – Falou Harry.


-O que você vai fazer? – Perguntou Gina.


-Vou agir como uma pessoa civilizada. – Respondeu ele e se voltou para Malfoy. – Agora, preste atenção: eu não admito este tipo de atitude para com meus amigos. Quero conversar a sós com você Malfoy, e iremos resolver nosso problema nem que seja com a morte de um de nós dois.


A frase deixou Draco de queixo caído. Ele nem ousou duvidar da veracidade nas palavras de seu inimigo. Ele de fato estava diferente. BEM DIFERENTE. Não teve nada a fazer senão aceitar e ver no que dava.


Foram num compartimento, e com um movimento de varinha Harry fechou as cortinas e fez um feitiço para que ninguém os ouvisse, enquanto lembrava de uma conversa que tivera com Fausto, o historiador da ARCI.


 


>>INÍCIO DE FLASHBACK<<


 


Era uma bela tarde na ARCI, pelo menos era o que se podia imaginar, não estivessem todos abaixo da terra, a 1200 metros, precisamente. Harry Potter estava junto de seu instrutor de História na ARCI, Fausto, que era muito inteligente, e adorava dizer que “o passado nos ensina histórias que podem nos ajudar a agir corretamente no futuro”, e Harry certa vez observou que isso fazia muito sentido.


Agora estavam ali, Harry lendo um texto de Platão, quando Fausto disse:


-Potter, está na hora de você saber de uma coisa muito importante sobre uma certa pessoa.


-Mestre, se for para falar de Dumbledore eu já o odeio o suficiente sem saber mais nenhum podre dele para enfiar uma espada goela abaixo dele quando o encontrar... – Disse Harry distraído.


-Não se trata de Dumbledore, mas sim de Draco Malfoy. – Disse Fausto, e gostou do súbito interesse de seu pupilo pela conversa. – Sim, Potter, dele mesmo.


-E o que seria? – Harry fez um tom de desdém.


-Ele nunca quis realmente ser seu inimigo. – Disse Fausto. – Ele sempre fora obrigado a brigar com você pelo seu pai, que o ameaçava de matar sua mãe Narcisa caso ele não agisse contra você.


Harry sentiu como se um ônibus o tivesse atropelado.


-Não pode ser verdade... – Disse ele.


-É verdade sim. Algum tempo depois de sua morte, Draco tentou matar seu pai, Lúcio, mas infelizmente o desgraçado já havia feito algumas Horcruxes. Draco traiu o Império por dois motivos: o primeiro, por que não suportou o fato de Lúcio ter matado sua mãe (ela já não era mais útil para chantagear Draco uma vez que você já tinha morrido mesmo), e por que Draco se sentiu culpado pela sua morte, uma vez que sempre trabalhou para que isso acontecesse, mesmo não querendo assim.


-Mestre, então quer dizer que... – Harry não conseguiu completar sua frase.


-Sim, Potter, talvez ele não queria ser seu inimigo no final das contas. Mas isso já é uma especulação. Nunca se pode ter certeza. – Concluiu Fausto.


 


>>FIM DE FLASHBACK<<


 


-Vai ficar aí viajando ou vai falar alguma coisa, Potter? – Disse Draco impaciente e levemente temeroso.


-Draco, eu sei que nós não nos damos bem desde o primórdio dos tempos, mas como pode ver nós não somos mais crianças. – Começou Harry.


-Tá, e daí? Pra mim isso não muda nada. – Disse o loiro.


-Eu sei que não. Mas sei também que seu pai ameaça Narcisa para que você seja meu inimigo. – Disse Harry.


Draco parecia ter visto um fantasma. Ficou branco feito farinha e não disse nada. Aproveitando-se disso, Harry continuou:


-Deixe-me ajudá-lo Draco, eu posso dar um jeito neste problema, eu posso salvar sua mãe. – Falou Harry.


Uma raiva mortal se apoderou da expressão de Draco quando ele disse:


-O que você sabe, Santo Potter? O que, você acha que sabe sobre mim e minha mãe? Agora o heroizinho acha que pode sair por aí ajudando a resolver problemas que não podem ser resolvidos? Vá para o inferno, Harry Potter! – Agora lágrimas de sofrimento que estavam escondidas sabe-se lá aonde na alma do loiro começaram a aparecer. – Você sempre foi o herói. Sempre teve tudo, ou melhor, seus pais estão mortos, então você não tem como saber o que é estar na angústia de poder perder um a qualquer momento. Não sabe o que eu e minha mar passamos nas mãos daquele diabo monstruoso a cada vez que você vai para a casa daqueles trouxas que te criam. Duvido que eles te tratem o mínimo parecido como aquele crápula trata a mim e a minha mãe. Você não entende! – Gritou Draco.


-Não Draco, eu não entende mesmo, sinto muito. Eu não te culpo por nada que você me fez durante estes anos todos, pois em seu caso, sob tão covarde chantagem, eu faria exatamente a mesma coisa. Eu é que te peço desculpas Draco, por todo este sofrimento que sofres por minha causa. – Diz Harry com toda sua sinceridade. – Eu sei que nem você nem sua mãe jamais pediram esta situação, mas lembre-se, eu muito menos. Eu nunca quis ter sobrevivido a Voldemort e eu nunca quis nada que acontece comigo. Eu sempre quis ter uma família de verdade, um pai, uma mãe que zelasse por mim, uma casa feliz para mim voltar durante as férias, mas eu nunca tive. Na verdade, eu considero os Weasley como minha família. Eu pelo menos tenho eles, já você Draco... Eu sinto muito mesmo. – Desabafou Harry.


Draco não acreditou ter ouvido aquilo, mas viu a verdade nos olhos verdes. Jamais saberia se um dia poderia esquecer todo o sofrimento que aquele maldito Potter o inflingira, mas ele sabia que ambos eram vítimas nesta história.


-Lamentar não vai adiantar nada, nunca adiantou para mim, e nem nunca adiantará. – Disse Draco depois de um tempo, já controlado e com o rosto firme.


-Eu sei disso, Draco. Por isso, venho aqui oferecer ajuda. Eu estou lhe oferecendo agora, uma chance de vida melhor para você e sua mãe Draco, ofereço salvação a ela, uma vida digna a ambos. – Disse Harry.


-E como pretende fazer isso, Potter? – Uma leve luz de esperança irradiou nos olhos prateados.


-Como você pode perceber, eu estou diferente. Muito diferente. Durante minhas férias, digamos que eu estive num lugar onde eu fiquei mais forte. E eu vim para vencer esta guerra. Sim Draco, isto será uma guerra, e você verá que isto está logo se encaminhando para conflitos reais. – Disse Harry. – Eu vou, goste você ou não, eliminar todos os Comensais, incluindo Tom Riddle, que se auto intitula Lorde Voldemort, e seu pai se inclui na lista.


-Você vai mesmo matar o bastardo? E a propósito, ele não é meu pai. – Perguntou Draco duvidoso.


-Vou matar todos os bastardos, incluindo Lúcio. Como vê Draco, posso livrar você e Narcisa deste sofrimento. Eu ofereço a vocês a liberdade, a dignidade e a honra, junto com a cabeça de Lúcio Malfoy numa bandeja.  - Propôs Harry.


Draco não acreditou no que estava ouvindo. Era bom demais para ser verdade. Como seu maior inimigo estava agora lhe oferecendo uma coisa que ele sonhava todos os dias desde o seu primeiro ano em Hogwarts?


-E qual seria o preço disso, Potter? – Perguntou Draco, avaliador.


-Vejo que podemos chegar num acordo. O que peço não é definitivamente muito, pelo que posso ver. Primeiramente, eu quero que pare de ofender aos meus amigos e às pessoas em geral sem nenhum motivo. Se você quiser, eu não me incluo nesta lista, pois indiretamente sou responsável pelo que se passa a você. Em segundo lugar, eu quero que você esteja do lado certo. Eu vou matar qualquer um relacionado aos Comensais, e eu não quero, de coração, que você esteja nesta lista. Ajude-me a fazer um mundo melhor, Draco. – Disse Harry. – Não peço que sejas meu amigo, ou até mesmo que me perdoe, apenas peço que me apóie, nem que seja discretamente, para que eu possa ajudá-lo, e oferecer a você e a sua mãe uma vida digna quando tudo isso acabar, pois acredite, Draco, eu vou vencer esta guerra! Não me responda agora, pense no que isso implica, e veja quem pode lhe oferecer algo real, Draco, eu ou Lorde Voldemort e seus Comensais.


E dizendo isso Harry saiu da cabine deixando Draco atônito e pensativo, contente por ter feito alguma diferença quanto ao seu inimigo número um, que talvez já nem fosse mais seu inimigo afinal de contas.


 


 


A volta a Hogwarts definitivamente foi estranha desta vez. Durante o banquete, mais pessoas o fitavam e cochichavam do que no seu segundo ano, quando chegou atrasado e Snape o obrigara a adentrar o Salão Principal para passar vergonha na frente de todos. Harry apenas sentou-se ao lado de Gina e ficou sem prestar muita atenção quando Dumbledore anunciou o nome de uma transferência, uma aluna que viera de outra escola de magia:


-...E gostaria de dar as boas vindas a nossa nova aluna transferida da escola de magia de Durmstrang, Eva Rodriguez, e pedir para que ela vá ao Chapéu Seletor para a escolha de sua casa. – Disse o diretor.


O nome não lhe era estranho. Algo esquecido na sua mente, mas que ele relutava em tentar lembrar, mas não conseguia. Talvez algo da ARCI. É, talvez fosse isso, mas ele não conseguia lembrar. E então estarreceu-se diante da garota que adentrava o Salão Principal. Era, sem dúvida nenhuma, a mais bela garota que Harry já vira em toda a sua vida. Ela tinha um tipo de beleza diferente, mais, selvagem, e suas ascendências hispânicas só realçavam isso.


Todos no salão pararam para olhá-la, e todos ficaram com inveja quando ela olhou para Harry e sorriu, e este último por sua vez levou um cotovelaço de sua namorada. Eva então sentou-se no banquinho e a professora Minverva colocou o Chapéu sobre sua cabeça, que disse algo como “estranho”, e logo bradou sua resposta, após Eva dizer alguma coisa em resposta:


-Sonserina!


E todos ficaram olhando quando ela foi em direção da mesa da Sonserina, mas não sem antes dar uma olhada para Harry Potter e dirigir-lhe mais um sorriso.


-Que oferecida... – Disse Gina com raiva.


-Ah, Gina, parece que terá problemas este ano para proteger o que é seu. – Disse Hermione, também fuzilando Eva com o olhar.


-Ei, eu ouvi isso! – Protestou Harry, que diante do olhar indignado delas, completou. – Eu só tenho uma namorada, e só tenho olhos para ela, e que isso fique bem claro.


Gina respondeu com um beijo, enquanto Hermione suspirava e olhava para Rony ao seu lado. Será que aquele ruivo nunca perceberia?


-Se vocês não perceberam, eu estou aqui ainda. Não quero vocês se beijando na minha frente. Posso ter lhe perdoado, Potter, mas ainda não liberei minha irmã para ser sua namorada. – O tom de voz de Rony ficou entre divertido e advertente.


-Como se sua opinião importasse, Rony. – Quem respondeu foi Gina. – Você não é meu dono para me liberar ou não para fazer as coisas, e eu não vou admitir este tipo de comentário, ouviu bem?


-Tá ok, maninha... – Disse Rony.


No final do jantar, Dumbledore saiu de sua cadeira de diretor e veio ao encontro de Harry, que estava conversando com Gina, Rony e Hermione animadamente.


-Harry? – Disse Dumbledore.


-Pois não, diretor? – Disse Harry educadamente.


-Preciso falar com você agora em minha sala, é muito importante. – Disse o diretor.


Harry parou por um instante como se estivesse ponderando, mas depois levantou-se e se despediu de seus amigos, pois aparentemente ele demoraria a subir. Quando chegaram a sala de Dumbledore, Harry assumiu a cadeira que ele sempre se sentava ao visitar o diretor, e quando ele se acomodou a sua frente, disse:


-Em que posso ajudar, professor Dumbledore? – Indagou Harry.


-Quero saber o que você quer aqui em Hogwarts. – Disse Dumbledore diretamente. – Sem rodeios.


-Vim aqui para estudar diretor, como sempre vim. – Respondeu Harry.


-Eu estou falando sem rodeios, Harry Potter. Você está diferente, e eu não me esqueci da nossa ‘conversinha’ durante as férias. Pelo que pareceu, e pelo que disse ou insinuou, como preferir, você é mais poderoso do que qualquer professor aqui de Hogwarts. – Falou Dumbledore.


-Diretor, eu não tenho definitivamente nenhum objetivo aqui a não ser me formar, e eu jamais disse que sou tão forte assim, até onde eu me lembro. – Harry cuidou muito bem as palavras que dizia. – Se for do seu interesse, você pode medir o meu nível de Magia. Com certeza, Hogwarts tem o equipamento necessário, não é?


-Naturalmente. Eu ia, no fim das contas, lhe pedir isso mesmo. – Disse Dumbledore triunfante.


Então Dumbledore se dirigiu para um equipamento semelhante a um detector de metais dos trouxas, e disse:


-Por favor, Harry, fique de pé.


Harry levantou-se de um salto, e ocultou ao máximo seu poder, assim como Hefesto havia lhe ensinado.


 


>>INÍCIO DE FLASHBACK<<


 


Durante uma das aulas da ARCI com Hefesto, seu mestre de Magia, Harry se viu impressionado diante de uma revelação que ele não sabia.


-Então, existem meios de saber o nível de magia de uma pessoa? – Perguntou Harry impressionado.


-Evidentemente. Existem três classes: Bruxo, Feiticeiro e Mago. Bruxos são os comuns, de nível normal. Feiticeiros são mais poderosos, de poder acima da média, e Magos sãos os mais poderosos de todos, de nível avançado ou superior, como preferir. Todas as classes são de nível 1 a 5, e ao chegar no quinto nível se está muito próximo de subir de classe. – Explicou Hefesto.


-Entendo. Mas mestre, e se um Mago chegar ao nível 5? – Perguntou Harry.


Hefesto riu antes de responder:


-Mérlin, sem dúvida o mago mais poderoso que se tem notícia, chegou ao nível 4. Não se tem notícia de alguém mais poderoso do que ele foi. Para você ter uma idéia de comparação, Harry, Dumbledore e Riddle são ambos magos de nível 3, no seu tempo. Agora talvez Riddle esteja próximo do nível 4, hoje em dia, mas não se pode ter certeza.


-Nossa, então não devem existir muitos Magos, não é mesmo? – Perguntou Harry.


-Não mesmo. A maioria dos Magos tem seu talento natural, já tem hereditariedade, o Sangue Mágico corre nas suas veias. Não existem sangue-puros Harry, como se acredita no seu tempo. Os sangue-puro são os únicos que ultrapassavam o nível 5, mas sua existência é anterior à época de Cristo, é talvez do tempo da Criação do Mundo, da Mitologia Grega e Egípcia.


Harry refletiu por um tempo, mas logo Hefesto lhe fez uma proposta:


-Quer medir o seu nível?


-Claro, por que não? –Respondeu Harry.


-Só quero que muito embora o que possa dar neste teste como resultado, você tem chances sim de vencer Riddle, não se esqueça disso. – Falou Hefesto.


Harry fingiu não perceber o fato de Hefesto dizer que seu poder era muito inferior. Mas então perguntou:


-Qual seu nível, mestre?


-Sou um Mago nível Dois. – Respondeu ele.


Então Hefesto passou sobre ele o “detector de metais” e o aparelho começou a pitar.


-Vamos ver... Feitiçeiro nível 3, 4, 5... O que? Mago nível 1, 2... IMPOSSÍVEL! Só pode estar com defeito! Nível 3, 4, 5... PAROU DE CONTAR! MAS QUE DIABOS!


Hefesto estava apavorado. Testou novamente Harry com outros dois aparelhos e ambos ultrapassaram a marca de Mago nível 5. Então Hefesto se conformou e disse a Harry.


 -Parece que isso é um problema sério. – Disse ele. – Você é mais forte do que se poderia prever, ainda mais com nosso treinamento forçado. Com certeza, você deve ter uma ascendência bem pura, Harry Potter. Mas você pode ser submetido a, este tipo de teste quando voltar, e será inadmissível que você seja descoberto com tanto poder. – Falou Hefesto. – Vou lhe ensinar a Ocultar seu poder como achar mais conveniente.


E assim Harry passou o resto do dia aprendendo a ocultar seu poder.


 


>>FIM DE FLASHBACK<<


 


-Feiticeiro nível 3. – Dumbledore parecia muito aliviado. – Me parece que eu estive ouvindo coisas, afinal. Pode voltar para sua Sala Comunal, Harry. Terá aulas especiais amanhã, com certeza vai adorar.


Harry não deixou de reparar no sorriso diabólico do diretor ao falar das aulas do próximo dia.

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